Regimento Interno TRE - AC
Regimento Interno TRE - AC
Regimento Interno TRE - AC
REGIMENTO INTERNO
REGIMENTO INTERNO
SUMRIO
TTULO I
DA ORGANIZAO E COMPETNCIA DO TRIBUNAL
(Arts. 1 a 40)
Captulo I
Captulo II
Captulo III
Captulo
Captulo
Captulo
Captulo
IV
V
VI
VII
Captulo I
Captulo II
Captulo III
Captulo IV
Captulo V
Captulo VI
Seo I
Seo II
Captulo VII
Captulo VIII
Captulo IX
Captulo
Captulo
Captulo
Captulo
Captulo
Captulo
Captulo
Captulo
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
Captulo IX
Captulo X
Captulo XI
Captulo XII
Captulo XIII
Seo
I
Seo
II
Seo III
Seo IV
Captulo XIV
Captulo XV
Captulo XVI
Seo
I
Seo
II
Captulo XVII
Captulo I
Captulo II
Captulo III
TTULO V
DOS PARTIDOS POLTICOS
(Arts. 171 a 178)
Captulo I
Captulo II
Captulo III
Captulo I
Captulo II
Captulo III
TTULO I
- DA ORGANIZAO E COMPETNCIA DO TRIBUNAL
Captulo I
- Da Organizao
Art. 1 O Tribunal Regional Eleitoral do Acre, com sede na Capital e jurisdio em todo
o Estado, compor-se- (arts. 120 e 121 da CF e art. 25 do CE):
I - mediante eleio, pelo voto secreto:
a) de dois juzes dentre os desembargadores do Tribunal de Justia;
b) de dois juzes dentre os juzes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justia;
II - de um juiz federal escolhido pelo Tribunal Regional Federal da 1 Regio;
III - por nomeao, pelo Presidente da Repblica, de dois juzes, dentre seis advogados
de notvel saber jurdico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justia.
Pargrafo nico. Os substitutos dos juzes efetivos do Tribunal sero escolhidos na
mesma ocasio e pelo mesmo processo, em nmero igual para cada categoria (art. 15 do CE e
art. 121, 2, in fine, da CF).
Art. 2 Os juzes do Tribunal, salvo motivo justificado, serviro, obrigatoriamente, por dois
anos, no mnimo, e nunca por mais de dois binios consecutivos (art. 121, 2, da CF).
1 Cada binio ser contado a partir da data da posse, ininterruptamente, sem desconto
do tempo de qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de licena, frias ou licena
especial, salvo o caso previsto no 3 deste artigo (art. 14, 1, do CE).
2 Os juzes da classe de magistrado afastados de suas atividades na Justia Comum
por motivo de licena, frias ou licena especial ficaro automaticamente afastados da Justia
Eleitoral pelo tempo correspondente, exceto quando a realizao de eleio, apurao ou
encerramento de alistamento coincidir com perodos de frias individuais.
3 No podero servir como juzes no Tribunal, desde a homologao da respectiva
conveno partidria at a apurao final da eleio, o cnjuge e os parentes consangneos ou
afins, at o segundo grau, de candidato a cargo eletivo estadual ou federal (art. 1, 2 da Res.
TSE n. 20.958/01).
I o juiz efetivo mais antigo ser substitudo pelo juiz substituto mais antigo da mesma
II o juiz efetivo mais moderno ser substitudo pelo juiz substituto mais moderno da
mesma classe.
2 No sendo possvel realizar a convocao conforme o disposto no pargrafo
anterior, esta recair sobre o outro juiz substituto da classe a que pertence o substitudo. (Redao
dada pela Resoluo n. 1.363/2009)
3 O juiz substituto convocado para compor o qurum assumir a cadeira do
substitudo e, nas discusses da Corte, ser o ltimo a votar. (Redao dada pela Resoluo n.
1.363/2009)
4 Estando presentes na sesso dois ou mais juzes substitutos, estes votaro em ordem
decrescente de antigidade. (Redao dada pela Resoluo n. 1.363/2009)
Art. 7 Nos casos de vacncia do cargo, licena, frias individuais ou afastamento de juiz
efetivo, ser obrigatoriamente convocado, pelo tempo que durar o motivo de tal convocao, o
juiz substituto da mesma classe, obedecida a ordem de antiguidade (Resoluo TSE n.
20.958/2001, art. 7). (Alterado pela Resoluo n. 1.670/2013)
1 No sendo possvel realizar a convocao do juiz substituto mais antigo, esta recair
sobre o outro juiz substituto da respectiva classe. (Alterado pela Resoluo n. 1.670/2013)
2 O juiz substituto convocado para compor o qurum assumir a cadeira do
substitudo e, nas discusses da Corte, ser o ltimo a votar. (Renumerado pela Resoluo n.
1.670/2013).
3 Estando presentes na sesso dois ou mais juzes substitutos, estes votaro em ordem
decrescente de antiguidade. (Renumerado pela Resoluo n. 1.670/2013).
Art. 8 At trinta dias antes do trmino do binio de juiz da classe de magistrado, ou
imediatamente aps a vacncia do cargo, por motivo diverso, o Presidente comunicar a
ocorrncia ao Tribunal de Justia, para os fins do art. 1, I, alneas a e b, deste regimento,
esclarecendo se, naquele caso, trata-se do trmino do primeiro ou do segundo binio.
Art. 9 At noventa dias antes do trmino do binio de juiz da classe de advogado, ou
imediatamente aps a vacncia do cargo, por motivo diverso, o Presidente convocar o Tribunal
de Justia para a indicao em lista trplice, esclarecendo se, naquele caso, trata-se do primeiro
ou do segundo binio (art. 12 da Res. TSE n. 20.958/01).
Art. 10. Perder automaticamente a jurisdio eleitoral o juiz do Tribunal que vier a se
aposentar na Justia Comum ou ao trmino do respectivo binio (art. 10 da Res. TSE n.
20.958/01).
Art. 11. No podero integrar o Tribunal cnjuges, companheiros ou parentes
consangneos ou afins, em linha reta, bem como em linha colateral at o terceiro grau,
excluindo-se, nesse caso, o que tiver sido escolhido por ltimo (art. 25, 6, do CE e art. 128 da
LC n. 35/79).
