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Craniopuntura
A craniopuntura surgiu na China, através de um médico chamado Bian, que
nasceu em 5 a.C. Esse médico pioneiro curou um príncipe que sofria de síncope
cadavérica, durante uma apresentação ao público.
Mas foi somente a partir de 1950 que médicos chineses começaram a
aprimorar a craniopuntura, e principalmente após 1960, quando se teve um
desenvolvimento no campo da neurologia, através de um neurocirurgião chinês
chamado de Chiao Shun Fa, que desiludido com os resultados da medicina ocidental
no tratamento das sequelas neurológicas, passou a estudar acupuntura e teve a
brilhante idéia de usar os pontos no couro cabeludo, e assim ter um efeito mais rápido,
pois estava próximo ao córtex cerebral.
Então ele começou a associar as técnicas da acupuntura de acupuntura aos
conhecimentos da neurofisiologia tratando paralisias por doenças cerebrais, e
conseguiu reverter uma paralisia em membro superior direito de um paciente, causada
por uma endarterite cerebral.
Em 1989 a craniopuntura foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde
(OMS).
A craniopuntura é um microssistema, que tem seus pontos localizados no
crânio e faz referencia a uma região distal, portanto tem a representação do corpo em
pontos localizados na cabeça.
É indicada parra paralisias de membros, comprometimentos neurológicos em
geral, afasias de origem cerebral, vertigens, Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla,
AVE, nestesias aplicadas a cirurgias, déficit motor, alterações fisiológicas e
energéticas dos órgãos e vísceras segundo a MTC e dores em geral.
A estimulação das agulhas pode ser responsável por efeitos secundários,
como: cefaléias, palidez, vistas escurecidas, náuseas, vômitos, sudorese, membros
frios, estados lipotímicos (perda de força muscular) ou síncope (desmaio), coceira em
membros e alteração da freqüência cardíaca. Caso isso ocorra, é necessário deitar o
paciente e elevar os membros inferiores até que esse quadro melhore, geralmente
passa rápido.
Deve-se evitar a estimulação craniana em casos de hemorragia cerebral
descompensada, hipertensão arterial descompensada, febre alta, insuficiência
cardíaca.
A craniopuntura de Yamamoto, conhecida pela sigla YNSA (do inglês
Yamamoto New Scalp Acupucnture), ou até mesmo como craniopuntura japonesa, foi
desenvolvida por Toshikatsu Yamamoto por volta de 1960. É realizada através de
estímulos em 5 pontos básicos e sensoriais na região do crânio com representações
somática do corpo que, quando punturados estimulam áreas corporais distantes,
auxiliando no tratamento de patologias, principalmente as dolorosas e neurológicas.
Atualmente a craniopuntura de Yamamoto tem sido utilizada com mais
frequência para o tratamento de dores crônicas e agudas, distúrbios funcionais e no
tratamento de patologias neurológicas. No tratamento das dores agudas pode-se
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obter resultados imediatos com resolução total da dor e amplitude de movimento em
apenas uma sessão. Em tratamento das dores crônicas, são necessárias mais
sessões, sendo a quantidade variável de acordo com cada resposta do paciente e a
cronicidade da doença.
Nas patologias neurológicas observam-se alterações na coordenação motora
e força, nas primeiras sessões, porém, assim como na dor crônica, é necessárioum
número maior de sessões, e nem sempre os sintomas desaparecem completamente.
Uma grande vantagem da acupuntura YNSA, é que esta técnica pode ser associada
a outras técnicas de acupuntura e pode-se punturar os pontos e realizar exercícios
fisioterapêuticos, por exemplo.

