Curso Completo de Programacao Cnc-ToRNO
Curso Completo de Programacao Cnc-ToRNO
Curso Completo de Programacao Cnc-ToRNO
DE
PROGRAMAO
CNC
TORNO
HELMO DA RS
1
NDICE
(M)....................................................... pg. 64
HISTRICO
As primeiras idias sobre COMANDO NUMRICO, surgiram durante e aps a
segunda guerra mundial, impulsionadas pela necessidade de se reduzir os tempos
e garantir a preciso na fabricao de peas, principalmente na rea aeronutica,
reduzindo assim os custos e os desgastes fsicos com operaes nas mquinas..
Estas idias fazem parte do desenvolvimento industrial. Um exemplo disso o
caso do torno. A evoluo do torno universal, levou a criao do torno revolver,
do torno copiador e do torno automtico, com programao eltrica ou mecnica,
com o emprego de cames.
Isto s foi possvel aps 1940 quando foi desenvolvido o primeiro computador
pela IBM.
Porm, s em 1949 que o Instituto de Tecnologia de Massachusetts comeou
realmente a desenvolver uma mquina equipada com CN. Uma fresadora de trs
eixos da Cincinnati que teve sua demonstrao prtica em 1952.
Em 1953 comearam a desenvolver os sistemas de programao e em 1957 foi
criado as bases da linguagem APT para CN.
Somente em 1957 iniciou a comercializao de mquinas CN.
Aqui no Brasil, as primeiras aplicaes de CN surgiram em 1967.
MATEMTICA APLICADA
Os assuntos de matemtica que veremos a seguir so requisitos bsicos para o
entendimento e a execuo de uma boa programao cnc.
EIXOS CARTESIANOS
Toda a geometria da pea que vai ser usinada transmitida para o comando com
o auxilio de um sistema de coordenadas cartesianas.
Podemos notar que nos trs exemplos as peas torneadas so iguais, porm como
o ponto de referncia muda em cada exemplo, a posio da pea no eixo
cartesiano tambm muda.
Sempre o ponto referncia da pea a origem do eixo cartesiano. Por isso a
referncia da pea tem que ser definida antes de se fazer o programa, pois os
pontos no eixo cartesiano vo seguir esta mesma referncia.
Em geral, nas operaes de torneamento, o ponto de referncia da pea no
encosto da castanha com a pea ou na face usinada da prpria pea, como nos
exemplos 1 e 2.
Lembrem que se a referncia estiver no encosto da castanha com a pea, na
usinagem do primeiro lado da pea, tem que se levar em considerao a matria
prima excedente na face do segundo lado da mesma.
Exemplo 1 p/ torno
10
Exemplo 2 p/ torno
11
Nas programaes CNC alm dos clculos normais para transferir as cotas da
pea a ser fabricada para os eixos cartesianos, outros clculos precisam ser feitos.
Entre eles, principalmente, esta o clculo de ngulos, e comprimento de arestas
de formas geomtricas.
A forma geomtrica que iremos estudar o tringulo retngulo pois quase todas
as outras formas podemos transformar em tringulos. Veja os exemplos abaixo:
13
H = C1 + C2
O Teorema de Pitgoras s pode ser usado quando conhecemos o valor de dois
lados do tringulo e queremos achar o valor do terceiro lado.
Nos exemplos abaixo veremos algumas utilizaes do Teorema de Pitgoras:
Exemplo 1
Exemplo 2
O exemplo a seguir mostra onde podemos utilizar o Teorema em uma pea a ser
fabricada.
14
Vamos calcular a cota da borda de uma esfera que vai ser torneada.
Se as informaes que temos no contm o valor de pelo menos dois dos lados a
outra opo saber o valor de um dos lados e um dos ngulos (diferente de 90 gr)
internos do tringulo.
Com estas informaes conseguiremos calcular os dois outros lados do tringulo
atravs das frmulas abaixo:
Podemos notar que o cateto oposto, como o nome j diz, o lado oposto ao
ngulo, diferente de 90 gr, que conhecemos e o cateto adjacente o lado que
forma este mesmo ngulo com a hipotenusa.
Nos exemplo abaixo veremos com mais clareza estes clculos:
15
No exemplo abaixo veremos onde podemos utilizar estas frmulas em pea a ser
fabricada.
Vamos calcular o valor P1 e P2 no comprimento e no dimetro.
16
Primeiro temos que transferir os tringulos para fora da pea para melhor
visualizao dos mesmos
17
18
19
Processo a utilizar
necessrio haver uma definio das fases de usinagem para cada pea a ser
executada, estabelecendo assim o sistema de fixao adequado para a
operao.
