Protocolos Redes PDF
Protocolos Redes PDF
Protocolos Redes PDF
PROTOCOLOS DE REDES
AUTORIA:
1
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Mdulo de: PROTOCOLOS DE REDE
Autoria: Ing. M.Sc./D.Sc. Anibal D. A. Miranda
2
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A presentao
O bjetivo
E menta
3
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
S obre o Autor
4
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
S UMRIO
UNIDADE 1 .............................................................................................................................. 8
Protocolos ............................................................................................................................. 8
UNIDADE 2 ............................................................................................................................ 14
Organizaes Padronizadoras ............................................................................................ 14
UNIDADE 3 ............................................................................................................................ 19
Modelo De Referncia OSI ................................................................................................. 19
UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 23
O Nvel De Aplicao .......................................................................................................... 23
UNIDADE 5 ............................................................................................................................ 27
O Nvel De Apresentao.................................................................................................... 27
UNIDADE 6 ............................................................................................................................ 29
O Nvel De Sesso .............................................................................................................. 29
UNIDADE 7 ............................................................................................................................ 34
O Nvel De Transporte ........................................................................................................ 34
UNIDADE 8 ............................................................................................................................ 37
O Nvel De Rede ................................................................................................................. 37
UNIDADE 9 ............................................................................................................................ 40
O Nvel De Enlace De Dados .............................................................................................. 40
UNIDADE 10 .......................................................................................................................... 47
O Nvel Fsico ...................................................................................................................... 47
UNIDADE 11 .......................................................................................................................... 50
Mais Sobre O Modelo OSI .................................................................................................. 50
UNIDADE 12 .......................................................................................................................... 54
Modelo De Referncia Internet (Dod).................................................................................. 54
UNIDADE 13 .......................................................................................................................... 59
Protocolos Do Nvel De Aplicao ...................................................................................... 59
5
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
UNIDADE 14 .......................................................................................................................... 72
Protocolos Do Nvel De Transporte: TCP............................................................................ 72
UNIDADE 15 .......................................................................................................................... 91
Protocolos Do Nvel De Transporte: UDP ........................................................................... 91
UNIDADE 16 .......................................................................................................................... 95
Portas Dos Protocolos De Transporte ................................................................................. 95
UNIDADE 17 .......................................................................................................................... 99
6
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
UNIDADE 30 ........................................................................................................................ 229
Pilha De Protocolos Appletalk, SMDS & SONET/SDH...................................................... 229
GLOSSRIO ........................................................................................................................ 240
7
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 1
Objetivo: Entender o que significa e qual a importncia dos protocolos de comunicaes.
Protocolos
Introduo
Na rea das redes de computadores, a palavra protocolo encontra-se em todo nvel, isto
porque, praticamente seria impossvel que as redes se comuniquem umas com outras se os
protocolos no existissem, ou seja, a condio necessria e suficiente para que as redes
funcionem da maneira como elas funcionam atualmente a existncia de protocolos de
comunicao.
8
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Apple Talk
Os protocolos mais recentes, para comunicao com a Internet, so determinados pela IETF,
e a IEEE ou ISO para outros tipos de protocolos. A ITU-T controla os protocolos de
telecomunicaes, assim como seus formatos. Os princpios da engenharia de sistemas so
aplicados na criao e desenvolvimento dos protocolos de rede.
As organizaes que efetuam o desenvolvimento dos protocolos de rede esto descritas logo
a seguir com seus respectivos sites para consulta; l se encontram disponveis documentos
que descrevem como foram padronizadas determinadas funes ou implementaes para
rede, normalmente tais documentos so chamados de RFC (Request For Comments).
Qualquer proposta de padronizao que submetida passa por um processo antes de virar
uma RFC. Incialmente ela recebe o nome de Draft Proposal, ou algo assim como uma
proposta em rascunho. As propostas so analisadas por um grupo de trabalho conforme a
rea que se referem e se aprovadas por votao, recebe um nmero e se torna uma RFC.
Mesmo assim, vale a pena mencionar que um protocolo para ser utilizado na Internet no
necessariamente precisa se tornar um padro Internet.
S = Internet Standard
PS = Proposed Standard
DS = Draft Standard
E = Experimental
I = Informational
9
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
H = Historic
Abaixo segue uma tabela que contm algumas RFCs importantes e a classificao por
STANDARD. O STANDARD o agrupamento das RFC que se referem a um determinado
padro:
10
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
11
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
12
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
13
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 2
Objetivo: Saber quem define os padres utilizados na Internet.
Organizaes Padronizadoras
A IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers uma organizao sem fins
lucrativos, estabelecida nos Estados Unidos. Ela a maior em nmero de membros
(profissionais). A IEEE foi formada em 1963 pela fuso do Institute of Radio Engineers (IRE)
e do 'American Institute of Electrical Engineers' (AIEE). A IEEE tem diversos escritrios em
varias partes do mundo. Os seus membros so engenheiros eltricos, estudantes de cincia
da comutao, trabalhadores de telecomunicaes, etc. O objetivo promover a engenharia
eltrica. As suas maiores realizaes se deram no campo da computao onde
estabeleceram diversos padres para software e dispositivos.
14
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
http://info.computer.org/standards/standesc.htm
A IANA, que operada pela ICANN, uma das instituies mais antigas da Internet, e est
em atividade desde a dcada de 70. A IANA a entidade responsvel por coordenar alguns
15
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
dos elementos fundamentais que mantm a Internet funcionando normalmente. Embora a
Internet seja conhecida por ser uma rede mundial sem uma coordenao central, existe a
necessidade tcnica de que alguns componentes essenciais da Internet tenham uma
coordenao global e esse o papel de coordenao da IANA.
Modelos De Inter-Redes
No final da dcada de 1970, foi criado um modelo de referncia que foi chamado de OSI
(Open Systems Interconnection), este sistema foi desenvolvido pela ISO (International for
Standardization Organization). A proposta desse modelo era conectar diferentes tipos de
redes e sistemas, criando uma referncia para os fabricantes desenvolverem os protocolos e
hardware adequadamente.
16
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Pode-se dizer que ajudou bastante e ate que se tem alguma compatibilidade hoje em dia,
mas ainda existem solues proprietrias que seguem padres prprios.
Todavia a OSI o modelo padro para o desenvolvimento de arquitetura para redes. Neste
modelo de referncia consta tudo o que necessrio para efetuar a comunicao atravs
das mdias de rede, at uma aplicao ou outro computador. O modelo de referncia OSI
separa as funes em camadas ou nveis.
O Enfoque Em Nveis
O modelo de referncia uma espcie de guia para orientar como as comunicaes devem
ocorrer. So agrupadas em nveis (camadas) as diversas funes que devem ser
implementadas. Pode-se dizer que um sistema de comunicao projetado desta forma
desenvolvido com arquitetura de nveis.
Uma analogia seria comparar as camadas como departamentos de uma grande empresa,
cada qual efetua uma tarefa que ajuda o todo a alcanar o seu objetivo. Para que a
comunicao flua de forma coerente so implementados protocolos que so a
implementao dos procedimentos executados por uma camada. Dessa forma no enfoque
em nveis cada camada pode ter um conjunto de protocolos que efetua as tarefas de forma
similar conforme as necessidades da rede ou sistema operacional.
17
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Vantagens Dos Modelos De Referncia
Simplifica o ensino e aprendizagem: Fica mais fcil aprender por partes as funes
das camadas associando palavras chaves funo que desempenham.
18
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 3
Objetivo: Saber a definio e funcionalidades do modelo de referncia de redes OSI.
Para tratar desse problema, a International Organization for Standardization (ISO) realizou
uma pesquisa sobre vrios esquemas de rede.
No decorrer desse modulo ser explicado como funciona o modelo de referncia OSI,
citando quais as funes bsicas que acontecem em cada camada deste modelo que a
base para entender como funcionam os protocolos de rede e a comunicao entre
dispositivos.
Podem-se solucionar vrios dos problemas de rede atravs de testes para detectar em que
nvel se encontra a falha de comunicao.
19
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O modelo de referncia OSI possui sete nveis (ou camadas):
20
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
possvel dividir o modelo OSI em dois blocos conforme sua finalidade. O primeiro bloco
define como as aplicaes dentro das estaes finais se comunicam entre si e compreende
as camadas superiores.
21
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Nvel Rede (3): Oferece endereamento lgico que os roteadores utilizam para
determinar o caminho.
Nvel Enlace (2): Combina pacotes em Bytes e Bytes em quadros, oferece acesso
mdia usando endereo MAC (Media Access Control) e realiza a deteco de erro, no
correo.
Nvel Fsico (1): Move bits entre dispositivos, Especifica voltagem, velocidade no fio e
a pinagem dos cabos.
22
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 4
Objetivo: Saber as funcionalidades da camada de Aplicao.
O Nvel De Aplicao
Este nvel aquele que faz de interface com o usurio, ou seja, quando um usurio liga um
computador com este nvel que normalmente ele interage com a mquina. Este nvel de
Aplicao o responsvel direto por identificar se existem recursos suficientes para iniciar a
comunicao com o recurso desejado.
Esse mtodo de acesso normalmente utilizado por aplicaes como o correio eletrnico (e-
mail) e os servios de compartilhamento de arquivo que efetuam transferncias de dados
entre outras tarefas.
Existem outras aplicaes que so utilizadas hoje em dia pelas organizaes com freqncia
e que exigem aplicaes inter-redes:
Gateways de e-mail: Fazem o USO do padro SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)
e/ou do X.400 para que sejam providos servios de mensagens.
23
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Utilitrios de navegao Internet: Incluem aplicaes como mecanismos (motores) de
busca (Google, Yahoo, Altavista, etc.) e tambm aplicaes como o Gopher que
necessitam de acesso a Internet para localizar informaes.
Esta camada deve providenciar todos os servios diretamente relacionados aos usurios.
Alguns destes servios so:
Transferncia de informaes
24
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Servios De Divulgao
Faz a divulgao dos servios disponveis aos clientes empregando mtodos ativos e
passivos para divulgar os servios. Sendo que o mtodo ativo consiste em os servidores de
servios os divulgarem ativamente atravs de broadcast. Essa divulgao vlida por um
tempo determinado o que obriga o Broadcast ser atualizado dentro de um tempo
especificado, j que os clientes o removero de suas tabelas de servios,caso isso no
ocorra.
25
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
para coordenar o uso dos recursos nos dois respectivos computadores, na verdade os
computadores que participam de um processamento cooperativo, compartilham todos os
seus recursos. Um computador pode iniciar um processo em outro para tirar proveito de
alguns ciclos de processamento livres.
26
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 5
Objetivo: Saber as funcionalidades da camada de Apresentao.
O Nvel De Apresentao
Transformao de dados
Formatao de dados
Sintaxe de seleo
27
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Na parte grfica que envolve multimdia e imagens podem ser encontrados os seguintes
formatos:
PICT
QuickTime
A formatao de dados (texto, figuras, arquivos binrios, etc.) serve para que o computador
receptor entenda o que o computador emissor envia.
Um bom lembrete para esta camada de Apresentao a palavra formatos, j que neste
nvel que os formatos so definidos para ser enviados e/ou recebidos das outras mquinas.
28
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 6
Objetivo: Saber as funcionalidades da camada de Sesso.
O Nvel De Sesso
O nvel de Sesso separa os dados das diferentes aplicaes das camadas superiores.
Esta camada gerencia todas as atividades das camadas inferiores. Ela faz isso atravs de
conexes virtuais, que so estabelecidas quando a estao transmissora troca mensagens
29
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
com a estao receptora, e diz a ela para iniciar e manter um enlace (link) de comunicao.
similar ao que acontece quando algum se conecta a uma rede. Uma vez feito o login pelo
usurio, a conexo mantida at o logout, mesmo sem acesso contnuo rede.
Intercmbio De Dados
O intercmbio de dados o recurso mais importante da camada de sesso. Ele envolve trs
fases: estabelecimento, utilizao e liberao. O estabelecimento de sesso feito atravs
de um pedido de conexo camada de transporte, e envolve a negociao entre usurios no
que tange aos diversos parmetros da conexo. Alguns destes parmetros so pertinentes
conexo de transporte e so simplesmente passados para esta conexo sem qualquer
modificao.
A liberao pode ser feita de duas formas na camada de sesso: de forma abrupta ou
disciplinada. A primeira anloga a desconexo na camada de transporte e uma vez
30
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
emitida, a conexo no recebe mais nenhum dado. Ela utilizada para abortar conexes. A
liberao disciplinada, por sua vez, utiliza um Handshake (protocolo de inicializao)
completo: pedido, indicao, resposta e confirmao. Com isso, esta forma de liberao
pode aceitar mensagens at que uma confirmao seja enviada.
A camada de sesso pode transmitir quatro tipos diferentes de dados, a saber: regulares e
expedidos (anlogos aos tipos da camada de transporte), tipificados e dados de capacidade.
Gerenciamento De Dilogos
O controle de conversao implementado por meio de tokens, ou seja, quem o possui tem
o direito de se comunicar. O token pode ser requerido, porm pode-se adotar uma poltica de
prioridades para permitir uso desigual do token.
Existem muitas situaes em que o software da camada superior est estruturado de forma a
esperar que os usurios se revezem (comunicao Half-duplex). Para tal, foram introduzidos
controles para determinar de quem a vez de transmitir. O gerenciamento de dilogos foi
implementado atravs do uso de tokens de dados. Ao se estabelecer uma sesso, pode ser
utilizado um parmetro que indique o modo (Half-duplex) e um outro parmetro que diga qual
dos lados recebe inicialmente o token. Somente o usurio que est com o token pode
transmitir, enviando o token para o outro usurio assim que encerrar sua transmisso.
Sincronizao
O texto na camada de sesso pode ser dividido em pginas. Estas pginas podem ser
separadas por pontos de sincronizao. Se ocorrer algum problema possvel reiniciar a
31
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
partir de um ponto de sincronizao anterior (ressincronizao). Quando essa
ressincronizao ocorre, o salvamento de mensagens (e a retransmisso subseqente)
ocorre acima da camada de sesso.
Gerenciamento De Atividades
32
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A ISO concluiu que se um usurio iniciar uma atividade enquanto o outro estiver fazendo
uma sincronizao secundria, podem ocorrer problemas. Para solucionar isso, antes que
uma atividade ou operao de sincronizao seja iniciada a camada de Sesso do usurio
deve reter os tokens de atividade, sincronizao secundria e dados.
Relatrio De Excees
Este servio utilizado para que sejam relatados erros inesperados. Se o usurio tiver algum
problema, ele pode relatar este para seu parceiro explicando o que aconteceu. O relatrio de
excees no se aplica apenas a erros detectados pelo usurio, mas tambm para
problemas internos na camada de sesso ou problemas relatados pelas camadas inferiores.
Porm a deciso da ao que deve ser tomada sempre feita pelo usurio.
33
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 7
Objetivo: Saber as funcionalidades da camada de Transporte.
O Nvel De Transporte
O nvel de Transporte oferece servios de remessa (transporte) de mensagens que pode ser
confivel (orientado conexo) ou no confivel (no orientado conexo). Realiza tambm
correo de erro antes de transmitir.
A camada de Transporte efetua a segmentao dos dados das aplicaes do nvel superior
quando esta no processo de envio e efetua a unio ao fluxo de dados e a montagem quando
recebe pacotes da camada de rede. . Ela cuida do transporte de dados fim a fim e estabelece
uma conexo lgica entre os computadores de envio e de destino na rede.
Funcionamento Bsico
Fase de estabelecimento
Fase de transferncia
Fase de terminao
Fase De Estabelecimento
Fase De Transferncia
Esses servios tm como objetivo a transferncia de dados de acordo com a qualidade dos
servios descritos na fase de estabelecimento.
Fase De Terminao
Esses servios permitem encerrar uma sesso terminando a conexo, sendo notificadas
ambas as partes.
35
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Basicamente a camada trata dos seguintes processos e mtodos:
36
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 8
Objetivo: Saber as funcionalidades da camada de Rede.
O Nvel De Rede
O nvel de Rede oferece endereamento lgico que os roteadores utilizam para determinar o
melhor caminho possvel at o destino final.
A camada de rede uma camada que cuida dos endereos dos dispositivos de rede (sua
localizao) e da seleo do melhor caminho entre dois sistemas que esto em lugares
diferentes. Para lembrar dessa camada se lembre de caminho ou rota (roteamento e
endereamento). Absolutamente todos os Roteadores de rede atuam neste nvel, algumas
Bridges (Pontes) poderiam atuar tambm neste nvel ou camada.
Entre os protocolos que fazem manuteno de tabelas de roteamento assim como informam
da disponibilidade da mesma temos o RIP (v1 e v2), o EIGRP e o OSPF.
Funcionamento Bsico
Estabelece uma conexo lgica entre dois pontos, cuidando do trfego e roteamentos dos
dados da rede.
37
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Roteamento o processo de escolha do caminho pelo qual iremos enviar os datagramas.
Pode ser dividido em:
Roteamento Direto: comunicao entre dois computadores alocados em uma mesma rede
fsica.
Roteamento Indireto: conexo entre dois computadores alocados em redes distintas. Neste
caso, necessrio o uso de roteadores Gateways para efetuar o encaminhamento dos
datagramas (blocos de dados) rede destino.
38
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Basicamente a camada trata dos seguintes processos e mtodos:
39
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 9
Objetivo: Saber as funcionalidades da camada de enlace de dados.
O nvel de Enlace combina pacotes em bytes e bytes em quadros. Oferece acesso mdia
usando endereo MAC. Realiza a deteco de erro, no correo.
A camada de enlace (data link) oferece a transmisso fsica dos dados e cuida da notificao
de erro, topologia de rede e controle de fluxo. Ela cuida do trnsito seguro dos dados e
garante que as mensagens sejam entregues ao dispositivo correto em uma rede; isto feito
atravs do uso dos endereos de hardware (endereamento fsico).
40
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Funcionamento Bsico
Desde que a camada fsica simplesmente aceita e transmite uma seqncia de bits sem
qualquer relao de significado ou estrutura, tarefa da camada de enlace criar e
reconhecer limites de quadros. Isto pode ser conseguido pelo acrscimo de padres de bit
especiais ao comeo e fim do quadro. Se estes padres de bit podem acidentalmente ocorrer
nos dados, um cuidado especial deve ser tomado para se estar certo de que estes padres
no so interpretados incorretamente como delimitadores de quadros. Um rudo na linha
pode destruir um quadro completamente. Neste caso, o software da camada de enlace na
mquina de origem pode retransmitir o quadro. Entretanto, transmisses mltiplas do mesmo
quadro introduzem a possibilidade de quadros duplicados. Um quadro duplicado poderia ser
enviado se o quadro de reconhecimento indo do receptor para o emissor fosse perdido.
Esta camada deve resolver os problemas causados pela danificao, perda e quadros
duplicados. A camada de enlace pode oferecer diversas classes de servio diferentes para a
camada de rede, cada um com uma qualidade e preo diferente.
Uma outra questo que surge na camada de enlace (e na maioria das camadas mais altas)
como manter um transmissor rpido inundando com dados um receptor lento. Alguns
mecanismos de regulamentao de trfico devem ser empregados para que o transmissor
saiba quanto de espao de buffer o receptor tem no momento. Freqentemente, esta
regulagem de fluxo e a recuperao de erro so integradas. Se a linha pode ser usada para
transmitir dados nas duas direes (modo Full-duplex), isto introduz uma nova complicao
que o software da camada de enlace deve lidar. O problema que o trfego dos quadros de
41
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
reconhecimento de A para B compete com o uso da linha com trfego de quadros de dado
de B para A. Uma soluo inteligente, conhecida como Piggyback, tem sido formulada.
Redes broadcast tm uma questo adicional na camada de ligao: como controlar o acesso
no canal compartilhado. Uma subcamada especial da camada de enlace, a subcamada de
acesso ao meio, lida com o problema.
O IEEE iniciou em Fevereiro de 1980 (02/80) o projeto conhecido como 802 que definiu uma
srie de normas para as camadas Fsica e Enlace do modelo de referncia OSI. Sendo a
camada de Enlace de dados subdividida em duas subcamadas:
802.3: descrio da subcamada MAC e camada Fsica para redes com topologia em
barramento e mtodo de acesso ao meio baseado em CSMA/CD;
802.4: descrio da subcamada MAC e camada Fsica para as redes com topologia em
barramento e mtodo de acesso ao meio baseado em token-passing (Token-Bus);
42
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
802.5: descrio da subcamada MAC e camada Fsica para as redes com topologia em anel
e mtodo de acesso ao meio baseado em token-passing (Token-Ring);
802.6: descrio da subcamada MAC e camada Fsica para as redes metropolitanas (MAN).
O padro IEEE 802.3 para uma LAN com CSMA/CD persistente a sua origem vem do
sistema ALOHA, posto em funcionamento em 1971 para comunicao entre os
computadores dos 7 campi (em 4 ilhas) da Universidade do Hava. A comunicao era feita
por ondas de rdio. Mais tarde a deteco de portadora foi adicionada, e a Xerox construiu
um sistema CSMA/CD de 2.94 Mbps para conectar at 100 estaes de trabalho pessoais
em um cabo de at 1 Km de extenso. O sistema foi chamado de Ethernet como referncia
ao ter luminescente, atravs do qual se pensou, em certa poca, que se propagavam as
radiaes eletromagnticas.
A Ethernet da Xerox foi to bem sucedida que a Xerox, a DEC e a Intel redigiram um padro
para uma Ethernet de 10 Mbps (Ethernet verso 2). Esse padro formou a base do IEEE
802.3.
O padro 802.3 difere da especificao Ethernet no fato de descrever toda uma famlia de
sistemas CSMA/CD persistentes, rodando a velocidades de 1 a 10 Mbps e sob diversos
meios fsicos (do par-tranado fibra ptica, passando pelo cabo coaxial), enquanto a
Ethernet s o faz para 10 Mbps e com meio fsico tipo cabo coaxial de 50 ohms. Outra
diferena est na Ethernet especificar os servios das camadas 1 e 2 do modelo de
referncia OSI, enquanto a norma IEEE 802.3 especifica a camada fsica (nvel 1) e
subcamada MAC do nvel 2 sem definir o protocolo da subcamada LLC do nvel 2 (definida
separadamente pela IEEE 802.2).
Vale ressaltar que ambos os padres (Ethernet II e IEEE 802.3) podem coexistir em uma
mesma LAN, mas cuidados especiais devem ser tomados para que a mesma funcione
corretamente.
43
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Os formatos dos quadros (Frames) Ethernet e da IEEE 802.3 so mostrados na figura onde o
tamanho dos campos est expresso em Bytes.
A seguir vem um byte denominado delimitador de incio de quadro (start-of-frame, SOF). Este
Byte termina com 2 bits 1 consecutivos que servem para sincronizar a parte de recepo de
frame de todas as estaes da LAN.
44
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
estes dois Bytes correspondem ao campo Length, que indica o nmero de bytes que vem
aps este campo e que precede o campo Frame Check Sequence (FCS).
