12 Teoria Jurídica de Direito Penal
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Direito Penal
Concurso de pessoas: teorias e
requisitos
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Bons estudos!
O concurso de pessoas é a ciência voluntária com colaboração de duas ou mais pessoas em uma mesma infração penal,
sendo desnecessário o acordo prévio entre elas, bastando que um adira à conduta do outro.
Assim, verifica-se do conceito supramencionado que o concurso de pessoas é composto pelos seguintes requisitos:
Pluralidade de pessoas
É necessária a participação de duas ou mais pessoas para que seja configurado o concurso eventual de pessoas.
Pluralidade de condutas
Cada um dos agentes, ao concorrerem para a prática de um crime, assume um papel relevante para a produção do
resultado, seja praticando o verbo-núcleo do tipo ou induzindo alguém a fazê-lo.
Identidade de fato
Para que seja caracterizado o concurso de pessoas, é necessário que ambos os agentes concorram para a prática de
uma mesma infração penal.
Nexo causal
A conduta de cada agente deve ser tida como a causa do resultado, em outras palavras, a conduta típica ou atípica de
cada participante deve integrar-se à corrente causal determinante do resultado (BITENCOURT, 2020).
Liame subjetivo
É o vínculo psicológico que une os agentes. Bitencourt (2020) adverte que o liame subjetivo consiste na consciência de
participar de uma obra comum. Caso seja inexistente esse vínculo, todos os agentes responderão de forma autônoma
pelo delito, pois estará ausente o concurso de pessoas.
Conceito extensivo: é considerado autor todo aquele que contribui de alguma forma para a ocorrência do resultado. A
crítica refere-se à extinção da figura do partícipe.
Teoria do domínio do fato: tal teoria buscou complementar o conceito restritivo de autor. Assim, autor não é só aquele que
pratica o verbo-núcleo do tipo mas também quem tem o domínio final do fato, isto é, o controle sobre a realização do fato.
Em síntese, Bitencourt (2020) destaca que, pela teoria do domínio do fato, são considerados autores:
Participação
Assim como ocorre com a autoria, o CP não trouxe uma definição da participação, ficando a conceituação a cargo da
doutrina. Dessa forma, o partícipe é aquele que possui uma conduta secundária e acessória no crime, auxiliando
materialmente ou psicologicamente o autor.
Material
Também conhecida como cumplicidade, consiste na contribuição por meio de um comportamento material, como os
exemplos trazidos anteriormente (empréstimo do veículo, da arma, da propriedade, etc.).
Psicológica
É a contribuição subjetiva e moral para a prática do crime. Pode ocorrer de duas formas:
Instigação: ocorre quando o partícipe reforça uma ideia já existente no autor do fato.
Induzimento: ocorre quando o partícipe faz nascer uma ideia no autor do fato.
Nesta webaula, você aprendeu as principais características e requisitos do concurso de pessoas, bem como sobre as
modalidades de autoria e participação.