Discurso e Ensino PDF
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Conselho Editorial:
Alexandre Franca Barreto (UNIVASF – Petrolina/PE, Brasil)
Aline Lima da Silveira Lage (INES – Rio de Janeiro/RJ, Brasil)
Bernadete de Lourdes Ramos Beserra (UFC – Fortaleza/CE, Brasil)
Carlos Alberto Batista Santos (UNEB – Juazeiro/BA, Brasil)
Carlos César Leal Xavier (ENSP/Fiocruz – Rio de Janeiro/RJ, Brasil)
Carlos Eduardo Panosso (IFTO – Palmas/TO, Brasil)
Caroline Farias Leal Mendonça (UNILAB - Redenção/CE, Brasil)
Dilsilene Maria Ayres de Santana (UFT – Palmas/TO, Brasil)
Edivânia Granja da Silva Oliveira (IF Sertão PE – Petrolina/PE, Brasil)
Edson Hely Silva (UFPE – Recife/PE, Brasil)
Eliana de Barros Monteiro (UNIVASF – Juazeiro/BA, Brasil)
Francisco Gilson Rebouças Porto Júnior (UFT – Palmas/TO, Brasil)
Juliano Varela de Oliveira (IF Sertão PE – Ouricuri/PE, Brasil)
Juracy Marques (UNEB – Paulo Afonso/BA, Brasil)
Léo Barbosa Nepomuceno (UFC – Fortaleza/CE, Brasil)
Marcelo Silva de Souza Ribeiro (UNIVASF – Petrolina/PE, Brasil)
Mariana Tavares Cavalcanti Liberato (UFC – Fortaleza/CE, Brasil)
Pablo Dias Fortes (CRPHF/ENSP/Fiocruz – Rio de Janeiro/RJ, Brasil)
Comitê Editorial:
Ana Carmen de Souza Santana (UFT – Arraias/TO, Brasil)
Ana Célia Santos dos Anjos (IF Sertão PE – Serra Talhada/PE, Brasil)
Ana Patrícia Frederico Silveira (IF Sertão PE – Ouricuri/PE, Brasil)
Ana Patrícia Vargas Borges (IF Sertão PE – Floresta, PE, Brasil)
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Antônio Marcos da Conceição Uchôa (IF Sertão PE – Petrolina/PE, Brasil)
Bartolomeu Lins de Barros Júnior (IF Sertão PE – Petrolina/PE, Brasil)
Clécia Simone Gonçalves Rosa Pacheco (IF Sertão PE – Petrolina/PE, Brasil)
Cristiano Dias da Silva (IF Sertão PE – Ouricuri/PE, Brasil)
Danielle Juliana Silva Martins (IF Sertão PE – Petrolina/PE, Brasil)
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Gabriel Kafure da Rocha (IF Sertão PE – Petrolina/PE, Brasil)
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Matheus Henrique da Fonseca Barros (IF Sertão PE – Petrolina/PE, Brasil)
Pedro Augusto de Castro Buarque Silva (IF Sertão PE – Salgueiro/PE, Brasil)
Rodolfo Rodrigo Santos Feitosa (IF Sertão PE – Petrolina/PE, Brasil)
Sebastião Francisco de Almeida Filho (IF Sertão PE – Petrolina/PE, Brasil)
Tito Eugênio Santos Souza (IF Sertão PE – Petrolina/PE, Brasil)
Valter Cezar Andrade Júnior (IF Sertão PE – Ouricuri/PE, Brasil)
Discurso e Ensino
olhares interdisciplinares
Ivanaldo Santos (Org.)
φ
Direção editorial: Herlon Alves Bezerra
Diagramação e capa: Lucas Fontella Margoni
Arte de capa: Horizon - Ninhol
http://www.abecbrasil.org.br
253 p.
ISBN - 978-85-5696-145-7
Disponível em: http://www.editorafi.org
CDD-177
Índices para catálogo sistemático:
1. Ética e sociedade 177
Prefácio
O livro Discurso e ensino: olhares interdisciplinares visa refletir
e repensar a relação complexa e interdisciplinar entre o ser
humano, a sociedade, a linguagem e o ensino; conforme deixa
claro na Introdução o Organizador – Ivanaldo Santos.
