O documento resume o livro de Gênesis, descrevendo sua estrutura, conteúdo e propósito. É dividido em duas partes principais, a história primeva dos capítulos 1-11 e a história dos patriarcas dos capítulos 12-50. A autoria é atribuída a Moisés, que estruturou o livro em dez seções marcadas pela palavra "tôledôt". O propósito é apresentar Deus como o Criador e guia soberano de Seu povo.
O documento resume o livro de Gênesis, descrevendo sua estrutura, conteúdo e propósito. É dividido em duas partes principais, a história primeva dos capítulos 1-11 e a história dos patriarcas dos capítulos 12-50. A autoria é atribuída a Moisés, que estruturou o livro em dez seções marcadas pela palavra "tôledôt". O propósito é apresentar Deus como o Criador e guia soberano de Seu povo.
O documento resume o livro de Gênesis, descrevendo sua estrutura, conteúdo e propósito. É dividido em duas partes principais, a história primeva dos capítulos 1-11 e a história dos patriarcas dos capítulos 12-50. A autoria é atribuída a Moisés, que estruturou o livro em dez seções marcadas pela palavra "tôledôt". O propósito é apresentar Deus como o Criador e guia soberano de Seu povo.
O documento resume o livro de Gênesis, descrevendo sua estrutura, conteúdo e propósito. É dividido em duas partes principais, a história primeva dos capítulos 1-11 e a história dos patriarcas dos capítulos 12-50. A autoria é atribuída a Moisés, que estruturou o livro em dez seções marcadas pela palavra "tôledôt". O propósito é apresentar Deus como o Criador e guia soberano de Seu povo.
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O Livro de Gnesis
O ttulo Gnesis, que significa literalmente comeo e vem da palavra
grega [1]. Esse ttulo foi dado ao livro pela traduo grega do Velho Testamento, chamada Septuaginta[2]. O ttulo hebraico para esse livro retirado das primeiras palavras do livro: b e rshith e significa no princpio. Esse ttulo certamente apropriado, pois alm de demonstrar o princpio do universo, do homem e do povo de Deus, Gnesis tambm prepara o terreno para a plena compreenso da f bblica[3].
O Autor do Livro[4] Enquanto nenhuma declarao dada sobre quem teria escrito esse livro, a tradio sempre tem dito que o autor desse livro Moiss. Evidncias para isso tem-se encontrado: (1) No Novo Testamento normalmente atribui Gnesis a Moiss: indicao desse fato que em Jo.7.23 Jesus afirma que a circunciso, que apresentada em Gn.17.12, faz parte da Lei de Moiss. Mais comum ainda no NT a declarao do Pentateuco como livro de Moiss 1. Evangelhos: Mt.8.5; 19.19.4-8; Mc.1.44; 7.10; 12.19, 26; Lc.2.22; 5,14; 20.37; Jo.1.17, 45; 7.19, 22-24; 8.5; 2. Atos: At.3.22; 7.44; 13.39; 15.5; 28.23; 3. Paulo: Rm.10.5; 10.19; 1Co.9.9; 4. Autor de Hebreus: Hb.9.19; 10.28. (2) No Antigo Testamento tambm parece atribuir a autoria do Pentateuco (Tora) a Moiss: 1. Livros Histricos: Js.1.7-8; 8.31-32; 1Re.2.3; 2Re.14.6; 21.8; Ed.6.18; Ne.13.1; 2. Profetas: Dn.9.11-13; Ml.4.4. 3. O prprio Pentateuco aponta para esse fato: Ex.17.14; 24.4-8; 34.27; Nm.33.1-2;Dt.31.9, 22. (3) Alm disso, o autor do Pentateuco demonstra conhecer detalhes to particulares da histria que s uma testemunha ocular poderia saber: 1. Quantidades especficas de fontes e rvores (Ex.15.27) 2. Detalhes especficos do povo em ocasies especficas (Nm.2.1-31) 3. Detalhes da alimentao (Nm.11.7-8) (4) O conhecimento que o autor do Pentateuco apresenta sugere ele no poderia ser algum de sculos mais tarde[5]: 1. Conhecimento da Geografia (Gn.13.10; Gn.33.17) 2. Conhecimento de costumes especficos (Gn.16.1-3; Gn.41.41-43) 3. Moiss era algum habilitado para ter essas informaes (At.7.22) Se algum duvidar da autoria Mosaica do Pentateuco ou de Gnesis, deve atribuir tambm ou falsidade ou erro, tanto dos textos do Velho, como do Novo Testamento. Em outras palavras, os profetas, escritores, apstolos e o prprio Jesus Cristo deveriam ser considerados ou falsos ou equivocados. Portanto, a autoria de Gnesis atribuda a Moiss, mais provavelmente durante a jornada do Egito para Cana, com o uso de fontes que tivesse disposio, quer orais quer escritas, debaixo do ministrio orientador do Esprito de Deus[6].
