1-Medir Qualidade de Vida em Cuidados Paliativos PDF
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S U M MARY
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very specific kind of patients, we opt by the Irene Higginsons measurement instrument
called Palliative Care Outcome Scale (POS). It has been selected as the one most
appropriate to Portuguese patients reality.
For the creation of the Portuguese version we followed the recommended methodologies for the forward-backward translations. These methodologies allow us to
determine semantic and linguistic equivalences of health outcomes measurement
instruments. The validation was performed on a sample of 104 cancer patients aged
between 40 and 85 years old. 70% were female, 29% had lung cancer, 46% breast cancer
and 22% had melanoma.
Content validity was assured by two cognitive debriefing tests, respectively performed
in oncologists and in patients. Construct validation allow us to find five orthogonal
factors, including emotional well being (19.7% of variance explained), consequences
of the disease in life (18.2%), received information and support (11.7%), anxiety
(10.1%), and burden of illness (9.8%). Criterion validity was tested by comparing the
results obtained by POS to the ones obtained by the EORTC QLQ-C30, a genetic
instrument especially designed for cancer patients. The found correlation values were
moderated to strong and ranged from 0.51 to 0.63.
The reliability of the Portuguese version was assured through the reproducibility test
and the search for the internal consistency. The scores obtained by a one-week testrestest ranged from 0.66 to 1.00. Cronbachs alpha was 0.68, acceptable and allowing
us to consider POS as a unique index
Time responsiveness and diagnosis responsiveness were also analysed. Comparing values
measured with a one-month interval showed sensibility to the lack of the quality of life felt
by patients. This measurement instrument was also sensitive to the various pathologies.
In conclusion, we may defend the quality of the performance of the Portuguese version
of the POS. This version may be used to prospectively assess the palliative care on
advances cancer patients.
INTRODUO
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para monitorizar o nmero e a intensidade com que determinadas situaes e sintomas ocorrem e variam durante
esta fase da doena, ou como instrumento de avaliao de
resultados dos cuidados paliativos. Para alm disto, um
instrumento de medio de fcil compreenso e simples
de preencher.
No Reino Unido encontra-se amplamente validado quer
em locais especialmente desenhados para a prestao de
cuidados paliativos (hospcios) quer no domiclio ou em
doentes em regime ambulatrio30.
Trata-se de um questionrio com apenas dez perguntas
previamente validadas e integradas em outros instrumentos de medio, reflectindo os principais domnios dos cuidados paliativos e que utilizam uma janela temporal referente aos trs dias que antecedem a sua aplicao. Foi concebido para fornecer informao ao nvel de cada pergunta e,
assim, permitir a construo de um perfil para a sua utilizao na prtica clnica, em auditorias ou na investigao29.
Estas perguntas relacionam-se com os aspectos fsicos, sociais, psicolgicos e espirituais da vida das pessoas e da prestao de cuidados paliativos. O tempo previsto para a sua aplicao relativamente curto, situando-se
abaixo dos dez minutos.
Em relao aos aspectos fsicos medida a forma como
a dor afectou o doente e se este, no perodo de medio,
sentiu enjoos, tosse, priso de ventre ou qualquer outro
sintoma ou queixa.
Os aspectos psicolgicos medidos incluem a ansiedade, a preocupao com a doena ou com o tratamento, a
sensao, nos ltimos trs dias, de que a vida era importante e at que ponto o doente se sentiu bem consigo
prprio e como pessoa.
O domnio referente ao comportamento relacional com
familiares e amigos e de que forma estas relaes so afectadas pela doena medido quer atravs da ansiedade ou
da preocupao manifestada pelos outros em relao a si
prprio, quer da forma como conseguiu expressar e partilhar os seus sentimentos com eles.
As informaes transmitidas ao doente, famlia e aos
amigos so tambm medidas neste questionrio em que
uma conjugao da formulao da pergunta com as opes apresentadas para a resposta nos permite obter evidncia no s sobre a quantidade de informao prestada
mas tambm sobre a sua compreenso pelo doente.
tambm avaliado o tempo gasto pelo doente com as
consultas relacionadas com os cuidados prestados, incluindo a deslocao unidade de sade, a espera por transportes ou a repetio de testes. Este tempo medido numa
escala que inclui as frases nenhum, quase meio-dia gasto
e mais de meio-dia gasto, nos ltimos trs dias.
MATERIALE MTODOS
Para a criao da verso portuguesa do POS seguiramse os procedimentos usuais para a adaptao cultural e
lingustica de instrumentos de medio de resultados em
sade31 e para a determinao de instrumentos de medio equivalentes, escritos noutra lngua diferente da original32. Assim, comeou-se pela formulao do pedido de
autorizao a Irene Higginson para a criao da verso
portuguesa e pelo esclarecimento de alguns conceitos
subjacentes s perguntas do questionrio.
De seguida foram elaboradas duas tradues, independentemente uma da outra, por dois tradutores portugueses
fluentes em ingls. Ambas as tradues foram sujeitas a
uma harmonizao durante uma reunio de consenso com a
participao de ambos os tradutores e dos responsveis
pelo estudo. Estando ento criada uma primeira verso portuguesa, procedeu-se sua retroverso para ingls por um
tradutor de nacionalidade inglesa, dominando fluentemente o portugus. Esta verso foi posteriormente discutida
numa reunio em que o tradutor foi tambm confrontado
com a verso original, que desconhecia.
De ambas as reunies referidas surgiram alteraes
que foram integradas na verso portuguesa. Esta foi ento analisada por um licenciado em Lnguas e Literaturas
Modernas da Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra que procedeu a uma ltima anlise lingustica e
ortogrfica.
Por fim, foram realizados dois testes cognitivos de compreenso, o primeiro dos quais com um mdico, tendo por
objectivo analisar e corrigir os termos utilizados e avaliar a
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RESULTADOS E DISCUSSO
Este estudo lidou com trs amostras de doentes. A
primeira foi composta pelos oito doentes recrutados para
o teste de compreenso e validade de contedo, a segunda por 30 doentes e permitiu a anlise de fiabilidade e a
terceira, inicialmente com 109 doentes, permitiu completar
a validao e medir a coerncia interna.
Teste de Compreenso e Validao de Contedo
Como referido anteriormente, foram de incio seleccionados oito doentes para o teste de compreenso. Destes,
s cinco puderam comparecer nas instalaes da instituio para realizar o referido teste. As razes para no terem
estado presente prenderam-se com o facto destes trs
doentes, na noite anterior, terem piorado substancialmente. Dos restantes, quatro eram mulheres, tinham idades
compreendidas entre 38 e 74 anos (idade mdia de 59 anos
e idade mediana de 63 anos) e levaram entre sete e oito
minutos a preencher o questionrio.
De uma forma geral, nenhum dos doentes entrevistados neste teste de compreenso considerou o questionrio longo ou cansativo. No entanto, exprimiram algumas
dvidas e fizeram algumas sugestes que muito nos ajudaram a melhorar a qualidade da verso portuguesa do
POS. De entre os comentrios emitidos seleccionmos uma
dvida e uma sugesto que considermos como sendo as
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mais relevantes. A dvida vem na sequncia de hesitaes sentidas por alguns doentes se poderiam ou no
marcar mais do que uma resposta em cada pergunta. A
sugesto foi colocar a palavra dor sempre no plural. Ambos os comentrios foram tidos em conta.
Outro aspecto constatado por ns foi a pouca ateno
que os doentes deram janela temporal dos trs ltimos
dias. Por esse motivo decidimos realar em negrito essa
indicao.
Fiabilidade
O teste-reteste para avaliar o poder de reprodutibilidade
do POS foi efectuado em 30 doentes que, com um intervalo de uma semana, produziu os resultados presentes no
Quadro 2. evidente que, apesar das dimenses dor e
sentir-se bem consigo terem apresentado valores de correlao ligeiramente inferiores, todas evidenciaram uma
alta reprodutibilidade do instrumento de medio, com
valores a variar de 0,66 a 1,00.
Dime ns e s POS
r de Pe ars on
Feminino
73
70,2
Masculino
31
29,8
Entre 40 e 64 anos
65
62,5
Entre 65 e 74 anos
28
26,9
Entre 75 e 84 anos
11
10,6
A trabalhar
37
50,0
Domstica
11
14,9
Desempregado
1,3
Importncia da vida
0,822
0,743
D or
0,657
As s untos pe s s oais
0,798
Informao
1, 0 0 0
Apoio
0,777
0,995
Reformado
25
33,8
0,932
Pulmo
30
26,8
Outros s intomas
0,932
Mama
48
46,2
Outra
26
25,0
Te mpo pe rdido
0,792
POS Global
0,633
G ne ro
Idade
Situao
pe rante o
Trabalho
Patologia
Oncolgica
Na verso original as autoras utilizaram uma forma diferente de avaliar. De facto, utilizaram os valores K e as
propores em que o teste e o reteste estavam de acordo
(de 74% a 100%).
A coerncia interna foi testada atravs do coeficiente
de Cronbach, tendo sido encontrado o valor de 0,683 para as
dez perguntas do POS, o que nos permite utilizar a soma das
Validade de Construo
A anlise factorial baseada na matriz de correlao dos
dados e em estimativas obtidas pela anlise das compo117
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Sensibilidade
Temporal
3
4
5
O POS foi aplicado
por
ns em dois mo0,063
- 0,079
0,074
mentos seguidos com
0,160
0,129
- 0,073
um intervalo de um
ms. O Quadro 6 e a
0,072
0,029
0,039
Figura 1 apresentam
- 0,130
0,140
- 0,139
os resultados obtidos
0,883
0,063
0,060
em ambos os momentos. O primeiro apre0,731
- 0,142
- 0,046
senta tambm os re- 0,019
0,877
- 0,100
sultados dos testes
emparelhados t de
- 0.031
0,712
0,065
Student.
0,094
0,035
0,870
Uma vez que se
0,109
0,122
- 0,654
est a medir a degradao da qualidade de
1,169
1,014
0,984
vida, valores mais al49,6%
59,7%
69,5%
tos correspondem a
menor qualidade de
vida sentida pelos doentes. Assim, visvel que o maior
fardo para os doentes, provocado por esta condio de
sade, se situa nas dimenses relacionadas com a ansiedade sentida pelos familiares, pelos amigos e pelo prprio, assim como o tempo perdido, a informao fornecida
e o apoio prestado. Quando as dimenses so analisadas ao longo do tempo, verifica-se que o POS sensvel
degradao da qualidade de vida relacionada com a
sade dos doentes em cuidados paliativos, com excepo dos aspectos de ansiedade quer do doente quer dos
familiares e amigos para com ele, que se mantm sempre
com valores muito altos, em sintonia, alis, com o que
tambm ocorreu no estudo inicial dos autores deste questionrio29.
Notamos tambm que a qualidade da informao prestada ao doente e a sua capacidade em resolver problemas
prticos, financeiros ou pessoais que mais se degradam
no intervalo de um ms. Tambm evidente o desgaste da
qualidade de vida em relao s frequentes idas consulta, as perdas de tempo associadas e o sentir-se cada vez
menos bem consigo prprio. Da o comear-se a duvidar
se a vida importante.
Factore s
D ime ns o
Importncia da vida
0,848
0,054
0,819
- 0,020
D or
- 0,001
0,830
As s untos pe s s oais
0,011
0,672
Informao
- 0,011
- 0,011
Apoio
0,334
- 0,043
- 0,058
- 0,046
0,109
0,315
Outros s intomas
0,127
0,086
Te mpo pe rdido
0,200
0,376
Valore s prprios
1,969
1,818
19 , 7 %
37,9%
QLQ- C30
POS Global
Sintomas
Fs icos
Proble mas no de
Qualidade de Vida
Qualidade de
vida
- 0,633
- 0,571
- 0,509
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Dime ns o
Te mpo t1
Te mpo t2
Valor de t
Sig
Importncia da vida
18,84
29,71
- 2,377
0,020
19 , 9 3
35,50
- 3,291
0,002
D or
30,06
43,11
- 2.305
0,024
As s untos pe s s oais
19,56
47,46
- 4,903
0,000
Informao
48,19
82,25
- 5,032
0,000
Apoio
44,93
55,07
- 2,103
0,039
72,10
70,29
0,413
0,681
45,65
5 1, 4 5
- 1,247
0,217
Outros s intomas
25,36
39,49
- 3,284
0,002
Te mpo pe rdido
46,38
66,67
- 3,296
0,002
POS Global
37,50
52,10
- 6,355
20
40
60
80
Importncia da vida
sentir-se bem
dor
assuntos pe ssoais
informao
apoio
Com a ajuda de medidas de resultados em sade possvel analisar a utilidade de formas distintas de tratamento
0,000
ou de intervenes distintas35. Os resultados deste estudo permitem-nos concluir
100
que a verso portuguesa dos POS vlida e
fivel e deve ser proposta como um bom instrumento de medio de qualidade de vida
em doentes oncolgicos em cuidados paliativos. Sentimos, no entanto, a necessidade
de alargar este estudo a outras patologias
oncolgicas para melhor compreender a reaco deste instrumento de medio.
AGRADECIMENTOS
ansiedade familiares
Tempo 2
Conflito de intereses:
Os autores declaram no ter nenhum conflito de interesses relativamente ao presente artigo.
Fontes de financiamento:
No existiram fontes externas de financiamento para a realizao
deste artigo.
Sensibilidade ao Diagnstico
Por fim, o POS foi testado em relao sua sensibilidade a situaes oncolgicas distintas embora de uma forma no exaustiva para todos os tipos de diagnstico
oncolgico. Os resultados da aplicao deste instrumento de medio a doentes de pulmo, da mama e com
melanomas e o resultado da aplicao de uma ANOVA so
apresentados no Quadro 7.
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Dime ns o
Pulmo
M ama
M e lanoma
Importncia da vida
22,4
20,3
29,7
27,1
27,6
27,0
D or
36,9
33,2
48,6
As s untos pe s s oais
18,7
31,9
54,7
Informao
50,0
73,7
65,5
Apoio
40,1
62,9
42,6
74,5
64,6
81,1
42,7
44,8
58,8
Outros s intomas
30,7
23,7
47,9
Te mpo pe rdido
63,5
54,3
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