Histórico da Craniopuntura de Yamamoto

Graduado em medicina em Tóquio no Nippon Medical College, oDr. Toshikatsu


Yamamoto, foi para os Estados Unidos, onde estudou durante 2 anos na Universidade
de Columbia e estagiou em anestesiologia no Hospital Saint Lukes em Nova Iorque.
No início dos anos 60 voltou a morar no Japão.
Observando camponeses que, devido à posição curvada, apresentavam muitas
queixas álgicas na coluna, começou então a realizar bloqueios anestésicos com
lidocaína a 0,5%, porém acidentalmente esqueceu-se do anestésico e aplicou em uma
senhora uma injeção de água bidestilada, a qual foi muito dolorosa. No dia seguinte,
a senhora retornou sem dores e pediu que o Dr. Yamamoto aplicasse novamente a
injeção. Sem conseguir explicar como tinha acontecido, resolveu procurar um
acupunturista e iniciou estudos em acupuntura, pois imaginou que os efeitos estavam
relacionados à estímulos de pontos e meridianos de acupuntura.
Dez anos depois, nos anos 70, ao palpar a região da testa de um paciente,
percebeu que ele sentia uma irradiação nos membros superiores. Iniciou essa
pesquisou em outras pessoas e percebeu que um determinado ponto na testa possuía
relação reflexa no membro superior, assim descobriu um dos pontos que denominou
de ponto básico C. Ele continuou pesquisando e, em 1973, descreveu os pontos
básicos A, B, C, D e E, os quais eram utilizados para o tratamento de dores e distúrbios
motores.
Posteriormente foram desenvolvidos os pontos sensoriais (olho, nariz, boca e
ouvido), cerebrais (cérebro, cerebelo e gânglios da base) e os pontos Y (que
correspondem aos zang fu da MTC) e às áreas diagnósticas (cervical e abdominal).
Em 1980 teve seu reconhecimento internacional no Japão, pela associação
japonesa de Ryodoraku e posteriormente na Alemanha.

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Representação e orientações

Os microssistemas são regiões do corpo que representa um todo, portanto


quando estimuladas podem tratar locais distais. A Craniopuntura de Yamamoto, é um
destes microssistemas, no qual a totalidade do corpo espelha-se sobre uma pequena
área na região do couro cabeludo. Todos os pontos da YNSA são dispostos
bilateralmente e se apresentam na parte anterior ou frontal, denominada de yin e a
outra posterior ou occipital, denominada de yang, representados pelos conceitos
fundamentais da MTC e baseados na teoria do yin e yang, os quais representam o
que é oposto e complementar. A parte Yin e Yang descritas pelo Yamamoto referem-
se apenas a região anterior ou frontal (yin) e posterior ou occipital (yang), e não refere-
se a relação de desarmonia energética Yin ou Yang.
O tratamento consiste em maior eficiência, cerca de 80%, quando utiliza-se a
patê Yin. recomenda-se que a sessão seja iniciada, portanto, pelos pontos da região
anterior, caso não tenha apresentado melhora siganificativa, deve usar os pontos
posteriores.
Ao realizar a puntura dos pontos pode-se manipular a agulha (em
pistoneamento e rotação em sentido horário e anti-horário) e observar o resultado.
Não existe uma medida exata para a localização dos pontos. As medidas
servem como base para encontrar a região que o ponto esta localizado. Deve-se
considerar as variações anatômicas da cabeça de um paciente para o outro. Deve-se
localizar o ponto através da palpação, o local exato do ponto a ser tratado pode estar
dolorido, pode haver uma depressão ou uma saliência.
Para a localização dos pontos, deve-se localizar a linha correspondente ao
ponto palpando-se com o cabo da agulha ou um apalpador, e solicitar ao paciente que
relate em qual região sente maior dor. Pode-se observar também através do sinal da
“careta”, na qual o paciente franze a testa. Caso o tratamento não apresente melhora,
deve-se conferir a agulha, pois pode estar fora do local diagnosticado.
A YNSA é dividida em quatrp grupos de pontos:
- Pontos básicos: aparelho locomotor;
- Pontos cerebrais: cérebro, cerebelo e gânglios da base;
- Pontos sensoriais: órgãos dos sentidos;
- Pontos Y: órgãos internos.
A puntura deve ser feita com o paciente na posição sentada ou deitado, e
sempre observar as reações do paciente, caso refira tontura, enjôo, estado lipotímico
(perda de força muscular), mal-estar deve-se retirar as agulhas e deitá-lo com os
membros inferiores elevados ate que apresente melhora desse quadro.
A inserção da agulha deve ser escalpeana, rente ao coro cabeludo. A direção
não tem importância, pois não estamos fazendo sedação ou tonificação. A
profundidade de inserção dever ser cerca de 1cm nas regiões correspondentes a
ponto (ex: ponto sensoriais, ponto B, pontos Y) e 2cm nas linhas correspondentes às
áreas (ex: lombar, torácica).

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Juntamente com a YNSA pode-se associar acupuntura sistêmica, fisioterapia,
exercícios ativos, passivos e ate mesmo passivos assistidos ou atividades funcionais
para melhorar quadros de restrição de movimento. As agulhas devem ser mantidas
por cerca de 20 minutos. O número de sessões depende da cronicidade da patologia,
em casos agudos geralmente a melhora é imediata e em casos crônicos são
necessárias número maior de sessões.

