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Captulo 2

Craniopuntura de Yamamoto (YNSA)


Brbara Maria Camilotti

Resumo: A YNSA consiste de um microssistema em que pontos na regi


ao do cr
anio s
ao utilizados para
o tratamento de patologias, principalmente as dolorosas e neurol
ogicas. H
a 2 categorias de pontos: os
pontos b
asicos, os quais s
ao a
reas anat
omicas que est
ao diretamente relacionadas com a patologia ou
disfunca
o, e os Y, os quais apresentam relaca
o com os meridianos da Medicina Tradicional Chinesa
(MTC) e s
ao utilizados para reequilbrio energetico. H
a ainda duas somatotopias, uma yin relacionada a
`
regi
ao anterior e outra yang relacionada a
` regi
ao posterior. As somatotopias yin e yang est
ao relacionadas
apenas com a localizaca
o anterior e posterior, n
ao havendo relaca
o patol
ogica de desarmonia yin/yang.
Cerca de 80% dos casos s
ao resolvidos com o tratamento dos pontos yin. Est
a tecnica pode ser utilizada
em conjunto com outras tecnicas da acupuntura, exerccios e fisioterapia, inclusive as agulhas podem ser
mantidas durante a realizaca
o de exerccios. Apesar de ser uma tecnica relativamente nova e haver poucas
evidencias cientficas, na pr
atica clinica observa-se resultados r
apidos e eficazes.
Palavras-chave: Acupuntura, YNSA, Microssistema.
Abstract: The YNSA consists of microsystems in which points in the region of the skull are used for
the treatment of pathologies, especially painful and neurological. There are two categories of points: the
basic points, which are anatomical areas directly related with the pathology or dysfunction; and the Y
points, which are related with the meridians of the Traditional Chinese Medicine (TCM) and are used
for energetic equilibrium. There are also two somatotopies, one yin-related to the anterior region and
other yang-related to the posterior region. The somatotopies yin and yang are only related to the location
anterior or posterior, with no relationship to pathological disharmony of yin/ yang. About 80% of cases
are treated with yin points. This technique can be used in conjunction with other acupuncture techniques,
exercise and physical therapy, also, needles could be maintained during the exercises. Besides being a
relatively new technique and having little scientific evidence, there are quick and effective results in the
clinical practice.
Keywords: Acupuncture, YNSA, Microsystem.

Contedo
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12

Introduc
ao ................................................................................................................................
Historico ...................................................................................................................................
Indicacoes Clnicas, Efic
acia e Limitacoes ................................................................................
Orientac
oes Tecnicas Gerais.....................................................................................................
Contra-Indicac
oes.....................................................................................................................
Pontos B
asicos..........................................................................................................................
Pontos Sensoriais......................................................................................................................
Pontos Cerebrais ......................................................................................................................
Pontos Y................................................................................................................................
Diagnostico Abdominal ............................................................................................................
Diagnostico Cervical.................................................................................................................
Considerac
oes Finais ................................................................................................................
E-mail:

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38

[email protected]

Silvrio-Lopes (Ed.), (2013)