Depois do campo de dados vem o campo FCS de 4 bytes de comprimento. Este contm o
valor de verificao de redundncia cclica (Cyclic Redundancy Check, CRC). O CRC
criado pelo dispositivo transmissor e recalculado pelo dispositivo receptor para verificar por
danos aos dados que podem ter ocorrido ao frame na transmisso.
Esta subcamada conhecida como de controle de enlace lgico LLC (Logical Link Control)
45
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Subcamada 802.3 (MAC)
Esta a camada propriamente de Cliente MAC (Mdium Access Control), isto , de controle
de acesso ao meio.
Antes de dar continuidades aos seus estudos fundamental que voc acesse sua
SALA DE AULA e faa a Atividade 1 no link ATIVIDADES.
46
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 10
Objetivo: Saber as funcionalidades da camada fsica.
O Nvel Fsico
Tarefas Bsicas
As tarefas de planejamento desta camada devem garantir que quando um lado envia um bit
1, este seja recebido do outro lado como um bit 1, no como um bit 0. Algumas perguntas
tpicas so: quantos volts deveriam ser usados para se representar um 1 e quantos para um
0; quantos microssegundos um bit deve durar; se a transmisso deve proceder em ambas as
direes; como a conexo inicial estabelecida entre as partes e como ela desfeita quando
os dois lados tiverem terminado; quantos pinos o conector de rede dever ter e qual a
funcionalidade de cada um desses pinos.
47
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
As tarefas de planejamento aqui se envolvem amplamente com interfaces mecnicas,
eltricas, e de procedimento, e com o mediador de transmisso fsica, que fica abaixo da
camada fsica.
Esta camada a nica que possui acesso fsico ao meio de transmisso da rede devendo,
portanto, se preocupar com fatores como as especificaes eltricas, mecnicas, funcionais
e procedurais da interface fsica entre o equipamento e o meio de transmisso, ou seja, a
camada fsica tem como funo bsica a adaptao do sinal ao meio de transmisso.
48
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Gerenciamento das conexes: gerncia da qualidade de servio das conexes fsicas
estabelecidas. Deve monitorar taxa de erros, disponibilidade de servio, taxa de
transmisso, atrasos do fluxo de bits, etc.
Os padres de nvel fsico utilizados so, por exemplo, Ethernet (IEEE 802.3), Token-Ring
(IEEE 802.5), X.21, X.21 bis, V.24, V.28, RS-232C, I.430, I.431, etc.
49
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 11
Objetivo: Entender o que mais o modelo OSI tem-nos a oferecer.
Sabe-se que as camadas do modelo OSI so 7 e cada camada (da mquina A) se comunica
com a do mesmo nvel (na mquina B), esse tipo de comunicao conhecida como Peer
Communication, ou seja, algo assim como comunicao entre pares de protocolos. Por
exemplo, os protocolos da camada de rede (da mquina A) se comunicaro (nica e
exclusivamente) com os protocolos da camada de rede da mquina B, os de transporte com
os de transporte, os de sesso com os de sesso e assim por diante.
50
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Cada camada efetua um grupo de tarefas especificas. Mas o modelo de referncia OSI um
padro, as camadas no executam nenhuma funo. As implementaes em software ou
hardware que executam as funes associadas a uma camada da OSI (pode ser um Driver
de rede).
51
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Como as camadas superiores utilizam das funcionalidades das camadas inferiores, isso se
chama de pilha.
Observao:
A descrio de cada camada em detalhes engloba uma serie de aspectos tcnicos que
poderia consumir muito tempo de leitura imenso e gerar at uma leitura redundante do que j
foi visto (o modelo OSI muito complexo se explicado em detalhe e pode deixar ao leitor
uma sensao no muita agradvel).
Ento sero indicados Links com material extra, caso se opte por um aprofundamento no
tema.
52
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Uma boa idia ou opo para se direcionar a carreira profissional obter alguma
certificao de rede. Isso alm de melhorar o reconhecimento profissional por parte
do empregador, pode trazer novos conhecimentos e ate gerar um aumento no
salrio.
53
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 12
Objetivo: Entender a pilha de protocolos TCP/IP da Internet.
A arquitetura TCP/IP surgiu por causa do Departamento de Defesa do governo dos Estados
Unidos da Amrica (DoD - Department of Defense), com objetivo principal de manter
conectados mesmo que, apenas em parte, rgos do governo e universidades.
A ARPANet (Advanced Research Projects Agency Network) foi a primeira rede operacional
de computadores baseada na tcnica de comutao de pacotes, e pode ser considerada a
rede precursora da Internet atual. Nasceu com o objetivo de conectar as bases militares e os
departamentos de pesquisa do governo americano.
A ARPANet surgiu como uma rede que permaneceria intacta caso um dos servidores
perdesse a conexo, e para isso, ela necessitava de protocolos que assegurassem tais
funcionalidades trazendo confiabilidade, flexibilidade e que fosse fcil de implementar. Foi
desenvolvida ento, na Universidade de Berkeley na Califrnia, a arquitetura TCP/IP.
O modelo TCP/IP quando comparado com o modelo OSI, tem duas camadas que se formam
a partir da fuso de algumas camadas, elas so: as camadas de Aplicao (Aplicao,
Apresentao e Sesso) e Rede (Link de dados e Fsica). Veja na ilustrao abaixo a
comparao:
54
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A figura abaixo ilustra o modelo TCP/IP com suas camadas, seus protocolos e sua ligao
fsica. Em seguida, temos uma breve explicao de cada uma delas:
55
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O Nvel De Aplicao
formada pelos protocolos utilizados pelas diversas aplicaes do modelo TCP/IP. Esta
camada no possui um padro comum. O padro estabelecido por cada aplicao. Isto , o
FTP possui seu prprio protocolo, assim como o TELNET, SMTP, POP3, DNS e etc.
O Nvel De Transporte
Camada fim-a-fim, isto , uma entidade desta camada s se comunica com a sua entidade-
par no computador destinatrio. nesta camada que se faz o controle da conversao entre
as aplicaes intercomunicadas da rede. Dois protocolos aqui so usados: o TCP e o UDP.
O TCP orientado conexo e o UDP no. Por tal motivo, usual visualizar o protocolo
TCP como sendo mais confivel do que o UDP devido a que precisa de confirmao, por
parte do receptor, antes de fazer o envio dos pacotes de dados. O acesso das aplicaes
camada de transporte feito atravs de portas que recebem um nmero inteiro para cada
tipo de aplicao.
56
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Os protocolos existentes nesta camada de Rede so:
O protocolo IP realiza a funo mais importante desta camada que a prpria comunicao
Internet (entre redes). Para isto ele realiza a funo de roteamento que consiste no
transporte de mensagens entre as diversas redes e na deciso de qual rota uma mensagem
deve seguir atravs da estrutura de rede para chegar ao destino.
Camada de abstrao de hardware tem como principal funo interface do modelo TCP/IP
com os diversos tipos de redes (X.25, ATM, FDDI, Ethernet, Token Ring, Frame Relay, PPP
57
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
e SLIP). Por causa da grande variedade de tecnologias de rede, ela no normalizada pelo
modelo, o que prov a possibilidade de interconexo e interoperao de redes heterogneas.
Cada servio corresponde a um protocolo especfico. No caso de e-mails, este servio
atendido pelo protocolo SMTP, que, ao ser feita uma solicitao de e-mail (envio ou
recebimento) ao TCP/IP, este atendido pelo SMTP. No caso do WWW, usado para
visualizao de pginas, o protocolo usado o HTTP. Existem ainda inmeros outros.
58
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 13
Objetivo: Compreender para que servem os protocolos de Aplicao.
Os terminais que so emulados so do tipo texto e se pode acessar uma espcie de console
do servidor atravs desse protocolo e de seu cliente. Um bom uso para se verificar o e-
mail. Porm para acesso a console de servidores com segurana melhor fazer uso de outro
tipo de recurso como o SSh (Secure Shell) cujo contedo encriptado antes de ser enviado.
A senha que enviada ao servidor pode ser capturada em muitos casos com o modo de
rede promiscuo e com o uso de um analisador de rede.
59
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Ftp File Transfer Protocol
Este protocolo possibilita a transferncia de arquivos entre duas mquinas. Como o Telnet,
alm de um protocolo ele tambm um programa que empregado pelos usurios para
efetuar as transferncias de arquivo manualmente se necessrio.
Esse protocolo uma verso reduzida / simplificada do protocolo FTP, recomendvel evitar
o seu uso. Somente seu uso justificado quando feita a primeira carga do sistema
operacional de Switches e roteadores. Aps efetuar essa operao recomendvel
desabilitar esse tipo de servio, pois certos vrus poderiam se aproveitar desse tipo de
recurso para se propagar e isso pode ter resultados catastrficos. Usar o TFTP tem varias
desvantagens sobre o FTP, por exemplo: no se pode utilizar autenticao, no possvel
fazer a listagem de diretrios ou arquivos, no seguro, somente utilizado para enviar e
receber arquivos, mas sem garantia alguma.
60
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
armazenamento que pode ser um disco rgido e efetuando atravs de software a entrega a
seus destinatrios.
Xwin X Window
Este protocolo utilizado para efetuar o compartilhamento da parte grfica (GUI Graphical
User Interface) de um servidor para o cliente. Atravs de um emulador de X-Win possvel,
por exemplo, acessar a parte grfica do servidor Linux em uma estao Windows NT.
O SNMP utilizado para efetuar o controle de informaes de rede, ele faz a coleta e a
manipulao de dados de dispositivos de rede. Geralmente isso feito periodicamente,
fornecendo o status dos dispositivos. Ele pode ser um timo meio de se obter informaes
sobre a rede para gerenciar de forma saudvel ou pode ser um transtorno caso algum mal
intencionado utilize os dados para obter informaes sobre dispositivos. Ele tem um
funcionamento de guarda que quando ocorre um evento, dispara uma Trap (alerta) para a
estao de gerenciamento de rede.
61
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Dns Domain Name Service
Nas RFCs 882, 883 e 973 esta definido o DNS. Como mais fcil para os usurios digitar
endereos em vez de nmeros IP de 32 bits (que so utilizados no sentido de abrir uma
conexo ou enviar um datagrama IP), o BD do DNS permite que as aplicaes traduzam
esse endereo para que a aplicao consiga localizar a maquina correta com a qual se
comunicar. Existem servidores que mantm essa lista de nomes e endereos em um BD e
que esto conectadas Internet.
Os servidores em conjunto formam uma espcie de arvore que contem todos os domnios da
estrutura institucional. Os nomes tm uma estrutura e nomeao similar conforme sua
finalidade e localidade.
Um exemplo tpico pode ser o motor de busca: www.google.com.br. Para poder encontrar o
nmero IP associado a este nome pode-se passar por uma serie de servidores (at 4
servidores de nomes podem ser contatados). A primeira coisa que ser consultada atravs
do servidor central onde se localiza o servidor br. Esse servidor responsvel pelo
gerenciamento dos nomes das instituies/empresas brasileiras conectadas Internet.
62
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O servidor raiz traz como resultado da pesquisa o endereo IP de vrios servidores de nome
para o nvel br (pode existir mais que um servidor de nomes em cada nvel, para garantir a
disponibilidade quando um deles para de funcionar). Ao se chegar a um servidor do nvel br
feita a consulta que devolve o endereo IP do servidor com. Com esse endereo de servidor
com e possvel solicitar que ele informe o endereo da maquina Google. O resultado final da
busca e o endereo Internet correspondente ao nome google.com.br Cada um dos nveis
percorridos e referenciado como sendo um domnio.
63
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
busca na arvore de domnios descrito anteriormente. O DNS no se limita somente a manter
e gerenciar endereos Internet.
Cada nome de domnio e um no em um BD, que pode conter registros definindo varias
propriedades. So admitidos apelidos para as maquinas (um alias ou nome alternativo) para
o no. Pode-se utilizar o DNS para guardar dados sobre usurios, listas de distribuio ou
outros objetos.
O DNS vital para o sistema de correio eletrnico. No DNS esto definidos registros que
identificam o servidor de e-mail que manipula as correspondncias relativas a um dado
nome, identificado onde o usurio recebe suas correspondncias. O DNS tambm pode
definir listas para distribuio de correspondncias.
64
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
consultam o MAC do cliente e se fornece o mesmo endereo a este cliente, mesmo que as
duas mquinas sejam desligadas e ligadas. Este mtodo simplifica a atribuio de endereos
para uma quantidade grande de mquinas.
Emprstimo de endereo fixo: Nesse tipo de fornecimento existe a associao explcita entre
o endereo IP e o endereo MAC da mquina origem, estipulado em uma tabela de
configurao.
O servidor DHCP poder responder tanto s solicitaes BOOTP, quanto DHCP, pois ambas
possuem o mesmo formato. A mensagem DHCP possui o formato abaixo:
65
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
66
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A mensagem DHCP possui 8 tipos de comandos, que esto em uma opo especial de
OPTIONS; a de cdigo 53, associado a um dos comandos abaixo:
67
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
DHCP OFFER Uma oferta de IP do servidor para o cliente. O cliente pode receber vrias
ofertas de diferentes servidores DHCP.
DHCP NAK - Servidor rejeita o fornecimento do endereo previamente oferecido, isso ocorre
por erro ou por demora do cliente a requisitar o endereo solicitado.
DHCP RELEASE - Cliente libera o endereo IP utilizado. Difcil de se ver na prtica, pois
geralmente o cliente desligado sem liberar o endereo. Esse endereo volta ao conjunto de
endereos disponveis no servidor devido ao estouro do tempo de leasing.
DHCP INFORM - Cliente que j possui endereo IP pode requisitar outras informaes de
configurao respectivas quele endereo.
68
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
hardware, sistemas operacionais, arquiteturas de redes e protocolos de nvel de transporte.
Esta portabilidade possvel graas ao uso dos protocolos RPC e XDR.
O protocolo NFS tem a inteno de ser o mais "stateless" quando possvel, liberando o
servidor de manter qualquer informao de estado de protocolo dos clientes. Caractersticas
importantes:
69
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Alm, claro, dos parmetros especficos chamada. A operao do RPC pode ser descrita
nos seguintes passos:
Forma a mensagem;
Envia a mensagem;
Espera a resposta;
Pode ser mantida a analogia entre chamadas remotas e as chamadas locais com as
seguintes ressalvas:
Variveis Globais: Como o servidor no tem acesso ao lado cliente ( a seu espao de
endereamento), no podemos usar variveis globais, somente parmetros.
Autenticao: Pelo fato das chamadas remotas trafegarem sobre redes inseguras, a
autenticao das mensagens pode (deve) ser necessria.
O XDR um padro IETF desde 1995. Este protocolo utilizado para codificao e
decodificao de dados para o transporte entre diferentes arquiteturas de computadores
(SUN, VAX, PC, CRAY, HP, SGI, IBM). Cria uma representao independente de mquina,
sendo a converso automtica e transparente, sendo realizada em tempo de compilao.
70
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A converso da representao local para XDR chamada de codificao e a converso de
XDR para a representao local chamada de decodificao. O XDR implementado com
uma livraria de funes de software que portvel entre diferentes sistemas operacionais e
que independe tambm do tipo de protocolo de Transporte utilizado.
6. Apresentao XDR
5. Sesso RPC
3. Rede IP IP
71
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 14
Objetivo:Saber o funcionamento e quando fazer uso deste importante protocolo.
A Internet tem como base trs servios bsicos que so fornecidos pela pilha de protocolos
TCP/IP. Esses servios esto agrupados nas seguintes camadas:
As aplicaes Internet fazem sucesso, pois a arquitetura robusta contribui para sua
funcionalidade. O TCP/IP tambm fornece bastante flexibilidade e se adapta as
necessidades do usurio. O TCP tem como finalidade bsica fornecer o transporte confivel,
atravs de um circuito lgico robusto de conexo entre um par de processos. Este protocolo
se preocupa exclusivamente com a parte de transporte.
O TCP confivel, orientado conexo e de fluxo continuo de Bytes (Byte Stream); resolve
problemas de perdas, atrasos, duplicao e problemas semelhantes nos pacotes
transmitidos.
Veja a RFC 793 para maior conhecimento sobre a especificao do protocolo TCP:
http://www.faqs.org/rfcs/rfc793.html.
72
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Caractersticas Fundamentais Do TCP
Confiabilidade: O TCP garante a entrega dos dados sem perdas, duplicao ou outros
erros.
Full-duplex: Pode haver troca de dados em simultneo, em ambas as direes, pelos dois
pontos da conexo.
Interface Stream: Fluxo contnuo de dados; o TCP no garante que os dados sejam
recebidos nos mesmos blocos em que foram transmitidos.
O TCP utiliza o protocolo IP para a entrega dos datagramas rede, e os pontos de acesso
aplicao so identificados por portas, tal como acontece com o UDP, o que permite
mltiplas ligaes em cada computador.
As portas podem ser associadas com uma aplicao ou um processo. O IP trata o pacote
TCP como dados e no interpreta qualquer contedo da mensagem do TCP, sendo que os
dados TCP viajam pela rede em datagramas IP. Os routers que interligam as redes apenas
verificam o cabealho IP, quando fazem o envio dos datagramas. O TCP no destino
interpreta a mensagem do protocolo TCP.
73
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Entrega Confivel
O TCP usa vrias tcnicas para proporcionar uma entrega confivel dos pacotes de dados,
que a grande vantagem que tem em relao ao UDP, e motivo do seu uso extensivo nas
redes de computadores.
A aplicao faz a entrega ao TCP de blocos de dados com um tamanho arbitrrio num fluxo
(ou stream) de dados. O TCP divide estes dados em segmentos, sendo cada um dos quais
ajustado a um datagrama IP. O fluxo de dados original numerado em bytes.
Cada Byte tem seu prprio nmero de seqncia de tal forma que poderia ser possvel (se
for necessrio) reconhecer cada um deles. Porm na prtica os Bytes so reconhecidos em
lotes, o tamanho do lote determinado atravs do tamanho do campo Window (janela). O
nmero de seqncia um nmero binrio de 32 bits, embora seja de tamanho considervel
s um intervalo finito de nmeros utilizado, este intervalo vai de 0 a 232 1, e zera cada vez
que se atinge o valor mximo.
Estes nmeros de seqncia so muito teis para evitar que ocorra a corrupo dos dados
se um pacote chegar ao destino antes de outro, ou para detectar algum pacote que
porventura se perdeu no caminho entre a origem e o destino. Os nmeros de seqncia so
gerados aleatoriamente dentro das regras estipuladas na RFC 793.
74
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Controle De Fluxo
O TCP usa o mtodo da janela deslizante para controlar o fluxo. O receptor, medida que
recebe os dados, envia ACK, que tambm especificam o tamanho do buffer (janela) que
resta. O transmissor pode transmitir segmentos com um nmero de bytes que dever estar
compreendido entre o ltimo byte confirmado e o tamanho da janela permitido.
Pacote TCP
SEQUENCE NUMBER (bits 32-63): Este campo indica o nmero de seqncia dos dados
sendo transmitidos. Se o bit SYN=1 ento este nmero de seqncia SQN (Sequence
Number) o inicial ISN (Initial Sequence Number), ou seja, se SYN=1 ento SQN=ISN que
atribudo durante o estabelecimento da conexo. Este nmero utilizado nas subseqentes
transmisses para determinar o prximo nmero a ser utilizado na seqncia (este nmero
nunca deve ser 0 ou 1, a seqncia comea com um valor aleatrio). Quando o bit ACK=1
ento o ISN passa a ser o SQN comum. Vale a pena mencionar que ambos os nmeros de
75
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
seqncia dos fluxos de dados (de A para B e de B para A) so completamente diferentes, j
que os dados transmitidos por um e outro lado so diferentes.
ACKNOWLEDGE NUMBER (bits 64-95): Esse campo possui um nmero que significa o
reconhecimento dos dados recebidos at ento no sentido inverso. So trocados ACK de um
sentido a outro com se levando em considerao o nmero de SEQUENCE NUMBER inicial
praticado pela outra mquina. O valor de ACK informa sempre o prximo byte ainda no
recebido do conjunto contguo de bytes recebidos do transmissor.
HLEN ou DATA OFFSET (bits 96-99): Esse campo informa o nmero de palavras de 32 bits
contidas no cabealho do TCP.
CODE BITS (bits 104-111): So formados por oito bits: CWR, ECE, URG, ACK, PSH, RST,
SYN e FIN, cuja utilizao mostrada abaixo:
ECE bit utilizado tambm pelo ECN (veja a RFC 3268). O bit ECE (ECN Echo) utilizado
pela pilha de protocolos TCP/IP do receptor para dizer ao transmissor que ele recebeu um
pacote com indicao de congestionamento CE. Os bits CWR e ECE inicialmente faziam
parte do campo RESERVED e devido a isto alguns computadores, no estariam habilitados
para entender o significado destes bits, sendo assim, eles simplesmente ignoraro ou
rejeitaro os pacotes que tenham CWR = 1 e ECE = 1. Atualmente ainda existem
computadores que no conseguem processar a informao trazida por estes dois bits de
controle de congestionamento.
76
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
URG bit de Urgncia: significa que o segmento sendo carregado contm dados urgentes
que devem ser lidos com prioridade pela aplicao. A aplicao origem responsvel por
acionar este bit e fornecer o valor do URGENT POINTER que indica o fim dos dados
urgentes.
PSH bit de PUSH: Este mecanismo que pode ser acionado pela aplicao informa ao TCP
origem e destino que a aplicao solicita a transmisso rpida dos dados enviados, mesmo
que ela contenha um nmero baixo de bytes, no preenchendo o tamanho mnimo do buffer
de transmisso.
RST bit de RESET: Informa o destino que a conexo foi abortada neste sentido pela
origem.
SYN bit de Sincronismo: o bit que informa que este um dos dois primeiros segmentos
de estabelecimento da conexo.
FIN bit de Terminao: indica que este pacote um dos pacotes de finalizao da
conexo.
WINDOW (bits 112-127): Este campo informa o tamanho disponvel em bytes na janela de
recepo da origem deste pacote. Isso ajuda a efetuar o controle de fluxo adequado,
evitando o estouro de buffer do receptor.
77
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
URGENT POINTER (bits 144-159): Este um ponteiro que aponta para o fim dos dados os
quais so considerados urgentes. Se a conexo tem dados importantes a serem
processados pelo receptor, o transmissor pode ativar o bit URG e dizer que o campo
URGENT POINTER aponte onde terminam os dados urgentes. Este campo indica um
nmero positivo que corresponde ao valor de Offset do nmero de seqncia para este
segmento em particular. Se o bit URG 1 ento este campo aponta para o nmero de
seqncia do ltimo Byte correspondente a uma seqncia de dados urgentes.
OPTIONS (bits 160-**): Este campo de comprimento varivel e informa sobre as varias
opes que o TCP pode transmitir. Basicamente, este campo possui 3 subcampos. Um
subcampo inicial que diz o comprimento do campo OPTIONS, um Segundo subcampo que
diz quais as opes que esto sendo utilizadas, e finalmente temos o subcampo das opes
propriamente ditas. Para mais informaes sobre as opes TCP veja o seguinte Link:
http://www.iana.org/assignments/tcp-parameters.