Contra-indicações

- Alterações circulatórias (trombose, flebite);


- Febre alta;
- Insuficiência cardíaca;
- Pressão arterial elevada no momento da puntura;
- Pacientes hipertensos controlados recomenda-se iniciar pelos pontos Y, caso
não haja alterações na pressão arterial, pode-se punturar os demais pontos, aferindo
a pressão arterial frequentemente.
- Feridas abertas e tumores no local da puntura;
- Fadiga extrema e fraqueza
- Sempre que for retirar as agulhas, fazer um tamponamento com algodão, pois
pode ter sangramento
- Sempre observar se o paciente apresenta hipotensão, sensação de desmaio,
mal-estar, vertigem, fraqueza, sensação de opressão torácica, palpitações, náuseas
ou vômitos. Nesses casos a pele geralmente fica pálida, o pulso fraco, pode haver
sudorese e sensação de frio nas extremidades. Caso isso ocorra, devem-se retirar
imediatamente as agulhas e deitar o paciente, geralmente os sintomas desaparecem
num curto espaço de tempo. Caso os sintomas persistam, é necessário atendimento
médico de emergência.

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Pontos Básicos

Fonte: Yamamoto, 2007


Os pontos básicos da Craniopuntura de Yamamoto estão localizados na
cabeça, na linha de implantação do cabelo e são utilizados para o tratamento de dores
localizadas nas regiões correspondentes aos pontos e distúrbios do movimento
relacionados à estas áreas.
A puntura pode ser homolateral a patologia de caráter ortopédico ou nos casos
de hemiplegia tratar o lado contralateral, quando de caráter neurológico. Observa-se
que os casos crônicos apresentam melhor resultado quando os pontos são
punturados bilateralmente. Para localizar o ponto deve-se palpar o ponto com o cabo
da agulha ou com um apalpador de auriculoterapia. O ponto de maior dor é o ponto a
ser tratado.

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Fonte: Yamamoto, 2007


Ponto básico A:

Localiza-se aproximadamente 1cm lateral a linha mediana do corpo, junto a


linha de implante do cabelo. E uma área que possui uma extensão de cerca de 2cm e
pode ser subdivida em 7 partes, de cima para baixo. Sendo que A1 corresponde a
cabeça e A2 a A7 correspondem as vertebras C1 a C7. A puntura poderá ser pontual,
em apenas um ponto de alteração álgica ou ser horizontal em toda a extensão da área
(2cm).
Esta área é indicada para o tratamento de patologias relacionadas a cabeça e
coluna cervical. Cefaleia, enxaqueca,labirintite, vertigem e tonturas. Nevralgia do
trigêmeo. Articulação temporo-mandibular (ATM) e odontalgias (pode-se associar o
ponto boca); Paralisia facial (associar pontos boca, olho. Na paralisia facial central
associar pontos gânglios da base, cérebro e cerebelo). Dor cervical
(cervicobroquialgia associar pontos B e C). Otites (associar ponto ouvido). Rinite
(associar ponto nariz).

Ponto básico B:

Este ponto esta localizado 2cm lateral a linha mediana do corpo, junto a linha
de implantação do cabelo ou a 1cm do ponto A.
No tratamento das cervicobraquialgias, o Ponto Básico A deverá ser puntura
antes do Ponto Básico B. É indicado para patologias relacionadas à coluna cervical,
ombro e escápula. Cervicobraquialgia (associar aos pontos A e C); Ombralgia (bursite,

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tendinite, síndrome do impacto, capsulite adesiva); hemiplegia (associar pontos
gânglios da base, cérebro e cerebelo.

Ponto básico C:

Esta área está localizada a aproximadamente 5cm da linha média. Localiza-se


próximo ao ponto de acupuntura E8. É indicado para patologias relacionadas aos
membros superiores (ombro, braço, cotovelo, antebraço, punho, mão e dedos).
Capsulite adesiva; Artrites, tendinites, bursites, epidondilites, tenossinovite, síndrome
do túnel do carpo; Hemiplegia; Síndrome de Raynaud;

Ponto básico D:

Este ponto está localizado em uma depressão aproximadamente 1cm acima do


osso zigomático, e 1cm à frente da orelha, na linha de implantação do cabelo. É
indicado para patologias relacionadas à coluna lombar. Hérnia discal; Lombalgia;
Lombociatalgia (pode-se associar aos pontos D1-D5, F, H e I); Cãimbras; Hemiplegia
(associar aos pontos gânglios da base, cérebro e cerebelo e os pontos G, J e K).