DOI: 10.7436/2013.anac.02

ISBN 978-85-64619-12-8

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Camilotti

1. Introduo
A cranioacupuntura de Yamamoto, conhecida pela sigla YNSA (do ingles Yamamoto New Scalp
Acupucnture) foi desenvolvida por Toshikatsu Yamamoto no incio dos anos 70. Reside a a
ideia de ser nova (new ), frente `
a milenar Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Consiste de um
microssistema, ou seja, pontos na regi
ao do cranio que, quando punturados estimulam areas corporais
distantes, auxiliando no tratamento de patologias, principalmente as dolorosas e neurologicas.
Atualmente a acupuntura YNSA tem sido utilizada com mais frequencia para o tratamento de
dores cronicas e agudas, dist
urbios funcionais e no tratamento de patologias neurologicas (Feely, 2005;
Yamamoto et al., 2007; Boucinhas, 2002). Apesar os excelentes resultados observados na pratica
clnica, e uma das tecnicas da acupuntura que possui poucas pesquisas cientficas para comprovac
ao
dos resultados, alem disso, as pesquisas existentes apresentam amostra pequena e testes subjetivos
para avaliacao dos resultados.
Na pratica clnica observa-se que no tratamento das dores agudas pode-se obter resolucao total
da dor e amplitude de movimento em apenas uma sessao e, em alguns casos, com apenas uma
agulha (Yamamoto et al., 2007). J
a para o tratamento das dores cronicas, sao necessarias mais
sessoes, sendo a quantidade vari
avel de acordo com cada paciente e a cronicidade da doenca. Para
as patologias neurol
ogicas observam-se modificacoes na coordenacao motora e forca, desde a primeira
sessao, porem, assim como na dor cr
onica, sao necessarias mais sessoes. Nas patologias neurologicas,
nem sempre os sintomas s
ao completamente sanados.
Uma grande vantagem da acupuntura YNSA, e que esta tecnica pode ser associada a outras
tecnicas de acupuntura e pode-se punturar os pontos e realizar exerccios fisioterapeuticos, por
exemplo.
2. Histrico
O Dr. Toshikatsu Yamamoto graduou-se em medicina em Toquio no Nippon Medical College e em
seguida foi para os Estados Unidos, onde estudou durante 2 anos na Universidade de Columbia e
estagiou em anestesiologia no Hospital Saint Lukes em Nova Iorque. Casou-se com a Enfermeira
alema Helene Yamamoto e foi para Col
onia na Alemanha onde se especializou em ginecologia e
obstetrcia (Boucinhas, 2002).
No incio dos anos 60 voltou a morar no Japao, mais precisamente na cidade de Nichinan, onde
havia muitos camponeses que trabalhavam em plantacoes de arroz. Estes, devido a posicao curvada,
possuam muitas dores, principalmente na coluna. O Dr. Yamamoto realizava bloqueios anestesicos
com lidocana a 0,5%, porem acidentalmente esqueceu-se do anestesico e aplicou em uma senhora
uma injecao de agua destilada, a qual foi muito dolorosa. Para sua surpresa, no outro dia, a senhora
voltou e pediu que o Dr. Yamamoto aplicasse novamente a injecao, pois esta havia solucionado todas
as suas dores.
Intrigado com os resultados da injec
ao, o Dr. Yamamoto procurou um acupunturista da cidade
e iniciou estudos em acupuntura, pois imaginou que os efeitos da injecao estavam relacionados `
a
estmulos de pontos e meridianos de acupuntura.
Nos incio dos anos 70, ao palpar a regi
ao da testa de um paciente, percebeu que ele sentia algo nos
membros superiores. Pesquisou em outras pessoas e percebeu que um determinado ponto na testa
possua relacao reflexa no membro superior, assim descobriu um ponto que passou a denomina-lo de
ponto basico C. Ele continuou pesquisando e, em 1973, descreveu os pontos basicos A, B, C, D e E,
os quais eram utilizados para o tratamento de dores e dist
urbios motores. Segundo Feely (2005), os
pontos basicos tem por func
ao tratar
areas do corpo anatomicas que estao diretamente relacionadas
com a doenca ou disfunc
ao. Posteriormente foram desenvolvidos os pontos sensoriais (olho, nariz,
boca e ouvido), cerebrais (cerebro, cerebelo e ganglios da base) e os pontos Y (que correspondem
aos zang fu da MTC) e `
as
areas diagn
osticas (cervical e abdominal).
3. Indicaes Clnicas, Eficcia e Limitaes
Ha poucos estudos cientficos que evidenciam os efeitos da cranioacupuntura de Yamamoto. Em
um estudo randomizado realizado por Hasegawa et al. (2009) observou-se que no tratamento de
indivduos com dor lombar aguda n
ao especfica, a acupuntura YNSA foi significativamente mais
efetiva em relacao ao placebo na reduc
ao da dor e consumo de antiinflamatorios e houve incremento
nos domnios estado funcional, dor, vitalidade e funcao fsica do questionario SF36. A YNSA n
ao
foi eficaz nos demais domnios do SF36, escala Likert e n
umero de visitas ao medico.

Craniopuntura de Yamamoto (YNSA)

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Em um estudo retrospectivo realizado por Feely (2005), a cranioacupuntura de Yamamoto foi


