Apostila de PMF 2012
Apostila de PMF 2012
Apostila de PMF 2012
PROF. FRANCISCO DE ASSIS TOTI PROF. ELVIO F. DE CAMARGO ARANHA PROF. HELENA S. D. M. ESPNDOLA
JUNHO DE 2012
I. Introduo
O material didtico proposto tem por objetivo apresentar a teoria contida na ementa da disciplina de Mquinas-Ferramenta para Projetos, reunindo textos, ilustraes e grficos de diversas literaturas condizentes, com exemplos e exerccios focados na rea de projeto de mquina-ferramenta, mais especificamente, no projeto de variador de velocidade. Cabe ressaltar que, o material didtico proposto encontra-se em sua segunda verso e alguns tpicos, devero ser melhorados ao longo do tempo, bem como abrangncia nas explicaes definidas. Mquinas para uma nica e determinada operao so projetadas com velocidades nicas. Entretanto, no projeto de mquinas que sero utilizadas em vrias aplicaes prev um campo de velocidades que atenda as necessidades de servio. No caso de mquinas-ferramenta, os valores de velocidades requeridas dependem de fatores tcnicos e econmicos, ressaltando que, quanto maior a variedade de materiais usados para ferramentas, maior o campo de velocidades necessrias. A tarefa das caixas de transmisso com rodas dentadas a regulagem da velocidade por meio de transmisses graduadas [01]. As caixas de transmisso dividem-se: a) Conforme o princpio de mudana: - em rodas dentadas mveis - em embreagens e acoplamentos - em rodas dentadas intercambiveis b) Conforme a quantidade rvores (eixo-rvore, eixo principal): - de duas rvores - de muitas rvores Os principais requisitos para o projeto das caixas de transmisso so: - garantir a quantidade necessria de rotaes no eixo-rvore acionado. - suficiente coeficiente de rendimento - fcil manejo, montagem e regulagem
Universais)
Obs: - velocidade de corte, dimetro e rotao da pea no torneamento. - velocidade de corte, dimetro e rotao da ferramenta no fresamento, mandrilhamento, furao e retificao.
A mquina-ferramenta deve ser projetada para atender a usinagem de peas de diferentes dimetros com diferentes velocidades de corte. Para isso necessrio que a rotao n seja varivel e seja definido o campo de rotaes da mquina, como segue:
Para trabalhar com um Dmax e um Dmin e em funo do material que a mquina vai operar, tem-se a Vmax e uma Vmin. Assim sendo, a combinao de um Dmin de pea, sendo usinada com uma ferramenta que necessita a Vmax, define a nmax da mquina, tendo assim:
Para efeito de projeto o valor da relao entre os dimetros comumente adotado 4, mas pode chegar at o valor de 20.
A Figura 3 ilustra o campo de rotaes para as possveis combinaes entre velocidade e dimetro.
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Figura 03- campo de rotaes para as possveis combinaes entre velocidade e dimetro.
A- SEQNCIA REAL toda funo que cada nmero natural n associa um nico nmero real an.
B- PROGRESSO ARITMTICA Dados os nmeros a e r, define-se (a1, a2, ..., a n) uma Progresso Aritmtica. a1 = a n a n+1 = a n + r Termo geral: a n = a1 + (n 1) x r r a razo da Progresso Aritmtica a1 a primeira rotao n o nmero de rotaes Classificao: Se (a n) uma Progresso Aritmtica, ento: a) (a n) estritamente crescente r > 0 b) (a n) estritamente decrescente r < 0 c) (a n) constante r = 0 C- PROGRESSO GEOMTRICA Dados os nmeros a e q, define-se (a1, a2, ..., a n) uma Progresso Geomtrica. a1 = a n a n+1 = a n x q Termo geral: a n = a1 x q n-1 q a razo da Progresso Geomtrica Classificao: Se (a n) uma Progresso Geomtrica, ento:
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a) (a n) estritamente crescente a1 > 0 se q > 1 a1 < 0 se 0 < q < 1 b) (a n) estritamente decrescente a1 > 0 se 0 < q < 1 a1 < 0 se q > 1 c) (a n) constante r = 0 Exemplo: Um torno mecnico com 6 rotaes variando de 8 a 256 rpm a1 = 8 rpm a6 = 256 rpm n = 6 rotaes Progresso Aritmtica 256 = 8 + (6 1) . r r = (256 8) / (6 1) r = 49,6 a1 = 8 rpm a2 = 57,6 rpm a3 = 107,2 rpm a4 = 156,8 rpm a5 = 206,4 rpm a6 = 256 rpm Dividindo em srie de rotaes inferior e superior
Tabela 1: Rotaes obtidas por Progresso Aritmtica
Observando o escalonamento construdo a partir das progresses aritmtica e geomtrica, nota-se que, no primeiro caso os valores so inconstantes, j no segundo caso a srie superior exatamente igual a srie inferior multiplicado por 8. Isso resulta em um projeto de caixa de transmisso mais simples, compacta e com rotaes previstas. Exerccio proposto 01 Construa a srie inferior e superior em Progresso Aritmtica e em Progresso Geomtrica para um variador de velocidade para um torno com 12 rotaes, onde: a menor rotao = 40 rpm a maior rotao = 2500 rpm
Progresso Geomtrica:
Para cada rotao possvel a partir de uma velocidade especifica encontrar os dimetros equivalentes dentro do campo de rotaes.
