FACULDADE FARIAS BRITO CINCIA DA COMPUTAO

Thiago de Aquino Lima

Estudo de Caso da Viabilidade da Implantao da Tecnologia VoIP

Fortaleza - 2010 Thiago de Aquino Lima

Estudo da Viabilidade da Tecnologia VoIP no Ambiente Industrial: Estudo de Caso

Monografia apresentada para obteno dos crditos da disciplina Trabalho de Concluso do Curso da Faculdade Farias Brito, como parte das exigncias necessrias para graduao no Curso de Cincia da Computao. Orientador: Dr. Mateus Mosca

Fortaleza 2010

Estudo da Viabilidade da Tecnologia VoIP no Ambiente Industrial Estudo de Caso

Thiago de Aquino Lima

PARECER __________________

NOTA:

FINAL (0 10): _______

Data: ____/____/_________

BANCA EXAMINADORA:

___________________________________ Dr. Mateus Mosca (Orientador)

___________________________________ MSc. Murilo Ybanez (Examinador)

__________________________________ MSc. Arago (Examinador)

Agradecimentos

Primeiramente quero agradecer ao meu Deus, toda honra e gloria a Ele, pois isso s foi possvel porque ele sempre esteve comigo, em todos os momentos, desde o inicio, posso afirmar que at aqui o senhor tem me ajudado, obrigado meu Deus. Agradeo tambm a Deus pela a esposa, companheira e amiga maravilhosa que ele colocou do meu lado, que me ajudou muito para a concluso desse trabalho e que nos momentos mais difceis, esteve ali me motivando, ajudando, orando por mim para realizao desse trabalho, muito obrigado meu amor. Continuo agradecendo ao meu Deus pela rica oportunidade de ter uma famlia maravilhosa, que pra ser sincero, no tenho palavras para ela, agradeo bastante meu paizo e minha mezinha, esses dois so os caras, sempre lutaram para isso ser concretizado, me ensinou o caminho verdadeiro, sempre se sacrificou para dar uma boa educao para mim e meus irmos. Estou realizando um sonho deles, isso muito gratificante para mim, agradeo tambm muito meus irmos, perdi as contas de quantas noites perturbei os sonos deles devido ao estudo, alm de irmos, so tambm verdadeiros amigos, muito obrigado famlia, que Deus prepare um futuro brilhante para cada um de vocs e que ele realize todos os desejos do vosso corao segundo a vontade Dele, amo cada um de vocs. No posso esquecer da galera da faculdade, professores, colegas etc. Foi um prazer aprender e compartilhar conhecimentos com todos vocs, muito obrigado. Agradeo tambm e muito meu orientador, professor Mateus, obrigado pela a pacincia, pois sei que enchi seu saco, mais foi necessrio, muito obrigado por todas as dicas e conselhos, que Deus continue te abenoando, voc e sua famlia.

Resumo

Este trabalho apresenta a evoluo dos sistemas de comunicao e estuda a tecnologia VoIP abordando suas funcionalidades, cenrios de comunicao, principais protocolos,

equipamentos necessrios, vantagens e desvantagens. Neste trabalho apresentaremos um estudo da viabilidade do uso da tecnologia VoIP, isto , voz sobre IP, no ambiente industrial da empresa Marisol Indstria Txtil LTDA. O presente trabalho, prope um planejamento antes da implantao da tecnologia, seguindo determinados requisitos, realizando primeiramente um projeto piloto com o intuito de obter resultados para implantao do projeto por completo. Espera-se que o trabalho possa contribuir para empresas que possuem um ambiente parecido com o do grupo Marisol, ou seja, empresas que realizam bastantes chamadas telefnicas entre a matriz e filial e que possuam interesse em implantar a tecnologia VoIP e as funcionalidades da telefonia IP, com o objetivo de reduzir os custos em ligaes telefnicas.

Palavras Chaves: VoIP, Telefonia IP, Comunicao

SUMRIO
1 INTRODUO..................................................................................................... 11

2 EVOLUO TELEFNICA .............................................................................. 2.1 Centrais Telefnicas................................................................................... 2.2 Telefonia Digital........................................................................................ 2.3 Redes de Comunicao de Dados............................................................. 2.4 Telefonia Fixa no Mercado Atual.............................................................. 3 DEFINIO VOIP.................................................................................................. 3.1 Telefonia IP................................................................................................. 3.2 Funcionamento da Tecnologia VoIP........................................................... 3.3 VoIP de Terminal IP para Terminal IP........................................................ 3.3.1 VoIP de Terminal IP para Telefone............................................... 3.3.2 VoIP de Telefone para Telefone.................................................... 3.4 Equipamentos e Softwares VoIP................................................................. 3.5 PABX x PABX IP....................................................................................... 3.6 Principais Protocolos.................................................................................. 3.6.1 Protocolo H.323........................................................................... 3.6.2 Protocolo H.450x......................................................................... 3.6.3 Protocolo H.235........................................................................... 3.6.4 Protocolo H.255.0........................................................................ 3.6.5 Protocolo H.245........................................................................... 3.6.6 Protocolo MGCP.......................................................................... 3.6.7 Protocolo Megaco/H.248............................................................. 3.6.8 Protocolo SIP............................................................................... 3.6.9 Protocolo RTP.............................................................................. 3.6.10 Protocolo RTCP.......................................................................... 3.7 QoS.............................................................................................................. 3.7.1 Arquitetura Diffserv..................................................................... 3.8 Codecs de Voz............................................................................................ 3.9 Vantagens e Desvantagens do VoIP............................................................ 3.9.1 Vantagens..................................................................................... 6

13 18 20 21 24 26 28 29 30 31 32 33 35 39 40 41 42 42 42 42 43 43 44 45 46 48 49 50 50

3.9.2 Desvantagens............................................................................... 4 ESTUDO DE CASO................................................................................................. 4.1 Requisitos para Implantao da Tecnologia VoIP...................................... 4.1.1 Verificar Equipamentos Existentes na Rede................................ 4.1.2 Verificar Redes de Dados............................................................. 4.1.3 Fornecedor Especializado............................................................. 4.1.4 Realizar um Projeto Piloto............................................................ 4.1.5 Monitorar e Documentar Testes.................................................... 4.1.6 Retorno do Investimento.............................................................. 4.1.7 Previso de Crescimento.............................................................. 4.2 Histrico da Matriz...................................................................................... 4.3 Histrico da Filial......................................................................................... 4.4 Comunicao entre Matriz e Filial............................................................... 4.5 Estudo no Ambiente da Filial....................................................................... 4.6 Proposta....................................................................................................... 4.7 Definio do Investimento.......................................................................... 4.8 Benefcios com a Implantao..................................................................... 5 TRABALHOS FUTUROS E CONCLUSO ........................................................ 5.1 Trabalhos Futuros........................................................................................ 5.2 Concluso.................................................................................................... 6 REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS.................................................................. 7 REFERNCIAS CONSULTADAS........................................................................

51 52 52 53 53 53 54 54 54 54 55 56 58 59 62 63 64 65 65 66 68 70

Lista de Figuras
Figura 1 Alexander Graham Bell realizando testes com o telefone.......................... Figura 2 Rede de telefonia descentralizada............................................................... Figura 3 Rede de telefonia centralizada..................................................................... Figura 4 Rede de telefonia utilizando estaes de comutao.................................. Figura 5 Sinal Analgico............................................................................................ Figura 6 Sinal Digital................................................................................................. Figura 7 Central Telefnica Antiga............................................................................ Figura 8 Aparelho telefnico antigo.......................................................................... Figura 9 Rede LAN.................................................................................................... Figura 10 Rede MAN................................................................................................. Figura 11 Rede WAN................................................................................................. Figura 12 Arquitetura baseada em VoIP.................................................................... Figura 13 Comunicao de terminal IP para terminal IP........................................... Figura 14 Comunicao de voz de terminal IP para telefone.................................... Figura 15 Comunicao de voz de telefone para telefone......................................... Figura 16 Adaptador ATA.......................................................................................... Figura 17 Telefone IP................................................................................................. Figura 18 Gateway VoIP............................................................................................ Figura 19 PABX IP.................................................................................................... Figura 20 Softphone.................................................................................................. Figura 21 Arquitetura de um PABX tradicional....................................................... Figura 22 Arquitetura de um PABX IP.................................................................... Figura 23 Principais Protocolos................................................................................ Figura 24 Componentes H.323................................................................................. Figura 25 Comunicao telefnica da Matriz........................................................... Figura 26 Comunicao telefnica da filial............................................................... Figura 27 Comunicao de dados e voz entre matriz e filial..................................... Figura 28 Grfico da largura de banda da filial......................................................... Figura 29 Grfico da quantidade de ligaes da filial................................................ 14 15 15 15 17 17 18 19 21 22 22 29 30 31 33 34 34 35 35 36 37 38 40 41 55 57 58 59 60

Lista de Tabelas

Tabela 1 Comparativo entre PABX tradicional e PABX IP....................................... Tabela 2 Codecs de Voz............................................................................................. Tabela 3 Custo de ligaes da matriz......................................................................... Tabela 4 Custo de ligaes da filial............................................................................ Tabela 5 Custo com os links de dados....................................................................... Tabela 6 Setores que mais realizam chamadas para a matriz.....................................

39 50 56 57 58 41

Lista de Siglas

VoIP- Voice over IP IP- Internet Protocol PSTN- Public switched telephone network AT&T- American Telephone and Telegraph PCM- Pulse-code modulation RTPC- Rede Telefnica Publica Comutada LAN- Local Area Network MAN- Metropolitan Area Network WAN- Wide Area Network EUA- United States of America UFRJ- Universidade Federal do Rio de Janeiro DDD- Discagem Direta Distancia PABX- Private Automatic Branch Exchange TCP/IP- Transmission Control Protocol/Internet Protocol RTFC- Rede de telefonia Fixa Comutada STFC- Sistema de Telefonia Fixa Comutada ATM- Asynchronous Transfer Mode UDP- User Datagram Protocol ITU-T- International Telecommunication Union MCU- Multipoint Control Unit IETF- Internet Engineering Task Force PDA- Personal digital assistant RFC- Request for Comments SIP- Session Initiation Protocol RTP- Real Transport Protocol RTCP- Real Time Transport Control Protocol QoS- Quality of Service CODEC - COder/DECoder SLA- Service Level Agreement ROI- Return On Investment DS- Differentiated Services DDI- Discagem Direta Internacional

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1. Introduo

A capacidade de reduo de custos operacionais em uma organizao um fator (dentre outros) que pode ser utilizado na avaliao do seu desempenho. Nessa perspectiva, existe por parte das organizaes um esforo na busca por ferramentas, tanto gerenciais, quanto operacionais, que sejam capazes de aperfeioar tal prtica. Sendo a comunicao telefnica um dos itens cujo peso significativo nos custos operacionais de qualquer organizao, a utilizao de uma ferramenta adequada para reduzir tais custos assume especial importncia. Para esta realidade apresenta-se uma ferramenta que se conhece pela denominao de VoIP, sigla em lngua inglesa para Voice Over IP, que ser definida no capitulo 3.

