Comp 3 .

Lista 3
x
1 2 4 5
calcule f (x) usando interpolao cbica. Estime o
f(x) 0 2 12 21
erro cometido , sabendo que f (x) um polinmio mnico de grau 4. Calcule f (3) usando
interpolao quadrtica com os pontos 1,2,4 e 2,4,5 e compare os resultados.
1. Dada a tabela

Soluo:
O polinmio interpolador na forma de Newton escrito como:
p3(x) = f [x0] + (x x0)f [x0, x1] + (x x0)(x x1)f [x0, x1, x2]
+ (x x0)(x x1)(x x2)f [x0, x1, x2, x3]
A tabela de diferenas divididas nos d:
j
0
1
2
3

xj
1
2
4
5

f [x j ]
0
2
12
21

f [x j , x j +1] f [x j , x j +1, x j +2] f [x j , x j+1, x j +2, x j +3]

2
5
9

1
4
3

1
12

Temos
p3(x) = 2(x 1) + (x 1)(x 2) +

1
(x 1)(x 2)(x 4)
12

f (x) da forma f (x) = x4 + a3x3 + a2x2 + a1x + a0. Temos que n = 3, assim o erro ser
d4 f
d4 f
funo de dx4 . No caso temos dx4 =24. Dessa maneira
E(x) = f (x) p3(x) =
Finalmente f (3) p3(3)

24
(x 1)(x 2)(x 4)(x 5)
4!

5.8333 com erro E(3) = 4. Se usarmos os pontos 1,2,4 teremos

2
p124
2 (x) = 2(x 1) + (x 1)(x 2) = x x

f (3) p124
2 (3)

6.0000. Usando os pontos 2,4,5 teremos

4
4 2
p245
2 (x) = 2 + 5(x 2) + (x 2)(x 4) = x 3x + 2.6667
3
3

f (3) p245
2 (3)

5.664

2. Explique por que no podemos usar

! 1a frmula de erro de n-trapzios para estimar o erro
do clculo," por este mtodo, #de I = 0 dxex x3/2 . Usando integrao por partes, mostre
! 1
2
que I = 5 e 0 dxex x5/2 e aproxime o resultado usando 4-trapzio. Estime o erro.
Soluo:
1

Nossa estimativa de erro para n-trapzios depende do

derivada
do
" mximo da# segunda
"
!
!!
3 1/2
5 1/2
5/2
3/2
x
x
x
e f (x) = e 2 x +
integrando. No
# caso temos f (x) = e x , f (x) = e 2 x + x
3

x3/2 + 4 x 1/2 . A segunda derivada diverge para x 0 e o erro no pode ser estimado no

intervalo [0,1]. Integrando por partes

I=

dxex x3/2

&
$
2 x 5/2 1 2 1
=
e x

dxexx5/2
5
5 0
0
%
&
$ 1
2
5/2
x
e
=
dxe x
5
0

Integrando por 4-trapzios temos :

$

1
0

dxex x5/2

Dessa forma I

(
0.25'
0 + 2e0.25(0.25)5/2 + 2e0.5(0.5)5/2 + 2e0.75(0.75)5/2 + e
2

0.6805

0.8151. O erro ser

) !! ) (b a) 2
h
|E | < max ) f (x))
12
x[0,1]

"
#
!!
!!
2
3
, aqui (b a) = 1, h = 0.25 e f (x) = ex 5 x5/2 + 2x3/2 + 2 x1/2 . Como f (x) crescente em
) !! )
!!
[0,1] temos que max ) f (x)) = f (1) = 10.60. A estimativa de erro |E | < 0.013802.
x[0,1]

3. A frmula

+1
1

+
* +
*
1
1
dxf (x) = f + f exata para polinmios de grau menor ou
3

igual a 3. Use-a para construir

! 1os trs primeiros polinmios mnicos ortogonais em relao
ao produto interno $u, v% = 0 dxu(x) v(x).

Soluo:

! 1
Queremos calcular integrais do tipo 0 dxu(x) v(x). Temos uma frmula de integrao
! +1
para integrais do tipo 1 dxf (x). Primeiro faremos uma transformao na varivel de
integrao na forma z(x) = 2x1 de forma que z(0) = 1 e z(1) = 1. Teremos ento que
$

1
0

$
1 1
dxu(x) v(x) =
dz u(z) v(z)
2 1
,
,
- ,
- ,
1
1
1
1
1
1
u
v
+ u
v
2
2
3
3
3
3
- ,
- ,
,
,
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
v
+ u
v
= u