Art. 12. No podero servir como juzes no Tribunal (art. 25, 2 e 7, e art. 16 do CE):
I - cidados que ocupem cargos pblicos de que possam ser demitidos ad nutum;
II - os que sejam diretores, proprietrios ou scios de empresa beneficiada com
subveno, privilgio, iseno ou favor, em virtude de contrato com a Administrao Pblica;
III - os que exeram mandato de carter poltico federal, estadual ou municipal;
IV - magistrado aposentado;
V - membro do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica, enquanto nessa condio.
V - membro do Ministrio Pblico. (Redao dada pela Resoluo n. 1.373/2010)
Art. 13. No podero integrar o Tribunal o Presidente, o Vice-Presidente e o CorregedorGeral do Tribunal de Justia (art. 122 da LC n. 35/79).
Art. 14. Quando o servio eleitoral exigir, os membros da classe de desembargador
podero ser afastados de suas funes no Tribunal de Justia, sem prejuzo de seus vencimentos.
Pargrafo nico. O afastamento, em todos os casos, ser por prazo certo, ou enquanto
subsistirem os motivos que o justificarem, e mediante solicitao fundamentada ao Presidente
do Tribunal de Justia.
Art. 15. Enquanto servirem, os juzes do Tribunal gozaro de plenas garantias e sero
inamovveis, nos termos do art. 121, 1, da Constituio Federal, e, nessa condio, no tero
outras incompatibilidades, seno as declaradas por lei.
Captulo II
- Da Competncia do Tribunal
Art. 16. Compete ao Tribunal, alm de outras atribuies que lhe so conferidas por lei:
I - processar e julgar, originariamente:
a) o pedido de registro de candidatos a governador, vice-governador e a membro do
Congresso Nacional e da Assemblia Legislativa, bem como seu cancelamento e respectivas
impugnaes (art. 29, I, do CE);
b) os conflitos de competncia entre os juzes eleitorais do Estado (art. 29, I, b, do CE);
c) a exceo de suspeio ou de impedimento dos seus juzes, do Procurador Regional
Eleitoral, dos juzes eleitorais, assim como dos chefes de cartrios e dos servidores do Tribunal
(art. 29, I, c, do CE);
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Captulo VI
- Da Competncia do Corregedor Regional Eleitoral
Art. 23. O Corregedor Regional Eleitoral ser substitudo, em suas frias, licenas, faltas
e impedimentos, pelo juiz mais antigo no Tribunal.
Art. 24. Incumbe ao Corregedor Regional Eleitoral a inspeo e correio dos servios
eleitorais do Estado e especialmente (art. 7 da Res. TSE n. 7.651/65):
I - conhecer das reclamaes apresentadas contra os juzes eleitorais, encaminhando-as,
com o resultado das sindicncias a que proceder, ao Tribunal, quando considerar aplicvel a pena
de advertncia;
II - velar pela fiel execuo das leis e instrues e pela boa ordem e celeridade dos
servios eleitorais;
III - receber e processar reclamaes contra escrives e servidores das Zonas Eleitorais,
decidindo como entender de direito ou remetendo-as ao juiz eleitoral competente para o
processo e julgamento;
IV - verificar se h observncia dos prazos legais nos processos e atos eleitorais; se h
ordem e regularidade nos papis e fichrios; se a escriturao dos livros e sua conservao esto
sendo feitas de modo a preserv-los de perdas, extravio ou qualquer dano;
V - verificar se os juzes, escrives e chefes de cartrio mantm perfeita exao no
cumprimento de seus deveres;
VI - investigar se h crimes eleitorais a reprimir e se as denncias j oferecidas tm curso
normal;
VII - verificar se h erros, abusos ou irregularidades que devam ser corrigidos, evitados
ou saneados, determinando, por provimento, a providncia a ser tomada ou a corrigenda a se
fazer;
VIII - comunicar ao Tribunal a falta grave ou procedimento que no lhe couber corrigir;
IX - cumprir e fazer cumprir as determinaes do Tribunal;
X - orientar os juzes eleitorais, relativamente regularidade dos servios nos respectivos
juzos e cartrios;
XI - manter, na devida ordem, o Gabinete da Corregedoria e exercer a fiscalizao de
seus servios;
XII - proceder, nos autos que lhe forem afetos ou nas reclamaes, correio que se
impuser, a fim de determinar a providncia cabvel;
XIII - comunicar ao Presidente do Tribunal a sua ausncia, quando se deslocar, em
correio, para qualquer Zona Eleitoral fora da Capital;
XIV - convocar, sua presena, o juiz eleitoral que deva, pessoalmente, prestar
informaes de interesse para a Justia Eleitoral ou indispensveis soluo de caso concreto,
comunicando-se a convocao ao Presidente do Tribunal de Justia;
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prazos de defesa e alegaes, que ficam reduzidos para trs dias, e interveno do Procurador
Regional Eleitoral, que ser facultativa.
1 A competncia do Corregedor Regional Eleitoral para aplicao de pena disciplinar
a servidores das Zonas Eleitorais no exclui a dos respectivos juzes.
2 Se o Corregedor Regional Eleitoral chegar concluso de que o servidor deve ser
destitudo do servio eleitoral, remeter o processo, acompanhado do relatrio, apreciao do
Tribunal.
Art. 28. Os provimentos emanados da Corregedoria Regional Eleitoral vinculam os
juzes e servidores das Zonas Eleitorais, que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento.
Art. 29. No desempenho de suas atribuies, o Corregedor Regional Eleitoral
locomover-se- para as Zonas Eleitorais, nos seguintes casos:
I - por determinao do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral;
II - a pedido dos juzes eleitorais;
III - a requerimento de partido poltico, deferido pelo Tribunal Regional Eleitoral;
IV - sempre que entender necessrio.
Art. 30. O Corregedor Regional Eleitoral indicar todos os servidores, cargos e funes
comissionadas da Corregedoria, para posterior designao pela Presidncia.
Art. 31. Das decises disciplinares do Corregedor Regional Eleitoral caber recurso para
o Tribunal, no prazo de trs dias.
