O documento descreve a chegada dos africanos escravizados ao Brasil Colonial entre os séculos XVI e XIX. Milhões de africanos foram trazidos em condições desumanas nos navios negreiros e sofreram maus-tratos e morte. Os sobreviventes eram vendidos como escravos e sofreram controle cultural para adotar a religião e língua dos senhores de escravos. Sua cultura original foi parcialmente preservada e influenciou a sociedade brasileira.
O documento descreve a chegada dos africanos escravizados ao Brasil Colonial entre os séculos XVI e XIX. Milhões de africanos foram trazidos em condições desumanas nos navios negreiros e sofreram maus-tratos e morte. Os sobreviventes eram vendidos como escravos e sofreram controle cultural para adotar a religião e língua dos senhores de escravos. Sua cultura original foi parcialmente preservada e influenciou a sociedade brasileira.
O documento descreve a chegada dos africanos escravizados ao Brasil Colonial entre os séculos XVI e XIX. Milhões de africanos foram trazidos em condições desumanas nos navios negreiros e sofreram maus-tratos e morte. Os sobreviventes eram vendidos como escravos e sofreram controle cultural para adotar a religião e língua dos senhores de escravos. Sua cultura original foi parcialmente preservada e influenciou a sociedade brasileira.
O documento descreve a chegada dos africanos escravizados ao Brasil Colonial entre os séculos XVI e XIX. Milhões de africanos foram trazidos em condições desumanas nos navios negreiros e sofreram maus-tratos e morte. Os sobreviventes eram vendidos como escravos e sofreram controle cultural para adotar a religião e língua dos senhores de escravos. Sua cultura original foi parcialmente preservada e influenciou a sociedade brasileira.
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COLGIO ESTADUAL DR.
OVANDE DO AMARAL ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO
ALUNO: _____________________________________________________________N _______ 6 ___ A IDENTIDADE NEGRA NO BRASIL COLNIA E SUA INFLUNCIA CULTURAL NA SOCIEDADE ATUAL POVOS AFRICANOS DESTERRADOS E ESCRAVIZADOS: Na Idade Moderna, Portugal foi o primeiro pas da Europa a realizar o comrcio de escravos negros. Os navios portugueses dominavam os mares desse perodo. Eram verdadeiras fortalezas, capazes de transportar pesadas cargas e uma populao numerosa. Isso foi possvel, tamm pelo fato de os portugueses !" #averem con$uistado muitas regi%es da &frica, nesta poca, como por e'emplo( Moami$ue, Nigria, )ngola, *uin, etc. +om o decorrer do tempo, #olandeses, ingleses e franceses tamm passaram a participar do tr"fico negreiro. +alcula,se $ue somente para a )mrica, entre os sculos -.I e -I-, vieram cerca de /0 mil#%es de escravos. 1m $uinto deste total veio para o 2rasil. Ou se!a, cerca de 3 mil#%es de negros em tr4s sculos de escravido. TRFICO NEGREIRO: VIAGEM E MORTE NOS NAVIOS 5e acordo com a refer4ncia acima citada, durante mais de tr4s sculos de escravido, o tr"fico negreiro trou'e para o 2rasil, apro'imadamente 3 mil#%es de escravos. O primeiro desemar$ue documentado de escravos africanos no 2rasil data o ano de 6789 :)tlas ;ist<rico = I>?O@ = 2rasil 700 )nos, p"g.6AB. Na &frica, os traficantes de escravos negros, firmaram alianas com os c#efes triais africanos. Estaeleceram com eles um comrcio aseado no escambo, e os negros eram negociados em troca de $uin$uil#arias( aguardente de cana, rolos de fumo, tecidos, fac%es, espel#os, guizos, etc. 5epois de serem acorrentados e marcados com ferro em rasa, os negros eram levados at os presdios da costa africana. E ento eram transportados para o 2rasil nos c#amados navios negreiros. Os navios negreiros saiam da &frica com apro'imadamente A00 escravos e um grupo de cerca de 6/ traficantes rancos. Ceceando uma revolta dos negros, os traficantes trancavam,nos no poro do navio. Nos escuros por%es, o espao era reduzido e o calor, insuport"vel. )lm disso, a "gua era su!a e o alimento insuficiente para todos. O anzo :melancoliaB, causado pela saudade da sua terra e de sua gente, era outra causa $ue os levava D morte. 5evido aos maus,tratos e Ds pssimas condi%es de transporte, morriam cerca de /0 a 30E dos negros durante a viagem. Por isso, os navios negreiros eram c#amados de tumeiros :palavra referente a tumaB. :+O?CIN, *ilerto. ;ist<ria *loal = *eral e 2rasil. p./66.B Os soreviventes eram desemarcados e vendidos nos principais portos da +olFnia, como >alvador, Cecife e Cio de Ganeiro. >egundo o #istoriador )rno He#ling, Ia ampliao do tr"fico e sua organizao em s<lidas ases empresariais permitiram criar um mercado negreiro transatlJntico $ue deu estailidade ao flu'o de mo,de,ora, aumentando a oferta, ao contr"rio da oscilao no fornecimento de indgenas, ocasionada pela dizimao das trios mais pr<'imas e pela fuga de outras para o interior da +olFniaI. Por outro lado, a Igre!a, $ue tin#a se manifestado contra a escravido dos indgenas, no se opFs D escravizao dos africanos. 5essa maneira, a utilizao da mo,de,ora escrava africana tornou,se a mel#or soluo para a atividade aucareira. PRINCIPAIS GRUPOS AFRICANOS Os principais grupos africanos trazidos para o 2rasil foram( Ba!"#( origin"rios do Congo, Angola e Moambique. Estes geralmente eram desemarcados nos portos de Pernamuco, Minas *erais e Cio de !aneiroK alcanando mais tarde >o Paulo, Maran#o, Par" e )mazonas. S$%a&#&#( +apturados principalmente na Nigria, Daom e Guin. Os sudaneses eram dei'ados principalmente na 2a#ia, mais tarde se espal#aram para as regi%es vizin#as. ?amm #aviam os '$()# e os *a%+#, grupos de negros islamizados $ue vieram para o 2rasil !untamente com os sudaneses. Esses grupos tin#am uma cultura em diferente dos outros grupos africanos, pois sofreram influ4ncia dos "raes na regio da &frica de onde eram provenientes. Em sua terra esses grupos adotaram o islamismo, acreditando em )l" e Mariana, $ue para eles era a me de 5eus. ) +ultura dos povos africanos sofreu modifica%es no 2rasil, por$ue eles tiveram $ue adotar a cultura dos rancos $ue os mantin#am como escravos. Eram origados a mudar de seus nomes de famlia e adotar nomes cristosK eram impedidos de falar a lngua materna e de praticar sua religioK o atismo era origat<rio. ) dominao cultural era um recurso importante para manter so controle a massa de escravos. Mas mesmo assim essa etnia de grande valor para a formao cultural rasileira, conseguiu conservar e mais tarde resgatar muito de sua cultura nativa. Classificao Interna No 2rasil os escravos receiam uma nova classificao, representada por tr4s grandes grupos( os ladinos, os boais e os crioulos. Os escravos $ue traal#avam na casa grande receiam um tratamento mel#or e, em alguns casos, eram considerados pessoas da famlia. Esses escravos, c#amados de IladinosI :negros !" aculturadosB, entendiam e falavam o portugu4s e possuam uma #ailidade especial na realizao das tarefas domsticas. Os escravos c#amados IoaisI, recm,c#egados da &frica, eram normalmente utilizados nos traal#os da lavoura. ;avia tamm a$ueles $ue e'erciam atividades especializadas, como os mestres,de,aLcar, os ferreiros, e outros distinguidos pelo sen#or de engen#o. +#amava,se de crioulo o escravo nascido no 2rasil. *eralmente dava,se prefer4ncia aos mulatos para as tarefas domsticas, artesanais e de superviso, dei'ando aos de cor mais escura, geralmente os africanos, os traal#os mais pesados. ) conviv4ncia mais pr<'ima entre sen#ores e escravos, na casa grande, ariu espao para as negocia%es. Esta aertura era sempre maior para os ladinos, con#ecedores da lngua e das man#as para Ipassar a vidaI, e menor para os africanos recm,c#egados, os oais. Na maioria das vezes, essas negocia%es no visavam D e'tino pura e simples da condio de escravo, e sim, oter mel#ores condi%es de vida( manuteno das famlias, lierdade de culto, permisso para o cultivo em pedao de terra do sen#or, com a venda da produo, e condi%es de alimentao mais satisfat<rias. A OP!O PELO ESCRA"O NEGRO 5iversas causas so apontadas pela #istoriografia tradicional para e'plicar o desinteresse do Portugu4s pela escravido do ndio em contraposio D do negro( ) inadaptao do ndio para o traal#o agrcola, na medida em $ue este era incum4ncia das mul#eres indgenas. ;avia uma arreira cultural $ue o colonizador no podia romperK Os negros eram tecnicamente mais avanados do $ue os ndios rasileiros, $ue ainda estavam num processo de civilizao asicamente primitivaK Os indgenas eram mais MselvagensN e #ostis D escravido, en$uanto os negros revelavam temperamento mais suserviente. ."rios setores da Igre!a se opuseram D escravido indgena, mas no se manifestaram contra a escravido negra. )lgumas dessas causas podem ter sua parcela de importJncia, outras porm so praticamente inadmissveis, como por e'emplo a passividade do negro. ) #ist<ria tradicional passava a idia de $ue a escravido negra foi amena. 5izia tamm $ue o negro era sumisso e no reagia. Essa idia porm e$uivocada. ) escravido negra uma #ist<ria marcada pela viol4ncia do sen#or de escravos. ?amm repleta de revoltas e lutas do negro, $ue uscava a liertao. 5e certo, a prefer4ncia pelo negro africano pode ser compreendida como mais um elemento da engrenagem do sistema colonial. Os lucros do comrcio negreiro dirigiam,se para a metr<pole portuguesa, en$uanto $ue os gan#os comerciais com a captura do indgena, geralmente atravs do escamo :troca por mercadoriasB, ficavam dentro da colFnia. Percee,se, ento, por$ue a escravido indgena foi desmotivada e a MopoN pela escravido negra foi, na verdade, uma imposio do sistema colonial. A E#PLORA!O DO TRABAL$O ESCRA"O 5e acordo com a doutrina mercantilista, as colFnias deveriam representar um mercado e'clusivo para as suas metr<polesK por um lado, fornecer g4neros agrcolas e metais preciososK por outro, consumir os produtos da manufatura europia. ) funo da colFnia era complementar a economia da metr<pole e !amais l#e fazer concorr4ncias. .oltada para a e'portao, a agricultura no 2rasil desenvolveu,se em grandes e'tens%es de terra = os latifLndios, onde se praticavam a monocultura, ou se!a, o cultivo de um Lnico produto agrcola, utilizando o trabalho escravo. Essa modalidade de e'plorao agrcola, con#ecida como plantation, foi a ase da ocupao portuguesa na )mrica do >ul. A econo%ia A&careira Esta atividade foi desenvolvida a principio na regio costeira. +omo a costa rasileira no tin#a as ri$uezas met"licas $ue os portugueses esperavam encontrar, o Lnico recurso para e'plorar a regio foi a atividade agrcola. O produto mais ade$uado para o plantio na zona costeira foi a cana,de,aLcar. Na regio Nordeste, o solo e o clima $uente favoreceram mais o desenvolvimento da cultura canavieira, mas em toda a costa os solos eram pr<prios para o plantio da cana. No Incio da colonizao do 2rasil, o aLcar era um produto muito caro nos mercados europeus. 5este modo, os produtores de aLcar no 2rasil,colFnia alcanaram a prosperidade. Essa prosperidade, porm, foi possvel graas ao traal#o do negro escravo $ue mostrou grande resist4ncia ao traal#o necess"rio para o desenvolvimento desta atividade agrcola. >endo assim, a a$uisio de escravos era considerada um investimento astante lucrativo, pois os negros tin#am um e'celente rendimento no traal#o. En'en(o) a &ni*a*e +ro*&tora O engen#o, a grande propriedade produtora de aLcar, era constitudo, asicamente, por dois grandes setores( o agrcola = formado pelos canaviais = e o de eneficiamento = a casa,do,engen#o, onde a cana,de,aLcar era transformada em aLcar e aguardente. )s constru%es caractersticas do engen#o eram as seguintes( ,a#a-./a%&( Cesid4ncia do sen#or de engen#o. Podia ser uma manso trrea ou um sorado. Nela moravam o sen#or de engen#o e sua famlia, alm de empregados de confiana : capatazesB, $ue cuidavam de sua segurana pessoal. ) casa,grande era a central administrativa da vida econFmica e social do engen#oK #&0a(a( #aitao rLstica dos escravos, $ue, geralmente aglomeravam,se num Lnico compartimento miser"velK ,a1&(a: local onde se realizavam as cerimFnias religiosas. Nos domingos e dias santos, a capela era o centro de reunio de toda a comunidade, assim como nos atizados, casamentos e funerais. ,a#a %" &.&2"( instala%es destinadas D produo do aLcar( a *"&%a , onde se moa a cana para a e'trao do caldo :a garapaBK as '"/a(2a# , onde o caldo de cana era fervido e purificado em tac#os de coreK ,a#a %& 1$/.a/( onde o aLcar, depois de resfriado e condensado, era levado para ser ran$ueado, separando,se o aLcar mascavo :escuroB do aLcar de mel#or $ualidade e depois posto para secar. E os .a(13&# = onde os locos de aLcar eram $uerados eram v"rias partes e reduzidos a p<. )lguns engen#os possuam ainda constru%es $ue serviam de resid4ncia para o capelo, os feitores, o mestre,de,aLcar e alguns traal#adores assalariados. 5edicando,se a faricao do aLcar, o engen#o necessitava comprar diversos produtos para sustentar o aglomerado #umano $ue nele vivia. Entre esses produtos, citam,se( tecidos, lin#a, papel, pratos, !arros de estan#o, tac#os de core, en'adas, foices, pregos, ti!olos, cestos, reu, cordas e diversos g4neros alimentcios. Ouando toda essa operao terminava, o produto era pesado e separado conforme a $ualidade, e colocado em cai'as de at 70 arroas. >< ento era e'portado para a Europa. Muitos engen#os possuam tamm destilarias para produzir a aguardente :cac#aaB, utilizada como escamo no tr"fico de negros da &frica. O$!/a# ,$(!$/a# %& &41"/!a56" Outras atividades econFmicas susidi"rias da cultura canavieira surgiram na regio nordeste( as culturas do algodo e do taaco. O algodo no c#egou a ter a mesma importJncia da cana,de,aLcar. Mas, contriuiu para o arateamento do vestu"rio, muito mais caro $uando confeccionado com outros tecidos. Eram feitas de algodo as roupas dos escravos. ) cultura do fumo, emora tamm no fosse to importante, colaorou muito para o desenvolvimento da colonizao. O fumo em rolo serviu de moeda corrente para a troca de escravos africanos $ue eram trazidos para traal#ar nos canaviais. Os principais centros produtores localizavam,se no CecFncavo 2aiano e no litoral de )lagoas. A Atividade Mineradora e a Expanso Pastoril ) descoerta do ouro, em fins do sculo -.II, permitiu a interligao da pecu"ria do Nordeste e do Cio *rande do >ul com a regio mineradora. Os #aitantes das *erais , "reas dos atuais estados de Minas *erais, *oi"s e Mato *rosso , tendiam a dedicar,se e'clusivamente D atividade mineradora, precisando comprar tudo o $ue consumiam de outros locais. No foram raras, ali, as crises de aastecimento e de falta de alimentos. Os escravos, ali como em toda a +olFnia, representavam a fora de traal#o sore a $ual repousava a vida econFmica da real capitania das Minas *erais. .ivendo mal alimentados, su!eitos a castigos e atos violentos, constituam a parcela mais numerosa da populao da$uela regio. O traal#o escravo na sociedade colonial rasileira teve caractersticas diversas na produo do aLcar :agriculturaB e na e'plorao do ouro. +ompare o traal#o escravo na sociedade aucareira e na mineradora. PUNI,ES E TORTURAS Os escravos africanos eram, de forma geral, astante e'plorados e maltratados e, em mdia, no agPentavam traal#ar mais do $ue dez anos. +omo reao a essa situao, durante todo o perodo colonial foram constantes os atos de resist4ncia, desde fugas, tentativas de assassinatos do sen#or e do feitor, e at suicdios. Essas rea%es contra a viol4ncia praticada pelos feitores, com ou sem ordem dos sen#ores, eram punidas com torturas diversas. )marrados no tronco permaneciam dias sem direito a comida e "gua, levando inumer"veis c#icotadas. Eram presos nos ferros pelos ps e pelas mos. Os ferimentos eram salgados, provocando dores atrozes. Ouando tentavam fugir eram considerados indignos da graa de 5eus, pois, segundo o padre )ntFnio .ieira, ser Ireelde e cativoI estar Iem pecado contnuo e atualI.... Os principais instrumentos utilizados na tortura dos escravos eram( .a/.a(2&7/a# = colar $ue se pun#a ao pescoo, com corrente penduradaK ,a(,&!a = gril#%es $ue se amarravam aos tornozelosK a872"# = um anel com $ue se apertavam os dedosK 97/a-*$%" = ferros onde se metiam as mos e psK 1&7a = algemasK ,27,"!& e !/"," cepo onde se amarravam os escravos para castig",los. A FOR-A!O DOS .UILO-BOS Os negros escravos procuravam reagir contra a escravido. Muitos fugiram em usca da lierdade, e fundaram comunidades, c#amadas :$7("*;"#, para se protegerem dos ,a17!6&#-%"-*a!", $ue eram #omens violentos $ue perseguiam os fugitivos para captur",los. Entre os maiores $uilomos esto os de )mr<sio e o Ouilomo *rande. ) destruio de amos, em 6Q3A e 6Q7R respectivamente, no impediu $ue ocorressem outras fugas e a formao de novos $uilomos. O mais famoso deles foi o <UILOMBO DE PALMARES. O Ouilomo de Palmares foi c#amado assim por ocupar uma vasta regio do estado de )lagoas, onde #avia muitas palmeiras. Os negros de Palmares praticavam a agricultura e a pecu"ria, e inclusive comerciavam com os povoados vizin#os. No entanto, para os sen#ores de engen#o, Palmares era uma ameaa, pois mostrava $ue os negros podiam ser livres. Muitas e'pedi%es militares foram enviadas contra Palmares, $ue no entanto resistiu por A7 anos :6A/R,6AR3B, e c#egou