TCC Vitor Hugo-Final
TCC Vitor Hugo-Final
TCC Vitor Hugo-Final
GRANDE DO NORTE
NATAL-RN
2016
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NATAL-RN
2016
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BANCA EXAMINADORA
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Msc Prof. Carlos Gustavo A. da Rocha – Orientador
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
____________________________________
Esp Prof. Alfredo Gama de Carvalho Júnior
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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Msc Prof. Galileu Batista de Sousa
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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Décio Frederico Bueno Feijó
Gerente de Engenharia CABO Serviços de Telecomunicações Ltda
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Kligw Fernandes da Silva
Supervisor de projetos e rede CABO Serviços de Telecomunicações Ltda
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, pois sem ele nada disso seria possível. Foi
nele, onde busquei forças nas mais diversas dificuldades e adversidades encontradas
durante essa jornada.
Agradeço à meus pais pela educação, formação básica como pessoa e cidadão
de bem. Pelos princípios que me foram passados, pelos ensinamentos que nenhuma
escola poderia me ensinar e por serem a minha base para todas as horas.
Não poderia deixar de agradecer à minha namorada, Amanda Assis da Silva,
por todas as conversas, os conselhos, por sempre estar disposta à ouvir os meus
desabafos e por me reerguer nos momentos em que pensei em desistir do curso.
Esses empurrões foram essenciais para que eu respirasse fundo e buscasse forças
onde não tinha, para que no final, tudo desse certo.
É importante lembrar dos colaboradores e ex-colaboradores da empresa Cabo
Serviços de Telecomunicações Ltda, em especial a equipe de fibra óptica (Anderson
Agríssio, Felipe Ervesson, Marcelo Augusto e Rafael Silva), como forma de
agradecimento pelas companhias diárias, por viverem comigo esta batalha, me
amparar, quando fui trabalhar sem sequer dormir no dia anterior, devido à trabalhos e
provas difíceis, em que eu trocava o meu horário de descanso, por uma cadeira, uma
mesa e um computador para estudar. Não poderia deixar de lembrar e agradecer a
Diego César Silva Ferreira, pelos ensinamentos, amizade e companhia diária no início
da minha trajetória. Estas pessoas me ajudaram à desenvolver as minhas atividades,
mesmo sem ter condições físicas e psicológicas para tal.
Agradeço de coração, à alguns professores do curso de Tecnologia em Redes
de Computadores do IFRN, campus Natal-Central, que puderam dividir comigo, toda
a experiência acadêmica e de mercado, e por muitas vezes entender o meu esforço,
e as dificuldades para chegar até a sala de aula após uma longa e cansativa jornada
de trabalho. Agradeço também pelos conselhos de não desistir, e de despertar, ainda
mais, o meu interesse pela área.
Agradeço de coração aos integrantes do grupo “Chegados”, do Whatsapp, pela
contribuição primordial para a minha formação.
Fica aqui o meu muito obrigado à todos que direta ou indiretamente,
participaram desta conquista.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 14
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral 15
1.1.2 Objetivos específicos
1.2 METODOLOGIA
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 HISTÓRICO DAS FIBRAS ÓPTICAS 16
2.2 SISTEMA DE TRANSMISSÃO ÓPTICO
2.2.1 VANTAGENS DO USO DA FIBRA ÓPTICA 17
2.2.2 DESVANTAGENS DO USO DA FIBRA ÓPTICA 18
2.2.3 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO E PROPAGAÇÃO
2.2.3.1 PADRÃO DE CORES 19
2.3 NOÇÕES BÁSICAS DE UMA REDE FTTH 20
2.4 CONSTITUIÇÃO DE UMA REDE PON
2.5 TIPOS DE MULTIPLEXAÇÃO 21
2.6 TOPOLOGIAS DE REPARTIÇÃO 23
2.7 TAXAS DE DIVISÃO DA POTÊNCIA 24
2.8 GPON - Gigabit Passive Optical Network
2.9 ARQUITETURA DE LANÇAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DA REDE 26
3 CONTEXTUALIZAÇÃO INSTITUCIONAL 28
4 IMPLANTAÇÃO DA REDE FTTH NO BAIRRO DE EMAÚS,
PARNAMIRIM-RN
4.1 LEVANTAMENTO DE CAMPO
4.2 PROJETO ÓPTICO 31
4.3 COTAÇÃO E COMPRA DE MATERIAL 34
4.4 AUDITORIA DE BOBINAS 35
4.5 SIMULAÇÃO DO CENÁRIO 36
4.6 PREPARAÇÃO DA INFRAESTRUTURA LÓGICA
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LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo, descrever todo o procedimento realizado para
a implementação da rede FTTH, pela empresa Cabo Serviços de Telecomunicações
15
Ltda. Nele será descrito, como se deu todo o processo, que não é tão recente, desde
a utilização de troncos ópticos já existentes, herança da vasta abrangência da rede
HFC, ainda em pleno funcionamento, que consolidou a empresa no mercado. E, no
geral, será apresentado o presente cenário; com o investimento nesta nova
tecnologia.