Exemplo: Tomando as rotaes encontradas por Progresso Aritmtica do exerccio anterior e a adotando a velocidade de corte de 25 m/min para o ao rpido (HSS), tem-se a seguinte tabela: Tabela 3- Rotaes e dimetros relativos. [02]. RPM Dimetro (mm) 8 995 57,6 138 107,2 74 156,8 51 206,4 38 256 31 A partir disso, h como construir o diagrama de serra progresso aritmtica, o qual a figura 4 ilustra a inconstante queda de velocidade que ocorre no variador calculado por progresso aritmtica.
* em geral o desenho no-projetivo corresponde a desenhos resultantes dos clculos algbricos e so utilizados para representao das diversas formas de grficos, diagramas, esquemas, bacos, fluxogramas, organogramas, dentre outros.
Figura 6 - Representao das relaes por Grfico Reticulado A figura 8 mostra a esquematizao de dois pares de engrenagens ECDR, montadas em trs eixos paralelos e seu respectivo grfico reticulado.
Verifica-se pelo Grfico Reticulado que no primeiro par h uma reduo de rotao, j no segundo par h uma ampliao. Alm disso, a partir do grfico reticulado possvel saber quantas rotaes de sada proporcionada pelo variador. Exemplo: Um variador com 4 pares de engrenagens.
Considerando que esse variador tem uma rotao de entrada em seu primeiro eixo (Eixo I), pelas diversas combinaes possvel obter 4 rotaes de sada no ltimo eixo (Eixo III).
Tabela 4 - Rotaes resultantes das diversas combinaes entre os pares de engrenagens Rotaes (n) Combinaes de engrenagens Rotao 1 (n1) Engrenagem 3 com Engrenagem 4 e Engrenagem 5 com Engrenagem 6 Rotao 2 (n2) Engrenagem 3 com Engrenagem 4 e Engrenagem 7 com Engrenagem 8 Rotao 3 (n3) Engrenagem 1 com Engrenagem 2 e Engrenagem 5 com Engrenagem 6 Rotao 4 (n4) Engrenagem 1 com Engrenagem 2 e Engrenagem 7 com Engrenagem 8 A figura 10 ilustra o Grfico Reticulado desse tipo de variador de velocidade com quatro rotaes no eixo de sada.
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Exerccio proposto 02 Elaborar uma caixa de engrenagens com 5 pares de engrenagens, 3 eixos e 6 rotaes de sada distintas. Construir o esquema das engrenagens e o Grfico Reticulado.
obs: Esse valor deve ser aproximado de acordo com os valores padronizados conforme mostrado na Tabela 4 [02].
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1,06 1,12 1,19 1,26 1,33 1,41 38/43 37/44 36/45 35/46 40/42 41/43 41/44 40/55 39/56 42/44 43/45 44/46 44/47 43/45 45/48 44/49 45/49 44/50 43/51 46/49 45/50 45/51 44/52 47/50 46/51 44/53 43/54 46/52 45/53 48/51 47/52 45/54 44/55 49/52 48/54 50/53 49/55 47/56 46/58 42/56 39/47 38/48 37/49 40/48 39/49 38/50 38/51 37/52 41/49 40/50 42/45 41/46 40/47 43/46 42/47 41/48
1,5
30/51 29/52 28/53 27/54 26/55 25/56 24/57 23/58 22/59 21/60 19/63 21/62 20/63 19/64 26/59 25/60 24/61 23/62 20/66 28/60 27/61 26/62 25/63 24/64 23/65 22/66 21/67 20/68 31/59 30/60 29/61 28/62 29/62 28/63 27/64 26/65 25/66 24/67 23/68 22/69 21/70 27/65 26/66 25/67 24/68 23/69 22/70 21/71 30/64 29/65 28/66 27/67 28/67 27/68 26/69 25/70 24/71 23/72 22/73 26/70 25/71 24/72 23/73 22/74 30/68 29/69 28/70 27/71 28/71 27/72 26/73 25/74 24/75 23/76 26/74 25/75 24/76 23/77 24/77 23/78 28/75 27/76 26/77 25/78 27/77 26/78 25/79 24/80 30/72 29/73 28/74 27/75 32/72 31/73 31/70 30/71 29/72 33/70 32/71 32/68 31/69 34/68 33/69 36/68 35/69 31/66 30/67 29/68 34/65 33/66 32/67 33/63 32/64 31/65 35/63 34/64 33/65 32/61 31/62 30/63 29/64 34/61 33/62 32/63 36/61 35/62 33/59 32/60 31/61 35/59 34/60 37/59 36/60 39/59 38/60 41/58 40/59 39/60 37/62 30/57 29/58 28/59 27/60 26/61 25/62 24/63 23/64 22/65 21/66 20/67 33/56 32/57 31/58 30/59 35/56 34/57 33/58 37/56 36/57 35/58 38/57 37/58 40/57 37/38 30/54 29/55 28/56 27/57 26/58 25/59 24/60 23/61 22/62 21/63 20/64 33/53 32/54 31/55 29/57 35/53 34/54 33/55 37/53 36/54 35/55 38/54 37/55 33/50 32/51 31/52 30/53 29/54 35/50 34/51 33/52 32/53
47/53 46/54 44/56 43/57 41/59 40/60 49/61 37/63 36/64 35/65 46/55 45/56 43/58 42/59 45/57 44/58 42/60 41/61 44/59 43/60 41/62 40/63 43/61 42/62 40/64 39/65 39/62 38/63 36/65 35/66 34/67 38/64 37/65 37/66 36/67
De acordo com a tabela de diviso de dentes o que mais se aproxima do valor encontrado de 1,386 o = 1,41.
