Aula37 Sistema Imune Teoria Questoes Gabarito
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Biologia
Inflamao
A inflamao uma resposta da defesa inata acionada
contra agentes fsicos (como queimaduras por calor), mecnicos
(como pancadas), qumicos (como queimaduras por cidos) ou
biolgicos (como infeces).
A reao inflamatria desencadeada por mediadores
qumicos, sendo os principais deles as prostaglandinas,
produzidas a partir dos constituintes das clulas danificadas.
Clula
lesocelular
Fosfolipdiosdemembrana
EnzimaFosfolipase
cidoaraquidnico
EnzimaCiclooxigenase (Cox)
Prostaglandinas
Inflamao
Biologia
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Febre
Em inflamaes generalizadas no organismo, pode ocorrer
febre. As prostaglandinas agem sobre o hipotlamo, regio do
encfalo relacionada regulao da temperatura corporal, levando
ao aumento da temperatura corporal por:
- aumentar a atividade metablica corporal, intensificando a
queima de nutrientes nas mitocndrias, com consequente
produo de calor;
- levar a uma vasoconstrico perifrica (na pele), aumentando a
reteno de calor corporal.
O aumento da temperatura proporcionado pela febre
aumenta a velocidade das reaes enzimticas, potencializando a
multiplicao dos leuccitos e as demais reaes de defesa.
Entretanto, a excessiva produo de prostaglandinas e a ao de
toxinas bacterianas de efeito pirgeno (gerador de febre) podem
levar a maiores elevaes de temperatura, podendo desnaturar
enzimas e promover a morte celular.
Medicamentos antiinflamatrios no esteroidais
A maioria dos medicamentos antiinflamatrios tem efeito
basicamente analgsico (contra a dor) e antitrmico, sendo
substncias que agem pela inibio da enzima ciclooxigenase
ou Cox, que leva produo das prostaglandinas; sem
prostaglandinas, o processo inflamatrio ento suprimido.
Essas drogas, conhecidas como antiinflamatrios no
esteroidais so exemplificados por princpios ativos como o cido
acetilsaliclico ou AAS (da Aspirina), o paracetamol (do Tylenol), a
dipirona (do Dorflex e da Novalgina) e outros.
Medicamentos antiinflamatrios esteroidais
Esterides so lipdios derivados do colesterol,
substncia encontrada na membrana celular de clulas animais
com funo de conferir fluidez e resistncia mesma. As drogas
antiinflamatrias esteroidais so derivadas do colesterol e agem
aumentando a resistncia das membranas celulares e das
membranas dos lisossomos, evitando a sua ruptura e,
Antgenos
O sistema imune do indivduo, antes do nascimento,
promove um reconhecimento das molculas encontradas no
corpo, montando uma espcie de listagem de substncia prprias
do organismo. Com o trmino desse reconhecimento, qualquer
substncia que agora penetre no organismo ser considerada
estranho a ele e por isso tratada como um invasor que merece ser
Biologia
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3. Expanso Clonal
Como existem apenas poucos linfcitos com receptores
especficos para o determinante antignico em questo, uma vez
que o linfcito com receptor adequado identificado, promove-se
a multiplicao do mesmo, num processo denominado expanso
clonal. Assim, ocorre a produo de grande nmero de cpias do
linfcito com receptor adequado (linfcito sensibilizado).
4. Diferenciao e Ativao
Resumo
antgeno no organismo fagocitose pelas clulas
apresentadoras apresentao aos linfcitos seleo
clonal expanso clonal diferenciao e ativao
formao de plasmcitos, clulas assassinas e clulas de
memria
2. Seleo Clonal
As clulas apresentadoras com os determinantes
antignicos expostos na superfcie de suas membranas entram em
contato com os linfcitos, que ento tentam reconhecer os
fragmentos de antgenos a partir de seus receptores. Como
existem muitos tipos de linfcitos que variam quanto aos seus
receptores de membrana, a identificao daquele capaz de se
ligar ao determinante antignico em questo feita pelo mtodo
de tentativa e erro. Quando h identificao do linfcito com
Biologia
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Anticorpos ou Imunoglobulinas
Os anticorpos ou imunoglobulinas so protenas
formadas por quatro cadeias peptdicas (duas cadeias pesadas e
duas cadeias leves), em uma estrutura molecular em forma de Y.
A extremidade da base do Y, denominada poro Fc a mesma
para todos os anticorpos de uma mesma classe, sendo
inespecfica. Essa regio inespecfica pode se ligar s clulas de
defesa do organismo, como os macrfagos, que por isso
reconhecem facilmente o anticorpo. As duas extremidades
superiores do Y, chamadas pores Fab, so idnticas aos
receptores de membrana que eles possuem, sendo, pois
especficas para determinante antignico em questo. So essas
regies que se ligam aos antgenos pelos determinantes
antignicos.
O interessante em relao aos anticorpos que eles so
especficos no apenas para os anticorpos, mas para os
determinantes antignicos em si. Como para cada antgeno,
existem vrios determinantes antignicos, vrios anticorpos
diferentes podem ser produzidos contra um mesmo antgeno, um
para cada diferente determinante antignico, aumentando a
eficincia da resposta imune.
Imunoglobulinas D
ou IgD
Imunoglobulinas E
ou IgE
Imunoglobulinas G
ou igG
Imunoglobulinas M
ou igM
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Biologia
Imunizao ativa
A imunizao ativa consiste na produo de anticorpos
prprios pelo organismos, podendo ocorrer de modo natural ou
artificial.
A imunizao ativa natural ocorre atravs de infeces,
em que a prpria doena desencadeia os fenmenos
imunolgicos que culminam com a imunidade.
A imunizao ativa artificial ocorre atravs da
administrao de vacinas. Nesse processo, introduzido no corpo
de um indivduo sadio o antgeno que causa a doena, havendo
ento a produo de anticorpos especficos para esse antgeno.
Os antgenos empregados nas vacinaes correspondem a
formas atenuadas de toxinas, como a toxina que causa o ttano,
ou aos prprios microorganismos causadores das doenas, mas
mortos ou atenuados. Os anticorpos so produzidos como se a
toxina ou os microrganismos estivessem na forma ativa. Desse
modo, atravs de vacinaes adquirimos imunidade contra
doenas sem que as tenhamos contrado.
O princpio que norteia a imunizao ativa o seguinte:
quando se inocula pela primeira vez um indivduo sadio com uma
pequena quantidade de antgeno, ele passa a produzir anticorpos
que s estaro disponveis no sangue para atuar contra os
antgenos aps alguns dias. Se esse indivduo receber uma
segunda inoculao do mesmo antgeno, a resposta imunolgica
ser muito mais rpida e a produo de anticorpos, muito maior.
