Biogeografia I Aula 9

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Aula

BIODIVERSIDADE E CONSERVAO

META
Apresentar o conceito de biodiversidade; conhecer os mtodos para medir diversidade alfa; e conhecer os mtodos para medir diversidade beta.

OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno dever: conhecer do conceito e a importncia da biodiversidade, apresentao das tcnicas de amostragem dos diferentes grupos biolgicos, apresentao dos diferentes ndices de diversidade alfa e beta.

(Fonte: http://centrodeestudosambientais.files.wordpress.com).

Biogeografia I

INTRODUO
Qualquer estratgia de proteo ao meio natural tem que assegurar a conservao da biodiversidade. O conjunto dos seres vivos que habitam num pas constitui um patrimnio insubstituvel por que cada espcie, inclusive a populao, alberga em seu genoma a informao de milhes de anos de adaptaes evolutivas. Os benefcios atuais que a funo destas espcies proporciona so relativamente desconhecidos, assim como as potencialidades futuras desta enorme fonte de informao. Hoje sabemos que as populaes e espcies esto desaparecendo devido a perturbaes exercidas sobre o meio pelas atividades humanas, desmatamentos, queimadas, criao de gado, a conservao da biodiversidade ser o maior desafio ambiental da humanidade pelos prximos anos. Neste cenrio de risco evidente da perda da diversidade biolgica que as atividades humanas esto produzindo e o propsito essencial das reas de reserva naturais deve ser a proteo da biodiversidade. Entretanto, tanto para decidir onde devemos situar nossas reservas como para vigiar seu estado de sade, preciso que possuamos ferramentas fiveis capazes de medir sua variao no espao e no tempo. Desta forma surgem os ndices de diversidade, para auxiliar a entender a dinmica das comunidades e fornecer informao para a proteo dos ecossistemas.

Conservao da mata atlntica (Fonte: http://www.ra-bugio.org.br)

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CONCEITO DE BIODIVERSIDADE
O termo biodiversidade se origina aos finais dos 80 e significa a diversidade ou variedade biolgica. A diversidade biolgica atual o resultado de um complexo e exclusivo processo evolutivo que transcende no eixo central do estudo geral da Ecologia. O estudo da diversidade tem proporcionado uma srie de ferramentas de medio com utilidades na anlise da biodiversidade, mas, a medio da biodiversidade uma tarefa que apresenta uma problemtica prpria e precisa de ferramentas novas capazes de medir a variao de atributos biolgicos a uma escala espacial na qual as interaes ecolgicas relacionadas com a diversidade tem pouca importncia. A cincia da biogeografia tem muito que aportar neste campo, mas, provavelmente, o estudo da biodiversidade requer uma aproximao flexvel capaz de combinar e relacionar conhecimentos de disciplinas que algumas vezes discernem como a Sistemtica, a Biogeografia e a Ecologia. A biodiversidade ou diversidade biolgica definida como a variao entre os organismos vivos de todas as fontes, incluem, organismos terrestres, marinhos e de outros ecossistemas aquticos, assim como os complexos ecolgicos dos que fazem parte, isto inclui a diversidade dentro das espcies, entre espcies e de ecossistemas (UNEP, 1992). O termo compreende, por tanto, diferentes escalas biolgicas (Figura 1): desde a variabilidade no contedo gentico dos indivduos e as populaes, o conjunto de espcies que integram grupos funcionais e comunidades completas, at o conjunto de comunidades duma paisagem ou regio.

Figura 1. Diferentes nveis de biodiversidade.

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Atualmente, o significado e a importncia da biodiversidade no ficam em dvida e tem se desenvolvido uma grande quantidade de parmetros para sua medio como um indicador do estado dos sistemas ecolgicos, com aplicabilidade prtica para fins de conservao, manejo e monitoramento ambiental. O nmero de espcies a medida mais freqentemente utilizada, por diferentes razes: - A riqueza de espcies reflete distintos aspectos da biodiversidade. - A pesar de existir muitas aproximaes para definir o conceito de espcie (discutido na aula 2), seu significado amplamente entendido. - Pelo menos para certos grupos, as espcies so facilmente detectveis e quantificveis. - Mesmo o conhecimento taxonmico no completo (especialmente para grupos como os fungos, insetos e outros invertebrados em zonas tropicais) existem muitos dados disponveis sobre nmeros de espcies.

