TCC Emanuelle Renck OK
TCC Emanuelle Renck OK
TCC Emanuelle Renck OK
EMANUELLE RENCK
JOINVILLE
2014
EMANUELLE RENCK
Trabalho
de
Concluso
de
Curso
Naval
da
Universidade
Joinville
2014
EMANUELLE RENCK
________________________
Prof. Thiago Pontin Tancredi
Coordenador do Curso
COMISSO EXAMINADORA:
__________________________
Prof. Ricardo Aurlio Quinhes Pinto.
Orientador
__________________________
Prof. Luiz Eduardo Bueno Minioli
__________________________
Prof. Thiago Pontin Tancredi.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Maria Eliete e Leomar, meu irmo Lucas, minhas queridas
avs e ao meu av e a toda minha famlia que me incentivou a seguir em frente
sempre com muito carinho palavras de apoio.
A todos os meus professores que me acompanharam e me ajudaram a
crescer no apenas como aluno durante toda graduao.
Ao professor Ricardo Aurlio Quinhes Pinto pela pacincia e pelas ideias
durante a orientao.
A todos os meus amigos que fizeram de Joinville um lugar especial. Que
nossa amizade conhea as fronteiras dessa cidade e sempre faa parte de nossas
vidas.
A todas as pessoas que se dispuseram a conversar e prestar entrevista
para a realizao desse trabalho.
RESUMO
Palavras-chave: Pesca Industrial com rede cerco. Traineira. Vale do Itaja. Peru.
ABSTRACT
The Vale do Itaja region is known as the largest Brazilian fishing hub, where
most of the fishery production in Santa Catarina is landed in this area. The towns of
Itaja and Navegantes have structure to attend the fishing sector, building the most
technological national fishing vessels. Thus, this paper briefly describe the situation
in the region , in relation of the latest purse seiners built and how it are on issues of
electronic equipment and fishing gear on deck. The main objective is to compare
these vessels to the ones built in Peru, which practice the same method of capture,
the purse seine, for similar target species (sardine / anchovy). For this survey were
made semi-structured interviews with people who work in different sectors that
encompass the fishing vessels, from crew to engineers. The results showed that
Peru is much better structured in terms of design and construction of fishing vessels
and that its purse seiners are larger, better equipped and have deck equipment that
are not used on Brazilian vessels.
Keywords: Purse Seine industrial fishery. Purse seiner. Vale do Itaja. Peru.
MPA
EPAGRI
PROFROTA
SUDEPE
UNIVALI
SINDIPI
CCTmar
FAO
GEP
RSW
AB
Arqueao Bruta
SUMRIO
1. INTRODUO .................................................................................................................................. 10
2. FUNDAMENTAO TERICA........................................................................................................ 14
2.1 PESCA......................................................................................................................................... 14
2.1.1 PESCA ARTESANAL .......................................................................................................... 16
2.1.2 PESCA INDUSTRIAL ........................................................................................................... 19
2.2 CARACTERIZAO DA INDSTRIA DE PESCA CATARINENSE ......................................... 21
2.3 EMBARCAES PESQUEIRAS INDUSTRIAIS ....................................................................... 23
2.4 MODALIDADES DE PESCAS .................................................................................................... 26
2.4.1 ARRASTO DE PORTAS NICO.......................................................................................... 28
2.4.2 ARRASTO DE PORTAS COM DUAS EMBARCAES.................................................... 28
2.4.3 ARRASTO DE PORTAS COM TANGONES ....................................................................... 28
2.4.4 REDE DE EMALHAR FLUTUANTE E DE FUNDO ............................................................. 29
2.4.5 REDE DE CERCO ................................................................................................................ 29
2.4.6 ESPINHEL SUPERFICIAL E DE FUNDO............................................................................ 33
2.4.7 VARA E ISCA VIVA.............................................................................................................. 33
2.5 DESEMPENHO DOS DESEMBARQUES POR MODALIDADE ................................................ 33
3. EMBARCAES PESQUEIRAS MTODO DE CERCO ................................................................ 36
3.1 TRAINEIRAS ARTESANAIS E INDUSTRIAIS........................................................................... 37
3.2 TRAINEIRAS EM RELAO AO ARRANJO DO CONVS ..................................................... 39
3.3 TRAINEIRAS SEGUNDO ESPCIE-ALVO DE CAPTURA....................................................... 40
3.4 TRAINEIRAS SEGUNDO A SUA TTICA ................................................................................. 43
4. EQUIPAMENTOS ............................................................................................................................. 44
4.1 EQUIPAMENTOS DE CONVS ................................................................................................. 44
4.1.1GUINCHO DE CERCO .......................................................................................................... 44
4.1.2 POWER BLOCK................................................................................................................... 46
4.1.3 ROLO TRIPLO...................................................................................................................... 47
4.1.4 ESTIVADOR (ESPALHADOR) ............................................................................................ 49
4.1.5 PETREL V-SHEAVES .......................................................................................................... 50
4.1.6 TAMBOR DE REDE ............................................................................................................. 51
4.1.7 SARICO (BRAILER)............................................................................................................. 51
4.1.8 BOMBA DE SUCO DE PEIXE ........................................................................................ 53
4.1.9 GRUA.................................................................................................................................... 55
4.1.10 ROLO DE BORDA.............................................................................................................. 56
4.1.11 PATESCA ........................................................................................................................... 57
10
1. INTRODUO
11
12
1.1 METODOLOGIA
em
entrevistas
semi-estruturadas.
