Apresentação TCC Rafael Schiffler

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 91

PROJETO DE UM CARRO DE

TRANSLAÇÃ O PARA DOCAGEM DE


EMBARCAÇÕ ES DE PEQUENO PORTE
Autor: Rafael Costa Frias Schiffler
Prof. Orientador: Stella Maris Pires Domingues
Oraganizaçã o do texto

• Equipamentos e estruturas para docagem.


• Apresentação e dimensionamento da estrutura do carro de translação.
• Verificações.
• Definição dos mecanismos
• Análise pelo método dos elementos finitos.
• Proteção contra corrosão
• Medidas de Segurança na operação
• Análise de custos.

2
1. Introduçã o

Docagem

Figura 1.1 – Navio em docagem. C Tank (2021). Figura 1.2 - Dique flutuante. Dockbrasil (2021).

3
1.1 Equipamentos e estruturas para
docagem de embarcaçõ es
Dique seco

Figura 1.3 - Embarcação TS Poderoso em um dique seco. Autoria própria (2021).

4
1.1 Equipamentos e estruturas para
docagem de embarcaçõ es
Dique flutuante

Figura 1.4 - Dique flutuante do estaleiro Dockshore.

5
1.1 Equipamentos e estruturas para
docagem de embarcaçõ es
Syncrolift

Figura 1.5 - Desenho esquemático de um Syncrolift. Syncrolift shiplifting

6
1.1 Equipamentos e estruturas para
docagem de embarcaçõ es
Hydrolift

Figura 1.6 – Hydrolift. Estaleiro Lisnavave, Portugal.

7
1.1 Equipamentos e estruturas para
docagem de embarcaçõ es
Carreira

Figura 1.7 – Carreira do estaleiro Codepe. (Autoria Própria)

8
1.2 Apresentaçã o do projeto

O projeto da estrutura foi realizado para atender a frota de uma


empresa de navegação.
Tabela 1.1 - Características da maior embarcação da frota de uma empresa de navegação.
Autoria Própria (2021)

Descrição Dimensão
Comprimento total 32,0 m
Boca 11,20 m
Quilha 22,0 m
Pontal 4,09 m
Calado leve 4,10 m
Calado máximo 4,60 m
Deslocamento leve 414,88 t
Deslocamento carregado 852,13 t

9
1.2 Apresentaçã o do projeto

Figura 1.8 – Principais dimensões do carro de translação. Autoria própria.

10
2. Dimensionamento

NBR 8400 - Cálculo de equipamento para levantamento e


movimentação de cargas

• Classificação da estrutura e definição de coeficientes


• Dimensionamento das vigas longitudinais
• Dimensionamento das vigas transversais

11
2. 1 Classificaçã o da estrutura

Classe de utilização
Tabela 2.1 – Classe de utilização. NBR 8400 (1984).
Número convencional
Classe de Frequência do movimento de
de ciclos de
utilização levantamento
levantamento
Utilização ocasional não regular, seguida
A
de longos períodos de repouso
Utilização regular em serviço
B
intermitente
C Utilização regular em serviço intensivo
Utilização em serviço intensivo severo,
D efetuado, por exemplo, em mais de um
turno

12
2. 1 Classificaçã o da estrutura

Estado de carga
Tabela 2.2 – Estados de carga. NBR 8400 (1984).
Fração mínima da
Estado de carga Definição
carga máxima
Equipamentos levantando excepcionalmente a carga nominal
0 (muito leve) e comumente cargas muito reduzidas. P=0

Equipamentos que raramente levantam a carga nominal e


1 (leve) comumente cargas de ordem de 1/3 da carga nominal. P = 1/3

Equipamentos que frequentemente levantam a carga


2 (médio) nominal e comumente cargas compreendidas entre 1/3 e 2/3 P = 2/3
da carga nominal
Equipamentos regularmente carregados com a carga
3 (pesado) P=1
nominal

13
2. 1 Classificaçã o da estrutura

Grupo e coeficiente de majoração


Tabela 2.3 – Grupos. NBR 8400 (1984).
Classe de utilização e número convencional de ciclos de
levantamento (ou de tensões para um elemento)
Estado de
 
cargas (ou
estado de
tensões para Tabela 2.4 – Coeficiente de majoração. NBR 8400 (1984).
A B C D
um elemento)
 
