Geometria Plana
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SUMRIO
Volume 1 - Mdulo 1
Prefcio _________________________________________________________ 7
Dirce Uesu Pesco / Roberto Geraldo Tavares Arnaut
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Aula 1 Conceitos B
asicos
A Geometria Elementar, tambem chamada Geometria Euclidiana, fundamenta-se em tres entes geometricos aceitos sem definicao: ponto, reta e plano.
Representacao
Notacao:
pontos: A, B, C, . . .
retas: a, b, c, . . .
planos: , , , . . .
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CEDERJ
Conceitos Basicos
5. Toda reta que passa por dois pontos distintos de um plano esta contida
nesse plano.
6. Um ponto O, de uma reta, divide-a em duas regioes denominadas semiretas. O e denominado origem das duas semi-retas.
Notacao: OA
Definicao: Dados dois pontos A e B de uma reta r, denomina-se segmento
de reta AB a todos os pontos de r entre A e B. A e B sao chamados de
extremos.
Notacao: AB
medida de um segmento AB = m(AB)
Definicao: Segmentos congruentes tem medidas iguais e, reciprocamente, segmentos que tem medidas iguais sao congruentes.
AB CD
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se m(AB) = m(CD)
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Definicao: Pontos colineares sao pontos que pertencem `a uma mesma reta.
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Conceitos Basicos
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Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Exerccios Resolvidos
1. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).
a) Por um ponto passam infinitas retas.( )
b) Por tres pontos dados passa uma so reta.( )
c) Tres pontos distintos sao colineares.( )
d) Duas retas coplanares e distintas sao concorrentes ou paralelas.( )
e) Duas retas que nao tem ponto em comum sao paralelas.( )
Soluc
ao:
a) ( V ), axioma.
b) ( F ), por tres pontos passam tres retas.
d) ( V ),
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Conceitos Basicos
e) ( F ), pois elas podem ser reversas e nessa caso nao sao paralelas.
Soluc
ao:
Seja r a reta, e A, B, C, D, E pontos pertencentes a esta reta r.
3. Por seis pontos todos distintos, sendo tres deles colineares, quantas
retas podemos construir?
Soluc
ao:
Considere seis pontos A, B, C, D, E, F distintos, sendo tres deles (A, B
e C) colineares, vamos construir todas as retas possveis, usando o
axioma 3.
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Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Sao 13 retas.
Exerccios Propostos
1. Quantos segmentos ha em uma reta, com origem nos sete pontos distintos, dada na figura a seguir?
Gabarito
1. 14.
2. AB = 12 cm e BC = 6 cm ou AB = 36 cm e BC = 18 cm.
3. 30.
4. 6.
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Conceitos Basicos
Angulos
Definicao: Angulo
geometrico e a reuniao de duas semi-retas de mesma origem
e nao colineares.
b onde O e o vertice.
Notacao: AOB,
As semi-retas OA e OB sao os lados do angulo.
Axioma 13: Um angulo pode ser medido por meio de um instrumento chamado
transferidor, que tem o grau como unidade. O n
umero de graus de um angulo
e a sua medida. A medida de um angulo geometrico e um n
umero real , tal
que 0 < < 180.
b angulo geometrico
Notacao: AOB:
b
b
m(AOB):
medida do angulo AOB
b entao m(AOD)
b
b
Se OD e uma semi-reta que divide AOB,
+ m(DOB)
b
= m(AOB).
Nota:
1) O angulo de 180 e chamado raso e e quando os lados sao semi-retas
opostas.
CEDERJ
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Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
b e D EF
b na figura sao congruentes.
Os angulos ABC
b D EF.
b
Notacao: ABC
angulo
b num plano e consideremos os semiplanos
Definicao: Seja um angulo AOB
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Conceitos Basicos
Definicao: Angulos
que possuem o mesmo vertice e um lado comum sao deb e AOC
b sao consecutivos.
nominados angulos consecutivos. Os angulos AOB
Definicao: Dois angulos consecutivos que nao possuem ponto interior comum
sao denominados angulos adjacentes.
b e B OC
b sao adjacentes.
Os angulos AOB
CEDERJ
20
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Definicao: Bissetriz de um angulo e a semi-reta interior ao angulo, que determina com os seus lados, dois angulos adjacentes e congruentes. Na figura,
b
OC e bissetriz do angulo AOB.
b e
Definicao: Angulo
reto e um angulo cuja medida e 90. Na figura AOB
reto, o smbolo representa um angulo reto.
Definicao: Angulo
agudo e um angulo cuja medida e menor que 90. Na
b
figura, AOB e angulo agudo.
Definicao: Angulo
obtuso e um angulo cuja medida e maior que 90. Na
b e angulo obtuso.
figura, AOB
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Conceitos Basicos
CEDERJ
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Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
b = X e m(AOB)
b
Denominamos m(AOB)
= Y.
Temos que:
b
b
m(AOA)
= 180 m(BOA)
= 180 X
(1)
b
b
m(BOB)
= 180 m(BOA)
= 180 Y
(2)
De (1) e (2) vem:
180 X = 180 Y X = Y
b = AOB.
b
Logo, AOB
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Conceitos Basicos
b e
Axioma 14: Postulado de transporte de angulos. Dado um angulo AOB
uma semi-reta O A de um plano, existe sobre esse plano e num dos semi
CEDERJ
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Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Exerccios Resolvidos
1. Estabeleca a correspondencia dos itens a seguir com as figuras de 1
a 5.
a) bissetriz de um angulo;
b) angulos complementares;
c) angulos suplementares;
d) angulos adjacentes e complementares;
e) angulos adjacentes e suplementares.
Resposta: a) 3; b) 5, c) 2; d) 1; e) 4.
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CEDERJ
Conceitos Basicos
Temos que:
b = X e m(BOE)
b =Y
m(DOB)
2
2
b =
m(DOE)
Y
X+Y
90
X
+
=
=
= 45
2
2
2
2
b) 32 38
Solucao:
a) 90 27 = 63
b) 90 32 38 = 89 60 32 38 = 57 22
4. Calcule o suplemento do complemento de 72 .
Solucao: O complemento de 72 e 90 72 = 18 .
Da, o suplemento do complemento de 72 e 180 18 = 162 .
3
5. Calcule a medida de um angulo cuja medida e igual a
do seu
5
suplemento.
Solucao: Seja X a medida do angulo procurado.
180 X e a medida do suplemento do angulo procurado, temos:
3
X = (180 X)
5
Resolvendo a equacao vem:
5X = 540 3X 8X = 540 X = 67 30
CEDERJ
26
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
35
= 17 30 .
2
Exerccios Propostos
1. Calcule o suplemento dos angulos:
a) 47
b) 34 20
2. Dado um angulo agudo de medida , represente:
a) A quinta parte do seu complemento.
b) A decima parte do seu suplemento.
3. Qual e a medida de um angulo que excede o seu complemento de 69 ?
4. As medidas de dois angulos opostos pelo vertice sao 34 8 e 14 + 2.
Calcule .
5. Prove que dois angulos que tem o mesmo suplemento sao congruentes.
b = 32 e B OC
b = m(BOC)
b = 80 . Se OM e a bis6. Na figura m(AOB)
b ON e a bissetriz de B OC
b e OX e a bissetriz de M ON,
b
setriz de AOB,
b
determine a medida do angulo X OC.
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CEDERJ
Conceitos Basicos
Gabarito
1. a) 133 , b) 145 40 .
2. a)
1
1
(90 ), b) (180 ).
5
10
3. 79 30 .
4. 30 .
5. Demonstracao.
6. 68 .
Tri
angulos
Definicao: Triangulo e a uniao de tres segmentos cujas extremidades sao tres
pontos nao colineares. A figura ao lado mostra um triangulo. Os pontos A,
B e C sao os vertices, e os segmentos AB, AC e BC sao os lados do triangulo.
Denotamos por ABC um triangulo de vertices A, B e C.
CEDERJ
28
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Definicao: Angulo
externo a um triangulo e aquele que e adjacente e supleb e
mentar a um de seus angulos internos. Na figura ao lado, o angulo ACD
um angulo externo ao triangulo ABC.
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CEDERJ
Conceitos Basicos
Classificac
ao dos tri
angulos
Podemos classificar os triangulos de dois modos:
1 Quanto aos lados:
Equilatero: os que tem os tres lados congruentes.
CEDERJ
30
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Elementos not
aveis de um tri
angulo
Mediana de um triangulo e o segmento que une um vertice ao ponto medio
do lado oposto. Na figura, AM e uma mediana do triangulo ABC.
CEDERJ
Conceitos Basicos
Exerccios Resolvidos
Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).
a) Um triangulo possui tres angulos externos. ( )
b) Um triangulo isosceles e sempre acutangulo. ( )
c) Um triangulo obtusangulo pode ser isosceles. ( )
d) Um triangulo isosceles pode ser equilatero. ( )
CEDERJ
32
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Solucao:
a) ( F ), pois possui seis angulos externos.
33
CEDERJ
Conceitos Basicos
Retas paralelas
Lembre-se de que ja vimos a definicao de retas paralelas em posicoes
relativas entre duas retas distintas e tambem o postulado 4. (Postulado de
Euclides).
Definicao: Duas retas r e s de um mesmo plano interceptados pela transversal
t formam oito angulos. Os pares de angulos, um com vertice em A e o outro
em B, conforme figura, sao denominados:
angulos correspondentes:
1
4
2
3
e
e
e
e
5
8
6
7
4 e 6
3 e 5
1 e 7
2 e 8
(
1 e 8
angulos colaterais externos
2 e 7
(
4 e 5
angulos colaterais internos
3 e 6
angulos alternos externos
CEDERJ
34
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Propriedade: Uma reta transversal a duas retas paralelas formam angulos que
obedecem a`s relacoes seguintes:
1 Os angulos correspondentes e os angulos alternos sao congruentes.
2 Os angulos colaterais sao suplementares.
Seja t uma transversal as retas r e s e r k s.
a = e, b = f, c = g, d = h (correspondentes)
c = e, d = f, a = g, b = h (alternos internos e alternos externos)
c + f = d + e = b + g = a + h = 180 (colaterais)
Nota: As recprocas das propriedades 1e 2 sao verdadeiras.
Exerccios Resolvidos
1. Na figura, as retas a e b sao paralelas. Calcule o valor de x.
35
CEDERJ
Conceitos Basicos
Solucao:
Sendo 2x + 15 e 30 x as medidas de dois angulos alternos internos,
temos:
30 x = 2x + 15 x 2x = 15 30 3x = 15 x = 5
2. Na figura, as retas a e b sao paralelas. Calcule o valor de x.
Solucao:
Sendo 4x + 70 e 50 as medidas de dois angulos colaterais internos,
temos:
4x + 70 + 50 = 180 4x = 180 120 4x = 60 x = 15
3. Na figura, as retas a e b sao paralelas. Calcule a medida do angulo
b
ACB.
Solucao:
b = X +Y
Seja a figura dada. Trace por C uma reta c k a, e seja m(ACB)
conforme a figura.
Logo 125 + X = 180 (angulos colaterais internos) X = 55 .
Y = 20 (angulos alternos internos).
b = 55 + 20 = 75 .
Logo, m(ACB)
CEDERJ
36
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
4. Duas retas distintas a e b de um plano, cortados por uma transversal t, formam angulos colaterais internos, cujas medidas em graus sao,
respectivamente, 6X 30 e 2X + 34 . Determine X de modo que as
retas a e b sejam paralelas.
Solucao:
Queremos que as retas a e b sejam paralelas, entao 6X30 +2X+34 =
180 (angulos colaterais internos) 8X = 176 X = 22 .
Exerccios Propostos
1. Em cada figura a seguir, as retas r e s sao paralelas. Calcule o valor
de x.
37
CEDERJ
Conceitos Basicos
CEDERJ
38
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Gabarito
1. a) x = 70 , b) x = 20 , c) x = 44 , d) x = 110 .
2. a) 17 30 , b) 100 .
3. x = 90 .
4. a) x = 95 , b) x = 60 .
Angulos
no tri
angulo
Teorema Angular de Tales: A soma das medidas dos angulos internos de um
triangulo e igual a 180.
Prova:
Seja ABC e considere uma reta r k AB passando por C.
b = m(BAC)
Da, m(ACD)
(angulo alterno interno)
b
b
m(ECD) = m(CBA) (angulo correspondente)
Como um angulo raso tem 180 , vem:
b+A
+B
b = 180
C
39
CEDERJ
Conceitos Basicos
Temos que:
b +B
b+C
b = 180
A
b +C
b = 180
Ce
(1)
(2)
b +B
b Ce
b = 0 Ce
b =A
b +B
b
A
b = A
b + C,
b onde Be
b e o angulo externo em relacao ao
De forma similar Be
b =B
b + C,
b onde Ae
b e o angulo externo em relacao ao vertice
vertice B e Ae
A.
Exerccios Resolvidos
1. No triangulo ABC da figura, calcule o valor de X.
Solucao:
Temos por Tales que: X + 2X + 3X = 180 6X = 180 X = 30
2. No triangulo ABC da figura, calcule o valor de x.
Solucao:
40
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
Solucao:
Considere A, B, C e D os vertices da figura dada. Prolongue BC ate AD e
denomine de E a intersecao da reta BC com a reta AD.
Da denominando m(CED)
= Y vem usando o resultado do angulo externo
no ABE,
Y = 30 + 40
e no CED,
X = Y + 20 X = 70 + 20 = 90
4. Na figura a seguir, O e o ponto de encontro das bissetrizes internas do
b e o triplo da medida do angulo
triangulo ABC e a medida do angulo BOC
b Calcule a medida do angulo A.
b
A.
Solucao:
z
Seja o ABC, O o ponto de encontro das bissetrizes internas desse triangulo
b = 3 m(A).
b
e m(BOC)
b
b
b
b
Considere m(ACO)
= m(BCO)
= a e m(ABO)
= m(CBO)
= b.
41
CEDERJ
Conceitos Basicos
Da
2b + 2a + m(A) = 180
b + a + 3m(A) = 180 (x 2)
Solucao:
b
Seja a figura 1 dada, com P sendo a intersecao das bissetrizes externas em B
b e m(A)
b = 70 . Denote m(BPC)
b = X, m(CBP)
b = a e m(BCP)
b = b.
eC
Temos que:
b = 180 2a
m(ABC)
b = 180 2b
m(BCA)
42
Conceitos Basicos
Logo,
MODULO
1 - AULA 1
a + b + X = 180
180 2a + 180 2b + 70 = 180
a + b + X = 180 (1)
2a 2b = 250 (2)
(3)
Exerccios Propostos
b e C.
b
1. Na figura a seguir, P e a intersecao das bissetrizes internas em B
b sabendo que o angulo A
b mede 80 .
Calcule a medida do angulo BPC
bb
b
2. Na figura a seguir, calcule a soma dos quatro angulos
b, ,
e .
b com a
3. Na figura a seguir, P e a intersecao da bissetriz interna de B
b Calcule o angulo BPC
b em funcao de A.
b
externa de C.
43
CEDERJ
Conceitos Basicos
b e isosceles. Sendo
4. Na figura a seguir, o triangulo ABC e retangulo em A
b = 30 , calcule a medida do angulo ABD.
b
BD = BE e DAC
CEDERJ
44
Conceitos Basicos
MODULO
1 - AULA 1
b um angulo e r uma reta do seu plano que contem O e situ7. Seja AOB
ada na regiao nao convexa. Seja OX e OY as bissetrizes dos angulos
b mede 150 , calcule o
agudos OA e OB que formam com r. Se AOB
b
angulo XOY.
8. Na figura, P e a intersecao da bissetriz interna de B com a bissetriz
b
externa de C. Calcule o angulo BPbC em funcao do angulo A.
Gabarito
1. m(BPbC)= 130 .
b
m(A)
.
2
b
4. m(ABD)=
15 .
5. m(b
)= 33 .
b
6. m(ACD)=
56 .
b
7. m(XOY)=
165.
b
A
8. m(Pb)= .
2
45
CEDERJ
Congruencia de Triangulos
MODULO
1 - AULA 2
Aula 2 Congru
encia de Tri
angulos
A ideia de congruencia entre segmentos, angulos e triangulos formouse intuitivamente, levando-se em conta que dois segmentos congruentes, dois
angulos congruentes e dois triangulos congruentes podem ser superpostos por
meio de um deslocamento conveniente.
O conceito abstrato de congruencia entre triangulos e definido da seguinte
maneira:
Dois triangulos sao denominados congruentes se tem ordenadamente congruentes os tres lados e os tres angulos. Exemplo: Os triangulos ABC e ABC
sao congruentes.
AB AB
A = A
= B
BC BC
C = C
Observacao:
Em dois triangulos congruentes, sao congruentes entre si:
a) os lados opostos a angulos congruentes;
b) os angulos opostos a lados congruentes;
Casos de congru
encia
A definicao de congruencia de triangulos da 5 condicoes que devem ser
satisfeitas para que dois triangulos sejam congruentes. Existem condicoes
mnimas para que dois triangulos sejam congruentes. Estas condicoes sao
denominadas casos ou criterios de congruencia.
1 Caso (LAL)
Se dois triangulos tem ordenadamente congruentes dois lados e o angulo
compreendido entre esses dois lados, entao eles sao congruentes.
Este caso e normalmente dado como postulado e indica que se dois
triangulos tem ordenadamente congruentes dois lados e o angulo compreendido entre estes dois lados, entao o lado restante e os dois angulos
tambem sao ordenadamente congruentes.
47
CEDERJ
Congruencia de Triangulos
Esquema de aplicacao.
AB AB
B = B
= A
= ABC ABC =
A
BC BC
LAL
Definica
o
AC AC
C = C
2 Caso (ALA)
Se dois triangulos tem ordenadamente congruentes dois angulos e o
lado adjacente a esses angulos, entao eles sao congruentes.
Exemplo: Os triangulos ABC e ABC da figura sao congruentes pelo
caso ALA.
Esquema de aplicacao.
B = B
AB AB
= A
BC BC = ABC ABC =
A
ALA
Defini
c
a
C = C
AC AC
CEDERJ
48
Congruencia de Triangulos
MODULO
1 - AULA 2
3 Caso (LLL)
Se dois triangulos tem ordenadamente congruentes os tres lados, entao
eles sao congruentes.