pesquisa
exploratria
13
14
2. FUNDAMENTAO TERICA
2.1 PESCA
A pesca faz parte da vida humana h muitos anos, sendo ela anterior
agricultura. Alguns mtodos so to antigos que pesquisadores se baseiam em
indicaes arqueolgicas e etnolgicas para datar a utilizao deles. H anzis, por
exemplo, esculpidos em madeira e osso que foram encontrados em stios datados
de 8000 a.C. e existem registros que no Egito por volta de 2000 a.C., redes e arpes
eram manuseadas pela populao (JENNINGS; KAISER; REYNOLDS, 2001).
Antes de o Brasil ser colonizado pelos portugueses, os indgenas j
praticavam a pesca como forma de subsistncia. Peixes, crustceos e moluscos
eram alimentos de grande importncia para sua dieta alimentar (DIEGUES, 1999).
As tribos nativas possuam sua prpria tcnica para a construo de canoas e
artefatos utilizados na captura do pescado.
Anos mais tarde a atividade pesqueira brasileira foi influenciada por diferentes
pases, destacando-se Portugal e Espanha. E foi atravs da presena marcante da
pesca que diversas culturas regionais se desenvolveram, entre elas: jangadeiro, em
todo o litoral do Nordeste; caiara, na regio litornea entre o Rio de Janeiro e So
Paulo e a cultura aoriana, no litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul
(DIEGUES, 1999).
At nos anos 30, a atividade pesqueira era voltada para a pequena produo
mercantil. Os pescadores ao redor da costa brasileira, excluindo aqueles que
habitavam grandes centros urbanos, praticavam a agricultura e a pesca. A partir
dessa dcada, a pesca da sardinha atravs do mtodo de cerco foi inserida em
algumas regies, provocando mudanas tecnolgicas significativas. Grandes
volumes capturados aliados estruturao industrial do ramo originaram a uma
desvinculao da produo de baixa escala para assumir um carter comercial
(DIEGUES, 1983).
Aproximadamente 30 anos mais tarde, na dcada de 60 , a indstria
pesqueira recebeu apoio do governo brasileiro, por intermdio do rgo da Sudepe,
15
onde foram concedidos incentivos fiscais. Aps uma dcada dessa implementao a
pesca comercial teve seu auge, seguida de uma grande crise nos anos 80. Os
principais motivos para essa ocorrncia foram rpida sobre pesca de algumas
espcies de pescado e a recesso econmica no pas (DIEGUES, 1999).
Como ressalta o artigo 36 para os efeitos da Lei de Crimes Ambientais
considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender
ou capturar espcimes dos grupos dos peixes, crustceos, moluscos e vegetais
hidrbios2, suscetveis ou no de aproveitamento econmico, ressalvadas as
espcies ameaadas de extino, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora
(BRASIL, Lei n 9.605, de 12 de Fevereiro de 1998, 1998).
Segundo o IBGE a costa brasileira entende-se pelo Oceano Atlntico atravs
de 7.367 km onde no se observa acidentes geogrficos de expresso3. O extenso
costado brasileiro, grandes rios e afluentes podem ser vistos como um potencial
para a atividade pesqueira.
Segundo o 1 Anurio Brasileiro da Pesca e Aquicultura (2014) a atividade
pesqueira brasileira, pesca extrativa e aquicultura, gera um PIB nacional de R$ 5
bilhes, proporcionando 3,5 milhes de empregos diretos e indiretos. A expectativa
da FAO que em 2030 o Brasil torne-se um dos maiores produtores de pescado do
mundo, com um total de 20 milhes de toneladas por ano, aproximadamente 18,6
milhes a mais do que foi produzido em 2011 (1 ANURIO BRASILEIRO DA
PESCA E AQUICULTURA, 2014).
Alm da sua principal funo, fornecer alimento, seja para o consumo prprio ou
para o comrcio, a pesca empregada como importante atividade econmica e de
lazer. usualmente classificada em trs categorias:
(1) Esportiva/ recreativa (amadora);
(2) Subsistncia (amadora);
(3) Comercial (profissional).
A pesca esportiva/recreativa a modalidade onde o praticante o faz por hobby,
esporte ou como meio de recreao, sem que dela dependa a subsistncia do
pescador.