associada `a manipulac
ao osteop
atica para o tratamento de dor lombar mecanica, hernia discal e
radiculopatia lombar. Foram realizados em media 3,17 atendimentos e utilizaram-se pontos b
asicos
e Y, de acordo com a necessidade e diagnostico de cada paciente. Na maioria dos casos houve
remissao completa da dor. O ponto b
asico utilizado com mais frequencia foi o D1-D5 e o ponto Y
foi o VB.
Schockert et al. (2010) analisaram, por ressonancia magnetica funcional, os efeitos da
cranioacupuntura de Yamamoto em indivduos saudaveis (grupo controle) e em indivduos com
AVC isquemico no hemisferio cerebral direito e paresia residual na mao esquerda. A resson
ancia
magnetica foi realizada em tres condicoes: sem acupuntura, acupuntura Sham (pressao em local
que nao correspondia a ponto de acupuntura, sem a introducao da agulha) e acupuntura YNSA. A
YNSA foi aplicada nos pontos yin cerebelo, ganglios da base e ponto basico C.
Nos indivduos com AVC, comparando-se a acupuntura Sham, a acupuntura YNSA promoveu
ativacao cortical significativa, no c
ortex motor, pre-motor e cortex motor suplementar. Observou-se
melhora clnica subjetiva (reduc
ao do espasmo e incremento do movimento na extremidade superior
paralisada) ap
os tratamento pela YNSA.
Nos indivduos do grupo controle, na acupuntura Sham e sem acupuntura, a ativacao cortical
foi observada no c
ortex motor, giro cingulado e lobo occiptal. Durante a YNSA houve reduc
ao na
atividade cortical e n
ao foi observada ativacao no giro cingulado, o qual faz parte do sistema lmbico e
e uma area multimodal com conex
oes aferentes e eferentes, que estao envolvidas com o planejamento
de movimentos complexos e difceis. Os autores relatam que a falta de ativacao do giro cingulado
pode ser decorrente de treinamento ou como resultado da inibicao seletiva desta area pela YNSA.
Em um estudo realizado por Umlauf (1991), foram analisadas alteracoes no limiar da dor, em
indivduos com diagn
ostico de cervicobraquialgia ou artralgia na articulacao glenoumeral. O limiar
da dor foi determinado por eletroacupuntura, que foi aplicada nos pontos IG4 (+) e IG15 (-), nas
frequencias 4Hz, 20Hz e 120Hz. A intensidade foi aumentada 0,5 mA a cada segundo, ate que o
participante relatasse incio de desconforto doloroso. A intensidade relativa ao limiar da dor foi
comparada antes e ap
os a puntura. Os participantes foram divididos em tres grupos: 1) Ponto
C ipsilateral a dor; 2) Ponto C contralateral a dor e 3) sem puntura. No grupo 1, foi necess
ario
uma intensidade maior na eletroacupuntura para encontrar o limiar doloroso, assim houve aumento
significativo no limiar da dor. No grupo 2 nao houve alteracao significativa e no grupo 3 houve
decrescimo significativo do limiar doloroso somente na frequencia 4Hz. Quanto a reducao da dor
(EVA), apenas o grupo 1 apresentou reducao da dor, tanto no repouso quanto no movimento.
4. Orientaes Tcnicas Gerais
A acupuntura e uma tecnica reflexa, na qual o estmulo de uma determinada area reflete em outra
(Scognamillo-Szab
o & Bechara, 2001). Assim, os microssistemas ou somatotopias, sao regi
oes do
corpo que quando estimuladas podem tratar problemas em outros locais, por exemplo, a Nova
Cranioacupuntura de Yamamoto (YNSA), em que sao feitos estmulos na regiao do couro cabeludo
para tratar qualquer local do corpo.
Ha duas somatotopias cranianas (Figuras 1 e 2): uma denominada de yin (anterior ou frontal) e
a outra de yang (posterior ou occipital) (Feely, 2005).
Os conceitos fundamentais da MTC sao baseados na teoria do yin e yang, os quais representam
um fenomeno oposto e complementar existindo em um estado de equilbrio dinamico (van Wijk
et al., 2010). Assim, o equilbrio das energias yin e yang representam o estado fisiologico normal e,
por outro lado, seu desequilbrio esta relacionado com o processo patologico. van Wijk et al. (2010)
relatam, ainda, que o yin est
a relacionado `a parte interna do organismo e o yang `a parte externa; o
yin representa o abd
omen e o yang o dorso; as vsceras sao yin e os orgaos yang.
As somatotopias descritas por Yamamoto et al. (2007) referem-se apenas a regiao anterior ou
frontal (yin) e posterior ou occipital (yang), nao havendo relacao com o processo patologico de
desarmonia yin/yang.
Cerca de 80% dos casos s
ao solucionados utilizando-se a somatotopia yin. Assim, recomenda-se
que a sessao seja iniciada pelos pontos da somatotopia yin, em seguida solicita-se para que o paciente
realize o movimento que causa dor ou o movimento que apresenta dificuldade para realizar, caso n
ao
tenha havido melhora deve-se punturar o ponto ou area yang. Antes da puntura do ponto yang
pode-se manipular a agulha (alterar profundidade) e observar o resultado (Yamamoto et al., 2007).
Para a localizac
ao dos pontos n
ao ha uma medida exata, deve-se considerar as variac
oes
anatomicas da cabeca de um paciente para o outro. Deve-se localizar o ponto pela palpac
ao, o
local exato do ponto pode estar dolorido, pode haver uma depressao ou uma saliencia (no).

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Camilotti

Deve-se localizar a linha correspondente ao ponto palpando-se com a regiao ungueal, solicita-se
que o paciente relate em qual regi
ao sente maior pressao ou dor. Muitas vezes o paciente franze a
testa observando-se o sinal da careta. O acupunturista pode ainda sentir um nodulo no local do
ponto. Em seguida, pressiona-se a ponta romba (cabo) da agulha para a localizacao exata do ponto
ou linha. A determinac
ao do lado a ser punturado acima da cintura e feita pelo teste do Hegu (IG4)
e abaixo da cintura pelo ponto D.
Segundo Yamamoto et al. (2007), caso o tratamento nao apresente resultados positivos deve-se
conferir o posicionamento da agulha, pois pode estar milmetros fora do local adequado.
Recomenda-se que a puntura seja feita na posicao sentada, para que se possa observar as reacoes
do paciente, caso refira tontura, enjoo, mal estar deve-se retirar as agulhas e deita-lo com os membros
inferiores elevados.
Utilizam-se agulhas sistemicas descart
aveis, preferentemente 0,2525mm e 0,2540mm. A
insercao da agulha deve ser horizontal (15o ), preferencialmente sem o mandril. A direcao n
ao
importa, pois nao h
a o criterio de sedacao e tonificacao do ponto. A profundidade de inserc
ao
dever ser cerca de 1cm nas regi
oes correspondentes a ponto (ex: ponto olho, ponto B, pontos Y) e
2cm nas regioes correspondentes `
a
areas (ex: lombar, toracica). Algumas areas tem a extensao de 4
a 5cm.
Concomitantemente a YNSA pode-se realizar acupuntura sistemica, fisioterapia, massagem,
exerccios ou atividades que simulem praticas habituais do paciente (preferencialmente as
responsaveis pela origem da dor). Observa-se na pratica clnica que os melhores resultados s
ao
obtidos quando o paciente simula as atividades que possui dificuldade ou que causam dor.
As agulhas devem ser mantidas por cerca de 20 minutos, porem pode-se deixa-las por um tempo
maior, durante as sess
oes de fisioterapia por exemplo.
O n
umero de sess
oes depende da cronicidade da patologia, em casos agudos geralmente a melhora
e percebida no momento da puntura e em casos cronicos sao necessarias algumas sessoes, variando
de acordo com a sintomatologia do paciente.
5. Contra-Indicaes
Consistem contra-indicac
oes para tratamento com YNSA:
Alteracoes circulat
orias (trombose, flebite);
Pressao arterial elevada no momento da puntura;
Em hipertensos controlados recomenda-se iniciar pelos pontos Y, caso nao haja alteracoes na
pressao arterial, pode-se punturar os demais pontos, aferindo a pressao arterial frequentemente.
Feridas abertas e tumores no local da puntura;
Contra-indicac
oes relacionadas a
` pr
atica da acupuntura, tais como: casos de emergencia,
dist
urbios de coagulac
ao ou uso de anticoagulantes, fadiga extrema, fraqueza (WHO, 1999).
Assim como na acupuntura sistemica, pode haver hipotensao, sensacao de desmaio, mal-estar,
vertigem, fraqueza, sensac
ao de opressao toracica, palpitacoes, nauseas ou vomitos. A pele
geralmente fica p
alida, o pulso fraco, pode haver sudorese e sensacao de frio nas extremidades.
Neste caso devem-se retirar imediatamente as agulhas e deitar o paciente, geralmente os
sintomas logo desaparecem. Caso os sintomas persistam, e necessario atendimento medico
de emergencia (WHO, 1999)).
Nao foram encontradas contra indicacoes em gestantes, porem a Organizacao mundial da sa
ude
nao recomenda o estmulo de pontos na orelha apos o terceiro trimestre de gestacao, pois
este podem induzir o trabalho de parto. Como a YNSA tambem e um microssistema, n
ao
recomenda-se o uso durante a gestac
ao.
6. Pontos Bsicos
Os pontos basicos da Nova Craniopuntura de Yamamoto estao localizados na cabeca, na linha de
implantacao do cabelo (yin) (Figura 1) e um pouco acima da sutura lambdoide (yang) (Figura 2)
e sao utilizados para o tratamento de dores localizadas nas regioes correspondentes aos pontos e
dist
urbios do movimento relacionados `
a estas areas (Yamamoto et al., 2007).