PADDING (bits **): Este campo tambm de comprimento varivel e utilizado para
assegurar que o cabealho TCP termine e o campo de dados inicie com um comprimento de
32 bits, se isto no ocorrer, ento bits 0 sero adicionados (padded) neste campo para dar o
comprimento requisitado de 32 bits.
78
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Uma conexo TCP formada por trs fases:
1. Estabelecimento de conexo
2. Troca de dados
3. Finalizao da conexo
Essas trs etapas que antecedem a toda conexo TCP conhecida na literatura tcnica
como o mecanismo de 3-way-handshaking.
79
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Estabelecimento De Uma Conexo TCP
A partir de agora os bits do campo CODE BITS sero conhecidos como flags (bandeiras) que
o nome comum que se d a esses bits.
80
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O segundo segmento retorna de B para A contendo dois flags ativos (SYN e ACK) e
apresenta duas situaes:
No mesmo segmento enviado o flag SYN=1 demonstrando que este computador B deseja
abrir uma sesso na porta XXXX do computador A. Normalmente o TCP trabalha em modo
Full-duplex, ou seja, o computador A abre a sesso no computador B e vice versa. O
procedimento de enviar dois flags habilitados em um mesmo segmento conhecido como
pigg-backing.
Alm de enviar os flags SYN e ACK ativados, o computador (servidor) B envia tambm seu
prprio nmero de seqncia inicial ISN=Y completamente diferente do nmero de
seqncia inicial do computador (cliente) A.
81
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Troca De Dados Em Uma Conexo TCP
Durante a fase de transferncia o TCP est equipado com vrios mecanismos que
asseguram a confiabilidade e robustez: nmeros de seqncia que garantem a entrega
ordenada, cdigo detector de erros (checksum) para deteco de falhas em segmentos
especficos, confirmao de recepo e temporizadores que permitem o ajuste e contorno de
eventuais atrasos e perdas de segmentos.
Esta tcnica do Checksum, embora muito inferior a outros mtodos detectores, como o CRC
parcialmente compensada com a aplicao do CRC ou outros testes de integridade
82
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
melhores ao nvel da camada 2 de rede, logo abaixo do TCP, como no caso do PPP (Point-
to-Point Protocol) e Ethernet.
Da mesma forma que a abertura de sesso, o protocolo TCP tambm realiza um fechamento
formal de uma sesso exigindo uma troca de flags entre os computadores, de maneira a
confirmar, explicitamente, que a sesso TCP ser fechada.
Portanto, o processo detalhado de fechamento de uma conexo TCP pode ser resumido
abaixo.
O primeiro segmento enviado pelo computador (cliente) A quando uma aplicao como o
FTP, por exemplo, no tiver mais dados para enviar, requisita da pilha TCP o encerramento
da sesso que ser realizada atravs do envio de um segmento com o flag FIN habilitado
(FIN =1).
O segundo segmento enviado pela aplicao que est sendo executada no computador
(servidor) B aceitando o pedido de finalizao e enviando um segmento com o flag ACK
83
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
habilitado (ACK=1). A conexo est agora fechada em uma direo (AB) e sero ainda
necessrios mais segmentos para fechar a conexo no sentido inverso (BA).
Obs.: A conexo TCP pode ser encerrada de maneira totalmente informal e abrupta, para
isto, basta que um computador envie um segmento com o flag de RESET habilitado (RST=1).
84
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
conexo dispe de uma porta associada (com um valor de 16 bits) que dificilmente ser o
mesmo do interlocutor.
5 RJE 43 NIXNAME
7 ECHO 53 DOMAIN
9 DISCARD 67 BOOTPS
11 USERS 68 BOOTPC
13 DAYTIME 69 TFTP
19 CHARGEN 79 FINGER
20 FTP-DATA 80 HTTP
85
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
21 FTP-CONTROL 95 SUPDUP
Cada vez que uma conexo TCP bem estabelecida, cria-se uma mquina de estados finita.
O TCP ir de um estado para outro dependendo das condies do enlace de comunicaes,
portanto, cada estado controlado por temporizadores que (quando esgotados) definiro o
novo estado que o TCP dever tomar, vale a pena lembra que no todos os estados
possuem controle por temporizadores.
Cada um dos estados de uma conexo TCP minuciosamente descrito na RFC 793. Para
entender verdadeiramente estes estados de uma conexo TCP importante observar os
muitos estgios que experimenta uma conexo TCP. Alm dos estados Stablished e
Closed apresentados acima, existem uma srie de outros estados que devem ser
entendidos por qualquer profissional de segurana, suporte e desenvolvimento.
CLOSED Um "sem estado", que existe antes que uma conexo seja realmente iniciada. Na
verdade um computador sempre est em closed se nenhuma aplicao ou servio requisitar
uma porta.
86
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
SYN-SENT Tempo depois que um computador tiver enviado um pacote SYN e estiver
aguardando a resposta SYN-ACK apropriada.
87
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
FIN-WAIT-1 Estado em que uma conexo se encontra depois de ter enviado um pacote FIN
inicial pedindo um fechamento correto da conexo TCP.
CLOSE-WAIT Estado de uma conexo receber um segmento com o flag FIN inicial e
enviado de volta um ACK para confirmar que o FIN foi aceito.
TIME-WAIT: Estado do computador que recebeu um FIN tendo que esperar um determinado
perodo de tempo antes de enviar um ACK. O computador deve esperar por um determinado
tempo (em torno de 240 segundos) antes da porta ser outra vez utilizada.
CLOSING: Estado que empregado quando uma conexo usa o fechamento simultneo
fora do padro. A conexo est neste estado depois de receber um FIN inicial e enviar um
ACK. Depois de receber um ACK a conexo entrar no estado TIME-WAIT.
O processo de retransmisso pode dizer muito da condio real da rede. O TCP mantm um
timer interno que inicializado e decrementado no momento que um segmento transmitido.
Se houver algum problema no processo de comunicao como link ruim, cabeamento com
problema, erro causado por rudo, ou alta latncia na rede e o segmento chegar com erros,
atrasado ou mesmo destrudo, o computador destino simplesmente descartar este
segmento, no enviando um +ACK (reconhecimento positivo) de resposta.
88
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O que pode causar retransmisso em uma rede? Infelizmente podem ser inmeras as
causas para isto, tais como:
Aplicaes lentas e mal construdas. Muito comum em aplicaes antigas como Cobol
e Clipper.
Excesso de trfego.
Estatsticas Do TCP:
Abertos passivos = 25
Conexes atuais =3
89
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Segmentos recebidos = 10611
Procedimentos:
90
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 15
Objetivo: Entender como e quando fazer uso do protocolo de transporte UDP.
UDP um acrnimo do termo em ingls User Datagram Protocol que traduzido significa o
protocolo de datagramas do usurio. Este protocolo de transporte pode ser considerado uma
verso econmica do TCP, um protocolo que emagreceu demais e que d s s aplicaes
acesso direto ao servio de entrega de datagramas.
O protocolo UDP faz o envio do datagrama, mas no garante que ele chegar efetivamente
ao destino, portanto, pouco confivel, isto devido a que um protocolo no orientado para
conexo. O "pouco confivel" significa que no h tcnicas no protocolo para confirmar que
os dados chegaram ao destino corretamente ou se realmente chegaram.
91
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
DADOS: Dados do nvel superior, isto , os dados do usurio.
Assim como para o TCP, os pontos de acesso do UDP so geralmente designados por
"Portas de protocolo" ou simplesmente "portas", em que cada unidade de transmisso de
dados UDP identifica o endereo IP e o nmero de porta do destino e da fonte da
mensagem, os nmeros podendo ser diferentes em ambos os casos.
O UDP o protocolo irmo do TCP. A diferena bsica entre os dois que o TCP um
protocolo orientado conexo, que como foi estudado, inclui vrios mecanismos para iniciar
e encerrar a conexo, negociar tamanhos de pacotes e permitir a retransmisso de pacotes
corrompidos. No TCP tudo isso feito com muito cuidado, para garantir que os dados
realmente cheguem inalterados, apesar de todos os problemas que possam existir na
conexo. O lema para o TCP "transmitir com segurana"
O UDP por sua vez uma espcie de irmo adolescente do TCP, feito para transmitir dados
pouco sensveis, como streaming de udio e vdeo que no requerem de retransmisses. No
UDP no existem checagens e nem confirmao alguma. Os dados so transmitidos apenas
uma vez, incluindo apenas um frgil sistema de CRC. Os pacotes que chegam corrompidos
so simplesmente descartados, sem que o emissor sequer saiba do problema.
A idia justamente transmitir dados com o maior desempenho possvel, eliminando dos
pacotes quase tudo que no sejam dados em s. Apesar da pressa, o UDP tem seus mritos,
92
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
afinal voc no gostaria que quadros fantasmas ficassem sendo exibidos no meio de um
vdeo, muito menos se isso ainda por cima causasse uma considervel perda de
performance.
Em geral, os programas que utilizam portas UDP recorrem tambm uma porta TCP para
enviar as requisies de dados a serem enviados e tambm para checar periodicamente se o
cliente ainda est online. Ou seja, na Internet, O UDP um protocolo de transporte que
presta um servio de comunicao no orientado a conexo e sem garantia de entrega.
Portanto, as aplicaes que utilizam este tipo de protocolo devem ser as responsveis pela
recuperao dos dados perdidos.
Por exemplo, o protocolo UDP utilizado pelas Aplicaes NFS (Network File System), DNS
(Domain Name Service), SNMP (Simple Network Management Protocol), TFTP (Trivial FTP),
etc.
Neste sentido, aplicaes como o SNMP podem tirar vantagem do UDP, o SNMP faz o
monitoramento de rede. Nesse tipo de servio existe o envio de mensagens intermitentes e
um fluxo constante de atualizaes de status e alertas, principalmente quando esta sendo
utilizado em uma grande rede.
Se ele fosse utilizado numa conexo TCP no lugar de UDP, isso geraria uma sobrecarga
muito grande na rede (gerada por ter que abrir e fechar uma conexo TCP para cada uma
das mensagens enviada).
93
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Alguns exemplos de portas que fazem uso do protocolo de transporte UDP so:
94
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 16
Objetivo:Entender o conceito de portas e como estas so importantes para as comunicaes
na Internet.
O servidor de cada programa que usa os protocolos de transporte escuta as mensagens que
chegam ao seu nmero de porta conhecido.
Os nmeros de porta de servidor TCP/UDP menores que 1.024 (e alguns nmeros mais
altos) so reservados e registrados pela IANA. Os nmeros de 1024 a 65535 podem ser
atribudos para outros servios e so geralmente utilizados pelo programas-cliente de um
protocolo (que podem utilizar um nmero de porta qualquer). Este conjunto de nmeros tem
ainda a atribuio de alguns servios de forma no oficial, j que os primeiros 1024 nmeros
no conseguem comportar todos os protocolos TCP/IP existentes.
Para obter uma lista atualizada e completa de todas as portas TCP conhecidas e registradas
atualmente, consulte o seguinte endereo: http://www.iana.org/assignments/port-numbers.
Definio De Porta
Para cada nvel do modelo OSI existe um campo no protocolo da camada que indica para
quem os dados encapsulados devem ser entregues. Por exemplo, no nvel de enlace, o
campo TYPE (Tipo de protocolo) indica qual o protocolo que est encapsulado no quadro
Ethernet, um valor igual a 0x0800 neste campo indica que os dados devem ser passados
95
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
para o IP. Agora, no nvel de rede, o campo PROTOCOL no cabealho do pacote IP
identifica o protocolo para o qual o datagrama deve ser repassado, por exemplo, um valor de
17 neste campo indica que o pacote deve ser transferido para o protocolo de transporte UDP
e se o valor deste campo for 6 ento o pacote deve ser encaminhado para o TCP.
De maneira similar, para distinguir dentre as vrias aplicaes das camadas superiores, o
nvel de transporte associa um identificador a cada processo de aplicao. Esse identificador
chamado como Nmero de Porta (PORT NUMBER).
Para que uma aplicao possa conversar com uma outra em uma mquina remota,
preciso conhecer no apenas o endereo Internet da mquina destino, mas tambm a porta
associada aplicao parceira. Uma porta um objeto abstrato que deve ser usado para
identificar processos de aplicaes. Os protocolos UDP e TCP fornecem um conjunto de
portas que permite a mltiplos processos dentro de uma nica mquina usarem os servios
de comunicao providos pelo UDP e TCP simultaneamente.
Se observarmos ambos os cabealhos dos protocolos UDP e TCP, possvel verificar que o
campo PORT NUMBER um valor codificado inteiro binrio de 16 bits, o que significam que
podemos ter 216 = 65536 portas para efetuar o transporte de dados (comeando do valor 1).
Nesse sentido, tanto o TCP quanto o UDP possibilitam o uso de 65356 portas que so
empregadas pelos respectivos servios habilitados nos computadores. Quando um
determinado servio est ativo uma porta especfica habilitada para que o processo de
comunicao entre os computadores ocorra. A comunicao do TCP/UDP baseada em um
componente Cliente que busca dados em um componente Servidor.
As portas do Servidor assumem valores entre 1 e 1024 e so sempre fixas. Ex: 21 para FTP,
23 para Telnet, etc.
96
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
As portas do computador cliente assumem valores acima de 1023 e so randmicas
(aleatrias).
O protocolo RPC pode fazer uso da porta 530 tanto do UDP como do TCP.
Vale a pena mencionar que o usurio no deve confundir as portas TCP com as portas UDP:
apesar das duas terem a mesma funo (identificar a aplicao da camada superior), o
mesmo nmero de porta em ambas no necessariamente identifica um mesmo aplicativo.
97
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Dependendo do caso, uma aplicao no precisa, necessariamente, estar restrita a um dado
conjunto de portas. possvel utilizar outras, mas necessrio que isso seja especificado.
por tal motivo, por exemplo, que h determinados endereos na internet que so
disponibilizados assim:
http://www.site.com:abcd
Onde o nmero abcd corresponde ao nmero da porta. Neste caso, seu computador est
sendo orientado a acessar aquele endereo Internet pela porta abcd.
graas ao conceito de portas que voc consegue utilizar vrios servios ao mesmo tempo
na Internet. No entanto, isso tambm pode representar um perigo, razo pela qual
importante ter controle sob o trfego de dados nas portas TCP e UDP. O uso de Firewalls,
por exemplo, ajuda a impedir que aplicaes maliciosas utilizem portas abertas no
computador para atividades prejudiciais. Alm disso, um administrador de redes pode fazer
configuraes manuais para que determinadas portas fiquem bloqueadas, impedindo a
conexo de aplicativos que fazem uso destas.
98
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 17
Objetivo: Saber que comandos utilizar quando existem problemas de comunicao na
Internet.
Existem alguns recursos que esto disponveis atravs do prompt do DOS atravs de
comandos de linha que ajudam aos administradores que esto familiarizados com essa
interface. At os tcnicos mais experientes recorrem (em algum momento) aos recursos
disponibilizados nessa interface. Nos sistemas Linux/UNIX tem-se algo parecido com o
prompt do DOS, neste caso temos o Shell que faz um trabalho similar de interpretador de
comandos de linha.
Este protocolo faz parte da pilha de protocolos TCP/IP, enquadrando-se na camada de rede
(nvel 3), a mesma camada do protocolo IP. O seu uso mais comum feito pelos utilitrios
ping e traceroute. O ping evia pacotes ICMP para verificar se um determinado computador
est disponvel na rede. O traceroute faz uso do envio de diversos pacotes UDP ou ICMP e,
atravs de um pequeno truque, determina a rota seguida para alcanar um determinado
computador.
A mais simples das ferramentas prompt o utilitrio denominado ping. Este comando serve
para efetuar o teste de um outro endereo de IP, verificando se ele valido e se pode ser
alcanado. Essa ferramenta utilizada para fazer um troubleshooting, ou seja, tentar
99
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
solucionar um problema de conectividade entre dois computadores independente da
distncia que os separa.
O comando ping faz o envio de um pacote de rastreamento (isso se faz atravs do uso do
protocolo ICMP) ao endereo especificado e depois aguardado o retorno a respeito dessa
informao. Enquanto o pacote esta trafegando se registra o tempo decorrido, que ser
informado no momento da recepo do pacote, assim que ele for reconhecido e devolvido
origem. Se depois do tempo limite o pacote no conseguir alcanar o destino, aparecer uma
mensagem esgotado tempo limite de pedido destino inalcanvel para o usurio.
Exemplo:
100
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
--- 192.168.0.1 ping statistics ---
A resposta acima indica que o computador 192.168.0.1 est disponvel. Algumas estatsticas
de tempo, tais como a seqncia ICMP e os tempos TTL (Time to Live) so apresentados,
observe que nenhum pacote ICMP foi perdido j que a seqncia (icmp_seq) esta completa,
o tempo de ida e volta, o RTT (Round Trip Time) entre os computadores, de
aproximadamente 1,03 ms.
Internet Protocol, Src Addr: 192.168.0.2 (192.168.0.2), Dst Addr: 192.168.0.1 (192.168.0.1)
Version: 4
Total Length: 84
Flags: 0x04
Fragment offset: 0
Time to live: 64
101
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Protocol: ICMP (0x01)
Code: 0
Identifier: 0x9409
Quando o servidor recebe este pacote ele responde com um pacote do tipo ICMP Echo
Reply. Veja abaixo a captura deste pacote.
Internet Protocol, Src Addr: 192.168.0.1 (192.168.0.1), Dst Addr: 192.168.0.2 (192.168.0.2)
Version: 4
Total Length: 84
Flags: 0x00
Fragment offset: 0
102
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Time to live: 127
Code: 0
Identifier: 0x9409
No Windows o processo de ping repetido quatro vezes, a no ser que seja adicionado o
parmetro -t que possibilita pingar o endereo por tempo indeterminado, assim como ocorre
no Linux/Unix, em ambos os casos deve-se aperta a seqncia Ctrl-c para finalizar o
processo.
Pode-se utilizar o comando ping com outros protocolos, por exemplo, o NETBIOS para
resolver nomes. Para obter uma ajuda rpida do comando ping no Windows digitar do prompt
C:\>ping /?, j nos sistemas Linux/UNX pode-se digitar no shell $ping --h ou $man ping.
Um dos melhores parmetros do ping no Windows o comando ping a w.x.y.z. Ele faz a
resoluo do nome via DNS. Caso voc quiser fazer isso no Unix pode se utilizar do
comando host w.x.y.z; No se recomenda ficar exagerando no uso do comando ping, pois
103
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
de pacote em pacote se pode gerar um trafego mais intenso. Por exemplo, pode-se estressar
a mdia Ethernet, utilizando-se pacotes de maior comprimento.
Por exemplo, ping l 1472 n 50 w.x.y.z gera 50 datagramas com tamanho mximo de
1472 Bytes. Se a estrutura fsica da rede no estiver bem, se notara perda de pacotes de
forma intermitente.
Outra utilidade do ping testar a pilha de protocolo e a prpria placa de rede atravs do
comando ping 127.0.0.1 aqui estamos fazendo uso do endereo de loopback. Em vez de
127.0.0.1 pode-se usar localhost.
104
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Outro meio de se descobrir informaes sobre a configurao de IP da maquina se utilizar
o comando ipconfig que pode fornecer maiores dados, inclusive o endereo MAC. comum
o uso de ipconfig /all no Windows XP e W2K. No Linux/Unix se pode utilizar o comando
ifconfig.
Sempre bom se lembrar que no Windows o parmetro /? trs mais informao de ajuda
sobre o comando e no Unix/Linux o comando man pode auxiliar a achar manuais de ajuda.
Existem tambm dois comandos que podem ajudar a visualizar o estado de uso das portas
de transporte. Podem-se utilizar os comandos netstat p TCP e ou netstat p UDP.
Tambm possvel visualizar os endereos fsicos que foram detectados pelo TCP/IP
atravs do comando arp a que exibe uma tabela com nmeros IP e respectivos endereos
fsicos. Ele exibe as maquinas da mesma sub-rede que mantiveram contato com seu
computador. O prazo de expirao de uma entrada nessa tabela de 10 minutos.
Caso utilize o DHCP e tenha algum problema de atribuio de nmero de endereo, pode
liberar o IP utilizando o comando ipconfig /release_all e depois de 10 segundos pode-se
solicitar um novo IP atravs do comando ipconfig /renew_all. Esse procedimento deve gerar
uma nova configurao de IP (que solicitada ao servidor DHCP). Para confirmar a
configurao se pode utilizar novamente o comando ipconfig que exibira os dados
atualizados, opcionalmente pode-se redirecionar a sada do comando para um arquivo texto
para facilitar a leitura, atravs do comando ipconfig > sada.txt. O arquivo gerado saida.txt
(ou outro nome que seja familiar) pode ser visualizado por qualquer editor de texto ASCII, ou
pode exibir o contedo atravs do comando type sada.txt.
Para os administradores que tem um controle fixo de IP, que seria o caso em redes LAN,
interessante se manter um registro de nomes, com grupos de trabalho e endereo fsico
atribudos para melhor controle e para se resolver problemas futuros. Tais dados tambm
podem ser obtidos atravs do uso de um scanner de rede.
Tambm existe o comando route-print (Windows) que exibe as informaes sobre rotas e
custos do TCP/IP consultado. No Unix pode-se utilizar o comando netstat r. Caso os
105
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
sistemas UNIX ou Windows estiverem trabalhando com rotas fixas, pode-se tambm anular,
retificar ou adicionar uma rota atravs do comando route add, um exemplo deste comando
o seguinte:
Onde:
IP de destino = 157.0.0.0
Gateway = 157.55.80.1
Mtrica (metric) = 3
Interface (if) = 2
O Comando Traceroute
Um dos campos do cabealho IP chamado TTL (Time to Live), este campo determina por
quantas passagens em roteadores este pacote pode sobreviver. A cada passagem por um
roteador intermedirio este campo decrementado de 1. Este mecanismo utilizado para
evitar que pacotes IP fiquem trafegando pela rede eternamente, rodando de um lado para
outro.
Se um pacote IP possui um TTL=0 este ser descartado pelo prximo router, normalmente
se coloca um valor elevado para garantir que o TTL no decremente a 0 antes de atingir seu
destino final. Porm, se este for o caso de que o pacote ser descartado antes de alcanar o
seu destino final, este roteador que descarta o pacote, porque o TTL=0 do mesmo, retornar
um pacote ICMP do tipo ICMP Time Exceeded para o computador que o enviou. Neste
pacote de resposta o roteador se identifica como origem da mensagem Time Exceeded.
nessa caracterstica do protocolo que o utilitrio traceroute se baseia para traar uma rota
entre dois pontos da rede.