O livro faz incursões sobre várias áreas do
conhecimento. Apresenta vários pontos de confluência entre a
Análise de Discurso e o Ensino. As reflexões aqui contidas
ultrapassam a compreensão da língua como um sistema abstrato e
formal pois, englobam teorias, contextos, lugares, sentidos e a
própria palavra em movimento.
Merece destacar que diversos conteúdos desenvolvidos
neste livro foram objeto de estudo, análise e investigação
realizada no âmbito da Universidade do Estado do Rio Grande
do Norte (UERN) no Campus de Pau dos Ferros, notadamente,
no Grupo de Estudos do Discurso (GRED), no Programa de
Pós-Graduação em Letras (PPGL) e no Programa de Pós-
Graduação em Ensino (PPGE), que desenvolvem estudos e uma
investigação interdisciplinar sócio-discursiva com saberes e
estruturas sociais diferentes.
A originalidade e a forma que os autores abordam os
conteúdos torna o livro instigante e a leitura muito agradável. As
reflexões sobre a leitura do cordel na escola; da indústria cultural
e o rock brasileiro; da identidade da mulher nordestina na letra da
música Galera da Rodinha da banda Aviões do Forró nos oferecem
reflexões sobre a construção de imagens elaboradas pela nossa
sociedade bem como conhecimentos sociológicos, filosóficos e
pedagógicos que são relevantes não só para o profissional da
educação mas, para o público em geral pois, tratam de questões
cruciais para a nossa sociedade, portanto, são questões que, de
forma direta ou indireta, diz respeito a a vida do cidadão.
O livro traz também reflexões epistemológicas,
filosóficas, sobre os direitos humanos; a natureza
fenomenológica; na ética e na bioética, portanto, reflexões
extremamente relevantes para a produção do conhecimento e o
agir do profissional da educação. Nos convida a pensar sobre o
ethos da figura de Padre Cícero e o paradoxo ético em Paul
Ricoeur; construção dos sentidos nas charges a partir de um olhar
bakhtiniano. Contempla análises discursivas em Maingueneau e
também sobre a imagem do Nordeste presente na literatura de
cordel.
Os autores dos artigos que desfilam no livro – Letícia da
Silva Gonzaga; Francisca Aline Micaelly da Silva Dias; José
Francisco das Chagas Souza; Julio Neto dos Santos, John de
Oliveira Magalhães; Nilo Agostini; Marcio de Lima Pacheco;
Rummening Marinho dos Santos; Sergio Rubens Alves
Cavalcante; Francisco Roberto Diniz Araújo, Wambert Gomes
Di Lorenzo; Martha A. Sossai, Úrsula D. Sossai; Ricardo Piragini;
Ivanaldo Santos, que além de autor, é o Organizador do livro –
nos oferecem um valioso material com conteúdo linguístico,
sociológico, filosófico, pedagógico e que, por isto, certamente
será de grande proveito para professores e educadores, pois
envolve diretamente a prática educacional.
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 11
CAPÍTULO I ........................................................................................................................ 15
O INTERDISCURSO NA PUBLICIDADE DULOREN: UMA ANÁLISE DISCURSIVA EM MAINGUENEAU
JARBAS VARGAS NASCIMENTO
SUEGNA SAYONARA DE ALMEIDA
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 27
A CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS NAS CHARGES SOB UM OLHAR BAKHTINIANO
MARIA DO SOCORRO MAIA FERNANDES BARBOSA
LETÍCIA DA SILVA GONZAGA
CAPÍTULO IV ...................................................................................................................... 65
A CONSTRUÇÃO FENOMENOLÓGICA DO DISCURSO DE RIOBALDO NO EPISÓDIO DO JÚRI EM
GRANDE SERTÃO: VEREDAS
JOSÉ FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA
CAPÍTULO V ....................................................................................................................... 85
A INDÚSTRIA CULTURAL E O ROCK BRASILEIRO: A CRIAÇÃO DE UM PÚBLICO CONSUMIDOR
JULIO NETO DOS SANTOS
Ivanaldo Santos
O organizador
Capítulo I
O interdiscurso na publicidade Duloren:
uma análise discursiva em Maingueneau
Jarbas Vargas Nascimento1
Suegna Sayonara de Almeida2
1. Introdução
2. O discurso em Maingueneau
3. Interdiscurso
5. Conclusão
Referências
3. O signo é ideológico
4. Os gêneros do discurso
5. Metodologia
6. Análises
CHARGE 1
´
Disponível em:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=401700143284847&set=a.13085
4450369419.24128.100003345958460&type=3&theater. Acesso em: 30 de Set.
de 2016.