Este trabalho composto por seis captulos, alm desta presente introduo. No captulo dois ser abordado o desenvolvimento histrico da telefonia, desde os aspectos primordiais desse ramo do conhecimento, a descrio das primeiras centrais telefnicas, o funcionamento da telefonia naquela poca utilizando essas centrais telefnicas, uma abordagem referente ao crescimento das redes de comunicao e como a telefonia se encontra atualmente, alm do custo desse servio comparado com outro pas. A definio da tecnologia VoIP o assunto do captulo trs. Ali sero apresentados os equipamentos necessrios para a implantao dessa tecnologia, os cenrios de funcionamento em que a mesma se encontra, seus principais protocolos de utilizao, conceito de telefonia IP, vantagens, desvantagens e a importncia da qualidade de servio em um ambiente VoIP.

No captulo quatro ser apresentado um estudo de caso sobre a viabilidade da implantao da tecnologia VoIP no ambiente industrial da Marisol Nordeste, principal objetivo visado neste trabalho. Inicialmente, estabelecido uma srie de requisitos levados 11

em considerao, antes de qualquer tomada de deciso para utilizao da tecnologia VoIP na Empresa. Considerou-se pertinente inserir um histrico da Marisol (matriz e filial) e qual o seu negcio, bem como detalhar aspectos da demanda por comunicao de dados e voz atualmente entre a matriz e filial. Isso resultou em um breve estudo realizado na filial, informando com est a largura de banda atualmente em horrios de pico, verificado cada equipamento de rede utilizado atualmente e quais setores mais realizam ligaes telefnicas para matriz. O intuito dessa iniciativa foi o de obter informaes para realizao da proposta que ser apresentada para a implantao da tecnologia VoIP. Este captulo se constitui no ncleo do trabalho, o estudo de caso sobre a viabilidade da utilizao de VoIP e algumas funcionalidades da telefonia IP em uma indstria txtil, como alternativa ao uso da telefonia tradicional, tem como objetivo a diminuio do custo com ligaes telefnicas.

Enfim, o captulo cinco contm concluses obtidas e sugestes para trabalhos futuros sobre esse campo do conhecimento, seguindo-se o conjunto de referncias bibliogrficas sobre o assunto.

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2. Evoluo Telefnica
Neste capitulo, ser abordada a evoluo da telefonia tradicional, oportunidade em que se mostraro marcos da sua histria, bem como aspectos da tecnologia que usada at os dias de hoje, seus principais componentes, como funcionavam as primeiras centrais telefnicas e a telefonia digital. Tambm ser abordado o crescimento das redes de comunicao no Brasil, os trs tipos de redes de computadores e como est atualmente telefonia fixa no mercado, alm de uma rpida comparao com a telefonia fixa no estrangeiro.

De certa forma, a evoluo dos sistemas de telecomunicao se confunde com a criao e evoluo do sistema telefnico. Em 1844, Samuel Morse enviou sua primeira mensagem usando seu sistema de telegrafia entre Washington e Baltimore. Aproximadamente 10 anos depois, a telegrafia j era disponvel em vrios pases como um servio para o publico em geral. Contudo, passaram-se cerca de 20 anos at que se tornasse possvel, supostamente por acaso, a converso de sinais de voz em sinais eltricos para transmisso, (COLCHER et al 2005).

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Figura 1: Alexander Graham Bell Fonte: www.cipqdt.ensino.eb.br (On-line)

Com o avano da tecnologia em comunicao, em particular a PSTN (Public Switched Telephone Network) que foi projetada com um objetivo diferente, realizar a transmisso de voz humana de uma forma reconhecvel, Tanenbaum (2003).
[M1]Da

ento no

ano de 1876 a telefonia foi patenteada por Alexander Graham Bell, proporcionando uma grande revoluo nos sistemas de comunicao em todo mundo. Governos e empresas privadas passaram a investir em telecomunicaes, proporcionando um novo ambiente para o crescimento da economia mundial. A figura acima ilustra Graham Bell realizando os primeiros testes com o novo sistema de comunicao, a telefonia.

A partir do invento de Graham Bell, ocorreu um significativo avano na tecnologia de telecomunicaes, pois no demorou muito para a inveno ter uma grande demanda, o que favoreceu o surgimento de empresas de telefonia que se especializaram em vender o servio de telefonia. Se um usurio quisesse realizar a comunicao com outro proprietrio atravs do telefone, tinha que ser conectado um fio at a residncia do mesmo. Com este modelo de comunicao, em um ano, as ruas e avenidas ficaram tomadas por fios que passavam por todos os lugares, ou seja, uma grande desorganizao. Ficou obvio que o modelo de comunicao de um telefone a outro iria gerar problemas, como mostra a figura (2). (TANENBAUM, 2003).

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Figura 2: Rede Descentralizada Fonte: Tanenbaum (2003)

Figura3: Centralizada Fonte: Tanenbaum (2003)

Figura 4: Estaes de Comutao Fonte: Tanenbaum (2003)

Naquele ambiente desfavorvel, Graham Bell fundou em 1878 a Bell Telephone Company, que abriu a sua primeira estao de comutao. Essa inovao tinha como intuito centralizar a realizao de chamadas em uma central telefnica. Na seo centrais telefnicas, ser descrito com mais preciso seu funcionamento. A centralizao pode ser verificada esquematicamente na figura (3). (TANENBAUM, 2003).

Com o crescimento da demanda do servio, no demorou muito tempo para que as estaes de comutao se espalhassem por outras localidades. A demanda por ligaes interurbanas fez com que a empresa de Graham Bell passasse a realizar conexes de uma estao de comutao para a outra. O contnuo crescimento pela demanda de servios telefnicos motivou a criao de estaes de comutao de segundo nvel, como mostra a figura (4). (TANENBAUM, 2003).

A idia do sistema telefnico, embora bastante simplificada, descrita como aquela na qual cada aparelho telefnico possui dois fios de cobre que conectam diretamente a estao final, tambm denominada estao central local mais prximo da companhia telefnica. As conexes entre os telefones e as estaes finais so conhecidas como loop local. Cada estao final possui uma srie de linhas de sadas para um ou mais centros de comutao vizinhos, denominados estaes interurbanas. Essas linhas recebem a denominao de troncos de conexo interurbanos, (TANENBAUM, 2003).

Segundo (TANENBAUM, 2003, p 129), o sistema telefnico, em suma, formado por trs componentes principais atualmente:

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Loops Locais: Pares tranados analgicos indos para as residncias e empresas. Troncos: Fibra ptica digital conectando as estaes de comutao. Estao de Comutao: Onde as chamadas so transferidas de um tronco para outro.

Em 1899 Graham Bell, adquiriu a propriedade da AT&T, que realizava servios de telecomunicao de voz, vdeo, dados e Internet para empresas, particulares e agncia governamentais. Em sua histria, j foi maior companhia telefnica e a maior operadora de televiso a cabo do mundo (AT&T, 2007). De acordo com JESZENSKY,

A telefonia tradicional como se conhece atualmente foi estruturada a partir de um invento da dcada de 1870, oriundo de pesquisas e experimentos em projetos de telegrafia, conduzidos pelo cientista Alexander Graham Bell. Bell notou que seria possvel transportar um sinal de voz de um transmissor, passando por um fio, at um receptor, e assim, permitir comunicao voclica entre dois pontos distintos. Este invento foi patenteado em 14 de fevereiro de 1876 dando origem ao sistema telefnico. (2003, p 21).

Em 1960, amparada pelas invenes do transistor e do circuito integrado, surgem s primeiras centrais automticas digitais, baseadas nos sistemas Pulse Code Modulation (PCM), trazendo servios como: chamada em espera, conferncia a trs, siga-me, identificao do nmero da linha, entre outros. (ALEXANDRE, 2007 Apud COLCHER et al 2005).

Os sistemas PCM permitem que sinais analgicos de voz, como o sinal exibido na figura 5, possam ser transformados em sinais digitais, como o exemplo da figura 6. Posteriormente reconvertidos em sinais analgicos na sua recepo. Os sinais analgicos recebidos so similares aos sinais analgicos originalmente transmitidos. (ALEXANDRE, 2007).

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Figura 5: Sinal Analgico Fonte: (Colcher et al, 2005)

Figura 6: Sinal Digital Fonte: (Colcher et al, 2005)

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2.1 Centrais Telefnicas

Com o grande sucesso e o avano dos servios de telefonia nos Estados Unidos, a demanda deste servio cresceu consideravelmente em todo o mundo. Com isso, no era mais possvel utilizar o sistema inicial de Alexander Graham Bell com linhas diretas e dedicadas entre os operadores. A soluo seria compartilhar recursos comutados ou chaveados entre as conversaes. Da o termo Rede Telefnica Publica Comutada (RTPC).

Nos primeiros sistemas telefnicos, o circuito estabelecido entre os interlocutores era feito por uma tcnica conhecida como chaveamento fsico manual. Por meio dessa tcnica, operadores humanos, nas centrais telefnicas, recebiam pedidos de ligao e eram encarregados de fechar fisicamente, atravs de cabos e conectores, os circuitos entre o chamador e o chamado, bem como liberar este circuito ao termino da conversao. Nesta poca, existia uma manivela junto ao equipamento do usurio que fazia parte de um conjunto chamado magneto.

Para realizar uma chamada, a pessoa girava a manivela do seu telefone, gerando uma corrente eltrica que acionava um alarme na mesa operadora da central. A telefonista atendia, e ao ser informada pelo o chamador sobre o destino da ligao desejada, fazia tocar a campainha do telefone desejado. Caso o telefone chamado fosse atendido, a telefonista poderia ento completar a ligao usando um cordo condutor unindo os terminais do chamador e do destino solicitado, como mostra a figura 7, (COLCHER et al 2005 apud SORTICA, 1999 e ROMANO, 1977).

Figura 7: Central Telefnica Antiga Fonte: (Jackson, 2007)

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De acordo com Colcher et al,

A primeira central eletromecnica de chaveamento foi inventada em 1891por Almon Strowger, dispensando os operadores humanos. Essa central possua capacidade para 56 terminais telefnicos. Com a inveno de Almon Strowger, os telefones passaram a no mais utilizar a antiga manivela; usurios poderiam indicar diretamente o nmero do destinatrio atravs de um novo tipo de dispositivo de discagem. (2005, p 03).