Craniopuntura de Yamamoto (YNSA)

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Figura 1. Pontos b
asicos yin. Fonte: modificado de Yamamoto et al. (2007).

A puntura pode ser homolateral a patologia ou nos casos de hemiplegia tratar o lado contralateral.
Pode-se ainda palpar o ponto de acupuntura IG4, nas patologias localizadas acima do diafragma ou
o ponto D para queixas abaixo do diafragma.
Recomenda-se testar o IG4 e punturar lado onde o teste foi mais sensvel. Apos puntura testa-se o
IG4 novamente para verificar se a sensibilidade mudou de lado, caso tenha alterado deve-se punturar
tambem este lado. Para o ponto D, quando este for punturado, nao se faz o teste novamente,
observa-se apenas os resultados.
Na pratica clnica observa-se que os casos cronicos apresentam melhor resultado quando os pontos
sao punturados bilateralmente. Para localizar o ponto o acupunturista deve palpar o ponto com unha
e com o cabo da agulha, onde poder
a sentir uma alteracao na textura no local do ponto que pode
ser um pequeno n
odulo. O paciente podera relatar tambem desconforto.
Ponto b
asico A:
Localiza-se aproximadamente 1cm lateral a linha mediana do corpo, junto `a linha de implantac
ao
uma
do cabelo (Figura 1). E
area que possui a extensao de cerca de 2cm e pode ser subdivida
em 7 partes, de cima para baixo. Sendo que A1 corresponde `a cabeca e A2 a A7 correspondem `
as
vertebras C1 a C7. O ponto b
asico yang localiza-se a 1cm da linha media no sutura lambd
oidea
(Figura 2).
A puntura dever
a ser horizontal em toda a extensao da area (2cm). Normalmente puntura-se de
baixo para cima, ou seja da
area correspondente a C7 ate a area correspondente a cabeca. Mesmo

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Camilotti

Figura 2. Pontos b
asicos yang. Fonte: modificado de Yamamoto et al. (2007).

que o paciente apresente um dist


urbio especfico a uma vertebra cervical (Ex. hernia discal C3/C4)
deve-se punturar toda a extens
ao da
area.
Esta area e indicada para o tratamento de patologias relacionadas `a cabeca e coluna cervical.
Cefaleia, enxaqueca.
Labirintite, vertigem e tonturas.
Nevralgia do trigemeo.
Articulacao temporo-mandibular (ATM) e odontalgias (pode-se associar o ponto boca);
Paralisia facial (associar pontos boca, olho. Na paralisia facial central associar pontos ganglios
da base, cerebro e cerebelo caso sejam positivos no diagnostico abdominal).
Dor cervical (cervicobroquialgia associar pontos B e C).
Otites (associar ponto ouvido).
Rinite (associar ponto nariz).
Ponto b
asico B:
Este ponto est
a localizado 2cm lateral a linha mediana do corpo, junto `a linha de implantac
ao
do cabelo ou a 1cm do ponto A (Figura 1). O ponto B yang esta localizado a 1cm do ponto A yang

Craniopuntura de Yamamoto (YNSA)