Exemplo: Os triangulos ABC e ABC da figura sao congruentes pelo
caso LLL.
Esquema de aplicacao.
AB AB
AC AC = ABC ABC =
LLL
Definica
o
BC BC
= A
A
= B
B
= C
4 Caso (LAAo)
Se dois triangulos tem ordenadamente congruentes um lado, um angulo
adjacente e um angulo oposto a esse lado, entao eles sao congruentes.
Exemplo: Os triangulos ABC e ABC da figura sao congruentes pelo
caso LAAo.
Esquema de aplicacao.
BC
BC
C = C
= B
= ABC ABC =
B
AB AB
LAAo
Definica
o
A = A
AC AC
49
CEDERJ
Congruencia de Triangulos
Exemplo: Os triangulos retangulos ABC e ABC da figura sao congruentes pelo caso especial.
Exerccios Resolvidos
1. Em cada grupo de triangulos, verificar os congruentes e indicar o
caso de congruencia.
CEDERJ
50
Congruencia de Triangulos
MODULO
1 - AULA 2
Soluc
ao:
(a) I II pelo caso LAL.
(b) I III pelo caso ALA.
(c) I III pelo caso especial.
(d) I III pelo caso LLL.
(e) II III pelo caso LAAo.
2. Na figura, M e o ponto medio do segmento CD, ou seja, CM MD.
BDM
e os pontos A, M e B sao colineares.
ACM
Prove que AM MB.
51
CEDERJ
Congruencia de Triangulos
Soluc
ao:
Seja a figura dada:
Temos que:
(hipotese)
ACM
BDM
CM DM (hipotese)
= ACM DBM
(ALA)
= AM MB
Definica
o
Temos:
AB AC (hipotese)
=A
(angulo comum )
A
AC AB (hipotese)
CEDERJ
52
=C
= ABC ACB = B
(LAL)
Def.
Congruencia de Triangulos
MODULO
1 - AULA 2
AM AM lado comum
53
CEDERJ
Congruencia de Triangulos
Temos que:
BCE
= BCD CBE
ALA
AB AB
Hipotese:
AC AC
BC BC
CEDERJ
54
Congruencia de Triangulos
MODULO
1 - AULA 2
AC AC
BAA
BAA
CAA
CAA
Concluimos da que
BAC
BAC
ou seja,
= A
A
Logo pelo caso LAL, temos:
ABC ABC
7. Demonstre o caso LAAo.
Soluc
ao:
Sejam os triangulos ABC e ABC da figura e suponhamos BC BC,
= B
eA
= A.
55
CEDERJ
Congruencia de Triangulos
gruente ao angulo A.
Portanto o ponto A, estando sobre AB e nao podendo ficar nem antes
nem depois do ponto A, devera coincidir com A.
Da,
AB AB
Entao, os triangulos ABC e ABC sao congruentes pelo casos LAL.
Nota:
Qualquer angulo externo de um triangulo e maior que qualquer interno
=B
+ C.
CEDERJ
56
Congruencia de Triangulos
MODULO
1 - AULA 2
Exerccios Propostos
1. Em cada grupo de triangulos, verificar os congruentes e indicar o caso
de congruencia.
57
CEDERJ
Congruencia de Triangulos
CEDERJ
58
Congruencia de Triangulos
MODULO
1 - AULA 2
b = m(FDE)
b e m(BAC)
b = m(DEF),
b
10. Na figura, sendo BF = CD, m(ABC)
prove que AC = EF .
59
CEDERJ
Polgonos Convexos
MODULO
1 - AULA 3
Polgono
Definicao: Consideremos um n
umero n (n 3) de pontos ordenados A1 , A2 , . . . An
de modo que tres pontos consecutivos sejam nao colineares e consideremos os
segmentos consecutivos A1 A2 , A2 A3 , . . . An A1 . Denomina-se polgono a figura
constituda pelos pontos dos n segmentos consecutivos A1 A2 , A2 A3 , . . . An A1 .
Exemplo: A figura mostra um polgono de 8 vertices ou 8 lados.
61
CEDERJ
Polgonos Convexos
Regi
ao poligonal
Definicao: A reuniao de um polgono com o seu interior chama-se regiao
poligonal ou superfcie poligonal.
Exemplo: A figura mostra uma regiao poligonal.
Polgono convexo
Definicao: Denomina-se polgono convexo `aquele cujo interior e um conjunto
convexo.
Exemplo: A figura 1 mostra um polgono convexo e a figura 2 mostra um
polgono nao convexo.
CEDERJ
62
Polgonos Convexos
MODULO
1 - AULA 3
Classificac
ao
Os polgonos convexos, quanto ao n
umero de lados n (n 3) classificam-se
em:
triangulo
n=3
eneagono
n=9
quadrilatero n = 4
decagono
n = 10
pentagono
n=5
undecagono n = 11
hexagono
n=6
dodecagono n = 12
..
..
heptagono
n=7
.
.
octogono
n=8
icosagono
n = 20
Diagonal
Definicao: Chama-se diagonal de um polgono convexo todo segmento que
une dois vertices nao consecutivos.
Exemplo: Na figura o segmento AD e uma diagonal do polgono ABCDEF.
Permetro
Definicao: O permetro de um polgono e a soma das medidas dos lados desse
polgono.
Notacao: 2p.
Angulos
Definicao: Chama-se angulo interno de um polgono convexo o angulo formado por dois lados do mesmo vertice.
63
CEDERJ
Polgonos Convexos
Definicao: Chama-se angulo externo de um polgono convexo o angulo formado por um lado qualquer e o prolongamento do lado adjacente.
N
umero de diagonais
O n
umero d de diagonais distintas de um polgono convexo de n (n 3)
lados e:
n(n 3)
d=
.
2
Considere o triangulo, n = 3:
Temos que o n
umero de diagonais que sai de cada vertice e: 0.
Ou seja, dv = 3 3 = 0.
Considere o quadrilatero, n = 4:
O n
umero de diagonais que sai de cada vertice e 1, ou seja, dv = 1 = 4 3
CEDERJ
64
Polgonos Convexos
MODULO
1 - AULA 3
temos que o n
umero de diagonais que sai de cada vertice e n 3,
dv = n 3.
Como cada diagonal tem extremidades em dois vertices, cada diagonal foi
contada duas vezes.
n(n 3)
.
Da, o n
umero d de diagonais e: d =
2
Exerccios Resolvidos
1. Calcule o n
umero de diagonais de um pentadecagono convexo.
Soluc
ao:
Temos
n = 15 d =
15(15 3)
= 90.
2
n(n 3)
n2 3n = 130
2
n2 3n 130 = 0
3 + 23
= 13
2
3 9 + 520
n=
=
3 23 = 10 (nao serve).
2
Logo, o polgono pedido e o polgono de 13 lados.
65
CEDERJ
Polgonos Convexos
n(n 3)
.
2
Soma dos
angulos internos
A soma das medidas dos angulos internos de um polgono convexo de
n (n 3) lados e:
Si = 180 (n 2).
Prova:
Seja um polgono convexo de n lados. De um vertice qualquer tracemos todas
as diagonais que tem esse vertice como um dos extremos e consideremos os
n 2 triangulos assim formados.
CEDERJ
66
Polgonos Convexos
MODULO
1 - AULA 3
Soma dos
angulos externos
A soma das medidas dos angulos externos de um polgono convexo de
n(n 3) lados e 360 .
Prova:
Seja um polgono convexo de n lados, e sejam i1 e e1 , i2 e e2 , , in e en , respectivamente, o angulo interno e angulo externo considerados de cada vertice.
Temos:
i1 + e1
i2 + e2
= 180
= 180
..
in + en =
..
.
(+)
180
67
CEDERJ
Polgonos Convexos
Angulos
de um polgono regular
Seja um polgono regular de n lados, e considere as medidas dos angulos
internos de ai e as medidas dos angulos externos de ae . Entao:
ai =
180 (n 2)
n
ae =
360
.
n
Exerccios Resolvidos
4. Calcule a soma das medidas dos angulos internos de um eneagono
convexo.
Soluc
ao:
Temos n = 9 e Si = (9 2)180 = 1260 .
5. Calcule a medida do angulo externo de um octogono regular.
Soluc
ao:
360
Temos n = 8 e ae =
= 45 .
8
6. Calcule a medida do angulo interno de um decagono regular.
Soluc
ao:
Temos n = 10 e ai =
180(10 2)
= 18 8 = 144 .
10
CEDERJ
68
Polgonos Convexos
MODULO
1 - AULA 3
15(15 3)
= 90.
2
Soluc
ao:
Vamos determinar a soma dos angulos internos desse pentagono convexo.
Si = 180 (5 2) = 540
e B
sao angulos colaterais internos.
Como AE k BC, temos que A
Entao,
+B
= 180 .
A
Logo,
+B
+C
+D
+E
= 540 e A
+B
= 180
A
+D
+E
= 540 180 = 360.
C
Da,
+D
+E
= 360 .
C
69
CEDERJ
Polgonos Convexos
No HBC vem:
132 + 180 Ai + 180 Ai = 180
180(n 2)
n
Exerccios Propostos
1. Calcule a soma das medidas dos angulos internos de um undecagono
convexo.
2. A soma dos angulos internos de um polgono convexo e 1080 . Calcule
o n
umero de diagonais desse polgono.
3. Num quadrilatero convexo, a soma de dois angulos internos consecutivos mede 190 . Determine o maior dos angulos formado pelas bissetrizes internas dos dois outros angulos.
x
3x
4. Na figura, os angulos a, b, c e d medem, respectivamente, , 2x,
e x.
2
2
O angulo e e reto. Qual e a medida do angulo f ?
CEDERJ
70
Polgonos Convexos
MODULO
1 - AULA 3
mede 18 .
5. Num polgono regular convexo ABCDE , o angulo BAD
Calcule o n
umero de lados do polgono.
6. Seja ABCD um polgono regular. Calcule o n
umero de diagonais
desse polgono sabendo que as diagonais AC e BD formam um angulo
de 20 .
7. Na figura, detemine a soma das medidas dos angulos a + b + c + d +
e + f.
CEDERJ
Polgonos Convexos
12. Dados dois polgonos regulares com n + 1 lados e n lados, respectivamente, determine n sabendo que o angulo interno do polgono de n + 1
lados excede o angulo interno do polgono de n lados de 5 .
13. Um polgono convexo tem cinco lados mais que o outro. Sabendo-se que
o n
umero total de diagonais vale 68, determine o n
umero de diagonais
de cada polgono.
Gabarito
1. 1620 .
2. 20.
3. 95 .
4. 18 .
5. 20.
6. 135.
7. 300 .
180 (n 4)
.
n
9. Os polgonos sao o quadrado e o dodecagono regular.
8.
10. = 5 .
11. x = 30 .
12. n = 8.
13. 14 e 54.
CEDERJ
72
Angulos
em uma Circunferencia
MODULO
1 - AULA 4
Aula 4 Angulos
em uma Circunfer
encia
Circunfer
encia
Definicao: Circunferencia e o conjunto de todos os pontos de um plano cuja
distancia a um ponto fixo desse plano e uma constante positiva.
A figura representa uma circunferencia de centro em O e raio de medida
R, ou seja,
= {P OP = R}
Crculo
Definicao: Crculo e a reuniao de uma circunferencia com o seu interior.
A figura, representa um circulo de centro em O e raio de medida R, ou
seja,
= {P OP R}
Elementos de um crculo
Seja o crculo de centro O da figura.
Temos:
AO - raio
AB - diametro
CD - corda
CMD - arco
CEDERJ
Angulos
em uma Circunferencia
Posic
oes relativas de reta e circunfer
encia
Seja uma reta r, uma circunferencia de centro em O e raio R, e d a distancia
do centro O `a reta r. A reta e a circunferencia podem ocupar entre si uma
das tres posicoes:
1 posicao: A reta r e secante `a circunferencia , isto e, a reta tem dois
pontos distintos comuns com a circunferencia nos pontos A e B.
Note que d < R e r = {A, B}.
CEDERJ
74
Angulos
em uma Circunferencia
MODULO
1 - AULA 4
Angulo
central
Definicao: Angulo
central de uma circunferencia e o angulo que tem o vertice
no centro da circunferencia.
e um angulo central da circunferencia de centro O.
Na figura, o angulo AOB
Medida do
angulo central e do arco correspondente
Se tomarmos para unidade de arco (arco unitario) o arco definido na circunferencia por um angulo central unitario (unidade de angulo), temos:
A medida de um arco de circunferencia e igual `a medida do angulo central
correspondente.
Considerando a circunferencia de centro O:
1) Se m(AOB)
= 30 , entao m(AB)= 30 , e reciprocamente;
= 30 AB= 30 .
AOB
2) Se m(COD)
= 120 , entao m(CD)= 120 e reciprocamente;
75
CEDERJ
Angulos
em uma Circunferencia
Observacao:
Para simplificar a simbologia, na maioria dos casos, vamos confundir um arco
Na figura =EF
Angulo
inscrito
Definicao: Angulo
inscrito em uma circunferencia e o angulo que tem o vertice
nessa circunferencia e os lados secantes a mesma.
AB
Vamos provar que = ou =
.
2
2
CEDERJ
76
Angulos
em uma Circunferencia
MODULO
1 - AULA 4
No 1 caso:
==A
AB
No 2 caso:
AB
Logo = e como =AB, vem que =
.
2
2
77
CEDERJ
Angulos
em uma Circunferencia
No 3 caso:
AB
Da = e como =AB, vem que =
.
2
2
Angulo
de segmento
Definicao: Angulo
de segmento e o angulo que tem o vertice em uma circunferencia, um lado secante e o outro tangente `a circunferencia.
= m(P C) (1).
temos que m(APC)
2
m(BC)
Por outro lado m(BP C) =
(2).
2
CEDERJ
78
Angulos
em uma Circunferencia
MODULO
1 - AULA 4
.
2
Obs:
Note que consideramos o angulo agudo. Faca o teorema com reto e
obtuso.
Exerccios Resolvidos
Soluc
ao:
vem:
Sendo x a medida do angulo inscrito ACB
m(ADB)
110
x=
=
= 55 .
2
2
79
CEDERJ
Angulos
em uma Circunferencia
Soluc
ao:
m(ADC) = 2 75 = 150.
Logo m(ADC) = 150 .
mede 100 . Calcule a medida do angulo
3. Na figura, o angulo BCD
ABD.
Soluc
ao:
e um angulo de segmento, entao
O angulo ABD
m(BCD)
100
m(ABD)=
=
= 50 .
2
2
e central.
Note que BCD = BD, ja que o angulo BCD
Da m(ABD)
= 50 .
Definicao: Angulo
excentrico interno e o angulo formado por duas secantes
que se interceptam no interior da circunferencia, fora do centro.
Na figura, e um angulo excentrico interno.
AB + CD
4. Considere a figura anterior. Mostre que =
.
2
CEDERJ
80
Angulos
em uma Circunferencia
MODULO
1 - AULA 4
Soluc
ao:
Consideremos a figura dada.
AB
m=
2
(2)
CD
n=
2
(3).
AB CD
AB + CD
=
+
=
.
2
2
2
Soluc
ao:
O angulo x e excentrico interno, usando o exerccio 4, vem:
x=
100 + 60
= 80 .
2
Definicao: Angulo
excentrico externo e o angulo formado por duas secantes
que se interceptam no exterior da circunferencia.
Na figura, e um angulo excentrico externo.
81
CEDERJ
Angulos
em uma Circunferencia
AB CD
6. Considere a figura anterior. Mostre que =
2
Soluc
ao:
Consideremos a figura dada:
AB
m=
2
(2)
CD
n=
2
(3).
AB CD
AB CD
=
=
.
2
2
2
Obs:
Esta relacao continua valida nos casos em que um ou ambos os lados
sao tangentes ao crculo.
CEDERJ
82
Angulos
em uma Circunferencia
MODULO
1 - AULA 4
AMB ANB
=
2
AB AC
=
2
Soluc
ao:
O angulo x e excentrico externo, usando o exerccio 6, vem:
140 30
x=
= 55 .
2
8. Considere uma circunferencia de centro O e um diametro AB. Tome
um ponto C, qualquer dessa circunferencia, distintos de A e B. Calcule
83
CEDERJ
Angulos
em uma Circunferencia
180
= 90 .
2
CEDERJ
84
Angulos
em uma Circunferencia
MODULO
1 - AULA 4
Soluc
ao:
Seja o quadrilatero ABCD inscrito na circunferencia conforme a figura.
e = BCD.
180 .
De fato,
m(BCD) = 2 e m(BAD) = 2
BAD.
Soluc
ao:
Considere a figura dada no enunciado. Temos que:
CEDERJ
Angulos
em uma Circunferencia
AO = BO
OP = OP (lado comum)
= 90
OAP = OBP
PA = PB
CEDERJ
86
Angulos
em uma Circunferencia
MODULO
1 - AULA 4
Temos que:
BP = BQ = x
AQ = AR = 10 x, pelo exerccio 12
CP = CR = 11 x.
Da
10 x + 11 x = 9 12 = 2x x = 6.
Logo,
BP = 6.
Definicao: Um quadrilatero convexo e circunscritvel a uma circunferencia se os quatro lados sao tangentes a essa circunferencia.
14. Em todo quadrilatero convexo circunscritvel a uma circunferencia,
a soma das medidas dos lados opostos sao iguais.
Soluc
ao:
Seja o quadrilatero ABCD circunscritvel a uma circunferencia de centro O, onde E, F, G e H sao os pontos de tangencia dos lados AB, BC,
CD e AD, respectivamente.
Vamos provar que:
AB + CD = AD + BC
Pelo exerccio 12 temos:
AE = AH = x;
CF = CG = z;
BE = BF = y;
DG = DH = w;
Logo :
AB + CD = x + y + w + z
(1)
87
CEDERJ
Angulos
em uma Circunferencia
AD + BC = x + w + y + z
(2)
De (1) e (2):
AB + CD = AD + BC.
Este resultado e conhecido como Teorema de Ptolomeu ou Hiparco.
Exerccios Propostos
1. Nas figuras, calcule o valor de x.
CEDERJ
88
Angulos
em uma Circunferencia
MODULO
1 - AULA 4
= 80 .
