Osciladores Anarmônicos e Caos

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Osciladores Anarmnicos e Caos

Ferreira Rocha B.
18 Novembro 2011
Resumo- as oscilaes anarmnicas so caracterizadas por
uma fora elstica no linear, o que resulta num movimento
peridico e limitado, porm no harmnico. Aumentado a
dimenso do sistema estudado de para mais de uma dimenso,
ele se torna catico e a consequente perda da integrabilidade.
Palavras-chave- oscilador anarmnico, caos determinstico,
integrabilidade, seces de Poincar, mapa de Poincar.

onde 02

3 a12
4

(1.04)

a3

a13
.
3202

ENERGIA DE UM OSCILADOR ANARMNICO


Estudaremos aqui um caso particular mais simples de ser
analisado de um sistema em movimento unidimensional de uma
partcula sob a ao de uma fora conservativa dada pelo potencial

Em sistemas fsicos reais, como um sistema massa mola, o


movimento harmnico simples apenas uma soluo
aproximada, falhando em descrever um movimento cujo
deslocamento no suficientemente pequeno. Sendo que um
deslocamento x considerado pequeno se os temos com
ordem superior a x na expanso de Taylor so desprezveis.
Caso contrrio o movimento passa a ser governado
por uma equao do tipo

ax 4 bx 3 cx 2

dx e.
4
3
2

A equao acima pode ser simplificada eliminando a constante e,


uma vez que no modifica a fora F; o termo dx pode ser
desprezado fazendo com que x x e escolhendo um
conveniente; fixando a = 1, reescalonando a varivel x. Obtm-se
ento a expresso simplificada
x 4 bx 3 cx 2
V (x )

.
(1.07)
4
3
2
Os pontos onde V '(x ) dV 0 so aqueles em que o sistema est em
dx

(1.01)

equilbrio, pois F nestes pontos nula. A estabilidade do sistema


dada por V(x): sendo estvel se V(x) < 0 (mnimo da energia
potencial), e instvel se V(x) > 0 (mximo da energia potencial).
Os pontos de equilbrio so dados por

onde m a massa, k, e so os coeficientes dos trs


primeiros termos. O movimento resultante peridico e
limitado, mas deixam de ser harmnicos recebendo a
denominao de anarmnicos.
Solues numricas so facilmente obtidas quando somente
os termos x e x4 so retidos na equao, nesse caso a soluo
de integrais do tipo:

)
.

Melhores aproximaes podem ser obtidas considerando a equao


(1.06) uma nova aproximao para x() e levando equao (1.04).

V (x )

(t

uma primeira aproximao, substituindo a (1.05) na (1.04) e


resolvendo chega-se ao resultado
x(t ) a1 cos t a3 cos t,
(1.06)

OSCILADOR ANARMNICO

Como se trata de um movimento peridico a soluo pode ser escrita


como uma expanso de Fourier para x(), sendo:
x1( ) a1 cos
(1.05)

As oscilaes anarmnicas sero expostas de diversas


formas sendo que a equao de movimento ser mostrada de
forma analtica para o caso unidimensional. Trataremosonde
ainda
da energia envolvida no caso de um unidimensional sob a ao
de foras conservativas. Expressando o resultado no
formalismo hamiltoniano estenderemos este para duas
dimenses e a fim de mostrar o efeito do caos analisaremos,
com uso do mapa de Poincar, o teorema de Poincar-Birkhoff
no caso de dois osciladores acoplados.

d 2x
kx mx 2 mx 3 ...
dt 2

x 3 ( )sin
0

INTRODUO

x (t )

x 0 0,

c,

V "(x ) 1

b
b 2 4c

2
2
se x x 0

b b 2 4c
, se x x
(b 4c)
2
2
pontos x s existem quando b>4c.
2

(1.08)

(1.09)

os

kx 2 m x 3 m x 4

dx
2
3
4

que tm seus valores tabelados. Caso e sejam pequenos,


solues aproximadas podem ser obtidos. Um deles consiste
em considerar os termos no lineares como termos de no
homogeneidade em equaes da forma[1]

d 2x
02x x 3,
dt 2

Figura 1. Funo potencial, com respectivamente: b=3,15 e c=2; b=3,15 e c=0;


b=0; c=2;