2
So seres autotrficos aquticos empregados como recursos pesqueiros ou ligados a cadeias trficas
mantendo esse tipo de recurso. Segundo Instituto Chico Mendes. Disponvel em: <
http://www.icmbio.gov.br/sisbio/duvidas-frequentes/32-vegetais-hidrobios.html>. Acesso em Agosto de 2014.
3
Acidentes geogrficos de expresso so reas onde a terra e o mar coexistem harmoniosamente.
16
anzis,
17
no
Brasil
aproximadamente
45%
da
produo
anual
Produo pesqueira em SC
Valores em kg de pescado
desembarcado
160.000.000
140.000.000
120.000.000
100.000.000
80.000.000
Pesca Industrial
60.000.000
Pesca artesanal
40.000.000
Total
20.000.000
0
Fonte: Autor, segundo Boletim Estatstico da Pesca Industrial de Santa Catarina (2012).
<
18
19
20
Pesca Artesanal
Pesca Industrial
Tamanho
embarcao
Pequeno
Mdio/Grande
Vnculo empregatcio com o
Trabalho
Familiar/Comunidade
armador
Costa/Zona pelgica e demersal
Local da pesca
Destino
pescado
Autonomia
Tcnicas
Costa/Esturio
(regio ocenica)
do Geralmente mercado
local
Mercado/Indstria/Exportao
At 24 horas
Rudimentares/Baixa
Sofisticadas/Emprego de
tecnologia
Tecnologia
Baixa
Mdia/ Alta
Capacidade
produo
Fonte: Autor.
21
22
desembarcadas
importncia
157
mil
dessa
atividade
toneladas,
um
no
Estado.
recorde
na
Em
2012
produo
foram
pesqueira,
considerando os ltimos 22 anos. Alm disso, o Estado foi apontado como o maior
produtor de pescado de origem marinha e de sediar o maior polo pesqueiro industrial
no Brasil.
na regio litornea do Vale do Itaja, englobando os municpios de Itaja,
Navegantes e Porto Belo que est localizado o maior polo pesqueiro industrial do
Brasil, responsvel por aproximadamente 90% da produo pesqueira total do
estado catarinense. Entre os estaleiros pesqueiros sediados nessa regio, podem-se
citar Estaleiro Felipe, Ablio Souza, Maccarini, D Leon e Santa Gertrudes. Entre as
empresas que trabalham com captura e processamento de pescados, e possuem
uma frota de embarcaes pesqueiras tem-se Costa Sul Pescados, Femepe, Cais
do Atlntico, Rio Pesca, JS Pescados, entre outros.
As principais modalidades de pesca industrial praticadas nos municpios de
Itaja, Navegantes e Porto Belo so o arrasto-duplo, o arrasto simples, o cerco, o
emalhe fundo, o espinhel de superfcie e a tcnica de vara e isca-viva (Boletim
Estatstico da Pesca Industrial de Santa Catarina, 2013).
No ano de 2012, Itaja e Porto Belo desembarcaram grande parte de sua
produo pesqueira utilizando do mtodo de cerco, j em Navegantes as tcnicas de
arrasto duplo e de cerco se destacaram. Sendo assim, em Santa Catarina a frota de
cerco considerada a mais importante e representativa em termos de tonelagem
8
Atualmente o boletim possui parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a Secretaria de
Desenvolvimento Regional de Itaja, o Sindicato dos Armadores e das Indstrias da Pesca de Itaja e Regio
(Sindipi) e a Universidade do Vale do Itaja (Univali).
9
Revista Sindipi, edio n 60, ano 2013, Boletins estatsticos da pesca industrial so lanados com apoio do
Governo Estadual, por Flavio Roberto Oliveira.
10
Download disponibilizado no site do Grupo de Estudo Pesqueiro GEP. Disponvel
em:<http://siaiacad04.univali.br/?page=estatistica_boletins>. Acesso em Julho de 2014.
23
24
b)
c)
d)
e)
f)
acomodao;
g)
h)
Regulamentos governamentais.
Segundo Endal (data desconhecida) o casco a principal parte da estrutura
ii.
iii.
Perfil hidrodinmico;
iv.
25
Site do governo de Portugal sobre a Direo-Geral de Recursos Naturais, Segurana e Servios Martimos.
Disponvel
em:<
http://www.dgrm.minagricultura.pt/xportal/xmain?xpid=dgrm&actualmenu=8580&selectedmenu=106019&xpgid=genericPage&cont
eudoDetalhe=108653>. Acesso em Outubro de 2014.
12
Organizao das Naes Unidas para Alimentao e Agricultura que trabalha no combate fome e
pobreza. Disponvel em:< http://www.fao.org/fishery/topic/13635/en>. Acesso em junho de 2014.
11
26
Arrasteiros simples
Parelhas
5%
11%
Camaroeiros /tangoneiros
Caceio
15%
37%
20%
Vara e isca-viva
Outros
Grupo de Estudo Pesqueiro da Univali em convnio com outras entidades, promovendo pesquisas voltadas a
estatsticas
e
projetos,
como
exemplo
o
IGEPESCA.