6. Na figura, AB e AC sao tangentes `a circunferencia e BAC
89
CEDERJ
Angulos
em uma Circunferencia
CEDERJ
90
Angulos
em uma Circunferencia
MODULO
1 - AULA 4
11. Seja o pentagono PQRST da figura, inscrito na circunferencia de cen vale 70 ; chamando-se de x e y os
tro O. Sabe-se que o angulo POQ
e QRS,
respectivamente, determine x + y.
angulos PTS
e APB
13. ABC e um triangulo cujos angulos medem 40 , 60 e 80 . Circunscrevese ao triangulo uma circunferencia, e `a circunferencia um novo triangulo
MNP que toca a circunferencia nos pontos A, B e C. Calcule o menor
angulo do triangulo MNP.
14. Na figura, AB e um diametro, a corda AM e o lado do triangulo
equilatero inscrito e BN o lado do quadrado inscrito. Calcule o angulo
, formado pelas tangentes PM e PN.
15. Determine o raio do crculo inscrito num triangulo retangulo de semipermetro 24 cm e hipotenusa 20 cm.
91
CEDERJ
Angulos
em uma Circunferencia
Gabarito
1. (a) x = 27 30, (b) x = 2 30 , (c)x = 50 .
2. (a) x = 60 , (b) x = 40 .
3. 68 .
4. 48 .
5. (a) x = 55 , (b) x = 70 .
6. 260 .
7. x =
10
e y = 40.
3
8. 8.
9. 8.
10. x = 40 .
11. 215 .
12. 70 .
13. 20 .
14. 30 .
15. O raio do crculo inscrito e 4 cm.
= 40 .
16. m(B AC)
CEDERJ
92
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
Aula 5 Quadril
ateros Not
aveis
Paralelogramo
o quadrilatero convexo que possui os lados opostos paralelos.
Definicao: E
A figura mostra um paralelogramo ABCD.
1 4 (alternos internos)
BD BD (comum)
3 2 (alternos internos)
AB CD
= I = II
e
ALA
BC AD
C,
pois sao angulos opostos a lados
ii) Se I = II (item i), entao A
congruentes em triangulos congruentes.
Por outro lado:
1 4 m(1)
= m(4)
2 3 m(2)
= m(3)
+ m(2)
= m(4)
+ m(3)
m(1)
= m(D)
B
D
m(B)
93
CEDERJ
Quadrilateros Notaveis
Temos que:
AB k CD e AD k BC
+
A
B
+
D+
= 180
B
= 180
C
= 180
D
= 180
A
1 4 (alternos internos)
AB CD (item i)
3 2 (alternos internos)
AM = MC
= I = II
e
ALA
BM = MD
CEDERJ
94
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
AC AC (comum)
2 3 (alternos internos)
AD BC (hipotese)
= I II 1 4
LAL
Exerccios Resolvidos
mede 50 . Determine os
1. Em um paralelogramo ABCD, o angulo A
outros tres angulos desse paralelogramo.
= 50 .
Soluc
ao: Seja ABCD um paralelogramo e A
A
= 130 , C
= 50 e D
= 130 .
B
2. Determine o angulo entre as bissetrizes de dois angulos consecutivos
de um paralelogramo.
Soluc
ao: Seja ABCD o paralelogramo da figura e AM e BM as bis e B.
95
CEDERJ
Quadrilateros Notaveis
Temos que:
A
+ B = 180 M
= 180 A + B (1)
+M
2
2
2
Do teorema 1(iii),
+B
= 180 (2).
A
Substituindo (2) em (1), vem:
= 180 180 = 90 .
M
2
AB = CD
BC = AD
x=4
e
3 4 + 4 = y + 1 16 = y + 1 y = 15.
Da, x = 4 e y = 15.
CEDERJ
96
2x + 1 = 9
3x + 4 = y + 1
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
Paralelogramos particulares
a) Ret
angulo
o paralelogramo que possui um angulo reto.
Definicao: E
Nota: O retangulo tem os quatro angulos retos.
De fato, seja ABCD um retangulo, entao um dos angulos e reto.
= 90 .
Vamos escolher A
Como ABCD e paralelogramo, temos que:
= C,
A
+B
= 180 e B
=D
A
= 90 , 90 + B
= 180 B
= 90
C
= 90 , ou seja, os 4 angulos sao retos.
e da, D
Teorema 3: Em todo retangulo as diagonais sao congruentes entre si.
Prova: Seja ABCD o retangulo da figura.
B = C = 90
ABC DCB, ja que:
= AC BD.
AB CD
LAL
BC (lado comum)
97
CEDERJ
Quadrilateros Notaveis
b) Losango
o paralelogramo que possui dois lados consecutivos congruentes.
Definicao: E
Nota: O losango tem os quatro lados congruentes.
De fato, seja ABCD um losango.
CEDERJ
98
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
AC e bissetriz do angulo C,
c) Quadrado
o paralelogramo que possui dois lados consecutivos congruentes
Definicao: E
e um angulo reto.
Nota: Pela definicao dada, temos que todo quadrado e um losango (possui
dois lados congruentes) e todo quadrado e um retangulo ( possui um angulo
reto).
Da, o quadrado e um quadrilatero convexo regular, sendo simultaneamente
retangulo e losango, portanto gozando de todas as propriedades relativas a
eles.
Exerccios Resolvidos
4. Calcule os angulos de um losango, sabendo que uma diagonal forma
com um lado um angulo de 41 .
99
CEDERJ
Quadrilateros Notaveis
Soluc
ao: Seja o losango ABCD da figura
CEDERJ
100
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
2b + 2h = 40
b=h+4
b + h = 20 (1)
b = h + 4 (2)
101
CEDERJ
Quadrilateros Notaveis
CEDERJ
102
BC
2
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
CD = AM .
Da, o quadrilatero BMDC possuindo dois lados opostos CD e BM congruentes e paralelos e um paralelogramo (teorema 2 desta Aula).
Portanto,
MN k BC
b) Como BMDC e um paralelogramo, temos que : MD = BC.
Mas
MN + ND = MD MN + ND = BC (1).
Da congruencia dos triangulos CDN e AMN, temos que
ND = MN (2).
Substituindo (2) em (1), vem:
MN + MN = BC MN =
BC
.
2
Exerccios Resolvidos
6. No triangulo ABC da figura, M, N e P sao os pontos medios dos lados AB, AC e BC, respectivamente. Se AB = 20, BC = 18 e AC = 15,
calcule o permetro do triangulo MNP.
103
CEDERJ
Quadrilateros Notaveis
Soluc
ao: Temos pelo teorema 5 que:
MN =
18
BC
=
=9
2
2
NP =
AB
20
=
= 10
2
2
PM =
AC
15
=
= 7, 5
2
2
CEDERJ
104
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
AC
2
AC
2
MN k P Q e MN = P Q.
Logo pelo teorema 2, MNPQ e paralelogramo.
Teorema 6: Em um trapezio o segmento de reta que une os pontos medios
dos lados nao paralelos e tal que:
a) ele e paralelo `as bases.
b) sua medida e igual a semi-soma das medidas das bases.
Prova: Sejam M e N os pontos medios dos lados nao paralelos AB e CD,
respectivamente, de um trapezio ABCD. Vamos provar que:
a) MN k AD k BC
b) MN =
AD + BC
2
105
CEDERJ
Quadrilateros Notaveis
EN = F N .
AD
(teorema 5).
2
BC
(teorema 5).
2
Da,
MN = ME + EN =
AD BC
AD + BC
+
MN =
.
2
2
2
CEDERJ
106
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
BDC, P N =
BC
(teorema 5)
2
107
CEDERJ
Quadrilateros Notaveis
ADC, QN =
AD
(teorema 5).
2
Da,
P Q = P N QN =
BC AD
BC AD
PQ =
2
2
2
Exerccios Resolvidos
8. Se os pontos A e B distam, respectivamente, 3 cm e 5 cm da reta
r, calcule a distancia do ponto M, medio de AB a essa reta, em cada
caso.
Soluc
ao:
a) Vamos achar as projecoes A, M e B de A, M e B sobre a reta r.
CEDERJ
108
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
3+5
= 4 cm.
2
b)
53
= 1 cm
2
Soluc
ao: Seja ABCD um paralelogramo, e a, b, c e d as distancias dos
vertices A, B, C e D `a reta r exterior.
A, B, C e D as projecoes de A, B, C e D.
109
CEDERJ
Quadrilateros Notaveis
b+d
(2).
2
Soluc
ao: Seja um trapezio isosceles, conforme figura.
Tracemos AE k CD. O quadrilatero AECD e um paralelogramo, pois
os lados opostos sao paralelos AE CD.
Mas AB CD (Definicao de trapezio isosceles) AB AE.
C
(angulos corresponPortanto, o triangulo ABE e isosceles e AEB
dentes).
Logo,
C.
B
eD
sao suplementares de B
e C,
entao A
D.
Temos que A
= 60 e AD = DC =
11. O trapezio da figura e isosceles, o angulo A
CB = 1 metro. Calcule a base media e a mediana de Euler do trapezio.
CEDERJ
110
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
= 60 e AD = DC = CB = 1
Soluc
ao: Seja o trapezio ABCD, com A
= 60
Temos pelo exerccio 10 que B
Seja CE k AD, entao ADCE e paralelogramo, e BCE e triangulo
equilatero. Entao AE = 1 e BE = 1.
Da, a base media
1+2
3
=
MN =
2
2
e a mediana de Euler
21
1
= .
PQ =
2
2
12. Na figura, sabe-se que AD = DC = CB e BD = BA. Calcule o
do trapezio ABCD.
angulo A
Soluc
ao: Seja o trapezio ABCD, tal que
AD = DC = CB
BD = BA
= CDB
=b
BCD e isosceles DBC
= BAD
= a.
ABD e isosceles BDA
= b.
Como CD k AB (Definicao de trapezio), entao DBA
Temos que BC = AD (Trapezio isosceles), entao 2b = a (Exerccio 10).
111
CEDERJ
Quadrilateros Notaveis
Exerccios Propostos
1. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).
a) Todo trapezio e paralelogramo. ( )
b) Todo paralelogramo e retangulo. ( )
c) Todo losango e quadrado. ( )
d) Existe losango que e retangulo. ( )
2. Em um paralelogramo, o permetro mede 45 cm e a diferenca das
medidas de dois lados e 15 cm. Calcule a medida dos lados.
3. As diagonais de um trapezio retangulo medem respectivamente 19 cm
e 24 cm. Calcule o permetro do quadrilatero convexo cujos vertices
sao os pontos medios dos lados do trapezio.
4. Calcule as diagonais do quadrilatero determinado pelas bissetrizes internas de um paralelogramo cujos lados medem 9 cm e 6 cm.
5. Na figura, ABCD e um paralelogramo e r uma reta exterior a ele.
Calcule a distancia de D a r se A, B e C distam 2 cm, 3 cm e 5 cm,
respectivamente de r.
CEDERJ
112
Quadrilateros Notaveis
MODULO
1 - AULA 5
3
7. A base media de um trapezio mede 60 cm, e a base menor e igual a
7
da base maior. Calcule as medidas das bases.
8. Mostre que as bissetrizes dos angulos obtusos de um paralelogramo
sao paralelas.
9. No triangulo ABC de lados AB = 9, BC = 14 e AC = 11, os pontos
D, E e F sao pontos medios de AB, AC e BC, respectivamente. Calcule
o permetro do triangulo DEF.
10. Mostre que as diagonais de um trapezio isosceles sao congruentes.
mede 108 e CAP Q um
11. ABCD e um losango no qual o angulo B
outro losango cujo vertice P esta no prolongamento de AB (no sentido
de A para B). Determine o menor angulo formado por AQ e BC.
12. Num paralelogramo ABCD, a bissetriz interna de D intercepta o lado
BC em P e a bissetriz de B P D contem A. Sabendo-se que a medida
vale 57 , determine a medida do angulo A.
do angulo P AB
Gabarito
1. (a) F, (b) F, (c) F, (d) V.
2.
15
75
cm e
cm.
4
4
3. 43 cm.
4. 3 cm.
5. 4 cm.
=D
= 96 ; A
=B
= 84 ;
6. C
7. 84 cm e 36 cm.
8. Demonstracao.
9. 17.
10. Demonstracao.
11. 54 .
= 136 .
12. m(A)
113
CEDERJ
MODULO
1 - AULA 6
Note que um ponto P dessa linha dista R do ponto O. A propriedade caracterstica de cada ponto dessa linha em relacao ao ponto O e distar R do ponto
O. Nao existe nenhum ponto nao pertencente `a circunferencia que diste R
do ponto O porque, se Q for interior `a circunferencia, entao OQ < R e, se S
for exterior `a circunferencia, entao OS > R.
Assim podemos afirmar que so os pontos dessa circunferencia distam R de
O. Da, o lugar geometrico dos pontos que distam R do ponto O e a circunferencia de centro O e raio R.
Mediatriz como lugar geom
etrico
2) Ja estudamos que mediatriz de um segmento e a reta perpendicular ao
segmento que passa pelo seu ponto medio.
Teorema 1: A mediatriz de um segmento e o lugar geometrico dos pontos
de um plano que equidistam dos extremos desse segmento.
Prova:
1 parte: Vamos mostrar que todo ponto da mediatriz equidista dos extremos
do segmento.
115
CEDERJ
MA = MB (construcao)
= BMQ
(angulo reto)
AMQ
MQ = MQ (lado comum)
= AMQ BMQ
LAL
Da, QA = QB.
Logo, Q e equidistante dos extremos A e B.
2 parte: So os pontos da mediatriz equidistam dos extremos desse segmento.
Seja E um ponto qualquer do plano, tal que EA = EB, e provemos que E
pertence `a mediatriz de AB.
EA = EB (Hipotese)
AM = BM (Construcao)
EM = EM (lado comum)
CEDERJ
116
= AME BME
LLL
MODULO
1 - AULA 6
e BME
sao retos, pois sao congruentes e adjacentes
Logo, os angulos AME
EM = m.
Logo, E pertence `a mediatriz m de AB.
Bissetriz como lugar geom
etrico
Ja estudamos que bissetriz de um angulo e a semi-reta interior ao angulo que
determina com os seus lados, dois angulos adjacentes e congruentes.
Teorema 2: A bissetriz de um angulo e o lugar geometrico dos pontos de
um plano que equidistam dos lados desse angulo.
Prova:
1 parte: Todo ponto da bissetriz equidista dos lados desse angulo.
PM e PN
Seja P um ponto qualquer da bissetriz OC de um angulo AOB,
sao as distancias de P aos lados OA e OB, respectivamente.
Vamos provar que:
PM = PN
Seja os triangulos MOP e NOP, temos:
OP OP (lado comum)
NOP
(definicao de bissetriz)
MOP
( angulo reto)
OMP ONP
= MOP NOP
LAAo
P M = P N.
117
CEDERJ
QM = QN (hipotese)
OQ = OQ (lado comum)
Caso Especial
MOQ NOQ
NOQ
e sao adjacentes, e OQ e bissetriz.
Da, MOQ
2. Incentro
Definicao: Incentro de um triangulo e o ponto de encontro das bissetrizes
internas desse triangulo.
CEDERJ
118
MODULO
1 - AULA 6
119
CEDERJ
4. Circuncentro
Definicao: Circuncentro de um triangulo e o ponto de encontro das mediatrizes
dos lados desse triangulo.
No triangulo ABC da figura ma , mb e mc sao as mediatrizes dos lados BC,
AC e AB, respectivamente.
Exerccios Resolvidos
1. Mostre que as tres medianas de um triangulo concorrem em um
mesmo ponto, o qual divide cada mediana em duas partes, tais que a
que contem o vertice e o dobro da outra.
Soluc
ao: Seja o triangulo ABC e tracemos as medianas BMb e CMc ,
que se cortam em G, conforme figura.
CEDERJ
120
MODULO
1 - AULA 6
Soluc
ao: Sendo R o ponto medio de AB e RS k BC, entao S e o ponto
medio de AC.
Da, BS e CR sao medianas e T e o baricentro do ABC.
Da,
2
1
AC
1
BT = BS = T S = BS, mas BS =
= 28 = 14
Ex. 1
3
3
2
2
121
CEDERJ
Logo, T S =
1
14
14
14 =
TS = .
3
3
3
Soluc
ao: Seja o ABC e AM e BR as bissetrizes dos angulos A
na figura.
As semi-retas AM e BR formam com o lado AB, angulos cuja soma
B
A
+ e menor que 180 e, terao que encontrar-se.
2
2
Seja I o ponto de intersecao. I pertencendo `a bissetriz AM, temos que
IE = IF (Teorema 2).
I pertencendo `a bissetriz BR, temos que IE = ID.
Logo, IF = ID, entao I pertence a bissetriz CS.
Logo, as tres bissetrizes internas do ABC concorrem em um mesmo
ponto, que e equidistante dos lados.
Note que o incentro de um triangulo e o centro da circunferencia inscrita neste triangulo.
do angulo BMC.
CEDERJ
122
MODULO
1 - AULA 6
Soluc
ao: Seja um triangulo retangulo ABC, tracemos as bissetrizes
e C,
onde M e o incentro.
BM e CM dos angulos agudos B
Temos que:
+B
+C
= 180 no ABC B
+C
= 180 90 = 90 .
A
No BMC temos:
B
+ C = 180 BMC
= 180 B C
+ BMC
2
2
2
2
= 180 B + C
BMC
2
= 180
BMC
90
= 180 45 = 135 .
2
e 135 .
Logo, a medida do angulo BMC
123
CEDERJ
De (1) e (2) OA = OB = OC OA = OC
Logo, O pertence `a mediatriz RS, do lado AC.
A
bb
Chamando
b, ,
os angulos formados pelas mediatrizes, temos que
De forma similar
b = 180 A
eb
b = 180 B
= 180 C
7. Mostre que as retas suportes das tres alturas de um triangulo concorrem em um mesmo ponto.
Soluc
ao: Seja o triangulo ABC, e tracemos para cada vertice a paralela
ao lado oposto. Estas cortam-se, porque sao paralelas `as retas secantes
e formam o triangulo MPQ.
CEDERJ
124
MODULO
1 - AULA 6
= 55 e ACB
= 45 .