Grupos 1 2 3 4 5 6
1 1 1 1,06 1,12 1,20

0 (muito leve)
1 2 3 4
P=0
1 (leve)
2 3 4 5
P = 1/3
2 (médio)
3 4 5 6
P = 2/3
3 (pesado)
4 5 6 6
P=1 14
2. 1 Classificaçã o da estrutura

Coeficiente dinâmico
Tabela 2.5 – Coeficiente dinâmico. NBR 8400 (1984).
Faixa de velocidade de
Equipamento Coeficiente dinâmico ψ
elevação da carga (m/s)
1,15
Pontes ou pórticos
1 + 0,6
rolantes
1,60
1,15
Guindaste com lanças 1 + 0,3
1,3

15
2.1 Classificaçã o da estrutura

Casos de solicitação e fator de segurança


Tabela 2.6 – Casos de solicitação. NBR 8400 (1984).
Caso de solicitação Tipo de serviço

Caso I serviço normal sem vento

Caso II serviço normal com vento limite de serviço

Caso III solicitações excepcionais

Tabela 2.7 – Fator de segurança. NBR 8400 (1984).

Caso de Solicitação Caso I Caso II Caso III

FS 1,5 1,33 1,1

16
2.1 Classificaçã o da estrutura

Tensão admissível
Tabela 2.8 – Resistencia e escoamento do aço ASTM A72 GR 50. Autoria própria..
Aço ASTM A572 GR 50
Propriedade Valor

Limite de escoamento 345 MPa

Limite de resistência 450 MPa

(2.1)

(2.2)

17
2.2 Vigas longitudinais

Figura 2.1 – Posicionamento da embarcação sobre o carro de translação. Autoria própria.

18
2.2 Vigas longitudinais

• Vigas longitudinais

Figura 2.3 – Diagrama de corpo livre.


Autoria própria.

Figura 2.2 – Esquema para análise da estrutura. Autoria própria.

19
2.2 Vigas longitudinais

• Calculou-se a área mínima da alma para resistir ao cisalhamento e o


módulo de resistência à flexão.
(2.3)

(2.4)

20
2.2 Vigas longitudinais

Figura 2.4 – Tabela de perfis W. Gerdau.

21
2.2 Vigas longitudinais

Após a definição do perfil que atendesse as especificações, calculou-se


os diferentes tipos de solicitações.
• Solicitação devido a carga de serviço
• Solicitação devido ao peso próprio
• Solicitação devido aos efeitos de vento

22
2.2 Vigas longitudinais

Solicitação devido aos efeitos de vento


(2.5)

Onde:
C = Coeficiente aerodinâmico
A = Área exposta ao vento

(2.6)

Onde: = Velocidade do vento

23
2.2 Vigas longitudinais

Solicitação devido aos efeitos de vento

𝐹 𝑤 =𝟏𝟎𝟕, 𝟐𝐍

Figura 2.5 – Valores de coeficiente aerodinâmico. NBR 8400 (1984).

24
2.2 Vigas longitudinais

Para assegurar que a estrutura está segura para operar nas condições
especificadas anteriormente, a norma determina que:
(2.7)

Portanto, as vigas longitudinais estão seguras em relação ao limite de


escoamento.

25
2.3 Verificaçã o flambagem global

A norma determina que não haverá flambagem global se a equação 2.8


for satisfeita.

Onde: é o coeficiente de flambagem.

(2.8)

26
2.3 Verificaçã o flambagem global

Para determinar o coeficiente de flambagem ω é necessário encontrar


o coeficiente de esbeltez λ, através da equação 2.9.
(2.9)

Onde:
L: Comprimento da viga
r: Raio de giração
K: Fator de multiplicação obtido através de tabela, varia em função do tipo de apoio.

27
2.3 Verificaçã o flambagem global

A partir da tabela determina-se o valor de K.

Figura 2.6 – Fator de multiplicação K. NBR 8400 (1984).

28
2.3 Verificaçã o flambagem global

Considerando o raio de giração na direção y, obtém-se o valor do


coeficiente de esbeltez e o valor de

Figura 2.7 – Coeficiente de flambagem.


NBR 8400 (1984).

29
2.3 Verificaçã o flambagem global

Após calcular as tensões causadas pelo peso próprio e pela carga, mais
uma vez realizou-se uma composição de tensões.