+
+
2 2 3
2
2 2 3
2
2 2 3
2 2 3
1
1
u(0.21132) v(0.21132) + u(0.78868) v(0.78868)
2
2

O primeiro polinmio mnico p0(x)=1. O segundo tem a forma p1(x) = 1 + a1x. para
encontrarmos a1 fazemos:
$ 1
1
1
dx (1 + a1x) (1 + 0.21132a1) + (1 + 0.78868a1)
2
2
0
1 + 0.50000a1 =0
2

Dessa maneira a1
2.0000. O terceiro polinmio mnico tem a forma p2(x) = 1 +
a2x+b2 x2. Encontramos os coeficientes calculando:
$
$

1
0

1
0

dx (1 + a2x + b2x2)

1
1
(1 + 0.21132a2 + 0.044656b2) + (1 + 0.78868a2 + 0.62202b2)
2
2
1 + 0.50000a2 + 0.33334b2 = 0

dx (1 + a2x + b2x2)(1 2x)

1
1
(1 + 0.21132a2 + 0.044656 b2) 0.57736 + (1 +
2
2
0.78868a2 + 0.62202b2) (0.57736)
0.33334a2 0.33334b2 = 0

Resolvendo o sistema de equaes encontramos a2 = 6.0000 e b2 = 6.0000 e os trs

primeiros polinmios mnicos so: {1, 1 2x, 1 6x + 6x2}.
x(2 x)

4. Faa a anlise harmnica da funo 2-peridica f (x) =

em [0, 2] at o
2
harmnico de primeira ordem. Nos clculos dos produtos internos use o mtodo de nSimpsons. Mostre que em duas das integrais o uso de 1-Simpson j produz o valor exato da
integral. A integral restante deve ser avaliada por 4-Simpsons. Estime o erro na amplitude
do primeiro harmnico.

Soluo:
Queremos encontrar uma aproximao na forma
f (x) a0 + a1 cos x + b1 sen x
Notemos que f (x) par, portanto, temos b1 = 0. Para 1-Simpson temos
b1 =
que um resultado exato.

dx
0

x(2 x)
sen x = 0
2

Da mesma maneira temos que

a0 =

1
2

dx
0

%
&
(2 )
x(2 x)
1
2
=
0
+
4
+
0
=
2
2 3
2
3

igualmente exato para 1-Simpson pois o integrando um polinmio de grau 2.

Para a1 utilizaremos 4-Simpsons. Para simplificar o clculo chamamos *o integrando
de
+
./
x(2 x)

3
g(x)
cos x e calculamos em incrementos de 4 : g(0) =g 2 = g 2 =g(2)=0;
*3 +
* +
* +
./
7
3
5
1
g 4 = g 4 = 0.09847;g 4 = g 4 = 0.2110; g() = . Temos ento:
a1

/
4

2
2 0 + 2 4 0.09847 + 2 2 0 + 2 4 (0.2110)
3

&

0.4023

Finalmente temos f (x)

do primeiro harmnico

2
3

onde b a = 2, h4 = 256 e

0.4023 cos x. A estimativa do erro no clculo da amplitude

) 4 )
) d g ) (b a)
h4
|E | < max )) 4 ))
180
x[0,2] dx

)
)
) 4 )
2
)
)
) d g)
)
) = ) cos x (2x x2 + 2) + 8 sen x( x)) < 8 + 2 [x + (8 2)x]
) 3
)
) dx4 )
3
3

Como a funo do lado direito da desigualdade acima decrescente em x, temos que

)
)
) d4 g )
) < 8 + 2
max ))
)
3
x[0,2] dx4

e o erro tal que

|E | <
5. Aproxime

8 + 2 2 4
3 180 256

dx
0

0.01162

1
1
1 + cos2 (x)

usando a frmula dos trapzios com h = /6. Determine quantas repeties seriam
necessrias para se garantir um erro menor do que 106.
Soluo:

Considerando h = 6 e reparando que cos (x + /2)=-cos (x /2) temos

$

0
1
/
1
2
1
2
2
2
. /+
./ +
./
dx
6
+
2 1 + cos2 (0) 1 + cos2
1 + cos2 (x)
1 + cos2
1 + cos2
6

0.70715

O erro limitado da seguinte maneira:

onde b a = , h3 = n3 e

Da

) 2 )
) d f ) (b a)
|E | < max )) 2 ))
h3n
12
x[0,] dx

) 2 ) )
) )
)
) d f ) ) 2 (cos2x sen2x) + 8 cos2x sen2x ) ) 2 cos2x(1 tan2x + 4sen2x) )
)
) )
) =)
) ! 10
) dx2 ) = )
) )
)
(1 + cos2x)2
(1 + cos2x)2
|E | < 10