a arigar /0 mil pessoas. Os negros, so o comando do lder Z$*;7= defendiam,se contra os ata$ues dos escravistas. Em 6A9Q, os sen#ores de engen#o contrataram o andeirante paulista 5omingos Gorge .el#o para atacar Palmares. Este organizou em 6AR/ um grande ata$ue, para destruir o $uilomo, mas foi derrotado pelos negros. No entanto, #ouve um segundo ata$ue de Gorge .el#o, au'iliado por A mil soldados. Os negros resistiram por um m4s, ao final do $ual o $uilomo foi destrudo e seus #aitantes massacrados. Sumi conseguiu fugir, mas dois anos depois foi capturado e morto. E at #o!e ele um smolo da resist4ncia dos negros contra a escravido. ABOLI!O DA ESCRA"ATURA Pioneira das campan#as nacionais rasileiras a M+ampan#a )olicionistaN da >ociedade 2rasileira +ontra a Escravido, liderada pelo engen#eiro )ndr Ceouas, por Gos do Patrocnio, ardente !ornalista do !ornal MO aolicionistaN, e pelo deputado Goa$uim Nauco, inicia uma grande luta pela liertao dos escravos. 5e certa forma, pode,se dizer $ue a )olio da escravatura foi um movimento social, ocorrido entre 69Q0 e 6999, $ue defende o fim da escravido no pas. ?ermina com a promulgao da Tei &urea, $ue e'tingue o regime escravista origin"rio da colonizao do 2rasil. O regime comea a declinar com o fim do tr"fico de escravos, em 6970. Progressivamente, os imigrantes europeus assalariados sustituem os escravos no mercado de traal#o. Mas s< a partir da *uerra do Paraguai :69A7,69Q0B $ue o movimento aolicionista gan#a impulso. Mil#ares de e',escravos $ue retornam da guerra vitoriosos, muitos at condecorados, correm o risco de voltar D condio anterior por presso dos seus antigos donos. O prolema social torna,se uma $uesto poltica para a elite dirigente do /U Ceinado. ."rias leis surgiram neste perodo de transio do regime escravocrata para a aolio da escravatura( L&7 %" V&!/& L79/& = promulgada em /9V0RV69Q6, lierta os fil#os de escravos nascidos a partir desta data, mas os mantm so tutela de seus sen#ores at atingirem maior idade :/6 anosBK L&7 %"# S&4a.&)/7"# em 6997, o governo cede mais um pouco e promulga a Tei >araiva, +otegipe. +on#ecida como a Tei dos >e'agen"rios, ela lierta os escravos com mais de A7 anos, mediante compensa%es aos seus propriet"rios. L&7 $/&a Em 68 de maio de 6999, o governo imperial rende,se Ds press%es e a princesa Isael assina a Tei &urea, $ue e'tingue a escravido no 2rasil. ) deciso desagrada aos fazendeiros, $ue e'igem indeniza%es pela perda de seus MensN. +omo no conseguem, aderem ao movimento repulicano. )o aandonar o regime escravista, o imprio perde sua Lltima coluna de sustentao poltica. O fim da escravatura, porm, no mel#ora a condio social e econFmica dos e', escravos. >em formao escolar ou uma profisso definida, para a maioria deles a simples emancipao !urdica no muda sua condio sualterna nem a!uda a promover sua cidadania ou ascenso social. $ERANA CULTURAL NEGRA ) presena negra foi marcante na formao da cultura e do povo rasileiro. .e!amos alguns e'emplos dessa influ4ncia( A(7*&!": fei!oada, cocada, vatap", acara!, $uindim, caruru, p,de,mole$ueK R&(7.76": umanda, candoml e >incretismo religiosoK M>#7,a: ritmos musicais como sama, ma'i'e, maracatu, congada. Instrumentos musicais, como ataa$ue, erimau, ganz", agogF, cuca, reco,recoK V",a;$()/7": palavras como atu$ue, engala, anana, gingar, macuma, $uitanda, sama, c#uc#u, cac#aa, mole$ue, fu", caula. R&'&/+,7a# B7;(7"./)'7,a#: :Wontes pes$uisadasB