O valor de nmeros de dentes das engrenagens menores (pinhes) se d pela seguinte relao:
O encontrado foi entre as rotaes de sada do variador velocidade, e muitos casos esse no acaba sendo apropriado para todas as outras rotaes como a de entrada e as duas intermedirias do Eixo II sendo necessrio mais de um , tendo assim, mais de um escalonamento de nmero de dentes entre os pares de engrenagens. Para isso, deve-se encontrar uma relao dependendo de uma reduo ou ampliao, que divida ou multiplique o por uma rotao final de um eixo a fim de se encontrar a rotao inicial, ou vice e versa. Reduo: Rotao Inicial = Rotao Final x Ampliao: Rotao Inicial = Rotao Final /
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10,
10
10,
20
10,
40
10
So representadas respectivamente e denominadas por R5, R10, R20 e R40 em homenagem a Charles Renard (Matemtico Ingls do sculo XVIII). R5: srie de razo 510 = 1,5849 1,6 R10: srie de razo 1010 = 1,2589 1,26 R20: srie de razo 2010 = 1,1220 1,12 R40: srie de razo 4010 = 1,0592 1,06
- A preferncia na escolha das sries deve obedecer a ordem: R5, R10, R20 e R40. - Os termos das sries expressos com 5 algarismos so os chamados nmeros Calculados. - Os valores aproximados dos nmeros calculados so nmeros normalizados [02].
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X. Clculo do Mdulo
Para a fabricao de uma engrenagem deve se determinar, dentre outros clculos, o valor do Mdulo (m), que o espao entre os dentes no Sistema Internacional (SI), sendo as unidades calculadas em milmetros. No sistema USCS, a proximidade entre os dentes medida por uma quantidade chamada de passo diametral ou diametral pitch (Pd )*. O mdulo e o diametral pitch so dimenses que no so diretamente medidas numa engrenagem. Eles so utilizados como valores de referncia para clculos de outras dimenses das engrenagens que, por sua vez, so mensurveis. Em alguns casos o mdulo obtido atravs da relao (Dp / Z), onde Dp o dimetro primitivo da engrenagem (ou seja, o dimetro de contato entre os dentes de duas engrenagens) e Z o nmero de dentes. Contudo, essa relao se emprega no caso de um dimetro j definido. Caso contrrio esse mdulo, deve ser determinado atravs de outros fatores, como o do critrio de cisalhamento no p do dente da engrenagem, que considera: Mt: Momento toror [kgf . mm] q: Fator de correo de engrenamento adm: Tenso admissvel do material da engrenagem [kgf/mm] Z: Nmero de dentes da engrenagem B: Largura da engrenagem [mm] O fator de correo q depende do tipo de engrenamento e do nmero de dentes da engrenagem e deve ser adotado, conforme mostrado na Tabela 6 Tabela 6 Fator de correo para engrenamento externo e interno
Fator de Correo (q) para Engrenamento Externo Z (n de Dentes) q 12 13 15 17 20 30 40 50 >60 4,5 4,3 3,9 3,6 3,3 3,1 2,9 2,7 2,6 Fator de Correo (q) para Engrenamento Interno Z (n de Dentes) q 20 30 40 50 2 2,1 100 2,3 >200 2,4
1,7 1,9
Esse fator levado em conta tambm para a anlise de resistncia da engrenagem. O esforo que ocorre no engrenamento causa no dente da engrenagem foras cortante e normal, tal que o material escolhido para a fabricao da engrenagem deve ter uma tenso admissvel que atenda a solicitao. Obs: no consideramos neste estudo o modo de falha de engrenagem por fadiga de contato (pitting).
* este nome mantido em ingls na literatura por tratar-se de medida inglesa, refere-se varivel determinante de dentes por polegada do dimetro primitivo. Corresponde ao mdulo do sistema mtrico.
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Alm da tenso admissvel, levada em considerao a dureza do material, pois na anlise do desgaste do flanco do dente, a dureza um fator de grande importncia. A Tabela 7 mostra a relao de dureza e tenso admissvel entre alguns materiais e alguns tratamentos trmicos usuais na fabricao de engrenagens. Tabela 7 Relao entre dureza e adm de materiais para construo de engrenagens.
Material SAE 1020 SAE 1045 SAE 1045 SAE 1045 SAE 4340 SAE 4340 SAE 8620 SAE 8640 SAE 8640 FoFo Tratamento Trmico B.L Normalizado Temperado Total Temperado Superficial Temperado Total Temperado Superficial Cementado Temperado Total Temperado Superficial adm (kgf / mm) HB (kgf / mm) 21 13 170 15 250 13 170 450 25 300 18 170 450 15 600 20 350 14 170 500 4 150
A largura da engrenagem em variador usualmente varia entre 15 e 25 mm, contudo isso pode ser dimensionado. A partir disso o valor encontrado para o mdulo deve ser aproximado a um valor de mdulos padronizados conforme mostra a Tabela 8 [04]. Tabela 8 Mdulos padronizados conforme Norma DIN (Deutsches Institut Normug e V.)
0,3 0,7 2,25 4,5 10 20 42 [0,35] 0,8 2,5 5 11 22 45 Mdulos Normalizados DIN 780 0,4 [0,45] 0,5 [0,55] 0,9 1 1,25 1,5 2,75 3 3,25 3,5 5,5 6 6,5 7 12 13 14 15 24 27 30 33 50 55 60 65 0,6 1,75 3,75 8 16 36 70 [0,65] 2 4 9 18 39 75
Obs: O nmero de dentes num par de engrenagens distinto para cada engrenagem, sendo assim, necessrio calcular o mdulo para cada quantia de dentes e seu respectivo fator q e interpolar os resultados se aproximando de um mdulo normalizado que atenda ambas engrenagens.