106
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Suponha que o computador 1 esteja separado do computador 2 por dois roteadores,
chamados router A e router B. A partir do computador 1 executado um traceroute para o
computador 2. O utilitrio cria um pacote UDP destinado ao computador 2, mas configura o
seu TTL para 1. O router A recebe este pacote e, apesar de saber para onde rotear o pacote,
ao decrementar o TTL este torna-se 0 (zero) o que siginifica que este pacote deve ser
descartado, retornando um ICMP Time Exceeded para o computador 1. Quando o traceroute
recebe esta resposta ele tem o endereo do primeiro roteador no caminho entre os dois
computadores, portanto, s o primeiro roteador mostrado para o usurio.
Em seguida, o traceroute cria outro pacote UDP, com o TTL de 2. O pacote sobrevive ao
primeiro roteador, mas descartado pelo segundo (roteador B). Quando o aplicativo
traceroute recebe o pacote ICMP Time Exceeded do segundo roteador temos o endereo
dele, portanto, este roteador B tambm ser mostrado na sada do traceroute.
Como ilustrao deste procedimento, temos o seguinte exemplo para o comando traceroute
a partir do IP 192.168.1.2 (computador virtual A) para o IP 192.168.0.1 (computador C).
Como roteador entre essas duas mquinas est um roteador Linux (computador B) com os
IP 192.168.1.1 e 192.168.0.2. Portanto, o caminho do pacote deve ser A B C.
107
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
3 192.168.0.1 (192.168.0.1) 21.193 ms
A opo -q 1 para que o traceroute envie apenas um pacote a cada interao, o default so
3. A opo -I tambm poderia ser usada para instruir que sejam usados pacotes ICMP Echo
Request e no pacotes UDP.
1 192.168.1.2 --> 192.168.0.1 UDP Source Port: 33406 Destination Port: 33435 (TTL=1)
3 192.168.1.2 --> 192.168.0.1 UDP Source Port: 33406 Destination Port: 33436 (TTL=2)
6 192.168.1.2 --> 192.168.0.1 UDP Source Port: 33406 Destination Port: 33437 (TTL=3)
Internet Protocol, Src Addr: 192.168.1.2 (192.168.1.2), Dst Addr: 192.168.0.1 (192.168.0.1)
Version: 4
Total Length: 38
108
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Flags: 0x00
Fragment offset: 0
Time to live: 1
User Datagram Protocol, Src Port: 33406 (33406), Dst Port: 33435 (33435)
Length: 18
Note o TTL (Time to Live) igual a 1 e a porta de destino. Portanto, o roteador A gera uma
resposta ICMP da seguinte forma:
Internet Protocol, Src Addr: 192.168.1.1 (192.168.1.1), Dst Addr: 192.168.1.2 (192.168.1.2)
Internet Protocol, Src Addr: 192.168.1.2 (192.168.1.2), Dst Addr: 192.168.0.1 (192.168.0.1)
109
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
User Datagram Protocol, Src Port: 33406 (33406), Dst Port: 33435 (33435)
Podemos confirmar o ICMP Time Exceeded aqui. Aps a interao seguinte, o pacote chega
ao destino. Como uma porta invlida, o computador 192.168.0.1 responde com um ICMP
Destination Unreachable:
Internet Protocol, Src Addr: 192.168.0.1 (192.168.0.1), Dst Addr: 192.168.1.2 (192.168.1.2)
Internet Protocol, Src Addr: 192.168.1.2 (192.168.1.2), Dst Addr: 192.168.0.1 (192.168.0.1)
User Datagram Protocol, Src Port: 33406 (33406), Dst Port: 33436 (33436)
Veja que j no passo 5 h uma resposta de ICMP Destination Unreachable, como resposta
ao pacote do passo 3, com TTL igual a 2. Entretanto, mesmo assim o traceroute inicia outra
interao, enviando um pacote com TTL igual a 3. Isso aconteceu porque antes do ICMP
Destination Unreachable ele recebeu, no passo 4, um ICMP Time Exceeded, o que gerou o
envio imediato do terceiro pacote UDP. Pode ser interessante, para quem tem habilidades de
programao, olhar o cdigo fonte de uma implementao do traceroute.
110
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 18
Objetivo: Entender o funcionamento dos principais protocolos de rede.
111
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
pena lembrar que o mapeamento via ARP somente necessrio em uma rede do tipo
compartilhada como Ethernet, Token-Ring, FDDI, etc. Em redes ponto-a-ponto como, por
exemplo, um enlace serial, o protocolo ARP no necessrio, j que h somente um destino
possvel.
112
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Este protocolo utilizado quando a mquina IP no tem disco rgido (este tipo de mquinas
tambm conhecida como terminal tolo), ela no tem como saber seu endereo IP, mas
conhece seu endereo MAC. O RARP descobre a identidade do endereo IP para mquinas
sem disco, atravs do envio de um pacote que inclui seu endereo MAC e uma solicitao
para o endereo IP atribudo a esse endereo MAC. Uma mquina escolhida, chamada de
servidor RARP, retorna a resposta e a crise de identidade termina. O RARP faz uso da
informao que conhece a respeito do endereo MAC da mquina para de seu endereo IP e
completar a "carteira de identidade" da mquina.
Como estudado na anterior unidade, este protocolo utilizado para enviar informaes de
controle e diagnstico quando ocorre uma mudana ou falha na rede, de certa forma um a
auxiliar ao IP, que avisa quando uma ao foi ou deve ser tomada. O ICMP esta descrito
pelo padro IETF RFC 792 e tm atualizaes para a verso II que esto descritas na RFC
1885 e RFC 1970. O protocolo pode realizar uma serie de funes diferentes.
113
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Os tipos de mensagem ICMP so listados na tabela abaixo:
Ip Internet Protocol
114
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Os campos mais importantes so descritos abaixo:
TYPE OF SERVICE: Informa como o pacote deve ser tratado, de acordo com sua prioridade
e o tipo de servio desejado como Baixo Retardo, Alta Capacidade de Banda ou Alta
Confiabilidade. Normalmente este campo no utilizado na Internet.
FLAGS (3 bits): - um bit (MF - More Fragments) identifica se este datagramas o ltimo
fragmento de um pacote IP ou se existem mais. Outro bit (DNF - Do Not Fragment) informa
aos roteadores no caminho se a aplicao exige que os pacotes no sejam fragmentados.
115
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
TIME-TO-LIVE: Este valor decrementado a cada 1 segundo que o pacote passa na rede e
a cada roteador pelo qual ele passa. Serve para limitar a durao do pacote IP e evitar que
um pacote seja roteador eternamente na Internet como resultado de um loop de roteamento.
116
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
HEADER CHECKSUM: Valor que ajuda a garantir a integridade do cabealho do pacote IP.
PADDING (bits **): Este campo possui um comprimento varivel e utilizado para assegurar
que o cabealho TCP termine e o campo de dados inicie com um comprimento de 32 bits, se
isto no ocorrer, ento bits 0 sero adicionados (padded) neste campo para dar o
comprimento requisitado de 32 bits.
OPTIONS: Opes com informaes adicionais para o protocolo IP. Consiste de um byte
com a identificao da opo e uma quantidade de bytes varivel com as informaes
especficas. Um pacote IP pode transportar vrias opes simultaneamente.
Antes de dar continuidades aos seus estudos fundamental que voc acesse sua
SALA DE AULA e faa a Atividade 2 no link ATIVIDADES.
117
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 19
Objetivo: Entender como a informao transferida de um ponto a outro na Internet.
Para uma melhor compreenso de como funciona a comunicao na Internet (via protocolo
TCP/IP), altamente recomendvel assistir o filme (produzido pela Ericsson) chamado
Good Warriors disponvel no seguinte link:
http://www.warriorsofthe.net/
Um dos melhores programa para se ver o filme com legendas (.srt) se chama BSPlayer e
pode ser encontrado em http://www.bsplayer.org/. Nesse mesmo site se encontram tutoriais
interessantes como leitura de apoio e tambm comparativos entre os diversos servios de
Internet rpida e seus respectivos valores. Vale a pena perder algum tempo no site e ganhar
em conhecimento.
Estrutura Do Endereo IP
Para os endereos IP se utiliza o sistema binrio para efetuar a representao dos nmeros.
Neste formato binrio o endereo IP tem a aparncia abaixo, onde os x podem ter o valor de
0 ou 1 (bits):
Por exemplo, um endereo IP completo em formato binrio pode ter o seguinte formato:
11000000.10101000.00000000.00000001
Praticamente este formato binrio s poderia ser entendido por um computador, ou seja,
neste formato no fica claro visualizar o endereo IP, mas efetuando a converso para o
formato decimal o endereo IP torna-se legvel. Nesse exemplo a converso do endereo IP
resulta igual a 192.168.0.1, que resulta muito mais familiar.
Sistema Binrio
As pessoas no dia a dia preferem fazer uso do sistema decimal por ser mais fcil e familiar,
mas possvel efetuar a converso de um sistema para outro de maneira simples e rpida,
119
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
por exemplo, se utilizarmos a tabela de converso de nmeros binrios em decimais como
apresentada abaixo:
Por exemplo, no primeiro caso somente o primeiro bit tem o valor 1 que indica que seu valor
20 que equivale a 1.
No segundo caso somente temos os dois primeiros bits como sendo 1, ou seja, utilizando a
tabela temos o seguinte valor 20 + 21 = 1 + 2 = 3, logo o valor decimal desse nmero binrio
00000011 = 3.
No terceiro exemplo temos o nmero binrio 01000100, procedendo da mesma forma que no
exemplo anterior temos 26 + 22 = 64 + 4 = 68, ou seja, o valor binrio 01000100 equivale a 68
em decimal.
120
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 20
Objetivo: Entender como saber enderear por Classes uma determinada rede LAN.
Redes Classe A
Esta classe foi definida como tendo o primeiro bit do nmero IP como sendo igual a zero.
Com isso o primeiro nmero IP somente poder variar de 1 at 126 (na prtica at 127, mas
o nmero 127 um nmero reservado, conforme explicado mais adiante). Observe, no
esquema a seguir, que o primeiro bit sendo 0, o valor mximo (quando todos os demais bits
so iguais a 1) a que se chega de 127:
121
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O nmero 127 no utilizado como rede Classe A, pois um nmero especial, reservado
para fazer referncia ao prprio computador. O nmero 127.0.0.1 um nmero especial,
conhecido como localhost ou endereo de loopback. Ou seja, sempre que um programa fizer
referncia a localhost ou ao nmero 127.0.0.1, estar fazendo referncia ao computador
onde o programa est sendo executado.
A mscara de sub-rede padro de uma rede Classe A, foi definida como sendo: 255.0.0.0.
Com esta mscara de sub-rede observe que temos 8 bits para o endereo da rede e 24 bits
para o endereo da mquina dentro da rede. Com base no nmero de bits para a rede e para
as mquinas, podemos determinar quantas redes Classe A podem existir e qual o nmero
mximo de mquinas por rede. Para isso utilizamos a frmula a seguir:
2n 2
Nmero de redes Classe A: Sabe-se que o nmero de bits para esta classe 7. Como o
primeiro bit sempre zero, este no varia. Por isso sobram 7 bits (8-1) para formar diferentes
redes, fazendo uso da frmula anterior temos o seguinte resultado:
122
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Nmero de mquinas em uma rede Classe A: O nmero de bits para identificar o endereo
da mquina dentro da rede 24, isto
Como possvel observar, pelos clculos anteriores, nas redes Classe A existe apenas um
pequeno nmero de redes disponveis, porm um grande nmero de mquinas em cada
rede.
J podemos concluir que este nmero de mquinas, na prtica, jamais ser instalado em
uma nica rede. Com isso observe que, com este esquema de endereamento, teramos
poucas redes Classe A (apenas 126) e com um nmero muito grande de mquinas em cada
rede. Isso causaria desperdcio de endereos IP, pois se o endereo de uma rede Classe A
fosse disponibilizado para uma empresa, esta utilizaria apenas uma pequena parcela dos
endereos disponveis e todos os demais endereos ficariam sem uso. Para resolver esta
questo que passou-se a utilizar a diviso em sub-redes, assunto este que ser visto mais
adiante.
Redes Classe B
Esta classe foi definida com os dois primeiros bits do nmero IP sendo sempre iguais a 1 e 0.
Com isso o primeiro nmero do endereo IP somente poder variar de 128 at 191. Como o
segundo bit sempre 0, o valor do segundo bit que 64 nunca somado para o primeiro
nmero IP, com isso o valor mximo fica em: 255 64 = 191. Observe, no esquema a seguir,
que o primeiro bit sendo 1 e o segundo sendo 0, o valor mximo (quando todos os demais
bits so iguais a 1) a que se chega de 191:
123
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A mscara de sub-rede padro de uma rede Classe B, foi definida como sendo: 255.255.0.0.
Com esta mscara de sub-rede temos 16 bits para o endereo da rede e 16 bits para o
endereo da mquina dentro da rede. Com base no nmero de bits para a rede e para as
mquinas, podemos determinar quantas redes Classe B podem existir e qual o nmero
mximo de mquinas por rede.
Nmero de redes Classe B: O nmero de bits para esta classe de rede 14. Como o
primeiro e o segundo bit so sempre 10, fixos, no variam, sobram 14 bits (16-2) para formar
diferentes redes:
Nmero de mquinas em uma rede Classe B: O nmero de bits para identificar o endereo
da mquina dentro da rede 16.
Pode-se observar que as redes Classe B possuem um nmero razovel de redes, com um
bom nmero de mquinas em cada rede.
O nmero mximo de mquinas, por rede Classe B j est mais prximo da realidade para
as redes de algumas grandes empresas tais como Microsoft, IBM, HP, GM, etc. Mesmo
assim, para muitas empresas menores, a utilizao de um endereo Classe B, representa
um grande desperdcio de nmeros IP. Neste sentido possvel usar um nmero diferente
de bits para a mscara de sub-rede, ao invs dos 16 bits definidos pela mscara padro da
124
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Classe B (o que tambm possvel com Classe A e Classe C). Com isso posso dividir uma
rede classe B em vrias sub-redes menores, com um nmero menor de mquinas em cada
sub-rede, como ser estudado mais adiante.
Redes Classe C
Esta classe foi definida com os trs primeiros bits do nmero IP sempre iguais a 110. Com
isso o primeiro nmero do endereo IP somente poder variar de 192 at 223. Como o
terceiro bit sempre 0, o valor do terceiro bit que 32 nunca somado para o primeiro
nmero IP, com isso o valor mximo fica em: 255 32 = 223.
Observe, no esquema a seguir, que o primeiro bit sendo 1, o segundo bit sendo 1 e o terceiro
bit sendo 0, o valor mximo (quando todos os demais bits so iguais a 1) igual a 223:
Nmero de redes Classe C: O nmero de bits para a este tipo de rede 21. Como o
primeiro, o segundo e o terceiro bit so sempre 110 e fixos, no variam, sobram 21 bits (24-
3) para formar diferentes redes:
Nmero de mquinas em uma rede Classe C: O nmero de bits para identificar a mquina:
8
125
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Observa-se que em redes Classe C temos um grande nmero de redes disponveis, com, no
mximo, 254 mquinas em cada rede. o ideal para empresas de pequeno porte. Mesmo
com a Classe C, existe um grande desperdcio de endereos. Imagine uma pequena
empresa com apenas 20 mquinas em rede. Usando um endereo Classe C, estariam sendo
desperdiados 234 endereos. Conforme j descrito anteriormente, esta questo do
desperdcio de endereos IP pode ser resolvida atravs da utilizao de sub-redes.
Bytes
Redes Classe D
Esta classe de redes foi definida com os quatro primeiros bits do nmero IP iguais a 1110. A
classe D uma classe especial, reservada para os chamados endereos de Multicast. Com
esse valor de bits iniciais temos para esta classe os endereos desde 224.0.0.0 a
239.255.255.255.
Redes Classe E
Esta classe foi definida com os quatro primeiros bits do nmero IP sempre iguais a 1111. A
classe E uma classe especial e est reservada para uso futuro e/ou funes especiais.
126
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Resumo Para As Classes De Endereo IP
Ao configurar uma rede LAN, voc pode escolher a classe de endereos mais adequada. Por
exemplo, para uma pequena rede, uma faixa de endereos de classe C a mais apropriada,
pois voc precisa se preocupar em configurar apenas o ltimo Byte do endereo ao atribuir
os endereos. Em uma rede de maior porte, com mais de 254 micros, passa a ser necessrio
usar um endereo de classe B, onde podemos usar diferentes combinaes de nmeros nos
dois ltimos Bytes, permitindo um total de 65.534 endereos.
muito difcil encontrar uma situao onde seja necessrio usar uma faixa de endereos de
classe A, pois redes muito grandes acabam sendo divididas em vrios segmentos diferentes,
interligados por roteadores. Neste caso, cada segmento endereado como se fosse uma
rede separada, usando faixas de classe C ou B.
Ao contratar algum tipo de conexo voc recebe um nico endereo (como numa linha
ADSL) ou uma faixa de classe C inteira (ao alugar um backbone, por exemplo). Os
127
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
endereos de classe B so reservados s grandes empresas e provedores de acesso,
enquanto os endereos de classe A so praticamente impossveis de se conseguir, mesmo
para grandes corporaes.
Por exemplo, ao alugar um backbone vinculado a uma faixa de endereos classe C, voc
receberia uma faixa de endereos, digamos, 203.107.171.X, aqui os valores dos trs
primeiros Bytes dados por 203.107.171 o endereo de sua rede na Internet, e o ltimo Byte
dado por X a faixa de 254 endereos vlidos que voc pode usar para identificar seus
servidores.
Endereos Especiais
Observe que existem endereos reservados para teste, entre os endereos de classe A e B
existe o 127. A srie de endereos IP iniciada com o nmero 127 reservada para testes
internos. O endereo de loopback dado pelo nmero 127.0.0.1 e utilizado para fazer
testes e determinar se a comunicao da placa de rede com o meio de transmisso funciona
corretamente.
10.0.0.0 a 10.255.255.255
172.16.0.0 a 172.31.255.255
192.168.0.0 a 192.168.255.255
128
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
servidor DHCP. O APIPA ativado por padro no WindowsXP Professional para que
usurios domsticos ou usurios de pequenas redes possam usar uma nica sub-rede,
baseado em uma rede TCP/IP sem ter que configurar o protocolo TCP/IP manualmente ou
configurar um servidor DHCP.
A seguir apresenta-se o processo bsico que o APIPA usa para conceder um endereo IP:
Agora o cliente consegue alcanar outros clientes que estejam configurados com o APIPA,
porm limitando-se somente rede 169.254.0.0.
Endereos IP No Vlidos
0.xxx.xxx.xxx: Nenhum endereo IP pode comear com zero, pois ele usado para o
endereo da rede. A nica situao em que um endereo comeado com zero usado
quando um servidor DHCP responde requisio da estao. Como ela ainda no possui
um endereo definido, o pacote do servidor endereado ao endereo MAC da estao e ao
endereo IP "0.0.0.0", o que faz com que o Switch o envie para todos os micros da rede.
127.xxx.xxx.xxx: Nenhum endereo IP pode comear com o nmero 127, pois este nmero
reservado para a interface de loopback, ou seja, so destinados prpria mquina que
enviou o pacote. Se por exemplo voc tiver um servidor de SMTP e configurar seu programa
de e-mail para usar o servidor 127.0.0.1, ele acabar usando o servidor instalado na sua
129
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
prpria mquina. O mesmo acontece ao tentar acessar o endereo 127.0.0.1 no navegador:
voc vai cair em um servidor Web habilitado na sua mquina. Alm de testes em geral, a
interface de loopback usada para comunicao entre diversos programas, sobretudo no
Linux e outros sistemas UNIX.
Se voc no pretende conectar sua rede LAN na Internet, pode utilizar qualquer faixa de
endereos IP vlidos e tudo ir funcionar sem problemas. Mas, a partir do momento em que
voc resolver conect-los Web, os endereos da sua rede podero entrar em conflito com
endereos vlidos j usados na Web.
Para resolver este problema, basta utilizar uma das faixas de endereos reservados. Estas
faixas so reservadas justamente ao uso em redes internas, por isso no so roteadas na
internet. As faixas de endereos reservados mais comuns so 10.X.X.X e 192.168.X.X, onde
respectivamente o 10 e o 192.168 indicam o endereo da rede, cabe ao administrado do
sistema colocar os endereos das mquinas da melhor forma que ele achar conveniente.
A tabela abaixo lista endereos com significado especial e no deve ser utilizada jamais na
atribuio de endereos:
130
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
131
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 21
Objetivo: Saber quais so os endereos da Internet que esto registrados.
Endereos Ip Registrados
Conforme explicado existem poucos nmeros de endereo IPv4 disponveis, pois somente
possvel navegar na Internet publica atravs de um nmero exclusivo. As numeraes
reservadas para redes internas no possibilitam esse tipo de facilidade e para conseguir
acessar algum endereo publico ou disponibilizar algum tipo de servio que possa ser
acessado globalmente necessrio efetuar o registro do nmero de IP para que seja evitada
a sua duplicao.
O NAT esta definido na RFC 1631, e para mais informao sobre o mesmo entra no seguinte
link: http://www.abusar.org/nat.html.
ARIN http://www.arin.net
RIPE http://www.rip.net
APNIC http://www.apnic.net
Vale a pena lembrar que esta cada vez mais difcil obter nmeros IP diretamente das
organizaes de registro, devido a sua escassez.
Quando se recebe um endereo registrado pode ser que seja necessrio fazer uma
subdiviso da rede em segmentos menores, conhecidos como sub-redes. Os
administradores de rede geralmente criam sub-redes pelos motivos abaixo descritos:
Para efetuar a expanso da rede: Pode ser que seja necessrio extrapolar as limitaes
fsicas da rede e que seja necessrio adicionar mais computadores e efetuar a criao de
uma sub-rede com dispositivos como um roteador inclusive.
Para reduzir o congestionamento: O trafego entre computadores (ns) em uma rede utiliza
parte da banda da rede. Nesse sentido, quantos mais computadores ou dispositivos a rede
possuir, mais banda ser consumida. A diviso de uma rede em varias redes (menores e
separadas) reduz o nmero de computadores numa mesma rede. Eles podem se comunicar
somente com os computadores necessrios nessa rede menor e por conseqncia o
congestionamento drasticamente reduzido.
133
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Para reduzir o uso da CPU: Mesmo que um pacote de rede no seja endereado a um
computador em especifico a placa de rede faz a analise do mesmo antes de efetuar o
descarte do pacote. Ento quantos mais computadores existirem em uma rede maior ser o
Broadcasts entre os equipamentos; Esta caracterstica de broadcasting pode ser utilizada
para, por exemplo, divulgar servios ou para efetuar descobertas de computadores. O
broadcasting em uma caracterstica tpica de uma rede Ethernet. Todos os computadores
recebem os quadros Ethernet que trafegam pelo cabo da rede, e cada quadro recebido
(mesmo aqueles que no sejam dirigidos a eles) deve ser verificado, ento nesse processo
de aceitar e/ou descartar quadros que uma boa parte dos recursos da CPU consumida.
134
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Combinar diferentes tipos de mdias: Podem-se utilizar diferentes tipos de mdias, assim
se torna possvel combinar sub-redes com diferentes implementaes. Equipamentos que
usam tecnologias de rede incompatveis podem ser interconectados dessa forma.