Art. 32. Qualquer eleitor, partido poltico ou representante do Ministrio Pblico poder
dirigir-se ao Corregedor Regional Eleitoral, relatando fatos e indicando provas, e pedir abertura
de investigaes para apurar irregularidades no servio eleitoral.
Art. 33. Qualquer partido poltico, coligao, candidato ou representante do Ministrio
Pblico Eleitoral poder representar diretamente ao Corregedor Regional, relatando fatos e
indicando provas, indcios e circunstncias, e pedir abertura de investigao judicial para apurar
o uso indevido, desvio ou abuso do poder econmico ou do poder de autoridade, ou utilizao
indevida de veculos ou meios de comunicao social, em favor de candidato ou partido poltico
(art. 22 da LC n. 64/90).
Art. 34. O Corregedor apresentar anualmente ao Tribunal, at o dia trinta e um de
maro, relatrio das atividades desenvolvidas no ano anterior.
Captulo VII
- Das Atribuies do Procurador Regional Eleitoral
Art. 35. Servir no Tribunal como Procurador Regional Eleitoral o membro do
Ministrio Pblico Federal designado pelo Procurador-Geral Eleitoral (art. 75 c/c 76 da LC n.
75/93).
1 Durante as sesses, o Procurador Regional Eleitoral ter assento direita do
Presidente e no mesmo plano (art. 18, I, a, da LC n. 75/93).
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IV - assistir ao exame, no Tribunal, de urna dita violada e opinar sobre o parecer dos
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TTULO II
- DA ORDEM DO SERVIO NO TRIBUNAL
Captulo I
- Do Servio em Geral
Art. 41. Todos os papis, correspondncias e processos dirigidos ao Tribunal sero
protocolizados na seo prpria e imediatamente encaminhados aos setores competentes.
1 A seo prpria, quando do recebimento de processos, conferir a numerao das
folhas dos autos e lavrar termo de recebimento, do qual constar a existncia ou no de anexos
e eventuais falhas na numerao.
2 As peties dirigidas ao Presidente e relacionadas com processos j distribudos e
em tramitao sero encaminhadas Secretaria Judiciria, para envio aos Relatores.
3 Sero tambm protocolizados, ainda que depois do despacho, os papis
apresentados diretamente ao Presidente ou ao Relator.
Art. 42. A Secretaria Judiciria do Tribunal lavrar o termo de recebimento dos autos,
conferindo e retificando, quando for o caso, a numerao das respectivas folhas.
Art. 43. O julgamento dos processos ocorrer de acordo com a pauta organizada pela
Secretaria Judiciria, que ser publicada, com a antecedncia mnima de quarenta e oito horas, no
rgo Oficial.
1 Cpias das pautas sero distribudas aos julgadores e ao Procurador Regional
Eleitoral, afixando-se um exemplar na entrada da sala das sesses do Tribunal, com, no mnimo,
quarenta e oito horas de antecedncia.
2 A juzo do Tribunal, podero ser julgados processos independentemente dessa
publicao, salvo processos criminais, mandados de segurana e feitos que objetivem a cassao
de registro ou de diploma, a declarao de inelegibilidade ou a perda de mandato eletivo.
3 Os processos conexos devero ser apensados e julgados simultaneamente, sendo o
original do acrdo juntado ao primeiro, e sua cpia autenticada, aos demais.
Art. 44. O julgamento dos feitos, salvo as hipteses mencionadas no art. 56 deste
regimento, realizar-se- sem revisor, podendo, entretanto, deles pedir vista qualquer juiz, pelo
prazo de uma sesso, bem como o Presidente, quando tiver de proferir voto de desempate.
Captulo II
- Da Distribuio
Art. 45. A distribuio dos processos ser efetuada pelo setor competente da Secretaria
Judiciria, lavrando-se ata, que ser assinada pelo Presidente.
1 Os feitos sero distribudos, no prazo de vinte e quatro horas, a contar de seu
recebimento, na ordem rigorosa de antigidade dos juzes efetivos, observado o critrio de
rodzio, de modo a assegurar a equivalncia dos trabalhos (art. 269 do CE).
2 A distribuio ser feita por meio do Sistema de Acompanhamento de Documentos
e Processos - SADP, observando-se o disposto no pargrafo primeiro deste artigo.
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Art. 52. Feita a publicao, a Secretaria Judiciria lanar a correspondente certido nos
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Art. 53. Somente ocorrer republicao quando for verificada, na primeira, irregularidade
que afete a substncia do ato praticado, inclusive por omisso ou incorreo dos nomes dos
advogados das partes e interessados.
Art. 54. A intimao dos membros do Ministrio Pblico, da Advocacia-Geral da Unio,
dos defensores nomeados e dos defensores pblicos ser realizada sempre pessoalmente.
Captulo IV
- Do Relator
Art. 55. Compete ao Relator:
I - ordenar e dirigir o processo at o julgamento, fixando prazo para cumprimento dos
atos e comunicaes processuais, quando no houver previso legal;
II - delegar atribuies aos juzes eleitorais, quando for o caso, para as diligncias
indispensveis instruo;
III - presidir as audincias necessrias instruo;
IV - submeter ao Tribunal questes de ordem, visando ao bom andamento dos
processos;
V - requisitar autos principais ou originais;
VI - homologar as desistncias, ainda que se ache o feito em pauta para julgamento;
VII - determinar o arquivamento do inqurito e das peas informativas, quando o
requerer o Ministrio Pblico, ou, se assim entender, submeter deciso do Tribunal;
VIII - ouvir o Ministrio Pblico;
IX - decidir sobre a produo de prova ou a realizao de diligncia;
X - expedir ordem de priso e soltura;
XI - nomear curador para o ru, quando for o caso;
XII - examinar a legalidade da priso em flagrante;
XIII - conceder e arbitrar fiana, ou deneg-la; XIV - decretar priso preventiva ou
provisria;
XV - conceder liminar em mandado de segurana, cautelar e habeas corpus; XVI - indeferir,
liminarmente, as revises criminais:
a) quando for incompetente o Tribunal ou o pedido for reiterao de outro, salvo se
fundado em novas provas;
b) quando o pedido estiver insuficientemente instrudo;
XVII - decretar, nos mandados de segurana, a perempo ou a caducidade da medida
liminar, ex officio ou a requerimento do Ministrio Pblico ou dos interessados;
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I - processos adiados;
II - habeas corpus e respectivos recursos;
III - processos em que haja advogado presente;
IV - mandados de segurana, habeas data e mandados de injuno e os respectivos
recursos;
V - aes de impugnao de mandato eletivo;
VI - conflitos de competncia e respectivos recursos; VII - excees de suspeio e de
impedimento; VIII - recursos eleitorais;
IX - recursos contra expedio de diploma;
X - aes penais, recursos criminais, revises criminais, inquritos e investigaes
judiciais;
XI - agravos regimentais;
XII - agravos e embargos de declarao;
XIII - registros de candidatos e argies de inelegibilidade;
XIV - apurao de eleies e seus recursos;
XV - prestaes de contas;
XVI - consultas, representaes, reclamaes, requerimentos e instrues;
XVII - criao de zona eleitoral, correio, reviso do eleitorado e matria administrativa.