Estrutura e Contedo do Livro Uma das caractersticas marcantes do livro a forma como esse livro foi estruturado. Do ponto de vista da histria, duas categorias so claramente reconhecidas na estrutura do livro: (1) Nos captulos de 1.1-11.26 encontramos a histria das origens de modo geral e (2) de 11.27-50.26 lemos a histria da origem do povo judeu a histria dos patriarcas. Sobre essa estrutura John Hartley diz: Gnesis 1-11 um prefcio histria da salvao, tratando da origem do mundo, da humanidade e do pecado. Gnesis 12-50 reconta as origens da histria da redeno no ato de Deus escolher os patriarcas, juntamente com as promessas da terra, posteridade e aliana[7]. Contudo, Moiss como hbil escritor tambm deixou uma clara estrutura literria para seu primeiro livro: com o uso de uma palavra especfica, Moiss pode marcar dez blocos de texto onde agrupou o contedo do seu livro. Essa palavra hebraica tl e dt, que significa geraes, genealogia. Em cada uma dessas sees [Moiss] relata o que aconteceu com (s) pessoa(s) mencionada(s), ou seus descendente[8]. Normalmente essa palavra acompanhada de uma genealogia, conquanto tambm possa apresentar o desenvolvimento de algo que j foi iniciado. Esse o caso de Gn.2.4: Esta a histria das origens dos cus e da terra, no tempo em que foram criados: Quando o SENHOR Deus fez a terra e os cus. Nessa ocasio Moiss faz um uso metafrico da palavra tl e dt para expressar que os cus foram gerados (criados) pelo Prprio Deus. interessante observar que a estrutura histria e a estrutura literria foram de tal forma ajustadas que para a primeira parte (a histria primeva) Moiss usou cinco tl e dt, enquanto que para a segunda parte (histria patriarcal) ele o fez mais cinco vezes[9]. Seguindo essa sugesto, podemos observar a estrutura do livro da seguinte forma:
I. HISTRIA PRIMEVA (Gn.1.1-11.26) Criao do Universo (1.1-2.3) As geraes do cu e da terra (2.4-4.26) As geraes de Ado (5.1-6.8) A gerao de No (6.9-9.29) As geraes dos filhos de No (10.1-11.26) II.HISTRIA DOS PATRIARCAS (Gn.11.27-50.26) As geraes de Ter (11.27-25.11) As geraes de Ismael (25.12-18) As geraes de Isaque (25.19-35-29) As geraes de Esa (36.1-43) As geraes de Jac (37.1-50.26) importante lembrar que um dos recursos literrios que Moiss usa na composio de Gnesis apresentar em primeiro lugar um conjunto de informaes sobre personagens que tero sua histria continuada no seu relato. Por exemplo, a genealogia de Caim (4.17-24) precede a de Sete (4.25,26); as linhagens de Jaf e Co (10.1-8) aparecem antes de Sem (10.21,22); a genealogia de Ismael (25.12-15) antecede a de Isaque (25.19) e a de Esa (36.1-10) precede a de Jac (37.2)[10].