1.2 METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho, foi utilizada, como norma norteadora, a ABNT
NBR 14565, que é a norma brasileira que define padrões de cabeamento estruturado
para edifícios comerciais e data centers.
Para tanto, foi necessário realizar uma pesquisa, bastante aprofundada, em
livros e artigos de referência, que serão citados no decorrer deste documento.
Após a fundamentação teórica, será descrito como foi realizada toda a
implementação deste projeto, o que constituirá o Trabalho de Conclusão de Curso,
que é o objetivo geral.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Uma rede FTTH (Fiber To The Home), como a própria sigla sugere, é uma
arquitetura de rede, utilizada por provedores de serviços de telecomunicações,
composta basicamente, por equipamentos passivos, utilizando como meio físico, em
sua totalidade, até a residência do cliente, a fibra óptica. O que justifica a sua
denominação.
A rede de acesso FTTH contém uma ou mais OLT’s (Optical Line Terminal),
que ficam em um chassi, alocado em um gabinete externo, abrigado ou não, ou no
próprio HeadEnd (Central provedora de serviços de telecomunicações). Ela é gerida
através de uma interface, gráfica ou não, instalada em servidores situados na rede de
uplink. A fibra óptica é o meio de transporte da informação, sendo que a mais utilizada
é a do tipo monomodo. A ONU/ONT (Optical Network Unit / Optical Network Terminal),
é o elemento óptico que fica situado no cliente final, onde é realizada a divisão dos
serviços, pelo próprio dispositivo, pretendidos pelo cliente. Nomeadamente, serviços
de dados, de voz e vídeo/interativos.
Entre a OLT e a ONU/ONT, existem elementos passivos que ditam a
configuração e a capacidade desta rede, sempre respeitando as limitações de HP
(Home Potential) da OLT. Tais elementos são chamados de Splitter’s ópticos, que
utilizam o princípio da multiplexação, em seu funcionamento.
PON (Passive Optical Network), é uma rede óptica passiva, com capacidade
de transmissão na faixa de Gigabits por segundo. Sua arquitetura é de ponto-
multiponto, sendo uma das tecnologias utilizadas para implementar o “fiber to the
home” (FTTH), ou fibra até a residência do usuário final. (INOVAX. 2015)
No gabinete externo, uma OLT alimenta uma estrutura em árvore de uma ou
duas fibras, que é conectada à vários terminais ópticos da rede (ONT), através de
divisores (splitter’s). A transmissão bidirecional, utilizando uma única fibra óptica, é
feita através da junção dos comprimentos de onda downstream e upstream. A
transmissão por meio de duas fibras ópticas é feita utilizando uma fibra óptica para
cada sentido.
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Fonte:Rosolem, 2010
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OLT ONT
Potência média mínima +1,5dBm +0,5 dBm
Potência média máxima +5dBm +5 dBm
Sensibilidade mínima -28dBm -27 dBm
Sobrecarga mínima -8dBm -8 dBm
3 CONTEXTUALIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Os cabos utilizados foram de 08FO (Oito Fibras Ópticas), sendo que apenas
duas dessas fibras, em cada cabo, são necessárias para alimentar os chassi’s de
OLT’s, instalados dentro do gabinete abrigado. Uma fibra para TX (Transmissor
óptico) e outra para RX (Receptor óptico).
Finalizada esta etapa, tendo projetados os percursos das fibras de alimentação
do gabinete, foram distribuídos os TAP’s (Terminal Access Point) ópticos nas ruas,
que nada mais são do que splitter’s ópticos 1:8, aos quais são conectados os
assinantes, obedecendo a topologia de rede 1:32, que foi adotada, como forma de
precaução para a não saturação da banda por OLT. Logo, a topologia da rede foi
padronizada da seguinte forma: OLT -> SPLITTER 1:4 -> SPLITTER 1:8 (TAP óptico).