Imunizao passiva
Biologia
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Imunizao ativa
Longo
Sim
Imunizao passiva
Curto
No
Preveno
Tratamento
Anticorpos monoclonais
Quando se injeta veneno de cobra num cavalo, pretendese estimular no animal a fabricao de anticorpos especficos
conta os antgenos existentes no veneno, para em seguida utilizar
esses anticorpos no tratamento de pessoas mordidas. H um
problema srio: no soro do cavalo, alm dos anticorpos contra o
veneno, existem centenas de outros anticorpos para antgenos
com os quais o cavalo tenha ficado em contato durante sua vida.
Esses anticorpos acabam sendo introduzidos tambm na
circulao da pessoa que sofreu a mordida, com a ocorrncia, s
vezes, de reaes indesejveis.
Fica bastante bvio que seria vantajoso produzir somente
o anticorpo que interessa e injet-lo puro, sem mistura com outros
tipos de anticorpos, num indivduo que necessite de um soro.
Existem hoje mtodos bastante sofisticados, em biotecnologia,
que permitem isso.
A tcnica consiste abreviadamente no seguinte: so
retirados linfcitos da circulao humana e expostos, "in vitro", a
um certo antgeno. Isso permitir a seleo e a ativao dos
linfcitos que possuam receptores de membrana para o antgeno
em questo. H, porm, um problema a ser resolvido: linfcitos
no sobrevivem muito tempo "in vitro". Assim, eles so fundidos a
clulas cancerosas, que tm uma capacidade de multiplicao
muito maior de que clulas normais. Ao resultado da fuso das
clulas, chamamos hibridoma.
O hibridoma passa agora a ter as caractersticas da clula
cancerosa, o que permite sua sobrevivncia e multiplicao "in
vitro", como tambm conserva a capacidade de produzir o
anticorpo que o linfcito possua. Os anticorpos produzidos por
hibridomas so chamados anticorpos monoclonais pelo fato de
serem do mesmo tipo e de terem sido produzidos por clulas
derivadas do mesmo ancestral (clone).
Alergia ou Anafilaxia
A alergia ou anafilaxia uma hipersensibilidade do nosso
sistema de defesa a certos antgenos fracos do meio ambiente,
denominados alergnicos. Dependendo da sensibilidade de cada
um, podem ser alergnicos os gros de plen, a poeira, os
esporos de fungos, substncias qumicas presentes em certos
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Biologia
Imunodeficincia
Certos indivduos so geneticamente incapazes de
desenvolver mecanismos imunolgicos. Para pessoas que tm
esse problema, a soluo o transplante de medula ssea, para
que possa haver a formao de linfcitos. Em outros casos, nem
isso possvel, e os indivduos devem ser mantidos em ambiente
hermeticamente fechado, dentro de uma bolha, isolados do
contato com o meio ambiente. Essa doena a sndrome da
imunodeficincia combinada severa ou doena da bolha, que
se d devido falta de uma enzima denominada adenosinadesaminase (ADA). Qualquer microrganismo que consiga penetrar
em seu corpo leva-os morte em pouco tempo. Hoje essa doena
pode ser curadas por tcnicas de terapia gnica.
Quando vemos casos extremos como da foto acima que
compreendemos a grande importncia do nosso sistema imune,
que nos possibilita ter uma vida normal, enfrentando todos os
micrbios que ocorrem naturalmente nos ecossistemas e que
atacam o nosso corpo a todo instante.
A imunodeficincia no necessariamente uma doena
gentica, que a pessoa j nasce com ela. Ela pode ser adquirida
durante a vida de um indivduo. Certos tipos de cncer, por
exemplo, deprimem o sistema imunolgico. o caso da doena
linfoma de Hodgkin, que danifica o sistema linftico e torna o
indivduo suscetvel a vrias infeces. A AIDS outro exemplo de
imunodeficincia, que no caso adquirida em funo do ataque de
vrus aos linfcitos T.
Exerccios
Questes estilo mltipla escolha
1. (ENEM)
O vrus do papiloma humano (HPV, na sigla em ingls) causa o
aparecimento de verrugas e infeco persistente, sendo o principal
fator ambiental do cncer de colo de tero nas mulheres. O vrus
pode entrar pela pele ou por mucosas do corpo, o qual desenvolve
anticorpos contra a ameaa, embora em alguns casos a defesa
natural do organismo no seja suficiente. Foi desenvolvida uma
vacina contra o HPV, que reduz em at 90% as verrugas e 85,6%
dos casos de infeco persistente em comparao com pessoas
no vacinadas.
Disponvel em: http://g1.globo.com. Acesso em: 12 jun. 2011.
Biologia
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5. (UNIFOR)
Apesar de no haver cura, as alergias podem ser tratadas e,
quando o tratamento bem feito, todos os sintomas podem
desaparecer. O tratamento consiste em usar medicamentos para
cortar os efeitos da alergia juntamente com o controle do ambiente
e a eliminao de alimentos e substncias que causam a alergia.
Outra possibilidade teraputica so as vacinas. De acordo com o
alergista Dr. Marcello Bossois, coordenador do projeto Brasil Sem
Alergias, a vacina funciona como um regulador do equilbrio
corporal do paciente.
MENEZES, Samira. Como se defender do prprio organismo. In: Revista dos Vegetarianos,
ano 3, n. 42, abril 2009 (com adaptaes)
10/9/2011 10h44min.
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Biologia
Biologia
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http://www.diariodopara.com.br/N-87478DOR+DE+CABECA+PODE+AFETAR+COMPORTAMENTO+DA+CRIANCA.html.
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Biologia
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As curvas
A) X e Z representam as concentraes de anticorpos contra a
protena A, produzidos pelos linfcitos, respectivamente, nas
respostas imunolgicas primria e secundria.
B) X e Y representam as concentraes de anticorpos contra a
protena A, produzidos pelos linfcitos, respectivamente, nas
respostas imunolgicas primria e secundria.
C) X e Z representam as concentraes de anticorpos contra a
protena A, produzidos pelos macrfagos, respectivamente, nas
respostas imunolgicas primria e secundria.
D) Y e Z representam as concentraes de anticorpos contra a
protena B, produzidos pelos linfcitos, respectivamente, nas
respostas imunolgicas primria e secundria.
E) Y e Z representam as concentraes de anticorpos contra a
protena B, produzidos pelos macrfagos, respectivamente, nas
respostas imunolgicas primria e secundria.