O uso dos endereos de rede local tem aliviado muito o problema da falta de endereos IP
vlidos, pois uma quantidade enorme de empresas e usurios domsticos, que originalmente
precisariam de uma faixa de endereos de classe C para colocar todos os seus micros na
internet, pode sobreviver com um nico IP vlido, compartilhado via NAT entre todos. Em
muitos casos, mesmo provedores de acesso chegam a vender conexes com endereos de
rede interna nos planos mais baratos, como, por exemplo, alguns planos de acesso via rdio
enlace, onde um roteador com um IP vlido distribui endereo de rede interna (conexo
compartilhada) para os assinantes.
135
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 22
Objetivo: Entender em detalhe como projetar e enderear uma rede IP.
Criando Sub-Redes
A principal mudana que se nota ao mexer com sub-redes uma mudana na mascara do
endereo IP que ira variar conforme a quantidade de bits usada para o endereamento de
sub-rede.
Inclusive bom pensar muito bem antes de escolher o nmero de bits de mquina, pois se
deve levar em conta o crescimento da rede (nmero de computadores) e a quantidade de
sub-redes a serem criadas (para evitar transtornos ou o trabalho de trocar os dados IP).
136
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Como estudado anteriormente, o nmero de sub-redes disponveis 2n 2, onde n o
nmero de bits disponveis para utilizao no endereo de sub-rede. A subtrao feita por 2
porque tanto os endereos com os bits 0 assim como os endereos com os bits 1 so
reservados nas redes TCP/IP. Normalmente o endereo com os bits 0s o prprio endereo
de rede e o endereo com os bits 1 o endereo de broadcasting da rede. As RFC 1122 e
RFC 950 determinam esse tipo de restrio (No entanto alguns sistemas operacionais
conseguem utilizar esse tipo de endereo caso o roteador consiga ser direcionado para uma
sub-rede zero).
137
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
138
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Clculo de Sub-Redes
Para poder criar sub-redes em uma rede, a nica forma alterar a mscara de rede padro,
isto , devemos emprestar um ou mais bits 0 que correspondem ao endereamento dos
computadores dentro da rede, esses bits emprestados faro parte dos bits de rede (bits 1).
139
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Por exemplo, temos o endereo de rede dado por 192.168.1.0, este endereo corresponde a
uma rede Classe C. Agora, para se ter duas sub-redes em esta rede Classe C basta
emprestar um nico bit do grupo de bits de mquina (bits 0) e invert-lo para que faa parte
do grupo de bits de rede (bits 1).
Lembremos que para este tipo de redes Classe C a mscara padro de 24 bits 1, esses
24 bits correspondem ao endereo de rede e os 8 bits 0 correspondem para enderear os
computadores dentro dessa rede, ou seja,
11111111.11111111.11111111.00000000 = 255.255.255.0
Agora, empresta-se um bit dos bits de mquina (bits 0) para, assim, termos 25 bits de
rede, ou seja, 25 bits 1, o resultado seria uma nova mscara de rede dada por:
11111111.11111111.11111111.10000000 = 255.255.255.128
Com esta nova mscara de rede possvel criar duas sub-redes internas nossa rede total.
Vejamos como foi emprestado s um bit e como estamos trabalhando com uma rede Classe
C, ento fazemos uso desse nico bit para fazer a diferena entre as duas redes, portanto, a
primeira sub-rede dada pelo endereo 192.168.1.0 e a segunda sub-rede dada pelo
endereo 192.168.1.128. Mas estes endereos so os endereos das sub-redes, para
enderear as mquinas temos os endereos da primeira sub-rede a partir de 192.168.1.1 at
192.168.1.126, e os endereos para os computadores da segunda sub-rede vo desde
192.168.1.129 at 192.168.1.254. Claramente vemos que cada sub-rede suportar 127
mquinas. Os endereos de broadcasting dessas duas sub-redes so: 192.168.1.127 e
192.168.1.255.
Um site onde se pode encontrar uma calculadora de sub-redes esta no seguinte link:
http://www.warriorsofthe.net/utils/index.html.
Considerar o endereo de rede Classe A 11.1.2.64, pede-se trabalhar esse endereo como
se fosse uma rede Classe C e crie duas sub-redes utilizando dois bits do grupo de bits de
140
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
mquina (bits 0), mostre os endereos de broadcasting para essas sub-redes e calcule
quantos computadores cada uma delas suportar.
Como o exemplo pede para trabalhar essa rede Classe A como se fosse uma rede Classe C
ento podemos, em principio, assumir a mscara padro de uma Classe C, isto ,
inicialmente teramos 24 bits 1, ou seja:
11111111.11111111.11111111.00000000 = 255.255.255.0
Como ainda o exemplo pede para utilizar dois bits do grupo de bits de mquina (bits 0) a
nova mscara de sub-rede ser:
11111111.11111111.11111111.11000000 = 255.255.255.192
Para facilitar as contas vamos diferenciar os 26 bits de rede (em azul) dos bits de mquina
(em vermelho).
00001011.00000001.00000010.01000000 = 11.1.2.64
Endereo de Broadcast: Para calcular este endereo basta colocar, aps o ltimo bit 1 do
endereo de rede original (11.1.2.64), todos os bits como sendo bits 1, assim para este
exemplo, o endereo de Broadcasting fica da seguinte forma:
00001011.00000001.00000010.01111111 = 11.1.2.127
Clculo das sub-redes: Para criar as sub-redes devemos utilizar os bits que fazem parte do
endereo de rede do ltimo Byte, neste exemplo pedem para usar somente dois bits do
grupo de bits de mquina (bits 0). A pergunta que surge imediatamente seria porque usar s
2 bits? A resposta esta no fato que essa rede Classe A esta sendo usada como uma rede
Classe C, se a nossa inteno seria trabalhar com essa rede como se fosse uma rede
Classe B ento teramos a liberdade de utilizar tambm todo o terceiro Byte para criar as
sub-redes que vejamos convenientes.
141
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Portanto, contamos somente com dois bits (do ltimo Byte) para poder criar as sub-
redes, isto , com 2 bits podemos ter 22 2 = 2 sub-redes vlidas, a seguinte Tabela mostra
quais so elas:
00001011.00000001.00000010.01000000 = 11.1.2.64
00001011.00000001.00000010.10000000 = 11.1.2.128
Sub-rede 11.1.2.64:
At 11.1.2.126 = 00001011.00000001.00000010.01111110
Sub-rede 11.1.2.128:
At 11.1.2.190 = 00001011.00000001.00000010.10111110
Vamos entender esta questo atravs de um exemplo prtico como explicado a seguir.
Deseja-se dividir a seguinte rede classe C: 129.45.32.0/255.255.255.0. As especificaes
so as seguintes: ter como mnimo 10 sub-redes. Nestas condies, pede-se determinar o
seguinte:
Quantos bits sero necessrios para fazer a diviso e obter pelo menos 10 sub-redes?
Nmero de sub-redes = 2n 2
Aqui vamos testando o valor de n (o nmero de bits emprestados) por valores sucessivos,
at atingir ou superar o valor de 10. Por exemplo, para n=2, a frmula resulta em 2, para n=3,
a frmula resulta em 6, para n=4 a frmula resulta em 14. Como 14 maior a 10 a questo
143
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
do item (a) est respondida, temos que emprestar quatro bits do quarto Byte para fazer parte
da mscara de sub-rede. Lembre-se que o quarto Byte corresponde aos endereos das
mquinas (bits 0).
Portanto, quantos bits sero necessrios para fazer a diviso e obter pelo menos 10 sub-
redes? A resposta : 4 bits.
Como vamos a utilizar quatro bits do ltimo Byte (alm dos 24 bits dos trs primeiros Bytes,
os quais j faziam parte da mscara padro da rede Classe C original), sobraram apenas 4
bits para os endereos IP que devem ser alocados para os computadores em cada sub-rede.
Novamente fazemos uso da frmula:
Substituindo n por 4, vamos obter um valor de 14. Com este resultado j podemos responder
o item (b), isto , quantos endereos IP para os computadores estaro disponveis em cada
sub-rede? A resposta : 14.
Como foram utilizados quatro bits do quarto Byte para fazer a diviso em sub-redes, os
quatro primeiros bits foram definidos iguais a 1 (bits de rede). Basta somar os respectivos
valores, ou seja: 128 + 64 + 32 + 16 = 240. Ou seja, com os quatro primeiros bits do quarto
Byte sendo iguais a 1, o valor do quarto Byte passa para 240, com esse resultado podemos
responder o item (c) que diz: Qual a nova mscara de sub-rede? A resposta dada por
11111111.11111111.11111111.11110000 = 255.255.255.240
importante lembrar que esta ser a mscara de sub-rede utilizada por todas as 14 sub-
redes.
Agora vamos listar a faixa de endereos de cada sub-rede. Esta a novidade do item (d).
Como saber de que nmero at que nmero vai cada endereo IP. Observe o ltimo bit
definido para a mscara. No nosso exemplo o quarto bit do quarto Byte. Qual o valor
decimal do quarto bit? 16 (o primeiro 128, o segundo 64, o terceiro 32 e assim por diante,
conforme explicado na Tabela anterior).
144
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O valor do ltimo bit um indicativo das faixas de variao para este exemplo. Ou seja, na
prtica temos 16 computadores em cada sub-rede, embora o primeiro e o ltimo no devam
ser utilizados, pois o primeiro o endereo da prpria sub-rede e o ltimo o endereo de
broadcast da sub-rede. Por isso que s ser possvel alocar 14 computadores por sub-
rede, devido ao -2 na frmula anterior, pode-se observar que esse -2 significa: o primeiro e
o ltimo.
Finalmente apresentamos a diviso da rede em 14 sub-redes, onde cada sub-rede fica com
16 endereos IP para distribu-los nas mquinas, sendo que a primeira e a ltima sub-rede
no so utilizadas e o primeiro e o ltimo endereo IP, dentro de cada sub-rede, tambm no
so utilizados:
145
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Sub-rede 11: 129.45.32.160 129.45.32.175
O conceito de CIDR foi introduzido em 1993 como um refinamento para a forma como o
trfego era conduzido pelas redes IP. Permitindo flexibilidade acrescida quando dividindo
margens de endereos IP em redes separadas, promoveu assim um uso mais eficiente para
os endereos IP cada vez mais escassos. O CIDR est definido no RFC 1519.
A notao CIDR padro comea com o endereo de rede, na direita com o nmero
apropriado de Bytes:
146
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
4 para IPv4,
Tudo isto seguido por um prefixo /n que indica o comprimento, em bits, que define o
tamanho do campo de sub-rede em questo, este prefixo , na verdade, o comprimento da
mscara de sub-rede. Portanto, a nomenclatura CIDR para o IPv4 : X.Y.Z.W/n, onde X, Y, Z
e W so os 4 Bytes comuns de endereo Internet, e o prefixo /n indica quantos bits (de valor
1) sero utilizados para o endereo de rede.
Por exemplo:
Para o IPv4, uma representao alternativa usa o endereo de rede seguido da mscara de
sub-rede, escrito na forma decimal com pontos:
147
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 23
Objetivo: Entender o que , e porque foi desenvolvida uma nova verso do protocolo IP.
Ipv6
A Importncia do IPv6
Como se sabe, o atual IPv4, que utilizamos na grande maioria das situaes, um nmero
de 32 bits (4 Bytes) que equivale a nada menos do que 232 = 4.294.967.296 combinaes.
Destes, pouco mais de 3.7 bilhes de endereos so aproveitveis, j que os endereos
iniciados com 0, 10, 127 e de 224 em diante so reservados.
Alm disso, a maior parte das faixas de endereos de classe A, que englobam as faixas
iniciadas com de 1 a 126 so propriedade de grandes empresas, que acabam utilizam
apenas uma pequena faixa deles. Por exemplo, apenas a HP, sozinha, tem direito a duas
faixas inteiras, uma ganha durante a distribuio inicial das faixas de endereos IP classe A e
a segunda herdada com a compra da DEC.
Um dos fatores que vem reduzindo a presso sobre os escassos endereos disponveis o
uso do NAT. Graas a ele, voc pode compartilhar uma nica conexo (e,
148
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
consequentemente, um nico endereo), entre vrios micros. possvel at mesmo
adicionar um segundo, terceiro, quarto, ou mesmo quinto nvel de compartilhamento,
recompartilhando uma conexo j compartilhada.
muito comum, por exemplo, que um provedor de acesso via rdio use um nico IP para um
prdio inteiro, dando endereos de rede interna para os assinantes. Muitos destes criam
redes domsticas e compartilham novamente a conexo, adicionando uma segunda camada
de NAT, e assim vai.
Apesar disso, o NAT no a soluo para tudo. Voc no pode usar NAT em um
Datacenter, por exemplo, precisa de um endereo "real e vlido" para cada servidor
disponvel para o mundo exterior.
Chegamos ento ao IPv6, que promete colocar ordem na casa, oferecendo uma faixa muito
maior de endereos e uma migrao suave a partir do padro atual (IPv4). Embora s
recentemente o tema tenha ganhado popularidade, o IPv6 no exatamente um projeto
novo. O padro vem sendo desenvolvido desde 1995, quando a Internet (como a
conhecemos agora) ainda engatinhava. Entre os dois existiu o "IPv5", que era um padro de
Streaming que nunca chegou realmente a ser usado.
Endereamento IPv6
No Brasil, toda a rede nacional de pacotes (RNP) est apta a operar com o protocolo IPv6
em modo nativo. Para obter servios de conexo IPv6, a instituio deve estar localizada em
um dos estados servidos por esta rede e ser cliente da RNP. Endereos IPv6 de produo
para o Brasil podem ser obtidos no LACNIC: http://www.lacnic.net.
149
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Prevendo o tamanho do problema que seria ter que futuramente migrar novamente para um
novo padro, o IEFT (o rgo responsvel) resolveu no correr riscos. O nmero de
endereos disponveis no IPv6 simplesmente absurdo. Seria o nmero 340.282.366.920
seguido por mais 27 casas decimais!
J existem projetos de uso do IPv6 em larga escala em pases como o Japo, China e
Coria do Sul e a adoo tende a se acelerar rapidamente no decorrer dos prximos anos.
Como sabido cada carter Hexadecimal, representa 4 bits (16 combinaes). Alm disso, a
numerao Hexadecimal consta dos valores alfanumricos dados por A, B, C, D, E e F, que
representam os nmeros decimais 10, 11, 12, 13, 14 e 15 respectivamente.
Uma forma de compreender melhor, seria imaginar que cada quarteto de nmeros
Hexadecimais equivale a 16 bits, que poderiam ser representados por um nmero de 0 a
65.535. Voc pode usar uma calculadora que suporte a exibio de nmeros em
Hexadecimal para converter nmeros decimais. Portanto, fazendo a converso, o endereo
dado acima por:
150
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
2001:bce4:5641:3412:341:45ae:fe32:65
equivaleria aos nmeros decimais "8193 48356 22081 13330 833 17835 65034 101".
Um atenuante para esta complexidade dos endereos IPv6 que eles podem ser abreviados
de diversas formas. Graas a isso, os endereos IPv6 podem acabar sendo incrivelmente
compactos, como "::1" ou "FEC::1".
Em primeiro lugar, todos os zeros esquerda dentro dos quartetos podem ser omitidos. Por
exemplo, em lugar de escrever "0341", pode-se escrever apenas "341"; em lugar de "0001"
apenas "1" e, em lugar de "0000" apenas "0", sem que o significado seja alterado. por isso
que muitos quartetos dentro dos endereos IPv6 podem ter 3, 2 ou mesmo um nico dgito.
Os demais so zeros esquerda que foram omitidos.
Ao usar o endereo, o sistema sabe que entre o "2001:BCE4:" e o ":1" existem apenas zeros
e faz a converso internamente, sem problema algum.
151
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Endereo Representao Extensa Forma Abreviada
Unspecified 0:0:0:0:0:0:0:0 ::
Graas a isso, determinados equipamentos podero ter mais de um IP. Assim, ser possvel
fazer com que certos servios sejam executados simultaneamente numa mesma mquina e
para cada um haver uma conexo exclusiva.
Global Provider-based: o endereo unicast que ser globalmente utilizado. Seu plano
inicial de alocao baseia-se no mesmo esquema utilizado no CIDR (RFC 1519) definido em
152
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
(RFC 1887). Seu formato possui um prefixo de 3 bits (010) e cinco campos: Registry ID, para
registro da parte alocada ao provedor; Provider ID, que identifica um provedor especfico;
Subscriber ID, que identifica os assinantes conectados a um provedor; e Infra-subscriber,
parte utilizada por cada assinante.
Loopback: Representado por 0:0:0:0:0:0:0:1 ou "::1". Pode ser utilizado apenas quando um
n envia um datagrama para si mesmo. O Loopback no pode ser associado a nenhuma
interface.
NSAP: endereo de 121 bits a ser definido, identificado pelo prefixo 0000001. Endereos
NSAP (Network Service Access Point) so utilizados em sistemas OSI.
IPX: endereo de 121 bits a ser definido, identificado pelo prefixo 0000010. Endereos IPX
(Internal Packet eXchange) so utilizados em redes Netware/Novell.
Link-Local: endereo identificado pelo prefixo de 10 bits (1111111010), definido para uso
interno num nico link. Estaes ainda no configuradas, ou com um endereo provider-
based ou com um site-local, podero utilizar um endereo link-local.
Site-Local: endereo identificado pelo prefixo de 10 bits (1111111011), definido para uso
interno numa organizao que no se conectar Internet. Os roteadores no devem
repassar pacotes cujos endereos origem sejam endereos do tipo site-local.
153
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Tambm est reservado 12,5% de todo espao de endereamento IPv6 para endereos a
serem distribudos geograficamente (Geographic-based Addresses).
Anycast: Este tipo uma variao do multicast, onde o endereo IP pode estar atribudo a
mais de uma interface, ao invs de uma individual.
Um endereo anycast no pode ser utilizado como endereo de origem (Source Address) de
um pacote IPv6;
Um endereo anycast no pode ser configurado em um computador IPv6, ou seja, ele dever
ser associado a roteadores apenas.
Este tipo de endereamento ser til na busca mais rpida de um determinado servidor ou
servio. Por exemplo, pode-se definir um grupo de servidores de nomes configurados com
um endereo anycast; o computador acessar o servidor de nomes mais prximo utilizando
este endereo.
O Cabealho IPv6
155
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Version: campo com tamanho de 4 bits utilizado para identificar a verso do protocolo
utilizado no caso do IPv6 o valor deste campo 6.
Traffic Class: este campo substitui o campo Type of Service do IPv4. Utilizado para
identificar certos tipos de trafego que tem maior prioridade do que outros como trfegos
multimdia e dados relacionados a dados de aplicaes de tempo real.
Flow Label: este campo tem tamanho de 20 bits utilizado para identificar conjuntos de
pacotes que requerem o mesmo tipo de tratamento por parte dos roteadores. Este campo
facilita o trfego de aplicaes de tempo real, pois somente o cabealho do primeiro pacote
processado para identificar o tipo de tratamento que deve ser dado ao conjunto de pacotes.
Os demais pacotes sero tratados com as mesmas opes identificadas pelo primeiro pacote
do conjunto e isto possibilita um aumento de performance. O fluxo de pacotes identificado
pelo rtulo do fluxo e os endereos de origem e destino dos pacotes. Ns de rede que no
tem suporte a rtulos de fluxo tem que encaminhar os pacotes sem process-los e no caso
de estarem recebendo o pacote devem desconsiderar este campo. Todos os pacotes que
pertencem a um fluxo devem obrigatoriamente ter o mesmo endereo de origem e destino.
Payload Length: este campo especifica o tamanho do dado carregado aps o cabealho IP.
Diferentemente do campo de tamanho do IPv4 que inclui no calculo o tamanho do
cabealho, o payload length calculado a partir dos dados existentes aps o cabealho IPv6.
156
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Os cabealhos de extenso so considerados parte do payload e, portanto so includos no
clculo. Como este campo tem tamanho de 2 bytes isto limita o tamanho mximo do pacote a
64 KB. No caso da quantidade de dados for maior que este valor o protocolo IPv6 possui um
cabealho de extenso chamado Jumbograma que prove o suporte a pacotes de tamanhos
maiores. Este tipo de cabealho de extenso s ser necessrio se o computador estiver
atrelado a um link com capacidade superior a 64 KB.
Next Header: este campo tem tamanho de 1 byte e representa o antigo campo Protocol Type
Field do IPv4. No caso o campo foi renomeado. Este campo contm os mesmos nmeros
utilizados para identificar os protocolos no protocolo IPv4, a tabela a seguir ilustra alguns
valores. No caso do pacote IPv6 possuir um cabealho de extenso este campo ir conter o
tipo do cabealho de extenso.
Valor Descrio
0 In an IPv4 header: reserved and not used
1 Internet Control Message Protocol (ICMPv4)IPv4 support
2 Internet Group Management Protocol (IGMPv4)IPv4 support
4 IP in IP (encapsulation)
6 TCP
8 Exterior Gateway Protocol (EGP)
9 IGP - any private interior gateway (used by Cisco for their IGRP)
17 UDP
41 IPv6
43 Routing header
44 Fragmentation header
45 Interdomain Routing Protocol (IDRP)
46 Resource Reservation Protocol (RSVP)
50 Encrypted Security Payload header
51 Authentication header
58 ICMPv6
59 No Next Header for IPv6
157
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
60 Destination Options header
88 EIGRP
89 OSPF
108 IP Payload Compression Protocol
115 Layer 2 Tunneling Protocol (L2TP)
132 Stream Control Transmission Protocol (SCTP)
134 254 Unassigned
255 Reserved
Hop Limit: este campo tem tamanho de 1 byte e representa o antigo campo TTL (Time To
Live) do IPv4. O contedo deste campo indica a quantidade de roteadores que o pacote pode
passar antes de se descartado. Cada vez, que encaminhado por um roteador, o outro n
que esteja encaminhando o pacote, o valor deste campo reduzido em uma unidade.
Destination Address: contm o endereo, 16 bits, do host que pretende receber o pacote.
No caso do protocolo IPv4 este campo sempre continha o endereo do ltimo destino do
pacote. Entretanto no IPv6 este campo no contm o endereo do ltimo destino se o
cabealho de roteamento, que um dos cabealhos de extenso, estiver presente.
De maneira geral, o cabealho ficou mais simples e essa mudana no serve somente para
adaptar-se aos novos padres do IPv6, mas tambm para permitir que os roteadores no
tenham que processar determinadas informaes do cabealho. Como conseqncia, a
transmisso se torna mais eficiente.
O IPv6 uma padro que promete resolver vrios problemas da internet, inclusive alguns
relacionados a segurana que no foram citados nesta unidade. Ainda em teste, esse novo
158
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
tipo de endereamento IP deve comear a ser usado em alta escala dentro de alguns anos.
Enquanto isso no ocorre, testes e aperfeioamentos so realizados.