Soluc
ao: Seja a figura dada, temos que ABC
Entao,
= 180 ABC
ACB
= 180 55 45 = 80
BAC
No quadrilatero AFHE, temos:
= 180 80 = 100 .
m(FME)
125
CEDERJ
e FHE
sao opostos pelo vertice entao:
Como os angulos BHC
= 100
x = m(BMC)
= m(FHE)
Observacoes:
1) Em um triangulo isosceles os quatro pontos notaveis estao sobre a
mesma reta, ja que a mediatriz, mediana, altura e bissetriz relativas `a
base coincidem.
2) No caso do triangulo equilatero, esses quatro pontos se reduzem a
um so.
Exerccios Propostos
1. Na figura, o ponto D e medio do lado AB, e DE e paralelo ao lado BC.
Sendo AC = 60 cm, calcule a medida de GE.
CEDERJ
126
MODULO
1 - AULA 6
CEDERJ
CEDERJ
128
Complementos
MODULO
1 - AULA 7
Aula 7 Complementos
Apresentamos esta aula em forma de Exerccios Resolvidos, mas sao
resultados importantes que foram omitidos na primeira aula que tratou de
Conceitos Basicos.
Exerccio 1: Em um plano, por um ponto, existe e e u
nica a reta perpendicular a uma reta dada.
Solucao:
Seja o plano , r e P . Vamos considerar dois casos:
1o Caso: P r.
Existencia:
Vamos exibir pelo menos uma reta s que passa por P e e perpendicular
`a reta r.
Seja A r e A 6= P.
Seja BP sendo s. Entao existe pelo menos uma reta s que passa por
P e e perpendicular `a reta r.
Unicidade:
Vamos supor que existe mais de uma reta perpendicular `a reta r que
passa pelo ponto P, ou seja, que existem as retas s e s1 , perpendiculares
a` reta r que passa por P. E vamos provar que s = s1 .
Considere as retas s e s1 que contem as semi-retas P B e P B1 em um
dos semiplanos de origem r.
e APB
1 sao
Pela definicao de retas perpendiculares, os angulos APB
retos, conforme a figura.
129
CEDERJ
Complementos
Se m(PAB)
= 90 , P A e perpendicular `a reta r e a existencia esta
provada.
seja agudo, conforme a figura:
Vamos supor que PAB
AD AD (lado comum)
= CAD
(construcao) = PAD CAD
PAD
LAL
AP = AC (construcao)
ADC
e esses angulos sao adjacentes e suplementares,
Logo, ADP
Unicidade:
130
Complementos
MODULO
1 - AULA 7
As retas a e b nao tem ponto em comum, pois, se tivesse, teramos duas retas
distintas perpendiculares `a reta r passando por esse ponto comum, o que
contraria a unicidade da perpendicular.
Logo, a k b.
Observacoes:
1) Figura fantasma e uma figura que nao tem sentido geometrico, usada
para que possamos chegar a contradicoes em relacao a propriedades
aceitas como verdadeiras.
131
CEDERJ
Complementos
CEDERJ
132
Complementos
MODULO
1 - AULA 7
133
CEDERJ
Complementos
Exerccio 6: Mostre que, se um triangulo tem dois lados de medidas desiguais, ao lado da maior medida opoe-se o angulo de maior medida.
Solucao:
> B.
(1)
AD = AC m(ADC)
(2)
(3)
m(ADC)
(4)
C
Exerccio 7: Mostre que, se um triangulo tem dois angulos de medidas desiguais, ao angulo de maior medida opoe-se o lado de maior medida.
Solucao:
>B
e vamos provar que AB > AC.
Seja um ABC tal que C
Temos que AB < AC ou AB = AC ou AB > AC.
1 Possibilidade: AB < AC
< B;
absurdo, ja que C
> B.
CEDERJ
134
Complementos
MODULO
1 - AULA 7
2 Possibilidade: AB = AC
= B;
absurdo, ja que C
> B.
m(ACD)
(1)
= m(CDA)
m(ACD)
(2)
De (1) e (2) vem:
< m(BCD)
m(CDA)
Da no BCD temos que BC < BD, ou seja,
a < BD
(3) (Exerccio 7)
Como
(
BD = AB + AD
BD = AB + AC, ou seja, BD = c + b
AD = AC
De (3) e (4), vem:
a<b+c
(4)
135
CEDERJ
Complementos
2 parte: a > |b c|
Se b = c, e evidente a desigualdade a ser provada.
Se b > c entao pela 1 parte temos:
a+c> ba> bc
(1)
(2)
Observacao:
Uma condicao necessaria e suficiente para que tres n
umeros reais positivos a,
b e c sejam as medidas dos lados de um triangulo e que um deles seja menor
que a soma dos outros dois e maior que a diferenca desses outros dois em
valor absoluto.
Por exemplo: |b c| < a < b + c.
Exerccio 9: Verificar se existe algum triangulo cujos lados medem:
a) 7 cm, 10 cm e 19 cm.
b) 6 cm, 9 cm e 14 cm.
Solucao:
a) Usando o Exerccio 8 vem: |19 7| < 10 < 19 + 7, que e uma desigualdade falsa.
Da nao existe triangulo com lados medindo 7 cm, 10 cm e 19 cm.
b) Usando o Exerccio 8 vem: |14 6| < 9 < 14 + 6, que e uma desigualdade verdadeira.
Da, existe triangulo com lados medindo 6 cm, 9 cm e 14 cm.
Exerccio 10: Mostre que em qualquer triangulo a medida de cada lado e
menor que a medida do semipermetro desse triangulo.
Solucao:
Considere a, b e c as medidas dos lados de um triangulo ABC de permetro
2p.
CEDERJ
136
Complementos
MODULO
1 - AULA 7
a+b+c
2
2p
a<p
2
De forma similar
b<p
c<p
Exerccios Propostos
1. Mostre que em um triangulo qualquer a medida de cada altura e menor
que a semi-soma das medidas dos lados adjacentes a ela.
2. Mostre que em qualquer triangulo retangulo a altura relativa `a hipotenusa
e menor do que a metade da hipotenusa.
3. Se x N e os n
umeros x 1, 2x + 1 e 10 sao medidas dos lados de um
triangulo, determine o n
umero de possibilidades de x.
4. Mostre que em qualquer triangulo isosceles ABC, as bissetrizes dos
angulos congruentes sao congruentes. (Use congruencia de triangulos).
5. Mostre que a soma das medidas das tres medianas e menor que o
permetro desse triangulo.
Gabarito
1. Demonstracao.
2. Demonstracao.
3. 4.
4. Demonstracao.
5. Demonstracao.
137
CEDERJ
Complementos
Estudo de posic
oes relativas de duas circunfer
encias
Definicoes:
1) Uma circunferencia e interna `a outra se todos os seus pontos sao pontos
internos da outra.
2) Uma circunferencia e tangente interna `a outra se tem um u
nico ponto
comum e os demais pontos da primeira sao pontos internos da segunda.
3) Duas circunferencias sao secantes se tem em comum somente dois pontos distintos.
4) Duas circunferencias sao tangentes externas se tem u
nico ponto comum
e os demais pontos de uma sao externos `a outra.
5) Duas circunferencias sao externas se os pontos de uma delas sao externos `a outra.
Se 1 e circunferencia de centro O1 e raio r1 .
Se 2 e circunferencia de centro O2 e raio r2 .
d distancia entre os centros O1 e O2 .
2 e interna a 1 , d < r1 r2
2 e tangente interna a 1 , d = r1 r2
CEDERJ
138
Complementos
MODULO
1 - AULA 7
2 tangente externa a 1 , d = r1 + r2
2 e externa a 1 , d > r1 + r2
Exerccios Resolvidos
1. Duas circunferencias sao secantes, sendo de 20 cm a distancia entre
seus centros. Sabendo que o raio da menor circunferencia mede 11 cm,
determine o raio da maior que e m
ultiplo de 12.
Soluc
ao: Temos que : d(O1 , O2) = 20 e r1 = 11.
CEDERJ
Soluc
ao: Sejam duas circunferencias tangentes externas de raios r1 e
r2 , entao
d = 33 = r1 + r2
r
4
1 =
r2
7
(1)
(2)
De (2) vem:
7r1 = 4r2 r1 =
4
r2
7
(3)
Segmentos Proporcionais
MODULO
1 - AULA 8
Raz
ao de dois segmentos
A razao entre dois segmentos e igual `a razao dos n
umeros que exprimem
as medidas com a mesma unidade. Supor que AB e CD sejam comensuraveis,
isto e, admitem uma medida comum u, que esta m vezes em AB e n vezes
em CD.
Temos:
AB = mu
CD = nu
u
mu
C
D
u
nu
141
CEDERJ
Segmentos Proporcionais
Segmentos proporcionais
Definicao:
Dois segmentos s
ao proporcionais a dois outros segmentos se `a
razao dos dois primeiros e igual `
a raz
ao dos outros dois.
Exemplo
AB
CD
A B
C D
CEDERJ
142
Segmentos Proporcionais
MODULO
1 - AULA 8
Exemplo
Na figura a seguir, a reta d e uma reta transversal `as retas paralelas a,
b e c.
d
a
b
c
Teorema 1
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, entao os segmentos congruentes de uma tem como correspondentes segmentos
congruentes na outra.
143
CEDERJ
Segmentos Proporcionais
Demonstracao:
Seja um feixe de retas paralelas com
duas transversais, temos que a//b//c//d
e AB CD (hipotese). Tracemos pelos pontos A e C os segmentos AE e CF , tal que
AE//t e CF//t . Temos que AE A B e
CF C D (1), ja que sao lados opostos dos
paralelogramos AEB A e CF D C .
Entao,
ABE CDF
pois
AB CD
b
b
ABE
C DF
b
b
B AE D CF
AE CF ,
de (1)
A B C D .
Teorema de Tales
Se duas retas sao transversais de um feixe de retas paralelas, entao
`a razao entre dois segmentos quaisquer de uma delas e igual `a razao
entre os segmentos correspondentes da outra.
Demonstracao:
Considere AB e CD dois segmentos de uma transversal e A B e C D
sao os respectivos segmentos correspondentes da outra transversal.
Vamos provar que
CEDERJ
144
AB
CD
A B
.
C D
Segmentos Proporcionais
MODULO
1 - AULA 8
u
u
u
u
B
C
C
q
D
x
x
x
B x
u
u
u
A
x
x
p
x
x B
C
x
x
x
x
x
x
q
D
pu
qu
AB
CD
p
q
(1)
A B
C D
A B
C D
p
q
C D = qx
De (1) e (2) vem que:
AB
CD
A
u
m u
m+1
u
B
u
u m m + 1
u
B
C
C
n
D
u
u
u
u
u
u
n
D
De (1) e (2)
mu < AB < (m + 1)u
nu
=
CD
m
n
<
AB
CD
<
m+1
n
(3)
145
CEDERJ
Segmentos Proporcionais
m+1
n+1
1
n
, cuja diferenca e
AB
CD
m
n
A B
C D
<
A B
C D
<
m+1
n
(4)
m
n
.
AB
A B
AB
CD
A B
.
C D
Exerccios Resolvidos
1. Nas figuras a seguir, as retas r, s e t sao paralelas. Determine os valores
de x e y.
a)
4
2x
10
b)
r
s
8
t
2x 4
3x 1
Soluc
ao:
Usando o Teorema de Tales vem:
a)
4
10
CEDERJ
146
2x
6
20x = 24 x =
24
20
6
5
Segmentos Proporcionais
MODULO
1 - AULA 8
b)
2x 4
3x 1
3
8
16x 32 = 9x 3 16x 9x = 32 3 7x = 29 x =
29
7
30
N
12
10
Soluc
ao:
Usando o Teorema de Tales vem:
x
10
30
12
12x = 30 10 x = 25 .
Logo,
AB = x + 10 = 25 + 10 = 35 .
Bissetriz de um tri
angulo
Teorema da bissetriz interna (TBI)
Em qualquer triangulo, uma bissetriz interna divide o lado oposto em
segmentos proporcionais aos lados adjacentes.
Demonstracao:
Seja ABC um triangulo de lados a, b e c, AS uma bissetriz interna,
x
y
SB = x e SC = y. Vamos provar que = .
c
CEDERJ
Segmentos Proporcionais
Temos que:
=
=
=
=
(hipotese)
(alternos internos)
(correspondentes)
BA
AD
Como BS = x, CS = y, BA = c e AD = AC = b vem
x
y
c
b
Bissetriz de um tri
angulo
Teorema da bissetriz externa (TBE)
Em um triangulo qualquer, a bissetriz externa de um angulo externo
divide o lado, externamente, em segmentos proporcionais aos lados
adjacentes.
Demonstracao:
Seja ABC um triangulo, tal que BC = a, AC = b e AB = c. Seja AS
bissetriz externa e = , como na figura.
CEDERJ
148
Segmentos Proporcionais
MODULO
1 - AULA 8
BA
EA
x
y
c
b
= .
Obs.:
1. A recproca desse teorema e verdadeira. Tente provar!
2. Em um triangulo isosceles ABC, de base BC, a bissetriz externa de
vertice A e paralela `a base. De fato, no ABC da figura, o angulo
b mede 2y; como e externo, temos 2y = x + x = 2x y = x.
C AE
Logo, x e y sao angulos alternos internos.
149
CEDERJ
Segmentos Proporcionais
Exerccios Resolvidos
3. Na figura, AS e bissetriz interna do triangulo ABC, calcule o valor de
x.
A
x+6
5x
Soluc
ao:
Usando TBI vem:
6
9
x+6
5x
30x = 9x + 54 21x = 54 x =
54
21
18
7
b Calcule x.
4. Na figura, AD e bissetriz externa do angulo A.
Soluc
ao:
Usando TBE vem:
x+4
x
3
2
3x = 2x + 8 x = 8.
150
Segmentos Proporcionais
MODULO
1 - AULA 8
15
B
18 x
12
x
D
15
12
15
12
De AB = c e AC = b vem:
a + b + c = 100
a = 16 + 24
.
16 = c (TBI)
24
Da, b + c = 100 40 = 60
b + c = 60
c = 16
b
(2)
24
16
24
c = 60 b
c = 16
b
b = 36 .
24
(3)
151
CEDERJ
Segmentos Proporcionais
Exerccios Propostos
1. Na figura, calcule o valor de x.
18
12
x
16
s
r
CEDERJ
152
Segmentos Proporcionais
MODULO
1 - AULA 8
13
5
ey=
12
5
5. CD = 60
6.
1080
cm.
11
153
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
Aula 9 Tri
angulos Semelhantes
Definic
ao: Dois triangulos sao semelhantes se os tres angulos sao ordenadamente congruentes e se os lados homologos sao proporcionais.
A figura mostra dois triangulos ABC e A B C semelhantes. Lados homologos sao lados opostos a angulos ordenadamente congruentes.
A
A
c
B
c
B
b
a
bc
C
C temos que os lados c e c sao homologos
b
b
c
c
= k; k e a razao de semelhanca.
Prova:
E
C
155
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
Para provarmos essa semelhanca, precisamos provar que eles tem angulos
ordenadamente congruentes e lados homologos proporcionais.
1) Os tres angulos ordenadamente congruentes.
A
D
De fato,
b
b
A A (comum)
b B
b (correspondentes)
D
b
b (correspondentes)
E C
AE
AC
(1)
BF
BC
(2)
DE
BC
(4)
AE
AC
DE
BC
CEDERJ
156
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
Observa
c
ao: Dois triangulos congruentes sao semelhantes, e a razao
de semelhanca e k = 1.
Exerccios Resolvidos
1. Os tres lados de um triangulo ABC medem, respectivamente, 6 cm,
15 cm e 16 cm. Determine os lados de um triangulo A B C semelhante
a ABC, sabendo que a razao de semelhanca do triangulo ABC para o
triangulo A B C e igual a 4.
Soluc
ao:
Temos que ABC A B C . Denominando os lados do A B C de
a , b e c , vem:
6
3
a =
=
4
2
6
15
16
15
= = =4
b =
a
b
c
4
c = 16 = 4
4
3 15
2 4
e 4.
2. Na figura, AB = 3 BC , AE = 3 DE e BE = 14. Calcule CD,
sabendo que BE//CD.
D
E
14
C
157
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
Soluc
ao:
Seja a figura, sendo AB = 3 BC , AE = 3 DE e BE = 14. Denotemos CD = x, CB = a, AB = 3a.
D
E
x
14
C
a B
3a
Logo, CD =
3a
56
.
3
3. Os lados de um triangulo medem 4 cm, 8 cm e 12 cm. Calcule as medidas dos lados de um triangulo semelhante, cujo permetro mede 96
cm.
Soluc
ao:
Sejam x, y e z as medidas dos lados do triangulo procurado. Temos
x
y
z
que = =
(definicao) e x + y + z = 96.
4
8
12
x + y + z = 96
usando a propriedade
Resolvendo o sistema
y
z
x
=
=
4
8
12
de proporcao, vem:
x+y+z
4 + 8 + 12
96
24
4=
x
4
x
4
x
4
y
8
z
12
y
8
y
8
z
12
z
12
x = 16 cm, y = 32 cm e z = 48 cm.
CEDERJ
158
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
Prova:
b=A
b e B
b=B
c . Vamos
Considere os triangulos ABC e A B C com A
provar que ABC A B C .
Se o lado A B fosse congruente
ao lado AB, os dois triangulos seriam
b
b
A = A
b = B
c e a semelhanca estaria
congruentes pelo caso ALA, ja que
B
A B = AB
verificada (k = 1).
A
A
A
C B
C B
(1)
b = A
b (hipotese)
A
AD = A B (construcao)
b
b (correspondentes)
D = B
o que implica (ALA) que ADE A B C (2).
De (1) e (2) ABC A B C .
159
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
o caso: LAL
2
Se dois triangulos possuem dois lados correspondentes ordenadamente
proporcionais e os angulos compreendidos entre esses lados sao congruentes,
entao os triangulos sao semelhantes.
Entao:
Prova:
b
B
AB
A B
c
B
=
=
ABC A B C .
BC
BC
D
A
De fato,
Se DE//AC, entao
AB
BD
BC
BE
(1).
CEDERJ
160
AB
BC
=
A B
BE
BC
BC
=
BE
BC
AB
A B
BC
BC
(4).