Figura 8: Aparelho Telefnico Antigo Fonte: http://www.img.flii.com.br (On-line)

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2.2 Telefonia digital

Em 1948, trs pesquisadores do laboratrio da Bell inventaram o transistor e o evoluram. At a dcada de 1950, as redes telefnicas existentes eram totalmente baseadas na tecnologia analgica. Robert Noyce, em 1958, realizou a produo do circuito integrado, com este fato, ocorreram mudanas nos sistemas computacionais, impulsionando a indstria de telecomunicaes, o que possibilitou a criao de novas centrais telefnicas mais potentes, velozes e tambm com o custo menor. (COLCHER et al 2005) .

Em 1960, as redes telefnicas comeam a presenciar a introduo de circuitos para a transmisso de sinais digitais nas linhas entre as centrais, que duas dcadas mais tarde iriam se tornar predominantemente digitais, exceto pelas linhas dos assinantes, (COLCHER et al 2005).

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2.3 Redes de Comunicao de Dados

O crescimento das redes de comunicao, em particular as de telefonia, tem sido de vital importncia para a humanidade. Na atualidade, as redes de comunicao possuem grande importncia para os negcios militares, educacionais, governamentais, entre outros, sendo a comunicao entre computadores algo essencial para a infraestrutura de todos. O estgio atual em que se encontra a rede mundial de computadores, a Internet, faz com que as telecomunicaes despontem como um grande diferencial para aprimorar esses negcios. Sem dvida, as redes de comunicao possibilitaram um grande impacto econmico no mundo, facilitando o trabalho e a vida de muitas pessoas.

Existem trs tipos diferenciados de redes de computadores. As redes locais mais conhecidas como (LANs), as redes metropolitanas mais conhecidas como (MANs), e as redes geograficamente distribudas, mais conhecidas como (WANs). A seguir um pouco das descries de cada uma delas segundo (TANENBAUM, 2003).

Redes Locais: Mais conhecida como LANs (Local Area Networks), so mais utilizadas para conectar computadores pessoais, estaes de trabalho em uma pequena rea, cujas distncias entre os equipamentos podem mesmo chegar a alguns quilmetros de extenso. So redes privadas que garantem o compartilhamento de recursos como, por exemplo, internet, impressoras, e informaes.

Figura 9: Rede LAN Fonte: http://www.garethjmsaunders.co.uk/pc/images/network/router/02_lan_router.gif (On-line)

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Redes Metropolitanas: Mais conhecidas como MANs (Metropolitan Area Networks), so redes que abrangem uma rea maior do que as LANs, tal como uma cidade inteira. Um servio que utiliza as redes metropolitanas so as redes de televiso a cabo.

Figura 10: Rede MAN Fonte: http://www.antunes.eti.br/ADSL/Rede1.jpg (On-line)

Redes Geograficamente Distribudas: Conhecidas como WANs (Wide Area Networks), como o nome j diz, abrangem uma grande rea geogrfica, sendo utilizadas especialmente para realizar a comunicao entre pases e continentes.

Figura 11: Rede Wan Fonte: http://esmf.drealentejo.pt/pgescola/ricardo8/img/wan2.jpg (On-Line)

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De Acordo com COLCHER et al,

As redes de comunicao so formadas por um conjunto de mdulos processadores, capazes de trocar informaes e compartilhar recursos interligados por um sistema de comunicao. O sistema de comunicao vai se constituir de um arranjo topolgico interligando os vrios mdulos processadores atravs de enlaces fsicos, ou seja, meios de transmisso, e de um conjunto de regras com um fim de organizar a comunicao. (2005, p 20).

Grande parte da evoluo do sistema telefnico deve-se inteligncia adquirida pelas redes de telecomunicaes, na coordenao e interao entre os seus diversos elementos constituintes, atravs de troca de informaes. Essa troca de informaes entre os elementos denomina-se, em telefonia, de sinalizao telefnica. Tais informaes so necessrias para o estabelecimento e o controle de uma conexo telefnica, para o gerenciamento dos recursos do sistema e para relatar situaes ou procedimentos em curso. (JESZENSKY, 2003).

O nascimento e o rpido progresso da indstria de informtica e o desenvolvimento das tecnologias de comunicao, diminuram cada vez mais as diferenas entre a coleta, o processamento, o transporte e o armazenamento de informaes. Como conseqncia, o trabalho realizado pelo antigo modelo computacional centralizado foi substitudo, gradativamente, por um modelo baseado em vrios computadores independentes, porm interligados, isto , as redes de computadores. O objetivo principal de uma rede de computadores a troca de informaes entre os computadores envolvidos com as mais diversas finalidades. (TANENBAUM, 2003).

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2.4 Telefonia fixa no Mercado Atual.

indiscutvel o fato de que a telefonia tradicional foi uma grande revoluo tecnolgica, tanto que at os dias atuais permanece em plena utilizao. Empresas pequenas, mdias e grandes necessitam de um eficiente servio de telefonia, mas esse servio, na maioria das vezes, se apresenta com custo elevado. A necessidade que todos tm da utilizao da telefonia, provocou o surgimento de inmeras empresas que prestam tal servio, oferecendo planos os mais variados. No Brasil, em particular, essa oferta de servios telefnicos apresenta valores elevados para os padres nacionais. Sendo o servio de telefonia fixa de real importncia para a comunicao de uma organizao com o mercado, as empresas sentem-se na obrigao de adquiri-lo.

Em matria publicada pela TV Senado, no dia 16/03/2010, uma das pautas que foi a plenrio a de que o servio de telefonia no Brasil se apresenta como o segundo mais caro do mundo, perdendo apenas para frica. O intuito da discusso no plenrio foi tentar baixar o custo destes servios que segundo eles, so abusivos. Segundo a TV senado, uma pesquisa comparativa feita entre o Brasil e os EUA, indica que enquanto eles pagam U$0.05 (cinco centavos de dlar, que correspondem a menos de R$0,10) por minuto em uma ligao local, ns brasileiros pagamos R$0,50 (cinquenta centavos de real).

De acordo com a notcia acima, constata-se que o custo de ligaes telefnicas no Brasil elevado. Com isso, o uso das redes de dados para o trafego de voz, passa a ser uma possvel alternativa para fazer frente s altas tarifas praticadas na telefonia. Essa alternativa existe na forma de uma tecnologia conhecida como VoIP (Voice over IP), que possui como maior vantagem o fato de baratear o custo em ligaes telefnicas. O crescimento do uso da tecnologia VoIP pode ser notado pelas noticias a seguir, retiradas do site

http://www.cliconnect.com/br/Noticias.

Joo Carlos Peixoto, do Ncleo de Computao Eletrnica da UFRJ, falou sobre o servio de voz sobre IP (VoIP) implantado na UFRJ. Ele comentou que uma das vantagens do servio a reduo de custos nas chamadas telefnicas. Na UFRJ, 28% dos custos de telefonia convencional est relacionada a ligaes DDD. Com o uso de uma rede VoIP com amplo alcance, ser possvel reduzir esta parcela do custo. Outra vantagem que o VoIP pode estender a telefonia a locais onde no existem ramais disponveis dentro dos campi. O VoIP tambm permite, com a

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implantao de softphones em terminais de computadores, que o usurio do servio seja localizvel mesmo fora do campus [...].(www.cliconnect.com/br/Noticias, Online)

Como pode ser verificado na noticia acima, instituies de ensino j aderiram o novo conceito de telefonia, VoIP, e afirmam que a tecnologia realmente diminui os custos em ligaes telefnicas e facilita a comunicao.

Enfim, dependendo do tamanho da empresa e de seu servio prestado o custo de suas ligaes telefnicas podem se tornar bastante elevados. Como as organizaes a todo dia procuram uma forma de economizar, acabam se deparando com a tecnologia VoIP, que tem como principal objetivo, economizar em ligaes telefnicas. No prximo captulo se poder conhecer detalhes dessa tecnologia.

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3. Definio VoIP.

Neste capitulo ser apresentada uma viso geral de conceitos e tecnologias referente comunicao de voz sobre o protocolo IP (VoIP). Essa viso se compe de aspectos sobre o seu funcionamento, quais os equipamentos necessrios para a sua utilizao, como se define a telefonia IP. Alm disso, apresentado um comparativo do PABX analgico e PABX IP, os tipos de cenrios em que o VoIP utilizado, bem como os principais protocolos que so necessrios para o uso da tecnologia. Ser tambm apresentado o que vem a ser o conceito de qualidade de servio, que de vital importncia para um funcionamento eficiente da tecnologia, e as vantagens e desvantagens na implantao do VoIP.

O trabalho em uma organizao, na atualidade, parece se constituir em algo quase impossvel sem a utilizao das redes de computadores. Em especial, a rede mundial de computadores, a Internet, que mudou de modo significativo as vidas das pessoas. Com efeito, por meio da Internet possvel realizar, com facilidade, diversas tarefas que antes demandavam um esforo significativo, tais como efetivao de transaes bancrias, envio de mensagens de correio, ou mesmo buscas em bases de dados.

Segundo COMER, tem se que

O crescimento continuo da Internet global um dos fenmenos mais interessantes e excitantes em redes. H pouco mais de vinte anos, a Internet era um projeto de pesquisas que envolvia algumas dzias de sites. Hoje, ela cresceu e se tornou um sistema produtivo que alcana milhes de pessoas em todos os pases do mundo.(2007, p 33).

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Os protocolos de comunicao se encontram dentre os mais importantes elementos que possibilitam o funcionamento das redes de computadores, cuja finalidade definir o formato e a ordem das mensagens trocadas entre duas ou mais entidades comunicantes, bem como as aes realizadas na transmisso e/ou no recebimento de uma mensagem ou outro evento. (KUROSE, 2006)

Em particular, o protocolo Internet Protocol (que conhecido como IP) especifica o formato dos pacotes que trafegam entre roteadores e sistemas finais, ou seja, tem o objetivo de realizar a interligaes de rede. (KUROSE, 2006, P. 4). Para SITOLINO,

A tecnologia VoIP consiste na integrao dos servios das reas de telecomunicaes com os servios de redes de computadores, dessa forma torna-se possvel digitalizao e codificao do sinal da voz, transformando a voz em pacotes de dados IP para a realizao de comunicao em uma rede que utilize os protocolos TCP/IP, dessa forma possibilita a reduo de custos, criando assim um novo conceito de telefonia. (1999, p 14).