Aplicou-se o critério representado na equação 2.6

Não ocorrerá flambagem global.


30
2.4 Verificaçã o flambagem local

Ocorre em painéis que fazem parte de componentes estruturais, como


alma e aba de vigas fletidas, colunas, pernas e treliças.
Tensão de referência de Euler
(2.10)

Onde:
E = Módulo de elasticidade.
ν = Coeficiente de Poisson.
e = Espessura do painel
b = Largura do painel

Figura 2.8 – Enrijecedor. Pignatta Silva e Fruchtengarten.

31
2.4 Verificaçã o flambagem local

Considerou-se que a viga não necessita de reforços e então é composta


de um único painel em sua lateral com as solicitações mostradas na
Figura 2.5, onde A = 1500 mm e B = 222 mm.

Figura 2.9 – Diagrama. Autoria própria.

32
2.4 Verificaçã o flambagem local

Após encontrar cortante e momento fletor máximos, calculou-se as


tensões sofridas pelas abas da viga.
Como a viga está sob flexão terá tensões compressivas na parte
superior e trativas na parte inferior.
(2.11)

(2.12)

A tensão devido ao cortante é calculada através da equação 2.13


(2.13)

33
2.4 Verificaçã o flambagem local

Figura 2.10 – Valores dos coeficientes


de flambagem. NBR 8400 (1984).

34
2.4 Verificaçã o flambagem local

As tensões críticas de flambagem são encontradas por meio das


equações abaixo, em que os coeficientes de flambagem são
encontrados a partir da tabela 2.2.
(2.14)
(2.15)

(2.16)
(2.17)

35
2.4 Verificaçã o flambagem local

Em seguida são feitas as verificações.

A viga não sofrerá flambagem localizada.

36
2.5 Vigas transversais

Caso hiperestático de 1° grau – Método da força.

Figura 2.11 – Desenho esquemático do carro de translação. Autoria própria.

(2.18)

37
2.5 Vigas transversais

Diagrama de corpo livre

A B C

Figura 2.12 – Diagrama da viga transversal. Autoria própria (2021).

38
2.5 Vigas transversais

• Redundante: Momento interno no apoio B.


• Corte na viga e adicionou-se pinos nas extremidades em B.

Figura 2.13 - Desenho esquemático. Autoria própria.

39
2.5 Vigas transversais

• Momento interno aplicado no ponto B

Figura 2.14 - Desenho esquemático. Autoria própria.

40
2.5 Vigas transversais

A rotação relativa de uma extremidade da viga com relação à


extremidade da outra viga deve ser zero, conforme mostra a equação
da compatibilidade (2.19).
(2.19)

Onde:

41
2.5 Vigas transversais

Figura 2.15 – Tabela de deflexão. Hibbbeler.

42
2.5 Vigas transversais

A partir da tabela têm-se que:


(2.20)

(2.21)

A partir da equação da compatibilidade, encontra-se o momento em B.

43
2.5 Vigas transversais

Perfil W 250 X 101,0

Figura 2.16 – Tabela de perfis W. Gerdau.

44
2.5 Vigas transversais

Após calcular as diferentes solicitações, verificou-se o critério definido


na norma.
• Solicitação devido a carga de serviço
• Solicitação devido ao peso próprio
• Solicitação devido aos efeitos de vento

45
2.6 Verificaçã o flambagem local

A = 8000 mm e B = 264,2

Figura 2.17 – Diagrama viga transversal. Autoria própria.

46
2.6 Verificaçã o flambagem local

Calcula-se as tensões críticas

47
2.6 Verificaçã o flambagem local

Fazendo as verificações

A viga não irá sofrer flambagem localizada

48
3. Verificaçã o contra a fadiga nas
soldas

Figura 3.1 - Desenho esquemático carro de translação. Autoria própria (2021).

49
3. Verificaçã o contra a fadiga nas
soldas
Classificação das juntas soldadas

Figura 3.2 – Tipos de junção. NBR 8400 (1984).

50
3. Verificaçã o contra a fadiga nas
soldas
Tensões atuantes

• Tensão causada pelo peso próprio = 0,47 MPa.