20
VELOCIDADE DE CORTE
A velocidade de corte diretamente proporcional ao dimetro e a rotao do eixo
rvore dada pela frmula:
Vc = PI x D x N
1000
onde:
Vc = Velocidade de corte (m/min.)
D = Dimetro (mm)
N = Rotao do eixo rvore (rpm)
Na determinao da velocidade de corte para uma ferramenta efetuar uma
usinagem, a rotao dada pela frmula:
N = Vc x 1000
PI x D
AVANO
O avano determinado de acordo com o acabamento final necessrio da pea,
material e ferramenta escolhida pelo programador.
Geralmente, nos tornos, o avano utilizado em mm/rot. Mas tambm pode ser
determinado em mm/min.
1. SISTEMA DE COORDENADAS
21
1.1
22
EXEMPLO DE PROGRAMAO
1.2
23
2. TIPOS DE FUNES
24
2.1
- FUNES DE POSICIONAMENTO:
Funo X:
Aplicao: Posio no eixo transversal (absoluta)
Formato: X +- 5.3 (milmetro)
Funo Z:
Aplicao: Posio no eixo longitudinal (absoluta)
Formato: Z +- 5.3 (milmetro)
Funo U:
Aplicao: Deslocamento no eixo transversal (incremental)
Formato: U +- 5.3 (milmetro)
Funao W:
Aplicao: Deslocamento no eixo longitudinal (incremental)
Formato: W +- 5.3 (milmetro)
2.2
FUNES ESPECIAIS
25
Funo N:
Aplicao: Nmero seqencial de blocos.
Cada bloco de informao definido pela funo N, seguida de at 4 dgitos, que
o comando lana automaticamente no programa mantendo um incremento de 10
em 10.
Formato: N 4
Funo: O
Aplicao: Identificao do programa.
Todo programa ou sub-programa na memria do comando definido atravs de
um nico nmero com 4 dgitos.
Formato: O 4
Funo: Barra /
Aplicao: Inibir a execuo de blocos.
Utilizamos a funo barra, na frente do bloco, quando queremos inibir a execuo
do mesmo. A funo s funciona se a chave BLOCK DELETE, no painel de
comando da mquina, estiver ativo.
Funo: GOTO
26
3. FUNES PREPARATRIAS G
27
28
- FUNO: R
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EXEMPLO DE PROGRAMAO
N30 G0 X17 Z2
N40 G1 Z0 F.25
N50 X20 Z-1.5
N60 Z-20
N70 G2 X40 Z-30 R10 ou N70 G2 X40 Z-30 I10K0
N80 G1 X45 Z-45
N90 X64
N100 G3 X70 Z-48 R3 ou N100 G3 X70 Z-48 I0 K-3
N110 G1 Z-70
31
PERFIL EXTERNO
A --- B
N40 G1 X0 Z60 F.3
N50 X30 K-3
N60 Z40 R3
N70 X60 R-3
N80 Z20 I3
N90 X90 R-3
N100 Z0
B --- A
N40 G1 X90 Z0 F.3
N50 Z20 R-3
N60 X60 K3
N70 Z40 R-3
N80 X30 R3
N90 Z60 I-3
N100 X0
32
33
EXEMPLO DE PROGRAMAO:
34
N20 G0 X35 Z5
N30 X29.35
N40 G33 Z-32 F1.5
N50 G0 X35
N60 Z5
N70 X28.95
N80 G33 Z-32
N90 G0 X35
N100 Z5
N110 X28.55
N120 G33 Z-32
N130 G0 X35
N140 Z5
N150 X28.15
N160G33 Z-32
N170 G0 X35
N180 Z5
N190 X28.05
N200 G33 Z-32
N210 G0 X35
N220 Z5
35
36
= Passo da rosca
EXEMPLO DE PROGRAMAO
37
Clculos
Altura do Filete
P = (0.65 x passo)
P = (0.65 x 2 )
P = 1.3
.
.
N50 G0 X29 Z5
N60 G76 P010000 Q00 R0.02
N70 G76 X22.4 Z-12 P1300 Q392 F2
.
.
38
EXEMPLO DE PROGRAMAO
Rosca cnica NPT 11.5 fios/pol.
Inclinao: 1 grau e 47 min.
Clculos:
Passo:
F = 25.4 / 11.5
F = 2.209
Altura do Filete
P = (0.866 x passo)
P = (0.866 x 2.209 )
P = 1.913
Converso do grau de inclinao
1 grau e 47 min. = 1.78 graus
39
conicidade
Comp. Desl. Ferr.