CHARGE 2
Disponível em:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=401700143284847&set=a.13085
4450369419.24128.100003345958460&type=3&theater. Acesso em: 30 de Set.
de 2016.
7. Considerações finais
Referencias
1. A categoria ethos
Embora não seja por meio desse escopo teórico que gira
em torno da ordenação de Padre Cícero que surgem os grandes
feitos de sua história, já que isso de dá a partir do momento que o
mesmo, volta para a cidade do Crato-CE, e conforme relara Della
Cava (1976, p.26):
Insurgiu-se em Fortaleza
O coronel Franco Rabelo
Para depor Acyole
Que quase perdeu o pelo;
Tomou conta do estado
Metendo o seu martelo.
4O ethos prévio é o que corresponde para Maingueneau (2008b) o mesmo que ethos
pré-discursivo.
60 | DISCURSO E ENSINO: OLHARES INTERDISCIPLINARES
No dia 08 de julho
Do ano 73
A Igreja brasileira
Decidiu por sua vez
Aqui em nossa nação
Do Padre Cícero Romão
A canonização fez
Realizou-se em Brasília
Essa canonização
Sendo que do Santo Papa
Não houve autorização
Por ai o leitor veja
Foi a nossa santa igreja
A maior profanação
511 padres
No momento se acharam
Também 34 bispos
IVANALDO SANTOS (ORG.) | 61
Ali se apresentaram
E de jornais e revistas
Centenas de jornalistas
O ato presenciaram. (EXPEDITO SEBASTIÃO DA
SILVA, 1973, p. 01).
5. Conclusão
Referências
3 Tese de Merleau-Ponty publicada pela primeira vez no ano de 1945. Aqui utilizarei a
tradução direta do Francês de 2011. Esta será citada ao longo do texto com a sigla: FP
(Fenomenologia da Percepção), Outras obras em que utilizaremos siglas: PM (Prosa do
Mundo), S (Signos) e GSV (Grande Sertão: Veredas).
IVANALDO SANTOS (ORG.) | 67
2. A Fenomenologia em Merleau-Ponty
Cena I:
Dei como um passo adiante, levantei mão e estalei dedo, feito menino
em escola. Comecei a falar. Diadorim ainda experimentou de me reter,
decerto assustado: – “Espera, Riobaldo...” – tive o siso da voz dele no
ouvido. Aí eu já tinha principiado. O que eu acho, disse, supri neste
mais menos fraseado:
– “Dê licença, grande chefe nosso, Joca Ramiro, que licença eu peço! O
que tenho é uma verdade forte para dizer, que calado não posso
ficar...” (GSV, 2015, p. 228).
Cena II:
Digo ao senhor: que eu mesmo notei que estava falando alto demais,
mas de me abrandar não tinha prazo nem jeito – eu já tinha começado.
Coração bruto batente, por debaixo de tudo. Senti outro fogo no meu
rosto, o salteio de que todos a finque me olhavam. Então, eu não
aceitei ninguém, o que eu não queria era ver o Hermógenes. Não pôr
as capas dos olhos nem a ideia no Hermógenes – que Hermógenes
nenhum neste mundo não tivesse, nenhum para mim, nenhum de si!
Por isso, prendi minhas vistas só num homem, um que foi o qualquer,
sem nem escôlha minha, e porque estava bem por minha frente, um
pardo. Pobre, esse, notando que recebia tanto olhar, abaixou a cara
amassado de não poder outra coisa. No eu falando:
– “...Eu conheço este homem bem, Zé Bebelo. Estive do lado dele,
nunca menti que não estive, todos aqui sabem. Saí de lá, meio fugido.