Pargrafo nico. Sem prejuzo da enumerao deste artigo e no obstante a ordem da
pauta, o Relator poder requerer prioridade para o julgamento.
Art. 65. De cada sesso lavrar-se- ata, que resumir o ocorrido, para discusso na sesso
seguinte, e, uma vez aprovada, ser assinada pelo Presidente, pelo Procurador Regional Eleitoral
e pelo Secretrio.
1 Durante a discusso da ata, os juzes e o Procurador Regional Eleitoral podero
requerer retificao.
2 No se admite retificao que implique modificao de julgado.
Art. 66. As sesses sero taquigrafadas.
Pargrafo nico. As notas taquigrficas sero traduzidas e submetidas ao Presidente e
aos Juzes, para reviso, quando, ento, sero juntadas aos autos respectivos.
Art. 67. O Tribunal poder converter o julgamento em diligncia, quando necessrio
deciso da causa.
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Seo II
- Das Sesses Solenes
Art. 68. Para as sesses solenes, observar-se- o protocolo estabelecido nas normas do
cerimonial do Tribunal.
Art. 69. Sero solenes as sesses destinadas a:
I - comemoraes;
II - recepes e homenagens a pessoas eminentes;
III - posse dos membros efetivos do Tribunal;
IV - posse do Presidente, do Vice-Presidente e do Corregedor Regional Eleitoral;
V - entrega de diplomas aos eleitos.
Captulo VII
- Do Julgamento dos Feitos
Art. 70. No julgamento dos processos originrios ou de recursos, uma vez feito o
relatrio, podero usar da palavra, por uma s vez, durante o prazo de dez minutos,
improrrogveis, os advogados das partes, seguindo com a palavra o Procurador Regional
Eleitoral.
1 Quando houver mais de um recorrente, estes falaro na ordem de interposio do
recurso, mesmo que figurem tambm como recorridos.
2 Sendo a parte representada por mais de um advogado, o tempo ser dividido
igualmente entre eles, salvo se acordarem de outro modo.
3 Em processo criminal, o ru, ou seu defensor, embora seja o recorrente, falar aps
o Procurador Regional Eleitoral.
4 Quando se tratar de julgamento de recurso contra expedio de diploma, cada parte
ter vinte minutos, improrrogveis, para a sustentao oral.
5 No podero ser aparteados os advogados e o Procurador Regional Eleitoral.
6 No cabe sustentao oral nos embargos, conflitos de jurisdio, consultas,
representaes ou reclamaes, nem nos recursos de decises do Relator.
Art. 71. Havendo pedido de vista, o julgamento ficar adiado para a sesso seguinte,
independentemente de incluso na pauta, votando, em primeiro lugar, o juiz que houver feito o
pedido.
1 O juiz que pedir vista receber o feito relatado.
2 O pedido de vista no impede que votem os juzes que se tenham por habilitados.
3 Reiniciado o julgamento, sero computados os votos j proferidos pelos juzes, ainda
que no compaream ou hajam deixado o exerccio do cargo.
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Art. 113. Estando em termos a petio inicial, o Relator despachar, observando-se, para
todos os atos do processo, o rito estabelecido na Lei Complementar n 64/90.
Art. 114. O julgamento da Ao de Impugnao de Mandato ser pblico (Res. TSE n
21.283/02).
Captulo XI
- Da Ao Penal de Competncia Originria
Art. 115. O Ministrio Pblico Eleitoral, nos crimes eleitorais de competncia originria
do Tribunal, ter o prazo de quinze dias para oferecer denncia ou pedir o arquivamento do
inqurito ou das peas informativas (art. 1 da Lei n. 8.038/90).
1 Podero ser deferidas pelo Relator diligncias complementares, com a interrupo
do prazo deste artigo.
2 Se o indiciado estiver preso:
a) ser de cinco dias o prazo para oferecimento da denncia;
b) as diligncias complementares no interrompero o prazo, salvo se o Relator, ao
deferi-las, determinar o relaxamento da priso.
Art. 116. O Relator ser o juiz da instruo, a ser realizada segundo o disposto neste
regimento, no Cdigo de Processo Penal e na Lei n. 8.038/90, esta com as alteraes introduzidas
pela Lei n. 8.658/93.
Pargrafo nico. O Relator ter as mesmas atribuies conferidas ao juiz singular pela
legislao processual.
Art. 117. Compete ao Relator (art. 3 da Lei n. 8.038/90):
I - determinar o arquivamento do inqurito e das peas informativas, quando o requerer
o Ministrio Pblico Eleitoral, ou submeter o requerimento deciso do Tribunal;
II - decretar, nos casos previstos em lei, a extino da punibilidade.
Art. 118. Oferecida a denncia, far-se- a notificao do acusado, para oferecer resposta
no prazo de quinze dias (art. 4 da Lei n. 8.038/90).
1 Com a notificao, entregar-se- ao acusado cpia da denncia, do despacho do
Relator e dos documentos por este indicados.
2 Se desconhecido o paradeiro do acusado, ou se este criar dificuldades para que o
oficial cumpra a diligncia, proceder-se- sua notificao por edital com o teor resumido da
acusao, para que comparea, em cinco dias, Secretaria Judiciria do Tribunal, onde ter vista
dos autos, por quinze dias, para oferecer a resposta prevista neste artigo.