Disponvel
em:
<
http://siaiacad04.univali.br/?page=conheca_frotas_lista>. Acesso em Agosto de 2014.
27
Embarcao
Total de barcos
Rendimento [
276
17.167
Arrasteiros de Parelhas
28
64.786
Arrasteiros simples
25
49.996
Traineira
102
29.671
Caceio de fundo
153
17.797
Espinheleiro de superfcie
91
11.496
Espinheleiro de fundo
15.534
Vara e isca-viva
38
85.591
Fonte: Autor, baseado no Boletim Estatstico da Pesca Industrial Catarinense (2013, p. 33).
28
14
Arrasto
de
Parelhas
GEP.
Disponvel
em:
<
http://siaiacad04.univali.br/?page=conheca_frotas_detalhes/arrasto-parelhas>. Acesso em Agosto de 2014.
15
Grandes braos laterais nos quais se fixam os cabos de trao das redes, fixando as mesmas. Os tangones
so dispostos em cada lado da embarcao e permitem o arrasto simultneo de redes iguais e as mantem
afastadas do barco.
29
sardinha-lage
(ROSSI-WONGTSCHOWSKI;
VILA-DA-SILVA;
16
Arrasto Duplo - GEP. Disponvel em: < http://siaiacad04.univali.br/?page=conheca_frotas_detalhes/arrastoduplo>. Acesso em Julho de 2014.
17
Rede
de
emalhar
de
fundo
e
superfcieGEP.
Disponvel
em:
<
http://siaiacad04.univali.br/?page=conheca_frotas_detalhes/rede-emalhar-sup-fund>. Acesso em Julho de
2014.
30
18
31
19
Herring
Harvest:
Purse
Seining.
Disponvel
http://www.gma.org/herring/harvest_and_processing/seining/> . Acesso em Outubro de 2014.
em:<
32
33
Conhecida tambm como longline (linha longa), esse tipo de pesca faz o uso
de uma linha muito longa, podendo chegar at 100 km. Ao longo da linha principal
h diversas linhas secundrias onde so espalhados os anzis juntamente com
algum tipo de isca (JABLONSKI et al., 2006). Alm dos anzis so largados pela
popa da embarcao boias e boias-rdio para a localizao do espinhel aps o
tempo de espera na captura do peixe.
20
34
arrasto
duplo,
276
diferentes
embarcaes
atracaram
nos
portos
catarinenses. A produo total da frota nesse mesmo ano foi de 25.047 t, sendo que
Itaja e Navegantes receberam 93% desse total.
(d) Emalhe de fundo
A frota industrial de emalhe de fundo foi de 153 embarcaes. Elas foram
responsveis por 20.000 t de pescados desembarcados no estado, sendo que Itaja
destacou-se entre os municpios, produzindo aproximadamente metade do volume
total arrecadado.
(e) Cerco
Na frota industrial de cerco houve um registro de 102 embarcaes diferentes
que desembarcaram em Santa Catarina. A produo total atravs do mtodo de
cerco foi de 68.094 t sendo que Itaja abrangeu a maior parte da produo (47.372
t), seguida por Navegantes (13.750 t) e Porto Belo (6.718 t).
(f.1) Espinhel de superfcie
Durante o ano de 2012, 91 embarcaes de espinhel de superfcie atuaram e
foram responsveis por desembarcar 2.495 t de pescado.
35
ocorreram
exclusivamente
no
porto
de
Itaja
foram
0%
14%
5%
Arrasto simples
7%
Arrasto de parelhas
16%
Arrasto duplo
Emalhe de fundo
43%
13%
Rede de Cerco
Espinhel de Superfcie
Espinhel de fundo
Vara e isca-viva
36
37
21
Fishing Gear Types Purse seines (FAO). Disponvel em: < http://www.fao.org/fishery/geartype/249/en>.
Acesso em Outubro de 2014.
38
Fonte: Trimarine23
22
23
39
b)
c)
Fonte: FAO.
24
American
seiners
(FAO).
Disponvel
em:<
http://www.fao.org/fishery/vesseltype/710/en>. Acesso em Outubro de 2014.
40
Fonte: FAO.
Fishing
Vessel
Types
European
seiners
(FAO).
http://www.fao.org/fishery/vesseltype/720/en>. Acesso em Outubro de 2014.
Disponvel
em:<
41
27
42
28
43
44
4. EQUIPAMENTOS
4.1.1GUINCHO DE CERCO
45
formando uma espcie de bolsa. Essa operao muito importante, pois ela que
ir impedir que o cardume escape.
Figura 13 Ilustrao da pesca de cerco com luz, onde a espcie-alvo possui hbitos
noturnos.
Fonte: Fisheries Research & Development Corporation Fishing Methods, traduzido pelo
autor.