E agora? Voc j sabe o que vai mudar em sua vida com a chegada do IPv6? Percebe-se
claramente que muita coisa ir mudar: nova terminologia, novas e interessantes
caractersticas, novo processo de roteamento com o IDRP (Inter-Domain Routing Protocol),
etc.
Por fim, se voc se perguntou por que IPv6 ao invs de IPv5 saiba que este ltimo esteve em
testes, mas no foi considerado apropriado para a Internet. Para mais informaes e/ou
explicaes mais tcnicas, visite o seguinte Link: http://www.ipv6.org.
159
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 24
Objetivo: Conhecer quais so os principais protocolos do Nvel Fsico do modelo OSI.
A Ethernet a tecnologia mais utilizada nas redes locais, tendo sido especificada e
padronizada pela norma IEEE 802.3, foi inicialmente desenvolvida pela Xerox vindo
posteriormente a ser desenvolvido pela Xerox, DEC e Intel.
Este protocolo opera na camada fsica e de enlace do modelo OSI, existem ainda nesta
camada de enlace duas subcamadas: a subcamada de acesso mdia (MAC 802.3) e a
subcamada do cliente LLC (Logical Link Control 802.2). Nos drivers de rede (o software
que permite o uso da placa de rede no sistema computadorizado) esto embutidos os
suportes necessrios a essas subcamadas.
160
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Comea em fevereiro de 1980 (da surgiu o nmero 802) o trabalho de definir os padres de
tecnologia LAN para a camada fsica e de enlace do modelo OSI. A IEEE (Institute of
Electrical and Eletronic Engineers) definiu uma serie de padres 802.x que interoperam com
vrios protocolos da camada superior e at com redes diferentes.
IEEE 802.1: Faz a definio da camada fsica e da camada de enlace da OSI para que os
dispositivos de LAN IEEE 802 consigam se comunicar com uma LAN ou WAN.
IEEE 802.2: onde esta definida a LLC (Logical Link Control) que vital para o
funcionamento das redes da serie IEEE 802.x. Essa camada acrescenta campos de
cabealho para fazer a identificao de que protocolo das camadas superiores esta sendo
utilizado no frame (quadro) e tambm indica quais os processos da camada de rede esto
sendo utilizados pela origem e destino do quadro.
161
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
IEEE 802.3: Faz a especificao de uma serie de opes da camada fsica, inclusive
diferentes modos de sinalizao (banda-base e banda-larga), dos tipos de mdia, tipos de
tipologias e taxa de dados. Aqui definido o mtodo de acesso CSMA/CD (Carrier Sense
Multiple Access/Collision Detection) que detecta colises na mdia compartilhada e possibilita
o funcionamento da rede, atravs de seu modo de tratar com esse tipo de erro.
IEEE 802.4: Especifica um padro de topologia fsica com mtodo de acesso mdia por
token, mdia de banda-base e banda larga e cabeamento do tipo CATV de 75 ohms (tambm
pode ser utilizada fibra tica). Ele atende principalmente as necessidades de uma LAN.
IEEE 802.5: Foi desenvolvido com base na Token Ring da IBM. Ele utiliza um mtodo de
acesso a mdia por token e consegue efetuar transmisses de dados nas velocidades de 1, 4
ou 16 Mbps. A diferena entre a especificao 802.5 e a da IBM que a mdia de
transmisso no esta especificada explicitamente assim como o mtodo de transmisso (o
que gera flexibilidade e no uma imposio de meio ou topologia).
IEEE 802.6: Tem uma tecnologia denominada DQDB (Distribuited Queue Dual Bus) que
utilizada para transferncia de dados, ela permite o trfego sncrono e assncrono que
suporta voz, vdeo e dados.
IEEE 802.7: um padro que determina como so feitas as instalaes de teste de banda-
larga. Uma espcie de manual de referencia para os projetistas.
IEEE 802.8: Faz a definio de grupos de trabalho para desenvolver trabalhos na tecnologia
802 em padres de fibra tica.
IEEE 802.9: Define a Ethernet Iscrona que tem como foco a integrao de transmisses de
voz com dados e o suporte de trfego espordico e padronizado.
162
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
IEEE 802.11: Faz a especificao de padres para uso com LAN Wireless (sem fio), que se
utilizam transmisses com infravermelhos e de espectro amplo.
IEEE 802.12: Traz a definio de um padro de rede em forma de estrela e com taxa de
transmisso 100 Mbps que baseada em conteno (AnyLAN de 100 VG). A diferena
que o hub ou dispositivo que controla o trafega pode consultar a prioridade dos pacotes e dar
preferncia a um trfego que tem uma prioridade mais alta. So suportados quadros do tipo
Ethernet e Token Ring.
A estrutura do IEEE 802.3 Ethernet tem a aparncia acima, ela juntamente com o IEEE 802.2
especifica padres para a camada fsica e a de enlace do modelo OSI.
Existem diversos tipos de opes com relao a camada fsica, que pode incluir diferentes
tipos de mdia, topologia e sinalizao (banda-base e banda larga).
163
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A Tabela acima descreve os padres da camada fsica do IEEE 802.3
O padro IEEE 802.2 refere-se ao protocolo para a subcamada de enlace LLC (Logical Link
Control). A camada de enlace (Data Link) foi subdividida em duas subcamadas com a nica
finalidade de possuir um nvel independente da topologia, dos meios de transmisso e dos
mtodos de acesso utilizados na rede local, de forma que, se alteraes fossem realizadas
nestes itens, o protocolo de enlace no seria alterado. Este nvel o LLC.
164
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
de acesso origem (SSAP - Source Service Access Point) e qual o ponto de acesso destino
(DSAP - Destination Servie Access Point).
A subcamada de enlace LLC pode fornecer ao nvel de rede de trs tipos de servio distintos:
2. Orientado a conexo.
Se ele detectar que existe um sinal, espera um perodo aleatrio de tempo que
determinado pelo trafego existente da rede e por um gerador de nmero aleatrio. Se no
existir sinal o n transmitira seus pacotes para a rede.
165
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Da os ns esperam um perodo de tempo aleatrio e em seguida tentam transmitir
novamente.
O protocolo CSMA/CD tem uma propriedade muito interessante que permite aumentar ou
diminuir o tamanho da rede sem que a performance e confiabilidade da rede se degradem o
que facilita o seu gerenciamento. Est especificada na norma IEEE 802.4u.
A passagem da tecnologia 10Base-T para 100Base-T fcil uma vez que ambas utilizam o
protocolo CSMA/CD. Muitos dos adaptadores de rede suportam comunicaes a 10 e 100
Mbps sendo a deteco da velocidade feita automaticamente. A passagem de 10 Mbps para
100 Mbps reduz o tamanho mximo que a rede pode ter para um comprimento mximo de
500 metros a 10 Mbps passa-se para cerca de 200 a 100 Mbps. Para se conseguirem
distncias superiores a 205 metros numa rede a 100 Mbps necessrio instalar repetidores
em cada 200 metros.
Este padro determina um tipo de rede que pode transferir dados binrios a 100 Mbps. A
FastEthernet Alliance determinou que as seguintes especificaes devem ser utilizadas no
padro IEEE 802.3u:
166
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Topologias fsica e lgica
A topologia da rede determina que cada dispositivo tenha um cabo que vai da placa de rede
a um ponto de conexo em comum. Se este ponto for um hub se recomenda no efetuar o
cascateamento (2 ou mais hubs); sempre melhor usar Switches. A topologia como no IEEE
802.3 de barramento lgico.
O MII especifica que se devem utilizar transceptores ou PLD (Physical Layer Devices) para
as conexes de rede. Existem 3 PLDs que so especificados pela camada fsica: 100Base-
TX, 100Base-T4 e 100Base-FX. Deve se observar que a mdia de cobre ainda tem a
limitao de 100 metros e que um cabo UTP de 0,5 metros pode ser utilizado para conectar a
placa de rede a um transceptor externo. O tamanho mximo do cabo de link entre
repetidores de 5 metros.
A funo de AUTONEG uma parte opcional do padro Ethernet que permite que os
dispositivos troquem informaes a respeito de suas capacidades atravs um segmento de
167
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
ligao. Isto, por outro lado, permite que os dispositivos realizem uma configurao
automtica para alcanarem o melhor modo de operao possvel atravs de uma conexo.
No mnimo, a AUTONEG prov uma comparao automtica das velocidades dos
dispositivos de mltipla velocidade de cada ponta da conexo. Assim interfaces Ethernet de
mltipla velocidade podem aproveitar a velocidade mais alta oferecida por uma porta de hub
de mltipla velocidade.
Isto significa que os adaptadores de rede para FastEthernet (IEEE 802.3u) operam em modo
de compatibilidade com a Ethernet (IEEE 802.3) convencional.
A AUTONEG possvel usando-se sinais FLP (Fast Link Pulse). Estes sinais FLP so uma
verso modificada do NLP (Normal Link Pulse) usados para verificar a integridade da ligao,
definido na especificao 10Base-T.
Os sinais FLP foram projetados para coexistirem com os sinais NLP, de tal forma que os
dispositivos 10Base-T, que usam sinais NLP, continuaro detectando a integridade do seu
prprio link mesmo quando ligado a um hub de AUTONEG que envia sinais FLP. Como o
NLP, os sinais FLP trafegam durante intervalos em que o link da rede est ocioso, no
interferindo no trfego normal. Ambos os sinais so especificados somente para par
tranado, o que significa que segmentos de fibra tica no podem participar de processos de
AUTONEG.
168
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A caracterstica de AUTONEG opcional e inclui uma interface de gerenciamento opcional
que permite a desabilitao da AUTONEG, ou fora um processo negociao manual. Pode-
se tambm selecionar um modo operacional especfico para uma determinada porta do hub.
Vale a pena lembrar que possvel se utilizar de repetidores para interconectar segmentos
de rede. Porm cada tipo se utiliza de um tipo diferente de protocolo (100Base-TX, 100Base-
T4 ou 100Base-FX).
Nesse padro de rede que compatvel com a rede Token-Ring da IBM so especificados
padres para a camada Fsica e para a subcamada MAC. A rede em forma de anel
controlada pelo Token.
Nesse padro o controle de acesso mdia feito por um Token que especificado pelo
protocolo IEEE 802.5; o Token funciona como uma permisso para transmitir dados na rede.
Analogamente os ndios utilizavam o Token para saber de quem era a vez de falar e somente
169
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
o passavam quando se sentiam compreendidos (nesse caso era um bastao e no um
pacote especial).
O dispositivo que recebe o token gera um frame que percorre todo anel at a origem e
depois removido do anel e da gerado um novo token pelo dispositivo de transmisso
original. Existe o mtodo early token release (que faz a liberao antecipada do token), quem
transmite gera o novo token imediatamente aps o encerramento da transmisso do ultimo
frame com dados.
Sempre um n atua como monitor ativo no anel e determina se remove o frame (para evitar
loops) ou deixa-o passar, inclusive efetuando outras tarefas de manuteno do anel.
Qualquer n tem potencial para ser monitor ativo, se ningum se oferecer algum n ser
forado a exercer esse papel.
Beaconing
Esse processo gera uma espcie de tolerncia a falhas no anel, caso tenha alguma
interrupo gerado um frame MAC de beacon com o motivo da falha e se inicia um
processo de reconfigurao automtica para as transmisses de rede ao redor da rea
afetada.
Geralmente a fibra ptica supre as necessidades de banda passante que so exigidas por
aplicaes multimdia e de voz, fornece um backbone eficiente e consegue conectar ate
mainframes com eficcia.
170
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Assim como o IEEE 802.5 ele tem o acesso na forma de token e seu meio fsico imune a
EMI (Electro Magnetic Interference). A taxa de dados da FDDI leva muita vantagem sobre o
padro IEEE 802.5. As redes em FFDI possuem dois anis que tem fluxos de dados em
rotaes contrarias e quando ocorre uma falha no anel primrio o anel secundrio, alm de
continuar a gerenciar a rede, presta ajuda ao anel primrio a encaminhar o trafego
corretamente.
MAC FDDI
O nvel MAC utiliza uma tcnica baseada em token e tem uma topologia em anel, contudo
existem algumas diferenas relativamente ao Token-Ring (IEEE 802.5).
O token liberado imediatamente aps o envio do ltimo quadro, sem esperar que este
complete a volta pelo anel (Early Token Release) esta tcnica usada tambm em algumas
implementaes 802.5. Como conseqncia disto podem existir quadros de vrios
transmissores circulando simultaneamente no anel. Quando um quadro recebido o n tem
de analisar o endereo de origem, se for o seu, o quadro dever ser eliminado.
O protocolo MAC das redes FDDI conhecido por TTP (Timed Token Protocol). Quando um
token circula pelo anel, trata-se de uma variante da tcnica usada para o MAC Token-Ring
802.5 em que dado maior relevo ao controlo de tempos. Assim o tempo que o token
demora a descrever o anel controlado, se ultrapassa certo limite nenhum n o pode
capturar. Por outro lado e semelhante com o 802.5 o tempo que o token pode estar retido por
um n limitado.
O formato de quadro FDDI semelhante ao dos quadros 802.5, contudo o campo Access
Control eliminado e no inicio do quadro surge um campo adicional de 16 bits ou mais para
171
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
sincronizao do receptor. Em conjunto com o campo delimitador de inicio de quadro (Start
Delimiter SD) constituem o SFS (Start Frame Sequence).
O bit L permite a distino entre endereos de 2 bytes (valor 0) e de 6 bytes (valor 1).
Os bits FF indicam o tipo de quadro, valor 00 para um quadro MAC e valor 01 para um
quadro LLC, os outros dois valores so reservados.
O nvel fsico FDDI dividido nos nveis j descritos para o 100BaseT. No nvel mais baixo
(Physical Medium Dependent PMD) so usados dois anis de fibra ptica para transmitir
sinais, a informao circula em sentido inverso por cada anel. Aos anis possvel ligar
estaes diretamente ou em alternativa concentradores aos quais so depois ligadas as
estaes.
172
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A existncia de dois anis permite a soluo automtica de problemas, se h uma falha num
cabo de ligao entre dois ns, cada um deles faz um curto circuito dos dois anis (para que
isto seja possvel devem ser ns do tipo DAS ou DAC).
No limite, em caso de falhas de ligaes em pontos distintos passam e existir dois ou mais
anis:
173
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Tal como no caso do Token-Ring, todos os ns so repetidores, no caso da fibra ptica a
distncia mxima entre repetidores de 2 Km, com um mximo de 500 ns permite alcanar
distncias de 100 Km, e tudo isto a uma taxa de 100 Mbit/s.
Uma alternativa para o PMD a utilizao de cabos de cobre, o CDDI (Copper Distributed
Data Interface) e o SDDI (Shielded Distributed Data Interface) so dois exemplos onde a fibra
ptica substituda por cabos de par tranado, respectivamente com e sem blindagem.
174
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 25
Objetivo: Saber as diferenas entre um protocolo de LAN e um protocolo de WAN.
O NetBEUI uma espcie de vov protocolo, pois foi lanado pela IBM no incio da dcada
de 80 para ser usado junto com o modelo IBM PC Network, um micro com configurao
semelhante do PC XT, mas que podia ser ligado em rede. Naquela poca, o protocolo
possua bem menos recursos e era chamado de NetBIOS. O nome NetBEUI passou a ser
usado quando a IBM estendeu os recursos do NetBIOS, formando o protocolo complexo que
usado atualmente.
Ao contrrio do IPX/SPX (da Novell) e do TCP/IP (dos sistemas UNIX), o NetBEUI foi
concebido para ser usado apenas em pequenas redes, e por isso acabou tornando-se um
protocolo extremamente simples. Por um lado, isto fez que ele se tornasse bastante gil e
rpido e fosse considerado o mais rpido protocolo de rede durante muito tempo.
Para se ter uma idia, apenas as verses mais recentes do IPX/SPX e TCP/IP conseguiram
superar o NetBEUI em velocidade. Mas, esta simplicidade toda tem um custo: devido ao
mtodo simples de endereamento usado pelo NetBEUI, somente possvel usa-lo em
redes de no mximo 255 micros.
Outra causa para essa rapidez a seguinte, o NetBEUI no suporta enumerao de redes
(para ele todos os micros esto ligados na mesma rede). Isto significa que se voc tiver uma
grande Intranet, composta por vrias redes interligadas por roteadores, os micros que
usarem o NetBEUI simplesmente no sero capazes de enxergar micros conectados em
outras redes, mas apenas os micros a que estiverem conectados diretamente.
Existem protocolos que so utilizados para esses tipos de rede, os mais utilizados so:
X.25
Frame Relay
ISDN e B-ISDN
ATM
SLIP e PPP
Estes dois protocolos foram projetados para permitir conexes de computadores via linhas
telefnicas de uma rede pblica de comutao de circuitos, este mtodo conhecido como
conexo Dial-up utilizando o protocolo TCP/IP adaptado para este propsito.
O protocolo SLIP mais velho do que o protocolo PPP, este ltimo contem muitas mais
funcionalidades e caractersticas. Porm, a tarefa bsica de ambos semelhante, por isso,
ambos os protocolos so geralmente referidos de forma conjunta como SLIP/PPP.
176
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A figura acima mostra o SLIP e PPP em relao a camada OSI.
Como o protocolo SLIP foi desenvolvido antes que o PPP este apresenta uma serie de
deficincias, como no conseguir executar vrias funes e transferncias de protocolos.
Para ter mais detalhes consultar o seguinte link:
http://penta2.ufrgs.br/tp951/protocolos/slip-cur.html.
Endereamento IP dinmico
Senha de login
Controle de erro
Nem todas as implementaes de PPP so 100% compatveis entre si, ento negociado o
nvel de servio antes de se efetuar a transmisso de dados. Maiores detalhes consultar:
http://penta2.ufrgs.br/tp951/protocolos/11ppp.html.
X.25
Esse protocolo pode ser utilizado para criar links contnuos e confiveis entre redes
distantes. O X.25 um padro que agrega o computador fisicamente a uma rede de
comutao de pacotes. Suas funes esto divididas em trs nveis:
Nvel 1 Trata das regras da camada Fsica que so especificadas por outros padres como
o X.21, X.21 bis e X.32 e outros.
Nvel 2 Aqui esta o LAPB que faz o trabalho de criar um caminho para os dados orientado
a conexo. Esse nivel corresponde a LLC do modelo OSI.
177
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Nvel 3 Define as regras para o envio de pacotes entre o equipamento de terminal de
dados (Data Terminal Equipment DTE) e o equipamento de terminao de circuito de
dados (Data Circuit-terminating Equipment DCE).
O X.25 possui uma interface padro para redes de comutao de pacotes e seu uso
recomendado para WAN e ele tem uma serie de recomendaes embutidas para a
transmisso de dados (inclusive somente sendo recomendado para esse fim).
O X.25 no tem especificado detalhes referentes s transmisses de rede. A rede X.25 cria
circuitos virtuais que podem ser permanentes (Permanent Virtual Channels PVC) ou
comutados (Switched Virtual Channels SVC).
Os DTEs podem operar com vrios circuitos ao mesmo tempo e a rede X.25 opera com uma
janela de controle de fluxo e controle de erro para cada um desses circuitos.
Frame Relay
A tecnologia "Frame Relay" uma adaptao das redes X.25 realidade atual que exige
uma tecnologia de comunicao de dados em alta velocidade, principalmente utilizada para
interligar aplicaes do tipo LAN, SNA, Internet e voz.
178
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
As exigncias em termos de taxa de transmisso so claramente superiores e adaptveis s
necessidades, o "Frame Relay" disponibiliza taxas de transmisso variveis, com valores
mltiplos de 64 Kbps (podendo chegar at a velocidade de 2Mbps e sobre circuitos E3 em 34
Mbps).
O frame Relay esta mapeado para a camada OSI conforme a figura acima.
Como nas redes X.25 utilizado uma variante do protocolo HDLC, o novo protocolo LAP-F
(Link Access Protocol/Procedures - Frame-Relay), que assegura a definio de circuitos
virtuais. Assim ao contrrio do LAP-B e HDLC, o LAP-F, no implementa as funes de
controle de fluxo e erros, em seu lugar implementa circuitos virtuais (Virtual Link), atravs do
campo o DLCI (Data Link Connection Identifier) que substitui os habituais nmeros de
seqncia do controle de fluxo/erros.
179
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A figura acima um demonstrativo de comparaes entre o X.25 e o Frame Relay.
Outro fato que colabora para a melhor velocidade que a multiplexao e comutao das
conexes lgicas ocorrem na camada 2, assim se efetua uma eliminao de uma camada
inteira de processamento.
180
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A tecnologia de TDM do Frame-Relay prove um mecanismo mais eficiente para a
transmisso para redes de distancia atravs de mltiplas conexes virtuais, onde se podem
compartilhar recursos e inclusive a banda do meio fsico (mdia de transmisso).
Os dados que circulam numa rede Frame-Relay (LAP-F) no esto protegidos por
mecanismos de controlo de fluxo e erros, os protocolos de nvel superior (rede) devero
encarregar-se dessa tarefa, contudo as redes Frame-Relay implementam controle de
congesto bsico.
181
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Nesta figura acima esta descrita a arquitetura do protocolo Frame Relay.
Os dois bytes (FCS) do quadro so ocupados pelo campo CRC, destinados ao calculo do
CRC a partir dos dados contidos no quadro entre os flags. O restante do quadro contm os
dados do usurio.
Isso faz com que o atraso (delay) varie em funo do tamanho do frame. Entretanto, a
tecnologia Frame Relay tem sido adaptada para atender at mesmo as aplicaes sensveis
aos atrasos, como o caso de aplicaes em tempo real tipo trfego de Voz.
183
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Para finalizar com o assunto do Frame-Relay, vale a pena lembrar que alem dos protocolos
acima ele pode trafegar tambm o SNA, porem existem outras implementaes que podem
efetuar o controle de trafego assncrono assim como o transporte de VoFR (Voz
comprimida).
Group mode um nico endereo IP mantido para todos os circuitos se formando uma
sub-rede IP.
O padro ISDN muito utilizado por fornecer uma perfeita integrao entre mltiplos servios
digitais e consegue suprir a demanda de aplicaes de voz, texto, dados e multimdia.
184
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O ISDN esta mapeado para o Modelo de referncia OSI como mostra a figura acima.
Existem dois tipos bsicos de ISDN:
BRI Basic Rate Interface (dois canais 64kb/s B e um de 16Kbps D para controle
totalizando 144 kbps).
PRI Primary Rate Interface (23 canais B e um canal de 64 kbps D para controle
totalizando 1536 kbps).
O PRI utilizado por usurios com grandes requerimentos de transmisso. Na Europa o PRI
consiste de 30 canais B e um canal de 64 kbps D o que d um total de 1984 kbps. possvel
utilizar varias linhas PRI (muito til para uso de videoconferncia).
A ISDN pode utilizar a IDSN-API CAPI (que so interfaces de software) para criar aplicaes
que permitam utilizar a transmisso sem utilizar o protocolo TCP/IP.
Um exemplo de aplicao digital se utilizando o CODEC tipo GSM por meio da ISDN BRI
pode ser encontrado no Link: www.isdnaudio.com.
