Doença de Crohn PDF
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DOENA DE CROHN
Rodolfo Lus Korte*
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rados de u m paciente c o m a doena de Crohn desenvolveram-se colnias desse germe que, quando inoculadas e m cabras jovens, determinaram o desenvolvimento
de ilete granulomatosa.
b) Teoria imunolgica - As evidncias a favor desta teoria
so indiretas. A melhoria do quadro clnico frente ao
uso de corticosterides e a presena de anticorpos contra clulas epiteliais do clon sugerem a presena de
distrbios imunolgicos. No existem dados conclusivos at o momento.
c) Teoria gentica A maior propenso ao aparecimento
da afeco e m membros da mesma famlia sugere a
possibilidade de existirem mecanismos genticos envolvidos. Na realidade tais evidencias so indiretas e no
excluem a participao de fatores ambientais ou outros.
HISTOPATOLOGIA
Aspecto Macroscpico (1)
A doena de Crohn caracterizada pelo comprometimento segmentar do intestino. Independente de qual
for o segmento acometido, as reas afetadas so demarcadas abruptamente e entremeadas por intestino normal.
O segmento mais comumente lesado o leo terminal.
A parede apresenta-se espessada e pouco flexvel assemeIhando-se a u m "cano de borracha". A superfcie serosa
granulosa e de cr cinza fosco. Existe espessamento da
gordura mesentrica recobrindo quase toda a ala intestinal afetada (foto 1). O mesentrio apresenta-se espessado
e edemaciado, s vezes com presena de fibrose. O lume
intestinal encontra-se diminudo, o que pode ser confirmado pelo Raio-X contrastado (enema opaco, trnsito)
que evidencia o assim chamado "sinal da corda". Fig. 2.
A o exame da pea verifica-se a separao das camadas
anatmicas costumeiras por tecido fibroso e de textura
granulosa, comprometendo, classicamente, a subserosa
e a submucosa. Graus variveis de edema, ulceraes e
descamao da mucosa podem ser encontrados. As lceras, quando presentes, so longas e serpiginosas, s vezes bastante estreitas e escondidas entre as pregas da mucosa, conferindo-lhe o aspecto de estrada "calada por paraleleppedo (foto 3). E m casos crnicos elas evoluem para
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Diagnstico Diferencial
A doena de Crohn pode ser confundida com outras
afeces, e m particular c o m a tuberculose do trato digestivo, a retocolite ulcerativa e a coute isqumica.
a) Tuberculose (1) pode atingir todo o trato digestivo,
sendo mais c o m u m , assim c o m o na doena de Crohn,
o acometimento do leo terminal, seguido da regio
ileocecal. E m certos casos, nos quais a doena de Crohn
se apresenta c o m resposta tecidual tuberculide ou
sarcide, impossvel estabelecer o diagnstico somente
c o m a histopatologia. O s achados radiolgicos, a cultura
para o bacilo de Koch e o teste de Mantoux, podem contribuir para esclarecer o diagnstico, assim c o m o os antecedentes d o paciente que permitem determinar se ele
se situa e m grupos de alto risco de apresentar tuberculose.
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ASPECTOS CLNICOS
As manifestaes clnicas da doena de Crohn variam de caractersticas e intensidade de acordo c o m o segmento intestinal acometido pela afeco.
Segundo Farmer e colaboradores (2) a doena se
localiza mais freqentemente no segmento ileoclico
(45%), e a seguir no intestino delgado (26%), no clon
(25%), e na regio ano-retal (4%).
TRATAMENTO
O tratamento da Doena de Crohn pode ser clnico
ou cirrgico, dependendo d o grau de acometimento d o intestino e da presena ou no de complicaes.
O tratamento clnico fundamenta-se na adoo de
u m regime alimentar adequado que consiste de alimentos
que estimulem o peristaltismo, c o m o sucos, frutas e vegetais cozidos. Algumas bebidas que tm essa mesma ao,
c o m o o lcool, o caf e outras podem ser indicadas. Alguns pacientes podem desenvolver alergias a certos alimentos, fato este que deve ser levado e m considerao na
elaborao da dieta.
Alimentos ricos e m gorduras devem ser evitados por
levarem a diarria. Alimentos ricos e m carboidratos e protenas devem ser preferidos, e todo o reforo nutricional
que puder ser feito deve s-lo c o m elevados teores de protenas e calorias.
A abordagem farmacolgica inicia-se pelo tratamento sintomtico. Dentre os sintomas, o mais importante a
diarria. s drogas usadas para inibi-la
A abordagem farmacolgica inicia-se pelo tratamento sintomtico. Dentre os sintomas, o mais importante a
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diarria. A s drogas usadas para inibi-la so os anticolinrgicos que devem ser ministradas 15 a 3 0 minutos antes
das refeies. A dor, outro sintoma bastante freqente,
deve ser tratada c o m compostos de beladona, e m dose
fisiolgicas. Quando a dor muito intensa pode indicar
a convenincia d o uso e imunossupressores e antibitico.
Se o paciente estiver tenso e ansioso, p o d e m ser indicadas
pequenas doses de fenobarbital, por perodo de tempo limitado. O uso teraputico de drogas, isoladamente o u e m
combinao, discutido. O s estudos neste campo esto
e m larga expanso.
de artrite, espondilite, uvete e eritema nodoso. A combinao de outras drogas c o m os corticides no parece
aumentar seu efeito teraputico (8).
TRATAMENTO CIRRGICO
Analisaremos as principais indicaes cirrgicas
e mtodos empregados. D e m o d o geral reserva-se o tratamento cirrgico para os pacientes que apresentam complicaes da Doena de Crohn, tais c o m o obstruo intestinal, fstulas e outras manifestaes perianais.