B x D 4,5 x 106 x N x (i 1) K x n x i1
Onde; N: potncia do motor [CV] i: relao de transmisso B: largura da engrenagem [mm] D: dimetro da engrenagem [mm]
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O produto entre B e D elevado ao quadrado representa o volume mnimo que a engrenagem necessita ter para ser capaz de transmitir a potncia N, a uma determinada rotao n, sob uma presso K. Essa presso K representada por uma expresso que contm a dureza do flanco do dente em relao ao material, rotao, e vida da engrenagem.
Onde; HB: dureza em Brinell [kgf/mm] ln: vida til da engrenagem [horas] E1, 2: mdulo de elasticidade do material de cada engrenagem do par [kgf/mm] Obs.: o mdulo de elasticidade para os aos de 21000 kgf/mm A partir de uma relao prtica entre B e D possvel determinar um ou o outro atravs do critrio de desgaste, e assim com a largura ou o dimetro determinado possvel chegar ao mdulo necessrio para fabricao da engrenagem [04]. Com apoio bilateral rgido: B/D 1,2 Com apoio unilateral (em balano): B/D 0,75
O mdulo (m) que para a anlise de resistncia no dente, j deve estar definido. O fator e corresponde um fator de carga que varia em relao ao regime de trabalho das engrenagens. e = 0,8: utilizao contnua e carga mxima. e = 1,5: utilizao parcial. 18
Figura 10 Construo pelo mtodo de deposio de material fundido - Fused Deposition Modeling (FDM).
Figura 11 Construo pelo mtodo de remoo de material. Vrios so os fatores que influenciam na durabilidade das engrenagens, os mais compreensveis so aqueles relacionados ao tipo de material e macro-geometria das engrenagens, composta pelos seguintes valores: distncia entre centros, ngulo de presso, largura dos dentes e ngulo de hlice (para o caso de engrenagens helicoidais), entre outros. Contudo, alguns outros
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fatores, tais como, concentradores de tenses (raio de arredondamento na raiz do dente), tenses residuais associadas ao processo de fabricao e o acabamento superficial do dente, influenciam na durabilidade de uma engrenagem, porm seu efeito mais difcil ser estimado teoricamente. O desalinhamento entre dois dentes em contato ocasiona uma distribuio de carregamentos no uniforme o que tambm influencia na durabilidade dos dentados [05]. Para dentes de engrenagens de dentes retos o valor do ngulo de presso comumente utilizado o de 20, pois apresenta um bom compromisso em termos de capacidade de carga e transmisso de potncia de maneira suave e silenciosa. Alm disso, o ngulo de presso de 20 permite a construo de engrenagens com um nmero reduzido de dentes evitando problemas como o undercutting, problemas estes mais freqentes com ngulos de presso menores [07]. Alguns efeitos de se aumentar o valor do ngulo de presso so abordados a seguir [08]: O nmero limite de dentes necessrios para se evitar o undercutting reduzido. A forma do dente torna-se mais pontuda. O flanco do dente torna-se mais curvo. A velocidade relativa de escorregamento reduzida. O grau de recobrimento reduzido*; A capacidade de carga do dente aumenta. Para evitar concentraes de tenses na raiz do dente o raio mnimo do perfil bsico deve ser de 0,209/Pd e 0,235/Pd para engrenagens com ngulos de presso () de 14,5 e 20 respectivamente [09]. A figura 13 mostra o carregamento de dente de engrenagem e as figuras 14 e 15 mostram as curvas aps interpolao de fatores de concentrao de tenso no raio da raiz do dente.
* O grau de recobrimento, ou o nmero de dentes em contato, o quociente do arco de ao dividido pelo arco entre sucessivos dentes de engrenagem. O grau de recobrimento um outro fator importante para o projeto de engrenagens.
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Figura 13 - Fatores de concentrao de tenso Kt para dente de engrenagem com ngulo de presso de 14,5 [09].
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Figura 14 - Fator de concentrao de tenso Kt para dente de engrenagem com ngulo de presso de 20 [09]. Existem trs maneiras genricas segundo as quais um elemento de mquina, pode deixar de cumprir as funes para as quais foi projetado: - Deformao plstica excessiva - Escoamento ou deformao plstica excessiva - Fratura
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Para executar um bom projeto importante ter-se conhecimento dos tipos mais comuns de falhas possveis de ocorrer, porque sempre necessrio relacionar as cargas e dimenses do componente com alguns parmetros de significncia para o material, que limita a capacidade do componente para suportar uma carga [10]. A seguir alguns exemplos de fratura em engrenagens: Danos por ruptura: Ruptura violenta no p do dente, devida a cargas bruscas na transmisso. Soluo: Mediante proteo contra as sobrecargas ou por investigao prvia das sobrecargas possveis, consideras no clculo dos valores admissveis de carga. Ruptura por fadiga no p do dente, devida sobrecarga repetida superior resistncia fadiga ou temporria, sendo que nesse caso, representam um papel importante os defeitos do material, do tratamento trmico e da fabricao e, sobretudo, o maior ou menor efeito de concentrao de tenses no p do dente (arredondamento insuficiente, raias, fissuras provenientes da tmpera, limitao da zona temperada no p do dente, ou o pipocamento no p do dente). Soluo: Elevao da capacidade de carga no p do dente, por exemplo; beneficiamento ou tmpera, pelo uso de um mdulo maior ou de maior ngulo de engrenamento de servio (deslocamento do perfil), por reforamento da zona de transio no p do dente (jato de esferas de ao), por eliminao dos pontos de concentrao de tenses, por maior chanframento dos dentes nas faces laterais; j que, em geral, a ruptura dos dentes se inicia nas faces laterais; e finalmente evitando ou elevando em considerao, no clculo dos valores de carga admissveis, as foras adicionais. Ruptura de canto de dente, em conseqncia de distribuio desigual da carga sobre a largura do dente, como exemplo, por desalinhamentos axiais, por erro na direo do dente ou por deformao elstica considervel do pinho sujeito a carga (flexotoro). Soluo: Por eliminao ou considerao dos defeitos indicados na fabricao, por aumento da convexidade dos flancos (encurvamento lateral dos dentes), por reduo da largura do dente (principalmente em pinhes em balano), e pelas medidas citadas no item anterior. Estilhaamento na cabea do dente em engrenagens temperadas (principalmente em engrenagens de cmbios), ou devidas a carregamentos com choques. Soluo: Emprego de um material mais tenaz (convenientemente ligado) e reduo das foras de choque.