23. (FUVEST) A alergia uma hipersensibilidade desenvolvida em
relao a determinadas substncias, os alergnicos, que so
reconhecidas por um tipo especial de anticorpo. A reao alrgica
ocorre quando as molculas do alergnico
A) ligam-se a molculas do anticorpo presas membrana dos
mastcitos, que reagem liberando histaminas.
B) desencadeiam, nos gnglios linfticos, uma grande proliferao
de linfcitos especficos.
C) so reconhecidas pelas clulas de memria, que se
reproduzem e fabricam grande quantidade de histaminas.
D) ligam-se aos anticorpos e migram para os rgos imunitrios
primrios onde so destrudas.
E) so fagocitadas pelos mastcitos e estimulam a fabricao das
interleucinas.
24. (UNESP) No filme Eu sou a lenda, um vrus criado pelo
homem espalhou-se por toda a populao de Nova Iorque. As
vtimas do vrus, verdadeiros zumbis, vagam noite pela cidade,
procura de novas vtimas. No filme, Robert Neville (Will Smith)
um cientista que, sem saber como, tornou-se imune ao vrus. A
obsesso de Neville encontrar outros que, como ele, no esto
infectados, e possibilitar um mecanismo para a cura. A cura vem
atravs do sangue: amostras de sangue de pessoas doentes que
melhoraram depois de infectadas pelo vrus, quando
administradas a outros doentes, podem promover a melhora.
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Biologia
A)
B)
C)
D)
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E)
Questes estilo V ou F
35. (UFPE) As vacinas representam algumas das principais
ferramentas humanas para o combate s infeces. Sobre este
assunto, leia a tabela abaixo, onde consta o calendrio bsico de
vacinao adotado no Brasil, para crianas, e considere as
afirmaes feitas a seguir.
IDADE
VACINAS
DOSE
Ao nascer BCG-ID
nica
Hepatite B
1 dose
1 ms
Hepatite B
2 dose
2 meses
Tetravalente (DTP + Hib)
1 dose
VOP (vacina oral contra plio, 1 dose
Sabin)
1 dose
VORH (vacina oral contra
rotavrus humano)
4 meses
Tetravalente (DTP + Hib)
2 dose
VOP (vacina oral contra plio, 2 dose
Sabin)
6 meses
VORH (vacina oral contra 2 dose
3 dose
rotavrus humano)
3 dose
Tetravalente (DTP + Hib)
VOP (vacina oral contra plio, 3 dose
Sabin)
Hepatite B
9 meses
Febre amarela
nica
12 meses SRC (trplice viral, MMR)
nica
15 meses DTP (trplice bacteriana)
1 reforo
VOP (vacina oral contra plio, reforo
Sabin)
4-6 anos
DTP (trplice bacteriana)
2 reforo
SRC (trplice viral, MMR)
reforo
10 anos
Febre amarela
reforo
Fonte: Ministrio da Sade do Brasil
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www.bio.fiocruz.br
Biologia
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Pessoas vacinadas apresentam melhores condies de defesa em relao s pessoas no vacinadas porque possuem, alm de
anticorpos, clulas de memria que atuam na resposta secundria contra o agressor.
2.
Resposta: A
Comentrio: Antgenos so substncias orgnicas estranhas ao organismo e que geram uma resposta do sistema imunolgico. A
alergia (ou anafilaxia) uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antgenos fracos, conhecidos como alrgenos,
contra os quais nem todos os indivduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia esto relacionados aos anticorpos do
grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos membrana plasmtica dos mastcitos; ocorrendo a unio do antgeno com
o IgE dos mastcitos, essas clulas liberam histamina e outros agentes inflamatrios, armazenados em vesculas no citoplasma, que
provocam a dilatao dos vasos sangneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhido e prurido (coceira). Uma vez
que vegetais transgnicos contm algumas protenas diferentes daquelas encontradas nos vegetais no transgnicos, alguns indivduos
podem apresentar reaes alrgicas ao consumir produtos transgnicos.
3.
Resposta: B
Comentrio: Existem vrios mtodos utilizados na preveno e no tratamento de doenas, como vacinas, soros e antibiticos. As
vacinas desencadeiam um mecanismo de imunizao ativa. Nesse processo, introduzido no corpo de um indivduo sadio um
antgeno, havendo ento a produo de anticorpos especficos para esse antgeno. Os antgenos empregados nas vacinaes
correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos prprios microorganismos causadores das doenas, mas enfraquecidos ou mortos.
Os anticorpos e as clulas de memria so ento produzidos para combater o antgeno ou o microorganismo ao qual pertence. O
inconveniente das vacinas est no longo tempo necessrio para a produo de anticorpos, de modo que sua utilizao est restrita
preveno de doenas, mas no ao tratamento. Nem todas as doenas podem ser prevenidas atravs de vacinao, como ocorre com
algumas doenas onde ocorre grande variao antignica do agente etiolgico, impedindo a produo de uma vacina nica contra
todas as variantes. Assim, doenas virais como dengue e AIDS e doenas bacterianas como clera e leptospirose no possuem vacinas
disponveis, enquanto que doenas virais como febre amarela e raiva e doenas bacterianas como ttano e tuberculose possuem
vacinas disponveis. Os soros desencadeiam um mecanismo de imunizao passiva. Como fornece anticorpos j formados, o soro tem
efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenas. Seu inconveniente est no efeito temporrio, pois no leva formao
de clulas de memria e os anticorpos tm uma validade limitada, de modo a no ser til na preveno de doenas. Doenas virais
como raiva e doenas bacterianas como ttano, quando apresentam o parasita j instalado, so tratadas com soros, que tambm so
aplicados em casos de picadas por animais peonhentos como cobras (soro antiofdico), escorpies (soro antiescorpiondeo) e aranhas
(soro antiaranedeo). Soros no so teis no tratamento de algumas doenas, como febre amarela e dengue causadas por vrus e clera
e leptospirose causadas por bactrias. Antibiticos so substncias qumicas capazes de interferir no metabolismo de bactrias, como
pelo impedimento na produo da parede celular (como ocorre com penicilina e derivados) ou pelo impedimento da sntese protica
por inibio do ribossomo bacteriano 70S (como ocorre com tetraciclina e cloranfenicol). Assim, antibiticos so utilizados no
tratamento de doenas bacterianas. Como vrus no apresentam metabolismo prprio, no so afetados por antibiticos. Assim,
analisando cada item:
Item A: falso. Antibiticos no agem contra vrus, bem como no h vacina contra a leptospirose.
Item B: verdadeiro.