Saí, porque quis, e vim guerrear aqui, com as ordens destes famosos
chefes, vós... Da banda de cá, foi que briguei, e dei mão leal, com meu
cano e meu gatilho... Mas, agora, eu afirmo: Zé Bebelo é homem
valente de bem, e inteiro, que honra o raio da palavra que dá! Aí. E é
chefe jagunço, de primeira, sem ter ruindades em cabimento, nem
matar os inimigos que prende, nem consentir de com eles se judiar...
Isto, afirmo! Vi. Testemunhei. Por tanto, que digo, ele merece um
absolvido escorreito, mesmo não merece de morrer matado à-toa... E
isto digo, porque de dizer eu tinha, como dever que sei, e cumprindo a
licença dada por meu grande chefe nosso, Joca Ramiro, e por meu
cabo-chefe Titão Passos!...” (GSV, 2015, p. 228).
Cena III:
Tirei fôlego de fôlego, latejei. Sei que me desconheci. Suspendi do que
estava:
– “... A guerra foi grande, durou tempo que durou, encheu este
sertão. Nela todo o mundo vai falar, pelo Norte dos Nortes, em Minas
e na Bahia toda, constantes anos, até em outras partes... Vão fazer
cantigas, relatando as tantas façanhas... Pois então, xente, hão de se
dizer que aqui na Sempre-verde vieram se reunir os chefes todos de
bandos com seus cabras valentes, montoeira completa, e com o
sobregovêrno de Joca Ramiro – só para, no fim, fim, se acabar com
um homenzinho sozinho – se condenar de matar Zé Bebelo, o quanto
fosse um boi de corte? Um fato assim é honra? Ou é vergonha?...”
(GSV, 2015, p. 229).
Cena IV:
– “Para mim, é vergonha...” – o que em brilhos ouvi: e quem falou
assim foi Titão Passos.
– “Vergonha! Raios diabos que vergonha é! Estrumes! A
vergonha danada, raios danados que seja!...” – assim; e quem gritou,
isto a mais, foi Sô Candelário.
Tudo tão aos traques de-repente, não sei, eu nem acabei o
relance que me arrepiou minha ideia: que eu tinha feito grande toleima,
que decerto ia ser para piorar – o que foi no eu dizer que Zé Bebelo
não matava os presos; porque, se do nosso lado se matava, então não
iam gostar de escutar aquilo de mim, que podia aparecer forte
reprovação. Aos brados bramados de Sô Candelário, temi perder a vez
de tudo falar. Aí, nem olhei para Joca Ramiro – eu achasse, ligeiro
demais, que Joca Ramiro não estava aprovando meu saimento. Aí,
porque nem não tive tempo – porque imediato senti que tinha que
completar o meu, assim:
– “... A ver. Mas, se a gente der condena de absolvido: soltar
este homem Zé Bebelo, a mãvazias, punido só pela derrota que levou –
então, eu acho, é fama grande. Fama de glória: que primeiro vencemos,
e depois soltamos...” –; em tanto terminei de pensar: que meu receio
era tôlo: que jagunço, pelo que é, quase que nunca pensa em reto: eles
podiam achar normal que da banda de cá os inimigos presos a gente
matasse, mas apreciavam também que Zé Bebelo, como contrário,
tivesse deixado em vida os companheiros nossos presos. Gente
airada... (GSV, 2015, p. 229).
Cena V:
Aí eu pensei, eu achei? Não. Eu disse. Disse o verdadeiro, o ligeiro, o
de não se esperar para dizer: – “... E, que perigo que tem? Se ele der a
palavra de nunca mais tornar a vir guerrear com a gente, decerto
cumpre. Ele mesmo não há de querer tornar a vir. É o justo. Melhor é
se ele der a palavra de que vais-s’ embora do Estado, para bem longe,
em desde que não fique em terras daqui nem da Bahia...” – eu disse;
disse mansinho mãe, mansice, caminhos de cobra.
Cena VI:
– “Tenho uns parentes meus em Goiás...” – Zé Bebelo falou, avindado
de repente. Tomei uma respiração, e aí vi que eu tinha terminado. Isto
é, que comecei a temer. Num esfrio, num átimo, me vesti de pavor. O
que olhei – Joca Ramiro teria estado a gestos? – Joca Ramiro fazendo
um gesto, então queria que eu calasse absolutamente a boca; eu não
possuía vênia para discorrer no que para mim não era de minha alta
conta.
