17 Contos Maravilhosos
17 Contos Maravilhosos
17 Contos Maravilhosos
Contos de fadas????
Alba de Castro Toledo
IESDE Bra
sil S
.A
Gosto de ouvir
histria assim,
que comece
num pas longe daqui.
Que tenha aflio no meio
E um bom fim.
[...] Se voc souber
uma histria assim...
sil
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A
IESDE B
ras
il
s pessoas contam histrias semelhantes h muito tempo e em vrias partes do mundo. Muitas
narrativas foram passadas de gerao em gerao, por
isso no se sabe ao certo quem foram os primeiros
autores destas histrias.
A.
S.
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A Bela Adormecida
H muitos anos, havia um rei e uma rainha que
desejavam muito ter um filho. Um dia, quando
a rainha estava tomando banho, um sapo pulou
pela janela e disse-lhe:
A festa realizou-se com todo o esplendor e, quando chegou ao fim, cada uma das
fadas ofereceu um presente mgico criana. Uma deu-lhe virtude; outra, beleza; a terceira, riqueza, e, assim por diante, foram-lhe dando tudo o que ela poderia vir a desejar no mundo. Quando 11 das fadas j haviam feito suas ofertas, de repente apareceu
a 13. fada. Ela desejava mostrar o despeito de que estava possuda por no ter sido
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As palavras do sapo tornaram-se realidade. A rainha teve uma linda menina. O rei
exultou de alegria. Preparou uma grande festa
para a qual convidou todos os parentes, amigos e
vizinhos. Convidou tambm as fadas, para que elas fossem boas e amveis com a menina.
Havia 13 fadas no reino, mas o rei tinha apenas 12 pratos de ouro para servi-las, de modo
que uma das fadas teria de ser posta de lado.
convidada. Sem cumprimentar nem olhar para ningum, entrou no salo e gritou para
que todos ouvissem:
Quando a princesa completar 15 anos, picar-se- com um fuso de tear envenenado e cair morta.
Sem dizer mais nada, retirou-se.
Todos os presentes ficaram horrorizados. A 12. fada, porm, que ainda no tinha
formulado o seu desejo, deu um passo frente. Ela no tinha capacidade para cortar o
efeito da praga, mas podia abrand-la, de modo que disse:
Sua filha no morrer, mas dormir um sono profundo, que durar 100 anos.
O rei ficou to preocupado em livrar a filha daquele infortnio que deu ordens para
que todos os fusos de tear que se encontrassem no reino fossem destrudos. medida
que o tempo ia passando, as promessas das fadas iam se realizando. A princesa cresceu
to bonita, modesta, amvel e inteligente que todos que a viam se encantavam por
ela. Aconteceu que, justamente no dia em que ela completava 15 anos, o rei e a rainha
tiveram necessidade de sair. A menina, sozinha, comeou a vagar pelo castelo, revistando todos os compartimentos. Finalmente, chegou a uma velha torre em que havia uma
escada estreita, em caracol. Ela foi subindo, at que chegou a uma pequena porta, em
cuja fechadura havia uma chave enferrujada. Dando-lhe a volta, a porta abriu-se. Num
pequeno quarto, estava sentada uma velhinha, muito ocupada com um tear, fiando. Vivia to isolada na torre que no tomara conhecimento da ordem do rei com relao aos
fusos e teares.
Bom dia, vovozinha, disse a princesa. Que est fazendo?
Estou fiando respondeu a velhinha e inclinou a cabea sobre o trabalho.
Que coisa esta que gira to depressa? perguntou a princesa, tomando o fuso
na mo.
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Mal o tocou, porm, levou uma picada no dedo e imediatamente caiu numa cama que
havia ao lado, entrando num sono profundo. A velhinha desapareceu. Quem sabe se ela
no era a fada m? O rei e a rainha, que acabavam de chegar, deram alguns passos no
vestbulo e adormeceram tambm. O mesmo sucedeu com os cortesos. Os cavalos dormiram nas cocheiras; os ces, no ptio; os pombos, no telhado; as moscas, nas paredes.