Art. 119. Se, com a resposta, forem apresentados novos documentos, intimar-se- o
Ministrio Pblico Eleitoral, para se manifestar, em cinco dias (art. 5 da Lei n. 8.038/90).
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Art. 120. A seguir, o Relator pedir dia para que o Tribunal delibere sobre o recebimento
ou a rejeio da denncia, ou a improcedncia da acusao, se a deciso no depender de outras
provas (art. 6 da Lei n. 8.038/90).
1 No julgamento da matria de que trata este artigo, ser facultada a sustentao oral,
pelo prazo de quinze minutos, primeiro acusao, depois defesa.
2 Encerrados os debates, o Tribunal passar a deliberar, determinando o Presidente
as pessoas que podero permanecer no recinto, observado o disposto no inciso II do art. 126
deste regimento.
Art. 121. Recebida a denncia, o Relator designar dia e hora para o interrogatrio e
mandar citar o acusado e intimar o Ministrio Pblico Eleitoral (art. 7 da Lei n. 8.038/90).
Art. 122. O prazo para defesa prvia ser de cinco dias, contados do interrogatrio ou
da intimao do defensor dativo (art. 8 da Lei n. 8.038/90).
Art. 123. A instruo obedecer, no que couber, ao procedimento comum do Cdigo de
Processo Penal (art. 9 da Lei n. 8.038/90).
1 O Relator poder delegar a realizao do interrogatrio ou de outro ato da instruo
ao juiz eleitoral ou a juiz de Tribunal com competncia territorial no lugar de cumprimento da
carta.
2 Por expressa determinao do Relator, as intimaes podero ser feitas por carta
registrada com aviso de recebimento.
Art. 124. Concluda a inquirio de testemunhas, sero intimadas a acusao e a defesa
para requerimento de diligncias, no prazo de cinco dias (art. 10 da Lei n. 8.038/90).
Art. 125. Realizadas as diligncias, ou no sendo estas requeridas nem determinadas pelo
Relator, sero intimadas a acusao e a defesa para, sucessivamente, apresentarem, no prazo de
quinze dias, alegaes escritas (art. 11 da Lei n. 8.038/90).
1 Ser comum o prazo do Ministrio Pblico Eleitoral e do assistente de acusao,
bem como o dos co-rus.
2 O Relator poder, aps as alegaes escritas, determinar, de ofcio, a realizao de
provas reputadas imprescindveis para o julgamento da causa.
Art. 126. Finda a instruo, o Tribunal proceder ao julgamento, na forma determinada
neste Regimento Interno, observando o seguinte rito (art. 12 da Lei n. 8.038/90):
I - o Ministrio Pblico Eleitoral e a defesa tero, sucessivamente, nessa ordem, o prazo
de uma hora para sustentao oral, assegurado ao assistente um quarto do tempo da acusao;
II - encerrados os debates, o Tribunal passar a proferir o julgamento, podendo o
Presidente limitar a presena no recinto s partes e seus advogados, ou somente a estes, se o
interesse pblico exigir.
Captulo XII
- Da Ao de Investigao Judicial Eleitoral
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Art. 127. Ser dirigido ao Corregedor Regional Eleitoral, nas eleies estaduais, o pedido
de abertura de investigao judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso de poder
econmico ou do poder de autoridade, ou utilizao indevida de veculos ou meios de
comunicao social, em benefcio de candidato ou partido poltico.
Pargrafo nico. O feito ser processado na Secretaria Judiciria, observado o rito
previsto na legislao vigente.
Art. 128. A Secretaria Judiciria abrir vista dos autos ao Ministrio Pblico Eleitoral,
para manifestao, no prazo de quarenta e oito horas, sobre as imputaes e concluses do
relatrio, nos processos em que no for parte.
Pargrafo nico. Devolvidos os autos, o feito ser includo em pauta.
Captulo XIII
- Dos Recursos Eleitorais
Seo I
- Dos Recursos em Geral
Art. 129. Dos atos, resolues ou despachos dos Juzos ou Juntas Eleitorais caber
recurso para o Tribunal (art. 265 do CE).
Pargrafo nico. No sero admitidos recursos contra a votao ou a apurao, se no
tiver havido protesto contra as irregularidades ou nulidades argidas perante as mesas receptoras,
no ato da votao, ou perante as juntas eleitorais, no ato da apurao (arts. 149 e 171 do CE).
Art. 130. Salvo disposio legal em contrrio, sero observados, nos recursos, os
seguintes prazos:
I - vinte e quatro horas para:
a) distribuio;
b) concluso dos autos, em caso de recurso especial (art. 278 do CE).
II - quarenta e oito horas para:
a) juntada de petio do recurso especial (art. 278 do CE);
b) despacho do Presidente admitindo ou no o recurso (art. 278, 1, do CE).
III - trs dias para:
CE);
CE).
a) interposio de recurso, sempre que a lei no especificar prazo especial (art. 258 do
b) interposio de agravo (art. 279 do CE);
37
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Pargrafo nico. Uma vez feito o relatrio, cada parte ter vinte minutos para sustentao
Art. 142. Os recursos contra a expedio de diplomas de governador, vice-governador,
dos senadores e suplentes, deputados e suplentes, aps a juntada das razes do recorrido, sero
imediatamente enviados ao Tribunal Superior Eleitoral pelo meio mais rpido.
Art. 143. Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral no decidir o recurso interposto contra
a expedio do diploma, poder o diplomado exercer o mandato em sua plenitude (art. 216 do
CE).
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Captulo XIV
- Dos Recursos Criminais
Art. 144. Das decises finais de condenao ou absolvio pelo juiz eleitoral cabe recurso
para o Tribunal Regional Eleitoral, interposto no prazo de dez dias (art. 362 do CE).
Art. 145. No processamento dos recursos criminais, aplicar-se-o as normas do Cdigo
de Processo Penal.
Captulo XV
- Da Reviso Criminal
Art. 146. Nos termos da lei processual penal, ser admitida a reviso criminal de
processos por prtica de crime eleitoral e conexos, julgados pelo Tribunal e pelos juzes eleitorais.
Art. 147. Ser vedada a reviso conjunta de processos, salvo em caso de conexo.
Pargrafo nico. Sempre que existir mais de um pedido de reviso do mesmo ru, todos
sero distribudos ao mesmo Relator, que mandar reuni-los em um s processo.
