Bromatologia - Proteína

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23/10/2012

PROTENAS

BROMATOLOGIA

DEFINIO


Substncias orgnicas complexas (C, H, O, N,


S, P, Fe, Cu, Zn).

PROTENAS
EM ALIMENTOS

Polmero de alto peso molecular

Unidade bsica: aminocidos

IMPORTNCIA
nutricional
propriedades
sensoriais

Prof. Normandis Cardoso Filho Out. 2012


Curso de Nutrio

PROTENAS

AMINOCIDOS (AA)

AMINOCIDOS (aa)

 Cada aminocido tem uma cadeia lateral (R)

Unidades estruturais bsicas das protenas

caracterstica,

que

influencia

suas

propriedades fsico-qumicas.
 Diferenas:

tamanho,

estrutura

carga

eltrica.
 Arranjo tetradrico atividade tica
ismero L e D
 S os aminocidos L so constituintes de
3

protenas naturais.

AMINOCIDOS (AA)

AMINOCIDOS (AA)

Apolares ou hidrofbicas, exemplos:

Polares ou hidroflicos,
exemplos:
tirosina

alanina

leucina

fenilalanina
serina

valina

triptofano

metionina

asparagina

cido asprtico

glicina

cido glutmico

histidina

23/10/2012

PROTENAS

PROTENAS

 So

polmeros de aminocidos.

 Vinte

tipos

de

aminocidos

ocorrem

naturalmente nas protenas.


 Diferem

com o tipo, nmero e seqncia de

aminocidos

na

cadeia

polimrica,

conformao molecular tridimensional.


 Apresentam

50-55% de C,

20-23 % de O,
8

14
14--18 % de N, 6-8% de H,

0-4 % de S.

PROTENAS
ESTRUTURA DAS PROTENAS
ESTRUTURA PRIMRIA
 Seqncia linear de aminocidos
 Nvel

estrutural mais importante, dele


deriva todo o arranjo espacial da molcula

 Varia

em 3 aspectos: nmero, seqncia e


natureza dos AA
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PROTENAS

PROTENAS
ESTRUTURA TERCIRIA

ESTRUTURA SECUNDRIA





Disposio espacial adotada pela cadeia


polipeptdica
Estrutura helicoidal (
-hlice) interaes H
intra-moleculares
Estrutura foliar (folhas pregueadas)
interaes H inter-moleculares

 Organizao

tridimensional
da
cadeia
polipeptdica contendo ou no zonas de
estrutura secundria definidas
 Estabilizao:







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Ligaes dissulfeto (Cys + Cys = cistina)


interaes de hidrognio
Interaes eletrostticas
Interaes dipolares
Interaes hidrofbicas
Foras de Van der Waals
Grupos hidrofbicos dispostos no interior da molcula
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PROTENAS

PROTENAS NO ALIMENTO

ESTRUTURA QUATERNRIA
 Resultado

de associaes no covalentes de
unidades proticas iguais ou diferentes
 Estas subunidades se mantm unidas por
foras covalentes, como pontes dissulfeto, e
ligaes no covalentes, como pontes de
hidrognio, interaes hidrofbicas, etc.

Fonte de aminocidos na dieta e de energia.

Aminocidos

essenciais

(lisina,

triptofano,

metionina, leucina, isoleucina e valina) no podem


ser sintetizados pelo organismo humano.


Protenas alimentares so digerveis, no txicas e


palatveis. Tm diferentes estruturas moleculares,
atributos

nutricionais

propriedades

fsico-

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qumicas.

PROTENAS
 Responsveis

PROTENAS

por compostos aromticos e

 Isoladas

so usadas nos alimentos como

substncias coloridas formadas por reaes

ingredientes

trmicas

durante

funcionais, p.e., sua capacidade de atribuir

obteno, preparao e armazenamento dos

aparncia, textura ou estabilidade desejveis ao

alimentos.

produto: agentes gelificantes, emulsionantes,

ou

enzimticas

ocorridas

devidos

suas

propriedades

espumantes e espessantes.
 Componentes

naturais,

estruturais de muitos alimentos

freqentemente

determinam

sua

 Alergias

e intolerncias protenas de leite,

ovos, castanhas, etc.; celacos, fenilcetunricos.

textura, por exemplo, tenderness de produtos de


carne e peixe.

Propriedades funcionais
Propriedades nutricionais
Aminocidos essenciais e no essenciais
Combinaes entre protenas
Avaliao da qualidade nutricional: mtodos
qumicos, mtodos biolgicos (PER, NPU, VB,
D), mtodos microbiolgicos

Capacidade espumante
Formao de massa
C.A.A. e C.R.A.
Depende: pH, concentrao, temperatura,
fora inica, presena de outros constituintes
Solubilidade
Depende: PM, conformao, fora inica,
temperatura

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Viscosidade
Depende: caractersticas intrnsecas, interaes protprot, interaes prot-dissolvente

MTODOS FISICO-QUMICOS DE DETERMINAO


DE PROTENAS EM ALIMENTOS

Gelificao
Depende: interaes prot-prot
Texturizao:
coagulao trmica
formao de fibras
extruso termoplstica
Emulsificao
Depende: temperatura, tamanho da partcula de
gordura, pH, quantidade e tipo de protena,
viscosidade