Item C: falso. Soros no so teis no tratamento de febre amarela, bem como antibiticos no so teis no caso de picadas de
cobras, que devem ser tratadas por soros.
Item D: falso. Antibiticos no agem contra vrus ou veneno de cobras, bem como no h vacina contra a leptospirose.
Item E: falso. Soros no so teis no tratamento da leptospirose, sendo que o soro antiofdico especfico para o caso de picadas
de cobras, bem como a vacina s funciona para preveno, no sendo til caso j tenha havido contato com o vrus da febre amarela.
4.
Resposta: B
Comentrio: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunizao ativa. Nesse processo, introduzido no corpo de um indivduo
sadio o antgeno que causa a doena, havendo ento a produo de anticorpos especficos para esse antgeno. Os antgenos
empregados nas vacinaes correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos prprios microorganismos causadores das doenas,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as clulas de memria so ento produzidos para combater o antgeno ou o
microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas est no longo tempo necessrio para a produo de anticorpos, de
modo que sua utilizao est restrita preveno de doenas, mas no ao tratamento. Os soros desencadeiam um mecanismo de
imunizao passiva. Como fornece anticorpos j formados, o soro tem efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenas.
Seu inconveniente est no efeito temporrio, pois no leva formao de clulas de memria e os anticorpos tm uma validade
limitada, de modo a no ser til na preveno de doenas. Assim,
- se a criana I recebe soro, o nmero de anticorpos recebidos inicialmente alto, mas logo cai porque no h memria imunolgica;
- se a criana II recebe vacina, o nmero de anticorpos aumenta gradativamente ao longo de um certo perodo de tempo, uma vez que
sua produo lenta no processo de imunizao ativa.
5.
Resposta: C
Comentrio: A alergia (ou anafilaxia) uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antgenos fracos, conhecidos
como alrgenos, contra os quais nem todos os indivduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia esto relacionados
aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos membrana plasmtica dos mastcitos; ocorrendo a
unio do antgeno com o IgE dos mastcitos, essas clulas liberam histamina e outros agentes inflamatrios, armazenados em
vesculas no citoplasma, que provocam a dilatao dos vasos sangneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhido e
prurido (coceira). Assim, a aplicao do alrgeno em concentraes baixssimas e por uma via diferente da causadora da alergia leva
produo de outras categorias de anticorpos contra ele, levando sua destruio sem que promovam a reao alrgica.
6.
Resposta: D
Comentrio: A imunidade inata ou inespecfica envolve uma srie de mecanismos de defesa que no reconhecem os agentes
invasores, combatendo todos os tipos de patgenos da mesma maneira, como ocorre com a reao inflamatria e com a ao de
leuccitos neutrfilos. A imunidade adquirida ou especfica envolve o reconhecimento do agente invasor e a produo de clulas de
defesa especficas contra eles. Nesse processo, o agente invasor fagocitado por um tipo de macrfago denominado APC (clula
apresentadora de antgeno), que expe seus antgenos em suas membranas e os apresenta aos linfcitos. Dos vrios tipos de linfcitos
existentes no organismo, h o reconhecimento daquele tipo com receptores especficos para se ligar o antgeno em questo, que
ento selecionado, num processo denominado seleo clonal. Os linfcitos sensibilizados (selecionados) se multiplicam, num processo
denominado expanso clonal. Por fim, alguns linfcitos sensibilizados de diferenciam em clulas ativas e outros permanecem como
clulas de memria. No caso dos linfcitos B, as clulas ativas so os plasmcitos, que produzem anticorpos, no processo de
imunidade humoral, e no caso dos linfcitos T8 (ou Tc), as clulas ativas vo combater vrus e cncer, no processo de imunidade
celular. Assim, a identificao do invasor e a produo de anticorpos so efetuadas, respectivamente, por macrfagos e linfcitos B.
7.
Resposta: B
Comentrio: A imunizao passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produo de anticorpos prprios ou
clulas de memria, de modo que o efeito temporrio, no conferindo memria imunolgica. Esse processo pode ocorrer
artificialmente, atravs de soros, ou naturalmente, atravs da transferncia de anticorpos de me para filho via placenta ou via
aleitamento. Assim, o leite materno pode ser considerado um medicamento por causa de sua capacidade de conferir imunidade
passiva.
8.
Resposta: D
Comentrio:
9.
Resposta: A
Comentrio: Algumas vezes, por razes ainda pouco conhecidas, o nosso sistema imune ataca o nosso prprio corpo, levando a
vrios tipos de doenas auto-imunes. Doenas auto-imunes so condies em que o organismo atacado pelo prprio sistema
imunolgico, podendo ocorrer por falhas no reconhecimento de antgenos por parte das clulas imunes ou pelo fato de os anticorpos
produzidos contra um microorganismo patognico acabarem por prejudicar o rgo onde o mesmo se encontra instalado. So
exemplos o lpus eritematoso sistmico, a diabetes tipo I e a febre reumtica. Assim, analisando cada item:
Item A: verdadeiro.
Item B: falso. As doenas autoimunes ocorrem devido formao de anticorpos contra constituintes do prprio organismo, e no de
outro organismo.
Item C: falso. As doenas autoimunes podem afetar vrios rgos do corpo, no envolvendo apenas um rgo do organismo.
Item D: falso. A sndrome relatada no texto uma doena autoimune crnica, em que o sistema imune fica desregulado e ataca
tecidos sadios do prprio corpo.
Item E: falso. Doena autoimune a situao mdica na qual se desenvolve uma enfermidade a partir de uma agresso do organismo
contra elementos constitutivos normais, e no de anormais.
10.
Resposta: C
Comentrio: A alergia (ou anafilaxia) uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antgenos fracos, conhecidos
como alrgenos, contra os quais nem todos os indivduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia esto relacionados
aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos membrana plasmtica dos mastcitos; ocorrendo a
unio do antgeno com o IgE dos mastcitos, essas clulas liberam histamina e outros agentes inflamatrios, armazenados em
vesculas no citoplasma, que provocam a dilatao dos vasos sangneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhido e
prurido (coceira).
11.
Resposta: A
Comentrio: Uma vez que gua o componente mais abundante da matria viva, seres vivos em geral dependem de gua para
poderem se proliferar. Assim, organismos microscpicos que se proliferam em gotculas de saliva e/ou poeira, como fungos, caros e
bactrias acabam sendo favorecidos por uma maior umidade.
12.