• Tensão causada pela carga de serviço = 122,1 MPa.
• Tensão de cisalhamento média na viga longitudinal = 59,2 MPa.
• Tensão de cisalhamento média na viga transversal = 96,2 MPa

51
3. Verificaçã o contra a fadiga nas
soldas
Relação R
Razão entre as tensões máximas e mínimas.

52
3. Verificaçã o contra a fadiga nas
soldas

Figura 3.3 – Tração e compressão GR.3.


NBR 8400 (1984).

53
3. Verificaçã o contra a fadiga nas
soldas

Figura 3.4 – Tração e compressão Figura 3.4 – Cisalhamento GR.3.


54
GR.3. NBR 8400 (1984). NBR 8400 (1984).
3. Verificaçã o contra a fadiga nas
soldas
Verificação em relação a tensão normal máxima
• Solda K2 (Solda da emenda das vigas longitudinais).

• Solda K3 (Solda das vigas transversais sobre as vigas longitudinais).

Verificação em relação a tensão de cisalhamento


• Solda K2 (Solda da emenda das vigas longitudinais).

• Solda K3 (Solda das vigas transversais sobre as vigas longitudinais).

55
3. Verificaçã o contra a fadiga nas
soldas
Verificação em relação a tensão combinada

• Solda K2 (Solda da emenda das vigas longitudinais).

• Solda K3 (Solda das vigas transversais sobre as vigas longitudinais).

As soldas passam na verificação!

56
4. Mecanismos

Classificação Definição dos mecanismos

• Classe de funcionamento • Cabo de aço


• Estado de solicitação • Polias
• Grupos • Tambor
• Guincho
• Moitão
• Rodas

57
4. Mecanismos

Classe de funcionamento
Tabela 4.1 – Classe de funcionamento dos mecanismos. NBR 8400 (1984).

Classe de funcionamento Tempo médio de funcionamento Duração total teórica da utilização


diário (h) (h)

V 0,25

V 0,5 1600

V1 3200

V2 6300

V3 12500

V4 25000

V5 50000

58
4. Mecanismos

Estado de solicitação
Tabela 4.2 – Estado de solicitação. NBR 8400 (1984).

Fração da
Estados de solicitação Definição
solicitação máxima

Mecanismos ou elementos de mecanismos sujeitos a solicitações


1 P=0
reduzidas e raras vezes a solicitações máximas.

Mecanismos ou elementos de mecanismos submetidos, durante


2 tempos sensivelmente iguais, a solicitações reduzidas, médias e P =1/3
máximas.

Mecanismos ou elementos de mecanismos submetidos na maioria


3 P = 2/3
das vezes a solicitações próximas à solicitação máxima.

59
4. Mecanismos

Classificação dos mecanismos em grupos

Tabela 4.3 – Grupos dos mecanismos. NBR 8400 (1984).

Classes de funcionamento
Estados de
solicitação
V 0,25 V 0,5 V1 V2 V3 V4 V5

1 1 Bm 1 Bm 1 Bm 1 Am 2m 3m 4m

2 1 Bm 1 Bm 1 Am 2m 3m 4m 5m

3 1 Bm 1 Am 2m 3m 4m 5m 5m

60
4. Mecanismos

Cabo de aço
(4.1)

Onde: Tabela 4.4 – Valores mínimos de Q. NBR 8400 (1984).


T = Esforço máximo de
Valores mínimos de Q
tração Grupo do mecanismo
Q = Coeficiente que Cabo normal Cabo não rotativo
depende do grupo do 1 Bm 0,265 0,280
mecanismo 1 Am 0,280 0,300
2m 0,300 0,335
3m 0,335 0,375
4m 0,375 0,425
5m 0,425 0,475

61
4. Mecanismos

Cabo de aço
(4.2)
Onde:
K1: Coeficiente relacionado ao peso
próprio do cabo, das polias, moitão ou
gancho.

K2: Coeficiente relacionado à flexão do


cabo ao passar por polias.

: Coeficiente dinâmico.

= Número de cabos que saem do moitão.

: Carga de serviço
Figura 4.1 - Diagrama de corpo
livre. Autoria própria (2021). 𝐹𝑎𝑡 = 𝜇.𝑁

62
4. Mecanismos

Cabo de aço

Figura 4.3 - Tabela de


cabos de aço classe 6x19
alma de fibra. Cimaf.

Figura 4.2 - Coeficientes de atrito mais comuns. DNV-GL ST N 001 (2016).