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(Figura 2). No tratamento das cervicobraquialgias o Ponto Basico A devera ser puntura antes do
Ponto Basico B.
indicado para patologias relacionadas `a coluna cervical, ombro e escapula.
E
Cervicobraquialgia (associar aos pontos A e C);
Ombro doloroso (bursite, tendinite, sndrome do impacto, capsulite adesiva); hemiplegia
(associar pontos g
anglios da base, cerebro e cerebelo- caso estejam alterados no diagn
ostico
cervical ou abdominal).
Ponto b
asico C:
Esta area est
a localizada a aproximadamente 5cm da linha media (Figura 1). Localiza-se pr
oximo
ao ponto de acupuntura E8. O Ponto C yang encontra-se a 5cm da linha mediana, na sutura
lambdoidea (Figura 2).
Deve-se inserir a agulha de baixo para cima, em uma extensao de cerca de 2cm, totalizando toda
a area referente ao ponto. Mesmo que o paciente apresente dor em apenas um segmento (ex. m
aos,
cotovelo) deve-se punturar toda a extensao do ponto.
indicado para patologias relacionadas aos membros superiores (ombro, braco, cotovelo,
E
antebraco, punho, m
ao e dedos).
Capsulite adesiva;
Artrites, tendinites, bursites, epidondilites, tenossinovite, sndrome do t
unel do carpo;
Hemiplegia;
Sndrome de Raynaud;
Ponto b
asico D:
Este ponto est
a localizado em um depressao aproximadamente 1cm acima do osso zigomatico, na
linha de implantac
ao do cabelo (Figura 3). O ponto D yang esta situado acima e posterior `a orelha
em uma linha curva (Figura 3). Por se tratar de um ponto, a insercao deve ser de cerda de 1cm.
Recomenda-se a inserc
ao seja feita da frente para tras (no sentido da orelha).
indicado para patologias relacionadas `a coluna lombar.
E
Hernia discal;
Lombalgia;
Lombociatalgia (pode-se associar aos pontos D1-D5, F, H e I);
Caimbras;
Hemiplegia (associar aos pontos g
anglios da base, cerebro e cerebelo se apresentarem alterac
ao
no diagn
ostico cervical ou abdominal e os pontos G, J e K).
Ponto b
asico D1-D5:
Estes pontos est
ao localizados anterior `a orelha.
Sendo que o ponto D5 encontra-se
aproximadamente ao nvel do trago (Figura 3). A puntura deve ser realizada de baixo para cima, ou
seja, de D1 em direc
ao a D5. Mesmo que o paciente apresente patologia especfica a uma determinada
vertebra lombar, deve-se inserir a agulha em toda a extensao da linha.
Sao 5 pontos que representam as vertebras lombares (L1 a L5) e sao utilizados para potencializar
os efeitos do ponto D no tratamento das lombalgias e lombocitalgias.
Ponto b
asico E:
Esta ponto e representada por uma linha que deve ser tracada `a 1cm da linha media (E12) ate
a pupila (E1), com uma inclinac
ao de aproximadamente 15o (Figura 1). A extremidade final (E1)
fica cerca de 2cm cm acima da sobrancelha, logo abaixo do Ponto Boca. O ponto basico E yang est
a
localizado na regi
ao da nuca, abaixo da sutura lambdoidea (espelho da localizacao do ponto E yin)
(Figura 2). Recomenda-se punturar do centro para fora, ou seja de E1 para E12.
indicado para patologias relacionadas `a coluna toracica (T1 a T12), costelas e orgaos internos
E
inervados pelos nervos tor
acicos (coracao e pulmao):

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Camilotti

Figura 3. Pontos b
asicos D, D1-D5, G e F. Fonte: modificado de Yamamoto et al. (2007).

Asma, bronquite, dispneia e alergias respiratorias);


Nevralgia intercostal;
Herpes zoster;
Dorsalgia;
Angina pectoris, opress
ao tor
acica (deve-se excluir a possibilidade de Infarto agudo do
miocardio!);
Palpitacoes.
Ponto b
asico F:
Localiza-se entre o ponto b
asico D e os pontos lombares D1-D5, apos os pontos G yin. O ponto
F yang situa-se no ponto mais alto do processo mastoide (Figura 3).
indicado para:
E
Ciatalgia;
Pode ser utilizado juntamente com os pontos D, D1-D5, H e I.

Craniopuntura de Yamamoto (YNSA)