Resposta: D
Comentrio: Macrfagos so clulas do tecido conjuntivo com atividade fagoctica e produtora de citocinas (como as interleucinas),
sendo derivadas de uma classe de leuccitos denominados moncitos, que abandonam os vasos sangneos por diapedese. Existem
vrios tipos de macrfagos no corpo humano, sendo reunidos num conjunto denominado sistema mononuclear fagoctico ou sistema
retculo-endotelial. Como exemplo de macrfagos, tem-se as clulas apresentadoras de antgenos ou APC, que fagocitam
microorganismos e os fragmentam em determinantes antignicos que so apresentados aos linfcitos. No caso dos linfcitos B, h
diferenciao em plasmcitos, que ento produzem anticorpos.
13.
Resposta: C
Comentrio: A alergia uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antgenos do meio ambiente, denominados
alergnicos. Dependendo da sensibilidade de cada um, podem ser alergnicos os gros de plen, a poeira, os esporos de fungos,
substncias qumicas presentes em certos alimentos ou produzidas por certos organismos e mesmo remdios, dentre muitas outras
substncias. Em contato com o alrgeno, clulas como os mastcitos do tecido conjuntivo e os basfilos do sangue liberam histamina
e outros agentes inflamatrios, armazenados em vesculas no citoplasma. Essas substncias, conforme j comentado, provocam a
dilatao dos casos sangneos e alteram sua permeabilidade, fazendo com que fiquemos com o nariz, os olhos ou outra regio
afetada, vermelhos e inchados. No caso das alergias respiratrias, comum ocorrerem espirros, coriza e contrao da musculatura lisa,
o que freqentemente provoca dificuldades respiratrias. A reao alrgica desencadeada principalmente por mastcitos e basfilos.
14.
Resposta: D
Comentrio: A inflamao consiste em um conjunto de reaes que tm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa,
sendo desencadeado por mediadores qumicos (principalmente prostaglandinas) liberados por clulas lesadas por agentes fsicos,
mecnicos, qumicos ou biolgicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatrio se enquadra na defesa inata (inespecfica). Os
mediadores da inflamao, como a histamina e as prostaglandinas, desencadeiam:
- vasodilatao, aumentando o fluxo de sangue, e, conseqentemente, de nutrientes para o reparo e de leuccitos e anticorpos para
defesa contra infeces.
- aumento na permeabilidade vascular, facilitando a diapedese, e
- dor, evitando a utilizao da regio inflamada para prevenir um agravamento da leso.
So descritos 5 sinais clssicos que caracterizam a inflamao:
- rubor ou vermelhido, devido vasodilatao e ao aumento do aporte de sangue para a rea;
- calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangneos;
- edema ou inchao, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na
permeabilidade desses vasos;
- dor;
- perda de funo, devido dor.
Na cabea, a vasodilatao que ocorre no processo inflamatrio potencializa a dor, uma vez que a parede ssea do crnio rgida e
oferece resistncia expanso dos vasos.
15.
Resposta: C
Comentrio: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunizao ativa. Nesse processo, introduzido no corpo de um indivduo
sadio o antgeno que causa a doena, havendo ento a produo de anticorpos especficos para esse antgeno. Os antgenos
empregados nas vacinaes correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos prprios microorganismos causadores das doenas,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as clulas de memria so ento produzidos para combater o antgeno ou o
microorganismo ao qual pertence. No caso da galinha ter sido inoculado com a cultura atenuada de bactria, ocorre imunizao
passiva, tanto que ela permanece saudvel e, ao ser inoculada com a cultura virulenta de bactria, sobrevive (ao contrrio da galinha
no inoculada previamente, que morre quando inoculada com a cultura virulenta de bactria). Assim, a cultura atenuada que
desencadeia a imunizao ativa faz o papel de vacina (1), e sua inoculao na galinha desempenha o papel de vacinao (2).
16.
Resposta: E
Comentrio:
17.
Resposta: E
Comentrio:
18.
Resposta: A
Comentrio: Os soros desencadeiam um mecanismo de imunizao passiva. Como fornece anticorpos j formados, o soro tem efeito
imediato, sendo indicado para o tratamento de doenas. Seu inconveniente est no efeito temporrio, pois no leva formao de
clulas de memria e os anticorpos tm uma validade limitada, de modo a no ser til na preveno de doenas. Assim, no caso de
picadas de cobras peonhentas, o efeito imediato do soro impede a morte do indivduo picado pela ao do veneno. Os anticorpos
contidos nos soros so produzidos com a atenuao do efeito de um certo antgeno, que ento inoculado em um mamfero,
geralmente um cavalo. Esse animal passa a produzir anticorpos contra esse antgeno. Aps algum tempo, a dose reforada; de
anticorpos no sangue. Aps certo tempo, coleta-se um pouco do sangue do cavalo inoculado e separa-se dele o soro, que contm os
anticorpos. Esse soro preparado e utilizado nas pessoas. Assim, 1, 2, 3 e 4 so verdadeiras.
19.
Resposta: B
Comentrio:
20.
Resposta: C
Comentrio: A imunizao ativa consiste na produo de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antgeno pelo prprio
organismo, envolvendo tambm a produo de clulas de memria, de modo a conferir memria imunolgica. A resposta imunitria
primria ocorre quando o indivduo recebe o antgeno pela primeira vez: o tempo para a produo de anticorpos maior, e a
quantidade de anticorpos produzidos menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundria. A resposta imunitria
secundria ocorre quando o indivduo recebe o mesmo antgeno pela segunda vez: o tempo para a produo de anticorpos menor, e a
quantidade de anticorpos produzidos maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primria. Observe o grfico abaixo:
A imunizao passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produo de anticorpos prprios ou clulas de
memria, de modo que o efeito temporrio, no conferindo memria imunolgica. Assim:
Item I: falso. Na resposta imunolgica primria, o tempo para produo de anticorpos maior que na resposta secundria, uma vez
que ainda no h clulas de memria contra o antgeno em questo. Ambas so formas de imunizao ativa.
Item II: falso. Na resposta imune, os antgenos so fagocitados por macrfagos denominados APC (clulas apresentadoras de
antgeno), que expe seus antgenos em suas membranas e os apresenta aos linfcitos T. Estes passam a informao para os
linfcitos B, que se concertem em plasmcitos produtores de anticorpos.
Item III: verdadeiro. Na resposta imune secundria, o tempo para produo de anticorpos menor por que j h clulas de memria
contra o antgeno em questo, o que tambm leva a uma resposta mais intensa.
Item IV: verdadeiro. Os anticorpos produzidos so especficos para cada tipo de antgeno e so denominados genericamente
imunoglobulinas (Ig). Dos cinco tipos de imunoglobulina (IgA, IgD, IgE, IgG e IgM), as IgG so as nicas que passam para o feto, via
placentria, promovendo imunizao passiva.