46
Introduzido nos anos 50 a linha Puretic Power Block foi um sistema que
revolucionou a mecanizao da pesca em cerco. Combinada com a tecnologia de
energia hidrulica e redes novas, maiores e sintticas, o carter desse mtodo de
pesca mudou. A partir da introduo desse equipamento foi possvel reduzir 12
pescadores na tripulao para cada rede de cerco. Com isso, a eficincia na
operao dobrou, o iamento da rede comeou a ser mais rpido e foi possvel
cercar cardumes cada vez maiores (SCHMIDT JR., 1960)
O power block constitudo por uma roldana em forma de V montada na
extremidade de uma grua ou de um pau de carga, como apresentado na Figura 15.
O material que reveste a roldana geralmente uma borracha dura ou uma borracha
travada que melhora a trao da rede durante seu hasteamento e reduz os
desgastes.
Esse equipamento tem a funo de iar a rede a partir da gua, passando
sobre uma polia que gira ao descer a rede at chegar ao nvel do convs. A rede
ser deixada na posio onde ser empilhada e posteriormente poder ser limpa, de
modo a retirar algas, peixes, entre outros, pela tripulao, essa localizao onde
ela ficar armazenada at o prximo lanamento de rede.
O power block um equipamento que funciona atravs de energia hidrulica
fornecida por bombas hidrulicas que so alimentadas pelo motor principal ou
auxiliar. controlado remotamente atravs de um console montado no convs, onde
47
Site oficial da empresa TH Marco. Disponvel em: < http://www.thmarco.com/en/productos/una-purseseiners__6/item/uretic-powerblocks__6.html>. Acesso em Outubro de 2014.
48
rolos podem ser inclinados no eixo vertical a fim que o seu posicionamento possa
ser alterado (PARENTE, 2003).
Esse apetrecho costuma estar localizado perto do costado boreste da
embarcao, devido ao fato que o cerco e a suspenso da rede ocorrem por esse
bordo, ou ento na popa a meia nau.
O uso desse equipamento beneficia a estabilidade da traineira em relao ao
uso do power block, uma vez que o ponto de trao da rede efetuado a uma
distncia menor do convs (PARENTE, 2003).
Outras vantagens do rolo triplo so em relao a maior facilidade para realizar
as manobras (principalmente em embarcaes de cerco europeias), pois a rede
estar localizada longe do hlice do navio (FAO30).
Figura 16 Foto ilustrativa do maior rolo triplo do mundo, Triplex 1020, instalado em uma
embarcao de cerco norueguesa, a Svanaug Elise.
30
Fishing
Technology
Equipments
Triple
roller.
Disponvel
em:
<
http://www.fao.org/fishery/equipment/tripleroller/en>. Acesso em Outubro de 2014.
31
Disponvel em: < http://www.triplex.no/news/view/worlds_largest_triplex_to_svanaug_elise>. Acesso em
Outubro de 2014.
49
50
Esse equipamento foi lanado pela Petrel Engenharia da frica do Sul, que
considerada uma das empresas lderes no projeto e na fabricao de equipamentos
de convs para a indstria pesqueira.
Petrel v-sheave um sistema para iamento da rede atravs de um
equipamento parecido com o power block. Esse apetrecho possui uma roldana
hidrulica revestida de borracha ou ao inoxidvel, porm, diferente do power block ,
esse apetrecho montado ao nvel do convs, uma foto ilustrativa desse
equipamento pode ser vista na Figura 18.
Aps a rede passar pela roldana principal ela atravessa uma roldana
intermediaria abaixo do nvel do petrel v-sheave, este arranjo aumenta a frico,
reduzindo
escorregamento
aumentando
velocidade
de
trao
(SPC/FISHERIES, 1989).
Segundo Purse seining32 o fato do petrel v-sheave ter o centro de gravidade
localizado mais abaixo que os outros rebocadores de rede proporciona mais
estabilidade, quando a falta dela causada pelo mau tempo( principalmente ventos
fortes).
Figura 18 Foto ilustrativa de um Petrel v-sheave modelo NW-56-SF
32
51
33
52
53
54
34
Fishing
Technology
Equipments
Fish
pump.
Disponvel
http://www.fao.org/fishery/equipment/fishpump/en>. Acesso em Outubro de 2014.
em:
<
55
4.1.9 GRUA
A grua um equipamento muito verstil, que pode ter diferentes funes para
a traineira durante a operao de pesca. Entre as utilidades, pode se citar:
56
57
4.1.11 PATESCA
35
Site Acro Cabos de ao, produtor de patescas. Disponvel em:< http://www.acrocabo.com.br/patescapatescas.php>. Acesso em 17 de Outubro de 2014.
58
59
4.2.3 SALMOURA
60
61
62
4.4.1 RADAR
63
4.4.3 GPS
64
4.4.5 NETSONDA
4.4.6 SONAR
ii)
iii)
iv)
65
4.4.7 RDIO
66
5. ESTUDO DE CASO A
67
68
Grfico 4 Material do casco das traineiras com RGP referente aos municpios de Itaja,
Navegantes e Porto Belo.
