Mineracao Artesanal em Mocambique

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MINISTRIO DOS RECURSOS MINERAIS

DIRECO NACIONAL DE MINAS

RELATRIO DO SEMINRIO SOBRE BOAS PRTICAS NA


MINERAO ARTESANAL E DE PEQUENA ESCALA EM
MOAMBIQUE

Maputo, Abril, 2012

Ministrio dos Recursos Minerais


Direco Nacional de Minas
Relatrio do Seminrio Sobre Boas Prticas na Minerao Artesanal e de Pequena
Escala em Moambique
I. INTRODUO

Decorreu entre os dias 09 a 17 de Abril de 2012, na Cidade de Manica, provncia do mesmo


nome, o Seminrio sobre BOAS PRTICAS MINEIRAS com enfoque para a Minerao
Artesanal e de Pequena Escala (MAPE), o evento contou com a presena de 41 participantes
entre Quadros do Ministrio dos Recursos Minerais afectos ao nvel central e das provncias
de Sofala, Manica, Zambzia, Tete, Nampula e Niassa, Membros das Associaes dos
Operadores Mineiros Artesanais da provncia de Manica, Tcnicos dos Servios Distritais de
Actividades Econmicas (SDAE) dos distritos de Sussundenga e Manica, Tcnicos do Centro
de Desenvolvimento Sustentvel - Recursos Naturais Manica (CDS-RN) e Membros da
Sociedade Civil.
O encontro foi honrado pela presena do Sr Director Provincial dos Recursos Minerais e
Energia de Manica, Dr. Olavo Alberto Deniasse, que para alm de ter desejado boas vindas
aos participantes, partilhou a sua experincia na qualidade de representante da provncia neste
sector. Exortou aos presentes para que evitassem cometer os mesmos erros cometidos pela
provncia de Manica no processo de organizao da actividade mineira artesanal e de
pequena escala que nos ltimos anos tem sido problemtica com solues difceis.
Importa referir que o seminrio foi orientado pelos quadros da Direco Nacional de Minas,
concretamente os Departamentos de Minerao de Pequena Escala e do Meio Ambiente.

II. OBJECTIVOS DO SEMINARIO

Os objectivo central deste seminrio foram de (i) formulao de uma abordagem comum
sobre a MAPE, (ii) troca de experincias, (iii) dotar os participantes de melhores formas de
organizao e de desenvolvimento da actividade de minerao artesanal e de pequena escala
que se encontra num estgio crescente quase em todo territrio nacional e (iv) conceber-se
um Guio sobre as Boas Prticas da Minerao Artesanal e de Pequena Escala.
Para se alcanar este objectivo recorreu-se ao mtodo de interaco mtua sobre os assuntos
abordados ao longo do seminrio, que consistiu em apresentao de temas, seu debate,
trabalhos em grupo e discusso em sesses plenrias.
III. TEMAS ABORDADOS

Os objectivos do seminrio e notas sobre o actual estgio da Minerao Artesanal e de


Pequena Escala em Moambique;

Projecto do Plano Estratgico e de Aco para Apoiar Prticas Sustentveis na MAPE


em Moambique;

Legislao Mineira da Repblica de Moambique;

Procedimentos Cadastrais no Processo de Licenciamento da Actividade Mineira;

O Associativismo no Sector Mineiro em Moambique e Experincias Prticas sobre


esta Forma de Organizao da MAPE no Pas;

O Processo de Formalizao e Legalizao da MAPE em Moambique;

Pegmatitos (Pedras Preciosas e Semi-Preciosas) e Ocorrncia de Ouro em


Moambique;

Responsabilidades do Governo na Assistncia Tcnica e Financeira da MAPE;

A MAPE e o Gnero no Desenvolvimento Social e Econmico de Moambique;

Experincias Prticas de Emponderamento da Mulher na MAPE em Moambique O


Caso de Manica;

Boas Prticas de Minerao Artesanal em Moambique;

Aspectos Ambientais e Scio-Econmicos da Minerao Artesanal e de Pequena


Escala em Moambique; e

Visitas de Campo de Minerao Artesanal em Munhena, Penhalonga, Tsetsera e


Bandire.