Danos nos flancos. Algo que se deseja um aspecto uniformemente liso e sedoso nos flancos dos dentes amaciados, nos quais, a linha da circunferncia de rolamento apenas seja fracamente visvel. recomendvel o amaciamento dos flancos dos dentes com leos EP (leos hipides), a fim de se obter uma boa distribuio da carga e um alisamento suficiente dos flancos dos dentes. Os danos mais freqentes so: Formao de crateras (cavitao). Trata-se de uma espcie de desmoronamento na zona da circunferncia de rolamento e debaixo dela, em conseqncia da presso local excessiva na presena de lubrificante. H as cavidades de amaciamento, 23
semelhantes a cabeas de alfinetes, que freqentemente aparecem durante o amaciamento e que no progridem quando o amaciamento melhora suficientemente a distribuio das presses, e as cavidades ou crateras progressivas, que so produzidas por uma sobrecarga local contnua, durante um tempo que varia de 0,1 a 20 milhes de ciclos em plena carga, e que ocasionam desprendimentos progressivamente maiores e mais numerosos nos flancos. Segundo o estado atual das pesquisas, a cavitao durante o rolamento deve ser interpretada como um fenmeno de fadiga, no qual, alm de ser ultrapassada a alta presso nas fissuras capilares, ajuda a destacar fragmentos do material, em geral, pode-se dizer que quanto menor for a fora de atrito tangencial nos flancos dos dentes, tanto maior ser a capacidade de carga dos flancos. Conseqentemente, uma maior capacidade de carga pode ser conseguida por menor rugosidade, maior velocidade tangencial e maior viscosidade nominal do leo. A cavitao mais freqente em ao beneficiado ou temperado, enquanto que em ao de menor dureza geralmente encoberto pelo desgaste por deslizamento e pela formao plstica. A cavitao favorecida pelo escorregamento negativo (que ocorre no p do dente), provavelmente porque, nesse caso, os flancos dos dentes entram na zona de tenso de trao tangencial (devido fora de atrito) e torna possvel a penetrao do lubrificante, a presso elevada nas fissuras capilares. Soluo: Reduo da sobrecarga local (carregamento uniforme nos flancos dos dentes), elevao da resistncia nos flancos e a redao da fora de atrito e emprego de um leo mais vioso. Zona estriada na regio da circunferncia de rolamento que produzida predominantemente em aos de dureza excessivamente baixa com limite de escoamento demasiadamente baixo. Soluo: Depende das respectivas causas (tratamento trmico defeituoso, fissuras da tmpera, fissuras da retifica ou defeitos do material). Formao de fissuras nos flancos dos dentes, que podem causar desmoronamentos locais progressivos e rupturas nos ps dos dentes. Soluo: Depende das respectivas causas (tratamento trmico defeituoso, fissuras da tmpera, fissuras da retifica ou defeitos do material). Formao de sulcos e zonas de engripamento a partir da ruptura repetida da pelcula do lubrificante, sendo que tambm o contato das arestas dos dentes, no inicio do engrenamento, represente um fator importante. Soluo: Emprego de um leo mais viscoso e mais refrigerado e principalmente de leos EP; alm disso, emprego de engrenamentos com menor relao por encurtamento das cabeas dos dentes, ou por rebaixamento correspondente dos flancos na cabea do dente, ou ainda, pelo emprego de um mdulo menor. Aquecimento dos flancos por trabalho de atrito excessivo, ou por refrigerao insuficiente. Soluo: Lubrificao e refrigerao mais eficientes (lubrificao por jato convenientemente disposto) e reduo da potncia de atrito (polimento dos flancos). Luis Agostinho recomenda a aplicao de uma rugosidade superficial para flancos de engrenagens de 0,3 .m. Desgaste por deslizamento, isto , perda excessiva de material nos flancos dos 24
dentes, devida a uma associao inadequada dos materiais, a flancos de dente insuficientemente lisos, ou lubrificao escassa. Este fenmeno observado especialmente em engrenagens de mdulo relativamente grande e baixa velocidade tangencial, nas quais, a presso reduzida do lubrificante e a baixa velocidade tangencial devem ser levadas em conta. O desgaste de deslizamento ser grande, principalmente, se o lubrificante possuir impurezas minerais e os flancos dos dentes forem speros. Soluo: O desgaste mnimo em flancos de dentes temperados; vale 2 a 3 vezes o valor mnimo na associao de engrenagens, das quais, uma temperada e a outra no e 7 a 10 vezes o valor mnimo com ambas engrenagens no temperadas. Consegue-se tambm reduzir o desgaste pelo uso de um lubrificante mais viscoso, por meio de aditivos para polimento, e pelo emprego de leos EP. Formao de rebarbas na cabea do dente ou outras deformaes plsticas que indicam dureza insuficiente do material, em relao ao carregamento. Soluo: Depende das respectivas causas (tratamento trmico defeituoso, fissuras da tmpera, fissuras da retifica ou defeitos do material). Superfcie ondulada (que no seja proveniente do processo de fabricao) ou destacamentos considerveis dos flancos de dentes cementados. Em geral, a causa ultrapassagem do limite de escoamento na zona de transio da tmpera. Soluo: Depende das respectivas causas (tratamento trmico defeituoso, fissuras da tmpera, fissuras da retifica ou defeitos do material). [04]
As figuras 15, 16 e 17 mostram alguns exemplos das avarias que podem ocorrer nas engrenagens.