A integrao dos servios de comunicao de voz com o ambiente de redes de computadores pode trazer benefcios para a empresa, tais como a reduo de custos e a centralizao da gesto de ambas as infraestruturas, ou seja, redes e telefonia. Para COMER,
[...] Equipamentos que suportam transmisso de pacotes (IP Routers) custam muito menos do que os equipamentos de switching de telefone tradicional que suportam conexo orientada a comunicao isochronous. Alm disso, se dados e voz so transmitidos em datagramas IP, so feitas futuras economias, pois essa infraestrutura da rede pode ser compartilhada e aproveitada, um simples conjunto de equipamentos, fios e conexes de rede suportam todas as aplicaes, incluindo chamadas telefnicas. (2007, p 453).

Em resumo, a tecnologia VoIP um meio eficaz, econmico e dependendo do canal de transmisso torna-se bastante eficiente, essa tecnologia transforma sinais analgicos de udio em sinais digitais de forma bidirecional que so transmitidos atravs da Internet. (VALDES, 2004).

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3.1 Telefonia IP

De acordo com (BERNAL 2008, p 02), a telefonia IP consiste no fornecimento de servios de telefonia tradicional utilizando a rede IP para o estabelecimento de chamadas e comunicao de voz, ou seja, a telefonia IP fornece os recursos oferecidos pela telefonia tradicional existentes, tais como espera de chamada, mensagem de voz, redirecionamentos de chamada, identificao de chamadas e chamadas para conferncia. Como pode ser verificado, h uma diferena entre VoIP e telefonia IP. O VoIP consiste em realizar a transferncia de voz em forma de pacotes em tempo real utilizando uma redes de dados, ou seja, utiliza tcnicas de empacotamento e transmisso de amostras de voz sobre redes IP. (COLCHER et al 2005). J telefonia IP, procura fornecer os mesmos servios de telefonia existentes. Para BERNAL,

O objetivo da telefonia em redes IP prover uma forma alternativa aos sistemas tradicionais, mantendo, no mnimo, as mesmas funcionalidades e qualidade similar, e aproveitando a sinergia da rede para o transporte de voz e dados. (2008, p 03).

A Telefonia IP, tambm, caracteriza-se por atuar como uma plataforma de integrao de servios, ou seja, possui a responsabilidade de possibilitar a extenso do servio de comunicao de voz propiciada por tecnologia de VoIP at o equipamento do usurio final e integrao com outros servios tpicos da Internet, como de voz, correio e web. (COLCHER et al 2005) .

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3.2 Funcionamento da Tecnologia VoIP

Como foi descrito, anteriormente, VoIP uma tecnologia que permite a transmisso de voz por IP, tornando possvel a realizao de chamadas telefnicas pela Internet , ou seja, permite que uma comunicao telefnica seja transmitida atravs da Internet. Para COMER,

A idia bsica por trs da telefonia IP : fazer amostra continua de udio, converter cada amostra para forma digital, enviar a cadeia digitalizada resultante atravs de uma rede IP em pacotes e converter de volta a cadeia digitalizada para a forma auditiva anloga. (2007, p 453).

Resumindo, o funcionamento da tecnologia VoIP se d do seguinte modo: o sinal analgico que constitui a mensagem de voz capturado por um microfone e introduzido em um equipamento que executa um processo de amostragem nesse sinal. O resultado desse processo o sinal digitalizado, que pode ser formatado em pacotes e transmitido por meio do protocolo TCP/IP. Esses pacotes so iguais a quaisquer outros que so transmitidos pela Internet. Depois que os pacotes chegam ao seu destino, os mesmos so convertidos para a sua forma analgica original. A seguir ser mostrado na figura 12 uma ilustrao do funcionamento do VoIP.

Figura 12: Arquitetura baseada em VoIP Fonte: www.comprevoip.com.br (On-line).

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3.3 VoIP de terminal IP para terminal IP

Uma ligao de um terminal IP para outro terminal IP, consiste na ligao telefnica entre dois computadores utilizando a Internet. Neste caso, necessrio que os usurios utilizem equipamentos dotados de codificador e decodificador de udio e interfaces ligadas a uma rede IP. Estes equipamentos como adaptadores de telefone analgico (ATA), Gateway, telefone IP e softphones que podem ser verificado na figura 13. Suas respectivas descries so apresentadas nos itens seguintes.

Figura 13: Comunicao de terminal IP para terminal IP. Fonte: (COLCHER et al 2005)

Para (COLCHER et al 2005), existe funes que precisam estar disponveis mesmo quando terminais esto inoperantes. O gateway de gerncia possui estas funes, destacam-se:

Controle de acesso: Controla o estabelecimento de novas chamadas de acordo com as limitaes no nmero de chamadas simultneas.

Gerncia de banda passante: Atravs do gateway de gerncia, o administrador de rede pode controlar o uso da banda passante na rede pelo o servio de VoIP limitando o nmero de chamadas simultneas e chamadas realizadas em horrios indevidos. 30

3.3.1 VoIP de terminal IP para telefone

Consiste na comunicao entre o terminal IP e um telefone pertencente rede de telefonia fixa comutada (RTFC) em ingls PSTN (Public Switched Telephone Network) ou seja, a integrao entre o terminal IP e os servios de comunicao VoIP. Na figura 14 segue uma ilustrao do cenrio.

Figura 14: Comunicao de voz de terminal IP para telefone Fonte: Adaptado de (COLCHEr et al 2005)

De acordo com (COLCHER et al 2005), os gateways de voz so responsveis pelo repasse de fluxo de udio entre o STFC (Sistema de Telefonia Fixa Comutada) e a rede IP. Tendo como principal funo a codificao e decodificao digital da voz, fundamentalmente o gateway de voz visto pelos terminais IP como mais um terminal.

Segundo (COLCHER et al 2005) um gateway de voz pode se apresentar sobre as mais diversas formas, a seguir ser descrito alguns exemplos:

Gateways residenciais: E a interligao com interfaces analgicas tradicionais. Ex: aparelho telefnico.

Gateways de acesso: a interligao com as centrais privadas de comutao telefnica analgica ou digital.

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Gateways de trunking: a interligao com um grande nmero de troncos analgicos ou digitais da RTPC( Rede de Telefonia Fixa Comutada).

Gateways de voz sobre ATM: Utilizado para interligao com redes de voz sobre redes ATM.

O gateway de sinalizao tambm conhecido como gateway controller tem como funo tratar os pedidos de estabelecimentos de chamadas partindo do STFC destinado a equipamentos de rede IP, e vice-versa. (COLCHER et al 2005). Abaixo segue as respectivas descries das funes principais do gateway de sinalizao.

Converso da sinalizao: Traduzir tons e mensagens especiais de sinalizao utilizados no STFC para sinalizao VoIP.

Controle de gateway de mdia: Tem como funo requisitar a gerao de sinais nas linhas telefnicas. Ex: tom de discagem, ocupado e etc.

3.3.2 VoIP de telefone para telefone

Consiste na realizao de chamadas entre telefones pertencentes RTFC, ou seja, comunicao de voz entre redes telefnicas distintas utilizando a rede IP. Abaixo segue uma ilustrao do cenrio.

Figura 15: Comunicao de voz de telefone para telefone Fonte: Adaptado de (COLCHER et al, 2005)

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3.4 Equipamentos e Softwares VoIP

Quando h implantao de solues da tecnologia VoIP, geralmente so adquiridos alguns equipamentos e softwares necessrios para implantao e que so vitais para a operabilidade do sistema. Os equipamentos VoIP so fceis de se adaptar a infraestrutura j existente. A seguir ser descrito sobre estes equipamentos.

Adaptadores ATA: Tem como funo permitir o uso de telefones convencionais ou seja, um dispositivo que permite que telefones analgicos realizem chamadas VoIP atravs da rede IP. Realiza esse servio convertendo o sinal analgico em pacotes de dados. Segue ilustrao abaixo.

Figura 16: Adaptador ATA Fonte: www.comprevoip.com.br (on-line)

Telefone IP: Equipamento semelhante aos telefones tradicionais, tem como funo realizar a converso do sinal analgico de voz para o padro digital VoIP. Equipamento possui portas para conexo com a rede IP. Segue abaixo ilustrao.

Figura 17: Telefone IP Fonte: www.comprevoip.com.br (on-line)

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Gateway VoIP: Equipamento permite interoperabilidade entre a rede IP e RTPC, executando a converso dos sinais de voz para o protocolo IP, pelo qual so transmitidos atravs da rede IP. A seguir abaixo ilustrao.

Figura 18: Gateway VoIP Fonte: www.comprevoip.com.br (on-line)

PABX IP: Equipamento consiste na integrao de servios como VoIP, telefonia IP e telefonia tradicional utilizando a mesma infraestrutura, com isso possibilita atravs desta integrao uma reduo de custos, como exemplo temos a infraestrutura e manuteno, pois os telefones IPs, softphones utilizam o cabeamento j existente na organizao. Segue abaixo uma ilustrao do equipamento.

Figura 19: PABX IP Fonte: www.comprevoip.com.br (on-line)

Softphone: um software que pode ser instalado em computadores. Tem como funo prover funcionalidades de um ramal IP, alguns desses softwares, so de cdigo aberto e outros proprietrios, dependendo do software, podem ser instalados em qualquer sistema operacional. Possuem interface intuitiva de fcil compreenso e um teclado virtual muito parecido com o de um telefone convencional. Uma de suas vantagens a mobilidade, pois no h necessidade 34

de cabos telefnicos, basta est conectado a Internet para receber ligaes diretamente no ramal IP. Segue abaixo uma ilustrao.

Figura 20: Softphone Fonte: www.voiprofessional.com(on-line)

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3.5 PABX x PABX IP

O PABX tradicional utiliza uma tecnologia proprietria, fazendo com que os usurios fiquem sempre limitados ao mesmo fabricante quando necessitam adicionar outras funcionalidades. A seguir ser apontado como a arquitetura de um PABX tradicional segundo (MITSUO, 2004).

Controlador de processo: Executa o programa de comunicao que opera todas as funcionalidades do sistema.

Os dispositivos de ponta: Utilizados para acessar as funcionalidades do sistema. Temos como exemplo os telefones digitais e telefones analgicos que so conectados nos cartes de interfaces dos mdulos.

Mdulos: Cartes de interfaces que realizam a interligao com os dispositivos de ponta, como exemplo o gateway. Existem diferentes tipos de interfaces que fazem a comunicao com a STFC (Sistema de Telefonia Fixa Comutada). Mdulos de interconexo: Permite a interconexo de portas em diferentes mdulos.

A seguir uma ilustrao da arquitetura de um PABX tradicional.

Figura 21: Arquitetura de um PABX tradicional Fonte: (MITSUO, 2004).