IV. ACTIVIDADES REALIZADAS

De um modo geral as actividades planificadas para este seminrio foram realizadas na ntegra
e com sucesso, a medir pelo engajamento e abertura dos participantes em todas as fases do
mesmo. Os debates caracterizaram-se pela busca de solues viveis convista a se
desenvolver uma Minerao Artesanal e de Pequena Escala responsvel, que respeite os
direitos universais do homem, como o caso do direito sade e segurana tecnica no
trabalho, direito gua, entre outros.
Neste contexto, sobre os objectivos deste evento foi referido que o mesmo visava fazer
radiografia nacional da situao da Minerao Artesanal e de Pequena Escala e encontrar
plataformas para eliminar a actividade mineira ilegal e irresponsvel, assegurando que os j
formalizados desenvolvam suas actividades de forma sustentvel e responsvel. Foi
igualmente apresentado o estgio actual da MAPE em Moambique no qual se referiu que
existe um total de 73 associaes distribudas pelas provncias.
Em termos conceituais sobre a MAPE referiu-se que varia de zona para zona ou de pas para
pas, porm a base da definio desta actividade nos instrumentos usados, se so ou no
rudimentares ou sofisticados, quantidades da produo, nmero das pessoas empregues (mode-obra), tecnologias a usar, entre outros atributos.
Foi igualmente referida a viso do Governo de Moambique sobre a MAPE, tendo-se dado
enfoque a linhas de aco que promovam a actividade, como o caso de disponibilizao de
informao geolgica, capacitao tcnica e legal, e assistncia financeira.
No que concerne a apresentao da proposta do Projecto que versa Desenvolver uma srie de
actividades que iro culminar com a elaborao do Plano Estratgico e de Aco para Apoiar
Prticas Sustentveis na MAPE em Moambique, referiu-se que ir envolver trabalhos de
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base junto dos operadores mineiros artesanais nos campos de minerao, convista a conhecer
melhor o perfil tcnico, econmico, social e ambiental da minerao artesanal nos locais onde
ela realizada, que a base fundamental para a concepo deste Plano Estratgico e
consequentes linhas de aco voltadas ao sector da MAPE. A proposta do projecto contempla
a identificao de outras actividades de rendimento que os operadores mineiros artesanais e
de pequena escala podem vir a desenvolver em caso da paralisao da actividade ou
esgotamento do jazigo.
Posteriormente foram discutidos assuntos relacionados com o associativismo e sua
Formalizao, a Legislao Mineira moambicana e Procedimentos Cadastrais, com especial
realce nos tipos de ttulos mineiros, os direitos e obrigaes dos seus detentores e/ou titulares
como o caso da Senha Mineira, Certificado Mineiro e Licenas de Comercializao que
segundo a lei destinam-se aos cidados nacionais. Sobre estes pontos os participantes foram
unnimes em afirmar que para o caso do sector da Minerao Artesanal e de Pequena Escala
o modelo da constituio de associaes deve ser revisto de modo a se harmonizar com os
objectivos da criao dessas organizaes scio-produtivas, que so de obteno de
rendimentos e/ou lucros.
Para o efeito, como uma das melhores formas de organizao da actividade mineira
artesanal e de pequena escala sugeriu-se que as Associaes no sector mineiro a medida que
se tornam sustentaveis deviam passar para Cooperativas ou Pequenas Empresas Mineiras.
Foi igualmente sugerido para que o Governo atravs do MIREM deve continuar a prestar a
assistncia tcnico-jurdica concebendo um Estatuto Modelo que estivesse disposio dos
operadores mineiros artesanais de forma a facilitar o processo de formalizao das
associaes ou Cooperativas/Pequenas Empresas mineiras, pois, a Legalizao da Minerao
Artesanal e de Pequena Escala uma condio indispensvel, fundamental e necessria
para conseguir alcanar a responsabilidade social e ambiental de maneira sustentvel. Os
operadores mineiros artesanais devem fortalecer suas associaes e suas lideranas, e se
unirem a todos os nveis, formando foruns de associaes que serviro de interlocutores
vlidos junto do Governo e serviro de plantaforma para advogacia para influncias a
aprovao de leis para a MAPE.
Foi tambm dito que a Minerao Artesanal e de Pequena Escala deve ter sempre em conta
aos aspectos scio-culturais devido a diversidade tnica e cultural das comunidades onde
ocorrem os minerais, isto , deve-se realizar consultas comunitrias, respeitando as prticas
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culturais e tradicionais locais, explicando a comunidade local sobre os impactos e benefcios