Estes TAP’s são distribuídos nas ruas, de acordo com o levantamento de campo (ítem
4.1), obedecendo a estimativa de 60% (sessenta por cento) de HP’s, conforme a figura
12.
A próxima etapa realizada foi projetar o percurso dos cabos de saída das CEO
de splitter’s 1:4, que alimentam os TAP’s 1:8. Para isso foram estimados cabos de
08FO, normalmente atendendo 4 (Quatro) TAP’s cada um. Logo, em uma CEO com
8 (Oito) splitter’s 1:4, foram projetados 8 (Oito) cabos ópticos 08FO de saída, cada um
alimentando 4 (Quatro) TAP’s 1:8, restando 4 (Quatro) fibras livres, de backup, para
futuras expansões, conforme a figura 13.
O banco com quatro baterias (Figura 18) foi montado com ligação em série e é
acionado pelo circuito inversor (figura 19), caso haja a falta de energia elétrica da
concessionária.
Figura 19 – Banco de baterias
Como é visto na Figura 19, o circuito inversor, é equipado com chave seletora
de três posições. Na posição 1, o circuito recebe alimentação de energia elétrica da
concessionária e do banco de baterias. Caso haja a falta de energia por parte da
concessionária, o circuito automaticamente inverte a sua alimentação para o banco
de baterias. Na posição 0, o gabinete é alimentado somente pelo banco de baterias,
para o caso de possíveis manutenções no ramal de entrada de energia elétrica. Já na
posição 2, o circuito poderá receber alimentação por meio de um gerador de energia
elétrica, em casos extremos de falta de energia.
Na sequência, foram realizadas as acomodações e fusões dos cabos ópticos,
nos slots DIO, conforme Figuras 20, 21 e 22.
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Figura 21 – Cabo óptico 64FO pronto para ser acomodado nos slots DIO
Em cada slot DIO, podem ser acomodadas até 16 fibras ópticas. Neste cabo
de 64FO, foram necessários quatro slots para acomodação.
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Após a montagem dos cabos nos slots DIO e da montagem e instalação dos
Chassi’s de OLT’s, foram realizadas as conexões entre os Chassi’s e os slots DIO. De
forma a receber as fibras de comunicação com o HeadEnd nas placas de gerência e
enviar o sinal óptico das OLT’s para as CEO de splitter’s 1:4 instaladas em campo.
Para a organização do gabinete, foi padronizado que nos slots DIO, da direita
para a esquerda, seriam acomodadas as fibras de comunicação com o HeadEnd e da
esquerda para a direita, as fibras de saída para as CEO de splitter’s 1:4. Tudo
devidamente identificado e documentado, conforme a norma (EIA/TIA – 606).
Toda a interligação foi realizada com cordões ópticos de 1,5 (hum e meio)
metros, com conectores SC/PC (nas OLT’s) – LC/APC (nos slots DIO). As Figuras 24
e 25, mostram o gabinete após a conclusão da montagem.
Para a chegada do sinal óptico do HeadEnd ao gabinete, por meio dos troncos
redundantes, foi necessária a fusão das fibras dos cabos ópticos 08FO com as fibras
livres dos troncos, já destinadas à essa finalidade. Conforme a Figura 26.
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Para as CEO de splitter’s 1:4, foi necessário o uso de caixas de emenda do tipo
Fosc-400, com maior capacidade de acomodação de cabos, tendo em vista que em
cada uma delas, foram acomodados, em média, 10 (dez) cabos ópticos e 8 (oito)
splitter’s 1:4. Conforme a Figura 27
Fazendo uma projeção do que seria ideal com relação ao nível de sinal óptico
na auditoria das saídas dos TAP’s ópticos, podemos considerar o valor de -
16.45dBm/1490nm.
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Após a. conclusão total dos itens 4.1 ao 4.7, a área foi liberada para a
comercialização.
Figura 33 – Cabo tipo drop 01FO conectado a primeira porta do TAP óptico
Nesta tela, podem ser verificados o nodo (área) a qual pertence o TAP, quais
os assinantes instalados nele, além disso, a qual saída do TAP estão conectados. O
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CONCLUSÕES
TRABALHOS FUTUROS
REFERÊNCIAS
MARIN, Paulo Sergio. Data Centers: Desvendando cada passo: conceitos, projeto,
infraestrutura física e eficiência energética. São Paulo: Erica, 2011.
MATA, Amanda. O que é fibra óptica e como funciona. Disponível em: <
https://www.oficinadanet.com.br/artigo/redes/o-que-e-fibra-otica-e-como-funciona>.
Acesso em: 22 de Março de 2016.