Na experincia de Greenstein e colaboradores (5);
as indicaes cirrgicas mais comuns foram as seguintes:
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n) Perfurao e m cavidade livre, peritonite disfuno da ileostomia e fstula prximo da ileostomia, cada u m a c o m cerca de 1%.
Para o tratamento cirrgico o paciente deve estar,
sempre que possvel e m boas condies nutricionais. Laxativos e enemas podem ser usados para limpeza do intestino.
O procedimento mais empregado a resseco da
rea gravemente lesada, removendo exclusivamente o segmento de intestino que se apresente intensamente afetado
pela doena. No h indicao de manter margem de
segurana macroscpica ao microscpica por no trazer
nenhum benefcio oa paciente e n e m diminuir as possibilidades de recorrncia, alm de envolver ressees mais
extensas do intestino c o m futuro prejuzo para a absoro intestinal, e m geral, j prejudicadas pela prpria
doena.
A mortalidade com o emprego desse procedimento
pequena, variando, no geral, de 5 % a 1 0 % (5).
Outra alternativa cirrgica o "Bypass" c o m excluso da ala acometida. Esse procedimento pode ser
realizado tanto por u m a anastomose latero-lateral c o m o
por u m a transseco do intestino seguida de u m a reconstruo e m " Y " , deixando a ala acometida excluda do
trnsito. O s inconvenientes dessa alternativa mais conservadora so de deixar u m a ala desfuncionalizada e de
no remover o segmento afetado. Compreende-se, assim,
que, c o m o emprego do "Bypass", a incidncia de reoperaes e o aparecimento de cncer so maiores, c o m o
alis referem Greenstein (5) e T m k a (11).
Por tudo isso a resseco limitada e m sua extenso
vem sendo usada c o m o a forma de tratamento cirrgico
de escolha.
PROGNSTICO
A mortalidade aps procedimento cirrgico pode
ser dividida e m precoce (perodo ps-cirrgico imediato,
at o 309 P.O) e tardia. N a casustica de Greenstein (5),
3 taxa de mortalidade precoce foi de 3,2%, e todos os
bitos foram secundrios a processos spticos que estavam presentes antes da cirurgia. A mortalidade tardia foi
tambm de 3,2%. N o total houve 8 mortes, 6 por cncer
c o m metstase e 2 por recorrncia de Crohn.
Segundo Tmka (10), a taxa global de mortalidade
de seus pacientes acompanhados durante 30 anos foi de
23,4%. A recidiva de Crohn e m 5 anos, foi de 2 9 % ; e m 10
anos, 5 2 % ; e m 15 anos, 6 4 % ; e e m 25 anos 8 4 % .
Tanto Greenstein c o m o T m k a notaram maior incidncia de progresso da molstia c o m o emprego do "Bypass" sobre a resseo.
A resposta ao tratamento clnico no muito satisfatria, visto que quase 2/3 dos pacientes e m algum m o mento da evoluo da doena necessitaro tratamento cirrgico devido ao aparecimento de complicaes.
Independentemente do tratamento empregado, os
pacientes podero levar u m a vida produtiva e razoavelmente estvel na maioria dos casos.
{*) Habr Gama, Angelita Comunicao Pessoal 1986.
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Resumo e Concluso
Esta uma reviso bibliogrfica que tem como objetivo descrever o que v e m a ser a doena de Crohn, quais
os mtodos para sua identificao e diagnstico, os diferentes modos de tratamento empregados e o seu prognstico.
Conclumos ser a doena de Crohn u m a afeco de
incidncia reduzida na populao e m geral, de etiologia
ainda desconhecida, que apresenta c o m o manifestaes
clnicas principais: diarria, dor abdominal, febre, perda
de peso e fstulas. Essas manifestaes so inespecficas
impondo-se muitas vezes o diagnstico diferencial com
outras doenas do tubo digestivo, c o m o tuberculose, retocolite ulcerativa e colites isqumicas.
O tratamento pode ser clnico ou cirrgico. O clnico fundamenta-se na adoo de dieta adequada, no uso
de drogas c o m o a sulfasalazina, j consagrada, e, mais
recentemente o metronidazol, que segundo alguns autores
vem se mostrando superior sulfasalazina.
O tratamento cirrgico empregado atualmente consiste na resseco da rea acometida pela doena.
O prognstico no muito b o m , pois as taxas de recorrncia so elevadas, independentemente do tratamento
escolhido. O paciente, no obstante isso, poder ter u m a
vida praticamente normal na maioria das vezes.
BIBLIOGRAFIA
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12) Willians L.F.; Bosniak M.A.; Wittenberg,.JW; Manuel D.rGrimes;
& D y m e J.J. - Ischemic Colitis A m J?uiHfc36&^J-f 7*254/
Atividade
Antialrgica e
Antiinflamatria
Atividade
Bactericida
Atividade
Antimictica
(Sulfato de Gentamicina)
(Tolnaftato)
(Valerato de Betametasona)
Contra os principais
patgenos da pele,
sem os inconvenientes da sensibilizao.
Agente fungicida na
erradicao dos dermatfitos.
Potente ao
contra Cndida
albicans
(lodoclorohidroxiquina)
Resumin
INDICADOR MDICO
Indicador Profissional
Cirurgia Geral
LABORATRIO
DURVALROSA BORGES
DR.NADIM F SAFLATE
Oftalmologia
ATUALIZAO MENSAL EM
CARDIOLOGIA E PEDIATRIA
Ginecologia
PRODOC
Endoscopia
PROF. ARNALDO J. G A N C
Endoscopia Digestiva
Propedutica e Teraputica
Prteses Biliares e Esofgicas
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Tel.: 853-5400
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