IVANALDO SANTOS (ORG.) | 79
Cena VII:
... Só Diadorim, que quase me abraçava: – “Riobaldo, tu disse bem! Tu é
homem de todas as valentias...” Mas, os outros, perto de mim, por que era
que não me davam louvor, com as palavras: – Gostei de ver! Tatarana!
Assim é que é assim! –? Só, que eu tinha pronunciado bem, Diadorim mais
me disse: e que tinha sido menos por minhas tantas palavras, do que pelo
rompante brabo com que falei, acendido, exportando uma espécie de
autoridade que em mim veio. E para Zé Bebelo eu não tinha olhado. Que
era que ele de mim devia de estar pensando? E Joca Ramiro? Esses se
fronteavam: um ao outro, e o em meio, me mediam. (GSV, 2015, p. 228-9).
6 Considerações Finais
Referências
3 A palavra cultura aqui citada não será discutida a fundo, visto que não é o principal
objetivo do texto, porém numa oportunidade em que se discutirá a questão da obra de
arte e sua produção em série, a discussão se torne mais plausível.
IVANALDO SANTOS (ORG.) | 99
5. Considerações finais
Referências
DAPIEVE, Arthur. Brock: o rock brasileiro dos anos 80. 2. ed. Rio de
Janeiro: Editora 34, 1995, p. 53-64.
Sites:
https://www.vagalume.com.br/blitz/voce-nao-soube-me-amar.html
Acesso em 30.04.2017
https://www.vagalume.com.br/blitz/voce-nao-soube-me-amar.html
Acesso em 30.04.2017
Capítulo VI
A identidade da mulher nordestina na
letra da música Galera da Rodinha da
banda Aviões do Forró
John de Oliveira Magalhães1
1. Introdução
2. Fundamentação teórica
2O termo identidade aqui se refere ao fato de cada enunciação do sujeito ele se alternar
em identidades diferentes: o pai de família, o empregado, o subordinado político ou
não, o religioso, o ateu, etc.
3Embora isso não tenho sido bem discorridos pelos comentadores da AD, infere-se
que o enunciado possa de estender a outras formas de conhecimento dentro da
medicina, da patologia, do Direito, etc.
116 | DISCURSO E ENSINO: OLHARES INTERDISCIPLINARES
Atenção mulherada!
se seu namorado não ti dá o valor que você merece,
chame sua amiga, vá pra sua casa,
ligue o som do Avião bem alto na caixinha da Bose,
ajeita a maquiagem, ajeita o cabelo,
bota aquela saia, AQUELA SAIA!
E venha mostrar pra que veio,
e vai pra lá que nós vamos ti valorizar no show do Aviões,
vem comigo assim oh!
(AVIÕES DO FORRÓ, 2015, faixa 8).
A galera da rodinha
Batendo palminha
Te valorizando
E você indo até o chão.
(AVIÕES DO FORRÓ, 2015, faixa 8).
Não chora
Ele não merece
Já já tu esquece
Ele é quem vai ficar na pior
Não chora
Ele não é nada
Simplesmente nada
Você é uma linda e bem melhor
(AVIÕES DO FORRÓ, 2015, faixa 8).
5. Considerações finais
Referências
SITES:
2. A mudança de época
18 Ibid., p. 629.
19ROUANET, Sérgio Paulo. As razões do iluminismo. São Paulo: Companhia das
Letras, 1987, p. 12.
20 SEVERINO, Antônio Joaquim. Op. cit., p. 630.
134 | DISCURSO E ENSINO: OLHARES INTERDISCIPLINARES
26 Ibid., loc.cit.
27 Ibid., p. 251.
28 Ibid., p. 252.
29ALMEIDA, Jorge Miranda de. A educação como ética e a ética como educação em
Kierkegaard e Paulo Freire. Revista da FAEEBA – Educação e
Contemporaneidade. Salvador, v. 22, n. 39, 106, jan./jun., 2013.
30Cf. LEVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito: ensaio sobre a exterioridade.
Trad. José Pinto Ribeiro. Lisboa: Ediciones 70, 2000.