62%
Ao
38%
Madeira
6%
15%
5 >10 anos
10 20 anos
9%
29%
20>30 anos
3040 anos
40> anos
29%
69
Grfico 6 Arqueao bruta das traineiras com RGP referente aos municpios de Itaja,
Navegantes e Porto Belo.
6% 5%
0 - 50
51 - 100
101 - 150
32%
151 - 200
51%
201 -250
14%
0100 HP
100>200 HP
200300 HP
300>400 HP
400500 HP
51%
500> HP
70
Foi realizada uma visita ao cais do JS Pescados, onde a traineira Mtanos Seif
do armador Jorge Seif estava atracada para a realizao de sua manuteno geral,
que ocorre a cada um ou um ano e meio.
O Mtanos Seif uma traineira que comeou a ser construda em 2006 e foi
inaugurada em 2008, no municpio de Itaja. O casco foi construdo de ao naval
dentro do Estaleiro Felipe no comando do Jeison Coninck. O Mtanos Seif foi
finalizado dentro do cais do JS Pescado que possui uma oficina prpria e contou
tambm com servios terceirizados.
Tabela 2 Informaes sobre a traineira Mtanos Seif.
Nome embarcao
Mtanos Seif
2008
Armador
Comprimento total
35,7 m
Boca
9m
Calado
4m
180 t ou 240 m
Material do casco
Ao naval
Motor principal
Cummins KTA38 MO
Potncia
860 HP
Tripulao
19 tripulantes
295,9 HP
Engenheiro responsvel
Fonte: Autor.
71
72
73
ii.
Trimar XVI
74
iii.
Trimar XVII
iv.
Ferreira XXVI
Nome embarcao
2014
Armador
Comprimento total
42 m
Boca
10 m
Calado
4m
300 t ou 400m
Material do casco
Ao naval
Motor principal
2 Cummins de 650 HP
Autonomia
2000 milhas
Sistema armazenamento
Salmoura
Tripulao
20 tripulantes
Engenheiro Responsvel
Fonte: Autor
75
quando a traineira Nabiha Jorge Seif estar finalizada e pronta para comear a
operar. A Figura 31 mostra o convs da traineira com diversas entradas para o
poro de armazenamento e a casaria localizada a proa.
O panga da embarcao Nabiha Jorge Seif encontra-se finalizado como mostra a
Figura 32. Observa-se que o seu casco, na parte inferior, possui uma espcie de
suporte para facilitar a sua descida da popa da embarcao.
Figura 30 Foto ilustrativa da Traineira Nabiha Jorge Seif atracada no cais da empresa JS
Pescados.
76
77
Nome embarcao
Trimar XVI
2014
Armador
Comprimento total
34 m
Boca
8,6 m
Calado
4,15 m
178 m ou 237 m
Sistema armazenamento
Salmoura
Material do casco
Ao naval
Motor principal
Cummins de 650 HP
Tripulao
18 tripulantes
Autonomia
1000 milhas
Engenheiro responsvel
Fonte: Autor
78
79
80
6. ESTUDO DE CASO B
81
Traineiras
Mdio/Grande porte
Vikingas
Nvel de Organizao
Alto
Mdio/Baixo
Capital e Investimentos
Alto
Baixo
Alto/mediana tecnologia
Baixa tecnologia
Projeto e Construo
Mtodos analticos
Captura
Altos volumes
Mdio volume
Conservao
Site amplo informativo sobre setores relacionados a anchoveta Come Anchoveta. Disponvel em:<
http://www.anchoveta.info/index.php%3Foption%3Dcom_content%26task%3Dblogsection%26id%3D0%26Ite
mid%3D9%26limit%3D10%26limitstart%3D40>. Acesso em 10 de Outubro de 2014.
82
83
Fonte: SIMA
Figura 38 Lista de embarcaes pesqueiras construdas pela SIMA
Fonte: SIMA.
84
Nome embarcao
Incamar I
2011
Armador
COPEINCA SA
Comprimento total
77 m
Boca moldada
11 m
Pontal moldado
5m
800 m
Material do casco
Ao naval
Motor principal
Potncia
1755 BHP
Tripulao
26 tripulantes
85
86
806,67 m
Nmero de pores
100 m
30%
28C
0C
Tempo de esfriamento
4 horas
Tipo de refrigerante
Amonaco
87
7. RESULTADOS
88
que construiu o guincho. Outra empresa que construiu alguns equipamentos para a
traineira catarinense est sobre nova direo e no foi possvel obter mais
detalhamento.
Tabela 8 Comparao entre Mtanos Seif e Incamar I.
MTANOS SEIF
INCAMAR I
Mtodo de captura
Rede de cerco
Rede de cerco
Espcie-alvo
Sardinha
Anchoveta
Pas de construo
Brasil
Peru
Material do casco
Ao naval
Ao naval
Comprimento
35,7 m
77 m
Boca
9m
11 m
Calado
4m
5m
Capacidade de
180 t ou 240 m
800 m
Cummins KTA38 MO
860HP
1755 HP
Tripulao
19-23
26
Power Block
Possui
Possui
Sistema Petrel
No possui
Possui
Sistema de conservao
Salmoura
armazenamento
Motor principal
refrigerada)
Sistema de recolhimento Sarico
Bomba de suco de
do pescado da rede
peixe
Equipamentos
Importados, alguns da
Importados, praticamente
eletrnicos
marca FURUNO
Fonte: Autor.