da actividade de minerao e comercializao dos minerais naquele local. Para tal, as
associaes de operadores mineiros artesanais deve ter uma estrutura democrtica e uma
administrao transparente.
Sobre as melhores formas de desenvolvimento da actividade de MAPE em Moambique,
referiu-se a necessidade de se optar por minas a cu aberto, em forma de bancadas caso a
situao convier, a necessidade de uso de bacias de decantao e caixas de concentrao, os
chamados sluice box. Foi do mesmo modo referido que no processo de designao de reas
para a actividade mineira artesanal e de pequena escala deve ser precedido de estudos
geolgicos de base para a avaliao as potencialidade da rea por designar.
O mtodo boarax usado h mais de 30 anos na recuperao de ouro nas Filipinas, foi uma das
referncias como Boa Prtica da Minerao Artesanal e de Pequena Escala, embora seja
primeiro lugar necessrio demostrao e treinamento de tcnicos com vista a sua
implementao Pas.
Porm, no que concerne ao tipo de equipamento que deve ser usado na MAPE inclui a
marreta, alavanca, corda, carrinho de mo, retorta no caso do uso do Mercrio no
processamento de Ouro aluvionar,
Como grandes constrangimentos e/ou entraves na materializao de Boas Prticas na
Minerao Artesanal e de Pequena Escala apontou-se o novo mtodo (prtica) de extraco
de Ouro na provncia de Manica designado por Djiqui, usado para o desmonte de solos que
consiste na injeco de gua sobre estes para amolecer e em seguida desmorron-los para
deslizar ao longo do canais feito por mineradores sobre o qual colocam as suas caixas de
concentrao onde capturado o mineral. Este processo caracteriza-se por uma devastao de
grandes reas de terras em menos tempo e descarrega sobre os rios grandes quantidades de
lama que assoream os rios e outros vias de drenagem.
Segundo se disse, este mtodo sustentado por indivduos designados por mandantes, com
grande poder econmico que disponibilizam os meios de produo como Moto Bombas,
Alavancas de Grande Porte, Ps, Alimentos, valores monetrios para pagar a mo-de-obra,
entre outros, destacando-se o envolvimento directo de Agentes da Polcia da Repblica de
Moambique (PRM), e outros agentes ou funcionrios do Estado moambicano bem

posicionados. Reportou-se o envolvimento de cidados de nacionalidade zimbabweana, que


em muitos casos tambm disponibilizam os meios de produo.
Ainda no mbito de Proteco Ambiental, a actividade da MAPE deve contribuir com a
proteco do meio ambiente e da sade humana da comunidade, bem como da recuperao
ecolgica em sua rea de operao mineira e permitir a manuteno da biodiversidade dos
ecossistemas e dos recursos naturais locais. Isto inclui, por exemplo, fazer uso racional da
gua, realizar prticas de recuperao ambiental de acordo com o ecossistema local, dispor
os resduos e efluentes de maneira segura, utilizar de maneira responsvel os reagentes
poluidores como o Mercrio empregando tecnologias de recuperao deste reagente, como
o caso do uso da retorta.
Os participantes questionaram sobre a base das modalidades de clculo percentual do valor a
ser pago na Cauo Ambiental e Financeira, o que foi esclarecido que o mesmo encontra
sua base tcnico-legal, no Regulamento Ambiental para Actividade Mineira, aprovado pelo
Decreto No 26/2004 de 20 de Agosto, na qual estabelece que o proponente da Actividade do
Nvel II de Explorao Mineira e Projectos-Pilotos ou de Nvel III, dever prestar Cauo
Financeira para custear as operaes de Reabilitao e Remoo de Estaleiro na Fase de
Encerramento da Mina.
Outrossim, o seminrio discutiu sobre as Ocorrncias de Pegmatitos e sua explorao, com
destaque para Ouro, Pedras Preciosas e Semi-preciosas em Moambique, que na sua maioria
so alvo de minerao artesanal e de pequena escala, onde se referiu que os depsitios ou
jazigos que melhor se adequam para explorao artesanal so os Pegmatitos Microclinicos,
segundo se disse, cientificamente nesta categoria de pegmatitos no se formam grandes
jazigos, cuja a exteno varia entre 200 metros de comprimento e 5-15 metros de espessura.
Neste tipo de pegmatito, alm dos minerais formadores da rocha microclina e quartzo, as
vezes, existem albite, muscovite, turmalina negra, granada, apatite, por vezes, encontramse aligoclasses e biotite. Pode por vezes encontrar-se berilo columbite, uraninite e ortite.
Em seguida discutiu-se sobre experincias de Boas Prticas de Minerao Artesanal e de
Pequena Escala, o papel do Gnero no desenvolvimento das comunidades mineiras, com
nfase para os aspectos ambientais, econmicos, sociais e culturais. Nestes termos referiu-se
o tipo de trabalho que normalmente desenvolvido pelas mulheres nas reas mineiras,
nomeadamente, no processo de extraco, transporte e processamento do minrio,

