Ataque Químico
Ataque Químico
Ataque Químico
Introduo
Este relatrio trata do preparo metalogrfico, para a anlise ptica de
amostras metlicas, visualizando sua microestrutura, na qual podemos definir
as suas respectivas fases. Com a comparao atravs de normas podemos
ainda classificar os tipos de grafitas no caso dos ferros fundidos cinzentos, bem
como definir tamanho de gros para o ao SAE 1020 e tamanhos da grafita
para o ferro fundido nodular.
2. Procedimento Experimental
2.1. Corte
Os corpos-de-prova foram seccionados com discos de Carbeto de Silcio
(SiC), em uma cortadeira eltrica da marca DISCOTON-2, com dimenses de
corte de aproximadamente de 12 mm, tendo os formatos circulares,
retangulares e quadradas, a fim de facilitar sua identificao.
2.2. Embutimento
Foi utilizado o processo de embutimento quente, na prensa mecnica
LaboPress-1, utilizando resina fenlica do tipo multifast, tambm conhecida
como baquelite. A presso aplicada foi de 15 kN por um perodo de 5 minutos e
posteriormente resfriado em gua por 5 minutos. Diferentes coloraes foram
utilizadas, para juntamente com os formatos de cortes diferentes, auxiliar na
identificao.
2.3. Lixamento
Nesta etapa lixas de Carbeto de Silcio (SiC) foram utilizadas, por terem
uma boa resistncia ao desgaste e no formar ondulaes quando na
utilizao de gua. As seguintes seqncias de lixas foram utilizadas: #320,
#500, #800 e #1000, sendo que esta numerao corresponde quantidade de
partculas por inch
2
, sendo assim quanto maior for a numerao mais fino ser
os riscos de corte.
Durante o lixamento as amostras ao serem trocadas de lixas foram
lavadas em gua corrente e rotacionadas a 90, conforme a figura 01.
Figura 01: Orientao de rotao para o lixamento.
2.4. Polimento
Politrizes rotativas LaboPol-21 da marca Struers foram utilizadas para
realizar o polimento e utilizou-se como abrasivo polidor a alumina (Al
2
O
3
), com
granulometria de 1m e pano de feltro VELTEX da marca BUEHLER. Durante
este processo as amostras sofreram movimentos circulares com sentido
contrrio ao sentido de rotao do disco, a fim de evitar alguns aspectos
inconvenientes conhecidos como rabos de cometa, ficando as amostras em um
tempo necessrio para eliminar completamente os riscos da superfcie.
2.5. Ataque Qumico
Tanto para os aos ao carbono, como para os ferros fundidos, o Nital,
cuja composio corresponde a 98% de cido ntrico e 2% de lcool etlico, foi
o utilizado.
O ataque feito por imerso da amostra em um recipiente (relgio de vidro)
com o reagente, durante um perodo necessrio para que ocorra a revelao
da microestrutura do material, este tempo de contato dever ser o suficiente
para que o aspecto brilhante desaparea, ou seja, que a amostra fique fosca,
sem que prevalea o ataque excessivo (queima), o qual exigir um novo
polimento
2.6. Anlise ptica
As micrografias foram geradas em um microscpio ptico, com o auxlio
do analisador de imagens OMNIMET, da empresa BUEHLER, utilizando-se as
objetivas com ampliaes de 50x, 100x, 200x, 500x e 2500x.
3. Resultados e Discusso
A seguir so apresentadas as micrografias obtidas para cada material.
3.1 Ao 1020:
Figura 01: Micrografia SAE 1020. Ampliao 50x.
Figura 02: Micrografia SAE 1020. Ampliao 100x.
Figura 03: Microestrutura SAE 1020. Ampliao 200x.
Figura 04: Micrografia SAE 1020. Ampliao 500x.
Nos aos SAE 1020, podemos observar as fases (Ferrita e Perlita), presentes
neste material, bem como os contornos de gros.
Tamanho dos gros ao 1020:
25,19 20,51 23,13 25,26 23,38 26,92 32,84 21,72 24,40 30,94
28,19 44,15 23,05 28,77 22,20 29,22 24,63 26,02 32,03 33,53
Tamanho mdio: 27,30 m
Desvio padro: 5,50
3.2 Ao 1045:
Ferrita
Perlita
Figura 05: Micrografia SAE 1045. Ampliao 50x.