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Ponto b
asico G:
Sao tres pontos que est
ao localizados em torno do ponto D. Localiza-se inicialmente o ponto G2
que esta situado `
a aproximadamente 0,5 cm acima do ponto D. Em seguida localiza-se o ponto G1
logo `a frente e levemente abaixo do ponto central (G2) e G3 imediatamente posterior e abaixo de G2
(Figura 3). O ponto G yang est
a localizado abaixo do ponto F yang, na margem inferior do processo
mastoide (Figura 3).
indicado para patologias relacionadas ao joelho:
E
Bursite, tendinite, doencas reum
aticas;
Artrose;
Ponto G1: trata a regi
ao medial do joelho;
Ponto G2: trata a regi
ao frontal (anterior) do joelho;
Ponto G3; trata a regi
ao lateral do joelho.
Ponto b
asico H:
Esta localizado 0,5cm posterior ao ponto B (Figura 1).
indicado para potencializar o tratamento das dores lombares e ciatalgia cronicas. Geralmente
E
utiliza-se associado aos pontos D e D1-D5.
Ponto b
asico I:
Esta situado 4 a 5cm posterior ao ponto C. Deve-se cuidar para nao passar para a regiao yang
(Figura 1).
indicado para potencializar o tratamento das dores lombares cronicas. Utiliza-se associado aos
E
pontos D e D1-D5.
Ponto b
asico J:
Esta localizado aproximadamente 1cm lateralmente `a linha media. Esta area inicia cerca de 1cm
posterior ao ponto A1 e termina pr
oximo ao ponto de acupuntura VG20 (Figura 1). Esta situado
lateralmente aos pontos cerebrais yin.
indicado para:
E
Patologias relacionadas ao dorso dos pes;
Dor e m
a circulac
ao;
Ponto acess
orio do ponto D.
Ponto b
asico K:
Situa-se aproximadamente 1cm lateralmente `a linha media e cerca de 1cm acima do ponto A1
(Figura 1).
indicado para:
E
Patologias relacionadas `
a planta dos pes;
Dor e m
a circulac
ao;
Ponto acess
orio do ponto D.
7. Pontos Sensoriais
Os pontos sensoriais consistem de 4 pontos que estao relacionados `a visao, olfato, gustacao e audic
ao
(Figura 4).
Ponto olho:
Situa-se 1cm abaixo do ponto A (Figura 4). O ponto Olho yang esta localizado `a 1cm abaixo do
ponto A yang. Associar ao ponto A.
indicado para patologias relacionadas aos olhos:
E

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Camilotti

Figura 4. Pontos sensoriais. Fonte: modificado de Yamamoto et al. (2007).

Conjuntivite, glaucoma, estrabismo, catarata, estrabismo;


Lacrimejamento, diminuic
ao da acuidade visual.
Ponto nariz:
Situado cerca de 1cm abaixo do ponto Olho (Figura 4). O ponto Nariz yang esta localizado 1cm
abaixo do ponto Olho yang. Associar ao ponto A.
indicado para patologias relacionadas ao nariz tais como: rinite, sinusite, alergias locais,
E
obstrucao nasal.
Ponto boca:
Esta localizado 1cm abaixo do ponto Nariz (Figura 4). O ponto Boca yang esta localizado 1cm
abaixo do ponto Nariz yang. Associar ao ponto A.
indicado para patologias relacionadas `a boca:
E
Aftas, afasia (AVC associar aos pontos cerebro, cerebelo e ganglios da base), gengivite;
Dist
urbios do paladar, dor na garganta, estomatite, dores odontologicas.

Craniopuntura de Yamamoto (YNSA)

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Ponto orelha:
Esta localizado 1,5cm abaixo do ponto C, em uma linha tracada do ponto C ao canto medial
do olho (Figura 4). O ponto Orelha yang esta localizado a 1,5cm baixo do ponto C yang, numa
angulacao de 15 graus. Associar ao ponto A.
indicado para patologias relacionadas aos ouvidos:
E
Otite, labirintite, surdez;
Em caso de tinido puntura-se o ponto Orelha yin e yang, em seguida tracar uma linha unindo
os dois pontos e punturar aproximadamente 4 pontos nesta linha os que forem mais dolorosos
ou que apresentarem alterac
ao na textura.
8. Pontos Cerebrais
Os pontos cerebrais s
ao muito utilizados em neurologia (Figura 1). Deve-se fazer o diagn
ostico
abdominal para a escolha do ponto.
G
anglios da base:
Esta localizado na linha media, aproximadamente 1cm acima do ponto A (Figura 1). O ponto
Ganglios da Base yang est
a localizado na linha media, 1cm acima do ponto A yang. Puntura-se uma
area de 4 a 5cm.
indicado para patologias neurol
E
ogicas, motoras e sensitivas:
Hemiplegia, paralisia;
Insonia;
Enxaqueca;
Vertigem, labirintite;
Tinidus;
Epilepsia;
Doenca de Parkinson;
Alzheimer e demencia;
Esclerose m
ultipla;
Neuralgia do trigemio;
Afasia;
Depress
ao;
Dist
urbios end
ocrinos.
C
erebro:
Localiza-se lateralmente ao ponto Ganglios da Base, 1cm acima do Ponto Basico A (Figura 1).
O ponto Cerebro yang est
a localizado lateralmente a ponto Ganglios da Base yang, 1cm acima do
ponto A yang. Pode-se subdividir o ponto, tendo como base a anatomia cerebral.
As indicac
oes s
ao as mesmas do ponto Ganglios da Base.
Cerebelo:
Situa-se posterior ao ponto Cerebro (cuidar para nao cruzar para a area yang). O ponto cerebelo
yang esta localizado acima do ponto Cerebro yang.
As indicac
oes s
ao as mesmas do ponto Ganglios da Base.

34

Camilotti

9. Pontos Y
Tambem chamados de pontos Ypsilon. S
ao 12 pontos que representam os zang fu e sao utilizados
para tratamento de patologias relacionadas ao zang fu especfico, dist
urbios funcionais, neurologicos
e motores, dist
urbios psicol
ogicos e psicossomaticos (Figura 5).
Nas patologias cr
onicas ou quando n
ao ha resultado com a utilizacao dos pontos basicos, pode-se
utilizar os pontos Y, pois pode ser que a origem do problema esteja relacionada a um dist
urbio dos
zang fu.
Deve-se fazer o diagn
ostico abdominal e cervical para determinar a escolha dos pontos e lado a
ser punturado. Deve-se punturar somente o lado que apresente alteracoes no diagnostico cervical
e, caso os pontos Rim e Fgado estejam positivos, deve-se puntura-los e testar os demais zang fu
novamente, pois a sensibilidade destes pontos pode ser alterada ou solucionada. A Tabela 1 mostra
a localizacao dos pontos Y.