fornecimento de servios bsicos (confeco de alimentos e venda de produtos) nos


acampamentos mineiros, prtica de agriculrua, cuidar de gado e de crianas.
Foi dito que os aspectos scio-culturais na maioria dos casos deixam os operadores mineiros
artesanais do sexo feminino em desvantagem em relao os do sexo masculino, razo pela
qual deve-se disseminar as normas nacionais e internacionais sobre os direitos humanos no
exerccios de diferentes actividades.
Por outro lado, ficou vincado que nas associaes de Minerao Artesanal e de Pequena
Escala deve existir equidade entre homens e mulheres nos direitos, no acesso aos recursos e
no uso dos bens das associaes, bem como na participao e na influncia na tomada de
decises dentro da associao.
Os participantes do seminrio consideraram que uma MAPE responsvel deve ter como meta
a gerao de oportunidades econmicas para a comunidade local, melhorando as condies
de acesso a sade, educao, habitao e emprego para os membros das comunidades locais.
Pelo que a MAPE responsvel socialmente utiliza os recursos naturais para satisfazer as
necessidades da comunidade no presente, sem afectar o uso dos mesmos recursos no futuro.
Reconhece a existncia de melhores formas de organizao dos operadores mineiros
artesanais como sendo um instrumento fundamental para o desenvolvimento social e
econmico dos membros, suas famlias e da comunidade local.
Em relao Responsabilidades do Governo na Assistncia Tcnica e Financeira da MAPE,
foi dito que o Fundo do Fomento Mineiro (FFM), deve continuar a dar a assistncia
financeira aos operadores, investindo no treinamento dos associados sobre diversas matrias
com enfoque para (i) gesto financeira e ambiental (ii) o processo da comercializao, (iii)
Minerao (extraco, processamento), (iv) Promover a criao das associaes de
operadores mineiros artesanais em parceria com os tcnicos das DIPRMEs, (v)
Financiamento dos Projectos de Prospeco e pesquisa nas reas a designar, (vi) Troca de
esperincias das associaes e tcnicos dentro e fora do Pais, (vii) Promover as Feiras de
Recursos Minerais, (viii) Construo de casas e disponibilizao de meios de transporte aos
tcnicos afecto nos Distritos.
Referiu-se que actualmente o FFM apoia 26 associaes em todo o Pas, treinamento de
tcnicos das DPREMEs que lidam directamente com os associados, fornecimento de
combustvel `as DPREMEs para materializar trabalhos de campo entre outras.
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V. VISITAS DE CAMPO
a) rea de Fenda
A minerao realizada por operadores mineiros artesanais ilegais sem observncia de
nenhuma regra de segurana tcnica. O desmonte de solos feito com recursos a enxadas,
picaretas, ps, principalmente por indivduos de nacionalidade moambicana / zimbabweana.
A actividade ocorre nas machambas com anuncia dos donos das mesmas, que partilham os
resultados da produo, regista-se uma pequena melhoria no processo porque j h exigncia
de reposio de solos nas escavaes.
b) rea da Pot Hole
Devastao total da floresta e solos pelos mtodo Djiqui usado pelos mineradores no
desmonte de solos, um mtodo bastante danificador e que foi considerado como crime
ambiental.
No h aplicao de tcnicas viveis de minerao por falta de monitoria e/ou
acompanhamento, sugeriu-se a operacionalizao de equipas multissectoriais para o trabalho
de sensibilizao sobre as Boas Prticas na Minerao Artesanal e envolvimento das
comunidades locais e, desencorajar a prtica de produo.
c) rea de Bandire
Notou-se aplicao de boas prticas na minerao, atravs de bancadas e uso de bacias de
decantao, apesar de haver alguns mineradores que escapam o controlo da associao. Estes
desfazem a barragem e procedem o processamento, destruindo assim a infra-estrutura
mineira.
d) rea de Tsetsera
Considerada como uma das exemplares na gesto de gua, a extraco sazonal acompanhada
pelas outras actividades alternativas, tais como a criao de aves (avicultura), produo de
cereais e a criao de peixe (piscicultura).
e) rea Cleantech Mining
O Director da empresa, o Sr. Crispin Chibaia reconhecido nos meandros dos mineradores
de Manica, saiu da minerao artesanal de pequena escala para pequena empresa mineira, ele
est usando duas lavras a Cu aberto e Subterrnea.
Para alm de estar a extrair ouro exerce outras actividades econmicas tais como transporte
de passageiros e bens; machambas, plantao de eucaliptos e pinhos. No mbito social,
construiu infra-estruturas publicas, a destacar a Sede da Administrao da Localidade de

Machipanda, Mercado local, Sede Distrital, Posto Policial, Tribunal Comunitrio, Sede do
Partido FRELIMO em Machipanda.