(1.02)

MOVIMENTO ANARMNICO NO FORMALISMO HAMILTONIANO


Para estudar o caos conservativo em um oscilador anarmnico
ser utilizado o formalismo Hamiltoniano, para isto utilizaremos
uma equao de energia potencial bastante simplificada,
m 2x 2 x 4
V (x )

(1.10)
2
4
onde geralmente pequeno[2]. Para esse potencial as equaes de

onde =0.
A soluo no homognea da equao (1.02) pode ser
escrita como a funo de Green,

t
0,
G(t, )
sin

(
t

),
t

a soluo da equao (1.02) da forma

(1.03)

Hamilton ficam:


dx
p

dt m

dp m 2x x 3
dt

integrveis de sistemas hamiltonianos podem ser resolvidas por


operaes algbricas e quadraturas. A energia se encaixa nessa
categoria. Para n > 1, podem existir outras constantes de
movimento independentes da energia.
Sistemas no integrveis implicam na inexistncia de uma
frmula fechada geral para solues, a partir de condies iniciais,
o que implica na imprevisibilidade do sistema, condio associada
ao caos. A adio de acoplamentos sistemas causa mudanas no
comportamento das trajetrias, levando ao aparecimento do
chamado caos determinstico, fenmeno ligado instabilidade das
solues do sistema.

(1.11)

A trajetria descrita no plano (x,p) ser aproximadamente


elptica, pois o termo x pequeno. Para amplitudes maiores
o perodo do movimento diminui. Para uma dada rbita est
associado um perodo T(E) que varia conforme a rbita
mudada. Essa relao da forma

2
3E
1


4m 2 4

T (E )

MAPA DE POINCAR, ACOPLAMENTO E TEOREMA E POINCARBIRKHOFF

(1.12)

A introduo de acoplamentos entre as coordenadas x e y do


oscilador anarmnico altera o mapa de Poincar.
Dado o mapa de Poincar construdo no apndice, vamos
considerar o produto m1 = 1 e introduzir coordenadas polares no
plano (x,px) por
p x 2 p2
x

(1.15)
px

arctan
x

SECES DE POINCAR E OSCILADORES ANARMNICOS EM


DUAS DIMENSES
Fundamentalmente parte do fato de que o espao de fases
tem 4 dimenses, mas como a energia conservada, o
movimento ocorre numa regio de dimenso 3 (superfcie de
energia), pois o vnculo H(x,y,px,py) = E deve ser
obedecido. Escolhemos agora uma superfcie dentro desse
espao tridimensional e marcamos as sucessivas interseces
das trajetrias com essa superfcie. A superfcie onde os
pontos so marcados a seco de Poincar e interseces
sucessivas geram o mapa de Poincar, que substitui o fluxo
contnuo das trajetrias por um conjunto discreto de
pontos.[3]
Analisando agora um sistema de mola anarmnica
bidimensional, a hamiltoniana do tipo

o mapa do oscilador anarmnico pode ser escrito como

1 0 f (0, 0 )

0 2 g(0, 0 )

ou, mais formalmente

1

T0 0
1
0

p 2 m12x 2 1x 4 py2 m22y 2 2y 4


, (1.13)
H x

2m
2
4 2m
2
4

onde os termos dentro dos parntesis so constantes de


movimento. Definida uma energia total fixa E, que pode ser
dividida de vrias maneiras entre E1 e E2. O perodo de
oscilao em cada direo depender dessa partio de E.
Escolhendo E1 como parmetro que variar ente zero e E e
chamando de x e y os perodos em cada direo, sendo que
x y

y x

pequenos possvel a partir da (1.12) obter explicitamente


x 1

y 2

31E1
4m 1
2

32 (E E1 )
4m 2
2

1
2

32E
3E1

1
4m 224 4m 2

1

4 24

2 2

(1.17)

onde o sub-ndice 0 indica o mapa antes do acoplamento. Dessa


forma as curvas fechadas do mapa tornam-se crculos e o de
rotao depende do raio do crculo. Tambm se considera que a
derivada de em relao ao raio negativa, ou seja, a velocidade
de rotao diminui medida que o raio aumenta. Os crculos so
invariantes as variaes de .
Para acoplar as duas dimenso, ser adicionado o termo xy
Hamiltoniana (1.13), o que no implica uma menor generalidade
dos resultados

uma funo contnua de E1. Caso 1 e 2 so

(1.16)

(1.14)

1 0 f (0, 0 )

0 2 g(0, 0 )

De modo que ao variar E1 obtemos uma infinidade de


valores, racionais ou irracionais, para a razo entre 1 e 2.
Na seco de Poincar, no plano (x,px), cada vez que y = 0,
dependendo da trajetria escolhida na superfcie de energia,
as rbitas podem se fecharem ou no aps um nmero finitos
de cruzamentos com a seco.

ou, formalmente
1

T0 0
1
0

CAOS E INTEGRABILIDADE
O caso anterior um caso atpico onde no h
acoplamento entre os dois graus de liberdade. Alm disso,
sistemas com dois graus de liberdade no so em geral
integrveis.
A Integrabilidade est relacionada com a capacidade de
conhecer as propriedades globais do sistema a ponto de poder
caracterizar seu comportamento ao longo do tempo[3]. Esse
conhecimento global est associado com a invarincia de
algumas quantidades.

(1.18)

(1.19)

onde ser inicialmente considerado pequeno.


Analisado a dinmica do mapa nas vizinhanas de um toro
racional no perturbado T0 e o que ocorre quando se realiza o
acoplamento. Para isso iremos considerar que um raio de
crculo tal que () = r/s. O mapa T0 ser iterado s vezes, o que
significa que uma trajetria ira interseccionar a
seco s vezes, resultando em
'
' '
'
T0s
(1.20)

,
2 ()r 2 r


Para um sistema hamiltoniano de n graus de liberdade ser


integrvel devem existir n funes Fi (q,p) independentes que
so
constantes
de
movimento,
ou
seja,
Fi (q(t),p(t))=fi =constante. Pelo teorema de Arnold-Liouville,
equaes

todos os pontos do circulo = voltam sobre si mesmos sendo


pontos fixos do mapa T0s. Como d

, os crculos externos tm

<('). Implicando em um atraso dos crculos vizinhos em relao ao ponto


CONCLUSO
inicial passando a serem mapeados a direita dele.
Agora ser realizado o acoplamento xy, para um
A partir do estudo do comportamento do potencial do oscilador
convenientemente pequeno. Assim espera-se que as rbitas
anarmnico, sob a ao de foras conservativas, expresso nas
externas continuem girando para a direita, mas no sobre
equaes hamiltonianas possvel estudar mais facilmente o que
crculos e no uniformemente. Vamos fixar um ngulo 0 e
acontece em um sistema bidimensional de dois osciladores
analisaremos o sentido de rotao dos com = 0 a diferentes
acoplados.
Construindo o mapa de Poincar, analiticamente, para simplificar a
distncias da origem pela ao do mapa Ts[4]. Sabendo que os
superfcie de energia e assim poder visualizar, teorema de Poincarpontos internos a rbita considerada giram para a esquerda e
Birkhoff, de forma simplificada o efeito do caos conservativo nesses
os externos para a direita, deve existir uma distncia (0) tal
sistemas foi um dos objetivos desse trabalho.
que o ponto(0,(0)) no sofra rotaes.
Dessa anlise, possvel garantir que, mesmo perdendo a
Repetindo o processo para cada 0 encontraremos uma
s
integrabilidade, quando perturbamos um sistema, por exemplo,
curva C que no roda com a rotao de T , ainda que os
acoplando dois osciladores, quase todas as suas infinitas rbitas
pontos tenham movimento radial. Se 0, ento C tende ao
sero destrudas, permanecendo um nmero par delas, das quais
crculo
metade estvel e as demais so instveis.
Repetindo o processo para cada 0 encontraremos uma curva
s
C que no roda com a rotao de T , ainda que os pontos
tenham movimento radial. Se 0, ento C tende ao crculo
REFERNCIAS
=. Mapeando cada ponto da curva C de acordo com Ts
s
gera-se uma curva C tal que C= T C. Sedo que a rea
[1] Santiago, A.J., Rodrigues, H., Efeitos de amortecimento sobre um
envolvida pelas duas curvas so iguais (ver apndice). Desta
oscilador X, Revista Brasileira de Ensino de Fsica; volume 27, nmero 2,
forma se em alguns pontos C encolhem ao aplicar Ts outros
pginas 245-249. Junho 2005
devem esticar de forma que C e C se intersectam em um
nmero par de vezes. Estes pontos de interseco so os
[2] AGUIAR A. M., Tpicos de Mecnica Clssica (Ed. Livraria da Fsica),
1 edio, p.14.
pontos fixos do mapa, pois no rodam e no transladam.
Assim eles correspondem s rbitas peridicas do sistema. [5]
[3] Marcus A.M. de Aguiar, Caos em sistemas clssicos conservativos,
Revista Brasileira de Ensino de Fsica; volume 16, nmero(1-4) , pginas 320. Maio 1994
[4] Marcus A.M. de Aguiar, Caos em sistemas clssicos conservativos,
Revista Brasileira de Ensino de Fsica; volume 16, nmero(1-4) , pginas 320. Maio 1994
[5] Marcus A.M. de Aguiar, Caos em sistemas clssicos conservativos,
Revista Brasileira de Ensino de Fsica; volume 16, nmero(1-4) , pginas 320. Maio 1994