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Figura 16 - Engrenagem cilndrica de dentes retos com ruptura na raiz do dente [11].
Figura 17 - Engrenagem Coroa / Sem Fim apresentando desgaste e fratura nos dentes [06].
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Figura 18 Curva Evolvente [12] O contato entre duas curvas evolventes ocorre no ponto onde as tangentes destas curvas coincidem. As tangentes de ambas as evolventes so sempre perpendiculares s suas linhas de gerao. As duas tangentes se coincidem apenas quando a linha de gerao de uma continuao da linha de gerao da outra [1]. Portanto, o local dos pontos de contato entre duas evolventes a tangente comum aos dois crculos base. Quando uma evolvente girada com um movimento uniforme, o comprimento da linha de gerao de seu ponto de tangncia ao crculo base at o ponto Pt, conforme indicado pela Figura 19, muda uniformemente.
A distncia entre estas evolventes, medida ao longo de qualquer linha tangente ao crculo base, sempre a mesma como indicado pela Figura 20.
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Na construo de mquinas para engrenagens frontais e cnicas, usa-se quase que somente o engrenamento por evolvente, pois, nesse caso: O engrenamento pode ser fabricado com preciso por meio de uma ferramenta simples (de flancos retos), pelo processo de gerao; Um erro na distncia entre eixos afeta o funcionamento; As condies para engrenagens de sries so facilmente satisfeitas; Com a mesma ferramenta podem tambm ser fabricados engrenamentos com perfil deslocado; A direo da fora normal ao dente permanece constante. [04]
Para engrenagens com menos de 55 dentes depois de traados os crculos representativos dos dimetros primitivos (pitch), interno e externo, traa-se uma linha inclinada a 75 sobre a linha de centro e passando pelo ponto F, que o ponto de interseco entre a linha do crculo do dimetro primitivo com a linha de centro vertical dos crculos. Descreve-se um crculo K-K tangente com a linha inclinada a 75. Esse crculo toma o nome de crculo base. Acha-se o ponto G no meio dos pontos H e F. O ponto H o ponto de interseco entre a linha do crculo do dimetro externo com a linha de centro vertical dos crculos. O ponto C se localiza no meio do ponto G, e do ponto A, sendo que esse ltimo o ponto central dos crculos. Fazendo centro em C, descreve-se um arco que se origina do ponto G indo at, se interseccionar com a linha do crculo base, gerando nessa interseco o ponto J. O ponto J ser o centro de um segundo arco que ser gerado, cuja qual, ser traado para construo da cabea do dente. Esse arco ter um raio R2 que atinge o ponto G.
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Acha-se o ponto E entre os pontos F e D. O ponto D o ponto de interseco entre a linha do crculo base com a linha de centro vertical dos crculos. O ponto E esta a de distncia do ponto F. O ponto B localiza no meio do ponto E, e do ponto A. Fazendo centro em B, descreve-se um arco que se origina do ponto E indo at, se interseccionar com a linha do crculo base, gerando nessa interseco o ponto I. O ponto I ser o centro de um arco que ser gerado para traar a parte do perfil compreendida entre o crculo do dimetro primitivo e o crculo base. Esse arco ter um raio R4 que dever atingir tangentemente o arco construdo com o centro no ponto J. Concluindo assim, o perfil aproximado do dente da engrenagem traada com arcos evolventes de crculos.
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Originando-se do ponto A uma linha inclinada (negrito na Figura 24); a uma distncia equivalente a de t (passo), a partir da interseco entre o perfil do dente e o crculo do dimetro primitivo; encontra-se a metade do perfil do dente da engrenagem.