VI. CONSTATAES E RECOMENDAES

Falta de coordenao das instituies do Governo que lidam com assuntos da MAPE
(MIREM/DIPREMs, MICOA/CDS-RN, Administrao Local e Poder Tradicional),
pelo que se recomenda fortalecer aces de coordenao entre sectores;

Uso no adequado do mercrio no processamento do ouro, pelo que se recomenda


melhoria no tipo de Retortas usadas para o processamento de ouroe sua disseminao

Continua a existir danos ambientais causados pela MAPE, como degradao de


extensas reas de terras, assoreamento das guas dos rios, devastao da
biodiversidade, entre outros, pelo que se recomenda aco coordenada de
sensibilizao aos operadores mineiros artesanais no sentido de mitigar os impactos
ambientais negativos pautando pelas Boas Prticas de Minerao;

No funcionamento efectivo das Associaes dos Operadores Mineiros Artesanais


formalmente legalizadas, pelo que se recomenda assistncia e assessoria regular das
associaes de modo a ajudar a ultrapassar certos obstculos com base em solues
locais;

Continua haver falta de divulgao da Legislao aplicvel no sector mineiro pelo que
se recomenda a promoo de uma Campanha de Divulgao da Legislao Aplicvel
no Sector Mineiro, sobretudo junto dos operadores mineiros artesanais;

Necessidade do Fundo do Fomento Mineiro ser mais abrangente nas suas aces, pelo
se recomenda maior abrangncia e/ou cobertura da aco do Fundo de Fomento
Mineiro, alocando mais quadros nos locais onde no existem;

Falta de um Estatuto Modelo que facilite o processo de formalizao e legalizao


dos operadores mineiros artesanais, pelo que se recomenda a efectivao deste
preceituado;

Falta de informao geolgica de base disponvel aos operadores mineiros artesanais,


pelo que se recomenda a disponibilizao de informao geolgica de base para as
reas designadas de senha mineira ou onde se pretende que se exera actividade
mineira artesanal legalizada;

Continua haver desigualdade de oportunidades entre operadores mineiros artesanais


do sexo masculino e feminino no acesso aos recursos minerais, pelo que se recomenda
a necessidade de promover aces de sensibilizao junto aos operadores mineiros
artesanais mais influentes de modo a conceder oportunidades s mulheres
mineradoras;
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Falta de acompanhamento e/ou monitoria das actividades de minerao nas reas


onde operam os associados legalizados, pelo que se recomenda um acompanhamento
e/ou monitoria regular das actividades da MAPE;

Foi sugerido que nas prximas ocasies deve-se contemplar nas equipas provinciais
convidadas a participar neste tipo de eventos indivduos que praticam a actividade
para alm dos tcnicos das DIPREMEs.

VII. CONSTRANGIMENTOS
De um modo geral os trabalhos deste seminrio foram realizados sem grandes sobressaltos
seno o atraso do pagamento das ajudas de custos para alguns participantes.

VIII. CONSIDERAES FINAIS


Os participantes foram unnimes em afirmar que deve-se continuar com o trabalho de
consciencializao dos membros das associaes de modo a evolurem no tempo e no espao
sem que necessariamente fiquem a espera do Governo para lhes apoiar.

Foi assumido um cometimento conjunto que os ensinamentos deste seminrio devem ser
replicados para outros membros das associaes de operadores mineiros artesanais e tcnicos
do MIREM a todos os nveis.
Concluiu-se no seminrio que a MAPE ambientalmente responsvel nas reas de operaes
em que so utilizadas substncias txicas como o Mercrio, e naquelas em que os dejectos da
mina so lanados nos leitos das guas dos rios, e onde a diversidade biolgica afectada de
modo negativo pelas operaes de minerao, devem ser tomadas medidas para identificar
esses locais, fazer monitoria ou acompanhamento de forma a reduzir os impactos negativos.
O seminrio foi um verdadeiro momento de aprendizagem e troca de experincias; os
participantes solicitaram mais eventos de gnero e todos assumiram o cometimento de
contribuir na produo do Guio sobre as Boas Prticas Mineiras em Moambique.

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NDICE

I. INTRODUO ......................................................................................................................................... 1

II. OBJECTIVOS DO SEMINARIO ............................................................................................................ 2

III. TEMAS ABORDADOS ......................................................................................................................... 2

IV. ACTIVIDADES REALIZADAS ........................................................................................................... 3

V. VISITAS DE CAMPO ............................................................................................................................. 8

VI. CONSTATAES E RECOMENDAES ......................................................................................... 9

VII. CONSTRANGIMENTOS ................................................................................................................... 10

VIII. CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................................. 10

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