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O PABX IP um equipamento necessrio para a integrao de servios como VoIP, telefonia IP e telefonia tradicional utilizando a mesma infraestrutura de rede IP para trafegar voz com qualidade e confiabilidade. A seguir, ser descrito como a arquitetura de um PABX IP segundo (MITSUO, 2004).

Controlador de processo: Servidor que executa uma aplicao num sistema operacional padro. H um benefcio em se utilizar um hardware e software comercial, possibilitando uma possvel reduo nos custos. Os dispositivos de ponta: Telefones IPs que se conectam diretamente na rede IP atravs de um endereo IP. Gateway: Interfaces ou equipamentos que tem como funo realizar a converso do sinal de voz para a rede IP, fazendo a integrao com a rede STFC permitindo a utilizao dos telefones analgicos ou digitais existentes possibilitando a reduo de custos. Mdulos de interconexo: Realizado atravs da rede IP.

A seguir uma ilustrao da arquitetura de um PABX IP.

Figura 22: Arquitetura de um PABX IP Fonte: (MITSUO, 2004).

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A seguir ser mostrada uma tabela contendo um comparativo entre um PABX e um PABX IP referente a servios e funcionalidades de ambas as tecnologia segundo (MITSUO, 2004).

Tabela 1: Comparativo entre PABX tradicional e PABX IP

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3.6 Principais Protocolos

A comunicao entre dois terminais na telefonia IP ocorre atravs de dois processos simultneos. Segundo (BERNAL, 2008), esses processos so: Sinalizao e Controle de Chamadas: Consiste desde o estabelecimento da chamada, acompanhamento da chamada e a finalizao desta chamada. Processamento de Voz: Consiste no controle do transporte de voz e transporte de mdia.

De acordo com (BERNAL, 2008, p 04) a telefonia IP utiliza os protocolos TCP/UDP/IP da rede como infraestrutura para os seus protocolos de aplicao. Estes protocolos participam dos processos de sinalizao, controle de chamadas e processamento de voz, descritos acima. A ilustrao seguinte apresenta a estrutura em camadas dos principais protocolos.

Figura 23: Principais Protocolos Fonte: (BERNAL, 2008)

Apresenta-se a seguir uma descrio dos principais protocolos utilizado na telefonia IP.

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3.6.1 Protocolo H.323

O protocolo H. 323 desenvolvido e padronizado pela ITU-T, sigla em lngua inglesa para International Telecommunication Union. Possui como objetivo principal a padronizao da sinalizao de dados em sistemas de conferncia audiovisual por meio de redes comutadas por pacote. A recomendao H.323 indica tambm os protocolos utilizados nos fluxos de informao, estes protocolos operam em nveis de sesso, ou seja, a camada de apresentao e aplicao do modelo OSI, necessitando que a rede oferea servios de entrega fim a fim de nvel de transporte. (COLCHER et al 2005).

Segundo COLCHER et al,

H.323 uma recomendao extensa e flexvel. Em seu perfil mais simples, estabelece procedimentos para a comunicao de udio ponto a ponto em tempo real entre dois usurios em uma rede comutada por pacotes que no prove garantias de QoS. Porm, o escopo da H.323 muito maior, englobando conferncias multipontos inter-redes com suporte comunicao de vdeo, dados textuais e linguagens estticas. (2005, p 158).

Podem ser verificados na figura 24 quatro componentes principais, terminais, gateways, gatekeepers e MCUs. Em uma implementao H.323, esses componentes podem coexistir em um mesmo equipamento. A seguir ser descrito cada um desses componentes.

Figura 24: Componentes H.323. Fonte:(SIQUEIRA. M 2007 Apude ALAN. J (2004)

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 Terminais: Em uma rede H.323 os terminais so considerados como pontos finais e os fluxos de informaes so originados ou destinados a terminais. Eles podem ser um aparelho telefnico IP ou uma aplicao executada em um PC, ou seja, um softphone.

Gateways: um equipamento necessrio quando se quer estabelecer uma comunicao entre terminais em redes distintas. So bastante importantes para garantir a interoperabilidade entre terminais H.323 e aparelhos em um STFC em uma telefonia IP.

Gatekeepers: Pode ser dizer que um Gatekeeper um gateway s que de gerncia, um componente opcional em sistema H.323. Contudo, quando utilizado, permite um controle centralizado do sistema, possuindo como funes o controle de adio de chamadas, gerenciamento da largura de banda e traduo de aliase (Apelidos) em uma rede IP.

Unidade de Controle Multiponto (MCUs): um componente tambm opcional em sistema H. 323 que tem como principal funo realizar o estabelecimento de conferncias entre trs ou mais pontos finais. Segundo Colcher et al (2005), ela consiste em um controlador multiponto que possui como funo realizar todo controle de conexes em uma conferncia multiponto e os processadores multipontos, que quando utilizados so responsveis pelo encaminhamento de fluxos de udio, vdeo e dados textuais entre pontos finais de uma conferncia multiponto.

3.6.2 Protocolo H.450.X

So recomendaes que estabelecem padres de sinalizao para os servios adicionais dos terminais, tais como redirecionamento de chamadas, transferncia de chamadas, chamada em espera, atendimento simultneo e identificao de chamadas. (BERNAL, 2008).

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3.6.3 Protocolo H.235

uma recomendao que estabelece padres adicionais de segurana e autenticao para os terminais que utilizam o protocolo H.245 para comunicao ponto a ponto e multiponto (BERNAL, 2008).

3.6.4 Protocolo H.255.0

Recomendao que estabelece padres de sinalizao e empacotamento de mdia para chamadas baseadas em redes IP. Possui como principais aplicaes o controle de equipamento na rede, transporte de mdia, comunicao entre gatekeepers e sinalizao de chamadas (BERNAL, 2008).

3.6.5 Protocolo H.245

Recomendao que estabelece padres para o estabelecimento de comunicao entre terminais. So utilizados para o processo de controle de transporte de mdia (BERNAL, 2008).

3.6.6 Protocolo: MGCP

Media Gateway Control Protocol (MGCP), uma recomendao que foi definida atravs do IETF como um protocolo mestre-escravo que permite controlar conexes dos gateways em um sistema VoIP. Os gateways executam comandos enviados pelo MGC e possui determinados eventos, dentre eles, destacam-se o fone fora do gancho, a tecla pressionada de um telefone etc. O MGCP possui suporte definio de mapas de dgitos que permite um MGC programar o gateway de mdia com a finalidade de ao ser realizado uma discagem de um nmero telefnico qualquer, seja considerado apenas como um evento(COLCHER et al, 2005).

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De acordo com COLCHER et al,

O MGCP um protocolo modular e extensvel. Extenses ao MGCP so geralmente definidas para adequar o protocolo a diferentes tecnologias de redes. Essas extenses podem ser introduzidas por meio de pacotes. (2005, p 225).

3.6.7 Protocolo: MEGACO/H.248

O protocolo Megaco resultado de um esforo do IETF e do ITU-T que trabalham em conjunto na definio de um protocolo padro de controle de gateways de mdia. O resultado mais recente deste trabalho o Gateway Control Protocol, sendo conhecido pelas siglas Megaco que o nome do grupo de trabalho da IETF (COLCHER et al 2005).

Para COLCHER et al 2005,

O Megaco/H.248 muito similar ao MGCP dos pontos de vista arquitetural, um protocolo mestre-escravo e funcional, define eventos, sinais, mapas de dgitos, transaes, pacotes de extenso etc.(2005, p 236).

3.6.8 Protocolo: SIP

Imagine voc trabalhando em sua empresa utilizando seu computador, e ele recebendo chamadas telefnicas pela internet. Mesmo voc saindo para almoar, as chamadas telefnicas so roteadas automaticamente para seu PDA. E, mesmo voc dirigindo, as chamadas so transferidas automaticamente para qualquer equipamento que esteja conectado a Internet no seu carro. Nesse mundo no existira mais uma rede de telefonia por comutao de circuitos, ou seja, as chamadas telefnicas fluiro pela Lan da empresa com alta velocidade. (KUROSE, 2006).

Hoje em dia, j existem protocolos e produtos para transformar essa viso em realidade. Entre esses protocolos promissores com est finalidade est o Protocolo de Inicializao de Sesso SIP, definido no RFC 3261. (KUROSE, 2006).

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Segundo KUROSE,

O SIP um protocolo simples que prov mecanismos para estabelecer chamadas entre dois interlocutores em uma rede IP. Permite com quem chame avise o que chamado que quer iniciar uma chamada. [...] Prov mecanismos para gerenciamento de chamadas, tais como adicionar novas correntes de mdia, mudar a codificao, convidar outros participantes, tudo durante a chamada e ainda transferir e segurar chamadas. (2006, p 471, 472).

Para (COLCHER et al 2005), a especificao do SIP define os componentes da arquitetura de sinalizao como cliente e servidores.

Agente Usurio: Formado por uma parte cliente com a finalidade de iniciar requisies SIP, e a outra parte como servidor, com a finalidade de receber e responder as requisies. Pode est integrado a um terminal IP ou um softphone.

Servidor Proxy: Atua como intermedirio, podendo ser um servidor ou mesmo um cliente. Encaminha requisies em beneficio de outros clientes que no podem realizar diretamente.

Servidor de Redirecionamento: Os endereos so mapeados em zero ou mais endereos associados a um cliente.

Servidor de Registro: Trabalha em conjunto com o servidor Proxy e redirecionamento. As informaes so armazenadas sobre uma parte pode ser encontrada.

3.6.9 Protocolo: RTP

um protocolo que oferece funes de transporte de rede fim a fim para aplicaes interativas em tempo real, incluindo telefone por Internet e vdeocoferncia. O RTP- Real-Time Transport Protocol foi definido no RFC 1889, utilizado para transportar formatos como PCM, GSM, MP3 para som e MPEG e H.263 para vdeo. (KUROSE, 2006).

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De acordo com KUROSE,

O RTP roda comumente sobre o UDP. O lado remetente encapsula uma poro de mdia dentro de um pacote RTP, em seguida, encapsula um pacote em um segmento UDP, e ento passa o segmento para o IP. O lado receptor extrai o pacote RTP do segmento UDP, em seguida extrai a poro de mdia do pacote RTP e ento passa a poro para o transdutor para decodificao e apresentao. (2006, p 465).

3.6.10 Protocolo: RTCP

O protocolo RTCP- Real-Time Transport Control Protocol tambm um protocolo de transporte em tempo real que trabalha em conjunto com o RTP complementando o transporte de dados. Possui como funo realizar o controle de congestionamento, ou seja, prover um feedback de informaes referente qualidade de recepo. De acordo com COLCHER et al,

Esse protocolo baseado na transmisso peridica de pacotes de controle para todos os participantes de uma sesso RTP um conjunto de transmissores e receptores que trocam entre si fluxos de dados relacionado a uma aplicao ou servio especifico. O RTCP utiliza o mesmo mecanismo de distribuio definido para os pacotes que compem os fluxos de dados das aplicaes. Ambos os protocolos, RTP e RTCP, constituem-se em elementos centrais da maioria (se no todas) das arquiteturas e servios do VoIP. (2005, p 140).

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3.7- QoS

Sigla em lngua inglesa Quality of Service, ou seja, qualidade de servio. Na evoluo das redes e comunicao, ganhou um grande impulso na dcada de 1990 quando foi especificada pela ITU-T, da tecnologia ATM. Na mesma poca, a arquitetura DiffServ que ser descrita mais a frente, foi introduzida pelo IETF, trazendo a qualidade de servio para o ambiente da Internet (COLCHER et al 2005).

A QoS designa prover um servio com qualidade, ou seja, atender as expectativas de tempo e resposta do servio provido, garantindo um nvel aceitvel de perdas de pacotes de acordo com o que foi definido em contrato que denominado como SLA Service Level Agreement, ou seja, um acordo comercial que dever ser negociado entre os contratos de servios.Os principais princpios para a garantia em QoS a classificao dos pacotes, isolamento dos pacotes realizando programao e o policiamento, alta eficincia de utilizao e admisso de chamadas. Para garantir um servio com qualidade em uma rede de comunicao necessrio estabelecer determinadas garantias de servios, que sero descritas abaixo:

Melhor esforo: Os fluxos que trafegam na rede no possuem diferenciao, com isso, no permitem nenhuma garantia. Este nvel de servio tambm conhecido como lack of QoS.

Servio diferenciado: Para os fluxos que trafegam na rede so definidos nveis de prioridade, fornecendo uma garantia restrita. Servio garantido: Os fluxos recebem uma prioridade ao trafegarem na rede, ou seja, so reservados recursos na rede para estes tipos de fluxos. O principal mecanismo utilizado para obter tal nvel de servio o RSVP - Resource Reservation Protocol, que se pode traduzir como Protocolo de reserva de recursos.

De acordo com (COLCHER et al 2005), em uma rede de comunicao, a proviso de QoS implica uma srie de funes que atuam em diferentes fases de um ciclo da vida de um servio. So eles: 46

Solicitao de Servio: Parte da administrao da rede so mecanismos estticos e dinmicos, podendo ser um procedimento, solicitao verbal ou escrita. Como exemplo, informando qual o protocolo de sinalizao apropriado para aplicao. Essas solicitaes tambm podem ser caractersticas do trafego gerado pelas aplicaes e a especificao da QoS que se espera que seja aplicado aos mesmos. Atualmente so mais utilizados mecanismos dinmicos em uma solicitao de servio.

Estabelecimento de contratos de servio: No momento em que realizada uma solicitao de servio, gerado um contrato implcito entre a rede e a aplicao. Por esse contrato, ambas realizam seus trabalhos de acordo com a solicitao de servio, ou seja, de acordo com o que foi prometido. Esse contrato denominado SLA - Service Level Agreement. As funes de proviso de QoS em uma rede IP estabelecida atravs de um SLA. Por exemplo, temos o mecanismo de roteamento que consiste na identificao de roteadores e subredes que participaram do que foi previsto, controle de admisso que consiste em determinar a possibilidade de atendimento ou no ao servio solicitado e classificao, policiamento dos pacotes.

Manuteno de contratos de servios: Logo aps o estabelecimento de um contrato de servio, mecanismos so empregados pela a rede de forma a manter o nvel da QoS solicitada pela aplicao. A manuteno destes contratos procura garantir atravs de monitoramentos que as aplicaes no ultrapassem o que foi acordado. Nesta manuteno, a rede utiliza mecanismos especficos, como exemplo, o policiamento, que determina se o volume de trfego na rede est de acordo com a solicitao do servio, ou seja, se o transporte de pacotes est de acordo com o perfil do trfego. Este trabalho para garantir que pacotes que no estejam dentro do perfil no comprometam aqueles fluxos que se atm aos limites contratados.

Trmino de contratos de servios: No prprio contrato, estabelecido o perodo em que o servio ser fornecido. Este servio pode ser finalizado atravs de mecanismos estticos ou dinmicos. Aps a finalizao, a rede inicia o processo de liberao dos recursos que haviam sidos reservados nos

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roteadores e sub-redes envolvidos na solicitao do servio.

3.7.1 Arquitetura Diffserv

Define os servios diferenciados que consiste em priorizar diferentes tipos de trafego oferecendo diferentes nveis de qualidade de servio. Esses tipos de servios que tambm pode ser representado como ToS (Type of Service),pode ser encontrado no cabealho de um pacote IP. De acordo com KUROSE.

A arquitetura Diffserv visa prover diferenciao de servio escalvel e flexvel, isto , manipular diferentes tipos de classes de maneiras diferentes dentro da internet. [...] A arquitetura Diffserf flexvel, no sentido de que no define servios especficos nem classes de servios especificas, como o caso da arquitetura Intserv. Em vez disso, ela fornece os componentes funcionais, isto , as peas de uma arquitetura de rede com as quais esses servios podem ser montados. (2006, p 494).

Segundo (KUROSE, 2006), a arquitetura Diffserv consiste em dois conjuntos de elementos funcionais, que sero descritos a seguir.

Funes de Borda: Consiste na classificao de pacotes e condicionamento de trafego, isto , os roteadores so habilitados a Diffserv, pelo qual o trfego passa, e cada pacote que chega marcado no campo conhecido como DS Differentiated Service do cabealho do pacote.

Funo Central: O roteador que habilitado a Diffserv, recebe todos os pacotes que so marcados pelo DS, isto , o pacote repassado at seu prximo salto de acordo com o comportamento por salto que foi associado classe do pacote. Hoje em dia, a arquitetura Diffserv mais utilizada quando se diz respeito

implementao de qualidade de servio, pois o seu modelo mais eficiente no policiamento, classificao dos pacotes na rede.

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3.8 Codecs para voz

Para a transmisso de voz em uma rede de dados, necessrio o udio codec, que consiste em converter o sinal analgico em um sinal digital, ou seja, fazer da voz humana uma sequncia de bits. Para (JUNIOR, 2008), Diversos fatores so levados em considerao para escolha dos codecs, so eles: qualidade do sinal resultante, taxas de bits resultantes, atraso de codificao/decodificao e complexidade do algoritmo. A seguir ser apresentado na tabela 2 os codecs utilizados na implantao da tecnologia VoIP, onde de vital importncia escolher qual codec utilizar no ambiente, verificando o consumo de banda e a qualidade de cada um deles.

Tabela 2: Codecs de Voz

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3.9 Vantagens e Desvantagens do VoIP

Como toda tecnologia, o VoIP, tambm possui vantagens e desvantagens que devem ser levado em considerao antes de sua implantao. A seguir ser descrito os aspectos positivos, detalhando os benefcios que a tecnologia VoIP pode oferecer, juntamente com os aspectos negativos, descrevendo as principais deficincia encontradas nos servios de VoIP nos dias atuais.

3.9.1 Vantagens

Reduo de custos: Com a implantao do VoIP, ocorre uma reduo de custos em ligaes DDD e DDI na utilizao de provedores IP, em ligaes que so realizadas utilizando a Internet, como exemplo, uma ligao telefnica realizada de uma filial para uma matriz. Como o VoIP pode ser implantado em uma infraestrutura existente, ocorre uma maior facilidade na administrao da rede, pois rede e voz ficam centralizados. Ocorrendo um incidente ou modificao na rede, o diagnstico pode ser realizado em tempo real atravs de softwares de gerenciamento e na aquisio ou modificao de um telefone IP, basta ter um ponto de rede, no necessitando de uma nova infraestrutura.

Mobilidade: Diretores, executivos, representantes comerciais podem realizar e receber chamadas telefnicas atravs de seus notebooks com o softphone, bastando estar conectado com a Internet. Podendo tomar decises juntamente com outros profissionais em uma conferncia, responder emails, ou seja, a integrao geogrfica dispersa em vrias localidades da empresa ser mais eficiente.

Funcionalidades Adicionais: A implantao da telefonia IP oferece as funcionalidades existentes na telefonia convencional, como exemplo: transferncia de chamadas, conferncia, chamadas em espera, caixa de recados, identificador de chamadas entre outros.

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3.9.2 Desvantagens

Confiabilidade: Como VoIP est na mesma infraestrutura de rede, ele fica totalmente dependente dela. Se um equipamento como switch ou roteador der algum problema, todos os usurios daquele segmento no podero realizar chamadas, em uma falta de energia, ocorrera o mesmo problema. Hoje em dia no existe uma disponibilidade de servio da Internet eficiente, a qualquer momento um link de Internet pode sofrer um dano, ocasionando tambm a parada da telefonia. Ficar uma hora sem Internet em uma instituio relevante, mais passar uma hora sem realizar chamadas telefnicas bastante perigoso dependendo do negocio da instituio.

Qualidade de Voz: A comunicao de voz na rede consome bem mais do que a comunicao de dados, pois a comunicao em tempo real, e essa comunicao tem que ser eficiente assim como a telefonia convencional. Para a qualidade de voz ser eficiente, necessrio investir em qualidade de servio, que j foi descrito anteriormente, para que haja uma eficiente prioridade dos pacotes de voz para evitar o eco durante a conversao e a perda, atraso dos pacotes.

Investimento: A implantao da tecnologia VoIP em uma instituio custa muito caro. Mesmo ela sendo implantada em uma infraestrutura j existente, dependendo desta infraestrutura, ter que ser realizado a substituio de roteadores e switchs que possuam integrao com QoS. Os equipamentos utilizados na implantao da tecnologia como telefone IP, PABX IP so bastante caros e s vezes ainda necessrio aumentar o link de comunicao, o que gera mais custo na implantao.

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4 . Estudo de Caso

O assunto tratado neste capitulo se constitui de tudo o que se deve fazer antes da implantao da tecnologia VoIP em um ambiente. Assim, sero apresentados os requisitos que devem ser considerados para realizar um planejamento da implantao da tecnologia. Sendo um estudo que toma por base uma Empresa real, a Marisol, ser apresentado um breve histrico do Grupo Empresarial, englobando matriz e filial. Apresenta-se o resultado de um levantamento dos custos para manter links de comunicao de dados e voz entre ambas as instalaes.

Tambm se descreve como o perfil de comunicao entre a matriz e a filial, levando em conta quais setores realizam mais ligaes para a matriz, quantas ligaes so realizadas simultaneamente e se os equipamentos existentes na infraestrutura da filial tm suporte para o VoIP. Por final se encontram descritos os benefcios esperados com a

implantao da tecnologia VoIP no ambiente empresarial.

4.1. Requisitos para implantao da tecnologia VoIP

Dentre as vantagens apresentadas pela tecnologia VoIP destaca-se aquela referente reduo de custos em ligaes telefnicas. No entanto, antes da implantao dessa tecnologia, e a consequente obteno desse benefcio, necessrio realizar um planejamento bem estruturado e uma anlise eficiente no ambiente j existente, para que o projeto seja bem sucedido. A seguir sero descritos alguns requisitos que deve ser levados em considerao.

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4.1.1. Verificar Equipamentos Existentes na Rede

Realizar uma anlise nos equipamentos da rede, isto , verificar se os switchs, roteadores so gerenciveis possuem suporte a qualidade de servio. Verificar com o provedor de telefonia existente na empresa se o mesmo tambm prov servios VoIP. Em caso afirmativo, fica mais fcil o estudo da implantao, visto que a infraestrutura de voz da empresa j conhecida pelo fornecedor de telefonia. Essa anlise essencial para o primeiro passo, pois caso a empresa j possua equipamentos com suporte a qualidade de servio, ser um custo a menos na implantao da tecnologia.

4.1.2. Verificar a Rede de Dados

de fundamental importncia realizar um estudo eficiente na rede de dados existente, ou seja, atravs de alguma aplicao gerencivel, realizar uma monitorao na largura de banda com o intuito de saber o estado atual da rede, isto , se a rede est sobrecarregada ou no. Identificar se ela possui ou no priorizao de pacotes, pois com a implantao do VoIP, os pacotes de voz necessitaro de priorizao, o que pode gerar mais custos na implantao. Toda est anlise importante, pois determinar se ser necessrio ou no atualizar os segmentos de redes para suportar os servios de VoIP.

4.1.3. Fornecedor Especializado

Depois de verificada a rede e os equipamentos, importante procurar um fornecedor especializado na implantao da tecnologia VoIP, com experincia de mercado. Ao mesmo tempo, convm se certificar, nas empresas clientes desse fornecedor, como se realizou a implantao da tecnologia e, se possvel, realizar uma visita, verificando a tecnologia funcionando na prtica.

Um dos aspectos a ser observado diz respeito ao consumo de banda, para uma ligao VoIP. Deve-se comparar qual a necessidade real e, a partir desse ponto de vista, especificar quais so os servios especiais a serem implantados. Exemplos de tais servios: sistema de correio de voz, tarifao, gravao de chamadas, auto-atendimento. Se possvel, deve ser contratado um fornecedor que j conhea a infraestrutura da empresa cliente, para que haja uma boa comunicao no decorrer do projeto. 53

4.1.4. Realizar um Projeto Piloto

No recomendado implantar a tecnologia VoIP em toda empresa de uma s vez, eliminando a telefonia convencional. Convm realizar um projeto piloto da soluo, implantando a soluo por partes. Sugere-se a realizao de um estudo na empresa, destinado a descobrir quais setores realizam mais ligaes para a matriz, e a partir do mesmo aplicar o projeto piloto. Com isso ser possvel realizar testes com a tecnologia, verificar o grau de satisfao do usurio, como se encontram o desempenho da rede e a qualidade das chamadas. Em resumo, ser mais provvel o projeto por inteiro ser aprovado depois de obtidos testes com resultados satisfatrios, obtidos a partir do projeto piloto.

4.1.5. Monitorar e Documentar Testes

Logo depois da implantao do projeto piloto, fundamental a realizao de uma monitorao constante no funcionamento da soluo, verificando como est o desempenho da rede e se a soluo est realmente satisfazendo a necessidade da organizao. Todo esse trabalho deve ser documentado, tanto no que concerne aos fatos positivos, quanto aos possveis fracassos. Essa atitude contribuir para que se atinja uma soluo satisfatria, ao final do projeto.

4.1.6. Retorno do Investimento

Um fator importante a ser considerado no projeto a apresentao do quanto foi aplicado na implantao da tecnologia e em quanto tempo esse valor ser retornado. Costumase denominar o retorno do valor em dinheiro empregado na implantao da tecnologia pelo termo ROI, que a abreviatura da expresso em Lngua Inglesa de Return On Investment. Nesse conceito se incluem, por exemplo, os valores aplicados com os equipamentos que foram adquiridos, custo dos contratos de servios estabelecidos etc.

4.1.7 Previso de Crescimento

Atentar para o crescimento que poder ocorrer na organizao, se possivel realizar uma previso de crescimento da organizao no que desrespeito a infraestrutura de dados e voz. 54

4.2 Histrico da matriz

Nascida em maio de 1964, em Santa Catarina, na cidade de Jaragu do Sul, a Marisol iniciou suas atividades como fabricante de chapus de praia. Quatro anos depois, em 1968, descobre sua real vocao e entra no setor de vesturio, passando a produzir roupas em malha. Desde ento, a Marisol vem experimentando um crescimento constante, sempre voltada para a excelncia, sendo hoje uma das grandes indstrias do seu setor no pas.

Na busca incessante de novos mercados, e seguindo o caminho do crescimento rumo ao novo milnio, a Marisol se expandiu geograficamente. O grupo, que comemora em 2010 46 anos, possui em torno de 6.000 colaboradores divididos em mais trs parques fabris no estado de Santa Catarina (Jaragu do Sul, Benedito Novo, Schroeder), um no Rio Grande do Sul (Novo Hamburgo), uma unidade na cidade de So Paulo e uma unidade na regio Nordeste. Nestas unidades alm de roupas, so produzidas tambm meias, calados e acessrios.

Ambiente de telefonia da matriz

A rede de telefonia fixa da Marisol matriz conectada ao PSTN atravs de link da OI. Este link de comunicao conectado travs de uma fibra ptica que conectado ao multiplexador que tem como funo filtrar a comunicao informando se voz ou dados. Este multiplexador conectado ao modem que por sua vez se conecta ao PABX de onde so distribudos os ramais. A central composta por 08 Troncos analgicos, 64 Ramais digitais, 304 Ramais analgicos. A seguir uma ilustrao referente comunicao telefnica da matriz.

Figura 25: Comunicao telefnica da Matriz Fonte: O Autor

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De acordo com informaes coletadas junto matriz, referente ao custo de ligaes telefnicas fixas, foi elaborada a tabela 02 contendo a mdia mensal de quanto foi gasto em ligaes telefnicas no perodo de 01/2010 a 05/2010. Abaixo segue a tabela.

Tabela 3: Custo de ligaes da matriz

4.3. Histrico da filial

A filial da Marisol no Cear foi implantada em 1999, na cidade de Pacatuba, Regio Metropolitana de Fortaleza, levando-se em conta a vocao do Estado para a rea txtil. Foi primeira unidade da Marisol instalada fora do Estado de Santa Catarina. Atualmente, a fbrica da Marisol Nordeste tem uma capacidade de produo de 12,5 milhes de peas de roupas por ano. Nesta unidade trabalham 1.827 colaboradores.

Cada pea produzida pela Marisol Nordeste resultado final de tecnologia avanada que, aliada longa experincia da empresa no seu ramo de atuao, garante o alto padro de qualidade do que fabricado. A empresa investe continuamente na atualizao tecnolgica dos meios de produo e do conhecimento, para garantir a eficcia dos processos e a competitividade. dessa forma que temos marcas reconhecidas e aprovadas pelos consumidores de todo pas e do mundo afora: Pakalolo, Criativa, Mineral, Babysol, Lilica Ripilica, Tigor T. Tigre, Rosa Ch e Marisol, alm das redes de franquias Lilica & Tigor, Rosa Ch e One Store. A Marisol atua com mais de 15 mil pontos de vendas multimarcas em todo pas.

Ambiente de telefonia da filial

O ambiente de telecomunicaes da Marisol Nordeste praticamente igual ao da Marisol Matriz, composto pela conexo ao PSTN atravs de um link da operadora OI. Este link de comunicao conectado atravs de uma fibra ptica que conectado ao 56

multiplexador que conectado ao modem que por sua vez se conecta ao PABX. A central composta por 06 troncos analgicos, 80 ramais analgicos e 10 ramais digitais. A seguir uma ilustrao da comunicao telefnica da Marisol Filial.

Figura 26: Comunicao telefnica da filial Fonte: O Autor

De acordo com informaes coletadas referente a chamadas telefnicas da Marisol filial, no perodo de 01/2010 a 05/2010, foi possvel construir a tabela 03, contendo a mdia mensal de quanto foi gasto nesses ltimos meses em ligaes DDD e Local, conforme se pode ver abaixo.

Tabela 4: Custo de ligaes da filial

4.4. Comunicao Matriz e filial

No ambiente de comunicao de telefonia entre a matriz e filial como j foi descrito anteriormente conectado a PSTN atravs de um link da operadora OI em ambas. J a comunicao de dados diferente. A Marisol filial possui dois links de comunicao com velocidade de 512 Kbps cada, um link disponibilizado pela Embratel e o outro pela Brasil Telecom. A Marisol matriz tambm possui dois links de comunicao de dados, mais a 57

velocidade superior a filial, cujos links possuem velocidade de 1536 Kbps cada, que so disponibilizados pelas mesmas operadoras da filial. A seguir uma ilustrao da comunicao de dados e voz atualmente entre a matriz e filial.

Figura 27: Comunicao entre matriz e filial Fonte: O Autor

Alm dos custos em ligaes telefnicas, a Marisol tambm tem um custo mensal elevado com os links de comunicao de dados, conforme se pode ver na tabela contendo estes custos.

Tabela 5: Custo com os links de dados

4.5 Estudo no ambiente da Filial

Seguindo um dos requisitos para implantao da tecnologia VoIP na Marisol, foram verificados cada um dos equipamento de rede existente na Marisol filial, sendo o resultado bastante satisfatrio. Na filial, todos os equipamentos, como switchs da marca 3Com, modelo 4500 e roteadores cisco, so gerenciveis, alm de possurem suporte 58

qualidade de servio. O resultado foi satisfatrio, porque para a implantao da tecnologia VoIP, um dos requisitos que os switchs e roteadores sejam gerenciveis com suporte a QoS. Como a Marisol filial j possui esse requisito, o mesmo tornar-se- um custo a menos para implantao. Outro fator importante que o PABX da filial possui suporte para trabalhar como PABX IP, sendo suficiente realizar a instalao de placas VoIP.