Art. 148. A reviso ter incio por petio instruda com a certido de haver passado em
julgado a deciso condenatria e com as peas necessrias comprovao dos fatos argidos (art.
625, 1, do CPP).
Art. 149. Dirigida ao Presidente, ser a petio autuada e distribuda a um Relator e a um
Revisor que no tenham participado da deciso, em qualquer fase do processo (art. 625, caput,
do CPP).
1 O Relator poder determinar que se apensem ao processo de reviso os autos
originais, se da no advier dificuldade execuo normal da sentena (art. 625, 2, do CPP).
2 No estando a petio suficientemente instruda, e julgando o Relator inconveniente
ao interesse da justia que se apensem os autos originais, ele a indeferir liminarmente (art. 625,
3, do CPP).
3 Da deciso de indeferimento caber agravo regimental.
Art. 150. Se o requerimento no for indeferido in limine, ser ouvido o Procurador
Regional Eleitoral, que dar parecer no prazo de dez dias. Em seguida, o Relator, depois de haver
lanado relatrio, passar os autos ao Revisor, que pedir dia para julgamento (art. 625, 5, do
CPP).
Art. 151. Juntar-se- ao processo cpia do acrdo que julgar a reviso e, sendo este
modificativo da sentena, outra cpia ser enviada ao Juzo da execuo (art. 629 do CPP).
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Captulo XVI
- Dos Recursos para o Tribunal Superior Eleitoral
Seo I
- Dos Recursos Especiais e Ordinrios
Art. 152. As decises do Tribunal so irrecorrveis, salvo nos casos seguintes, em que
caber recurso para o Tribunal Superior Eleitoral (art. 276, I e III, do CE e art. 121, 4, da CF):
I - recurso especial, quando:
a) a deciso for proferida contra expressa disposio de lei;
b) ocorrer divergncia na interpretao de lei entre dois ou mais Tribunais Eleitorais.
II - recurso ordinrio, quando as decises:
a) versarem sobre inelegibilidade ou expedies de diplomas nas eleies federais ou
estaduais;
b) denegarem habeas corpus, mandado de segurana, habeas data ou mandado de injuno;
c) anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais.
1 Ser de trs dias o prazo para interposio do recurso, contados da publicao da
deciso, nos casos dos nmeros I, letras a e b, e II, letras b e c, e da sesso de diplomao, no
caso do nmero II, letra a.
2 Quando o Tribunal determinar a realizao de novas eleies, o prazo para
interposio de recurso, no caso do inciso II, letra a, contar-se- da sesso em que, feita a
apurao das sees renovadas, for proclamado o resultado das eleies suplementares (art. 276,
2, do CE).
Art. 153. Interposto o recurso ordinrio contra deciso do Tribunal, o Presidente poder,
na prpria petio, mandar abrir vista ao recorrido para que, no mesmo prazo, oferea as suas
razes (art. 277 do CE).
Pargrafo nico. Juntadas as razes do recorrido, sero os autos remetidos ao Tribunal
Superior Eleitoral (art. 277, pargrafo nico, do CE).
Art. 154. Interposto recurso especial contra deciso do Tribunal, a petio ser juntada
nas quarenta e oito horas seguintes, e os autos sero conclusos ao Presidente dentro de vinte e
quatro horas (art. 278 do CE).
1 O Presidente, dentro de quarenta e oito horas do recebimento dos autos, proferir
despacho fundamentado, admitindo ou no o recurso (art. 278, 1, do CE).
2 Admitido o recurso, ser aberta vista dos autos ao recorrido para que, no prazo de
trs dias, apresente suas razes (art. 278, 2, do CE).
3 Em seguida, sero os autos conclusos ao Presidente, que mandar remet-los ao
Tribunal Superior Eleitoral (art. 278, 3, do CE).
Seo II
- Do Agravo
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Art. 155. Inadmitido o recurso especial, o recorrente poder interpor, dentro de trs dias,
agravo, cuja petio conter (art. 279 do CE):
I - a exposio do fato e do direito;
II - as razes do pedido de reforma da deciso;
III - a indicao das peas do processo que devem ser trasladadas.
1 Sero obrigatoriamente trasladadas as cpias da deciso recorrida e da certido de
intimao.
2 Deferida a formao do agravo, ser intimado o recorrido para, no prazo de trs
dias, apresentar as suas razes e indicar as peas dos autos que sero tambm trasladadas.
3 Concluda a formao do instrumento, o Presidente do Tribunal determinar a
remessa dos autos ao Tribunal Superior, podendo, ainda, ordenar a extrao e a juntada de peas
no indicadas pelas partes.
4 O Presidente do Tribunal no poder negar seguimento ao agravo, ainda que
interposto fora do prazo legal.
5 Dispondo o Tribunal de aparelhamento prprio, o instrumento dever ser formado
com fotocpias ou processo semelhante, pagas as despesas pelas partes, pelo preo do custo em
relao s peas que indicarem.
Captulo XVII
- Da Matria Administrativa
Art. 156. A matria administrativa de competncia originria do Tribunal, constante do
art. 17 deste RI, ser levada ao expediente pelo Presidente ou distribuda a um Relator.
Art. 157. Os recursos administrativos sero interpostos no prazo de trs dias e
processados na forma dos recursos eleitorais.
Art. 158. Das decises administrativas do Tribunal cabe, por uma vez, pedido de
reconsiderao, no prazo de trs dias, contados da cincia dada ao interessado.
Art. 159. Dos atos do Presidente de natureza administrativa caber recurso, em trs dias,
para o Tribunal.
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TTULO IV
- DAS ELEIES
Captulo I
- Do Registro de Candidatos
Art. 160. O registro de candidatos a cargos eletivos ser feito nos termos e prazos fixados
pela legislao eleitoral vigente, resolues do Tribunal Superior Eleitoral e resolues deste
Tribunal.
Captulo II
- Da Apurao
Art. 161. As eleies e sua apurao sero realizadas com observncia do disposto na
legislao eleitoral e nas instrues baixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Pargrafo nico. O Tribunal, por proposta de qualquer de seus membros, prover
tambm sobre a expedio de instrues complementares.