Existe o padro H.323 que utilizado para videoconferncia que permite trafegar com
qualidade voz e imagem em apenas dois canais B de 64 kbps.
Vale a pena lembrar que existem os canais H que possibilitam agregar vrios canais B. Eles
so implementados da seguinte forma:
185
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
H10 = 1472 kbps (23 canais B)
Outro fato que faz a rede ISDN ganhar importncia pela possibilidade de integrar
tecnologias como acesso a redes ATM (que de banda larga) que so uma proposta de
redes digitais de servio integrado sobre banda larga que chamado de B-ISDN.
Pode-se utilizar a ISDN como uma soluo para backup de dados devido a sua caracterstica
de conexes comutadas e tambm se pode utilizar ate em provedores de acesso a Internet
fornecendo um link de 300 kbps bidirecional de alta disponibilidade e robustez.
Protocolos ISDN
186
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 26
Objetivo: Saber o funcionamento desta importante tecnologia de alta velocidade via telefone.
O termo ADSL foi concebido em 1989 e no se refere a uma linha, mas a modems que
convertem o sinal padro do fio de telefone par tranado em um duto digital de alta
velocidade. Os modems so chamados "assimtricos" porque eles transmitem dados desde
a casa do assinante em uma velocidade menor do que recebe.
Mesmo assim, o termo Asymmetric Digital Subscription Line, pode ser traduzido como a
Linha Digital Assimtrica de Assinante. uma tecnologia que permite a transferncia de
dados em alta velocidade utilizando apenas linhas telefnicas comuns.
o tipo de tecnologia que cada vez mais usurios adotam para a conexo Internet e vem
sendo utilizado em larga escala no Brasil (um exemplo de servio que utiliza a ADSL o
Speedy da telefnica).
Canal de Voz
A velocidade de download pode variar de 256 kbps at 6.1 Mbps. No caso do upload pode
variar de 16 kbps at 640 kbps. Essas caractersticas que fazem a tecnologia levar o nome
de assimtrica, pois existe uma velocidade maior para download do que para upload.
187
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A voz e dados utilizam diferentes freqncias ao serem transportadas pela linha telefnica,
conforme demonstrado na figura acima.
O canal de voz permite ao usurio estar conectado Internet e ainda conseguir conversar
pelo telefone. Porm necessrio o uso de um aparelho chamado Splitter para efetuar essa
separao de voz e dados na linha telefnica. Na central telefnica existe tambm um
Splitter que ajuda no encaminhamento da voz para a rede telefnica de comutao de
circuitos pblica (Public Switched Telephone Network PSTN).
O dispositivo DSLAN que faz a mgica de juntar todas as conexes de usurio a uma nica
conexo, suportando vrios usurios ao mesmo tempo.
Acima disso o ADSL se torna invivel para o usurio, em outras palavras, quanto menor a
distancia da central telefnica para a sua casa melhor. Pode-se botar a culpa na mdia de
cobre que ocasiona perdas de sinal (apesar da operadora oferecer o servio).
188
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
HDSL
No Brasil existe tambm a soluo HDSL (High-bit-rate Digital Subscriber Line) que pode ser
usada para transporte de linhas E1 e ISDN PRI. O HDSL uma tecnologia de transmisso
de alto desempenho para implementao de acessos a 2 Mbit/s na rede existente, simetria
Upstream/Downstream.
O HDSL foi desenvolvido como uma tecnologia alternativa sem repetidores para
disponibilizar servios T1. O HDSL opera em modo Full-duplex atravs de cada par de fios
em cabos de 1, 2 ou 3 pares. Isto conhecido como Dual-duplex.
Taxa por par: 2.336 Kbps (um par), 1.168 Kbps (dois pares) ou 784 Kbps (trs pares), neste
ltimo caso cada par de fios carregam 784 Kbps, ou seja, metade da largura de banda do T1
(1544 Kbps) mais um pequeno montante de overhead.
Pelo fato de seus dados serem enviados com a metade da velocidade do T1 normal, voc
consegue duas vezes a distncia. Em virtude de o HDSL usar dois pares de fio, voc ainda
consegue a taxa de transferncia do T1.
Vantagens:
Reduo de manuteno.
Reutilizao de equipamentos.
189
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Aplicaes:
Estgio de linha remota (ELR): O ELR uma extenso da central local, localizada mais
prximo dos assinantes. O ELR controlado atravs da central local, que neste caso
tambm denominada de central-me. Vrios ELRs podem ser interligados a uma mesma
central-me, caracterizando-se, portanto, como um sistema distribudo de comutao. O
entroncamento ELR central-me pode ser feito com cabo ptico ou par metlico. O raio
mdio entre o ELR e o assinante de cerca de 1 km. O ELR indicado para aplicaes em
pequenas localidades, reas rurais, grandes clientes, central de quarteiro e condomnios,
para solues rpidas ou em lugares nos quais a rede a expandir est saturada.
O protocolo PPPoE
O ADSL permite uma conexo permanente usando unicamente o modem, porm fica a
pergunta de por que (em muitos casos) necessrio usar um programa para se conectar
Internet.
Isso acontece porque o ADSL somente um meio fsico de acesso rede (um meio de
conexo). A autenticao atravs do protocolo PPPoE permite a conexo e aquisio de um
endereo IP vlido para a maquina do usurio.
190
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Com a autenticao mais fcil identificar o usurio conectado e controlar suas aes. Esse
protocolo trabalha com a tecnologia Ethernet, que usada para ligar sua placa de rede ao
modem.
Vale a pena dar uma olhada no link abaixo, principalmente por causa do protocolo PPPoE:
http://www.cg.org.br/grupo/cable_v1.0.htm.
O link abaixo tem um tutorial completo de ADSL e com tabelas de comparao entre a familia
xDSL: http://www.abusar.org/tutorial_adsl.html.
Como mencionado o PPPoE a verso do PPP que utilizada por vrios provedores de
servios de banda larga, entre eles o Speedy da Telefonica. Em todos os casos temos uma
placa de rede Ethernet no PC ou porta serial universal (USB port) ligada ao modem ADSL. O
PPPoE entra em cena na hora de estabelecer a conexo, permitindo que cada usurio
precise fornecer seu login e senha para se conectar rede.
191
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 27
Objetivo: Entender o que significa e para que serve uma rede com tecnologia ATM.
A tecnologia ATM foi desenvolvida devido s tendncias na rea de redes. O parmetro mais
relevante o grande nmero de servios emergentes de comunicao com diferentes,
algumas vezes desconhecidas, necessidades e caractersticas.
Nesta era da informao, usurios requisitam cada vez mais um nmero grande de servios.
Dentre estes servios podemos citar alguns, tais como: High Definition TV HDTV, vdeo
conferncia, transferncia de dados com alta performance, multimdia, videofonia, biblioteca
de vdeos, educao a distncia, vdeo sob demanda, telemedicina, etc.
Este amplo espectro de servios introduz a necessidade de uma rede universal comum
suficiente para suportar esta demanda. Dois outros fatores que esto relacionados com o
desenvolvimento da tecnologia ATM so: a rpida evoluo das tecnologias de
semicondutores e componentes pticos e a evoluo das idias de concepo de sistemas
de comunicao que transfere para a borda da rede as funes complexas de transporte da
informao, por exemplo, definio de rotas. Assim sendo, tanto a necessidade de
flexibilidade nas redes de comunicaes, como o progresso tecnolgico e conceitual de
sistemas, levaram ao desenvolvimento das bases da tecnologia ATM.
Com o passar dos anos, diante do surgimento de novas tecnologias de alta performance em
redes, entre as que podemos citar principalmente a FastEthernet (100BaseT IEEE 802.3u) e
a GigaEthernet (1000BaseT IEEE 802.3z) e o uso cada vez maior de aplicaes baseadas
em IP, a viso geral da tecnologia ATM passou por vrias fases. Nos ltimos anos a opinio
dos tcnicos e engenheiros mudou sobre a tecnologia: de mais uma planificao para
empresas de telefonia inevitvel utilizao futura em telecomuicaes; de uma complexa
192
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
tecnologia, fadada a ser substituda pela GigaEthernet, a uma promissora perspectiva de ser
parte importante na ligao entre redes locais (LAN).
O ATM pode interoperar com outros protocolos e aplicaes como Frame Relay, TCP/IP,
xDSL, Gigabit Ethernet, tecnologia Wireless e outros. Tambm pode dar suporte (atravs de
agregao) a vrios tipos de transmisso (de vrios tipos de mdia) em um nico meio de
transmisso (como RDSI-FL, RDSI, B-ISDN, ADSL).
O ATM apresenta uma srie de atrativos com relao ao seu aproveitamento nas redes de
comunicaes de dados atuais (altas taxas de transmisso, baixa latncia, qualidade de
193
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
servio, etc.). Este aproveitamento est condicionado capacidade do ATM de interoperar
com as redes disponveis atualmente.
Dentro deste contexto, foi criado o LAN Emulation, ou ELAN. Este servio foi concebido para
permitir que o maior nmero possvel de aplicaes usadas atualmente possa usar o ATM
sem necessitar de modificaes e ao mesmo tempo, que as estaes ligadas nas redes
antigas se comuniquem com as ligadas em ATM de forma transparente.
As redes locais enviam quadros sem estabelecer conexes, enquanto que o ATM orientado
a conexo;
As redes locais se caracterizam por ter o meio compartilhado, o que facilita muito o broadcast
e o multicast. O ATM possui multicast, mas no oferece broadcast;
Sua funo bsica oferecer ao protocolo camada rede uma interface idntica oferecida
por uma rede LAN tradicional. Isto feito no sentido de que no seja necessrio modificar os
protocolos de rede para se operar uma rede ATM. Alm disso, o ELAN define o bridging
entre o ATM e os protocolos LAN, permitindo que as estaes ligadas s duas redes se
comuniquem de forma transparente.
194
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
LAN Emulation (LANE)
Existem dois tipos de ELAN: Ethernet e Token Ring. Uma ELAN composta por um conjunto
de LECs (LAN Emulation Clients) e pelo servio, que consiste de trs servidores distintos: o
LECS (ELAN Configuration Server), o LES (LAN Emulation Server) e o BUS (Broadcast and
Unknown Server). A interface entre os clientes e o servio definida pelo protocolo LUNI
(LAN Emulation User to Network Interface), que o objeto da norma de LAN Emulation. A
interface entre os elementos do servio ser definida na norma LNNI (ELAN Network Node
Interface).
A comunicao dentro de uma ELAN feita atravs de circuitos virtuais (VCCs - Virtual
Channel Connections). H VCCs de controle e de transmisso de dados. A interface LUNI
(ELAN User Node Interface) usa circuitos virtuais comutados (SVCs) ponto a ponto e ponto a
multiponto. O ELAN no especifica o suporte a circuitos virtuais permanentes (PVCs).
195
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O LEC oferece ao protocolo acima dele um servio de transmisso e recepo de quadros
semelhante ao de uma rede local, de modo a mascarar do protocolo de rede as
complexidades da rede ATM subjacente. Abaixo do LEC est a AAL5. O servio de LAN
Emulation usa somente a AAL5, visto que esta a mais adequada para a transmisso de
dados. O LEC passa AAL5 um quadro semelhante ao quadro Ethernet (ou Token Ring),
excluindo apenas o campo FCS (Checksum), j que a AAL5 faz um cdigo de correo de
erros semelhante.
importante notar que o ELAN definido acima da camada ATM, o que o torna transparente
para a rede ATM, ou seja, para os Switches. O ELAN utiliza os protocolos de sinalizao
padres do ATM (UNI 3.0, UNI 4.0 ou superior).
Como mencionado anteriormente, vrias ELANs podem ser estabelecidas em uma rede
ATM. Uma ELAN composta pelas seguintes entidades:
196
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
LAN Emulation Client (LEC): O LEC a entidade em uma estao ATM que desempenha
as funes de transferncia de dados, resoluo de endereos, prov a emulao do servio
de rede local para o protocolo camada rede. Um LEC somente pode ser membro de uma
ELAN. Uma estao ATM pode participar de mais de uma ELAN, desde que suporte vrios
LECs, um para cada ELAN. Cada LEC identificado por um endereo ATM nico,
associado a um ou mais endereos MAC. No caso de um host ATM, o seu endereo ATM
estar associado ao seu endereo MAC unicast e aos endereos multicast que ele desejar
receber. J no caso de um mdulo ATM em um switch Ethernet, o endereo ATM do seu
LEC estar associado a cada um dos endereos MAC das estaes acessveis atravs dele.
197
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
um BUS por ELAN. Na verso 2.0, cada BUS pode ter mais de uma interface (ou seja, mais
de um endereo ATM), sendo uma para cumprir as funes bsicas do BUS e as outras
especficas para determinados endereos multicast (multicast seletivo).
LAN Emulation Configuration Server (LECS): O LECS a entidade que associa um LEC a
uma determinada ELAN. Um LEC sempre tem que contatar o LECS para entrar em uma
ELAN. Feito este contato, se no pedido no houver qualquer violao das polticas do LECS,
ele retorna ao LEC o endereo ATM do LES da ELAN desejada, permitindo ao LEC se
registrar na ELAN. Somente um LECS pode ser configurado por domnio, e ele serve todas
as ELANs dentro deste domnio.
LAN Fsica
LAN Emulada
Conexes
198
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Se um LEC deseja transmitir dados para um determinado endereo ATM, ele tem que
estabelecer um VCC para aquele endereo. Se este VCC ser multiplexado ou no depende
se a outra parte suporta esta caracterstica. Se for desejado estabelecer um novo fluxo de
dados, ele pode ser alocado no mesmo VCC, se este for multiplexado.
Analogamente, ao encerrar um fluxo de dados, o VCC mantido, a no ser que ele seja o
nico fluxo de dados presente naquele VCC. Isto causa um problema: um LEC pode encerrar
um fluxo e a outra parte no tem como saber que ele foi encerrado, pois o VCC ainda existe.
Assim, a especificao afirma que um LEC tem de ser capaz de receber pacotes por um
fluxo mesmo j o tendo encerrado, se o VCC ainda existir.
Podem-se dividir as conexes do ELAN basicamente em dois tipos: VCCs de dados e VCCs
de controle. Eles podem ser ponto a ponto ou ponto a multiponto, unidirecionais ou
bidirecionais. Os tipos de conexo definidos na LUNI esto listados abaixo.
VCCs de Controle:
Control Direct: estabelecido entre o LEC e o LES, na fase de inicializao, para troca de
frames com informaes de controle. bidirecional.
Control Distribute: um VCC ponto a multiponto estabelecido pelo LES para todos os
clientes de uma ELAN, na fase de inicializao. usado para distribuio de informaes de
controle, se o LES preferir no usar o Control Direct para este fim.
199
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
VCCs de Dados:
Data Direct: estabelecido entre LECs para troca de dados unicast. bidirecional e ponto a
ponto. A verso 2.0 implementa mecanismos que permitem s camadas superiores
estabelecer parmetros de qualidade de servio (QoS) para este tipo de conexo. Tambm
na verso 2.0, pode ser multiplexado.
Multicast Send: estabelecido entre um LEC e o BUS, para envio de dados em broadcast
ou multicast, alm de transmisso unicast para um destino cujo endereo ATM ainda no foi
encontrado. A verso 2.0 define o Default Multicast Send, que associado com o endereo
de broadcast (todos os bits '1'). Podem ser estabelecidos para o mesmo BUS VCCs para
endereos de grupo especficos, chamados Selective Multicast Send. O BUS pode optar por
usar o Multicast Send para envio de dados para o LEC, portanto ele deve ser bidirecional.
Multicast Forward: um VCC multiponto estabelecido pelo BUS para os LECs. O BUS
pode estabelecer mais de uma conexo deste tipo para um dado LEC, com a finalidade de
enviar multicasts seletivos.
Como foi dito anteriormente, o LEC passa AAL5 um quadro de formato semelhante ao dos
quadros Ethernet e Token Ring. Para simplificar, este trabalho abordar somente ELANs
Ethernet. A figura a seguir descreve a trajetria de um pacote de dados desde a camada de
rede (nvel 3 do modelo OSI) at a camada ATM (nvel 1, camada Fsica do modelo OSI):
200
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
fcil perceber que o frame usado pelo ELAN semelhante ao Ethernet, isto para facilitar a
comunicao com as redes LAN tradicionais. As diferenas so:
No existe prembulo nem delimitador de incio de quadro, pois a rede ATM tem seus
prprios mecanismos de sincronizao.
Acrescenta-se o campo LEC ID, cuja utilizao ser vista mais adiante.
No h o 'trailer' com o FCS (Frame Check Sequence), pois a camada AAL5 j inclui um
cdigo de deteco de erros.
Uma bridge (switch LAN) ao passar um quadro da rede ATM rede LAN tem de refazer o
quadro, incluindo o prembulo e o FCS e retirando o LEC ID (que no ter mais utilidade, j
que o quadro estar saindo da rede ATM). Para passar da LAN rede ATM realiza as
operaes inversas.
201
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
H tambm outros tipos de quadros usados no ELAN Na verso 2, introduziu-se a
multiplexao no nvel LLC. Os quadros usados para este tipo de transmisso so iguais aos
quadros de dados normais, acrescidos de um cabealho especfico do multiplexador LLC.
Como j foi dito, o trfego entre ELANs tem que ser comutado na camada rede, o que
geralmente feito atravs de roteadores. O problema que isto apresenta que os protocolos
de nvel 3 em geral oferecem servios datagrama e calculam a rota para cada pacote
enviado. Isto acarreta um atraso inaceitvel para uma rede ATM. Se os dois computadores
esto na mesma "nuvem" ATM, deve ser possvel aproveitar esta rede para transferir dados
entre eles.
O MPOA um servio definido pelo ATM Forum para complementar o ELAN e que visa a
otimizar a transferncia do trfego entre ELANs. Ele faz uso do protocolo de roteamento
NHRP (Next Hop Resolution Protocol) para criar atalhos entre as ELANs, evitando o
processo de clculo de rotas no roteador. Cada ELAN configurada como uma LIS (Logical
IP Subnet), ou seja, uma sub-rede IP.
O MPC monitora o trfego atravs do LEC, tentando identificar fluxos; como identificar os
fluxos deixado a critrio do implementador.
202
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Quando se configura um fluxo, o MPC envia um aviso ao seu MPS, pedindo que se crie um
atalho.
O MPS vai propagando o aviso pelos MPSs (roteadores), at chegar ao que serve ao MPC
destino.
O MPC responde com o endereo ATM do LEC destino, que vai sendo propagado de volta
pelos MPSs.
De posse do endereo ATM destino, o MPC inicial cria um atalho, que nada mais que um
VCC atravs da rede ATM at o destino.
A partir da, os dados so enviados pelo atalho, que fica estabelecido at que passe muito
tempo sem atividade.
Deve-se notar que as entidades do MPOA (MPC e MPS) trocam informaes atravs do
servio LAN Emulation. Cada MPC e MPS tem de ter um LEC associado, e a troca de dados
do MPOA ocorre como qualquer outra troca de dados. Para que uma estao suporte o
MPOA, ela tem de possuir um LEC verso 2.0.
O LANE foi desenvolvido para levar at as redes corporativas de dados (baseadas em LANs)
os benefcios do ATM, que em sua essncia uma tecnologia de WAN. As diferenas
fundamentais entre os servios de uma LAN e do ATM fazem com que a sua interconexo
seja muito complexa. Alm disso, o LANE dever ser usado juntamente com o MPOA para
aumentar sua escalabilidade, permitindo que se construam backbones corporativos maiores
usando a rede ATM. Isso agrega ainda mais complexidade rede. Alis, a complexidade no
uma caracterstica somente do LANE e do MPOA, ela pode se estende para o ATM e seus
servios de forma geral.
203
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
No caso de backbones corporativos, o principal destes o Gigabit Ethernet. Este apresenta
como sua maior vantagem a simplicidade na migrao, j que uma extenso do Ethernet.
Deste modo, ele se integra facilmente base instalada.
Por outro lado, espera-se que o ATM tenha mais facilidade de se integrar s MANs e WANs,
medida que as operadoras e provedores de servio forem oferecendo redes pblicas ATM
a preos cada vez mais competitivos.
O trabalho conjunto entre o protocolo de transporte TCP sobre uma infra-estrutura ATM de
fundamental importncia para o sucesso das redes ATM, devido a esse motivo que foi
desenvolvido o LAN Emulation suportando mltiplos protocolos. A pergunta de quem
controlar quem ainda no esta bem respondida, isto , o controle de congestionamento
continuar com a camada de Transporte (pontos finais da rede) ou ser controlado pela rede,
para tal fim o comportamento do protocolo TCP sobre o protocolo ATM deve ser entendido, a
seguir fazemos um breve analise deste assunto to importante.
Para servios de taxa constante (Constant Bit Rate CBR) e taxa varivel (Variable Bit Rate
VBR), as redes ATM provm garantias para uma Qualidade de Servio (QoS) a partir de
parmetros como banda e atraso. Para estes servios, o controle de congestionamento
realizado pelo controle de admisso e alocao de banda, sendo que as conexes so
rejeitadas no chamado tempo de estabelecimento da conexo.
204
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Para servios que fazem uso da banda disponvel (Available Bit Rate ABR), com
caractersticas do melhor atendimento possvel (best-effort), os requisitos no so
especificados, e a rede deve prover dinamicamente uma fatia justa da banda disponvel.
neste caso onde se encaixa o TCP, e o controle de congestionamento deve ser, portanto,
realizado por mecanismos reativos.
O TCP depende das perdas de pacotes (Timeout para retransmisso ou trs ACKs
repetidos) como indicao de congestionamento, podendo receber mensagens ICMP
(Source Quench) mas que so raramente utilizadas devido ao consumo de banda. Como em
redes de alta velocidade, filas grandes representam atrasos maiores, importante uma forma
explcita de retroalimentao para indicar congestionamento antes da formao de enormes
filas nos buffers.
Como a tecnologia ATM ainda no teve o sucesso como originalmente seus projetistas
tivessem desejado muita pesquisa esta sendo desenvolvida para poder adaptar as redes
atuais com redes ATM.
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialatm/default.asp.
http://www.apostilando.com/download.php?cod=207&categoria=Redes.
206
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 28
Objeto: Entender o funcionamento bsico de uma rede Netware da Novell.
Esse protocolo era muito utilizado em verses anteriores ao Netware 5 e depois foram
gradativamente substitudas pelo protocolo TCP/IP.
Antigamente ate o TCP/IP era suportado atravs do IPX/SPX. A principal funo do IPX
(Internetwork Packet Exchange) receber pacotes atravs da internetwok. Conforme as
estaes efetuam a transmisso de dados pela internetwork, o IPX anexa um cabealho ao
inicio dos dados.
A maior parte das aplicaes que so nativas para um ambiente IPX/SPX puro fazem uso do
IPX para melhor controle sobre as informaes e a transferncia de arquivos.
O SPX (Sequenced Packet Exchange) foi projetado com base no SPP (Sequenced Packet
Protocol) da Xerox. O SPX oferece a entrega de pacotes garantida (orientada pela conexo).