Item V: falso. As duas inoculaes so de antgenos, podendo uma delas representar a primeira dose de uma vacina (com resposta
imune 1) e a outra a segunda dose da mesma vacina (com resposta imune 2).
21.
Resposta: E
Comentrio: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunizao ativa. Nesse processo, introduzido no corpo de um indivduo
sadio um antgeno, havendo ento a produo de anticorpos especficos para esse antgeno. Os antgenos empregados nas vacinaes
correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos prprios microorganismos causadores das doenas, mas enfraquecidos ou mortos.
Os anticorpos e as clulas de memria so ento produzidos para combater o antgeno ou o microorganismo ao qual pertence. O
inconveniente das vacinas est no longo tempo necessrio para a produo de anticorpos, de modo que sua utilizao est restrita
preveno de doenas, mas no ao tratamento. Nem todas as doenas podem ser prevenidas atravs de vacinao, como ocorre com
algumas doenas onde ocorre grande variao antignica do agente etiolgico, impedindo a produo de uma vacina nica contra
todas as variantes. Assim, doenas virais como dengue e AIDS e doenas bacterianas como clera e leptospirose no possuem vacinas
disponveis, enquanto que doenas virais como febre amarela e raiva e doenas bacterianas como ttano e tuberculose possuem
vacinas disponveis. Algumas das vacinas obrigatrias na infncia e disponibilizadas pelo sistema pblico de sade brasileiro so:
- BCG, contra a tuberculose, causada pela bactria Mycobacterium tuberculosis (contrada pela inalao de aerossis de saliva e que
afeta pulmes, pele, ossos e fgado);
- DPT ou Trplice Bacteriana, contra coqueluche causada pela bactria Haemophilus pertussis (contrada pela inalao de aerossis de
saliva e que afeta o sistema respiratrio), difteria causada pela bactria Corynebacterium diphteriae (contrada pela inalao de
aerossis de saliva e que afeta o sistema respiratrio), e ttano causado pela bactria Clostridium tetani (contrada pela penetrao de
esporos em ferimentos e que afeta o sistema nervoso);
- Antiplio, sendo a Sabin por via oral e a Salk por via injetvel, contra a poliomielite ou paralisia infantil causada pelo poliovrus
(contrada pela ingesto de gotculas de saliva e que afeta os nervos motores do sistema nervoso);
- MMR ou Trplice viral, contra rubola (contrada pela inalao de aerossis de saliva e que afeta pele), sarampo (contrada pela
inalao de aerossis de saliva e que afeta pele), e caxumba (contrada pela inalao de aerossis de saliva e que afeta as glndulas
salivares partidas).
Analisando cada item:
Item I: falso. A vacina BCG age contra a tuberculose causada pela bactria Mycobacterium tuberculosis.
Item II: verdadeiro. A vacina antiplio age contra a poliomielite, adquirida por via oral, penetrando pelo tubo digestivo (intestino) e
afetando o sistema nervoso.
Item III: verdadeiro. A vacina DPT ou trplice bacteriana age contra coqueluche, difteria e ttano, todas doenas causadas por
bactrias.
Item IV: falso. A vacina MMR ou trplice viral age contra sarampo, rubola e caxumba, todas doenas causadas por vrus.
22.
Resposta: A
Comentrio: A imunizao ativa consiste na produo de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antgeno pelo prprio
organismo, envolvendo tambm a produo de clulas de memria, de modo a conferir memria imunolgica. A resposta imunitria
primria ocorre quando o indivduo recebe o antgeno pela primeira vez: o tempo para a produo de anticorpos maior, e a
quantidade de anticorpos produzidos menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundria. A resposta imunitria
secundria ocorre quando o indivduo recebe o mesmo antgeno pela segunda vez: o tempo para a produo de anticorpos menor, e a
quantidade de anticorpos produzidos maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primria. Observe o grfico abaixo:
A imunizao passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produo de anticorpos prprios ou clulas de
memria, de modo que o efeito temporrio, no conferindo memria imunolgica. Assim, analisando cada situao:
- Como o camundongo recebe inicialmente a protena A, apresenta uma resposta imune primria (mais fraca) contra ela, o que est
representado pela curva X;
- Quando o camundongo recebe nova dose da protena A juntamente com uma dose da protena B, apresenta uma resposta imune
secundria (mais forte) contra a protena A, o que est representado pela curva Z, e uma resposta imune primria (mais fraca) contra a
protena B, o que est representado pela curva Y.
Assim, X e Z representam as concentraes de anticorpos contra a protena A, produzidos pelos linfcitos, respectivamente, nas
respostas imunolgicas primria e secundria.
23.
Resposta: A
Comentrio: A alergia uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antgenos fracos, conhecidos como alrgenos,
contra os quais nem todos os indivduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia esto relacionados aos anticorpos
do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos membrana plasmtica dos mastcitos; ocorrendo a unio do antgeno
com o IgE dos mastcitos, essas clulas liberam histamina e outros agentes inflamatrios, armazenados em vesculas no citoplasma,
que provocam a dilatao dos vasos sangneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhido e prurido (coceira).
24.
Resposta: A
Comentrio: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunizao ativa. Nesse processo, introduzido no corpo de um indivduo
sadio o antgeno que causa a doena, havendo ento a produo de anticorpos especficos para esse antgeno. Os antgenos
empregados nas vacinaes correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos prprios microorganismos causadores das doenas,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as clulas de memria so ento produzidos para combater o antgeno ou o
microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas est no longo tempo necessrio para a produo de anticorpos, de
modo que sua utilizao est restrita preveno de doenas, mas no ao tratamento. Os soros desencadeiam um mecanismo de
imunizao passiva. Como fornece anticorpos j formados, o soro tem efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenas.
Seu inconveniente est no efeito temporrio, pois no leva formao de clulas de memria e os anticorpos tm uma validade
limitada, de modo a no ser til na preveno de doenas. Assim, mais provavelmente, o princpio biolgico utilizado por Neville para
debelar a doena a administrao de soro, composto de anticorpos presentes no sangue de pacientes contaminados.
25.
Resposta: B
Comentrio: A imunizao ativa consiste na produo de anticorpos pelo prprio organismo, envolvendo tambm a produo de
clulas de memria, de modo a conferir memria imunolgica. Nesse processo, h introduo no corpo de um indivduo de um
antgeno, havendo ento a produo de anticorpos e clulas de memria especficos para combater o antgeno ou o microorganismo ao
qual pertence. Assim, uma maior diversidade e quantidade de anticorpos est relacionada a uma maior exposio a antgenos, o que
poderia se dar por um maior recebimento de vacinas ou uma maior exposio a diferentes organismos patognicos. Como no Brasil h
aplicao das mesmas vacinas que se aplica na Europa, a explicao mais plausvel para a maior quantidade de anticorpos nos
brasileiros est na exposio a uma maior quantidade de doenas. Isso se explica pela baixa cobertura de saneamento bsico e gua
tratada no Brasil, procedimentos que evitam a maior parte das doenas infecciosas (que tm transmisso oral-fecal, ou seja, por gua
ou alimentos contaminados por fezes de indivduos doentes).
26.
Resposta: B
Comentrio: Os anticorpos, tambm chamados de imunoglobulinas, so protenas que tm uma estrutura molecular em forma de Y.
A extremidade da base do Y, denominada poro Fc a mesma para todos os anticorpos de uma mesma classe, sendo inespecfica.
Essa regio inespecfica pode se ligar s clulas de defesa do organismo, como os macrfagos, que por isso reconhecem facilmente o
anticorpo. As duas extremidades superiores do Y, chamadas pores Fab, so idnticas aos receptores de membrana que eles possuem,
sendo, pois especficas para determinante antignico em questo. So essas regies que se ligam aos antgenos pelos determinantes
antignicos. Observe o esquema abaixo:
Assim,
- I representa o stio de ligao com o antgeno;
- II representa as cadeias pesadas;
- III representa a poro especfica (Fab), que varia de anticorpo para anticorpo;
- IV representa a poro inespecfica (Fc), constante para uma determinada classe de anticorpos e que se liga s clulas de defesa.
- V representa uma cadeia leve.
27.
Resposta: B
Comentrio: A inflamao consiste em um conjunto de reaes que tm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa,
sendo desencadeado por mediadores qumicos (principalmente prostaglandinas) liberados por clulas lesadas por agentes fsicos,
mecnicos, qumicos ou biolgicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatrio se enquadra na defesa inata (inespecfica).
Os mediadores da inflamao desencadeiam vasodilatao (aumentando o fluxo de sangue, e conseqentemente de nutrientes para o
reparo e leuccitos e anticorpos para defesa contra infeces), aumento na permeabilidade vascular (facilitando a diapedese) e dor
(evitando a utilizao da regio inflamada para prevenir um agravamento da leso).
So descritos 5 sinais clssicos que caracterizam a inflamao:
Assim, a resposta imune 1 sempre bem menos intensa que a resposta imune 2, no importando o tipo de anticorpo analisado, o que
se pode notar nos dois grficos do item A.
33.
Resposta: A
Comentrio: Os soros desencadeiam um mecanismo de imunizao passiva, que consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem
que haja produo de anticorpos prprios ou clulas de memria. As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunizao ativa. Nesse
processo, introduzido no corpo de um indivduo sadio o antgeno que causa a doena, havendo ento a produo de anticorpos
especficos para esse antgeno. Os antgenos empregados nas vacinaes correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos prprios
microorganismos causadores das doenas, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as clulas de memria so ento produzidos
para combater o antgeno ou o microorganismo ao qual pertence. Em indivduos com imunidade adequada, os microorganismos
atenuados so facilmente eliminados pelo sistema imune, no oferecendo risco algum. No caso de indivduos com baixa imunidade e
no caso de mulheres grvidas, entretanto, as vacinas base de microorganismos atenuados oferecem o risco de contrao da doena,
uma vez que o microorganismo est vivo Nesses casos, mais seguro a administrao de vacinas base de microorganismos mortos,
que no oferecem risco algum. Essas vacinas podem ser constitudas de partes do microorganismo que no seja txicas, como, por
exemplo, seus polissacardeos.
34.
Resposta: A
Comentrio: A inflamao consiste em um conjunto de reaes que tm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa,
sendo desencadeado por mediadores qumicos (principalmente prostaglandinas) liberados por clulas lesadas por agentes fsicos,
mecnicos, qumicos ou biolgicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatrio se enquadra na defesa inata (inespecfica).
Os mediadores da inflamao desencadeiam vasodilatao (aumentando o fluxo de sangue, e conseqentemente de nutrientes para o
reparo e leuccitos e anticorpos para defesa contra infeces), aumento na permeabilidade vascular (facilitando a diapedese) e dor
(evitando a utilizao da regio inflamada para prevenir um agravamento da leso). So descritos 5 sinais clssicos que caracterizam a
inflamao:
- rubor ou vermelhido, devido vasodilatao e ao aumento do aporte de sangue para a rea;
- calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangneos;
- edema ou inchao, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na
permeabilidade desses vasos;
- dor;
- perda de funo, devido dor.
Assim, o galo equivale ao edema da inflamao, sendo desencadeado basicamente pelo extravasamento de plasma.
35.
Resposta: FFFVF
Comentrio:
1 item: falso. A vacina BCG (Bacilo Calmette-Gurin) utilizada para a preveno da tuberculose, sendo obtida a partir da cultura
de um bacilo de tuberculose bovina atenuado. O Ministrio da Sade no Brasil recomenda que a primeira vacinao da BCG acontea
a partir do primeiro ms de vida ou durante o primeiro ano de vida. A dose de reforo acontece aps os 10 anos de idade. As reaes
previsveis so as erupes avermelhadas na pele, as chamadas exantemas. A vacina, em alguns casos, pode deixar uma pequena
cicatriz. Ela muito eficiente em estimular linfcitos B a formarem plasmcitos, responsveis pela produo de anticorpos, e clulas
de memria, que podem facilmente passar a plasmcitos, o que justifica um intervalo to grande (cerca de 10 anos) entre a primeira
dose e o reforo.
2 item: falso. Aps a aplicao da primeira dose de vacinas, h produo de anticorpos, aumentando sua concentrao no sangue,
mas com a administrao de novas doses da vacina, a resposta imunitria 2 mais intensa aumenta ainda mais essa concentrao.
3 item: falso. A VORH, aplicada contra rotavrus humanos em trs doses, induz uma boa imunidade na maioria das pessoas, apesar
dos reforos serem necessrios para otimizar essa imunidade.
4 item: verdadeiro. A vacina VOP, contra a poliomielite (paralisia infantil) administrada por via oral.