Propsito O propsito do primeiro livro do Pentateuco fornecer um breve sumrio da histria da revelao, desde o princpio at que os israelitas foram levados para o Egito e estavam a ponto de se tornarem em nao teocrtica[11]. De forma prtica, Gnesis parece demonstrar, do incio ao fim, quem o Deus que chamou a Moiss para liderar o Povo. nesse texto que Moiss registra YAHWEH como o Deus que poderoso para Criar, Julgar e Punir, Retribuir, Chamar, Restaurar e Salvar Seu povo. Gnesis um relato da Personalidade e Carter de YAHWEH como Deus Poderoso, Cuidadoso, Amoroso e Soberano. De forma anacrnica Moiss parece deixar a Soberania de Deus estampada nas pginas de Gnesis, de modo que, na primeira parte de seu livro ele demonstra quo longe o homem por suas foras pode ir, enquanto que na segunda parte ele demonstra quanto Deus faz para resgat-los. Assim, estamos falando que, aps a Criao, nos primeiro 11 captulos de Gnesis ns vemos a degradao do ser humano: Na Queda vemos a soberania de Deus e a sentena de todo ser humano; No Dilvio a justa retribuio histria de Deus; e em Babel vemos a soberania de Deus na distribuio. At que, em Abrao o processo de regenerao inicia e parece reverter a cena: Em Abrao vemos a soberania de Deus na Eleio; Em Isaque a soberania de Deus na Separao; Em Jac a soberania de Deus percebida no cuidado; e em Jos vemos a soberania de Deus no controle da situao. como se o livro tivesse sido escrito para apresentar o carter de Deus como chefe da Teocracia que Ele ir formar a partir de um povo exilado no Egito, retirando-os soberanamente do domnio egpcio. bvio que Moiss faz isso, enquanto registra os acontecimentos do seu povo. Mensagem Poucas pessoas foram capazes de resumir a mensagem de um livro to grande em to poucas palavras de modo to impressionante: Carlos Osvaldo tem sintetizado a mensagem do livro da seguinte maneira: A eleio e separao de I srael como povo pactual se deu em um contexto de conflito entre o propsito Benevolente do Criador e a vontade rebelde das criaturas, a quem Ele pune com justia e restaura com amor[12]
Teologia de Gnesis Como temos dito que esse livro uma Auto-Revelao de Deus para o povo de Israel, no poderamos deixar de falar de Sua Pessoa como apresentada por ele. Sobre isso, House diz: Certamente tornou-se visvel um retrato ntido de Deus. Ele a nica divindade que atua nesses relatos. S Deus cria, de maneira que s Ele julga o pecado, chama, dirige e abenoa Abrao e seus descendentes, e proteje e livra em todas as circunstncias o povo agora chamado I srael. Esse Deus comunica-se com o povo alternadamente emanando ordens, fazendo promessas e dando orientao, Ele trabalha para tirar o pecado que atribula toda a raa humana. Esse Deus no tem qualquer comeo, rival, limites de tempo ou espao, falha moral, ou interesses ocultos [13]
Deus Criador: Em Gnesis no difcil falar em um Deus Criador: No princpio criou Deus os cus e a terra. O relato da criao em Gnesis realizado em duas etapas para ressaltar a Pessoa do Criador: Enquanto o primeiro relato aponta para um fato (h um Criador de todas as coisas) o segundo relato mais especfico sobre a criao do homem apresenta o Criador como zeloso, atencioso e relacional. Essa descrio de Deus certamente uma demonstrao do Seu poder e de Seu cuidado graciosos. Entretanto, vlido dizer que a descrio da criao demonstra a ordem e a dignidade dela. Enquanto outras histrias da criao tendem a tratar a raa humana como fonte de irritao para o panteo e o mundo criado como alo que os deuses no pensaram inicialmente, Gnesis 1.1-2.3 apresenta a ordem criada como resultado da atividade intencional da parte do Deus nico[14]. A unicidade de Deus nos primeiros versos de Gnesis tambm so tambm uma descrio de contraste entre YAHWEH, o verdadeiro Deus e os deuses pagos. At por que, a descrio de Deus como Criador auto-existente, solitrio e auto-suficiente difere gritantemente de outros relatos antigos da criao. Falando sobre a multiplicidade de deuses do paganismo, LaSor, Hubbard e Bush afirmam que para eles a variedade de foras personificava- se em deuses. Assim, uma divindade era multipessoal, em geral ordenada e equilibrada, mas s vezes caprichosa, instvel e temerria. O texto de Gnesis 1 combate tal concepco de divindade. Ela retrata a natureza surgindo de uma simples ordem de Deus, o que anterior a ela