Quando o protocolo orientado para conexo, exige mais requisitos de espao no buffer e
pacotes/segundo.
As redes Novell usam uma variedade de protocolos. Muitos dos quais foram desenvolvidos
especialmente para redes Netware. A arquitetura de protocolos necessrios para a
comunicao entre mquinas servidoras e clientes NetWare so definidos a seguir:
207
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O protocolo SPX utilizado para proporcionar a segurana e confiabilidade da
transmisso do pacote para o protocolo IPX.
Endereo de rede
Nmero do soquete
208
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Elementos de Endereamento em Redes IPX
Por exemplo:
Por sua vez, o SPX protocolo de transporte das redes Netware que incrementa a
confiabilidade do protocolo IPX mediante a superviso do envio de dados atravs da rede. O
SPX orientado a conexo, ele verifica e reconhece a efetivao da entrega dos pacotes a
qualquer n da rede pela troca de mensagens de verificao entre os ns de origem e de
destino.
A verificao do SPX inclui um valor que calculado a partir dos dados antes de transmiti-los
e que recalculado aps a recepo, devendo ser reproduzido exatamente na ausncia de
erros de transmisso. O SPX capaz de supervisionar transmisses de dados compostas
209
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
por uma sucesso de pacotes separados. Se um pedido de confirmao no for respondido
dentro de um tempo especificado, o SPX retransmite o pacote envolvido.
210
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Endereo do N
Um detalhe que sempre quando o pacote endereado rede interna, este pacote tem o
endereo de n como 000000000001.
Nmero de Soquete
O IPX faz uso de um nmero adicional para determinar o destino do pacote dentro de um
dispositivo. O nmero de soquete um exemplo desse tipo de numero. Os nmeros de
soquete representam os processos, assim como os servios que operam dentro de um n.
Cada rede lgica que existe em uma internetwork deve ter um nmero de rede exclusivo
para que opere corretamente. Isso tambm inclui os nmeros atribudos a uma rede interna
do servidor Netware.
211
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O Modelo OSI e a Pilha de Protocolos IPX/SPX
Por tal motivo, freqente que as implementaes dos fabricantes acabem satisfazendo
suas prprias necessidades e utilizam mtodos similares aos requeridos pelo modelo de
referncia OSI, os protocolos esto agrupados como na figura abaixo:
O NCP define o controle da conexo e dos cdigos de requisio de servio que tornam
possveis a interao entre clientes e servidores. Associado com o sistema operacional de
rede Netware, partes do NCP foram implementadas em outras plataformas como Linux,
Windows e vrios sistemas UNIX.
212
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O diretrio eletrnico (eDirectory) da Novell utiliza o NCP para sincronizar mudanas de
dados entre os servidores em uma rvore de servios de diretrio.
Protocolo IPX
O protocolo IPX um protocolo da camada de Rede sem conexo que efetua as tarefas de
endereamento e roteamento entre redes Netware.
Quando os pacotes atingem uma estao de trabalho ou um servidor de destino, o IPX faz a
verificao se os dados do pacote atingem o processo adequado da camada superior.
213
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
A principal funo do IPX a de roteamento. Ele toma decises com base nas informaes
sobre alcance de rede que so compiladas pelo protocolo RIP (Routing Information Protocol)
ou NLSP (Netware Link Services Protocol).
Protocolo SPX
I = Dados
O SPX oferece a entrega de pacotes orientada pela conexo. O IPX utilizado como meio
de transporte. O SPX faz o aprimoramento do protocolo IPX, gerando uma entrega confivel.
214
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Ele dispe de servios de segmentao, reconstruo e seqncia de segmentos para
transmisses que so grandes demais para se ajustarem ao tamanho de frame, como os que
so impostos pela camada de enlace.
O SPX faz uso de circuitos virtuais que so indicados como conexes. Elas recebem
identificadores especficos (IDs) de conexo, conforme definido no cabealho do protocolo
SPX. Existe a possibilidade de se anexar diversos IDs de conexo em um nico soquete.
O IPX e seus protocolos de roteamento podem fazer a notificao para as estaes sobre os
servios que esto disponveis na rede, alm de efetuar o trabalho de reencaminhar pacotes.
Os protocolos de divulgao de servio podem ser utilizados para criar e manter as tabelas
de Informaes sobre Roteamento e Servios, que so utilizadas pelo protocolo IPX. Quando
se quer efetuar uma transmisso o dispositivo sempre solicita a rota mais rpida at o
destino. O roteador que tem essa rota responde com seu endereo de rede e de n no
cabealho de rede.
215
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
RIP Routing Information Protocol
O protocolo RIP fornece o mtodo mais comum para transferir as informaes de roteamento
entre os roteadores que esto localizados na mesma rede. O RIP um dos protocolos
pioneiros de roteamento (que inclusive utilizado em redes IP), ele orientado seguindo o
conceito do vetor de distancia (Distance Vector) para efetuar o clculo das distncias para
um determinado destino. O RIP permite que os roteadores usem esse protocolo para
atualizar suas tabelas de roteamento em intervalos programveis, normalmente a cada trinta
segundos.
Entretanto, como ele est constantemente conectando roteadores vizinhos, isso pode gerar
um aumento de trfego na rede. O RIP permite que os roteadores determinem que caminho
deva ser utilizado para enviar os dados. Sempre que os dados trafegam por um roteador, ou
seja, atravs de um nmero de rede, considera-se que trafegaram um salto. Nesse sentido,
um caminho que tem um contador de saltos de quatro, por exemplo, indica que os dados que
trafegam esse caminho devem passar por quatro roteadores antes de alcanar o destino final
na rede.
216
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Outro problema com o uso do RIP que um destino pode estar localizado muito distante
para que os dados o alcancem. Com o RIP, o nmero mximo de saltos pelos quais os
dados podem trafegar de quinze. Por isso, se a rede de destino estiver a mais de quinze
roteadores de distncia, ser considerada inalcanvel.
O RIPv2 foi criado para controlar o fluxo das informaes em circuitos de discagem sobre
demanda, como: linhas discadas e ISDN. Essa implentao pode ser encontrada nas RFCs
1721, 1722, 1723 e 1724.
Propagao RIP
Que roteadores solicitem informaes (de outros roteadores) para atualizarem suas
prprias tabelas internas;
Que roteadores tenham certeza de que todos os roteadores esto compatveis com a
configurao das redes envolvidas;
217
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
SAP Service Advertising Protocol
O SAP faz com que estes servidores anunciem seus servios e endereos. O SAP realiza a
tarefa de adicionar e remover servios na dinmica entre redes. Como os servidores esto
ativos, eles anunciam seus servios usando SAP; quando eles esto sendo desligados eles
anunciam que seus servios no estaro mais disponveis. (nesse caso via broadcast para o
segmento local).
Propagao do SAP
Atravs do SAP, os clientes de uma rede podem identificar quais servios esto disponveis
na rede e obtm o endereo dos servidores de onde eles podem acessar aqueles servios.
Isto uma funo importante, porque uma estao no pode iniciar uma sesso com um
provedor de servio sem que o primeiro conhea o endereo do servidor.
Um servidor Gateway, por exemplo, propagar pacotes SAP com uma freqncia de 60
segundos (o perodo definido para todos os servidores que anunciam via SAP) para o
segmento da rede no qual est conectado. O agente SAP em cada roteador daquele
segmento copia a informao contida no pacote SAP para uma tabela interna do servidor
gateway. Uma vez que o agente SAP em cada roteador mantm a informao sempre
218
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
atualizada nos servidores disponveis, um cliente que precise localizar um servidor gateway
pode acessar o roteador mais prximo para obter o endereo IPX correto.
O SAP e o RIP usam os mesmos mtodos para manter suas tabelas. Abaixo segue os
passos que descrevem como o SAP aprende sobre os servios:
Tem que se tomar cuidado com o crescimento de trafego na rede, conforme ele cresce o
SAP pode ter dificuldades em divulgar servios e o esforo pode consumir muita banda
passante de forma desnecessria. Este tipo de trafego tambm pode ser um problema em
links de WAN.
Pode-se efetuar a filtragem de pacotes SAP para que os servios no sejam divulgados na
rede inteira. O trafego pode ser filtrado nos dois sentidos, o de entrada e sada.
219
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Roteamento IPX com NLSP
O NLSP faz o uso de menos banda passante, mais rpido na atualizao das tabelas de
informaes sobre roteamento e mais eficiente para uso em redes grandes.
Roteador Designado (DR) Uma espcie de roteador lder que tem responsabilidades
especiais e representa todos os outros roteadores.
Efetuar a notificao para todos os roteadores (na internetwork) de uma alterao que
ocorreu na rede.
220
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O roteador designado (Designated Router DR) responsvel da verificao de que os
roteadores estejam sincronizados com o mesmo BD de estado do link. O processo inclui os
seguintes passos:
Se o CSNP detectar uma entrada que no tem ou alguma atualizao, faz o envio de um
PSNP (Partial Sequence Number Packet) que faz a solicitao de informaes adicionais ao
DR. O DR recebe a solicitao e envia um LSP para todos os roteadores com as
informaes que foram solicitadas.
Tanto o RIP quanto o NLSP utilizam a contagem de saltos e tiques para determinar a melhor
rota para um pacote. A diferena o nmero de saltos que cada um pode fazer ate o destino.
221
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
RIP = 15 Saltos (16 uma rota inatingvel)
222
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 29
Objetivo: Conhecer este importante grupo de protocolos de rede desenvolvido pela IBM.
Na dcada dos 90 a IBM baseou-se na arquitetura SNA para desenvolver uma arquitetura
SNA do tipo Peer-to-Peer que foi chamada de APPN (Advanced Peer-to-Peer Networking).
Ela explora os recursos de processamento dos computadores que esto distribudos pela
rede na forma de mainframes, microcomputadores e sistemas de PC.
A arquitetura APPN uma melhora da arquitetura original SNA da IBM. A APPN, a qual inclui
um grupo de protocolos e processadores, gerencia estabelecimentos de sesses entre ns
pares (peer nodes), faz o clculo de rotas de forma transparente e dinmica. Um grupo de
computadores utilizando a arquitetura APPN pode ser configurado automaticamente por um
dos computadores que faz o papel do controlador de rede, de tal maneira que programas (do
223
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
tipo peer) distribudos em vrios computadores do grupo podem se comunicar uns com
outros utilizando o enrotamento de rede especificado.
Um melhor controle distribudo de rede; isto devido organizao ser peer-to-peer em lugar
de hierrquica, falhas nos terminais podem ser isolados.
Flexibilidade, o que permite que a APPN possa ser utilizada em qualquer topologia de rede.
Controle Fsico Essa camada executa as funes que dizem respeito a caractersticas
eltricas, mecnicas e de controle da mdia fsica e inclusive estabelece as interfaces com
essa mdia. Ela muito similar camada Fsica da OSI. A SNA no faz a definio explicita
224
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
de protocolos especficos para essa camada. Ela pode ser inclusive implementada com
Token Ring e outros padres internacionais.
Data Link Control Essa camada bem similar camada de Enlace da OSI (Data Link). A
SNA utiliza o SDLC para criar os links de comunicao em que os mster (primrios)
efetuam a comunicao com os slaves (secundrios) e inclusive do Token Ring (IBM) em
rede peer-to-peer.
Controle de Caminho Essa camada efetua vrias das funes que esto descritas na
camada de rede do modelo OSI. Essas funes so, por exemplo, roteamento, fragmentao
e reconstruo de datagramas. Ela tambm executa algumas das funes da camada de
enlace do modelo OSI, como controle de fluxo.
Servios NAU Essa camada tem funes similares camada de Aplicao do modelo
OSI. Ela fornece os servios de aplicativo na forma de programas que possibilitam o
processamento distribudo ou servios de gerenciamento. O SNADS (SNA Distribution
Services) um bom exemplo de servio de transao utilizado pelos aplicativos SNA.
225
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Componentes Bsicos da Arquitetura
Unidades Lgicas o que fornece meios para estabelecer conexes em uma unidade
lgica e que possibilita trocar informaes. Elas permitem o acesso rede e as funes
permitidas pelo VTAM.
Token Ring Essa especificao foi desenvolvida pela IBM para ser utilizada como modelo
para IEEE 802.5. Ela faz a especificao de uma topologia de rede em forma de estrela
fsica. O Token Ring especifica um mtodo de acesso que permite a transmisso de dados a
4 e 16Mbps. Inclusive cabos e conectores especficos esto definidos nessa especificao.
SLDC (Synchronous Data Link Control) Essa tecnologia faz o emprego de hardware
especifico para estabelecer uma interface especifica com linhas de telefones dedicadas e de
dial-up. Ela suporta conexo ponto-a-ponto ou multiponto, Half-duplex ou Full-duplex. O
SDLC faz uso de mensagens de controle especificas, alem de tambm adicionar cabealhos
de nvel de Data Link aos pacotes que so recebidos das camadas superiores.
226
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
NCP (Network Control Program) Faz o controle de recursos conectados em um controle
de comunicao. Ele foi desenvolvido para operara processadores de front-end e executar as
funes de data link e outras funo limitadas a camada de Rede. Na atualidade o NCP
dispe das funes de roteamento e gateway em redes SNA.
CICS (Customer Information Control System) - Faz o suporte de aplicativos que efetuam o
processamento de transao e faz a generalizao dos comandos de entrada e sada para
serem utilizados em uma rede. Os desenvolvedores de software podem utilizar o CICS para
construir aplicativos que fazem transaes em sistemas locais e remotos. Ele possibilita a
comunicao do terminal com o aplicativo, o acesso a arquivos distribudos, segurana,
vrias tarefas, gerenciamento de armazenamento e recuperao de transaes, reverso de
transaes e o recurso de reinicio com tolerncia.
227
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
DDM (Distributed Data Management) Possibilita o acesso aos arquivos remotos
transparentes para os solicitantes de servios SAN. Ele recebe solicitaes e as executa
atravs do SO local ou de um servidor DDM na rede (isso vai depender da localizao fsica
do arquivo).
SNADS (SNA Distribution Services) Esse um servio que esta no nvel de aplicativo
que possibilita as transferncias de armazenamento e reencaminhamento (distribuio) de
mensagens e documentos.
DIA (Document Interchange Architecture) Ele executa as funes que permitem a troca
de documentos entre diferentes sistemas de computadores. Ele faz o gerenciamento de
servios de arquivo que incluem o armazenamento e recuperao de documentos e a
transferncia de arquivos.
228
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
U NIDADE 30
Objetivo: Conhecer os protocolos dos computadores Macintosh e suas funcionalidades e as
principais tecnologias MAN e WAN..
229
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Acima outra representao da Apple Talk em relao a OSI.
ALAP - Apple Talk Link Access Protocol: Este protocolo prov servios de baixo nvel para
o Apple Talk, atravs do controle de acesso rede. Cada dispositivo de rede denominado
nodo, sendo identificado por um ID de 8 bits, nico e dinmico. O ALAP prov comunicao
ponto-a-ponto, juntamente com facilidades de broadcast. O frame pode conter de 0 at 600
bytes de dados, alm de um header e um tail. O header composto por 3 bytes que indicam,
respectivamente, o ID do nodo destino, o ID do nodo emissor e o tipo de protocolo, usado
para identificar o processo cliente dentro de um nodo. S4e o endereo de destino for 255,
ento a transmisso realizada via broadcast. O tail contm um FCS (Frame Control
Sequence) de 16 bits, usado para deteco de erros de transmisso. Este protocolo somente
detecta erros; no implementa nenhum tipo de retransmisso (best-effort protocol).
230
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
DDP - Datagram Delivery Protocol: Este protocolo executa como um cliente ALAP,
provendo comunicao ponto-a-ponto atravs de sockets em redes locais Apple Talk (que
podem possuir bridges). A comunicao feita por datagramas, com at 586 bytes de dados.
RTMP - Routing Table Maintenance Protocol: Este protocolo serve para o estabelecimento
e gerenciamento de tabelas de roteamento para redes Apple Talk. Os nodos "no-bridges"
utilizam este protocolo para descobrir o nmero da rede a qual esto conectados e o ID de
um nodo bridge dentro dessa rede. Estes nodos executam uma parte do protocolo
denominada RTMP stub, executando como cliente DDP e utilizando o socket 1 (esttico).
ATP - Apple Talk Transaction Protocol: Este protocolo prov transmisso confivel, livre
de erros. Est baseado no conceito de transaes, onde cada transao consiste em uma
requisio e uma resposta. Cada requisio possui um identificador de 16 bits (nico no
sistema) e repetida at que uma resposta vlida seja recebida. O intervalo de
retransmisso pode ser configurado pela aplicao cliente. Uma requisio geralmente
bastante pequena, ocupando somente um datagramas. J as respostas podem ocupar at 8
datagramas, numerados de 0 a 7, para garantir a ordenao. O ATP executa como cliente
DDP, com duas semnticas de funcionamento: at-least-once e exactly once.
231
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
da rede; para determinar o tempo mdio de trfego de um pacote dentro da rede, partindo de
um emissor at um receptor remoto. Este servio utilizado para determinar timeouts dentro
dos protocolos ASP e ATP. O EP executa como um cliente DDP, utilizando o socket 4.
ASP - Apple Talk Session Protocol: Este protocolo prov funcionalidades para o
estabelecimento e gerenciamento de sesses dentro de uma rede Apple Talk.
implementado com base no modelo Cliente/Servidor, com diferentes servios em cada lado.
Suas principais caractersticas compreendem a garantia de coerncia e participao de
ambos os nodos durante a sesso. Para tanto, implementa entrega ordenada e no replicada
de datagramas entre clientes e servidores.
AFP - Apple Talk Filing Protocol: Protocolo da camada de apresentao que permite a um
cliente acessar arquivos em um servidor AFP. Este protocolo implementa toda a autenticao
de usurios, bem como controle de acesso no nvel de volumes e diretrios compartilhados.
Executa como um cliente ASP.
232
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
SMDS
O SMDS (Switched Megabit Data Service) um tipo de servio de dados pblico de alta
velocidade baseado em comutao de pacotes que permite performance do tipo das LANs
em MANs ou WANs no teria limite de distncia. Ele pode ser considerado um antecessor do
ATM (Asynchronous Tranfer Mode).
Esse padro efetua suporte para a camada de enalace assim como para vrios padres da
camada Fsica. O SMDS funciona como servio que atua na camada de enlace sem conexo
que pode ser utilizado com DQDB e SONET. Ele faz comutao de clula (tamanho fixo)
taxa de 1,544 Mbps a 45 Mbps.
Embora utilizando padres DQDB, o SMDS tambm pode ser utilizado sobre ATM. Oferece
um tamanho varivel de pacote, redes privadas virtuais (Virtual Private Network) e grupos
fechados de usurios (Closed User Group) com velocidades de 34 Mbps a 150 Mbps.
O protocolo DQDB (Distributed Queue Dual Bus) foi definido pelo IEEE (802.6) para redes de
rea metropolitana, que opera como um duplo barramento (dual bus) cada um dos quais
transporta dados em ambos os sentidos utilizando um mtodo de acesso ao meio do tipo
determinstico. Um sistema de fila mantm a ordem na transmisso. Oferecendo altas
233
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
velocidades (entre 2 e 300 Mbps), possui uma grande tolerncia a falhas e um alto
desempenho.
Nunca foi muito popular tendo vindo a ser substitudo pelo SMDS e pelo ATM com o qual
possui algumas semelhanas.
SONET/SDH
SDH-Japo
Tanto o SONET e SDH so usados como padres para redes WAN, eles podem ser
utilizados com base nas especificaes da camada Fsica e so bastante confiveis. Os
documentos abaixo descrevem esses tipos de tecnologia:
234
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
ITU G.707-709 Taxas e formatos SDH
Arquitetura flexvel, capaz de se adaptar a futuras aplicaes (como RDSI-FL) com taxas
variveis;
235
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
DS1/ DS2/ DS3 (EUA);
FDDI;
ATM;
DQDB.
Foi definida uma hierarquia de taxas padronizadas para o SDH, portanto, existem as
seguintes capacidades:
STS-1/OC-1 51,84
Onde:
236
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Estrutura de um Quadro SDH
O quadro bsico SDH o quadro STM-1 (tabela anterior). Ele possui 2430 bytes transmitidos
a cada 125 us, resultando em uma taxa de 155,52 Mbps (2430 bytes/quadro x 8 bits/quadro x
8000 quadros/seg. = 155,52 Mbps). Logicamente, o quadro pode ser considerado uma matriz
de 9 filas de 270 bytes cada, sendo que cada fila transmitida por vez.
237
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
O quadro transmitido fim-a-fim na rede, sendo montado e desmontado apenas uma vez. O
Virtual Container formado pelo Container (C-4) e pelo Path Overhead. O Container (C-4)
possui uma capacidade de 149,76 Mbps (para o caso do transporte de um tributrio de 140
Mbps) e pode conter tambm Path Overheads de mais baixa ordem (caso transmita outros
tipos de tributrios diferentes). O Path Overhead (de alta ordem) prov servios de
monitorao de alarme e monitorao de performance. O Section Overhead um cabealho
que prov facilidades para suportar e manter o transporte de um VC na rede, sendo que
pode sofrer alteraes ao longo do percurso.
Arquitetura SDH
Camada Fotnica: Esta no nvel fsico e inclui especificaes sobre o tipo da fibra ptica
utilizada, detalhes sobre a potncia mnima necessria, caractersticas de disperso dos
lasers transmissores e a sensibilidade necessria dos receptores. responsvel, ainda, pela
converso eletro-ptica dos sinais.
A figura abaixo mostra as camadas fisicamente. Uma sesso representa, como no SNA, um
link estabelecido entre dois receptores/transmissores (porm aqui esses links so pticos).
Para distncias pequenas, a fibra pode ser ligada diretamente entre os usurios, mas se a
distncia for maior, h a necessidade da utilizao de regeneradores. Uma linha composta
238
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
de uma ou mais sesses (de modo que a estrutura do canal permanece a mesma), e o path
(caminho) o circuito completo, Fim-a-Fim.
Antes de dar incio sua Prova Online fundamental que voc acesse sua SALA
DE AULA e faa a Atividade 3 no link ATIVIDADES.
239
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
G LOSSRIO
Caso haja dvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link glossrio em sua sala
de aula, no site da ESAB.
240
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
B IBLIOGRAFIA
LINKS
Dicas de protocolos:
http://www.protocols.com
http://penta2.ufrgs.br/homeosi.html
http://www.iana.org/assignments/port-numbers
241
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
Apostilas de Rede e de protocolos:
http://www.apostilando.com/sessao.php?cod=17
Tutoriais:
http://www.teleco.com.br/tutoriais.asp
Clculo de Sub-redes:
http://www.abusar.org/subredes-retry.html
MARCAS REGISTRADAS
Todos os demais nomes registrados, marcas registradas ou direitos de uso citados nessa
apostila pertencem aos seus respectivos fabricantes e foram utilizados exclusivamente para
fins didticos.
242
Copyright 2007, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil