Trabalho Trefilação

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TRABALHO – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: TREFILAÇÃO

INTRODUÇÃO: O que é e como funciona?


A trefilação é uma operação na qual uma seção transversal de uma barra, vara
ou arame é reduzida, puxando-a através da abertura de uma matriz. As características
gerais dos processos são similares àquelas de extrusão. A diferença é que, na
trefilação, o metal é puxado através da matriz, enquanto é empurrado através da
matriz na extrusão.
Embora a presença de tensões de tração seja clara na trefilação, a compressão
também exerce papel fundamental, visto que o metal é comprimento à medida que
passa pela abertura da matriz. Por essa razão, a deformação que ocorre na trefilação
é, às vezes, denominada compressão indireta. Segue abaixo um esquema de
trefilação de barra, vara ou arame.

Figura 1 – Desenho esquemático da trefilação.

Assim como no processo de extrusão, a matriz pode ter diferentes moldes com
medidas variáveis. No processo de trefilação para arames, normalmente, o projeto
dos equipamentos é elaborado para grandes rolos de arame. Nesse processo, a
trefilação ocorre de forma contínua, por isso também recebe o nome de trefilação
contínua.
Além disso, sabia que a matriz é chamada de fieira. Sempre associe a
Trefilação (ou Trefilamento, como parte da doutrina costuma chamar) como um
processo que usa tensão de tração que irá "puxar" o material pela parte externa matriz
e formar fios, arames, barras ou tubos finos.
EQUIPAMENTOS
A trefilação de barras é realizada em uma máquina chamada de bancada de
trefilação, que consiste em uma mesa de entrada, uma cadeira de trefilação ( a qual
contém a matriz de trefilação ou fieira), um carro e um prateleira de saída de material.
Um exemplo de layout é mostrado na figura abaixo:

Figura 2 – Bancada de trefilação de barras operada hidraulicamente.

Existem basicamente dois tipos de máquinas de trefilar sem deslizamento e


com deslizamento. Abaixo segue os dois diferentes tipos explicitados:
• Máquina de trefilar sem deslizamento: contém um sistema de tração do fio, a
fim de conduzi-lo por meio do furo da fieira, constituído por um anel tirante que, em
um primeiro momento, acumula o fio trefilado e depois permite seu movimento em
direção de uma segunda fieira. Essa lógica se mantém para múltiplos e contínuos
sistemas de trefilação com diversas fieiras na mesma máquina;

• Máquinas de trefilar com deslizamento: são indicadas para a trefilação de fios


metálicos de pequenos diâmetros. Nessas máquinas, os fios partem de uma bobina
e passam por uma roldana até a primeira fieira. Depois, na saída, temos um anel
tirante no qual o fio dá certo número de voltas alinhando o fio com a primeira fieira e
no fim da hélice formada com a segunda fieira.
Segue abaixo um desenho esquemático dos dois diferentes tipos de sistema:
Figura 3 – Desenho esquemático da trefilação.

TREFILAÇÃO DE ARAMES
A trefilação de arames é conduzida em máquinas de trefilação contínuas
compostas de múltiplas matrizes, separadas por tambores acumuladores entre
fieiras como representado na figura abaixo:

Figura 4 – Trefilação contínua de arames.

Cada tambor, chamado de cabestrante, é um motor de acionamento para


fornecer a força adequada de puxada para trefilar o metal de atrame através da fieira
a montante. Este elemento também de como o objetivo de manter a tensão baixas no
arame enquanto este avança para a próxima fieira em série. Cada fieira fornece certa
quantidade de redução ao arame, de modo que a redução total seja obtida pelo
conjunto das fieiras em série. Dependendo do material a ser processado e da redução
total, o recozimento do arame é, as vezes, necessário entre os grupos de fieiras em
série.
EXEMPLOS
Há inúmeros exemplos quanto ao uso de materiais que sofreram o processo
de manufatura de trefilação. Algum deles podemos citar os cabos de aço, corda de
instrumentos musicais, molas, arames entre diversos outros como mostrado na
figura abaixo:

Outro uso bastante comum é a utilização em condutores elétricos. Fazendo com que
seja notório que a ductibilidade é uma propriedade fundamental para que o material
possa ser submetido a tais esforços.
BIBLIOGRAFIA
GROOVEWR, Mikell P. Introdução aos Processos de Fabricação. ISBN
8521625197 9788521625193, p.758.
DIETER, G.E. Mechanical metallurgy, 1988, SI metric edition, McGraw-Hill, ISBN 0-
07-100406-8.
EDWARDS, L. and Endean, M., Manufacturing with materials, 1990, Butterworth
Heinemann, ISBN: 0-7506-2754-9.
BEDDOES, J. and Bibbly M.J., Principles of metal manufacturing process, 1999,
Arnold, ISBN: 0-470-35241-8.

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