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
Logo:
BD A B
b B
c
B
BE B C
LAL
BDE A B C ()
o caso: LLL
3
Se dois triangulos tem os lados homologos proporcionais, entao eles sao
semelhantes.
BC
BC
AC
A C
ABC A B C
A
A
Prova:
Considere os triangulos ABC e A B C , tal que
AB
A B
BC
BC
AC
A C
(1).
A
A
D
B
E
C
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
BC
DE
(2)
AC
AE
BC
DE
(4)
AC
A C
BC
BC
(5)
AC
AE
AD
AE
DE
AB
A B
LLL
ADE A B C (8)
Exerccios Resolvidos
1. Associar as alternativas seguintes com pares de triangulos T1 , T2 , ,
abaixo.
a) Os triangulos sao semelhantes pelo criterio (AA)
b) Os triangulos sao semelhantes pelo criterio (LLL)
c) Os triangulos sao semelhantes pelo criterio (LAL)
8
T2
4
T1
5
CEDERJ
162
10
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
800
800
T3
600
400
T4
700
8
12
700
T6
T5
8
Soluc
ao:
1) T1 T2 (b) (criterio LLL) ja que:
3
6
4
8
5
.
10
12
Soluc
ao:
Temos que:
b B ED
b
AEC
b ACE
b
B DE
AA
BDE ACE .
163
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
Portanto:
BD
AC
BE
AE
BD
18
10
14
BD =
90
7
cm .
D
3
Soluc
ao:
ABC CDE, pois
b = B AC
b =
E DC
.
b e comum
C
CD
AC
5
10
3
5+x
30 = 25 + 5x 5x = 5 x = 1 .
AM
A M
= k.
Soluc
ao:
A
A
bB
c (angulos homologos)
(1) B
De (2) vem:
(2)
BC
BC
CEDERJ
164
AB
A B
1
BC
2
1
BC
2
BC
BC
=k
=k
BM
BM
= k.
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
bB
c
B
Logo:
AB
A B
LAL
BM
BM
=k
AM
A M
ABM A B M .
= k.
Observac
ao:
Em dois triangulos semelhantes, se a razao de semelhanca e k, entao:
A razao entre os permetros e k
A razao entre as alturas homologas e k
A razao entre as bissetrizes internas homologas e k
A razao entre os raios dos crculos inscritos e k
A razao entre os raios dos crculos circunscritos e k
..
.
A razao entre dois elementos lineares homologos e k .
5. Dois triangulos semelhantes tem permetros 60 cm e 48 cm. Quanto mede a altura do primeiro, sabendo-se que a altura homologa do segundo
mede 9 cm?
Soluc
ao:
Considere dois triangulos semelhantes, cujos permetros sao 60 cm e
60
h
48 cm. Pela observacao, temos que
= , onde h e a altura homologa
48
9
do primeiro triangulo. Entao:
h=
9 60
48
45
4
h=
45
4
cm .
165
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
Soluc
ao:
A
C
BC
DE
96
6x
6
x
3x = 6(6 x) 3x = 36 6x
9x = 36 x = 4.
7. Calcular R, raio da circunferencia circunscrita ao triangulo ABC da
figura, sendo AB = 4, AC = 6 e AH = 3.
A
R
B
CEDERJ
166
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
Soluc
ao:
Seja a figura dada, com AB = 4, AC = 6 e AH = 3.
A
R
3
O
H
D
b = 900 = ACD
b
ABH
b = ADC
b = AC
(angulo inscrito)
AH
AC
4
2R
3
6
6R = 24 R = 4 .
Polgonos Semelhantes
Definic
ao: Dois polgonos quaisquer com um mesmo n
umero de
lados sao semelhantes se tem ordenadamente congruentes todos os
angulos e os lados homologos proporcionais.
Exemplo:
Considere um quadrilatero qualquer ABCD e um ponto B sobre o lado
AB, conforme a figura.
A
D
D
B
C
B
C
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
b)
AB
AB
BC
BC
CD
C D
DA
D A
Observac
ao:
A notacao para os polgonos semelhantes e analoga `a dos triangulos
semelhantes. Assim,
B e B sao vertices homologos;
AB e AB sao lados homologos;
AB
AB
= k e a razao de semelhanca.
CEDERJ
168
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
B
D
Da:
AB
A B
BC
BC
CD
C D
= ... = k.
Da, p p
45
4
1
4
x=
45
4
cm.
Relac
oes m
etricas em um crculo
Teorema das cordas: Se duas cordas se encontram, entao o produto das medidas dos dois segmentos de uma e igual ao produto das
medidas dos segmentos da outra.
169
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
Prova:
Sejam as cordas AB e CD que se encontram em P no crculo.
C
A
P
O
APbD C PbB
(opostos pelo vertice)
ADP
b P BC
b = AC
(angulo inscrito)
PA
PC
PD
PB
PA PB = PC PD .
Teorema das Secantes: Se de um ponto exterior a um crculo tracamos duas secantes, entao o produto das medidas de uma secante
por sua parte exterior e igual ao produto das medidas da outra pela
sua parte exterior.
Prova:
P
B
D
A
O
Pb (comum)
P AD
b = B CP
b = BD (angulo inscrito)
2
PA
PC
CEDERJ
170
PD
PB
PA PB = PC PD .
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
Pb (comum)
B AT
b = B TbP = BT (angulo inscrito e de segmento)
2
PT
PA
PB
PT
PT = PA PB .
O
d
P T = P A P B = (d R)(d + R) P T = d2 R2 .
171
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
Pot
encia de um ponto em rela
c
ao a um crculo
Consideremos em um plano uma circunferencia e um ponto P , o qual
podera ser exterior ou interior a ela, ou mesmo pertencer `a circunferencia.
Por P tracamos uma reta que encontra a circunferencia em dois pontos
distintos A e B.
B
A
P
Definic
ao: O produto P A P B e denominado potencia do ponto P
em relacao ao crculo de centro O. Notacao: PotO P
.
Considere a figura a seguir.
F
A
P
C
D
O
E
B
Temos:
P A P B = P C P D = P E P F = constante (Teorema das Cordas) .
Considere, agora, a figura a seguir.
A
B
P
D
Temos:
2
172
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
Nota:
2
P A P B = P T = d2 R2 = PotO P .
2) A potencia de P em relacao ao crculo e negativa se d < R.
3) A potencia de P em relacao ao crculo e nula se d = R.
4) A potencia de P em relacao ao crculo e mnima se d = 0.
9. Considere a figura. Calcule PotO A + PotO B + PotO C.
A
7
O
5
B
Soluc
ao:
Temos que PotO R = d2 R2 .
PotO A = 72 52
PotO B = 52 52
PotO C = 32 52
o que implica
PotO A + PotO B + PotO C = 72 52 + 52 52 + 32 52
= 49 25 + 9 25
= 8.
173
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
2
O
Soluc
ao:
Pelo Teorema das Cordas, vem:
2 x = 4 9 x = 18 .
b)
x
x
4
8
Soluc
ao:
Pelo Teorema das Secantes, vem:
x 2x = 8 16 2x2 = 8 16 x2 = 64 x = 8 .
11. Na figura, ABC representa um trecho reto de uma estrada que cruza o
patio circular de centro O e raio r. Se AC = 2r = AO, determine a medida
de BC em funcao da medida de AB.
C
B
A
CEDERJ
174
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
Soluc
ao:
Considere a figura, com AC = 2r = AO.
2r
B
A
Denominando AB = x, vem:
Usando o Teorema das secantes,
3r
2
x 2r = r 3r x =
Temos que:
BC = 2r
Logo:
AB
BC
3r
2
r
2
3r
2
r
2
= 3 BC =
AB
3
8
y
P
5
A
x O
13
13
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
Da,
xy
= 144 (1)
x+y =
x = 25 y (3) .
25 (2)
625 576
2
25 + 7
= 16 ou
2
25
y=
25 7
2
=9
Assim, x = 25 16 = 9 ou x = 25 9 = 16.
Exerccios Propostos
1. Calcule o valor de x na figura, sabendo que r e s sao transversais que
cortam as paralelas a, b e c.
a
x
12
15
CEDERJ
176
Triangulos Semelhantes
MODULO
1 - AULA 9
337 e EC = 5. Determine
O
B
D
E
177
CEDERJ
Triangulos Semelhantes
7. As bases de um trapezio medem 4 m e 6 m, respectivamente, e a altura mede 8 m. Calcule a que distancia da base maior cortam-se as
diagonais.
8. Mostre que, em um paralelogramo, dois lados consecutivos sao inversamente proporcionais `as alturas correspondentes.
9. Se, no crculo da figura, AB vale 10, CD vale 2, AB e perpendicular a
CD e D e o ponto medio de AB, calcule o diametro do crculo.
C
A
B
D
Gabarito
1. 11.
2. 6.
3. x =
15
2
4. DE =
, y = 5.
80
9
, CD =
5. 4.
6. NB = 3, 2 cm.
7. 4,8 metros.
8. demonstracao.
9.
29
.
2
10. 8.
CEDERJ
178
5 337
.
9
Triangulo Retangulo
MODULO
1 - AULA 10
Aula 10 Tri
angulo Ret
angulo
Projec
ao ortogonal
Em um plano, consideremos um ponto e uma reta. Chama-se projecao
ortogonal desse ponto sobre essa reta o pe da perpendicular tracada do ponto
`a reta.
Na figura, o ponto Q e a projecao ortogonal de Q sobre r.
Note que a projecao ortogonal de um segmento cuja reta suporte e perpendicular `a reta e o ponto A = B.
179
CEDERJ
Triangulo Retangulo
Relac
oes m
etricas nos tri
angulos ret
angulos
Elementos
Considere a figura:
BC = a e a hipotenusa.
AB = c e AC = b sao os catetos.
AH = h e a altura relativa `a hipotenusa.
BH = n e CH = m sao, respectivamente, as projecoes dos catetos AB e
AC sobre a hipotenusa BC.
Relac
oes
No triangulo retangulo ABC da figura, sendo:
BC = a, AC = b,
AB = c, AH = h,
BH = n, e CH = m
180
Triangulo Retangulo
MODULO
1 - AULA 10
Prova:
Seja o ABC retangulo, sendo BC = a, AC = b, AB = c, AH = h, BH = n
e CH = m.
Como
BH + HC = BC n + m = a
(1)
C comum
= BAC
= 90
AHC
= AHC ABC
AA
Da,
(
b2 = a m
b
c
a
=
=
b
m
h
bc=ah
(2)
(3)
B comum
= BAC
= 90
AHB
= AHB ABC
AA
Da
a
c
b
= = c2 = a n
c
n
h
(4)
(5)
181
CEDERJ
Triangulo Retangulo
(6)
Observacao:
Triangulos pitagoricos sao triangulos retangulos cujos lados tem por medida
n
umeros inteiros.
Exemplo: Os triangulos cujos lados sao proporcionais aos n
umeros 3, 4 e 5
sao retangulos e tambem pitagoricos.
Exerccios Resolvidos
1. No triangulo retangulo da figura, calcule a, h, m e n.
Soluc
ao:
Do resultado anterior, temos:
De (5) vem: 52 + 122 = a2 a2 = 169 a = 13
25
De (2) vem: 52 = 13m m =
13
25
25
144
144
De (1) vem:
+ n = 13 n = 13
=
n=
13
13
13
13
25
144
5
12
60
60
De (6) vem: h2 =
h=
=
h=
13 13
13
13
13
2. Calcule a medida de cada diagonal de um quadrado em funcao da
medida l dos lados.
CEDERJ
182
Triangulo Retangulo
MODULO
1 - AULA 10
Soluc
ao:
Seja ABCD um quadrado de lado l e BD uma diagonal cuja medida e d.
l 2 + l 2 = d2 d = l 2
l
2
2
2
2
3
l
l
3l
l
h2 +
= l2 h2 = l2 h2 =
h=
.
2
4
4
2
l 3
Logo, cada altura e
.
2
CEDERJ
Triangulo Retangulo
Soluc
ao:
Seja ABC o triangulo retangulo em A e r o raio do crculo inscrito.
A medida da hipotenusa BC e:
2
BC = 62 + 82 BC = 10 cm
CEDERJ
184
Triangulo Retangulo
MODULO
1 - AULA 10
Soluc
ao:
Se as circunferencias sao tangentes exteriormente, a distancia entre os
seus centros e igual `a soma das medidas dos raios, ou seja,
AB = 3 + 8 = 11
Tracando por B a paralela `a tangente u, BE, temos:
2
AE = 8 3 = 5 AE + EB = AB
2
52 + EB = 112 EB = 121 25 = 96
EB = 4 6
CD = 4 6 cm.
6. Dada a figura em que OA = OB = 6 metros, calcule o raio do
crculo de centro O3 .
Soluc
ao:
Seja r o raio do crculo de centro O3 ,
OO3 = 6 r, O2 O3 = 3 + r e OO2 =
6
=3
2
CEDERJ
Triangulo Retangulo
Soluc
ao:
Seja E a intersecao de CD com a circunferencia dada. Temos que:
BC = CE e AD = DE CD = CE + ED = r + R
Tracando CF paralela a AB passando por C vem que:
2
CF + F D = CD CF + (R r)2 = (r + R)2
2
CF = r 2 + 2rR + R2 R2 + 2rR r 2 = 4rR
CF = 2 Rr
Como ABCF e retangulo, temos que AB = CF .
CEDERJ
186
Triangulo Retangulo
MODULO
1 - AULA 10
Nota:
1) Seja um triangulo retangulo ABC de lados a, b e c.
eC
sao angulos agudos. Pelo Teorema de Pitagoras b2 + c2 = a2
B
= cateto oposto = b
sen B
hipotenusa
a
= cateto adjacente = c
cos B
hipotenusa
= cateto oposto = b
tg B
cateto adjacente
c
2
2
+ cos2 B
=1
+ cos2 B
= b + c = 1 sen2 B
sen2 B
a2 a2
sen
3)
cos
tg
30
45
60
1
2
3
2
3
3
2
2
2
2
3
2
1
2
Prova:
Seja o triangulo ABC, vamos provar que
a2 = b2 + c2 2 b c cos A
c2 = h2 + m2
= m m = c cos A
cos A
c
(1)
(2)
187
CEDERJ
Triangulo Retangulo
BCH
a2 = h2 + (b m)2 a2 = h2 + b2 2 b m + m2
a2 = b2 + h2 + m2 2 b m (3)
a2 = b2 + c2 2 b c cos A
De maneira similar:
b2 = a2 + c2 2 a c cos B
c2 = a2 + b2 2 a b cos C
Natureza de um tri
angulo (Sntese de Clairaut)
Observando a lei dos co-senos em um triangulo ABC onde a > b e a > c,
temos:
2
2
2
A > 90 a2 > b2 + c2 ABC e obtusangulo
Exerccios Resolvidos
8. Dado um triangulo ABC tal que AC = 2, BC =
Determine a medida do lado AB.
CEDERJ
188
= 30 .
3 e ACB
Triangulo Retangulo
MODULO
1 - AULA 10
Soluc
ao:
= 30 .
Seja o triangulo ABC, tal que AC = 2, BC = 3 e ACB
AB = 22 + ( 3)2 2 2 3 cos C
2
AB = 4 + 3 4
3
2
=76=1
AB = 1
9. Na figura, calcule cos .
Soluc
ao:
Pela lei dos co-senos, vem:
( 2)2 = 12 + 22 2 1 2 cos
2 = 1 + 4 4 cos 2 5 = 4 cos
cos = 34
10. Dado um triangulo de lados a = 3 cm, b = 4 cm e c = 6 cm, calcule
a projecao do lado a sobre o lado c.
Soluc
ao:
Seja o triangulo de lados a = 3 cm, b = 4 cm e c = 6 cm. Seja a
projecao do lado a sobre o lado c.
CEDERJ
Triangulo Retangulo
29
36
m
Temos que cos =
m = 3 cos
3
Logo,
29
29
m=3
m=
36
12
11. Um dos angulos internos de um paralelogramo de lados 3 e 4
medem 120 . Calcule a maior diagonal deste paralelogramo.
Soluc
ao:
Seja o paralelogramo ABCD de lados 3 e 4 e um dos angulos internos
vale 120 .
2
BD = 37 BD = 37
12. Os lados de um triangulo medem 5, 10 e 5. Qual o comprimento da altura relativa ao lado maior?
Soluc
ao:
Seja um triangulo ABC cujos lados medem 5, 10 e 5. O maior lado
e 5.
CEDERJ
190
10 = 5 + 25 10
5 cos B
Triangulo Retangulo
20 = 10
MODULO
1 - AULA 10
5 cos B
= 2 , mas cos B
= BH
cos B
5
5
BH
2
= BH = 2
5
5
Usando o Teorema de Pitagoras no ABH, vem:
( 5)2 = 22 + h2 h2 = 5 4 h = 1
13. Na figura, D e ponto medio do lado BC. Sendo AB = 5 cm,
AC = 7 cm e BC = 6 cm, calcule a medida do segmento AD.
Soluc
ao:
Seja a figura dada, D e ponto medio do lado BC, AB = 5 cm, AC =
7 cm e BC = 6 cm.
AC = AB + BC 2 AB BC cos B
72 = 52 + 62 2 5 6 cos B
49 = 61 60 cos B
49 = 25 + 36 60 cos B
= 12 = 1
cos B
60
5
Considerando que BD =
BC
e usando a lei dos co-senos para o
2
191
CEDERJ
Triangulo Retangulo
ABD vem:
2
2
2
AD 2 = 52 + 32 2 5 3 cos B
AD = AB + BD 2 AB BD cos B
2
AD = 25 + 9 30
1
= 34 6 = 28
5
AD = 2 7 cm
Observacao:
A lei dos co-senos permite determinar medianas, bissetrizes, alturas,
projecoes de um lado sobre o outro, etc.
ja que BCD
= BAD e BAD= 180.
O triangulo BDC e retangulo em C,
2
=A
= BC (angulo inscrito).