R
25
R = 0,777
Dimetro final (X) = Dim. Inicial 2 x (P)
Dimetro final (X) = 33.4 3.826
Dimetro final (X) = 29.574
40
Altura do Filete
P = (0.65 x passo)
P = (0.65 x 1.5 )
P = 0.975
G0 X30 Z5
G78 X24.2 Z-19 F1.5
X23.6
X23.2
X23.05
G0 X--- Z--- (ponto de troca)
41
Altura do Filete
P = (0.65 x passo)
P = (0.65 x 2 )
P = 1.3
Dimetro final (X) = Dim. Inicial 2 x (P)
Dimetro final (X) = 25 (1.3 x 2)
Dimetro final (X) = 22.4
Passo (F) = Passo nominal x n de entradas
Passo (F) = 2 x 2
Passo (F) = 4
N70 G0 X28 Z5 (1 entrada)
N80 G78 X24 Z-42 F4
N90 X23.2
N100 X22.6
N110 X22,4
N120 G0 Z7 (2 entrada)
N130 G78 X24 Z-42 F4
N140 X23.2
N150 X22.6
N160 X22.4
Posio do inserto:
42
Adotar:
(E) Esquerda
(D) Direita
Ponto programado
Ponto programado
44
G42
G41
G41
G42
46
47
N40 G0 X82 Z2
N50 G71 U3 R1
N60 G71 P70 Q170 U1 W.1 F.25
N70 G0 X16
N80 G1 Z0
N90 X20 Z-2
N100 Z-8
N110 X40 A135
N120 Z-30
N130 X60 C2
N140 Z-34
N150 G2 X70 Z-39 R5
N160 G1 X80 Z-53
N170 X82
N180 G0Z2
N190 G42
N200 G70 P70 Q170
N210 G40
N220 G0 X--- Z--- (PONTO DE TROCA)
EXEMPLO DE PROGRAMAO P/ USINAGEM INTERNA
48
N40 G0 X18 Z2
N50 G71 U2.5 R1
N60 G71 P70 Q150 U-1 W.1 F.2
N70 G0 X65
N80 G1 Z0
N90 X50 A195
N100 Z-35
N110 X38 C1
N120 Z-50 R3
N130 X24
N140 X20 Z-52
N150 X18
N160 G0 Z2
N170 G42
N180 G70 P70 Q150
N190 G40
N190 G0 X--- Z--- (PONTO DE TROCA)
3.13 FUNO: G72
49
N40 G0 X172 Z2
N50 G72 W5 R1
N60 G72 P70 Q160 U1 W.1 F.15
N70 G0 Z-54
N80 G1 X170
N90 Z-50 C1
N100 X130
N110 X90 Z-30
N120 Z-25 C1
N130 X60 R5
N140 Z-1
N150 X58 Z0
N160 Z2
N170 G0 X172
N180 G41
N190 G70 P70 Q160
N200 G40
N210 G0 X--- Z--- (PONTO DE TROCA)
EXEMPLO DE PROGRAMAO P/ USINAGEM INTERNA
51
N40 G0 X18 Z2
N50 G72 W4 R1
N60 G72 P70 Q140 U-1 W.1 F.2
N70 G0 Z-53
N80 G1 X20
N90 X24 Z-50
N100 Z-33
N110 X68 Z-20
N120 X84
N130 G2 X90 Z-17
N140 Z2
N150 G0 X18
N160 G42
N170 G70 P70 Q140
N180 G40
N190 G0 X--- Z--- (PONTO DE TROCA)
4. FUNES ESPECIAIS
60
Podemos mudar o ponto de referncia (ponto zero) para uma nova referncia
atravs dos cdigos G54 a G59, normalmente ao longo do eixo Z.
Exemplos:
5. FUNES AUXILIARES
63
As funes auxiliares tem formato M00. Em cada bloco s pode ser programada
apenas uma funo auxiliar.
Funo M00
Aplicao: Parada de programa
Este cdigo causa a parada imediata do programa, refrigerante e eixo rvore.
A funo M00 geralmente usada para que o operador possa virar pea na placa,
medir uma cota, trocar rotao, trocar ferramentas.
Funo M01
Aplicao: Parada opcional de programa
Esta funo causa a interrupo da leitura do programa, porm o operador tem
que acionar a tecla OPTIONAL STOP localizada no painel da mquina.
Neste caso a funo torna-se igual a M00
Usado geralmente em pequenas paradas p/ retirar cavacos da ferramenta e da
pea. Aps a parada pressiona-se o boto CYCLE START e o programa
reiniciado.
Funo M02
Aplicao: Fim de programa
Esta funo usada para indicar o fim do programa e tambm quando trabalha-se
com fita emendada em formato de lao.
Obs: Esta funo no retorna o programa para o incio.
Funo M03
64
6. EXERCCIOS
68
COORDENADAS
ABSOLUTAS
COORDENADAS
INCREMENTAIS
69
70
71
72
73
74
75