Ponto básico D1-D5:

Estes pontos estão localizados anteriores à orelha. Sendo que o ponto D5


encontra-se aproximadamente ao nível do trago. São 5 pontos que representam as
vértebras lombares (L1 a L5) e são utilizados para potencializar os efeitos do ponto D
no tratamento das lombalgias e lombocitalgias.

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Fonte: Yamamoto, 2007


Ponto básico E:

Ponto representado por uma linha que deve ser traçada à 1cm da linha média
(E12) até a pupila (E1), com uma inclinação de aproximadamente 15º. A extremidade
final (E1) fica cerca de 2cm cm acima da sobrancelha, logo abaixo do Ponto Boca. É
indicado para patologias relacionadas à coluna torácica (T1 a T12), costelas e órgãos
internos inervados pelos nervos torácicos (coração e pulmão):Asma, bronquite,
dispneia e alergias respiratórias); Nevralgia intercostal; Herpes zoster; Dorsalgia;
Angina pectoris, opressão torácica (deve-se excluir a possibilidade de Infarto agudo
do miocárdio!); Palpitações.

Ponto básico F:

Localiza-se entre o ponto básico D e os pontos lombares D1-D5. E indicado


para dor lombar quando está associada a irradiação; pode ser utilizado juntamente
com os pontos D, D1-D5, H e I.

Ponto básico G:

São três pontos que estão localizados acima do ponto D. É indicado para
patologias relacionadas ao joelho: Bursite, tendinite, doenças reumáticas; Artrose;
Ponto G1 (anterior e levemente abaixo de G2): trata a região medial do joelho; Ponto

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G2 (logo acima do ponto D): trata a região frontal (anterior) do joelho; Ponto G3
(posterior e levemente abaixo de G2); trata a região lateral do joelho.

Ponto básico H:

Está localizado 1cm posterior ao ponto B. É indicado para potencializar o


tratamento das dores lombares e ciatalgia crônicas. Geralmente utiliza-se associado
aos pontos D e D1-D5.

Ponto básico I:

Está situado 4 a 5cm posterior ao ponto C. É indicado para potencializar o


tratamento das dores lombares crônicas. Utiliza-se associado aos pontos D e D1-D5.

Ponto básico J:

Está localizado aproximadamente 1cm lateralmente à linha média. Esta área


inicia cerca de 1cm posterior ao ponto A1 e termina próximo ao ponto de acupuntura
VG20. Está situado lateralmente aos pontos cerebrais yin. É indicado para: Patologias
relacionadas ao dorso dos pés; Dor e má circulação; Ponto acessório do ponto D.

Ponto básico K:

Situa-se aproximadamente 1cm lateralmente à linha média e cerca de 1cm


acima do ponto A1 (Figura 1). É indicado para: Patologias relacionadas à planta dos
pés; Dor e má circulação; Ponto acessório do ponto D.

Pontos Sensoriais

Os pontos sensoriais consistem de 4 pontos que estão relacionados à visão,


olfato, gustação e audição.

Ponto olho:

Situa-se 1cm abaixo do ponto A. Associar ao ponto A. É indicado para


patologias relacionadas aos olhos:Conjuntivite, glaucoma, estrabismo, catarata,
estrabismo; Lacrimejamento, diminuição da acuidade visual.

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Ponto nariz:

Situado cerca de 1cm abaixo do ponto Olho. Associar ao ponto A. É indicado


para patologias relacionadas ao nariz tais como: rinite, sinusite, alergias locais,
obstrução nasal.

Ponto boca:

Está localizado 1cm abaixo do ponto Nariz. Associar ao ponto A. É indicado


para patologias relacionadas a boca: Aftas, afasia (AVC associar aos pontos cérebro,
cerebelo e gânglios da base), gengivite; Distúrbios do paladar, dor na garganta,
estomatite, dores odontológicas.

Ponto orelha:

Está localizado 1,5cm abaixo do ponto C, em uma linha traçada do ponto C ao


canto medial do olho. Associar ao ponto A. É indicado para patologias relacionadas
aos ouvidos: Otite, labirintite, surdez; em caso de tinido puntura-se o ponto Orelha yin
e yang, em seguida traçar uma linha unindo os dois pontos e punturar
aproximadamente 4 pontos nesta linha os que forem mais dolorosos ou que
apresentarem alteração na textura.