MTODOS PARA MEDIR A DIVERSIDADE


Os estudos sobre a medida da biodiversidade tm como foco central a procura de parmetros sua caracterizao como uma propriedade emergente das comunidades ecolgicas. Contudo, as comunidades no esto isoladas em um entorno neutro. Em cada unidade geogrfica, em cada paisagem, se encontra um nmero varivel de comunidades. Assim, para compreender as mudanas da biodiversidade com relao estrutura da paisagem, a separao dos componentes alfa, beta e gamma podem ser de grande utilidade, principalmente para medir e monitorar os efeitos das atividades humanas. A diversidade alfa a riqueza de espcies de uma comunidade particular considerada homognea, a diversidade beta o grau de mudana na composio de espcies entre diferentes comunidades numa paisagem, e a diversidade gamma a riqueza de espcies do conjunto de comunidades que integram uma paisagem, resultante das diversidades alfa como das diversidades beta. Esta forma de analisar a biodiversidade muito conveniente no contexto atual diante a acelerada transformao dos ecossistemas naturais, porque uma simples lista de espcies para uma regio no suficiente. Para monitorar o efeito das mudanas no ambiente preciso contar com informao da diversidade biolgica nas comunidades naturais e modificadas (diversidade alfa) e tambm a taxa de mudana na biodiversidade entre diferentes comunidades (diversidade beta), para conhecer a contribuio ao nvel regional (di-

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versidade gamma) e poder desenhar estratgias para a conservao e levar a cabo aes concretas a escala local. conveniente ressaltar a importncia que a coleta de dados seja baseada num desenho experimental apropriado. Precisa de replicas de cada amostra para poder acompanhar o valor do ndice com o valor de alguma medida de disperso dos dados (varincia, desvio patro ou coeficiente de variao), ou estimar o valor mnimo e mximo hipotticos do ndice baixo as condies de amostragem. Um aspecto crtico do analise ter certeza das rplicas esteja apropriadamente dispersas (no espao ou no tempo) de acordo com a hiptese que est sendo testada. Assim evitara cometer o erro de pseudo-reaplicao, que implica a prova do efeito de algum tratamento com um trmino de erro inapropriado. Nos anlises de diversidade, isso pode acontecer pelo espao fsico real sobre o qual so tomadas as amostras, ou que as medies so pequenas, ou seja, so restritas a um espao menor ao inferencial implcito na hiptese.

TCNICAS DE AMOSTRAGEM DOS GRUPOS BIOLGICOS


Como foi falado acima, o desenho experimental tem que ser apropriado no espao e no tempo, dependendo do objeto de estudo, assim para cada grupo biolgico existe diferentes tcnicas de amostragem, a seleo da tcnica depender do objetivo de estudo e a hiptese, a continuao descreveremos alguns dos mais usados pelos pesquisadores. Para quem trabalha com vegetao (botnico), existe a possibilidade de definir quadrantes de tamanho varivel, podem ser de 20 x 20 m, 15 x 15 m ou 1 x 1 m, depender se quer medir a diversidade de rvores, arbustos ou pastos (figura 2), ou seja, ou tamanho do quadrante esta relacionado com a forFigura 2. Quadrantes de diferentes medidas para amostragem de rvores, ma de vida da planta. arbustos ou pastos.
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Para que trabalha com aves (ornitlogo), pode utilizar pontos de amostragem, propostos por Hutto (1986), onde se contam todas as aves observadas e escutadas num circulo imaginrio com um radio de 25 metros para reas fechadas (mata atlntica, floresta amaznica) e 50 metros para reas abertas (restinga, dunas costeiras), o tempo de amostragem de 10 minutos em cada ponto e a distancia entre eles so 250 metros (figura 3). Pelo geral os censos so realizados durante as primeiras horas do dia, que o perodo de maior atividade das aves. Para observar as aves, o ornitlogo utiliza binculos, e guias especializadas para identificao de aves.

Figura 3. Pontos de amostragem para censos de aves.

Tambm pode ser utilizadas redes de neblina, (figura 4) esta metodologia permite capturar as aves, pelo que alem dos dados de presena e ausncia para estimar a diversidade, podem obter informaes demogrficas da populao (relacionar o nmero de machos e fmeas, o nmero de juvenis e adultos). Tambm pode marcar as aves usando anilhas (coloridas ou de alumnio), o que permitira estimar as movimentaes ou migraes das espcies

Figura 4. Ave capturada em rede de neblina.

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Figura 5 e 6. Armadilhas tipo Sherman e Tomahawk para captura de mamferos (Fonte: http://www.westeves.com.br e http://www.ipecpesquisas.org.br).

Para coletar insetos existe uma ampla variedade de metodologias, uma das mais usadas so as armadilhas tipo Pitfall ou de queda. Esta serve para captura de aracndeos terrestres, principalmente forrageadores ativos, as armadilhas so colocadas no cho (figura 7), e deixadas de um dia para outro, podem ser usados simples copos descartveis, com lcool e um pouco de sabo para os insetos no subir pelas paredes.

Figura 7. Armadilha de queda para coleta de insetos(Fonte: http://www.inhs.uiuc.edu).