MTODOS DE DETERMINAO
A. Mtodos que utilizam a determinao de Nitrognio:
 Kjeldahl **
 Dumas **
 Destilao direta
 Mtodos que utilizam tcnicas nucleares: ativao por nutrons;
ativao por prtons
B. Mtodos qumicos e fsicos
Reao do Biureto **
 Interao protena-corante (Dye-binding) **
 Mtodo do Reagente de Folin-Ciocalteau ou Mtodo do fenol
reagente **
 Titulao com formol
 Espectroscopia no IV ou no UV **
 Refratometria
 Turbidimetria **
 Espectroscopia eletrnica
 Polarografia


Protenas - Kjeldahl

IMPORTNCIA
 Conhecer

o valor nutritivo
da composio centesimal de
um alimento e anlise para rotulagem
 Estimar rendimento industrial
 Avaliar a qualidade (ex.: glten qualidade
da farinha)
 Avaliar a influncia nas propriedades
sensoriais
 Determinao

Anlise de nitrognio
a determinao mais utilizada.
Considera que as protenas tm, em mdia,
16% de nitrognio.
Fator geral (F) na transformao de nitrognio
para protenas de 6,25%.
%Proteinas = F x %N
Fatores de converso especficos: trigo-5,70;
leite- 6,38; gelatina- 5,55.

KJELDAHL

Desenvolvido em 1883 por Johann Kjeldahl.


No mede protenas diretamente. A quantidade
de protenas presentes calculada a partir da
concentrao de N no alimento.
Necessita de um fator de converso (F) para
converter a medida de N para protenas.
F = 6,25 (equivalente a 0,16gN/ g protena)
usado para muitas aplicaes, existem outros
fatores de converso.

o principal mtodo para determinao de


protenas em alimentos - padro e
largamente usado.
Tem alta preciso e boa reprodutibilidade.

O mtodo Kjeldahl dividido em trs etapas:


digesto, destilao e titulao
titulao..

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MTODO KJELDAHL

MTODO KJELDAHL

1a etapa: Digesto

2a etapa: Neutralizao e DESTILAO

O alimento colocado no frasco de digesto e ento


digerido pelo aquecimento na presena de cido sulfrico
(um agente oxidante que digere alimentos), e um
catalisador (cobre, selnio, titnio ou mercrio).

Depois da digesto o frasco de digesto conectado no


destilador de nitrognio. Adiciona-se hidrxido de sdio, que
converte o sulfato de amnio em gs amnia:

(NH4)2SO4 + 2 NaOH 2NH3 + 2H2O + Na2SO4 (2)

A digesto converte o N do alimento (ou outro na forma de


nitratos ou nitritos) em amnio, e a matria orgnica em C02
e H20. O gs amnia no liberado numa soluo cida
porque a amnia est na forma de on (NH4+) que se liga ao
on sulfato (SO42-) e assim permanece na soluo:

A amnia formada liberada da soluo. Por destilao por


arraste a vapor a NH3 transferida do frasco de digesto
para um erlenmeyer contendo cido brico em excesso.

CHON (alimento)  (NH4)2SO4 + C02(g) + H20 (g) (1)

NH3 + H3BO3 NH4+ + H2BO3- (on borato


borato)) (3)

DESTILADOR

MTODO KJELDAHL

NaOH

3a etapa: Titulao
O contedo de N estimado por titulao do borato de
amnio com cido sulfrico ou clordrico.
DIGESTOR

H2BO3- + H+ H3BO3 (4)


A concentrao dos ons H+ gastos na titulao equivalem
concentrao do nitrognio.

gua de
arraste
Amostra

Erlenmeyer com
soluo de H3BO3

O contedo de N ento convertido em protenas usando


um fator apropriado:
%Protein = F x %N

Falhas do processo (Kjeldahl):


1. No uma medida verdadeira de protenas, dosa
todo N - protico e no protico (purinas, piridinas,
vitaminas, uria, aminas, amidas, etc.).
Pode melhorar a tcnica precipitando a protena e
separando com lavagem (retira o N no protico),
mas, no entanto pode carregar peptdeos e
aminocidos.
3. F d erros quando o contedo em N muito diferente
de 16%. Diferentes protenas necessitam de
diferentes fatores de correo pois tem diferentes
seqncias de aminocidos
5. Desvantagem: utiliza substncias corrosivas/muito
oxidantes

DESTILAO DIRETA
 Modificao
 Sem

do mtodo de kjeldahl.
kjeldahl.

digesto.
digesto.

 Amostra

+ NaOH/Na
NaOH/Na2SO4

 MisturaMistura-se

cido.
cido.
 Necessita

NH3

com H3BO3 e titulatitula-se com

de curva de calibrao.
calibrao.

usado como rotina em alguns alimentos,


produtos crus (no qual o tempo mais
importante que a exatido).
exatido).

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MTODO DUMAS (1831)

MTODO DUMAS

Necessrio converter o teor de N na amostra


para teor de protenas - F.