31 SEVERINO, Antônio Joaquim. Op. cit., p. 625.
32 Cf. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação. Cartas pedagógicas e outros
escritos. São Paulo: UNESP, 2000.
136 | DISCURSO E ENSINO: OLHARES INTERDISCIPLINARES
52 SAUL, Ana Maria; SILVA, Antônio Fernando Gouvêa da. Op. cit., p. 12.
53 Ibid., loc. cit.
54 FREIRE, Paulo. Op. cit., p. 34-35.
IVANALDO SANTOS (ORG.) | 141
6. Conclusão
63 DE LA PEÑA. Juan Luis Ruiz. Criação, graça, salvação. São Paulo: Loyola, 1998,
p. 40.
64AGOSTINI, Nilo. Teologia Moral: O que você precisa viver e saber. 10ª ed.
Petrópolis: Vozes, 2007, p. 183.
65 RODRIGUES, Neidson. Op. cit., p. 232.
66VALADIER, Paul. L’anarchie des valeurs. Le relativisme est-il fatal? Paris: Albin
Michel, 1997.
67LIPOVETSKY, Gille. O crepúsculo do dever. A ética indolor dos novos tempos
democráticos. Lisboa: Dom Quixote, 1994, p. 234.
68MORAIS, Regis de. Ética e vida social contemporânea. Tempo e Presença, Rio de
Janeiro, ano 14, n° 263, p. 5, mai./jun. 1992.
144 | DISCURSO E ENSINO: OLHARES INTERDISCIPLINARES
69 AGOSTINI, Nilo. Etica: diálogo e compromisso. São Paulo: FTD, 2010, p. 21.
70 SANGALLI, Idalgo José. Op. cit., p. 191.
71 Ibid., loc. cit.
72 Ibid., p. 194.
73 FREIRE, Paulo. Conscientização. Op. cit., p. 29.
IVANALDO SANTOS (ORG.) | 145
Referências
_______. Educação e mudança. 30ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
SAUL, Ana Maria; SILVA, Antônio Fernando Gouvêa da. Uma leitura
a partir da epistemologia de Paulo Freire: a transversalidade da
ética na educação, currículo e ensino. In: Revista Cocar. Belém,
v. 6, n. 11, p. 7-15, jan./jul., 2012.
2. A problemática do mal
3. O paradoxo ético
Enquanto a mancha é ligada a algo que infecta, que afeta
direta ou indiretamente o corpo, o pecado é associado a uma
atitude contra Deus, assim, a consciência atinge o nível ético da
falta. A palavra pecado no Antigo Testamento se organiza ao
redor da imagem central do desvio de conduta. É o inverso do
simbolismo da mancha que contamina por contato.
A transição fenomenológica da mancha para o pecado se
realiza graças à personalização do Sagrado pela qual o pecado é
nos dada quando o símbolo da mancha é dominado pelo de
‘amarra’ que ainda é um símbolo de exterioridade, mas que
exprime mais a ocupação, a possessão e a escravidão que o
contágio e a contaminação: Que o mal e o mal que está no meu
corpo, que está nos meus músculos e nos meus tendões
desapareça hoje, suplica o penitente; no entanto, ao mesmo em
que o esquema da mancha se incorpora no da possessão, as
noções de transgressão e de iniquidade são acrescentadas.
4. Conclusão
Referências
3. Algumas considerações
Referências
5. Conclusão
Referências
2. Discussões e análises
3 Considerações Finais
Referências
2 Do hebraico, o homem: adam, que vem do solo: adamah. Substantivo comum que se
tornou o nome próprio do primeiro homem (Cf. nota t de Gn 2, 27. de A Bíblia de
Jerusalém.). Adão ainda ligado aos vocábulos hebraicos adamá: solo vermelho; adom:
vermelho; e, dam: sangue. Todos os textos bíblicos aqui referidos são da tradução direta
do grego, hebraico e aramaico de: A Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulinas, 1985.
3 Cf. Gn 2,7.
4 Gn 3,19.
5 Ecl 3, 20b.
6 Jó 34, 15.
7 Sl 104, 29b.
IVANALDO SANTOS (ORG.) | 215
4. Conclusões
Referências
6. Conclusão
Referências