89
8.1 CONCLUSO
Neste trabalho foi abordado desde um breve histrico da pesca seguido das
particularizaes entre a pesca artesanal e a industrial. Na pesca industrial o
assunto foi aprofundado e um resumo dos mtodos empregados foi apresentado. O
tema do trabalho abordou as embarcaes que praticam o mtodo de cerco em
geral, com foco nas construdas na regio do Vale do Itaja.
Foram estudadas no apenas as embarcaes pesqueiras, que praticam o
mtodo do cerco, peruanas e brasileiras. Durante o tempo dedicado ao projeto, s
embarcaes de cerco atuneiras e de outros pases foram consideradas, a fim de ter
conhecimento suficiente para escrever sobre os equipamentos de convs e
eletrnicos, sistema de refrigerao e mtodo de operao presentes nesse mtodo.
Apesar da regio do Vale do Itaja ser considerado como o principal polo
pesqueiro do Brasil, diversas lacunas so observadas nesse setor como: os
equipamentos eletrnicos e de convs estrangeiros que so altamente taxados pelo
governo, dificultando a entrada de novas tecnologias; a grande maioria das traineiras
operam com sistemas obsoletos de conservao do pescado ( base de gelo) ;
armadores com poucos recursos para investimentos; licena de embarcaes que
traz entraves em relao a novas construes; apenas um engenheiro naval
realizando os projetos de traineiras na regio.
Percebe-se que a construo de embarcaes pesqueiras no Vale do Itaja
ainda est fortemente ligada as tradies, com grande base em conhecimentos
empricos. Poucos indivduos conhecem os equipamentos que so utilizados em
outros pases, como por exemplo, o rolo triplo e o petrel, fato que confirmado
quando se observa os equipamentos que as traineiras industriais da regio utilizam,
que so sempre os mesmos (power block, guincho de convs e sarico).
J em 1973 o Peru construa embarcaes 10 metros maiores do que a
maior embarcao pesqueira atual brasileira. A tecnologia empregada tanto no
projeto quanto na produo est muito evoluda nesse pas. A embarcao Yara
90
91
92
9. REFERNCIAS
ACRO,
Cabos
de
em:
do
Vale
do
Itaja,
2004.
Disponvel
em:
<
93
<http://www.unido.org/fileadmin/import/56685_TecnologaPesca.pdf>.
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So
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Unidade
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date unkown).
95
Types: Purse
seines.
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FAO.
Fishing
techniques
Tuna
Purse
Seining
.Disponvel
em:<
FAO. Industrial
Fisheries. Disponvel
em:
FAO.
Fishing
Vessel
Types:
American
seiners
.Disponvel
em:<
FAO.
Fishing
Vessel
Types:
European
seiners.
Disponvel
em:<
FAO.
Fishing
Vessel
Types:
Purse
seiners
.Disponvel
em:<
FAO.
Fishing
Technology
Equipments:
Triple
roller.
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<
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Technology
Equipments:
Fish
pump.
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<
Evandro
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emalhar
de
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100
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SPC/FISHERIES. Twenty
First
Regional
Technical
Meeting
on
101
del
Ing.
Alberto
Fujimori. 2011.
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em:
<http://www.bst-tsb.gc.ca/eng/rapports-
TRI MARINE. Tuna supply for your business. Fishing Fleet. Disponvel em:<
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first
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Thynnus)
and
an
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of
the
catches. 1931.
Disponvel
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re&doc;.view=entire_text>. Acesso em: 20 set. 2014.
103
ANEXO I
104
carregadeira,
rede,
sonar,
sonda,
etc.
So
manuais
ou
automatizados?
13-Qual a motorizao da embarcao?
14-Qual o sistema de transmisso utilizado na embarcao?
15-Qual a tripulao da embarcao?
pescadores...)
16-Qual a autonomia da embarcao? Quanto tempo, geralmente, as viagens
duram?
17-Qual o sistema de armazenamento do pescado utilizado? (Gelo, salmoura,
RSW).
105
ANEXO II
106
13-Para qual a modalidade de pesca o Estaleiro na qual o senhor (a) trabalha produziu
mais embarcaes?
14-Quais as principais caractersticas em uma embarcao de pesca comercial ?