Figura 06: Micrografia SAE 1045. Ampliao 100x.
Figura 07: Micrografia SAE 1045. Ampliao 200x.
Figura 08: Micrografia SAE 1045. Ampliao 2500x.
Nos aos SAE 1045, podemos observar as fases (Ferrita + Perlita), presentes
neste material.
3.3 Ao 1060:
Figura 09: Micrografia SAE 1060. Ampliao 50x.
Figura 10: Micrografia SAE 1060. Ampliao 100x.
Figura 11: Micrografia SAE 1060. Ampliao 200x.
Figura 12: Micrografia SAE 1060. Ampliao 2500x.
No ao SAE 1060, podemos observar o aumento de carbono em relao s
outras duas amostras, este ao possui 0,6% de carbono.
3.4 Ferro fundido (cinzento):
Figura 13: Micrografia FoFo Cinzento. Ampliao 50x.
Figura 14: Micrografia FoFo Cinzento. Ampliao 100x.
Figura 15: Micrografia FoFo Cinzento. Ampliao 200x. Sem Ataque.
Figura 16: Micrografia FoFo Cinzento. Ampliao 50x. Com Ataque.
Figura 17: Micrografia FoFo Cinzento. Ampliao 100x. Com Ataque.
Figura 18: Micrografia FoFo Cinzento. Ampliao 200x. Com Ataque.
Figura 19: Micrografia FoFo Cinzento. Ampliao 2500x. Com Ataque.
Para o ferro fundido cinzento, pode-se classificar a sua grafita sendo do tipo B,
em comparao com a norma ASTM-A247, na qual apresenta veios com
disposio radial em torno de ncleos com aspecto euttico. Este material
apresenta ainda uma matriz perltica.
3.5 Ferro fundido (vermicular):
Figura 20: Micrografia FoFo Vermicular. Ampliao 50x. Sem Ataque.
Figura 21: Micrografia FoFo Vermicular. Ampliao 100x. Sem Ataque.
Figura 22: Micrografia FoFo Vermicular. Ampliao 200x. Sem Ataque.
Figura 23: Micrografia FoFo Vermicular. Ampliao 50x. Com Ataque.
Figura 24: Micrografia FoFo Vermicular. Ampliao 100x. Com Ataque.
Figura 25: Micrografia FoFo Vermicular. Ampliao 200x. Com Ataque.
Figura 26: Micrografia FoFo Vermicular. Ampliao 2500x. Com Ataque.
Para o ferro fundido vermicular pode-se classificar a forma da grafita como
compacta. Esse material apresenta uma matriz de ferrita.
3.6 Ferro fundido (nodular):
Figura 27: Micrografia FoFo Nodular. Ampliao 50x. Sem Ataque.
Figura 28: Micrografia FoFo Nodular. Ampliao 100x. Sem Ataque.
Figura 29: Micrografia FoFo Nodular. Ampliao 200x. Sem Ataque.
Figura 30: Micrografia FoFo Nodular. Ampliao 50x. Com Ataque.
Figura 31: Micrografia FoFo Nodular. Ampliao 100x. Com Ataque.
Figura 32: Micrografia FoFo Nodular. Ampliao 50x. Com Ataque.
Figura 33: Micrografia FoFo Nodular. Ampliao 2500x. Com Ataque.
Para o ferro fundido Nodular, cuja sua matriz do tipo ferrtica, pode-se
classificar sua grafita sendo, tamanho 6, em comparao com a norma ASTM-
A247, na qual apresenta em media 890 ndulos por mm.
4. Concluso
Com base nos resultados apresentados, as principais concluses do presente
trabalho so as seguintes:
1) Atravs da analise metalogrfica possvel determinar a classificao
dos aos e sua composio fsica, qumica e mecnica.
2) Os aos estudados foram classificados de acordo com suas normas
mostrando-se compatvel com as mesmas.
3) Os ferros fundidos apresentam diferentes formas de grafita, essa
diferena determina a sua caracterstica principal e a sua ideal
aplicao.
5. Referncias
SILVA, Ubiraja Marques de Carvalho e. Tcnicas e procedimentos na
metalografia prtica: preparao de corpos de prova para exames
metalogrficos. So Bernardo do Campo: I Rossi, 1978.
COLPAERT, Hubertus. Metalografia dos produtos siderrgicos comuns. 4
edio So Paulo: Edgard Blucher, 2008.