Art. 162. Nas eleies estaduais e federais, o Tribunal, antes de iniciar a apurao,
constituir, com trs de seus membros, uma Comisso Apuradora, presidida pelo VicePresidente (art. 199, caput, do CE).
Pargrafo nico. O Presidente da Comisso Apuradora designar um servidor do
Tribunal para atuar como secretrio e, para auxiliarem os seus trabalhos, tantos outros quantos
julgar necessrios (art. 199, 1, do CE).
Art. 163. A apurao das eleies a cargo do Tribunal comear assim que receber os
primeiros resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais (art. 198 do CE).
Art. 164. Ao final dos trabalhos, a Comisso Apuradora apresentar ao Tribunal relatrio
que mencione (art. 199, 5, do CE):
I- as sees apuradas e o nmero de votos apurados diretamente pelas urnas eletrnicas;
II - as sees apuradas pelo sistema de apurao eletrnica, os motivos e o nmero de
votos anulados ou no apurados;
III - as sees anuladas e os motivos por que o foram;
IV - as sees em que no houve eleio e os motivos;
V - as impugnaes apresentadas s juntas e como foram resolvidas por elas, assim como
os recursos que tenham sido interpostos;
VI - a votao de cada partido;
VII - a votao de cada candidato;
VIII - o quociente eleitoral;
IX - os quocientes partidrios;
X - a distribuio das sobras.
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Art. 165. O relatrio a que se refere o artigo anterior ficar na Secretaria Judiciria, pelo
prazo de trs dias, para exame dos partidos e candidatos interessados, que podero examinar
tambm os documentos em que ele se baseou (art. 200 do CE).
1 Terminado o prazo supra, os partidos podero apresentar as suas reclamaes,
dentro de dois dias, sendo estas submetidas a parecer da Comisso Apuradora, que, no prazo de
trs dias, apresentar aditamento ao relatrio com a proposta das modificaes que julgar
procedentes ou com a justificao da improcedncia das argies.
2 O Tribunal, antes de aprovar o relatrio da Comisso Apuradora e em trs dias
improrrogveis, julgar as impugnaes e as reclamaes no providas pela Comisso Apuradora
e, se as deferir, voltar o relatrio Comisso, para que sejam feitas as alteraes resultantes da
deciso.
Art. 166. De posse do relatrio a que se refere o artigo anterior, reunir-se- o Tribunal,
no dia seguinte, para o conhecimento do total dos votos apurados e, em seguida, se verificar que
os votos das sees anuladas e daquelas cujos eleitores foram impedidos de votar podero alterar
a representao de qualquer partido ou classificao de candidato eleito pelo princpio
majoritrio, ordenar a realizao de novas eleies (art. 201, caput, do CE).
Art. 167. Da sesso do Tribunal ser lavrada ata geral assinada por todos os juzes e da
qual constaro todos os dados mencionados no art. 164 deste Regimento e, ainda, as sees em
que se vai realizar ou renovar a eleio, os nomes dos votados na ordem decrescente dos votos,
os nomes dos eleitos e os nomes dos suplentes, na ordem em que devam substituir ou suceder
(art. 202 do CE).
1 Na mesma sesso, o Tribunal proclamar os eleitos e os respectivos suplentes e
marcar a data para expedio solene dos diplomas, em sesso pblica.
2 Um traslado da ata da sesso, autenticado com a assinatura de todos os membros
do Tribunal que assinaram a ata original, ser remetido ao Presidente do Tribunal Superior
Eleitoral.
3 O Tribunal comunicar o resultado da eleio ao Senado, Cmara dos Deputados e
Assemblia Legislativa.
Art. 168. Sempre que forem realizadas eleies de mbito estadual juntamente com
eleies para Presidente e Vice-Presidente da Repblica, o Tribunal desdobrar os seus trabalhos
de apurao, elaborando, tanto para aquelas, como para estas, uma ata geral.
1 A Comisso Apuradora dever, tambm, apresentar relatrios distintos, um dos
quais referente apenas s eleies presidenciais.
2 Concludos os trabalhos da apurao, o Tribunal remeter ao Tribunal Superior
Eleitoral os resultados parciais das eleies para Presidente e Vice-Presidente da Repblica,
acompanhados de todos os papis que lhes digam respeito (art. 203 do CE).
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Captulo III
- Da Expedio de Diplomas
Art. 169. Os candidatos a cargos federais e estaduais eleitos, assim como os suplentes,
recebero diploma assinado pelo Presidente do Tribunal (art. 215 do CE).
1 Do diploma devero constar o nome do candidato, a indicao da legenda sob a qual
concorreu, o cargo para o qual foi eleito ou a sua classificao como suplente e, facultativamente,
outros dados, a critrio do Tribunal;
2 Ao se realizar a diplomao, se ainda houver processo pendente de deciso em outra
instncia, ser consignado que os resultados podero sofrer alteraes decorrentes desse
julgamento (art. 261, 5, do CE);
3 Realizada a diplomao e decorrido o prazo recursal, o Presidente do Tribunal
comunicar instncia superior se foi ou no interposto recurso (art. 261, 6, do CE).
Art. 170. Realizada a diplomao de candidato militar, o Presidente do Tribunal
comunicar, imediatamente, o fato autoridade a que o mesmo estiver subordinado, para os fins
do art. 98 do Cdigo Eleitoral (art. 218 do CE).
TTULO V
- DOS PARTIDOS POLTICOS
Captulo I
- Da Anotao dos rgos Partidrios
Art. 171. O rgo de direo regional comunicar ao Tribunal, para anotao, a
constituio de seus rgos de direo partidria regional e municipal, os nomes dos respectivos
integrantes, bem como as alteraes que forem promovidas e, ainda, o calendrio fixado para a
constituio dos referidos rgos (art. 10, pargrafo nico, inciso II, da Lei n. 9.096/95, com a
redao dada pela Lei n. 9.259/96).
Pargrafo nico. Protocolizado o pedido, o Presidente do Tribunal determinar
Secretaria Judiciria que proceda anotao.
Art. 172. Anotada a composio de rgo de direo municipal e eventual alterao, o
Presidente determinar que se faa a imediata comunicao ao juiz eleitoral da respectiva zona
(art. 19 da Resoluo TSE n. 19.406/95).