Figura 2. Curva C obtida pelo mapeamento da vizinhana dos pontos dos


pontos de C, as setas indicam a direo do fluxo.

Continuando a anlise, na figura 2, se observa que em torno


dos pontos A e C circula o fluxo da vizinhana, logo, estes as
rbitas correspondentes so estveis uma vez que as rbitas
vizinhas assim permanecem. Paradoxalmente as rbitas
correspondentes aos pontos B e D so instveis, pois o fluxo da
vizinhana tende a afastar as rbitas vizinhas.
Por estarmos iterando o mapa s vezes cada rbita aparece na
seco como uma sequncia de s pontos.
Quando perturbamos um sistema, nesse caso realizando um
acoplamento, os toros racionais cobertos por rbitas peridicas
so substitudos por um nmero par de rbitas metade estveis
e metade instveis. Dessa anlise resulta o teorema de PoincaBirkhoff que pode ser resumido assim: a ao de uma
perturbao genrica sobre um sistema integrvel causa o
desaparecimento de quase todas as (infinitas) rbitas peridicas
ali existentes. Sobrevivem, no entanto, um nmero par dessas
rbitas, sendo metade delas instveis e metade estveis.

Se 1 / 2 for irracional o ponto inicial (x0,px0), o primeiro da


seco, nunca se repetir e a elipse ser preenchida uniformemente
ao longo do tempo. Se for racional do tipo
, ento aps s furos
o ponto inicial ser repetido.
Mudando agora de trajetria variando E1 E2, mas mantendo E,
obteremos pontos sobre outras elipses, que so superfcies
transversais dos toros da superfcie de energia E, figura1.3. Todas
elas se movem com velocidade angular mdia dada por 2.
Para simplificar o mapa de Poincar pode ser obtido
analiticamente. A soluo geral do movimento harmnico
bidimensional
x0
x