4 1
< 106 n > 9012
12 n2

! b
6. No clculo de a d x f (x) com o mtodo de 1 trapzio obtemos o valor 4/3, com o
mtodo de 2-trapzios obtemos o valor 7/6 e com 4-trapzios 67/60. Determine que valores
se obtm ao se calcular a integral pelos mtodos de Simpson e 2-Simpsons. Sabendo que o
erro com 2-Simpsons menor que 0.05 estime o menor valor de n necessrio para um erro
menor que 105 com n-Simpsons.
Soluo:
Temos, definindo h = (b a)/4
4
3
7
(2)
IT = h[f (a) + 2f (a + 2h) +f (b)] =
6
h
67
(4)
IT = [f (a) + 2f (a + h) +2f (a + 2h) + 2 f (a + 3h) + f (b)] =
2
60
(1)

IT = 2h[f (a) + f (b)] =

Podemos escrever 1-Simpson como

(1)

IS

2h
[f (a) + 4f (a + 2h) +f (b)]
3"
#
1
10
(2)
(1)
=
4IT IT =
1.1111
3
9
=

Analogamente para 2-Simpsons temos

(2)

IS

h
[f (a) + 4f (a + h) +2f (a + 2h) + 4f (a + 3h) + f (b)]
3"
#
1
11
(4)
(2)
=
4IT IT =
1.1000
3
10

Sabemos que o erro com 2-Simpsons

)
)
) (2))
)ES ) =

)
)
(b a)5 )) d 4 f ))
() ! 0.05
2880 24 ) dx4 )

para um certo [a, b]. Queremos determinar n de forma que o erro com n-Simpsons seja
menor que 105. Para isso notamos que :

Da n " 17.

) )
)
)
)
)
24
(b a)5 )) d 4 f )) ) (2)) 24
) (n))
5
()
=
)ES ) =
)E
S ) 4 ! 0.05 4 ! 10
)
)
4
4
2880n dx
n
n

7. A frmula de integrao
$

1
1

dxf (x) =

1
[5f (a) + 8f (0) + 5f (a)],
9

onde
0.6 , exata para todo polinmio de grau at cinco. Utilize-a para avaliar
! 3 a =
5
dt(t 3t2). Verifique a correo.
0
5

Soluo:
Temos que
$

$
(
3 1
1'
du f(u) 5f(a) + 8f(0) + 5f(a)
2 1
6
% ,
,
, -&
3
3
1
3
5f
+ 5f
=
(1 a) + 8f
(1 + a)
2
2
6
2
1
[5f (0.33810) + 8f (1.5000) + 5f (2.6619)]
6

dxf (x) =

Para a integral do problema:

$

3
0

5
8
(0.338105 3 0.338102) + (1.50005 3 1.50002)
6
6
5
+ (2.66195 3 2.66192) 94.5
6

dt(t5 3t2) =

&

Calculando a integral diretamente obtemos:

$

3
0

8. Dados os valores tabelados:

dt(t5 3t2)

t6
t3
6

&3

94.5

x
-2 -1 0 1 2 3
f(x) -24 -2 4 16

(a) determine f (1) e f (1) sabendo que f um polinmio de grau 3.

!!

(b) mostre que se f (x) no troca de sinal em [i, i + 2] ento a diferena dividida de segunda
!!
ordem f [i, i + 1, i + 2] tem mesmo sinal que f (x) neste intervalo. Use este fato, mesmo
sem mostr-lo, para estimar (analisando a tabela de diferenas divididas) entre quais dois
valores inteiros se encontra o ponto de inflexo de f (x).
Soluo:
(a) Basta encontrarmos o nico polinmio de grau 3 interpolador em relao a -2,0,2 e 3.
Usando a tabela de diferenas divididas:
j
0
1
2
3

xj
-2
0
2
3

f [x j ]
-24
-2
4
16

f [x j , x j +1] f [x j , x j +1, x j +2] f [x j , x j+1, x j +2, x j +3]

11
3
12

-2
3

O polinmio ser
p3(x) = 24 + 11(x + 2) 2(x + 2)x + (x + 2)x(x 2)
Os pontos a determinar so f (1) p3(1) = 8 e f (1) p3(1) = 0.
6

(b) A diferena dividida de segunda ordem , por definio:

f [i + 1, i + 2] f [i, i + 1]
2
f [i + 2] f [i + 1]
f [i + 1] f [i]

1
1
=
2
!
!
f (2) f (1)
=
2
!!
f ()
=
2

f [i, i + 1, i + 2] =

Na terceira linha utilizamos o teorema do valor mdio e temos 2 [i + 1, i + 2] e

1 [i, i + 1]. Na quarta linha aplicamos novamente o teorema do valor mdio e temos
!!
[1, 2] [i, i + 2]. Como f no muda de sinal em [i, i + 2], f [i, i + 1, i + 2] tem o mesmo
!!
sinal de f neste intervalo.
!!