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A gerao efetiva dos flancos de dentes em uma engrenagem, com engrenamento de evolventes, feita em geral, com uma ferramenta que possui o perfil do engrenamento plano e que rola sobre a engrenagem a fabricar durante o movimento de trabalho (movimento de brochamento, de fresamento, ou de retificao), de modo que os flancos dos dentes resultam como evolventes da ferramenta [05]. Equaes: Ponto G:
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Onde: Dex: Dimetro externo da engrenagem [mm] Dp: Dimetro primitivo da engrenagem [mm] Ponto C;
Ponto E;
Ponto B;
Passo T; T=mx
Dp = m x Z De = m x (Z + 2) Di = m x (Z 2,33)
Exerccio proposto 03 Traar, com o auxilio de um software CAD 3D, uma engrenagem cilndrica de dentes retos ECDR com arcos evolventes de crculos, calculando os pontos necessrios para a gerao da mesma. Dimetro externo = 88 mm Dimetro primitivo = 84 mm Dimetro interno = 79,34 mm Mdulo = 2 mm Z = 42 dentes
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Todos os conhecimentos necessrios ao clculo de eixos e rvores resistncia j foram abordados para em outras disciplinas. Entretanto, a verificao rigidez contempla em geral, dois aspectos: - rigidez toro aos ngulos de toro so limitados a certos valores estabelecidos empiricamente. - rigidez flexo - as flechas so limitadas a certos valores mximos que condicionam o bom funcionamento dos elementos montados sobre eles. Para o clculo de eixo-rvore rigidez toro deve-se considerar: Mt = 716200 . (N / n) [kgf.mm] Ou
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Mt = 7162 . (N / n) [N.m] Onde: N: potncia transmitida [cv] n: rotao [rpm] Dado um eixo-rvore submetido toro pura possvel identificar a tenso de cisalhamento que ocorre no momento torsor e ainda possvel saber qual ser o ngulo que formar na toro desse eixo. A tenso mxima de cisalhamento dada por:
Onde; D: dimetro do eixo [m] A toro de um eixo-rvore quantificada pelo ngulo de toro , obtido pela expresso matemtica, conforme ilustra a figura 27: = _____Mt x L____ [radianos] G x [( x D4) / 32] Onde; L: comprimento do eixo [m] D: dimetro do eixo [m] G: mdulo de elasticidade transversal [N/m]
Figura 26 Toro numa barra slida. A equao [( x D4) / 32] referente ao momento de inrcia polar (J) para eixos cilndricos e macios, para eixos com formas diferentes, devem-se consultar as equaes de momento de inrcia polar referente a cada forma.
Obs.: o mdulo de elasticidade transversal para os aos de 80.000 MPa.
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Entretanto, usualmente os ngulos de toro so limitados em termos relativos ao comprimento, ou seja, /L. Os limites a serem considerados para valor encontrado de /L dependem do projeto a ser desenvolvido. No caso de projeto de mquinas-ferramentas adota-se geralmente /L = 0,25/m. Em aplicaes onde o fator de rigidez toro menos importante, pode-se considerar /L = 2/m. O teste de toro no encontrou a aceitao geral nem o uso que tem sido creditado ao teste de trao. Entretanto, um teste til em muitas aplicaes de engenharia e tambm em estudos tericos do escoamento plstico. Durante o teste de toro so feitas medidas do MT e do . As propriedades elsticas em toro podem ser obtidas pelo uso do torque no limite proporcional ou em algum ngulo convencionado, frequentemente 0,000004 rad/mm [10]. Em um segundo caso onde um eixo escalonado, conforme mostra a figura 27, o dever ser calculado por adio dos ngulos de toro relativos ao comprimento de cada andar a equao do ngulo de toro dada por:
Figura 27 Eixo-rvore escalonado. Exerccio proposto 04 Calcular o dimetro menor d para um eixo com as seguintes caractersticas: D = 80 mm; Lbc = 80 mm; Lcd = 90; / L = 0,15 /m Potncia transmitida = 10 cv Rotao = 150 rpm
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deformaes provenientes dos rolamentos podero ser muito importantes a menos que sejam selecionados rolamentos com pequena deformao.
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Onde: L: distncia entre os rolamentos a: distncia entre o rolamento e fora aplicada no eixo d: dimetro menor do eixo Faixa 1: Rolamento rgido de esfera Faixa 2: Rolamento autocompensador de esfera Faixa 3: Rolamento autocompensador de rolos
Exemplo: O eixo da figura 29 tem as seguintes dimenses abaixo. Determine a faixa recomendvel de rolamentos L = 200 mm a = 100 mm d = 60 mm
Figura 29 conjunto eixo/rolamentos. a / d = 100 / 60 1,66 = 200 / 100 = 2 R: o Exerccio proposto 05 Para um eixo com as dimenses abaixo, determine a faixa recomendada de rolamentos L = 300 mm = 1,4 d = 30 mm
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Obs.: o exemplo e o exerccio proposto no esto considerando o tipo de esforo e o tipo de carregamento.
Onde; Lr: vida em milhes rotaes [rpm] C: capacidade dinmica do rolamento [kgf] P: carga equivalente, ou resultante [kgf] n = 3, para rolamento de esferas. n = 10/3, para rolamento de rolos.
Segundo Niemann [05], mquinas operatrizes sujeitas a cargas radiais e axiais devem ter uma vida til de 10.000 a 15.000 horas. A vida em milhes de rotaes dada por:
Lr = Lh . 60 . n 1000000 A carga equivalente a carga que resulta da somatria das cargas radiais (Pr) e axiais (Pa), multiplicada por seus respectivos coeficientes X e Y, os quais, variaram a cada rolamento. (consultar catlogos).
Tambm se pode obter a carga P atravs da resultante vetorial das foras atuantes nos apoios (Mancais) do eixo nos planos horizontal e vertical. Atualmente atravs de softwares matemticos, ou softwares prprios do fabricante de rolamento, ou at mesmo de catlogos eletrnicos, acaba tornando-se mais simples o clculo da vida til de um rolamento.
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Tabela 9: Ajustes de eixos para rolamentos radiais [03]. Rolamentos de Esferas Rolamentos de rolos Rolamentos de rolos cilndricos e cnicos autocompensador 18 mm (18) ... 100 mm 40 mm 40 mm (100) ... 200 mm (40) ... 140 mm (40) ... 100 mm (140) ... 200 mm (100) ... 200 mm *Ajuste para aplicao com maior preciso.