dada por
y0
y
(1.04)
p A(t ) p
x0
x
y
py

0

APNDICE
CONSTRUINDO UMA SECO DE POINCAR PARA UM
OSCILADOR HARMNICO BIDIMENSIONAL
Para exemplificar uma seco de Poincar iremos construir
uma para um oscilador harmnico bidimensional, esse objeto
trata-se da seco (x,px) construda escolhendo y = 0. Os dois
vnculos H = E e y = 0, quando considerados isoladamente
restringem o movimento a 3 dimenses, sendo que a
interseco destas duas superfcies restringe o movimento a 2
dimenses e a seco de Poincar. Para construir a seco
observaremos a evoluo tempo de um sistema de energia E.
Toda vez que y, que est variando, for nula ser marcado um
ponto no plano (x,px) definido pelo valor das coordenadas x(t)
e px(t) no instante em y = 0. Repetiremos esse passo para um de
um novo instante de tempo em que y ser novamente nulo. O
resultado o mapa de Poincar para a trajetria escolhida. Ao
fazer isto novamente para outras trajetrias de mesma energia
E, obteremos o mapa para esse valor E fixo. Como as
trajetrias furam a seco nos dois sentidos consideramos
apenas aqueles pontos que esto no sentido em que py > 0.
Aplicando isto situao de um oscilador harmnico temos
uma superfcie de energia constante H = E que pose ser
descrita como
px2
2mE

py2
2mE

x2
y2

1
2E / m12 2E / m22

onde

cos 1t

0
A(t )

m1 sin 1t

2m

(1.01)

(1.02)

e
E2

py2

1
sin t1
m1

cos 2t

0
m2 sin 2t

cos 1t
0

sin t2
m2

cos 2t

(1.05)

A partir da (1.04), fazendo y(0) = y0=0 com py0 positivo, o ponto


inicial (x0,y0) est sobre a seco de Poincar. De modo que
py
0
y(t )
sin 2t
(1.06)
m2
e y(t) ser zero e com py
0 quando t=2 2. Nesse instante
obteremos o prximo ponto na seco de Poincar:

1
x1 cos 2
x
sin 2 x 0
m1
(1.07)

P 0

px
p
px
1 m1 sin 2
0
cos 2 x 0

Essa expresso conecta duas interseces sucessivas de uma


trajetria com a seco de Poincar. Como a matriz P no depende
de x0 nem de px0 a posio do k-simo ponto dada por
x0
x0
xk
P ...P Pk
pxk
p
px
`k vezes x 0
0

1
x0
sin 2 k x 0
cos 2 k
m1

(1.08)
p Pk p
m1 sin 2 k
x0
cos 2 k x 0

Esse mapa corresponde a uma rotao ao longo da elipse no plano


(x,px) por um ngulo 2. Se = r s, o s-simo ponto (com k = s)
ser igual ao ponto inicial.
O determinante do mapa P um o que implica na preservao
das reas: se propagarmos todos os pontos dentro de uma curva
fechada C com qualquer rea interna A, os pontos propagados cairo
numa nova curva C com a mesma rea A.

que a superfcie de um elipsoide em 4 dimenses. Como a


Hamiltoniana soma de dois osciladores desacoplados, a
energia em cada direo conservada individualmente,
valendo as expresses
px2 m12x 2
E1

m22y 2

.
(1.03)
2m
2
As equaes (1.02) e (1.03) definem duas elipses nos planos
(x,px) e (y,py) , logo, a trajetria se move sobre uma superfcie
que o produto direto delas. Essa superfcie chamada toro

(figura1), cada um dos circuitos 1 e 2 projetado em uma das


elipses.

Figura 1. Superfcie toroidal no espao de fases.

Variar E1 e E2 equivale a mudar os semieixos das elipses, ao


variar E1 de zero a E varremos todas as possveis elipses e toros
de dimenso 2.
Na figura2 sobre a superfcie de energia so projetados os
toros como um volume delimitado pro um elipsoide. Os
cilindros degeneram-se na reta x = px =0 quando E = E2 ou
ainda na elipse mxima desenhada no plano y= 0 quando E =
E1. O circuito 1 corresponde a dar uma volta no cilindro
mantendo y constante. O circuito 2 obtido partido do menor
valor de y, ymin, at o valor mximo, ymax, e voltar a ymin
mantendo x e px constantes.
Continuando, fixa-se uma rbita, cada vez que y passar por
zero coloca-se um ponto na posio (x,px). Como as
coordenadas x(t) e px(t) pertencem somente elipse, a
sequncia de pontos obtida est sobre a elipse.

Figura 2. Projeo da superfcie de energia no sistema(x,y,p x), tem a aparncia de um


esferoide decomposto em cilindros, ou toros achatados.

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