No ponto de inflexo w, f (w) = 0. como f um polinmio de grau 3 h apenas um ponto

de inflexo. Pelo teorema que demonstramos no pargrafo anterior se a segunda derivada
no mudar de sinal num dado intervalo, ento a diferena dividida de segunda ordem
apresentar o mesmo sinal da derivada. Se a derivada mudar de sinal, nada podemos
!!
afirmar. Dessa maneira no intervalo [0,2] podemos afirmar que ou f < 0 ou h um ponto
!!
de inflexo no intervalo. Analogamente no intervalo [1,3] ou f > 0 ou h um ponto de
inflexo no intervalo. Se supusermos que a concavidade se mantem no primeiro intervalo
teremos o ponto de inflexo no intervalo [2,3]. Se supusermos que a concavidade no segundo
intervalo se mantem teremos o ponto de inflexo em [0,1]. Observando as diferenas
divididas de primeira ordem notamos, no entanto que a taxa mdia de variao decresce
de [0,1] para [1,2] e volta a crescer de [1,2] para [2,3], sugerindo que o ponto de inflexo
esteja no intervalo [2,3].

9. (a) Calcule o polinmio de grau menor ou igual a 4 que interpola ex nos pontos xi = i
com i = 0, ., 4 (use diferenas divididas). Utilize-o para estimar e0.45, estime o erro e
compare a estimativa com o valor realmente obtido. (b) Estime o erro que se obteria usando
os polinmios cbicos que se pode extrair da tabela de diferenas do item (a) e estime o
valor de e0.45 com o melhor deles.
Soluo:
Podemos utilizar uma tabela de diferenas divididas
i
0
1
2
3
4

xi
0
1
2
3
4

f [x j ]
1.0000
2.7183
7.3891
20.086
54.598

f [x j , x j+1] f [x j , x j+1, x j+2] f [x j , x j +1, x j+2, x j+3] f [x j , x j+1,

1.7183
4.6708
12.697
34.512

1.4762
4.0131
10.908

0.84563
2.2983

0.36317

(a) O polinmio de grau 4 ser:

p4(x) = 1+1.7183x+1.4762x(x 1) + 0.84563x(x 1)(x 2)
+ 0.36317x(x 1)(x 2)(x 3)
7

., x j+4]

A estimativa que obtemos e0.45 p4(0.45)

1.3770. O valor correto e0.45

1.5683.

A estimativa de erro

E(x) = f (x) p4(x) =

d5 f
((x))
dx5
x(x 1)(x 2)(x 3)(x 4),

5!

onde (x) [0, 4]. No ponto que interpolamos:

e4
|0.45(0.45 1)(0.45 2)(0.45 3)(0.45 4)| = 1.5801
5!

|E(0.45)| !

(b) Podemos extrair dois polinmios cbicos da tabela

p03(x) = 1+1.7183x+1.4762x(x 1) + 0.84563x(x 1)(x 2)
p13(x) = 2.7183+4.6708 (x 1) +4.0131 (x 1)(x 2) + 2.2983(x 1)(x 2)(x 3)
Os erros so :
|E0(0.45)| !
|E1(0.45)| !

e3
|0.45(0.45 1)(0.45 2)(0.45 3)| = 0.81869
4!

e4
|(0.45 1)(0.45 2)(0.45 3)(0.45 4)| = 17.556
4!

A melhor estimativa e0.45 p03(0.45)

1.7323.

10. Faa a anlise harmnica da funo 2-peridica, que em [-1,1] dada por f (x) = x + 1,
at o harmnico de primeira ordem.
Soluo:
Primeiro transformamos a varivel para termos uma funo definida em [, ]. Para isso
u
fazemos u(x) = x e introduzimos f(u) = + 1.
Queremos aproximar f(u) na forma:
f(u) a0 + a1 cos u+b1 sen u
Temos que:
1
a0 =
2
1
a1 =

1
b1 =

%
&
"
#
1 u2
u
du + 1 =
+u
=1
2 2

%
&
"
#
u
1 cos u + u sen u
du + 1 cos u =
+ sin u
=0

%
&
"
#
u
1 sin u u cos u
2
du + 1 sin u =
cos u
=

Voltando s variveis originais:

f (x) 1 +

2
sen(x)