Temos que D
2
Desse triangulo retangulo temos:
=
sen D
a
2R
Mas
=D
sen A
= a a = 2R
A
2R
sen A
De maneira similar, temos que
b
sen B
CEDERJ
192
= 2R e
sen C
= 2R
Triangulo Retangulo
Portanto:
sen A
sen B
sen C
MODULO
1 - AULA 10
= 2R
Exerccios Resolvidos
14. Em um crculo de raio 5 metros esta inscrito um triangulo ABC
mede 45 . Determine a medida do lado oposto ao angulo A
no qual A
desse triangulo.
Soluc
ao:
Seja ABC e considere o raio do crculo circunscrito ao triangulo de
= 45 . Seja a medida pedida a.
5 metros e o angulo A
a
a
2
=
2
a
=
10
=
5
= 2R
2 metros.
sen 45
2
sen A
= 45 , C
= 60 e AC = 4 2
15. Num triangulo ABC, tem-se: B
metros. Calcule a medida do lado AB e o raio do crculo circunscrito.
Soluc
ao:
Seja o triangulo ABC e o crculo circunscrito a este triangulo.
= 45 , C
= 60 e AC = 4 2 metros.
B
193
CEDERJ
Triangulo Retangulo
AB
4 2
= = 2R
2
3
2
2
2AB
8 = = 2R
3
AB = 4 3 e R = 4
Relac
ao de Stewart
Seja o triangulo ABC de lados a, b e c. Trace um segmento AD interno
ao triangulo, determinando sobre o lado BC os segmentos BD e CD de
medidas m e n, respectivamente.
Vamos provar que:
2
AD a = b2 m + c2 n a m n
Esta relacao e denominada Relacao de Stewart.
Prova:
Considere a figura com os dados do teorema:
c2 = AD + m2 2 AD m cos
2
b2 = AD + n2 2 AD n cos(180 )
(1)
(2)
c2 n = AD n + m2 n 2 AD m n cos
2
b2 m = AD m + n2 m + 2 AD n m cos
(3)
(4)
194
Triangulo Retangulo
MODULO
1 - AULA 10
b2 m + c2 n = AD (m + n) + m n(m + n)
2
b2 m + c2 n = AD a + m n a
2
AD a = b2 m + c2 n a m n
Observacao:
O segmento AD e chamado ceviana.
Ceviana e todo segmento que une o vertice de um triangulo `a reta suporte
do lado oposto.
Exemplo de ceviana: bissetriz interna, altura, mediana, etc.
Exerccio 16: Dado um triangulo ABC de lados a, b e c, calcule as medidas das tres medianas.
Solucao:
Seja AD a mediana relativa ao lado BC.
Da:
a
m=n=
2
e AD = ma
mb =
195
CEDERJ
Triangulo Retangulo
Exerccios Propostos
1. No retangulo ABCD de lados AB = 4 e BC = 3, o segmento DM e
perpendicular `a diagonal AC. Determine a medida do segmento AM.
2. Determine o valor de x na figura a seguir:
6. Do mesmo lado de uma reta sao tracados tres crculos tangentes `a reta
e tangentes entre si dois a dois. Sabendo que dois deles tem raio igual
a 12 metros, calcule o raio do terceiro crculo.
7. Na figura seguinte, as circunferencias de centros P e S sao ambas tangentes `a reta L no mesmo ponto Q e a reta que passa por P e R tangencia a circunferencia menor no ponto T. Calcule a medida do segmento
QR sabendo que os raios das circunferencias medem, respectivamente,
8 metros e 3 metros.
CEDERJ
196
Triangulo Retangulo
MODULO
1 - AULA 10
CEDERJ
Triangulo Retangulo
seno do angulo B.
16. Calcular as alturas de um triangulo cujos lados medem 6 metros, 10
metros e 12 metros.
17. Mostre que, em todo triangulo retangulo, a soma dos quadrados das
tres medianas e igual a tres vezes a metade do quadrado da hipotenusa.
18. Em um triangulo ABC, os lados medem a, b e c. Calcule a medidas
das tres alturas.
Gabarito
1.
9
.
5
2. 8.
3. 24 metros.
4. O raio e 3 cm.
5. 40 metros.
6. 3 metros.
7. QR = 6 metros.
8. 9 2 l.
9. 2 7.
5
5 3
10. a) cm, b)
cm.
2
2
CEDERJ
198
Triangulo Retangulo
MODULO
1 - AULA 10
11. BC = 12 cm.
12. 46 cm.
1
.
9
15. 0,72.
8 14
4 14
8 14
16.
metros,
metros e
metros.
3
5
3
17. Demonstracao.
18.
2p
p(p a)(p b)(p c)
a
2p
hb =
p(p a)(p b)(p c) e
b
2p
hc =
p(p a)(p b)(p c),
c
ha =
onde p =
a+b+c
, p semipermetro.
2
199
CEDERJ
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
Os lados desse polgono sao congruentes entre si, pois em um mesmo crculo
cordas que subentendem arcos congruentes sao congruentes.
201
CEDERJ
Polgonos Regulares
Os angulos desse polgono sao congruentes entre si, ja que sao angulos ins180 (n 2)
critos de mesma medida e todos medem
, n e o n
umero de lados
n
desse polgono.
Da, o polgono ABCDE e regular.
b) Temos que AB, BC, CD, DE,. . . sao segmentos tangentes `a circunferencia nos pontos B, C, D, E, . . ., A.
CEDERJ
202
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
OBA = OCD
OBC
e que DCB
ABC,
203
CEDERJ
Polgonos Regulares
4. Angulo
centrico de um polgono regular e o angulo formado por dois
raios consecutivos.
e um angulo centrico de um polgono regular de n
Na figura, AOB
360
.
lados cujo valor e
n
Relac
oes m
etricas
Calculo do lado e do apotema dos polgonos regulares em funcao do
raio do crculo circunscrito a estes polgonos.
Vamos denotar que para um polgono regular de n lados:
ln - medida do lado.
an - medida do apotema.
CEDERJ
204
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
Quadrado
a) Construcao:
Inscrever um quadrado em um crculo de raio R; tracam-se dois diametros
perpendiculares AC e BD. A circunferencia fica dividida em quatro arcos congruentes, por corresponderem a angulos centrais congruentes, e o quadrilatero
ABCD e um quadrado inscrito.
l42 = R2 + R2 = 2R2 l4 = R 2.
c) Calculo do apotema em funcao de R:
O apotema OM sendo altura do triangulo retangulo AOB relativo `a hipotenusa
AB e tambem mediana.
l4
R 2
R 2
a4 = =
a4 =
2
2
2
Hex
agono regular
360
= 60
6
205
CEDERJ
Polgonos Regulares
180 60
2
2
R
3R
R
3
a26 = R2
=
a6 =
4
4
2
a26
c) Construcao:
Inscrever um hexagono regular em uma circunferencia de raio R; e suficiente
marcar consecutivamente, a partir de um ponto A da circunferencia, com a
abertura do compasso igual ao raio, os arcos AB, BC, e tracar as correspondentes cordas.
Tri
angulo equil
atero
a) Construcao:
Dividir a circunferencia em 6 partes congruentes, a partir de um ponto A
qualquer, obtendo-se B, C, D, E e F.
CEDERJ
206
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
ABD retangulo AB + BD = AD
OD
2
Da,
a3 =
R
.
2
Exerccios Resolvidos
1. Calcule a medida do angulo centrico de um decagono.
Soluc
ao:
Temos que o angulo centrico e:
360
360
ac =
= 36 .
n
10
207
CEDERJ
Polgonos Regulares
Temos que l3 = R 3 e l6 = 5 6.
Mas
l6 = R l3 = 5 6 3
l3 = 5 18 = 5 3 2 = 15 2
l3 = 15 2 cm.
4. Calcule o permetro de um triangulo inscrito em um crculo, sabendo
R 2
6 5
R 2
2
6 10
3 5=
R= =
= 3 10.
a4 =
2
2
2
2
2
Como
l3 = R 3 l3 = 3 10 3 l3 = 3 30.
R 2
R 3
a4
a4 =
e a6 =
=
2
2
a6
CEDERJ
208
R 2
2
R 3
2
2 3
6
= =
.
3
3 3
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
Dec
agono regular
a) Calculo do lado em funcao do raio:
Seja AB o lado de um decagono regular inscrito em uma circunferencia de
raio R.
e tal que:
O angulo central AOB
=
m(AOB)
360
= 36
10
os angulos A
eB
de medidas a e (r + s) valem
No triangulo isosceles AOB,
180 36
= 72 .
cada um
2
temos
Tracando a bissetriz BC do angulo B,
r=s=
72
= 36
2
OC
AC
l10
R l10
=
=
R
l10
OB
AB
R
2
l10
= R2 R l10 l10 = ( 5 1)
2
Segmento
aureo
Definicao: Seja um segmento AB e C um ponto de AB, tal que:
2
AC = AB BC
(1).
CEDERJ
Polgonos Regulares
a
+
a
5
a
= ( 5 1)
2
2
a a2 + 4a2
x=
=
a
5
(Nao serve)
2
a
x = AC = ( 5 1)
2
Observacao:
R
Note que o segmento de medida ( 5 1) e o segmento aureo do raio.
2
b) Construcao de um segmento aureo
1) Trace uma circunferencia de centro A e raio a.
2) Trace o diametro BD e o raio AE perpendiculares.
3) Considere o ponto medio M de AD.
4) Transporte ME sobre o diametro BD, achando o ponto C.
5) Ache AC, que e o segmento procurado.
a2
5a2
2
ME = a2 +
=
4
4
a 5
ME =
2
Justificativa:
EAM e retangulo.
ME = MC =
CEDERJ
210
a2
a2 +
=
4
5a2
a 5
=
4
2
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
Da,
a 5 a
a
AC = MC MA =
= ( 5 1)
2
2
2
De forma similar, como
R
l10 = ( 5 1)
2
construmos o lado do decagono regular inscrito em uma circunferencia de
raio R.
c) Calculo do apotema em funcao de R:
No AMO retangulo temos:
2
OM = AO AM
onde:
OM = a10
AO = R
e
l10
R
= ( 5 1)
AM =
2
4
Da,
a210
=R
a210
a10
R
( 5 1)
4
2
a210 = R2
R2
(5 + 1 2 5)
16
16R2 R2 (6 2 5)
R2 (10 + 2 5)
2
=
a10 =
16
16
R
=
4
10 + 2 5
211
CEDERJ
Polgonos Regulares
Pent
agono
a) Calculo do lado em funcao do raio:
Considere AB o lado do decagono regular.
CD = AC CB
(1)
AB = AC CB
(2).
R
2
l52 = l62 + l10
l52 = R2 + ( 5 1)
2
2
R
l52 = R2 +
(5 + 1 2 5)
4
2
R
l52 =
(4 + 6 2 5)
4
R
l5 =
2
CEDERJ
212
10 2 5
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
b) Construcao:
1) Construir o l10 .
2) Construir um triangulo retangulo de catores R e l10 .
3) A hipotenusa desse triangulo e o l5 .
Express
ao geral do ap
otema de um polgono regular
Seja AB o lado de medida ln de um polgono regular de n lados. Seja
OM o apotema desse polgono de medida an e R o raio da circunferencia
circunscrita.
Do AOM temos:
2
R =
a2n
an =
2
ln
l2
+
a2n = R2 n
2
4
r
4R2 ln2
an =
4
4R2 ln2
2
213
CEDERJ
Polgonos Regulares
Express
ao geral do lado de um polgono regular de 2n
lados em fun
c
ao do de n lados
Seja AB o lado de medida ln de um polgono regular de n lados. Trace
o diametro CD perpendicular `a corda AB.
AC = CD CM
(1).
Mas
CM = R OM,
CD = 2R,
AC = l2n
e
p
4R2 ln2
(apotema do polgono de n lados).
2
Substituindo estes valores em (1) vem:
!
p
2 l2
4R
n
2
l2n
= 2R R
2
OM =
2
l2n
= 2R2 R
l2n
CEDERJ
214
p
4R2 ln2
q
p
= 2R2 R 4R2 ln2
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
Exerccios Resolvidos
6. Calcule a medida do lado de um dodecagono regular em funcao do
raio R da circunferencia circunscrita.
Soluc
ao:
Temos que:
l12 =
Mas l6 = R, entao
l12 =
=
Logo, l12 = R
2R2
q
R 4R2 l62 .
3) = R
215
CEDERJ
Polgonos Regulares
=
C2
R2
C2
2R2
Logo,
CEDERJ
216
C1
C2
=
.
2R1
2R2
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
Exerccios Resolvidos
7. Determine o valor de 1 radiano em graus.
Soluc
ao:
Temos que:
rad 180
180 1
=
57 17 se 3, 1415.
1 rad
8. Se o raio de uma circunferencia aumenta 1 metro, quanto aumenta
o seu comprimento?
Soluc
ao:
Seja a circunferencia de raio R o comprimento C = 2R.
Aumentando R de 1 metro, vem: R + 1 o novo comprimento e:
C = 2(R + 1) = 2R + 2 = C + 2
O comprimento aumenta 2 metros.
9. Uma pista circular foi construda por duas circunferencias concentricas,
cujos comprimentos sao de 1.500 metros e 1.000 metros aproximadamente. Quanto mede sua largura?
Soluc
ao:
Temos que:
1.500 = 2R1 R1 =
750
1.000 = 2R2 R2 =
500
.
750 500
250
=
metros.
217
CEDERJ
Polgonos Regulares
Nota:
A razao constante do comprimento da circunferencia para a medida do diametro
e representada por .
Assim,
C
= (1)
2R
Express
ao do comprimento de uma circunfer
encia
De (1) vem que
C = 2R
onde C e o comprimento da circunferencia e R e o raio da circunferencia.
Comprimento de um arco de circunfer
encia
O comprimento de um arco de circunferencia, que vamos denotar por l, e
proporcional `a sua medida ().
Seja em graus:
360 2R
R
l=
180
Definicao: Denomina-se 1 radiano todo arco de circunferencia cujo comprimento e igual ao comprimento do raio da circunferencia que o contem.
Temos que:
218
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
ou seja,
l = R (1),
onde
l comprimento do arco AB.
angulo em radianos.
R raio.
Da, como o comprimento de uma circunferencia de raio R e 2R, usando
(1) vem:
2R = R = 2
da, o angulo de 1 volta e 2.
Exerccios Resolvidos
10. Calcule o comprimento de um arco de 36 em uma circunferencia
de raio 5 cm.
Soluc
ao:
Temos que:
l=
onde
R raio = 5 cm.
= 36 .
l comprimento do arco.
l=
R
,
180
5 36
= .
180
l3 = R 3 o permetro do triangulo e 3R 3.
Da, a razao pedida e:
2R
2 3
2 3
= =
.
9
3R 3
3 3 3
219
CEDERJ
Polgonos Regulares
Exerccios Propostos
1. Qual o polgono regular cujo angulo centrico mede 24 ?
2. Calcule o lado de um quadrado inscrito em um crculo de raio igual a
2 5 cm.
3. A altura de um triangulo equilatero inscrito mede 10 cm. Calcule o
lado do hexagono regular inscrito nesse mesmo crculo.
4. Qual a razao entre os lados de dois triangulos equilateros, um inscrito
e outro circunscrito `a mesma circunferencia?
5. No hexagono regular ABCDEF da figura, o lado mede
2 cm. Calcular:
a) o apotema;
b) o raio do crculo inscrito;
c) a diagonal AC.
220
Polgonos Regulares
MODULO
1 - AULA 11
2. 2 10 cm.
3.
20
cm.
3
4.
1
.
2
6
6
5. a)
cm, b)
cm, c) 6 cm.
2
2
221
CEDERJ
Polgonos Regulares
6.
6
.
3
7. 398.
8. 12 2 cm.
9.
24
cm.
10. 45 , 60 e 75 .
11. 2400 metros.
12. 8( 2 1).
2
13.
.
2
14.
CEDERJ
222
2+R
.
2
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
Aula 12 Areas
de Superfcies Planas
Area
de uma superfcie e um n
umero real positivo a essa superfcie. A area
expressa a medida de uma superfcie numa certa unidade. Vamos considerar
como unidade a superfcie de um quadrado de lado u.
Superfcies equivalentes
Duas superfcies sao denominadas equivalentes se tem a mesma area.
Assim, as superfcies das figuras 1 e 2 sao equivalentes.
223
CEDERJ
Areas
de Superfcies Planas
areafigura 1 = area
areafigura 2 = area
T1
T1
+ area
+ area
T2
areafigura 1 = areafigura 2
T2
2) Postulado da unidade de
areas
A area da superfcie de um quadrado e o quadrado da medida do lado.
Na figura, o quadrado de lado a tem area a2 .
Observac
oes:
1) Quando nos referirmos `a area de um quadrado, de um triangulo, etc.,
estamos nos referindo `a area da respectiva superfcie.
2) Em um retangulo, dois lados adjacentes constituem a base e a altura e
sao denominados dimensoes do retangulo.
CEDERJ
224
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
Area
de um ret
angulo
Teorema 1: A area de um retangulo e o produto da base pela sua altura.
Prova:
Considere um retangulo de base a, altura b e area AR .
CEDERJ
Areas
de Superfcies Planas
Area
de um tri
angulo
Teorema 3: A area de um triangulo e igual `a metade do produto da base pela
altura.
Prova:
Considere o triangulo ABC de base b e altura h.
AD = BC
AP
bh
=
AB = CD (LLL) AT =
2
2
AC comum
ja que AABC = ACDA
CEDERJ
226
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
Area
de um losango
Teorema 4: A area de um losango e igual `a metade do produto das diagonais.
Prova:
Seja o losango ABCD de centro E cujas diagonais AC e BD medem, respectivamente, D e d.
d D
2
2
d D
2
2
Area
de um trap
ezio
Teorema 5: A area de um trapezio e igual `a metade do produto da altura
pela soma das bases.
Prova:
Seja o trapezio ABCD de bases b1 e b2 e altura h.
Podemos dividir este trapezio em dois triangulos que sao: ADC e ABC
de mesma altura h.
entao
ATrapezio =
b2 h b1 h
(b1 + b2 )h
+
ATrapezio =
2
2
2
227
CEDERJ
Areas
de Superfcies Planas
Area
de um polgono regular
Teorema 6: A area de um polgono regular e igual ao produto do semipermetro
pelo apotema.