Figura 5. Pontos Y. Fonte: modificado de Yamamoto et al. (2007).

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Craniopuntura de Yamamoto (YNSA)

Tabela 1. Localizaca
o dos pontos Y.

Ponto Y
Bexiga
Rim
Baco-pancreas
Estomago
Pericardio
Coracao
Fgado
Vescula biliar

Localiza
c
ao
Est
a localizado na regiao anterior do trago
Localiza-se entre o ponto basico D e a orelha
Situa-se acima do ponto Y rim, proximo ao ponto D5
Est
a posicionado acima do ponto Y baco-pancreas
Situa-se acima do ponto Y estomago
Situa-se lateral (em direcao `a orelha) e levemente inferior ao ponto Y
peric
ardio
Localiza-se ao lado do ponto Y Estomago e abaixo do ponto Y
corac
ao
Tracar uma linha vertical e anterior a orelha e uma linha horizontal
no bordo superior da orelha, o ponto encontra-se no cruzamento das
duas linhas

10. Diagnstico Abdominal


O diagnostico na regi
ao abdominal e feito de forma semelhante ao diagnostico cervical. Alem das
regioes correspondentes aos zang fu e coluna vertebral, ha ainda o teste das areas cerebrais, localizado
proximo ao apendice xif
oide (Figura 6 e Tabela 2).

Figura 6. Diagn
ostico abdominal. Fonte: modificado de Yamamoto et al. (2007).

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Camilotti

Tabela 2. Localizac
ao das a
reas do diagn
ostico abdominal.

Area
Coracao
Pericardio
Estomago
Duodeno
Vescula Biliar
Baco-Pancreas
Fgado
Pulmao
Triplo Aquecedor
Intestino Delgado
Intestino Grosso
Rim
Bexiga
Ganglios da Base
Cerebro e Cerebelo

Coluna Cervical
Coluna Toracica
Coluna Lombar
Sacro e Coccix

Localiza
c
ao
esta
area localiza-se na altura do ponto de acupuntura VC14
est
a localizada na altura do ponto de acupuntura VC13
corresponde a localizacao do ponto de acupuntura VC12
est
a
area localiza-se logo abaixo a area correspondente ao estomago
localiza-se no lado direito do abdome, levemente inferior `as costelas.
Lateralmente e abaixo da area do pericardio
lado esquerdo do abdome, levemente inferior `as costelas. Lateralmente
e abaixo da
area do pericardio
localiza-se no lado esquerdo do abdome, na altura do ponto de
acupuntura VC11
localiza-se no lado direito do abdome, na altura do ponto de
acupuntura VC11
localiza-se na altura do ponto de acupuntura VC6
localiza-se no lado direito do abdome, na altura dos pontos de
acupuntura VC4 e VC5
localiza-se no lado esquerdo do abdome, na altura dos pontos de
acupuntura VC4 e VC5
localiza-se na altura da espinha ilaca antero superior, bilateralmente
a
`
area da bexiga
est
a
area est
a localizada na linha media do tronco, na altura do ponto
de acupuntura VC3
est
a localiza imediatamente abaixo do processo xifoide
estas
areas est
ao localizadas bilateralmente `a area dos ganglios da base.
A
area do cerebro esta localizada na parte mais inferior e o cerebelo
est
a localizado na parte mais superior da area. As duas areas sao
palpadas simultaneamente
localiza-se bilateralmente `a linha media, estendendo-se da area
correspondente ao coracao ate a area do duodeno
est
a
area est
a estende-se do duodeno ao triplo aquecedor, formando
um crculo ao redor da cicatriz umbilical
localiza-se bilateralmente `a linha media, estendendo-se das areas
correspondentes ao triplo aquecedor e bexiga
Estas
areas localizam-se bilateralmente `a linha media, estendendo-se
da
area da bexiga ate a snfise p
ubica

11. Diagnstico Cervical


O diagnostico cervical e feito por palpac
ao na regiao anterior do pescoco, na qual ha locais especficos
para cada zang fu, conforme a Figura 7 e Tabela 3. Pode-se observar regioes com aumento da
sensibilidade (dor) e enrijecimento. Os locais que apresentarem alteracoes devem ser tratados com os
pontos Y. Apos a puntura deve-se testar novamente `as areas diagnosticas, caso ainda haja alterac
ao
deve-se manipular a agulha, alterando profundidade e direcao/localizacao. As manipulacoes devem
ser de pouca amplitude.
Caso haja alterac
ao no diagn
ostico cervical de Rim e Fgado, deve-se iniciar a puntura por estes
dois pontos respectivamente. Antes da puntura das demais areas com alteracao de diagnostico,
deve-se palpar estas regi
oes, pois pode haver melhora somente com a puntura dos pontos Rim e
Fgado.
O teste diagn
ostico deve ser feito bilateralmente e puntura-se apenas o lado que apresentar
disfuncao. Apos a puntura dos pontos com disfuncao podem aparecer outras regioes para serem
tratadas, assim e importante que se faca novamente o diagnostico apos a puntura.