A DIVERSIDADE ALFA
A maioria dos mtodos propostos para avaliar a diversidade de espcies se refere diversidade dentro das comunidades (alfa). Para diferencias os distintos mtodos em funo das variveis biolgicas que medem, so divididos em dois grandes grupos:

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Mtodos baseados na quantificao do numero de espcies presentes (riqueza especifica), por exemplo, o ndice de Margalef, Jacknife de primeira e segunda ordem. Mtodos baseados na estrutura da comunidade, ou seja, na distribuio proporcional do valor da importncia de cada espcie (abundancia relativa dos indivduos, sua biomasa, cobertura, produtividade). Os mtodos baseados na estrutura podem dividir-se nos baseados na dominncia (ndice de Simpson, Serie de Hill, McIntosh) e na equitatividade da comunidade (ShannonWiener, Pielou, Brillouin).

A DIVERSIDADE BETA
A diversidade beta definida como a diversidade entre habitat, o grau de mudana de espcies ou mudana bitica atravs de gradientes ambientais. Expressa o grau em que duas amostras so semelhantes pelas espcies presentes nas reas comparadas. Os valores pelo geral vo de zero a um, quanto mais prximo de 1 significa que as reas comparadas compartilham mais espcies. Temos dois grupos de ndices de acordo com a forma de obter os dados: ndices baseados em dados qualitativos. Baseados em dados de presena e ausncia dentro das reas amostradas (Jaccard, Sorensen, Braun-Blanquet). ndices baseados em dados quantitativos: tomam em conta as abundncias proporcionais das espcies (Morisita-Horn).

CALCULANDO OS NDICES
Agora vamos calcular alguns ndices de diversidade alfa e beta para por em pratica os conhecimentos desta aula. Em este exemplo temos que medir a diversidade alfa dum fragmento florestal de Mata Atlntica (figura 8), utilizando um quadrante de 15 x 15 metros, encontramos as seguintes espcies de arvores.

Figura 8. Quadrante hipottico dum fragmento de mata atlntica.

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O primeiro passo ser contar o nmero de espcies e de indivduos, assim podermos classificar as espcies de acordo com a figura 9 e ter o seguinte resultado.

Figura 9. Classificao das espcies e indivduos do exemplo de fragmento de mata atlntica.

O seguinte passo ser decidir qual ndice utilizar, neste caso utilizar o ndice de Margalef, baseado na riqueza especifica, e calculado mediante a seguinte formula:

Onde: S = nmero de espcies N = nmero total de indivduos ln = log natural Substituindo com os valores da figura 9 teremos: DMG = 5 espcies -1/ln19 indivduos Como resultado final obtm que D MG = 1,36 Agora faremos outro exemplo para um fragmento florestal dum Brejo de altitude, utilizando um quadrante de 15 x 15 metros encontraram as seguintes espcies (figura 10):

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Figura 10. Quadrante hipottico dum Brejo de altitude.

Utilizando a mesma classificao das espcies do exemplo de acima, podemos contar o nmero de espcies e indivduos, e obtemos o seguinte resultado (figura 11).

Figura 11. Classificao das espcies e indivduos do exemplo do Brejo de Altitude.

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Neste exemplo utilizaremos tambm o ndice de Margalef, assim que substituindo a formula com os valores obtidos na figura 11 ficar: DMG= 4 espcies -1/ln19 indivduos, tendo como resultado final DMG = 1,02. Para poder comparar estes dois fragmentos utilizar um ndice de diversidade beta, assim poderemos saber a similaridade entre o fragmento da mata atlntica e o brejo de altitude a partir das espcies de arvores compartilhadas. Neste exerccio utilizaremos o ndice de Sorensen, classificado como ndice de similitude qualitativo, ao usar somente dados de presenaausncia das espcies, para calcular utilizar seguinte formula:

Onde: j = nmero de espcies encontradas em ambos os lugares a = nmero de espcies encontradas na regio A b = nmero de espcies encontradas na regio B Substituindo na formula os valores de nosso exemplo da Mata Atlntica e o Brejo de Altitude, teremos: C S= 2 X 4/ 5 + 4, obtendo como resultado CS= 0,88. Lembrando que os valores da diversidade beta s chegam at 1 e para sua interpretao o resultado e multiplicado por 100, tendo assim em porcentagem que para nosso exemplo ser o ndice de diversidade de Sorensen 88%, interpretado que o fragmento florestal de Mata Atlntica e o fragmento do Brejo de Altitude compartilham um 88% das espcies de arvores, ou seja, so comunidades muito similares de acordo a composio das espcies de rvores.