At o fogo na lareira parou de crepitar. A carne que estava assando no fogo parou de
estalar. A ajudante de cozinha, que estava sentada, tendo frente uma galinha para depenar, caiu no sono. O cozinheiro, que estava puxando a orelha do copeiro, por qualquer
tolice que ele havia feito, largou-o e ambos adormeceram. O vento parou e, nas rvores
em frente ao castelo, nem uma folha se mexia. volta do muro, comeou a crescer uma
sebe de roseira brava. Cada ano ia ficando mais alta, at que j no se podia mais ver
o castelo.
Dcadas se passaram e ento surgiu na regio uma lenda sobre a Bela Adormecida,
como era chamada a princesa. De tempos em tempos, apareciam prncipes que tentavam
fazer caminho atravs da sebe para entrar no castelo. No conseguiam, entretanto, porque os espinhos os impediam e eles ficavam presos no meio deles.
Aps muitos anos, um prncipe muito audacioso veio cidade e ouviu um velho falar
sobre a lenda do castelo que ficava atrs da sebe, no qual uma linda moa, chamada
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Bela Adormecida, dormia havia 100 anos e, com ela, todos os habitantes do castelo.
Contou-lhe tambm que muitos prncipes tinham tentado atravessar a sebe e nela haviam ficado presos, morrendo.
O prncipe ento declarou:
No tenho medo. Irei e verei a Bela Adormecida.
O bondoso velho fez o que pde para impedir que ele fosse, mas o rapaz no quis
ouvi-lo.
Agora, os 100 anos j se haviam completado. Quando o prncipe chegou sebe,
como por encanto, os arbustos que estavam cheios de brotos, afastaram-se e deram-lhe
caminho. Aps sua passagem, fecharam-se novamente. No ptio, ele viu os ces dormindo. No telhado, estavam os pombos, com as cabecinhas escondidas debaixo das asas.
Quando entrou no castelo, viu moscas dormindo nas paredes. Perto do trono, estavam
o rei e a rainha, tambm adormecidos. Na cozinha, o cozinheiro ainda tinha a mo levantada, como se fosse sacudir o copeiro. A ajudante de cozinha tinha a sua frente uma
galinha preta para depenar.
O rapaz continuou a percorrer o castelo. Estava tudo quieto. Finalmente, chegou
torre, abriu a porta do quarto onde a princesa dormia e entrou. L estava ela, to bonita
que ele no se conteve: abaixou-se e beijou-a. Assim que a tocou, a Bela Adormecida
abriu os olhos e sorriu para ele. Levantou-se, deu-lhe a mo e desceram juntos. O rei, a
rainha e os cortesos acordaram tambm e entreolharam-se, espantados. Os cavalos, nas
cocheiras, abriram os olhos e sacudiram as crinas. Os ces olharam volta e abanaram
as caudas. As pombas do telhado tiraram as cabeas de sob as asas, olharam ao redor e
voaram em seguida para o campo. As moscas, na parede, comearam a mover-se, lentamente. O fogo, na cozinha, acendeu-se novamente e assou a carne. O cozinheiro puxou
as orelhas do copeiro, enquanto a ajudante comeou a depenar a galinha.
O prncipe, apaixonado, casou-se com a princesa num claro dia de sol, numa grande
festa no castelo e viveram felizes por muitos e muitos anos.
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7. Tente voc reescrever a histria da Bela Adormecida, mas dessa vez com referenciais
atuais (em vez do tear, algo mais moderno como uma mquina de costura porttil).
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9. Voc conhece a histria original da Branca de Neve? Poderia cont-la com suas palavras?
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10. E se hovesse oito anes em vez de sete? Escreva um pequeno texto descrevendo como
seria o oitavo ano. Qual seria seu nome? Depois faa um desenho representando
este novo personagem que voc criou:
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Texto III
Ziraldo.
Chapeuzinho Amarelo
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11. H alguma semelhana entre essa histria e a histria original da Chapeuzinho Vermelho?
13. De acordo com o texto, por que essa Chapeuzinho era amarela? Comprove com um
trecho do texto.
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15. Os textos I e II so escritos em _______________, pois esto divididos em pargrafos e o texto III um __________________, pois est dividido em estrofes e
versos.
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Moral
Vimos que os jovens, principalmente as moas lindas, elegantes e educadas, fazem
muito mal em escutar qualquer tipo de gente. Assim, no ser de se estranhar que, por
isso, o lobo as devore.
Eu digo o lobo porque todos os lobos no so do mesmo tipo. Existe um que manhoso, macio, sem fel, sem furor. Fazendo-se de ntimo, gentil e adulador, persegue as
jovens moas at suas casas e aposentos.
Ateno, porm! As que no sabem que esses lobos melosos de todos eles so os
mais perigosos.
(PERRAULT, Charles. O Chapeuzinho Vermelho. Porto Alegre: Kuarup, 1987.)
1. Nesse fragmento, fica clara a inteno de alertar as moas sobre os riscos da imprudncia e da ingenuidade. Ainda de acordo com o fragmento, existe um tipo de lobo
que mais perigoso que os outros.
a) Qual esse tipo?
Soluo:
o tipo manhoso, macio, sem fel e sem furor. aquele que se faz de ntimo, gentil e
adulador.
b) Por que ele o mais perigoso?
Soluo:
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16. Um conto maravilhoso no uma narrativa qualquer. Ele tem um jeito prprio de comear e terminar, por exemplo. A seguir, voc ler trechos de textos diversos. Procure
localizar os que so de contos maravilhosos.
17. A que parte da histria voc acha que pertencem esses trechos que voc acabou de ler?
18. Se estivssemos escrevendo um conto de fadas, qual das frases abaixo poderia fazer
parte dele?
a) Chegando ao saguo, Pedro pegou a bandeira que estava espetada no mastro da
escada. Depois foi andando, at chegar bem perto do mascarado.
b) A a princesa ficou furiosa, levantou o sapo e atirou-o com toda a fora contra a parede. Quando ele caiu, j no era sapo, mas um prncipe de belos olhos carinhosos.
c) A garota arrumou-se para o baile, pensando tristemente no rapaz por quem estava
interessada. Certamente, ele no danaria com ela nenhuma vez.
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d) O castelo ingls parecia muito bem conservado. Tornara-se um hotel, desde que
seus proprietrios, antigos nobres, haviam falido.
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19. Quais dos finais a seguir parece ser o de um conto de fadas? Marque a alternativa
correta.
a) E o diretor mandou buscar sorvete pra todo mundo, pra comemorar a fuga dos
ladres.
b) [...] um ratinho perguntou ao outro rato:
E o guizo, quem amarra no pescoo do gato?
E eles (os ratinhos) viram que a ideia era fcil de falar, mas tarefa como aquela era
difcil de realizar.
c) Foi comemorado o casamento do prncipe e da princesa com muito luxo e alegria
e eles viveram juntos, felizes para sempre.
d) Juquinha e Mnica saram do casaro prometendo nunca mais bancar os caa-fantasmas.
20. Vamos relembrar velhas histrias? Responda s perguntas.
a) Quem comeu uma ma envenenada e s acordou ao beijar o prncipe?
coroas
televiso
drages
florestas
carros
ventilador
princesas
carroas
carruagens
anes
sapos
telefones
castelos
espadas mgicas
bailes
bruxas
prncipes
disco voador
animais falantes
reis e rainhas
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22. Pinte de amarelo as palavras que podem aparecer mais frequentemente em contos de
fadas.
23. Voc lembra-se de ter visto ou ouvido algum conto de fadas moderno? Cite-os.
24. Na sua opinio, o que preciso para um texto ser considerado um conto de fadas ou
maravilhoso? Justifique.
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Agora, troque com seus colegas para que eles identifiquem a histria e coloquem o
ttulo. Aproveite tambm para relembrar outros contos.
26. Voc j assistiu aos filmes do Shrek? Eles so considerados um conto de fadas atualssimo. Leia a sinopse do ltimo filme lanado e retire os elementos que podem ser
considerados mgicos nesse filme.
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Escolha um conto de fadas de sua preferncia e passe-o para os dias atuais, transformando-o num conto de fadas moderno.
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Ttulo: __________________________
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ALUNO:
TURMA:
DATA:
TTULO:
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