O documento discute as críticas ao urbanismo moderno funcionalista e sua alternativa estruturalista, comparando o Plano Piloto de Brasília com o Plano Wilheim para Curitiba. Apresenta também alternativas para o planejamento urbano contemporâneo, como a aceitação da cidade expandida e o fortalecimento da descentralização com transporte público de qualidade e uso misto.
O documento discute as críticas ao urbanismo moderno funcionalista e sua alternativa estruturalista, comparando o Plano Piloto de Brasília com o Plano Wilheim para Curitiba. Apresenta também alternativas para o planejamento urbano contemporâneo, como a aceitação da cidade expandida e o fortalecimento da descentralização com transporte público de qualidade e uso misto.
O documento discute as críticas ao urbanismo moderno funcionalista e sua alternativa estruturalista, comparando o Plano Piloto de Brasília com o Plano Wilheim para Curitiba. Apresenta também alternativas para o planejamento urbano contemporâneo, como a aceitação da cidade expandida e o fortalecimento da descentralização com transporte público de qualidade e uso misto.
O documento discute as críticas ao urbanismo moderno funcionalista e sua alternativa estruturalista, comparando o Plano Piloto de Brasília com o Plano Wilheim para Curitiba. Apresenta também alternativas para o planejamento urbano contemporâneo, como a aceitação da cidade expandida e o fortalecimento da descentralização com transporte público de qualidade e uso misto.
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Centro Universitrio Metodista Izabela Hendrix
ESTUDO DIRIGIDO URBANISMO BR
T1AD
HISTRIA E TEORIA DA ARQUITETURA E DA CIDADE IV Anna Carolina Barroso Dias 2
1. Em relao ao paradigma do urbanismo moderno, qual o principal ponto negativo e o carter positivo apontados por DEL RIO; GALLO (2000)? Como ponto negativo podemos citar as imensas reas "livres" e verdes projetadas que se transformam em desconfortveis e perigosos vazios, prdios de escritrios absolutamente impessoais e rompem drasticamente com o tecido antigo, novos recuos geram descontinuidades e terras-de-ningum, inteis e perigosas, os mesmos projetos de modernas torres residenciais sobre embasamento de garagem so "carimbados" irrestritamente por todos os bairros, e fomenta-se a dicotomia do espao pblico pelo privado, que se implanta por excluso do espao semi-pblico impedindo as escalas de transio. Um dos mais sentidos legados desse urbanismo e que permeia o cotidiano de nossas cidades so os dispositivos restritivos e classificatrios da lei de zoneamento. Se por um lado tenta-se proteger funes urbanas do impacto de outras, o zoneamento derivado da quebra da viso da cidade como continuidade (fsico-espacial, social e histrico) e tende a promover uma abordagem fracionada, que no reconhece a riqueza da complexidade urbana e trata a cidade por partes estanques, mais facilmente manipulveis. O ponto positivo em primeiro lugar, o trnsito fcil de Lcio Costa entre a escala do edifcio e da cidade, certamente fator de ruptura com a herana portuguesa, um evidente indutor de nossa posio clara de unicidade de formao do arquiteto, diferentemente de muitos pases. Em segundo lugar, a sua vinculao com a preservao histrica atravs de sua obra escrita e sua atuao no IPHAN. Essas caractersticas de Lcio se estenderam a geraes de arquitetos que, se no incorporaram repertrios formais e tecnolgicos do passado, souberam neles buscar lies de agenciamento espacial adequadas ao nosso peculiar meio e forma de vida, e incorporar essas lies a seu repertrio tipolgico, formal e tcnico. Assim, tanto na arquitetura quanto no urbanismo, foi possvel estabelecer uma identidade que, embora se referenciando no iderio internacional, soube ser idiossincrtica no caso brasileiro, expressando seus valores seguros e coletivamente assumidos, ao contrrio da atual cultura ps-moderna que, com sua disperso e diversidade de pontos de vista, gera uma constante crise de valores e de identidade. 2. Quais so os trs princpios (ou premissas) do Plano Wilheim para Curitiba, citadas por (GNOATO 2006). Os trs princpios ou premissas ficaram conhecidos como Trip e so caracterizados por: Uso do solo, transporte coletivo e circulao. O uso do solo, seus desdobramentos de coeficiente de aproveitamento e de altura dos edifcios, estava atrelado s concepes dos Eixos Estruturais e do Sistema de Transporte Coletivo. 3. Compare o Plano Piloto de Braslia com o Plano Wilheim para Curitiba, especificando como este ltimo incorpora algumas crticas ao primeiro. 3