e dela independente[15]. Outro detalhe sobre a Singularidade de Deus como Criador estampado no uso do termo hebraico br, que descreve sua ao como trazendo a criao do nada (ex nihilo[16]). Em Gn.1.1 no h qualquer indicao de matria pr- existente que Deus teria formado, antes afirma que Deus criou, (br) sem nenhum esforo, todo o universo e tudo o que nele h[17]. Assim, o termo hebraico br, criar, uma palavra chave, sendo empregada seis ou sete vezes no relato da criao. Essa palavra tem Deus como seu nico sujeito no Antigo Testamento, e no se fez nenhuma meno do material a partir do qual se cria algum objeto. Ela descreve um modo de agir que no possui analogia humana. S Deus cria, assim como s Deus salva[18] Deus Soberano: Sidlow Baxter quando comenta sobre Gnesis diz: Pelo fato de ter sido colocado logo no incio dos 66 livros, Gnesis nos faz dobrar os joelhos em obedincia reverente diante de Deus, por exibir perante os nossos olhos, e trovejar em nossos ouvidos, aquela verdade que deve ser aprendida antes de todas as outras em nosso trato com Deus, em nossa interpretao da histria e em nosso estudo da revelao divina, a saber A SOBERANIA DIVINA[19]. A soberania de Deus observada em quase todos os eventos apresentados nesse livro: Ele o Criador Soberano, o Juiz soberano sobre o pecado do homem, na punio de Caim, no Dilvio, em Babel. Ele o Soberano na separao e eleio de Abrao como herdeiro das promessas. No havia qualquer caracterstica em Abrao digna da ateno de Deus, mas em Sua Soberania Deus o separa para dele fazer uma grande nao. O Senhor escolhe a Abro da mesma maneira como decide criar os cus e a terra, ou seja, a partir da liberdade absoluta resultante de ele ser o Deus nico, todo- suficiente e independente[20]. Toda a histria dos patriarcas uma demonstrao da Soberania de Deus: Abrao eleito soberanamente por Deus; Isaque mantido soberanamente por Deus; Jac[21], o mais relutante de todos, demonstra a Soberania de Deus na Preservao de sua Promessa feita a Abrao e em Jos podemos observar a Soberania de Deus no controle das situaes para formar um povo Seu em meio a um tempo de crise. At mesmo na tenso entre a Soberana Vontade de Deus e da vontade rebelde de suas criaturas, o que o homem pecador tenciona para o mal, YAHWEH mais do que capaz de suplantar para Seus propsitos de bno e bem estar para o povo de Sua aliana[22]. A soberania de Deus capaz de convergir a maldade do homem para bnos para os Seus: Esse retrato vvido em Gnesis. Deus Justo: No trato com a humanidade desde a Criao, Deus demonstra sua habilidade para exercer sua Justia. Na retribuio justa de Gn.3 vemos que Deus severo no trato com o pecado e na imposio das punies para cada um dos participantes da rebelio contra Ele no den. Entretanto, importante lembrar que quando Sua bondade original foi desprezada no jardim do den em troca da independncia que as criaturas queriam Dele, foi Deus quem tomou a iniciativa de buscar o homem (3.8, 9), de prometer a vitria definitiva sobre a serpente pela semente da mulher (3.15) e remediar a nudez e a vergonha do primeiro casal[23]. No exerccio de sua Justa punio, Deus no deixou de manifestar sua Graa Salvadora: O maior prejudicado na queda foi o prprio Deus, pois Ele mesmo assume as piores conseqncias da Queda e doa-se em amor ao mundo. Da mesma forma o dilvio revela Sua Justa retribuio inteno do homem em contraposio Lei Divina. Em sua Justa Soberania, Deus estabelece o juzo da rebeldia dos homens e os sentencia morte no Dilvio. Entretanto, temos que lembrar que Ele mesmo ofereceu 120 anos para o arrependimento dos seres humanos em demonstrao de que age com pacincia. Isso sem contar que Deus havia deixado um modo para que os homens pudessem ser libertos dessa punio, pela f na instruo que havia dado a No (Hb.11.7). Assim, tanto a Pacincia quanto Graa so observadas no exerccio da Justia de Deus[24]. Deve ser por isso que Ralph Smith diz: Trs coisas so essenciais a um bom juiz: autoridade e soberania; decises justas e imparciais; e a capacidade de perceber e interpretar corretamente todas as evidncias. Jav tem as trs qualidades[25]. Por isso, a justia de YAHWEH reflete-se no tanto em declaraes sobre Seu carter quanto nos meios simples e diretos pelos quais Ele julga a falta de conformidade do homem com o padro de conduta prescrito pelo Criador[26].