Obs.: Para ajustes em outras aplicaes consultar catlogos de fabricantes ou literaturas referentes.
Em rolamentos radiais os anis no devem deslizar em seus assentos, eixo ou caixa, por isso h a necessidade de um ajuste firme, a norma recomenda um ajuste K6 para o alojamento de rolamento em mquinas-ferramenta. Contudo, esse ajuste deve ser reconsiderado se haver uma carga muito grande ou ocorrncias de choques, pois isso pode levar a uma deformao dos anis tornando a fixao frouxa. J em rolamentos axiais o ajuste deve ser firme em relao ao eixo. O anel da caixa deve receber um ajuste com folga. Havendo a necessidade que um dos anis do rolamento possa se deslocar em sentido axial, deve-se analisar qual dos dois anis dever receber ajuste deslizante. Para isso, necessrio definir a carga que atua no rolamento, se fixa ou rotativa. A carga fixa quando no varia a posio do anel com a sua rotao. No caso de transmisso por engrenagens haver uma carga rotativa no anel interno, pois o eixo est girando, para uma carga rotativa se exige um ajuste mais apertado, em relao ao anel externo haver uma carga fixa atuando, permitindo um ajuste deslizante entre ele e a caixa, ou seja, nesse caso o assento do rolamento o eixo. A movimentao de duas superfcies, anel e assento, ocasionariam na eroso e conseqentemente na destruio dos assentos.
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Essa carga seria composta por uma fora referente ao peso pea-obra, juntamente com uma fora de corte. Todavia, o que visto atualmente, que essa fora de corte no atua simplesmente como uma carga esttica, por ser uma fora com pulsao acaba se enquadrando entre as cargas dinmica que influenciam na rigidez. Contudo, esse tipo de carga relacionada com a deformao no o nico fator que condena a rigidez esttica em uma mquina. Essa tambm depende tambm do macro sistema da mquina, e de todos os outros elementos que compe esse macro sistema. Haja vista, elementos que conecta outros elementos, como parafusos, chavetas, anis elsticos, e at os flancos de dentes de engrenagem, entre outros, necessitam ter ajustes corretos para garantir que no ocorram folgas ou jogos dentro do sistema. Uma deformao nas esferas dos rolamentos, ou nos rolos, pode levar instabilidade de um eixo, bem com, uma deformao na pista ou nos anis do rolamento, ou at mesmo na pelcula de leo dos mancais, e no pode deixar de analisar tambm as paredes que suportam o mancal e toda a sua estrutura, pois, uma falha dimensional ou de fabricao pode comprometer todo o sistema de mancal e eixo da mquina. Como comentado anteriormente, h dois agravantes primordiais para a rigidez, os esforos fletor e toror, assim, pode-se dizer que, uma mquina necessita ter uma rigidez torcional e uma rigidez flexional contra esses agravantes. A rigidez torcional e a rigidez flexional podem ser dadas por: Rigidez torcional:
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E: Rigidez flexional:
Por muitas vezes para os elementos que suportam os esforos se deve ter uma ateno com qualquer descontinuidade no material; tanto estrutural, ou seja, estruturas resultantes de tratamentos trmicos e do teor de carbono, e que influem nas propriedades mecnicas do material; quanto geomtrica, por exemplo, entalhes, escalonamentos, e seces transversais constantes ao longo do elemento. Os efeitos da descontinuidade atingem diretamente a rigidez esttica. A figura 30 mostra os resultados de ensaios de rigidez flexional e torcional em um tubo de seco quadrada.
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Na Figura 30, so mostrados resultados sobre ensaios de rigidez em um tubo de seco quadrada, realizados pelo Laboratrio de Mquinas-ferramenta da Escola Tcnica Superior de Aachen. No primeiro nvel o tubo atinge resultados de 100% sobre os ensaios de rigidez flexional em ambos os eixos de simetria e tambm no ensaio de rigidez torcional. J em um segundo nvel foi feito um furo oblongado em uma das suas faces e foi aplicado novamente aos mesmos ensaios. O efeito, principalmente sobre a viso da rigidez torcional, foi drstico. Em um terceiro nvel o oblongo tampando por uma chapa e parafusado ao seu contorno. Tanto em relao as rigidez de flexo, como em relao rigidez de toro, a melhora com a tampa foi muito baixa. E mesmo no quarto nvel; no qual, o tubo foi fechado e parafusado por uma tampa com um rebaixo para se encaixar corretamente ao oblongo; tambm a melhora no foi alta. Em suma, aps ter sido feito o furo oblongado no tubo, esse no conseguiu mais recuperar de modo satisfatrio sua rigidez torcional, e mesmo tendo uma perca pouco significativa em sua rigidez flexional, esse tubo se tornou inadequado para a maioria das possveis aplicaes. Reforos convenientes no elemento, como nervuras, abas, apoios e at mesmos simples calos podem melhorar a rigidez esttica. Entretanto, deve-se tomar cuidado com os tipos operaes a serem realizadas em um elemento. Todas devem ser estudadas e analisadas incansavelmente para garantir que o elemento no ser prejudicado como no exemplo do tubo. Em sntese, no adianta garantir uma tima rigidez em um eixo de uma mquina se no garantir que todos os outros elementos que atuam em parceria ao eixo estejam estveis e otimamente rgidos tambm. Tudo deve estar trabalhando harmonicamente formando um sistema nico como de um barramento de torno com seu cabeote fixo e seu contra ponto, ou a base de uma furadeira radial com a sua coluna, ou ainda, as engrenagens de um variador de velocidade junto com seus eixos e seus mancais.
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