63
4. Mecanismos

Polias
(4.3)

H1 = Coeficiente que Tabela 4.5 – Valores de H1. NBR 8400 (1984).


depende do grupo em que o
Tambores Polias Polias de compensação
mecanismo. Grupo do
Cabo Cabo não Cabo Cabo não Cabo Cabo não
mecanismo
= Coeficiente que depende normal rotativo normal rotativo normal rotativo
do número de polias no
circuito. 1 Bm 16 16 16 18 14 16
1 Am 16 18 18 20 14 16
= Diâmetro do cabo de aço. 2m 18 20 20 22,4 14 16
3m 20 22,4 22,4 25 16 18
4m 22,4 25 25 18 16 18
5m 25 28 28 31,5 18 20

64
4. Mecanismos

Polias
= Somatório de W

W = 1 para tambor.

W = 2 para cada polia que não gera


inversão de sentido de enrolamento no
percurso do cabo.

W = 4 para cada polia que gera uma


Figura 4.4 - Esquema do enrolamento do cabo de aço. Autoria própria (2021). inversão de sentido de enrolamento.

W = 0 para polias de compensação.


Tabela 4.6 – Valores de H2. NBR 8400 (1984).

1
6a9
1,12 1,25
𝐷𝑒 =16 ×1,25 × 32=𝟔𝟒𝟎𝒎𝒎

65
4. Mecanismos

Tambor
= Somatório de W

W = 1 para tambor.

W = 2 para cada polia que não gera


inversão de sentido de enrolamento no
percurso do cabo.

W = 4 para cada polia que gera uma


inversão de sentido de enrolamento.

W = 0 para polias de compensação.


6a9
1 1,12 1,25

𝐷𝑒 =16 ×1 ×32=𝟓𝟏𝟐𝒎𝒎

66
4. Mecanismos

Guincho
• Diâmetro cabo de aço = 32mm
• Comprimento cabo de aço = 320 m
• Capacidade mínima de tração = 13514,7 daN

67
4. Mecanismos

Figura 4.6 – Capacidade de


armazenamento do tambor V. Enquip.

Figura 4.5 – Catálogo de guinchos


hidráulicos. Enquip.

68
4. Mecanismos

Moitão

Figura 4.7 – Catálogo de moitões. Alta Industrial.

69
4. Mecanismos

Rodas Tabela 4.6 – Dados para o dimensionamento das rodas. Autoria própria.
Descrição Dados
Número de rodas 43 Rodas
Limite de resistência do aço das rodas 655 MPa

= Força radial sobre a roda.


Velocidade de translação da máquina
= boleto do trilho.
Classe de utilização V 0,25
= Pressão limite de contato, obtido a partir da Estado de solicitação
tabela.

= Coeficiente que varia em função da rotação


da roda, do diâmetro e da velocidade de
translação.

= Coeficiente que depende do grupo do


mecanismo.

70
4. Mecanismos

Rodas

Tabela 4.7 – Pressão limite. NBR 8400 (1984).


do material Pressão limite
(daN/mm²) (daN/mm²)
>50 0,50
>60 0,56
>70 0,65
>80 0,72

Figura 4.8 – Catálogo de trilhos. Comercial Forte.

71
4. Mecanismos

Rodas
Tabela 4.8 – Valores de C1 em função do diâmetro e da velocidade de translação. NBR 8400 (1984).
Velocidade de translação m/min
Diâmetro
da roda em
10 12,5 16 20 25 31,5 40 50 63 80 100 125 160 200 250
mm