Fonte: Yamamoto, 2007

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Fonte: Yamamoto, 2007


Pontos Cerebrais

Os pontos cerebrais são muito utilizados em alterações neurológicas.

Gânglios da base:

Está localizado na linha média, aproximadamente 1cm acima do ponto A.


Puntura-se uma área de 4 a 5cm. É indicado para patologias neurológicas, motoras e
sensitivas: Hemiplegia, paralisia; Insônia; Enxaqueca; Vertigem, labirintite; Tinidus;
Epilepsia; Doença de Parkinson; Alzheimer e demência; Esclerose múltipla; Neuralgia
do trigêmeo; Afasia; Depressão; Distúrbios endócrinos.

Cérebro:

Localiza-se lateralmente ao ponto Gânglios da Base, 1cm acima do Ponto


Básico A. Pode-se subdividir o ponto, tendo como base a anatomia cerebral. As
indicações são as mesmas do ponto Gânglios da Base.

Cerebelo:

Situa-se posterior ao ponto Cérebro. As indicações são as mesmas do ponto


Gânglios da Base.

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Fonte: Yamamoto, 2007

Pontos Y, também chamados de pontos Ypsilon.

São 12 pontos que representam os zang fu e são utilizados para tratamento de


patologias relacionadas ao zang fu específico, distúrbios funcionais, neurológicos e
motores, distúrbiospsicológicos e psicossomáticos. Nas patologias crônicas ou
quando não há resultado com a utilização o dos pontos básicos, pode-se utilizar os
pontos Y, pois pode ser que a origem do problema esteja relacionada a um distúrbios
dos zang fu. Deve-se fazer o diagnóstico abdominal e cervical para determinar a
escolha dos pontos e lado a ser punturado. Deve-se punturar somente o lado que
apresente alterações no diagnostico cervical e, caso os pontos Rim e Fígado estejam
positivos, deve-se pontuá-los e testar os demais zang fu novamente, pois a
sensibilidade destes pontos pode ser alterada ou solucionada

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Ponto Y Localização
Bexiga Região anterior do trago
Rim Entre o ponto básico D e a orelha
Baço-pâncreas Acima do ponto Y rim, próximo ao ponto D5
Estomago Acima do ponto Y baço-pâncreas
Pericárdio Acima do ponto Y estomago
Coração Lateral (em direção a orelha) e levemente inferior ao
ponto Y pericárdio
Fígado Lateral ao ponto Y Estomago e abaixo do ponto Y
coração
Vesícula biliar Traçar uma linha vertical e anterior a orelha e uma linha
horizontal no bordo superior da orelha, o ponto encontra-se no
cruzamento das duas linhas
Pulmão Lateral e levemente superior, a frente do ponto Y
pericárdio
Intestino Lateral e levemente superior, a frente do ponto Y
Delgado Estomago
Triplo Lateral e a frente do ponto Y Baço-Pâncreas
Aquecedor
Intestino Lateral e levemente superior, a frente do ponto Y Bexiga
Grosso

Fonte: Yamamoto, 2007

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Diagnóstico Cervical

O diagnóstico cervical é feito através da palpação na região anterior do


pescoço, onde existe locais específicos para cada zang fu. Pode-se observar regiões
com aumento da sensibilidade (dor) e enrijecimento. Os locais que apresentarem
alterações devem ser tratados com os pontos Y. Após a puntura deve-se testar
novamente às áreas diagnósticas, caso ainda exista alguma alteração deve-se
manipular a agulha, com movimentos rotacionais e de pistoneamento. Caso apresente
alteração no diagnóstico cervical de Rim e Fígado, deve-se iniciar a puntura por estes
dois pontos respectivamente. Antes da puntura das demais áreas com alteração de
diagnóstico, deve-se palpar estas regiões, pois pode haver melhora somente com a
puntura dos pontos Rim e Fígado. O teste diagnóstico deve ser feito bilateralmente e
puntura-se apenas o lado que apresentar disfunção. Após a puntura dos pontos com
disfunção podem aparecer outras regiões para serem tratadas, assim é importante
que se faça novamente o diagnóstico após a puntura.