As criticas do Plano Piloto para Curitiba foi adoo de conceitos desenvolvidos pelos ltimos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna - CIAMs, de interveno em cidades existentes a partir de suas vocaes locais. Curitiba se estruturou como cidade, devido ao seu processo de planejamento, que teve incio em 1965, e a presena do Estado, como indutor de desenvolvimento. O Plano de Braslia teve como consideraes a inadequao das primeiras interpretaes mecanicistas do funcionalismo. Queria ampliar seu significado para que abarcasse uma gama de fatores humanos e ambientais, que at ento haviam sido ignorados, ou somente insinuados pelos mestres do Movimento Moderno. No se tratava de romper com os esses conceitos, mas ampli-los e adapt-los para novas situaes. Em outros projetos, estes urbanistas ampliaram os princpios funcionais de habitar, trabalhar, recrear e circular, da Carta de Atenas, com propostas mais elaboradas, considerando a inter-relao dos diversos sistemas de infra estrutura, como transporte coletivo e rede de reas verdes. 4. Considerando o texto de Silveira (2011), identifique as alternativas apontadas para o planejamento urbano contemporneo (ver no final do texto) e suas diferenas em relao aos dois momentos e modelos tratados nos outros dois textos, ou seja, o urbanismo moderno funcionalista e sua alternativa estruturalista. Identificam-se alternativas que conduzam a benefcios e a uma cidade com melhor qualidade de vida. Uma das alternativas conduz aceitao da cidade expandida, de forma tentacular ou estelar, com fortalecimento ordenado e gradual da descentralizao urbana, processo atualmente em curso, e o adensamento dos seus polos territoriais, com o incentivo aos modos no motorizados de deslocamento intrapolo e ao uso misto. Deseja-se igualmente uma maior integrao entre os diferentes usos da terra e os transportes pblicos, a partir dos principais eixos de acessibilidade, visando menor necessidade de viagens por auto e a reduo das distncias, tempos e custos urbanos. A ligao interpolo deve ser feita, prioritariamente, por transporte pblico de massa, integrado e de qualidade inclusive ocorrendo a integrao intermodal transporte privado-transporte pblico , com a possibilidade de aproveitamento da infraestrutura existente e o repovoamento das reas j urbanizadas e deterioradas, a exemplo da rea central e espaos adjacentes. Estudos conduzidos por Ferraz, Silva e Felex indicam que essa trama urbana deve estar preferencialmente inscrita e conduzida num formato circular ou semicircular, com alternativas de macro acessibilidade radial e transversal que podem contribuir, se juntando com a questo do adequado adensamento populacional e a integrao transportes uso do solo, para a reduo dos custos e para uma cidade mais equitativa e eficiente, em relao a outros formatos urbanos.
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Referncia Bibliogrficas: EL RIO, Vicente; GALLO, Haroldo. O legado do urbanismo moderno no Brasil. Paradigma realizado ou projeto inacabado?. Arquitextos 006, novembro 2000, Texto Especial 023. http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp023.asp
GNOATO, Luis Salvador. Curitiba, cidade do amanh: 40 depois. Algumas premissas tericas do Plano Wilheim-IPPUC. Arquitextos 072, maio 2006. http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.072/351
SILVEIRA, Jos Augusto Ribeiro da. Desordem na cidade?. Controvrsias sobre o caos urbano e das possibilidades de administr-lo. Minha Cidade, So Paulo, 12.134, Vitruvius, setembro de 2011. http://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/12.134/4050