200 1,09 1,06 1,03 1 0,97 0,94 0,91 0,87 0,82 0,77 0,72 0,66 - - -
250 1,11 1,09 1,06 1,03 1 0,97 0,94 0,91 0,87 0,82 0,77 0,72 0,66 - -
315 1,13 1,11 1,09 1,06 1,03 1 0,97 0,94 0,91 0,87 0,82 0,77 0,72 0,66 -
400 1,14 1,13 1,11 1,09 1,06 1,03 1 0,97 0,94 0,91 0,87 0,82 0,77 0,72 0,66
500 1,15 1,14 1,13 1,11 1,09 1,06 1,03 1 0,97 0,94 0,91 0,87 0,82 0,77 0,72
630 1,17 1,15 1,14 1,13 1,11 1,09 1,06 1,03 1 0,97 0,94 0,91 0,87 0,82 0,77
710 - 1,16 1,14 1,13 1,12 1,1 1,07 1,04 1,02 0,99 0,96 0,92 0,89 0,84 0,79
800 - 1,17 1,15 1,14 1,13 1,11 1,09 1,06 1,03 1 0,97 0,94 0,91 0,87 0,82
900 - - 1,16 1,14 1,13 1,12 1,1 1,07 1,04 1,02 0,99 0,96 0,92 0,89 0,84
1000 - - 1,17 1,15 1,14 1,13 1,11 1,09 1,06 1,03 1 0,97 0,94 0,91 0,87
1120 - - - 1,16 1,14 1,13 1,12 1,1 1,07 1,04 1,02 0,99 0,96 0,92 0,89
1250 - - - 1,17 1,15 1,14 1,13 1,11 1,09 1,06 1,03 1 0,97 0,94 0,91

72
4. Mecanismos

Rodas

Figura 4.9 - Catálogo de rodas forjadas. Alta Industrial.

73
5. Aná lise por elementos finitos

O procedimento para realizar uma análise por elementos finitos


consiste das etapas mostradas a seguir:
• Modelagem da peça a ser analisado;
• Definir as propriedades do material;
• Gerar a malha do modelo de elementos finitos;
• Definir as condições de contorno e carregamentos;
• Resolver a análise;
• Verificar os resultados (tensão, deformação e deslocamento);

74
5. Aná lise por elementos finitos

Vigas longitudinais

Figura 5.1 - Análise das tensões viga longitudinal. Autoria própria (2022).

75
5. Aná lise por elementos finitos

Vigas Transversais

Figura 5.2 - Análise das tensões viga transversal. Autoria própria (2022).

76
6. Proteçã o contra a corrosã o

ISO 12944 - Esquemas de pintura


• Determinar a corrosividade do ambiente onde a estrutura está localizada (consultar ISO 12944-2);
• Verificar se existem condições especiais que possam resultar numa corrosividade mais alta
(consultar ISO 12944-2);
• Identificar nas tabelas dos anexos da ISO EN 12944-5 os esquemas de pintura adequados com a
durabilidade requerida.
• Consultar o anexo A da ISO 12944-5 que estabelece os requisitos mínimos para os esquemas de
pintura em função das categorias de corrosividade e imersão e das durabilidades.
• Contatar os fabricantes de tintas para confirmar a escolha realizada e saber quais os produtos
comerciais correspondentes aos produtos selecionados.

77
6. Proteçã o contra a corrosã o
Categoria de
Exterior Interior
corrosividade
Corrosividade C1 Muito baixa -
Edifícios com aquecimento e
atmosferas limpas.

Atmosferas com baixos


Edifícios sem aquecimento
C2 Baixa níveis de contaminação.
com possíveis condensações.
Áreas rurais.

Atmosferas urbanas e
industriais, com moderada Salas de fabricação com
C3 Média contaminação de SO2. Áreas elevada umidade e com
costeiras com baixa alguma contaminação. Tabela 6.1 – Categorias de
salinidade. corrosividade. ISO 12944-2 Adaptado
(2017).
Áreas industriais e áreas
Plantas químicas, piscinas,
C4 Alta costeiras com moderada
navios costeiros e estaleiros.
salinidade.

Edifícios ou áreas com


Áreas industriais com alta
condensação quase
C5- I Muito alta (Industrial) umidade e atmosfera
permanente e com alta
agressiva.
poluição.

Edifícios ou áreas com


Áreas costeiras e marítimas
C5-M Muito alta (Marítima) condensações permanentes
com elevada salinidade.
e contaminação elevada

78
6. Proteçã o contra a corrosã o

Condições especiais
Exemplo de ambientes e
Categoria Ambiente
estruturas
Instalações de rio, centrais
Im 1 Água doce
Hidroelétricas.
Estruturas submersas sem
proteção catódica, como
Im 2 Agua do mar ou salobra comportas, diques, quebra- Tabela 6.2 – Categoria para imersão
mares, estruturas de em água e solo. ISO 12944-2 Adaptado
plataformas offshore (2017).
Tanques enterrados, tubos e
Im 3 Solo
vigas de aço.
Estruturas submersas com
Im 4 Água do mar ou salobra
proteção catódica

79
6. Proteçã o contra a corrosã o

Classe de durabilidade

Tabela 6.3 – Classes de durabilidade. ISO 12944-1 Adaptado (2017).