Prova:
Considere o polgono regular sendo:
n n
umero de lados,
a medida do apotema
l medida do lado e
p semipermetro.
la
2
2pa
APolgono = pa
2
Exerccios Resolvidos
1. Determine a area de um quadrado em funcao da sua diagonal d.
Soluc
ao:
Seja o quadrado de diagonal d.
CEDERJ
228
d2
=
2
d2
2
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
No AHC temos:
2
h2 + a2 = a2
2
h2 = a2 a4 =
h = a2 3
3a2
4
a a23
ah
a2 3
a2 3
AT =
=
=
AT =
2
2
4
4
Temos que
AABC =
20h
= 10h
2
(1)
No AHB
h
3
sen 60 =
h = 10 sen 60 = 10
=5 3h=5 3
10
2
(2)
A = 10 5 3 A = 50 3 cm2
229
CEDERJ
Areas
de Superfcies Planas
Observacao:
Se dois lados de um triangulo medem a e b e formam um angulo ,
entao a area desse triangulo e:
A=
ab sen
2
Temos que
AParalelogramo = AOCB + AOAB + AOCD + AOAD
120
60
60
120
AParalelogramo = 510 sen
+ 510 sen
+ 510 sen
+ 510 sen
2
2
2
2
Como sen 120 = sen 60 =
AParalelogramo
3
,
2
4 5 10
=
2
vem:
3
2
4 5 10 3
=
= 50 3 cm2
4
402 3
S1 =
= 400 3 cm2
4
O quadrado tem permetro 120 cm, entao o lado desse quadrado e
120
cm = 30 cm, temos que a area do quadrado e:
4
S2 = 302 = 900 cm2
CEDERJ
230
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
O hexagono regular tem permetro 120 cm, entao o lado desse hexagono
e 120
cm = 20 cm e sua area e:
6
6 202 3
S3 =
= 600 3 cm2
4
400 3 + 900
4+3 3
S1 + S2
4 3+9
3
12 + 9 3
=
=
=
=
S3
18
6
600 3
6 3
3
Express
oes da
area de um tri
angulo
1) Area
de um tri
angulo em func
ao dos lados
Sejam a, b e c as medidas dos lados de um triangulo ABC e p =
a+b+c
2
2p
p(p a)(p b)(p c)
a
a 2 p(pa)(pb)(pc)
S = a.h2 a = a
2
p
S = p(p a)(p b)(p c)
2) Area
de um tri
angulo ABC em fun
c
ao dos lados e do raio r da
circunfer
encia inscrita
Considere o triangulo ABC da figura, sendo r o raio do crculo inscrito e os
lados desse triangulo sendo a, b e c.
231
CEDERJ
Areas
de Superfcies Planas
ar br cr
r(a + b + c)
+
+
=
S = pr
2
2
2
2
3) Area
de um tri
angulo em fun
c
ao dos lados e do raio do crculo
circunscrito
Considere o triangulo ABC da figura, sendo a sua area S, inscrito em um
crculo de raio R e centro O. Trace pelo vertice a altura AH de medida ha e
o diametro AD.
Temos que
aha
(1)
2
Sejam os triangulos AHB e ACD, temos
= 90
m(AHB)
= m(ACD)
= AHB ACD
m(ABH)
= m(ADC)
= AC AA
2
S=
Logo,
AH
AB
ha
c
bc
=
=
ha =
b
2R
2R
AC
AD
Substituindo (2) em (1) vem:
bc
a 2R
abc
abc
=
S=
S=
2
4R
4R
CEDERJ
232
(2)
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
4) Area
de um crculo
Teorema 7: A area de um crculo e o produto do n
umero pelo quadrado do
raio.
Prova:
Pelo Teorema 6, temos que a area de um polgono regular e o produto
da medida do semipermetro pelo apotema, ou seja, APolgono regular = p a .
Seja um crculo de raio R, considere os polgonos regulares inscritos e os circunscritos nesse crculo.
Com o crescimento do n
umero de lados, as areas dos polgonos se aproximam
da area do crculo, assim como os seus permetros se aproximam do permetro
da circunferencia e os apotemas se aproximam do raio do crculo.
Note que ln 0, 2p C e an R,
onde C e o comprimento da circunferencia.
Da, a area do crculo e:
Ac = R R = R2 Ac = R2
Area
do setor circular
Setor circular:
Seja, em um plano, um crculo de
233
CEDERJ
Areas
de Superfcies Planas
Note que se dobrarmos o arco (ou angulo central) dobra-se a area do setor;
triplicando o arco (ou angulo central), a area do setor e triplicada, e assim
por diante.
comprimento
area
l R2
lR
lR
2
=
Asetor =
A
=
2R
R
setor
2R
2
2
l
Asetor
Logo, a area de um setor circular e igual ao semipermetro do comprimento
do arco pelo raio.
Temos, tambem, que:
2 rad
rad
CEDERJ
234
R2
R2
R2
Asetor =
Asetor =
2
2
Asetor
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
Segmento circular
Seja, em um plano, um crculo e um
semiplano de origem na reta r secante
ao crculo, conforme a figura.
O conjunto dos pontos comuns ao
crculo e ao semiplano denomina-se
segmento circular.
Area
do segmento circular
Seja, na figura, R o raio do crculo,
e a medida do angulo central e l o
comprimento do arco.
R2
(
2
R2
2
12 R R sen =
R2
(
2
sen )
sen ), em radianos.
Area
da coroa circular
Coroa circular
Seja em um plano duas circunferencias
de mesmo centro O, conforme a figura
ao lado.
Coroa circular e a uniao dessas
circunferencias com os pontos do plano
compreendidos entre elas.
Area
da coroa circular:
Acoroa = R2 r 2 Acoroa = (R2 r 2 )
235
CEDERJ
Areas
de Superfcies Planas
Raz
ao entre
areas de dois tri
angulos semelhantes
Teorema: A razao entre as areas de dois triangulos semelhantes e igual ao
quadrado da razao de semelhanca.
Prova:
Considere os triangulos ABC e ABC e seja k a razao de semelhanca.
Temos que:
AB
AC
BC
AH
=
=
=
=k
A B
A C
BC
A H
Sejam S1 e S2 as areas dos triangulos ABC e ABC, entao
S1 =
BC AH
2
S2 =
B C A H
2
entao
S1
=
S2
BCAH
2
B C A H
2
=kk
S1
= k2
S2
Raz
ao entre
areas de dois polgonos semelhantes
Teorema: A razao entre as areas de dois polgonos semelhantes quaisquer e
igual ao quadrado da razao de semelhanca.
Prova:
A demonstracao desse teorema e analoga `a anterior, dividindo os dois polgonos
de n lados em n 2 triangulos ordenadamente semelhantes.
Exerccios Resolvidos
6. Determine a area da regiao hachurada, onde ABCD e retangulo e
os raios das circunferencias valem 1 cm.
CEDERJ
236
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
Soluc
ao:
Considere a figura dada, com os raios das circunferencias igual a 1 cm.
12
S1 = 1
=1
4
4
1 T2 = 90 .
Note que O1 T1 DT2 e quadrado e T1 O
Da, a area pedida e:
Sp = 4 1
= (4 ) cm2
4
2
237
CEDERJ
Areas
de Superfcies Planas
ABC
entao Ap = AABC A2c , onde Ac e a area do crculo de raio a2 .
Entao,
2
a2 3 a2
a2 3 a2
Ap =
4
2
4
8
2
2
2
2a 3 a
a (2 3 )
Ap =
=
8
8
8. No canto A de uma casa de forma quadrada ABCD, de 4 metros de
lado, prende-se uma corda flexvel e inextensvel em cuja extremidade
livre e amarrada uma pequena estaca que serve para riscar o chao, o
qual se supoe que seja plano. A corda tem 6 metros de comprimento,
do ponto em que esta presa ate sua extremidade livre. Mantendo-se a
corda sempre esticada, de tal forma que inicialmente sua extremidade
livre esteja encostada `a parede BC, risca-se o contorno no chao, em
volta da casa, ate que a extremidade livre toque a parede CD.
a) Faca uma figura ilustrativa da situacao descrita.
b) Calcule a area da regiao exterior `a casa, delimitada pelo tracado da
estaca.
Soluc
ao:
a)
b)Ap =
CEDERJ
238
22
4
+ 62 34 +
22
4
= + 27 + = 29 m2
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
Soluc
ao:
Considere a figura, sendo o ABC equilatero, sendo
AB = AC = BC = 30
l 3
30 3
h=
=
= 15 3 (1)
2
2
Considere
SADE x 2
=
SABC
h
(2)
SADE = y (3)
SABC = SADE + STrapezioDBCE = 2y (4)
ja que SADE = STrapezioDBCE
Substituindo (1), (3) e (4) em (2) vem:
2
y
x
=
2y
15 3
2
x
12 = 2253
x2 = 2253
x=
2
x=
15 6
2
cm
15
3
2
2
2
239
CEDERJ
Areas
de Superfcies Planas
Soluc
ao:
Seja a circunferencia dada, com raio 2 cm e os diametros AB e CD
perpendiculares. Temos que
2
= 180 = 90
AC = 22 + 22 AC = 2 2 e ACB
2
(2 2)2 2 2 2 2
8 8
=
= 2 4
Ap = Asetor CAB AACB =
4
2
4
2
Da, a area da regiao assinalada e 2( 2) cm2 .
Exerccios Propostos
1. Se o comprimento de um retangulo for aumentado em 10 e a largura
em 40, qual e o aumento da area do retangulo?
2. Cinco quadrados de lado l formam a cruz da figura. Determine a area
do quadrilatero convexo de vertices A, B, C e D.
CEDERJ
240
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
3. No trapezio ABCD, a area mede 21 cm2 e a altura mede 3 cm. Determine as medidas das bases AB e CD.
241
CEDERJ
Areas
de Superfcies Planas
CEDERJ
242
Areas
de Superfcies Planas
MODULO
1 - AULA 12
13. Considere o triangulo equilatero de altura 2 3. Seja P um ponto qualquer interior desse triangulo e sejam x, y e z as distancias desse ponto
aos lados do triangulo equilatero. Determine a soma dessas distancias.
Gabarito
1. 54 .
2. 5 l2 .
3. AB = 8 cm, CD = 6 cm.
4. 8, 4.
5.
6.
7.
8.
a2 tg tg
.
2(tg + tg )
p2
.
27
3(6 3)
cm2 .
2
(1912 3) 2
a.
3
9. 8,4 m2 .
10. a) 15 metros, 20 metros e 25 metros; b) 150 m2 .
11. (3 3 + 2) cm2 .
12.
a2 (2 31)
.
44
13. 2 3.
243
CEDERJ
Exerccios Propostos
Exerccio 1: Cinco retas distintas em um plano cortam-se em n pontos. Determine o maior valor
que n pode assumir.
e BOC
sao, respectivamente, OM e
Exerccio 2: As bissetrizes de dois angulos adjacentes AOB
o
forma 50 com OC. Se a medida do angulo AOB
e 80o , determine
ON. A bissetriz do angulo MON
Determine + .
Exerccio 4:
o
o
o
Geometria Basica
Exerccios Propostos
246
Exerccio 5:
Na figura ao lado, P e a intersecao das bissetrizes externas em B e C. Calcule a medida do angulo
sabendo que a medida do angulo A
e 70o .
BPC,
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Propostos
247
C e D quatro pontos distintos. Se m(BC) indica a medida do arco BC e m(CD) indica a medida
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Propostos
248
eC
medem respectivamente 70 e 60 . Determine
Exerccio 17: Em um triangulo ABC os angulos B
a razao entre os dois maiores angulos formados pelas intersecoes das tres alturas.
Exerccio 18: Se na figura, T e o incentro do triangulo MNP, determine a medida do angulo .
Exerccio 19: Mostre que em um triangulo qualquer a medida de cada altura e menor que a semisoma das medidas dos lados adjacentes a ela.
Exerccio 20: Mostre que em um triangulo retangulo, a soma das medidas das tres alturas e maior
que a medida do semipermetro desse triangulo.
Exerccio 21: O proprietario de uma area quer dividi-la em tres lotes, conforme a figura abaixo.
Determine os valores de a, b e c, em metros, sabendo-se que as laterais dos terrenos sao paralelas e
que a + b + c = 120 metros.
Exerccio 22: O permetro de um triangulo ABC e 100 metros. A bissetriz do angulo interno A
divide o lado oposto em dois segmentos que medem 16 metros e 24 metros. Determine a medida
dos lados desse triangulo.
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Propostos
249
Exerccio 23: Na figura abaixo, ABCD e um retangulo e M e ponto medio de AB. Se h e altura
do triangulo CDE relativa ao lado CD, e x e y sao as medidas dos lados do retangulo, determine a
relacao entre h, x e y.
Exerccio 25: Na figura abaixo, as distancias dos pontos A e B `a reta r valem 2 e 4. As projecoes
ortogonais de A e B sobre essa reta sao os pontos C e D. Se a medida de CD e 9, a que distancia
= m(DEB)?
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Propostos
250
Exerccio 27: Tres goiabas perfeitamente esfericas de centros C1 , C2 e C3 , e raios 2cm, 8cm e 2cm,
respectivamente, estao sobre uma mesa tangenciando-se como sugere a figura.
Um bichinho que esta no centro da primeira goiaba quer se dirigir para o centro da terceira pelo
caminho mais curto. Quantos centmetros percorrera?
Exerccio 28: No quadrado ABCD de lado 12 cm, temos AE = 13 cm e CF = 3 cm. O angulo
e agudo, reto ou obtuso? Justifique.
AEF
= 60
Exerccio 29: No quadrilatero ABCD da figura, AB = CD = 3 cm, BC = 2 cm, m(ADC)
Exerccio 30: Considere o triangulo nao retangulo da figura abaixo. Determine sen .
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Propostos
251
Exerccio 31: A diagonal de um quadrado inscrito em um crculo mede 8 cm. Calcule o permetro
de um triangulo equilatero inscrito nesse crculo.
Exerccio 32: Dado o raio R de uma circunferencia, calcular o lado e o apotema do octogono regular
inscrito.
Exerccio 33: Em um semicrculo de raio 6 cm, tracam-se duas cordas paralelas que representam os
lados de um quadrado e de um hexagono regular inscritos. Calcule a distancia entre as duas cordas.
Exerccio 34: De quanto aumenta o raio de uma circunferencia quando o seu comprimento aumenta
de cm?
Exerccio 35: Em uma engrenagem a roda grande de raio 75 cm faz 900 voltas, enquanto a pequena
da 1500 voltas. Qual o raio da roda pequena?
Exerccio 36: Calcule a area de um quadrilatero convexo de diagonais perpendiculares medindo 12
cm e 15 cm.
Exerccio 37: No paralelogramo ABCD de area 48 cm2 , os pontos P, Q e R dividem a diagonal BD
em quatro partes de igual medida. Calcule a area do triangulo AQR.
Exerccio 38: Num terreno retangular com 54 cm2 de area, deseja-se construir um jardim, tambem
retangular, medindo 6 metros por 3 metros, contornado por uma calcada de largura L, como indica
a figura. Calcule o valor de L.
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Propostos
252
CD perpendiculares. Com centro em C e raio CA foi tracado o arco AB. Determine a area da regiao
assinalada.
Exerccio 40: A figura mostra dois arcos de circunferencia de centro O, raios R e 2R e tres angulos
congruentes. Calcule a razao entre as areas da regiao hachurada e nao hachurada.
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Exerccios Resolvidos
Exerccio 1: Cinco retas distintas em um plano cortam-se em n pontos. Determine o maior valor
que n pode assumir.
Soluc
ao:
e BOC
sao, respectivamente, OM e
Exerccio 2: As bissetrizes de dois angulos adjacentes AOB
o
forma 50 com OC. Se a medida do angulo AOB
e 80o , determine
ON. A bissetriz do angulo MON
Soluc
ao: Considere os angulos adjacentes AOB
o
o
Denomine m(BOC)=2a.
temos que esta faz 50o com OC.
Achando a bissetriz de MON,
a + 40o
Da, temos que a +
= 50o 2a + a + 40o = 100o 3a = 60o a = 20o
2
Logo m(BOC)=2a
= 2 20o = 40o .
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
254
Determine + .
Soluc
ao:
(angulos correspondentes)
GCH=
= FAC
Da
+ = 110o
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
255
Exerccio 4:
Soluc
ao:
= 60o , m(BCE)
= 50o e
Considere a figura dada e que AB = AC, m(EBD)
= 30o .
m(DCE)
o
= m(ACB)=80
= m(BDE)
Temos que X + X + 60o = 180o X = 60o
o
Logo m(BDE)=60
Exerccio 5:
Na figura ao lado, P e a intersecao das bissetrizes externas em
sabendo que a medida
B e C. Calcule a medida do angulo BPC,
o
do angulo A e 70 .
AB = CD
BC comum (LAL)
= m(BCD)
(angulo interno do polgono)
m(ABC)
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
256
Soluc
ao:
Seja a figura dada e considere P a intersecao das bissetrizes
= 70o .
externas em B e em C e m(A)
Seja m(DBP)=
a, m(PCE)=
b e m(BPC)=
x.
Entao
a + b + x = 180o
(1)
(2)
(3)
Portanto m(BPC)=
55 .
entao, AC = BD
AB = CD
AC = BD (LLL)
AD comum
= m(BAD)
= 18 m(BCD)
entao m(ADC)
= 162 (angulo interno do polgono).
Da
180(n 2)
162 =
162n = 180n 360 18n = 360 n = 20
n
Logo o numero de lados e 20.
Soluc
ao:
Seja o triangulo ABC de lados 8 cm, 9 cm e 10 cm. Tracando pelos vertices desse triangulo paralelas
aos lados opostos, construimos o novo triangulo que vamos denotar por DEF.
= ABC
e ACB
= CAE
(alternos internos)
Como BC k AD DAB
= DBA
AC k BD BAC
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
257
= BCA
ja que A
+B
+ C = 180 .
Da BDA
AB comum
= ABC
(ALA)
Logo ADB = ABC, pois
DAB
DBA = BAC
De forma similar, temos que:
BFC = ABC
AEC = ABC
entao
DB = BF = 9, AD = AE = 10, F C = CE = 8
Da o permetro desse novo triangulo e:
2 10 + 2 9 + 2 8 = 54
Note que o permetro deu o dobro do permetro do triangulo inicial.