Outro passo bastante importante e crucial no planejamento realizar uma monitorao no desempenho da largura de banda atravs de algum software capaz de realizar esta atividade. O Grupo Marisol possui um software conhecido como Alot que possui vrias funes para o gerenciamento de rede, e uma dessas funes realizar o monitoramento da largura de banda. Atravs desta ferramenta, foi possvel realizar um estudo monitorando a largura de banda durante os meses de 01/2010 a 05/2010. Foi verificado que em horrios de pico, quase toda banda utilizada, como pode ser verificado no grfico exposto na figura 28. De acordo com o estudo, conclui-se que invivel realizar a implantao da tecnologia VoIP utilizando a banda existente, com isso, ser proposto um aumento de banda para a realizao de testes de acordo com o projeto piloto.

Figura 28: Grfico da Largura de Banda Fonte: Software Gerencivel Alot

Paralelo a este estudo, foi verificado que uma ligao telefnica utilizando a internet consome o equivalente a 30 Kbps da banda. O teste foi realizado em uma empresa parceira com o ambiente parecido com o da Marisol que j utiliza os servios da tecnologia VoIP, sendo o resultado obtido a partir de uma ferramenta de gerenciamento de banda conhecido como VoIP BW Calculator.

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Como ser realizado um projeto piloto antes da implantao de toda a tecnologia e suas funcionalidades, foi realizado um estudo entre todos os setores, com o intudo de verificar quais deles na Marisol filial realizam mais ligaes para a matriz e quantas ligaes so realizadas simultaneamente. Verificou-se que, em mdia, so realizadas quatro chamadas simultaneamente. Esse estudo foi possvel porque a central possui um aplicativo que permite emitir relatrios de ligaes telefnicas de todos os setores. Foram gerados grficos de ligaes de todos os setores, como exemplo, pode ser verificado na figura 29.

Figura 29: Grfico da quantidade de ligaes Fonte: Software gerencial de ligaes

Depois do levantamento de informaes que o estudo proporcionou, foi construda a tabela 05, contendo os setores que mais realizam ligaes para a matriz. A proposta ser realizar testes com as funcionalidades do VoIP utilizando estes setores, monitorando o desempenho e a qualidade da tecnologia, coletando informaes que sero de vital importncia para a implantao do projeto como um todo. A seguir a tabela contendo a mdia mensalmente do que foi gasto no perodo de 01/2010 a 05/2010 pelos setores que mais realizam chamadas para a matriz.

Tabela 6: Setores que mais realizam chamadas para a matriz 60

4.6. Proposta

De acordo com o levantamento de informaes adquiridas atravs do estudo, foi verificado que o link de comunicao de dados em horrios de pico fica quase todo ocupado. Desse modo, ser proposto um aumento deste link para 512 Kbps. Levando em conta que a Marisol filial realiza cerca de quatro ligaes simultaneamente, segundo o estudo, estaria consumindo 120 Kbps da banda. Levando em considerao o estudo realizado nos setores que mais realizam chamadas para a matriz, ser proposta a locao de alguns equipamentos necessrios para testes, que sero realizados no projeto piloto. Equipamentos estes como telefone IP, Softphone e placas VoIP.

A proposta instalar softphones e telefones IPs em cada departamento, isto , nos setores que mais realizam chamadas telefnicas para a matriz. Ser necessrio, tambm, a utilizao de placas VoIP no PABX existente na filial e na matriz, ambos utilizaram o protocolo H.323.

Como os departamentos de RH e Suprimentos so uns do que mais realizam chamadas para a matriz, sero instalados dois softphone e dois telefones IP, nos demais setores ser instalado apenas telefone IP, um em cada setor. Esta a principal idia mas durante a anlise dos testes este cenrio poder mudar. Isso ir depender dos resultados que forem levantados. Essa anlise ser referente satisfao do usurio, desempenho da banda, se h perda durante a conversao etc.

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4.7. Definio do Investimento

Levando em considerao o que foi proposto para o projeto piloto, pode ser verificado que ser necessrio aumentar a largura de banda para 512Kbps e a locao de alguns equipamentos para a realizao do projeto piloto. Como a Marisol j possui um contrato de aumento de banda e mais QoS com a operadora, no teremos custos com o aumento da largura de banda para realizao do projeto piloto.

Referente aos equipamentos, sero locados sete telefones IPs, quatro softphones e duas placas VoIP de oito ramais. O custo de locao ser de R$ 1.000,00 (um mil reais) mensalmente no perodo de doze meses. A instalao e treinamentos para uso dos equipamentos ser de R$ 500,00 (quinhentos reais). Pode ser verificado de acordo com os custos, que a Marisol filial no obter economia em ligaes telefnicas de imediato, mais se espera que nestes doze meses, Marisol filial j tenha implantado toda a tecnologia VoIP e as funcionalidades da telefonia IP em seu ambiente de comunicao, com o principal objetivo de diminuir os custos em ligaes telefnicas entre a matriz e filial.

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4.8. Benefcios com a Implantao

Com a implantao da tecnologia VoIP e todas as funcionalidades que a telefonia IP oferece, so inmeros os benefcios na utilizao de tais servios. A seguir so apresentados os benefcios que sero obtidos com a implantao de todo o projeto na Marisol filial. Reduo de custos em ligaes telefnicas, pois alm da filial realizar chamadas para a matriz utilizando a Internet, quando for necessrio realizar chamadas para algum fornecedor com o mesmo cdigo de rea da matriz, o custo da ligao ser cobrado como se fosse uma ligao local.

Mobilidade na infraestrutura dos ramais. Atualmente, na Marisol filial, ocorre bastantes mudanas de layout, gerando custos a cada mudana, pois tem que ser feito uma nova infraestrutura a cada mudana. Com os telefones IPs, basta um ponto de rede para a comunicao funcionar, ou seja, reduzindo custos, pois no ser necessrio fazer uma nova infraestrutura para telefonia.

Centralizao da gesto da infraestrutura, pois fica bem mais fcil e prtico para a rea de Tecnologia da Informao gerenciar tecnologias em uma mesma infraestrutura.

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5. Trabalhos Futuros e Concluso

Neste captulo ser apresentado o que se pretende e venha a ser trabalhado futuramente, na utilizao da tecnologia VoIP em todo grupo Marisol, bem como a concluso tirada do projeto.

5.1 Trabalhos Futuro

Na expectativa de que a anlise a ser realizada sobre o projeto piloto seja satisfatria, a implantao da tecnologia VoIP, e de todos os benefcios e funcionalidades da telefonia IP, no demorar muito para ser realizada em todo o grupo Marisol. Supondo que os resultados sero satisfatrios, a implantao da tecnologia abrir portas para um novo conceito de telefonia em todo grupo Marisol, de modo a fazer com que toda a comunicao entre a matriz e todas suas filiais seja por meio da internet, utilizando a tecnologia VoIP.

Com o objetivo de tornar mais gil e eficiente a comunicao entre as unidades do grupo, seguem-se propostas para futuros trabalhos na utilizao da tecnologia VoIP:

Realizar a implantao da tecnologia VoIP e as funcionalidades da telefonia IP em todo ambiente de comunicao de voz da Marisol filial.

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 Passar a utilizar uma operadora VoIP com o intuito de reduzir os preos das tarifas, o que possibilitar uma maior reduo de custos. Viabilizar a implantao da tecnologia em todas as unidades do grupo, possibilitando a comunicao entre representantes de vendas e as lojas atravs da internet. Migrar todo ambiente de voz da matriz para a utilizao da tecnologia VoIP, o que possibilitar tambm a viabilizao da tecnologia em todas as demais filiais.

5.2 Concluso

Atravs dos ricos conhecimentos obtidos no curso de Bacharelado em Cincias da Computao, foi possvel encarar este projetor desafiador. O seu principal objetivo consiste em diminuir o custo em ligaes telefnicas da Marisol filial para a matriz, utilizando uma tecnologia consideravelmente nova, conhecida como VoIP, que utiliza a Internet para realizao de chamadas telefnicas.

A principio, o projeto seria implantar a tecnologia VoIP e as funcionalidades da telefonia IP no ambiente existente da Marisol filial, eliminando a telefonia atualmente usada, com o intuito de economizar recursos em ligaes telefnicas. No entanto, logo no inicio do projeto, observou-se que no seria somente implantar a tecnologia e esperar a economia chegar.

Todos os aspectos deveriam ser bem planejados para que o projeto pudesse ser bem sucedido. Assim, foi estabelecida uma srie de requisitos, que devem ser levados em considerao antes da implantao da tecnologia VoIP, requisitos estes, que podem ser encontrados no inicio do captulo quatro.

Levando em considerao todos os requisitos necessrios implantao da tecnologia VoIP, foi dado inicio ao projeto por meio da realizao de todo um mapeamento do ambiente existente na Marisol filial. Ali foram avaliados todos os equipamentos de redes e telefonia. Aps essa avaliao dos equipamentos, foi gratificante saber que o ambiente da Marisol filial suporta a tecnologia VoIP e que no ser necessrio um custo adicional com a 65

compra de alguns equipamentos, tais como exemplo, switchs e roteadores.

Com todas as informaes obtidas atravs dos requisitos, foi possvel realizar estudos que apontaram, primeiramente, a proposta de um estudo experimental. Isso apontou para a recomendao de que, primeiramente, se construsse um projeto piloto, a fim de realizar testes de monitoramento. Os resultados dessa primeira parte possibilitaro a execuo do projeto como um todo.

A principal concluso obtida foi a de que a comunicao telefnica entre a Marisol filial e matriz possui condies e suporte para a implantao da tecnologia VoIP, e com certeza vivel realizar a implantao da tecnologia VoIP em seu ambiente j existente, mais a comunicao telefnica ainda ser realizada utilizando a telefonia convencional. Contudo, em paralelo, tambm se estar utilizando a tecnologia VoIP em alguns setores, onde sero avaliados todos os aspectos da tecnologia, como exemplo, a reduo de custos de ligaes nos setores e desempenho das ligaes telefnicas. Espera-se que, atravs dos resultados obtidos nestes testes, em pouco tempo a Marisol filial esteja com o ambiente de comunicao de voz utilizando a tecnologia VoIP e as funcionalidades da telefonia IP.

Espera-se, igualmente, que este trabalho sirva para empresas que possuam um ambiente de comunicao parecido com o da Marisol, que realizam um grande volume de ligaes telefnicas entre a matriz e filial, e que pretendem diminuir os custos em ligaes. Atravs deste trabalho, espera-se tambm que seja possvel realizar um planejamento antes de qualquer implantao, para o projeto ser bem sucedido, procurando utilizar uma soluo vivel financeiramente e tecnicamente.

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6. Referncias Bibliogrficas
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