37

Craniopuntura de Yamamoto (YNSA)

Figura 7. Diagn
ostico cervical. Fonte: modificado de Yamamoto et al. (2007).
Tabela 3. Localizaca
o das a
reas do diagn
ostico cervical.

Area
Rim
Fgado
Bexiga
Coluna Vertebral
e Cerebro
Pericardio
Coracao
Vescula Biliar
Pulmao
Baco-Pancreas
Estomago
Intestino Delgado
Triplo Aquecedor
Intestino Grosso

Localiza
c
ao
Localiza-se na margem posterior do m
usculo esternocleidomastoideo,
logo acima da clavcula
no centro do m
usculo esternocleidomastoideo (no ventre muscular),
dividir ao meio a distancia entre o queixo e o ombro
Abaixo da
area correspondente ao Rim, atras da clavcula
Adjacente e posterior `a area do Rim
localiza-se a frente da area correspondente ao Fgado, na margem
anterior do m
usculo esternocleidomastoideo
localiza-se acima da area do pericardio, na margem anterior do
m
usculo esternocleidomastoideo, logo abaixo do queixo
localizada abaixo do Pericardio, na margem anterior do m
usculo
esternocleidomastoideo
est
a localizado `
a frente da area correspondente ao Pericardio, proximo
ao osso hi
ode e `
a cartilagem tireoidea
esta
area localiza-se posteriormente ao Fgado, na margem anterior do
m
usculo trapezio
localizado atr
as da area correspondente ao Baco-Pancreas, sobre o
m
usculo trapezio
localiza-se acima da area do Baco-Pancreas, na margem anterior do
m
usculo trapezio, proximo `a regiao occipital
localiza-se abaixo e levemente anterior da area correspondente ao BacoP
ancreas, na margem anterior do m
usculo trapezio
localizado no meio do m
usculo trapezio, na linha de uniao entre o
pescoco e a cintura escapular

38

Camilotti

12. Consideraes Finais


A nova cranioacupuntura de Yamamoto e uma tecnica que apresenta resultados eficazes e rapidos.
Observa-se na pr
atica clnica que os melhores resultados sao obtidos quando se faz exerccio,
fisioterapia ou atividades habituais do paciente enquanto este esta com as agulhas.
Por ser uma tecnica recente h
a poucas pesquisas cientficas que comprovem seus resultados.
Algumas pesquisas encontradas ate o presente momento utilizam apenas dados subjetivos, tais
como questionarios, escala visual anal
ogica de dor, assim recomenda-se que novas pesquisas
sejam desenvolvidas, com utilizac
ao de equipamentos tais como algometro, eletromiografia para
determinacao dos efeitos da YNSA no tratamento de quadros algicos e, utilizacao de aparatos
tais como cinemetria para determinac
ao de modificacoes em padroes de movimentos e marcha em
patologias neurol
ogicas e plataforma de forca para determinacao de alteracoes de equilbrio. Sugere-se
tambem que sejam realizados estudos em animais, para investigar a liberacao de neurotransmissores
envolvidos com o processo de analgesia.
Ainda nao se conhece os efeitos na YNSA durante a gestacao, assim pesquisas em animais s
ao
necessarias para que esta tecnica possa ser utilizada sem receio e riscos.
Apesar de haver poucas pesquisas cientficas, a YNSA apresenta excelentes resultados. Portanto,
usem e abusem deste conhecimento que o Dr. Yamamoto descobriu e continua em constante
aprimoramento.
Referncias
Boucinhas, J., YNSA a Nova Acupuntura Craniana de Yamamoto. 2a edica
o. Natal, RN: SMBEAV, 2002.
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disk, lumbar radiculopathy and mechanical low back pain. Medical Acupuncture, 16(2), 2005.
Hasegawa, T.M.; Baptista, A.S.; de Souza, M.C.; Yoshizumi, A.M. & Natour, J., Acupuncture for acute non-specific
low back pain: A randomized, controlled, placebo trial. Arthritis & Rheumatism, 60(Suppl. 10):1497, 2009.
Schockert, T.; Schnitker, R.; Boroojerdi, B.; Smith, I.; Yamamoto, T.; Vietzke, K. & Kastrau, F., Cortical activation
by Yamamoto New Scalp Acupuncture in the treatment of patients with stroke. a sham-controlled study using
functional MRI. Acupuncture Medicine, 28(4):211212, 2010.
Scognamillo-Szab
o, M.V.R. & Bechara, G.H., Acupuntura: bases cientficas e aplicac
oes. Ciencia Rural, 31(6):1091
1099, 2001.
Umlauf, R., The influence of new scalp acupunture according to Yamamoto on changes of pain threshold. Acupuncture
Medicine, 9:2527, 1991.
WHO, , Guidelines on Basic Training and Safety in Acupuncture. Relat
orio Tecnico, World Health Organization,
Geneva, Switzerland, 1999. http://whqlibdoc.who.int/hq/1999/WHO_EDM_TRM_99.1.pdf.
van Wijk, R.; van der Greef, J. & van Wijk, E., Human ultraweak photon emission and the yin yang concept of chinese
medicine. Journal of Acupuncture and Meridian Studies, 3(4):221231, 2010.
Yamamoto, T.; Yamamoto, H. & Yamamoto, M.M., Nova Acupuntura Craniana de Yamamoto. S
ao Paulo, SP: Roca,
2007.

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