Exerccio 8: Num quadrilatero convexo, a soma de dois angulos internos consecutivos mede 190 .
Determine o maior dos angulos formado pelas bissetrizes internas dos dois outros angulos.
Soluc
ao: Considere um quadrilatero convexo tal que a soma de dois angulos internos consecutivos
mede 190 . Temos que
+B
= 190
A
Sabemos que
(1)
+B
+ C + D
= 180 (4 2) = 360
A
(2)
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
258
C
D
C + D
170
+ =
=
= 85
2
2
2
2
X+Y = 180 X = 180 85 = 95
Y =
Soluc
ao: Sejam dois polgonos regulares P1 e P2 com n e n + 1 lados. Temos que:
AiP1 + AeP2 = 168
360
180(n 2)
+
= 168
n
n+1
n=5
1 + 120
n = 6 (nao serve)
P1 tem n lados e n = 5 d1 =
5(5 3)
=5
2
P2 tem n + 1 lados e n + 1 = 6 d2 =
6(6 3)
=9
2
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
259
= 108
m(BMC)
Soluc
ao:
MGN
MF
N
4
MF
N
MF
N
3
MF
N
=
MPN
=
=
(1)
2
2
2
Mas
MF N =
(2)
3 72
= 108
2
C e D quatro pontos distintos. Se m(BC) indica a medida do arco BC e m(CD) indica a medida
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
260
Soluc
ao:
Seja a semicircunferencia de centro O e diametro AB com AD k OC ; sendo A, B, C e D quatro
pontos distintos.
= m(BAD)
e angulo central e
Temos que m(BOC)
(1) (angulos correspondentes; note que BOC
e angulo inscrito).
BAD
Temos que :
m(BOC)
= m(BC)
(2)
e
m(BD)
m(BAD)
=
2
Substituindo (1) em (3) vem:
(3)
= m(BD)
m(BOC)
2
De (2):
m(BD)
m(CD) = m(BD) m(BC) = 2m(BC) m(BC) = m(BC)
m(BC) =
2
Logo
m(CD) = m(BC)
Exerccio 13: As diagonais de um trapezio retangulo medem, respectivamente 9 cm e 12 cm. Calcule
o permetro do quadrilatero convexo cujos vertices sao os pontos medios dos lados desse trapezio.
Soluc
ao:
Considere um trapezio retangulo ABCD cujas diagonais medem, respectivamente 9 cm e 12 cm.
CECIERJ
Fundacao
9
2
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
9
2
12
2
12
2
Da o permetro pedido e:
261
9 9 12 12
+ +
+
= 21
2 2
2
2
Exerccio 14: Considere na figura , ABCD um quadrado e DAPQ um losango cujo vertice P esta
no prolongamento da diagonal AC. Calcule os angulos do triangulo DRQ.
Soluc
ao:
Considere a figura dada e seja ABCD um quadrado, DAPQ um losango e P esta no prolongamento
da diagonal AC.
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
262
= 90 + 45 = 135
QDC
= DCQ.
= 180 QRD
= 135
22 30 + 22 30 + QRD
Soluc
ao:
= 2 m(MNP).
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
263
= 2x - x = x
Temos que m(LQP)
Portanto QLP e isosceles de base QL entao PL = PQ e PL = 112 42 = 70
Logo PQ = 70 cm.
Exerccio 16:
Na figura ABCD e retangulo, M e o ponto medio de CD e o triangulo ABM e equilatero. Sendo
AB = 15 cm, calcule AP .
Soluc
ao:
Seja na figura ABCD retangulo, M ponto medio de CD e ABM e equilatero. AB = 15 cm.
CECIERJ
Fundacao
Consorcio
CEDERJ
Geometria Basica
Exerccios Resolvidos
264
2
AM
3
(1)
2
2
AB = 15 = 10
3
3
Logo AP = 10 cm.
eC
medem respectivamente 70 e 60 . Determine
Exerccio 17: Em um triangulo ABC os angulos B
a razao entre os dois maiores angulos formados pelas intersecoes das tres alturas.
Soluc
ao:
70 e C
=60 .
Seja um triangulo ABC, B=
Tracemos as tres alturas AH1 , BH2 e CH3 , o encontro dessas alturas, denotemos por O(ortocentro).
Vamos achar os angulos formados pelas intersecoes dessas alturas.
1 = 180 90 70 = 20 H3 OA
= 180 90 20 = 70
BAH
1 = 180 90 60 = 30 AOH
2 = 180 90 30 = 60
CAH
2 = 180 60 70 = 50
COH
70
7
60
6
Portanto a razao entre os dois maiores angulos pedidos e:
= ou
=
60
6
70
7
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265
Soluc
ao: Seja a figura:
= x e NPT
=y
Denominemos MNT
Da temos
50 = x + y (1)
= x e MPT
=y
PNT
e
+ 2x + 2y = 180 (2)
b+c
2
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266
De fato,
a medida da altura AH e menor que as medidas dos lados adjacentes, AC e AB, visto que o segmento
perpendicular e menor que qualquer oblqua.
Da:
b+c
ha < b
ha + hb < b + c ha <
ha < c
2
Exerccio 20: Mostre que em um triangulo retangulo, a soma das medidas das tres alturas e maior
que a medida do semipermetro desse triangulo.
Soluc
ao:
Considere um triangulo retangulo com lados medindo b, c e a e a sendo a hipotenusa.
a+b+c
2
Exerccio 21: O proprietario de uma area quer dividi-la em tres lotes, conforme a figura abaixo.
Determine os valores de a, b e c, em metros, sabendo-se que as laterais dos terrenos sao paralelas e
que a + b + c = 120 metros.
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267
Soluc
ao:
b
c
a
De acordo com o Teorema de Tales, tem-se:
=
= .
20
24
36
Assim:
a+b+c
a
b
c
120
a
b
c
=
=
=
=
=
=
20 + 24 + 36
20
24
36
80
20
24
36
20 3
a=
= 30
3
a
b
c
24 3
=
=
=
b=
= 36
2
20
24
36
2
c = 36 3 = 54
2
Logo os valores sao: a = 30 metros, b = 36 metros e c = 54 metros.
Exerccio 22: O permetro de um triangulo ABC e 100 metros. A bissetriz do angulo interno A
divide o lado oposto em dois segmentos que medem 16 metros e 24 metros. Determine a medida
dos lados desse triangulo.
Soluc
ao:
Seja um triangulo ABC, cujo permetro e 100 metros.
a + b + c = 100
(1)
(2)
BN = 24
(3)
(4)
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268
b
16
=
16 + 24
60
40
60 16
b+c
c
24
=
b=
= 24.
b
16
b
16
40
b + c = 60
Como b + c = 60 c = 60 24 = 36.
Soluc
ao:
Seja a figura dada, ou seja, ABCD e um retangulo e M e ponto medio de AB.
h e altura do triangulo CDE relativa ao lado CD;
x e y sao as medidas dos lados do retangulo.
= DEC
AEM
CDE AME pois
(AA )
= DCE
MAE
CD
h
=
xh
AM
y
y
2
h
h
2=
2x 2h = h 2x = 3h
xh
xh
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269
Soluc
ao:
Seja a figura com: AB = 4, AC = 6 e AH = 3.
O o centro da circunferencia.
Tracemos o diametro AD.
= ACD
= 90 e ABH
= ADC
= AC
Da ABH ADC, ja que AHB
2
Assim
AH
AB
3
4
=
=
R=4
6
2R
AC
AD
Exerccio 25: Na figura abaixo, as distancias dos pontos A e B `a reta r valem 2 e 4. As projecoes
ortogonais de A e B sobre essa reta sao os pontos C e D. Se a medida de CD e 9, a que distancia
= m(DEB)?
Soluc
ao: Seja a figura com os dados do exerccio.
Seja x a medida de C a E.
Como
CD = 9 ED = 9 x
= m(DEB)
= AEC BDE (Criterio AA)
Denomine m(CEA)
AC
CE
2
x
=
, ou seja, =
.
9x
4
9x
BD
Da 4x = 18 2x 6x = 18 x = 3.
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270
Soluc
ao:
Seja um triangulo retangulo OAB, retangulo em O, com OA = a e OB = b. Sao dados os pontos
P em OA e Q em OB de tal maneira que AP = P Q = QB = x.
Considere o OPQ retangulo:
2
OP + OQ = P Q (a x)2 + (b x)2 = x2 .
a2 2ax + x2 + b2 2bx + x2 = x2
x2 2(a + b)x + a2 + b2 = 0
x=
2
2
a + b + 2ab
2(a + b) 2 2ab
=
x=
2
a + b 2ab
Exerccio 27: Tres goiabas perfeitamente esfericas de centros C1 , C2 e C3 , e raios 2cm, 8cm e 2cm,
respectivamente, estao sobre uma mesa tangenciando-se como sugere a figura.
Um bichinho que esta no centro da primeira goiaba quer se dirigir para o centro da terceira pelo
caminho mais curto. Quantos centmetros percorrera?
Soluc
ao:
Considere na figura dada, as tres goiabas de centros C1 , C2 e C3 , e raios 2cm, 8cm e 2cm, respectivamente.
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271
Denote na figura C1 B = y e T A = x.
No C1 BC2 , usando o Teorema de Pitagoras vem:
y 2 + 62 = (8 + 2)2 y = 8
(1)
10
y
=
8
x
(2)
Soluc
ao:
Seja o quadrado ABCD de lado 12 cm, temos AE = 13 cm e CF = 3 cm.
No ADE, temos:
2
EF = 72 + 32 = 58
No AEF , temos:
152 < 132 +
e agudo.
Pela Sntese de Clairaut temos que AEF
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272
= 60
Exerccio 29: No quadrilatero ABCD da figura, AB = CD = 3 cm, BC = 2 cm, m(ADC)
= 90 . Determine a medida, em centmetros, do permetro do quadrilatero.
e m(ABC)
Soluc
ao:
= 60 e m(ABC)
= 90 .
No ABC, temos:
2
AC = AB + BC = 32 + 22 = 13 AC =
13
AC = AD + DC 2AD DC cos 60
1
( 13)2 = x2 + 32 2 x 3 13 = x2 + 9 3x
2
2
Temos que x 3x 4 = 0. Resolvendo esta equacao vem:
3+5
=4
2
3 9 + 16
x=
=
35
= 1(Nao serve)
2
Logo o permetro do quadrilatero ABCD e :
AB + BC + CD + AD = 3 + 2 + 3 + 4 = 12cm.
Exerccio 30: Considere o triangulo nao retangulo da figura abaixo. Determine sen .
Soluc
ao: Seja o triangulo retangulo da figura:
Pela lei dos senos temos:
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1
3
=
sen = 3 sen 15
sen 15
sen
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273
Exerccio 31: A diagonal de um quadrado inscrito em um crculo mede 8 cm. Calcule o permetro
de um triangulo equilatero inscrito nesse crculo.
Soluc
ao:
Temos que a diagonal de um quadrado inscrito em um crculo e o diametro, ou seja,
2R = d d = 8 = 2R R = 4
Como o lado
em
fun
c
a
o
do
raio
de
um
tri
a
ngulo
equil
a
tero
inscrito
neste
c
rculo
e
l
=
R
3 temos
3
que l3 = 4 3.
e
Note que o angulo central AOB
360
= 45 .
8
2
l82 = 2R2 2 R2
= 2R2 R2 2
2
q
2
2
l8 = R (2 2) l8 = R 2 2
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274
2
8
a28 +
= R2 a28 = R2
2
2
2
2
2
2
2
4R
2R
+
R
2R
R
2
2
a28 = R2
=
4
4
2R2 + R2 2
R2 (2 + 2)
2
a8 =
=
4
4
q
R
a8 =
2+ 2
2
Exerccio 33: Em um semicrculo de raio 6 cm, tracam-se duas cordas paralelas que representam os
lados de um quadrado e de um hexagono regular inscritos. Calcule a distancia entre as duas cordas.
Soluc
ao:
Seja um semicrculo de raio 6 cm e duas cordas paralelas que representam os lados de um quadrado
e de um hexagono.
l4 = 6 2
(3) e l6 = 6
(4)
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62
36
= 36
= 27 OE = 3 3
4
4
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275
6
2
OF 2 = 36
= 36 9 2 = 18 OF = 3 2
2
Exerccio 35: Em uma engrenagem a roda grande de raio 75 cm faz 900 voltas, enquanto a pequena
da 1500 voltas. Qual o raio da roda pequena?
Soluc
ao:
A roda grande tem raio 75 cm e faz 900 voltas.
Vamos determinar o comprimento total (C) da roda grande.
C = 2 75 900
(1)
A roda pequena da 1500 voltas, vamos determinar o raio (r) desta roda.
Note que o comprimento total desta roda e o mesmo da roda grande.
Logo
C = 2 r 1500 (2)
De (1) e (2) vem:
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Soluc
ao:
Seja o paralelogramo ABCD de area 48 cm2 e os pontos P, Q e R dividindo a diagonal BD em
quatro partes de igual medida.
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Exerccio 38: Num terreno retangular com 54 cm2 de area, deseja-se construir um jardim, tambem
retangular, medindo 6 metros por 3 metros, contornado por uma calcada de largura L, como indica
a figura. Calcule o valor de L.
Soluc
ao:
Seja a figura dada e temos que a area do terreno e 54 m2 e o retangulo que iremos construir, o
jardim, mede 6 metros por 3 metros.
Vamos achar a largura L da calcada.
Temos que
(6 + 2L)(3 + 2L) = 54 18 + 6L + 12L + 4L2 = 54.
4L2 + 18L 36 = 0 2L2 + 9L 18 = 0
L=
9 15
= 6
4
9 81 + 144
4
9 + 15
6
= = 1, 5
4
4
CD perpendiculares. Com centro em C e raio CA foi tracado o arco AB. Determine a area da regiao
assinalada.
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278
Soluc
ao:
Seja a circunferencia dada, com raio 2 cm e os diametros AB e CD perpendiculares.
Temos que
2
= 180 = 90
AC = 22 + 22 AC = 2 2 e ACB
2
(2 2)2 2 2 2 2
8 8
=
=
= 2 4
4
2
4
2
Soluc
ao:
Seja a figura dada, com raios R e 2R dos dois arcos de centro O e tres angulos congruentes.
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279
(2R)2 R2
4R2 R2
R2
=
43
12
12
12
4
=
2
2
2
2
SA + 2SB
R
2R
R + 6R
12
7R
7
+
12
4
12
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Pref
acio
Os primeiros resultados geometricos s
ao bem antigos e s
ao de origem
experimental. Foram observados pelo homem em sua atividade pr
atica. Como
ciencia emprica a Geometria alcancou em seu perodo inicial um nvel singularmente elevado no Egito. Durante o primeiro milenio anterior a nossa era
as nocoes de geometria passaram dos egpcios aos gregos, e na Grecia antiga
iniciou-se uma nova etapa de descobrimento desta ciencia. No perodo compreendido entre os seculos VII e III antes da nossa era, os ge
ometras gregos
enriqueceram a geometria com numerosos resultados novos.
Euclides (300 A.C.) reuniu e sistematizou a geometria Grega em sua
famosa obra Elementos, que foi a primeira exposic
ao fundamentada da
Geometria. O livro e composto por 13 livros dos quais 8 foram dedicados
a Geometria e os outros a Aritmetica. O primeiro livro e de definic
oes,
postulados e axiomas. Por exemplo:
Postulado I : e possvel tracar uma reta de um ponto a outro.
Axioma I : Duas coisas iguais a uma terceira s
ao iguais entre si.
Axioma II: Se a duas coisas iguais se somam coisas iguais, se obtem somas
iguais.
Tanto os postulados quanto os axiomas constituem afirmac
oes admitidas sem demonstracao. Hoje em dia chamamos todas essas afirmac
oes de
axiomas. Dos axiomas seguem os teoremas e os problemas.
Esta construcao de geometria sugeriu aos ge
ometras o desejo natural
de reduzir ao mnimo o n
umero de postulados e axiomas. O pr
oprio Euclides
e muitos geometras tentaram reduzir. Muitos deles comecaram pelo 5 postulado. Mas em todas estas demonstrac
oes os ge
ometras utilizavam alguma
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Estrutura do livro
A primeira parte da disciplina Geometria B
asica engloba os seguintes
conte
udos em ordem cronologica de apresentac
ao: Conceitos B
asicos, Congruencia de Triangulos, Polgonos Convexos,
angulos em uma Circunferencia;
Quadrilateros Notaveis, Pontos Notaveis de um Tri
angulo, Segmentos Proporcionais, Triangulos Semelhantes, Tri
angulo Ret
angulo e Tri
angulo Qualquer, Polgonos Regulares e Comprimento de uma Circunferencia, e
areas de
Superfcies Planas.
O livro apresenta conteudos em forma de aulas de 01 a 12. E finalmente, um conjunto de Exerccios Programados e suas soluc
oes aplicados no
segundo semestre do ano de 2008, para este conte
udo.
A organizacao da disciplina e de duas aulas a ser abordada semanalmente, exceto a aula 01 que corresponde a primeira semana de aula.
Apresentac
ao e Objetivos
Este livro e resultado da experiencia do Professor Roberto Geraldo nas
disciplinas lecionadas no Departamento de Geometria da Universidade Federal Fluminense e tambem de sua experiencia de mais de 20 anos com o
ensino medio.
O livro foi produzido no segundo semestre de 2008 quando da coordenacao da disciplina Geometria Basica, juntamente com a Professora Dirce
Uesu Pesco, sendo direcionado a alunos do primeiro semestre do curso de
Licenciatura em Matematica da UFF/CEDERJ/UAB.
O objetivo da disciplina e desenvolver a vis
ao geometrica e espacial, a
introducao ao tratamento axiomatico, a argumentac
ao l
ogica bem como o uso
do raciocnio geometrico na resolucao dos problemas. E esta e parte essencial
para a formacao do conhecimento matem
atico necess
ario ao licenciado de
Matematica.
M
etodo de estudo
Para sua orientacao e organizacao na disciplina procure consultar frequentemente o Cronograma e o Guia da disciplina de Geometria B
asica,
disponvel na Plataforma para sua impress
ao e consulta. Segue algumas sugestoes para um programa de estudo pessoal:
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10