Classificação Tempo

Baixa (L): 2 a 5 anos

Media (M) 5 a 15 anos

Alta (H) > 15 anos.

80
6. Proteçã o contra a corrosã o

Tabela 6.4 – Características do esquema de


pintura A6.01. Autoria própria (2022).
Número de Espessura seca
Tipo de tinta
demãos (μm)
Primer Epóxi
1 60
rico em Zn
Epóxi ou
3-5 360
poliuretano

Figura 6.1 -Esquemas de pintura para as categorias Im 1, Im 2 e Im3.


ISO 12944-5 (2007).

81
6. Proteçã o contra a corrosã o

Esquema de pintura comercial

Tabela 6.5 – Características do esquema de pintura A6.01.


Autoria própria (2022).
Número de Espessura seca
Plano de pintura Função
demãos (μm)

Primer epóxi rico


EP N1277 1 65
em Zn

EP N 2630 Primer epóxi 1 200


EP N 2630 Primer epóxi 1 100

Acabamento
PU N2677 1 65
Poliuretano

82
7. Medidas de segurança

• No local da instalação do sistema de docagem, as áreas onde a circulação de pessoas é permitida devem ser
devidamente demarcadas.
• No local da instalação do sistema de docagem não são permitidas modificações ou qualquer tipo de
alteração no projeto inicial.
• Todos os equipamentos que compõem o sistema de docagem devem possuir sinalização de segurança para
advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos e as instruções de operação e
manutenção.
• O sistema de docagem deverá conter sinais luminosos e sonoros para alertar que o carro de translação está
em operação.
• Deverá ser confeccionado um plano de manutenção que contemple todos os equipamentos do sistema de
docagem
• Todos os equipamentos que compõem o sistema de docagem devem ser submetidos a manutenções
periódicas, respeitando as instruções determinadas pelo fabricante e plano de manutenção.

83
7. Medidas de segurança

• A estrutura deve ser inspecionada antes de qualquer operação. Caso haja corrosão acentuada, perda de
material ou outros defeitos que afetem a integridade da mesma será necessário intervir.
• A pintura da estrutura deve ser inspecionada, caso haja pontos sem proteção será necessário o reparo local
para não permitir o avanço da corrosão.
• Os cabos de aço devem ser inspecionados antes de qualquer operação, observando se não existem pernas
quebradas, corrosão ou emendas. Caso os cabos apresentem condições que comprometam a sua
integridade deverão ser substituídos.
• Os cabos de aço devem atender aos requisitos mínimos contidos nas normas técnicas nacionais vigentes e
permitir a sua rastreabilidade.
• O cabo de aço e o de fibra sintética devem ser fixados por meio de dispositivos que impeçam seu
deslizamento e desgaste.
• A operação, manutenção e inspeção nos equipamentos do sistema de docagem devem ser realizadas por
trabalhadores capacitados, e autorizados para este fim. A empresa deve fornecer cursos de capacitação aos
trabalhadores que não forem habilitados.

84
8. Aná lise de custos

Tabela 8.1 – Custos dos materiais e mecanismos. Autoria própria (2021).

Fornecedor Material Quantidade Preço unitário Total

Tintas
Mosmann Tintas R$68.717,66
(componentes A +B)
Comercial Forte Trilhos 6744 kg R$ 18,60/ kg R$125.438,40

Gerdau Vigas 16830 kg R$ 9,50/ kg R$159.884,59

Acro Cabo de aço 320 m R$ 122,28/ kg R$39.129,30

Enquip Guincho 1 un. R$ 585.750,00 R$ 585.750,00

- Polias -

SS Engenharia Rodas 43 un. R$ 3.100,00 R$133.300,00

Alta Industrial Moitão 1 un. R$ 650.00,00 R$ 650.000,00

TOTAL: R$1.762.219,95

85
8. Aná lise de custos

Sugestão de mudança

Figura 8.1 – Sugestão de mudança para engate do carro de translação. Autoria própria

86
9. Conclusã o

Conclusões do projeto:
• Projeto de um carro de translação para docagem
• Definição e verificação dos perfis escolhidos
• Verificação computacional
• Definição dos mecanismos que serão utilizados
• Proteção contra corrosão
• Análise de custos

87
9. Conclusã o

Trabalhos futuros:
• Projeto hidráulico para acionamento do guincho de reboque.
• Projeto das peças de fixação dos picadeiros sobre a estrutura
metálica.
• Projeto da peça de engate entre cabo de aço e carro de translação.
• Projeto do plano inclinado sobre o qual a embarcação será rebocada.
Sugere-se um estudo de viabilidade comparando rampas fabricadas
em concreto com rampas fabricadas de estrutura metálica.