5 item: falso. Vacinas de DNA consistem na introduo, por tcnicas de engenharia gentica, de seqencias genticas microbianas
nas clulas humanas, levando produo de antgenos, que estimulam a produo permanente de anticorpos no indivduo vacinado;
no entanto, os genes microbianos so aplicados atravs de vetores, no se fusionando necessariamente ao cromossomo humano na
clula do hospedeiro.
36.
Resposta:
A) diapedese (1), fagocitose (2), digesto intracelular (3) e formao de pus (4).
B) A presena de bactrias.
C) Inibindo a sntese da parede celular de bactrias, inibindo mecanismos de produo de ATP das bactrias.
37.
Resposta:
A) A vacinao consiste na aplicao de antgenos para estimular a produo de anticorpos pelo corpo.
B) Gnglios ou ndulos linfticos, timo, bao, medula ssea vermelha, etc.
38.
Resposta: Para evitar a rejeio do transplante, deve-se fazer uso de drogas imunossupressoras. Tanto pacientes com AIDS
(imunodeficientes) como pacientes transplantados (imunossuprimidos) no tm sistema imune em funcionamento adequado, o que
aumenta a chance da ocorrncia de infeces oportunistas.
39.
Resposta:
A) Macrfagos fazem fagocitose especfica. Linfcitos T4 controlam o sistema imune atravs da produo de citocinas; os linfcitos
T8 combatem vrus e cncer; linfcitos B originam plasmcitos produtores de anticorpos especficos.
B) A passagem e contato dos agentes infecciosos com os linfcitos presentes nos gnglios linfticos induz a proliferao destes
glbulos brancos.
40.
Resposta:
A) Os anticorpos maternos passam para o organismo do beb atravs do aleitamento ou na fase fetal, pela placenta.
B) A vacina contm o prprio agente viral causador do sarampo e induz o organismo vacinado produzir ativamente anticorpos
especficos. A imunizao por vacinao pode ser considerada quase permanente, pois existe uma memria imunolgica que
prontamente ativada cada vez que o corpo humano entra em contato com o antgeno causador da doena.
41.
Resposta: A vacinao contra a gripe deve ser feita anualmente em indivduos com mais de 60 anos, independentemente de j terem
tomado a vacina anteriormente ou no. Essa recomendao feita com base na alta capacidade mutagnica do vrus da gripe e, desta
forma, vacinas dos anos anteriores no combateriam os novos antgenos que, por ventura, teriam se formado. Assim sendo, a
vacinao anual introduziria novos antgenos virais na populao, os quais provocam a produo de anticorpos especficos para esses
novos vrus.
42.
Resposta:
A) 2. Ao injetar na criana material proveniente de medula do coelho infectado, Pasteur forneceu-lhe anticorpos a produzidos.
B) Vacinas e soros. As pessoas que se infectavam com a varola bovina eram expostas a antgenos que estimulavam nelas a produo
de clulas de memria, que se diferenciam em plasmcitos para produzir anticorpos caso o antgeno reaparea.
43.
Resposta: Microrganismos mortos, atenuados (inativados) ou antgenos especficos extrados desses patgenos. Estimulam as defesas
do organismo a produzir anticorpos especficos.
44.
Resposta:
A) O nvel aumentado de cortisol na circulao, aps sua administrao, inibe a produo do hormnio adrenocorticotrfico (ACTH)
pelo lobo anterior da hipfise (adenoipfise), o que promove uma diminuio do estmulo da produo do cortisol pelas glndulas
supra-renais.
B) A retirada progressiva do cortisol permite um aumento tambm progressivo do ACTH circulante, evitando um quadro de
hipofuno do crtex supra-renal aps o trmino do tratamento.
45.
Resposta: Os vrus constituem a categoria de organismos causadores da varola, cujas caractersticas so: no possuem organizao
celular, sendo constitudos basicamente por uma cpsula protica em cujo interior existe apensa um tipo de cido nuclico, DNA ou
RNA; no apresentam metabolismo prprio, permanecendo inativos quando fora das clulas vivas e reproduzindo-se no interior
de clulas vivas, utilizando os recursos da clula hospedeira. A imunizao das pessoas com pus deveu-se ao fato deste conter
os vrus atenuados, que, quando em contato com um arranho na pele de pessoas sadias, tinham a capacidade de imuniz-las.
Esse tipo de imunizao denomina-se ativa e artificial, pois o organismo estimulado a produzir anticorpos. No caso, o pus
contm vrus atenuados, que so incapazes de causar a doena, mas potentes para estimular a produo de anticorpos e induzir a
proliferao de clulas de memria. No outro tipo de imunizao, chamada passiva, o indivduo recebe os anticorpos prontos
contra a doena, j que seu organismo no os produziu. o caso da imunizao atravs da placenta e do leite materno. No
entanto a ao desses anticorpos imediata, iniciando-se logo que entram no organismo receptor, mas desaparecem aps algumas
semanas ou meses. No caso da vulnerabilidade das populaes indgenas doena, por estarem confinados no continente
americano por milhares de anos, os ndios no desenvolveram resistncias imunolgicas contra vrias doenas disseminadas
pelos europeus, sendo dizimados ao contrair gripe, sarampo, sfilis e varola.
46.
Resposta: Indivduo A, uma vez que sua resposta imunolgica mais rpida intensa, demonstrando que ele j estava sensibilizado
para o referido vrus.
47.
Resposta: O cido clordrico (HCl) elimina bactrias. Com o anticido, o teor de acidez no suficiente para eliminar as bactrias, o
que aumenta a possibilidade do desenvolvimento de clera mesmo com poucas bactrias (que tm ento mais chances de sobreviver).
48.
Resposta: O leite materno isento de contaminao e oferece as condies timas de assimilao pela criana, no sofre manipulao
nem est sujeito armazenagem que pode modific-lo; possui anticorpos que passam da me para a criana, imunizando-a
temporariamente contra diversas doenas; evita distrbios digestivos no lactente, como costuma acontecer com a alimentao
artificial; apresenta temperatura adequada e no tem custo. A amamentao provoca um maior estreitamento psicolgico no
relacionamento me-filho.
49.
Resposta: A bactria no organismo sofre fagocitose pelos macrfagos, que ento fazem a apresentao dos antgenos aos linfcitos B,
que sofrem diferenciao em plasmcitos para produzir anticorpos.
50.
Resposta:
A)
Tecido epitelial que recobre a superfcie externa do corpo, do trato respiratrio e gastrintestinal, com suas secrees.
Macrfagos tambm podem fagocitar de forma inespecfica.
B)
Linfcitos produzem anticorpos
Macrfagos produzem linfocinas
C)
Lupus eritematoso
Esclerose mltipla
Distrofias musculares
Diabetes tipo I.