CONCLUSO
Diante o cenrio atual de poluio, uso excessivo dos recursos naturais, expanso da fronteira agrcola em detrimento dos habitats naturais, expanso urbana e industrial, temos que conhecer nossa biodiversidade para pensar nas estratgias futuras para recuperao das reas degradadas e das espcies vegetais e animais que se encontram em extino. Uma aproximao ao conhecimento da diversidade biolgica a possibilidade de medir esta atravs dum ndice, com o qual poderemos ter uma medida para comparar reas com diferentes nveis de degradao. No se sabe quantas espcies
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Medidas de diversidade H vrias maneiras de medir a diversidade de espcies, tambm chamada de diversidade ecolgica. A mais simples a riqueza de espcies: o nmero de espcies existentes em um lugar ou em uma amostra biolgica. Outras medidas avaliam, alm do nmero de espcies, tambm a uniformidade do nmero de indivduos de cada espcie; estas medidas geralmente so chamadas de ndices de Diversidade. Nestes ndices, quanto mais parecidos os nmeros de indivduos das vrias espcies encontradas, maior a diversidade. Txon (Plural: txons ou taxa) - uma unidade de classificao em que enquadramos indivduos, ou espcies. Txons tm sempre um nome formal, em latim, e um nvel dentro de uma hierarquia de classificao que vai da espcie at o reino. Txons superiores so aqueles acima do nvel de espcie (gnero, famlia, ordem, classe etc.).

vegetais e animais existem no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhes, mas at agora os cientistas classificaram e deram nome a somente 1,5 milho de espcies. Entre os especialistas, o Brasil considerado o pas da megadiversidade: aproximadamente 20% das espcies conhecidas no mundo esto aqui. Representando assim um grande desafio para os pesquisadores a classificao, descrio e proteo destas espcies.

RESUMO
Nesta aula discutimos sobre o conceito de biodiversidade, a importncia da conservao e diferentes mtodos para sua medio. Apresentamos diferentes tcnicas de amostragem para vrios grupos biolgicos, a seleo da mesma depender do objetivo de estudo, do tempo disponvel, a quantidade de recursos humanos e econmicos e a experincia do pesquisador. Para os diferentes grupos biolgicos (aves, mamferos, anfbios, repteis, etc.) podemos utilizar qualquer ndice de diversidade dos apresentados nesta aula. Quando calcular algum pode responder duas perguntas bsicas: quantas espcies so encontradas numa rea especifica? e como a riqueza de espcies varia de um lugar para outro?. A partir destas respostas podemos ter informaes importantes para conservao de uma rea em particular, principalmente aquelas que sustentam os maiores nmeros de espcies. Foram apresentados aqui diferentes ndices alfa e beta. Para selecionar qual utilizar, temos que conhecer um pouco sobre a representatividade das amostras, o peso das espcies raras, se as amostras foram aleatrias, etc. Posteriormente ser s substituir os valores nas formulas e obter os resultados. Atualmente existem diferentes softwares que calculam ndices de diversidade (Diversidade de Espcies v2.0, BIODAP, entre outros), mais como toda ferramenta tecnolgica representa um avano admirvel, porem e importante o domnio da parte terica e conceitual para poder selecionar e interpretar o resultado destes ndices.

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ATIVIDADES
Calcule a diversidade alfa utilizando o ndice de Margalef e a diversidade beta utilizando o ndice de Sorensen para os seguintes dados:

Neste exemplo utilizamos aves como objeto de estudo, a comunidade A representa uma rea na Caatinga, a Comunidade b uma rea de Mata Atlntica e a comunidade C uma rea num Brejo de Altitude, discuta e interprete os resultados obtidos.

AUTO-AVALIAO
Discuta sobre a importncia da biodiversidade na conservao dos recursos naturais? Defina o conceito de diversidade alfa? Defina o conceito de diversidade beta? Pesquise e descreva quais so os ndices de diversidade mais utilizados pela comunidade cientifica?
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PRXIMA AULA
Na prxima aula vamos conhecer as principais estratgias de conservao dos recursos naturais, discutiremos sobre o sistema nacional de unidades de conservao e sobre os stios Ramsar.

REFERNCIAS
HUTTO, R.L., PLETSCHET, S.M. & HENDRICKS, P. 1986. A fixed-radius point count method for nonbreeding and breeding season use. Auk 103: 593-602. KREBS, C.J. Ecological Methodology. New York: Harper collins Publishers, 1989. MAGURRAN, A.F. 1988. Ecological diversity and its measurements. London, Chapman and Hall. MORENO, C.E. Mtodos para medir la biodiversidad . Saragoza: Unesco & SEA (Eds.), 2001. UNEP (1992) Convention on Biological Diversity. Secretariat of the Convention on Biological Diversity, United Nations Conference on Environment and Development (UNEP), Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 5 de Junho de 1992, http://www.biodiv.org/ convention/articles.asp

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