88
10. Bibliografia

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8400 – Cálculo de equipamento para levantamento e movimentação de cargas. Rio
de Janeiro,1984
• BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-12 - Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. Brasília: Ministério do Trabalho e
Emprego, 2004. Disponível em: <https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/
inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-12-nr-12> Acesso em: 15 jan .2021.
• BRITISH STANDARDS INSTITUTION. British Standard Code of Practice for Maritime Structures: General Criteria. British Standards
Institution, 1984.
• CECATTO, Cristiano. A importância do transporte marítimo no Brasil. Revista EngWhere, n. 23, 2009.
• DNV GL, DNVGL-ST-N001: Marine Operations and Marine Warranty, 2016.
• EN ISO 12944-1 Paint and varnishes – Corrosion protection of steel structures by protective paint systems – All Parts
• HIBBELER, R. C. Análise das Estruturas. 8 ed. São Paulo: Pearson, 2013
• JUNQUEIRA, Bernardo Feijó; SOUZA JÚNIOR, Sérgio Luiz de. Dimensionamento de equipamento para movimentação de contêiner. Tese de
graduação em Engenharia Mecânica. Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ. 2016
• LISTA, Rennan do Nascimento. Dimensionamento da estrutura de um guindaste tipo munck. Tese de graduação em Engenharia Mecânica.
Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ. 2019

89
10. Bibliografia
• MACKIE, K. P. Ways & Rails for Slipways for Dry Docking Ships. In: PIANC–World Congress. Panama. 2018.
• MOTA, Guilherme Pereira; RIBEIRO, Matheus de Castro. Plataforma de elevação adaptada para pessoas com mobilidade reduzida. Tese de graduação em
Engenharia Mecânica. Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ. 2016
• NASCIMENTO, Alexandre Carvalho do; MORAES, Vitor Bastos de. Aplicação de pinturas anticorrosivas e anti-incrustantes para proteção e manutenção de navios:
estudo de caso do comboio de empurrador e barcaça da Norsul. Tese de graduação em Engenharia Mecânica. Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ. 2015
• RAMÓN, Sandra García. Otimização das operações de dique flutuante. 2016. Tese de Mestrado. Universidade Federal do Rio de Janeiro.
• VALADÃO, M. Solução de Docagem Para Estaleiro de Reparo de Embarcações de Apoio Offshore. Tese graduação em Engenharia Naval. Universidade Federal do
Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. 2016.
• Endereços eletrônicos:
• http://altaindustrial.com.br/Portugues/media/Catalogo_Alta_Industrial.pdf <Acesso em 01/01/2022>
• http://www.comercialforte.com.br/pag/02/08.pdf <Acesso em 01/01/2022>
• http://www.dockshore.com.br/#dockshore <Acesso em 05/12/2021>
• https://nekkar.com/wp-content/uploads/2019/10/Syncrolift-Shiplifting.pdf <Acesso em 05/12/2021>
• https://www.aecweb.com.br/cls/catalogos/aricabos/catalogocimaf2014completo.pdf <Acesso em 05/12/2021>
• https://www.enquip.com.br/ghidraulicos.html <Acesso em 01/01/2022>
• https://www.nzherald.co.nz/northern-advocate/news/new-slipway-cradle-for-whangarei-business-hauls-out-1800t-ships/LSHRT5FM4SYDBDPUNTPOP7OEHM/
<Acesso em 05/12/2021>

90
OBRIGADO!

PROJETO DE UM CARRO DE TRANSLAÇÃ O PARA DOCAGEM DE


EMBARCAÇÕ ES DE PEQUENO PORTE

Autor: Rafael Costa Frias Schiffler


Prof. Orientador: Stella Maris Pires Domingues

91

Você também pode gostar