107
ANEXO III
108
ANEXO IV
109
110
ANEXO V
da
Atividade
Pesqueira
RGP,
disponvel
em:
<
AB
Potncia do
motor [HP]
Material do
Casco
Ano
construo
24,12
83
380
Ao
1984
28,8
127
425
Ao
1986
ALEXIA F
19,85
65
310
Madeira
1985
ANTONIO P. DOMINGOS
23,56
93
290
Ao
1985
ATENA F
27,6
141
425
Madeira
2007
CABRAL I
18,3
39
267
Madeira
1955
NOME
ABILIO SOUZA
ALALUNGA VI
CARLOS FRANCISCO I
22,2
95
325
Madeira
2006
24,12
109
350
Ao
1984
27,15
141
425
Madeira
2006
DOM MARCU S
25,5
121
380
Madeira
2006
22,9
84
360
Madeira
1984
EDUARDO ANTONIO F
26,38
108
425
Ao
1999
FERREIRA IX
17,37
58
310
Madeira
1984
FERREIRA XV
23,3
105
311
Ao
1984
FILHO DA PROMESSA F
22,4
78
290
Madeira
1985
21,44
21
325
Ao
1981
30,5
180
600
ao
2007
IPE III A
LEANDRO E LUIS C
LUIZ PAULO III
20,5
89
270
Madeira
2009
25,09
109
343
Madeira
1988
24,4
113
325
Ao
1985
25,09
109
343
ao
1988
PRIMAVERA XIX
28
158
409
Ao
2006
PRIMAVERA XX
27
145
409
Madeira
2006
RIOPESCA V
24,1
83
325
Madeira
1987
SEIVAL III
23,6
63
240
Madeira
1980
SONI C
27,3
112
360
Madeira
1978
26,38
106
425
Ao
1995
VELHO POCHO I
27,4
136
380
Madeira
2005
VICTORIA MAR
25,24
91
290
Madeira
1985
19,25
86
290
Ao
1984
TATIANA F
111
AGUIA DOURADA XI
24,62
117
350
Ao
1991
25,14
93
270
Madeira
1968
BOLIVAR IV
21
65,5
380
Ao
1974
CABRAL VII
28,4
152
550
Madeira
2006
24,66
95
343
Madeira
1967
FELIPPE JORGE
26,8
134
316
Madeira
1999
FERREIRA III
25,9
95
425
Madeira
1989
FERREIRA V
24,75
89
425
Madeira
1975
FERREIRA VI
18,72
65
290
Madeira
1974
FENIX Z
FERREIRA VII
23,4
81
325
Madeira
1974
FERREIRA VIII
22,75
60,3
335
Madeira
1971
FERREIRA X
17,28
58
290
Madeira
1983
FERREIRA XIII
19,14
99
290
Ao
1985
FERREIRA XIV
23,3
103
290
Ao
1985
FERREIRA XVI
19,14
99
290
Ao
1985
FERREIRA XXIII
23,7
89
370
Madeira
1987
FERREIRA XXVI
31
214
670
Ao
2011
FLOR DE LOTUS I
25,5
64
357
Madeira
1981
HIRO SHO
22,6
61
330
Madeira
1972
IPE IV
23,5
81
325
Madeira
1974
JAMAR
26,7
161
375
Madeira
1954
21,44
90
400
Ao
1974
AIO VICTOR
13,8
19,3
220
Madeira
1939
KOPESCA II
19,98
82
270
Madeira
1984
LAGUNA II A
24,4
113
345
Ao
1985
MANOEL ESPOGEIRO
25,4
109
350
Madeira
1986
MAR CASPIO I
23,15
61
320
Madeira
1970
MAR DE BETH
22,05
61
325
Madeira
1983
30,6
212
525
Madeira
2013
PRIMAVERA XVI
23,96
81
370
Madeira
1987
PRIMAVERA XVIII
25,09
98
335
Ao
1987
RIOPESCA VII
JOSE ANTONIO V
MATHEUS MARQUES
28,85
153
530
Madeira
2013
VERDE VALE IV
23
74
250
Madeira
1970
VICTORINHA MAR
12
18,2
180
Madeira
1984
VICTORINHA MAR I
13
16,5
115
Madeira
1984
35,7
231
850
Ao
2008
CRISTO REI
10
6,7
60
Madeira
1999
DANILO S
9,9
60
Madeira
2013
DOM MAEL II
10,38
15
90
Madeira
2013
ELIZANDRA II
10
4,5
24
Madeira
1984
J SANTOS
12
4,6
45
Madeira
1993
KOWALSKY VI
25,2
117
720
Ao
2001
MATHEUS S
15,5
28
180
Madeira
2003
12
9,1
75
Madeira
1998
MTANOS SEIF
NAMAR
112
PRINCIPE DA PAZ II
10,7
11
90
Madeira
2010
11,3
9,6
90
Madeira
2001
10,18
4,76
45
Madeira
1989
60
Madeira
2009
VIUVA NEGRA
8,5
18
Madeira
1993
VO CHICO I
12
90
Madeira
1986
V CHICO V
13,7
14,6
175
Madeira
1999
V ZICO
10,53
12
60
Madeira
2010
LEIXES I
30,46
212
380
Ao
2004
TATIANE III
UNIDOS SOMOS