Tambm determina N total.


Princpio: Combusto a 700-900C produz CO 2, H2O e
N2.
Combusto da amostra
(700-800C)

Medio do
N gasoso

O N2 liberado analisado volumetricamente ou por


tcnica instrumental.
N2 pode ser medido quando passa atravs de uma
coluna que tem um detector de condutividade trmica
no final.

Problemas: sujeita erros pequena qtde de


amostra amostra pode ser no representativa.
Equipamento
- melhora preciso;
- mais rpido, uns 4-10 minutos por medida,
comparado com 4-6 horas para Kjeldahl;
--

no necessita de reagentes ou catalisador.

MTODOS ESPECTROFOTOMTRICOS

TURBIMTRICO
 Fundamento:
Fundamento:

medida da turbidez causada


pela
protena
precipitada.
Agentes
precipitada.
precipitantes:
precipitantes: c.
c.tricloroactico, ferricianeto
de potssio, cido Sulfosaliclico.
Sulfosaliclico.
Precipitante + protena turbidez

 MedeMede-se
 Rpido,

o grau de turbidez.
turbidez.

simples (protenas lquidas).


lquidas).

 Desvantagens:
Desvantagens:

no usado p/slidos;
p/slidos;
depende da protena;
protena; depende de padres;
padres;
precipitao de interferentes.
interferentes.

 As

principais diferenas entre os testes so os


grupos qumicos responsveis pela absoro da
radiao, exemplo: ligaes peptdicas, grupos
aromticos,
grupos
bsicos
protenas
agregadas.

A

concentrao de protenas determinada a


partir da curva de calibrao.

 As

curvas de calibrao de absorbncia (ou


turbidez) versus concentrao protenas
preparada usando uma srie de solues de
concentrao conhecida.

Teste do Biureto (Riegler, 1914)

MTODOS ESPECTROFOTOMTRICOS UV E VISVEL


 Desvantagens:

necessrio que as protenas


estejam diludas em solues transparentes, e
que no contenham substncias que absorvam
no mesmo comprimento de onda que as
protenas.

Sais

de

Cu+2 em solues

alcalinas produzem cor

violeta ou roxa

quando interagem com ligaes peptdicas.




 Preparao

Princpio

de alimentos exigem muitas etapas:


homogeneizao,
extrao
por
solventes,
centrifugao, filtrao, que podem consumir
muito tempo e trabalho.

Absorbncia depende do tipo de protena.

Medida

feita

em

um

Colormetro

ou

espectrofotmetro.
Faz-se a reao e aps uns 15-20 minutos
l-se a absorbncia a 540 nm.
Determina protenas.
protenas.

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B. Teste do Fenol (Follin


(FollinFollin-CiocalteauCiocalteau-Lowry)
Lowry)

Cor formada depende de cada protena e a


intensidade proporcional quantidade.

 Reao

das protenas com reagente de fenol


Folin-Ciocalteau e reagente de Biureto (Cu+2
em condies alcalinas).

Oxidao de aminocidos aromticos tirosina e triptofano - com aparecimento de


uma colorao azul.
azul
azul colormetro (500 a 750 nm)
curva padro.

 Cor

C. Mtodos Espectofotomtricos UV

B. Teste do Fenol (FollinFollin-CiocalteauCiocalteau-Lowry)


Lowry)

 Princpio

Desvantagens:


lento: operaes mltiplas e perodo de


incubao

 Necessita

- protenas possuem absoro UV


em 280nm (aminocidos aromticos: tirosina,
triptofano, fenilalanina.

de uma curva padro com protena

conhecida
 Intensidade

da cor depende de cada protena.

 Rpido,

simples, no usa reagentes e no


destrutivo.

 Pouco

exato - depende da composio dos


aminocidos.

 cidos

Mtodo DyeDye-binding
 Corantes

protenas.

 Lisina,

SO3H.

 Corante

DYEDYE-BINDING

que reagem quantitativamente com


Fundamento:

histidina e arginina reagem com + protena complexo insolvel.

 Mede-se

o
excesso
colorimetricamente.

A

de

Amostra
+
corante
(exc.)

Formao de
um complexo
insolvel

corante

quantidade de protena :
Corante ligado = corante inicial corante livre.

 Corantes:

nuclicos podem interferir.

Laranja G, laranja 12, vermelho A,


preto bfalo e preto amino 10B.

 Boa

correlao com o Kjeldahl.

 Rpido,

Separao
(centrifugao
ou filtrao)

Mede o excesso
de corante que
no reagiu

simples, exato, econmico.

Desvantagens:
 Aquisio do equipamento

Por diferena obtmse a quantidade de


protena

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SEPARAO

DE PROTENAS

ANLISE DE AMINOCIDOS

 Solubilidade

 Determinar

a composio de aminocidos nas

protenas.
 Cromatografia:

protena hidrolisada  usando um cido


forte ou enzimas  libera aminocidos.

A

- tamanho,
- carga,
- adsoro.

separam os aminocidos 


troca inica, afinidade ou por absoro.

 Cromatografias

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