Captulo II
- Das Finanas e da Contabilidade dos Partidos Polticos
Art. 173. O Tribunal exercer fiscalizao sobre a escriturao contbil e a prestao de
contas dos rgos estaduais dos partidos polticos e das despesas de campanha eleitoral, devendo
atestar se elas refletem adequadamente a real movimentao financeira, e se esto regulares.
Art. 174. Realizada a distribuio, o balano patrimonial ser imediatamente
encaminhado para publicao na imprensa oficial, obedecendo o processo de prestao de contas
a seguinte tramitao:
I - aps a publicao do balano patrimonial, os autos sero remetidos Coordenadoria
de Controle Interno Tribunal, para parecer tcnico prvio;
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exercido a titularidade de Zona Eleitoral, salvo impossibilidade (Res. TSE n 21.009/02 e Res.
TRE/AC n 185/02, alterada pela Res. TRE/AC n 852/06).
Pargrafo nico. A designao do juiz eleitoral, exceto nas comarcas de uma s vara, depender
de inscrio do interessado junto ao Tribunal (Res. TRE/AC n 185/02).
Art. 181. O Tribunal poder, excepcionalmente, pelo voto de 5 (cinco) dos seus
membros, afastar o critrio estabelecido no caput do artigo anterior por convenincia objetiva
do servio eleitoral e no interesse da administrao judiciria, devendo ser observado, nesse caso,
o critrio do merecimento do magistrado, aferido pela operosidade e eficincia no exerccio das
jurisdies eleitoral e comum, segundo dados colhidos pelo Tribunal e pelo Tribunal de Justia
(Res. TSE n 21.009/02 e Res. TRE/AC n 185/02).
Art. 182. No poder servir como juiz eleitoral o cnjuge, parente consangneo ou afim,
at o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrio, durante o perodo
compreendido entre o registro de candidaturas at a apurao final da eleio (art. 14, 3 do CE
e Res. TSE n 21.009/02).
Art. 183. No sero feitas alteraes na jurisdio eleitoral, prorrogando-se
automaticamente o exerccio do titular, entre trs meses antes e dois meses aps as eleies, salvo
motivo justificado a ser apreciado pelo Tribunal (Res. TSE n 21.009/02 e Res. TRE/AC n
185/02).
Art. 184. O juiz eleitoral, ao assumir a jurisdio, comunicar ao Tribunal o termo inicial
para os devidos fins (Res. TSE n 21.009/02 e Res. TRE/AC n 185/02).
Pargrafo nico. O Tribunal dever comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral as
designaes e recondues dos juzes eleitorais, informando as datas de incio e fim do binio
(Res. TSE n 21.009/02 e Res. TRE/AC n 185/02).
Captulo II
- Da Secretaria do Tribunal
Art. 185. A Secretaria do Tribunal funcionar sob a chefia do Diretor-Geral e superviso
do Presidente do Tribunal e ter os cargos que forem dispostos em lei.
Pargrafo nico. As atribuies dos servidores e disposies de ordem interna,
necessrias ao bom andamento dos servios, devero constar do Regimento Interno da
Secretaria, aprovado pelo Tribunal.
Captulo III
- Disposies Finais
Art. 186. Ao Tribunal cabe o tratamento de Egrgio, dando-se aos seus juzes e ao
Procurador Regional Eleitoral o de Excelncia.
Art. 187. O Presidente, qualquer juiz do Tribunal ou o Procurador Regional Eleitoral
poder apresentar, por escrito, proposta de emenda a este regimento, que ser distribuda e
votada em sesso.
1 Se a emenda objetivar a reforma geral do regimento, cpias do respectivo projeto
sero distribudas aos membros do Tribunal, pelo menos quinze dias antes da sesso em que ser
discutida e votada.
2 A emenda dever ser aprovada pela maioria absoluta dos juzes.
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Art. 188. O Tribunal eleger, anualmente, duas comisses, compostas por trs de seus
juzes: uma incumbida de supervisionar os servios de sistematizao de jurisprudncia; e a outra,
da reviso e atualizao do Regimento Interno.
Art. 189. Quando os prazos para a entrada de recursos e papis eleitorais terminarem
fora da hora do expediente normal, considerar-se-o prorrogados at a primeira hora de
expediente do dia til seguinte, salvo disposio contrria.
Art. 190. Os juzes do Tribunal e o Procurador Regional Eleitoral podero solicitar ao
Diretor-Geral e aos Secretrios informaes referentes a processos em tramitao.
Art. 191. Os juzes do Tribunal e o Procurador Regional Eleitoral disporo de gabinete
e sero auxiliados, nas suas funes, por servidores do quadro designados para tal fim.
Art. 192. As gratificaes a que fazem jus os juzes do Tribunal e o Procurador Regional
Eleitoral so devidas por sesso a que efetivamente comparecerem, no cabendo a sua percepo
por motivo de frias, licena de qualquer natureza ou falta, ainda que justificada, salvo quando a
ausncia s sesses se dever a deslocamento por necessidade do servio eleitoral.
Art. 193. Os acrdos, decises, provimentos, resolues, atos e portarias do Tribunal,
bem como as instrues de interesse eleitoral, sero publicadas no Dirio Oficial do Estado,
podendo existir rgo de divulgao prprio.
Pargrafo nico. A retificao de publicao na imprensa oficial, decorrente de
incorrees ou omisses, ser providenciada, de ofcio, ou em atendimento a determinao do
Presidente ou Relator.
Art. 194. As dvidas suscitadas quanto a aplicao deste regimento sero apreciadas e
resolvidas pelo Tribunal.
1 Nos casos omissos, serviro como fontes subsidirias os regimentos internos do
Tribunal Superior Eleitoral, do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justia, na
ordem indicada.
2 Os casos que no puderem ser resolvidos por analogia sero encaminhados pelo
Presidente deciso do Tribunal.
Art. 195. Este Regimento entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as
disposies em contrrio, em especial a Resoluo TRE/AC n. 77, de 14 de dezembro de 2000,
referente ao Processo n. 346/99 - classe M.
Sala das Sesses do Tribunal Regional Eleitoral do Acre.
Rio Branco, 4 de julho de 2006.
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NDICE
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