Área Localização
Rim Margem posterior do músculo esternocleidomastoideo,
logo acima da clavícula
Fígado No ventre do músculo esternocleidomastoideo, dividir ao
meio a distancia entre o queixo e o ombro
Bexiga Abaixo da área correspondente ao Rim, atrás da clavícula
Coluna Adjacente e posterior a área do Rim
Vertebral e
Cérebro
Pericárdio Localiza-se a frente da área correspondente ao Fígado,
na margem anterior do músculo esternocleidomastoideo
Coração Localiza-se acima da área do pericárdio, na margem
anterior do músculo esternocleidomastoideo, logo abaixo do
queixo
Vesícula biliar Localiza-se abaixo do Pericárdio, na margem anterior do
músculo esternocleidomastoideo
Pulmão Localiza-se a frente da área correspondente ao
Pericárdio, próximo ao osso hióide e a cartilagem tireóidea
Baço-pâncreas Localiza-se posteriormente ao Fígado, na margem
anterior do músculo trapézio
Estomago Localiza-se atrás da área correspondente ao Baco-
pâncreas, sobre o músculo trapézio
Intestino Localiza-se acima da área do Baco-pâncreas, na margem
Delgado anterior do músculo trapézio, próximo a região occipital
Triplo Localiza-se abaixo e levemente anterior da área
Aquecedor correspondente ao Baço-pâncreas, na margem anterior do
músculo trapézio

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Intestino Localiza-se no meio do músculo trapézio, na linha de
Grosso união entre o pescoço e a cintura escapular

Fonte: Yamamoto, 2007

Diagnóstico Abdominal

O diagnóstico na região abdominal é feito de forma semelhante ao diagnóstico


cervical. Além das regiões correspondentes aos zang fu e coluna vertebral, há ainda
o teste das áreas cerebrais, localizado próximo ao apêndice xifoide.

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Fonte: Yamamoto, 2007

Área Localização
Coração Localiza-se na altura do ponto de acupuntura VC14
Pericárdio Localiza-se na altura do ponto de acupuntura VC13
Estomago Localiza-se no ponto de acupuntura VC12
Duodeno localiza-se logo abaixo a área correspondente ao estômago
Vesícula Biliar Localiza-se no lado direito do abdome, levemente inferior às
costelas. Lateralmente e abaixo da área do pericárdio
Baço-pâncreas Localiza-se no lado esquerdo do abdome, levemente inferior às
costelas. Lateralmente e abaixo da área do pericárdio
Fígado Localiza-se no lado esquerdo do abdome, na altura do ponto de
acupuntura VC11
Pulmão Localiza-se no lado direito do abdome, na altura do ponto de
acupuntura VC11
Triplo Localiza-se na altura do ponto de acupuntura VC6
Aquecedor
Intestino Localiza-se no lado direito do abdome, na altura dos pontos de
delgado acupuntura VC4 e VC5
Intestino Localiza-se no lado esquerdo do abdome, na altura dos pontos
grosso de acupuntura VC4 e VC5
Rim Localiza-se na altura da espinha ilíaca antero superior,
bilateralmente à área da bexiga
Bexiga Localiza-se na linha média do tronco, na altura do ponto de
acupuntura VC3
Gânglios da Localiza-se imediatamente abaixo do processo xifóide
base
Cérebro e Localiza-se bilateralmente à área dos gânglios da base. A área
cerebelo do cérebro está localizada na parte mais inferior e o cerebelo
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está localizado na parte mais superior da área. As duas áreas
são palpadas simultaneamente
Coluna Localiza-se bilateralmente à linha média, estendendo-se da área
Cervical correspondente ao coração até a área do duodeno
Coluna Estende-se do duodeno ao triplo aquecedor, formando um
torácica círculo ao redor da cicatriz umbilical
Coluna Localiza-se bilateralmente à linha média, estendendo-se das
Lombar áreas correspondentes ao triplo aquecedor e bexiga
Sacro e cóccix Localiza-se bilateralmente à linha média, estendendo-se da área
da bexiga até a sínfise púbica.

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Conclusão

A craniopuntura de Yamamoto é uma técnica de microssistema que apesar do


número restrito de pesquisas cientificas, pode-se observar na prática clínica, uma
eficácia e resultados imediatos. Porém, a apresentação desta melhora acontece por
um tratamento reflexo de estimulação de uma área cortical, com representação
somática do corpo. Para chegar ao tratamento como um todo, proposto pela MTC,
deve-se em sessões posteriores, avaliar e tratar os desequilíbrios energéticos e
futuramente os desequilíbrios emocionais.

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