Deus Gracioso: Pelo contrrio, ele opera exclusivamente em benefcio do mundo que no tem inteno alguma de fazer o que certo. Neste caso a eleio demonstra a misericordiosa bondade de Deus com o mundo[27]. Por que Deus no opera sua disciplina para com Jac, que demonstra em sua histria no manter uma padro de conduta em nada parecido com o do seu pai? O fato mais consolador que Deus no mudou seu propsito, promessa ou poder. O carter divino continua intacto, acentuando a sensao que o leitor tem de respeito e expectativa diante do futuro[28]. A graa divina seleciona este homem [Jac] terrivelmente imperfeito, no por causa de mrito algum de sua parte. O amor determina a deciso, e esse amor to grande por Jac quanto por Abrao e Isaque, pois as promessas divinas feitas anteriormente permanecem de p[29]. A graa intensifica-se quando o pacto de YAHWEH com a humanidade se focaliza em Abrao e sua linhagem: L preservado pela graa (19.1-31), Isaque poupado pela graa (cap.22), Jac escolhido por graa (25.19-23; cf. Rm.9.11, 12), assim como toda a famlia patriarcal libertada da corrupo e miscigenao em Cana pela proviso graciosa que YAHWEH lhes faz de Jos como vice-regente do Egito (caps.37-50)[30]
Deus nico: Em oposio ao conceito do Oriente Mdio Antigo, Gnesis apresenta um Deus que nico, nenhuma outra divindade questiona o direito divino de criar; nenhuma outra divindade ajuda Deus a criar nem se ope sua atividade criadora. Desde o princpio, ou desde a origem do tempo e da histria, s Deus existe ou age[31]. A idia da unicidade de Deus no Antigo Testamento singular e significativa. Enquanto outros povos antigos achacam que seus deuses eram muitos, cada um tendo sua prpria esfera de influncia e responsabilidade, o Israel antigo entendia que seu Deus era um (indivisivo), como todos os atributos e poderes da divindade em si mesmo, governando todas as esferas da existncia[32] A singularidade de YAHWEH aparece em cores ainda mais brilhantes no fato de que Ele um Deus que, apesar de transcendente e todo-poderoso, busca um relacionamento com Suas criaturas e a elas Se revela. Ele estabelece alianas (cf. 9.8-17; 15.9-21; 17.1-27) e garante seu cumprimento ao prover e proteger milagrosamente a semente que havia prometido (18.13- 15; 22.15-18; 25.21)[33]
[1] O termo grego pode tambm indicar vir a existir (Gn.40.20), nascimento(Mt.1.18), existncia (Tg.1.23), vida e experincia humana (Tg.3.6), histria de vida (Gn.2.3; 5.1 histria da origem), linhagem, descendncia (Mt.1.18). [2] A Septuaginta tambm apresentada como LXX, em funo de ser essa a representao grfica de 70 em algarismos romanos. [3] LASOR, Willian, HUBBARD, David, BUSH, Frederic, Introduo ao Antigo Testamento. pp.16. [4] A autoria do livro de Gnesis e de todo o Pentateuco tem sido largamente discutida. Jean Astruc (sec. 18) chegou a apontar para duas formas documentais que poderiam ter resultado na produo do texto que dispomos. Ele denominou as fontes como J (Javista) e E (Elohista) em funo do uso de palavras para se referir a Deus. K.H. Graf, em uma adaptao ampliada da teoria de Astruc, props uma Teoria Documental em 1866 que alm de J e E, identificou as fonte D (Deuteronomista) e P(Sacerdotal proveniente do alemo priesterlich). Entretanto, essa teoria s tornou-se popular quando Wellhausen em 1876 combinou a teoria documentria com uma viso evolucionista da religio de Israel. (COP, FDAT, pp21-22). Reaes a essa proposio de Wellhausen foram feitas por liberais e conservadores e aos poucos sua teoria tornou-se menos influente no mundo acadmico. O leitor far bem se ler sobre o assunto o artigo Autoria do Pentateuco no livro Merece confiana o Antigo Testamento onde o autor trata com detalhes da refutao da teoria (pp.113-118). [5] Wellhausen teria proposto que o Pentateuco como um todo seria fruto do perodo do exlio ou ps-exlico (Introduo ao AT, pp.7). Entretanto, uma vez que os livros exlicos e ps-exlicos citam o Pentateuco, com indicaes da autoria Mosaica, a teoria de Wellhausen fica em descrdito. Ou seja, para que sua teoria tenha validade o Velho Testamento precisa ser reestruturado, passo que os liberais j deram a muito tempo. [9] vlido demosntra que em Gnesis Moiss usa tl e dt 13x (Gn.2.4; 5.1; 6.9; 10.1, 32; 11.10, 27; 25.12, 13, 19; 36.1; 36.9; 37.2). O agrupamento estrutural desses usos tem sido diferentes em diferentes autores. Antigo Testamento. pp.24 [16] A expresso latina ex nihilo encontrada em alguns materiais teolgicos sobre a Criao provavelmente proveniente da Vulgata. Em 2Mc.7.28 lemos: peto nate aspicias in caelum et terram et ad omnia quae in eis sunt et intellegas quia ex nihilofecit illa Deus et hominum genus (Eu te suplico, meu filho, contempla o cu e a terra e observa o que nele existe. Reconhece que no foi de coisas existentes que Deus os fez, e que tambm o gnero humano surgiu da mesma forma. BJ). Sobre o uso de br considere alguns usos que descrevem o incio de algo novo (cf. Is.41.20; 48.6, 7; 65.17) como um paralelo do conceito criativo ex nihilo. Lembre-se tambm dos usos que descrevem o sentido de trazer existncia (Is.43.1; Ez.21.30; 28.13, 15) como exemplificao da origem ex nihilo de uma ao divina.