Microbiologia Aplicada
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Inhumas - GO 2012
Presidncia da Repblica Federativa do Brasil Ministrio da Educao Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois Este caderno foi elaborado em parceria entre o Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois/IFG-Inhumas e a Universidade Federal de Santa Maria para o Sistema Escola Tcnica Aberta do Brasil Rede e-Tec Brasil.
Equipe de Elaborao Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois/ IFG-Inhumas Reitor Paulo Csar Pereira/IFG-Inhumas Diretor Geral Cleiton Jos da Silva/IFG-Inhumas Coordenao Institucional Daniel Aldo Soares/IFG-Inhumas Coordenador de Curso Rodrigo Cndido Borges/IFG-Inhumas Professor-autor Darlene Ana de Paula Vieira/IFG-Inhumas Nayara Cludia de A. Queiroz Fernandes/IFG-Inhumas Equipe Tcnica Renata Luiza da Costa/IFG-Inhumas Shirley Carmem da Silva/IFG-Inhumas Viviane Margarida Gomes/ IFG-Inhumas Comisso de Acompanhamento e Validao Colgio Tcnico Industrial de Santa Maria/CTISM Coordenador Institucional Paulo Roberto Colusso/CTISM Coordenao Tcnica Iza Neuza Teixeira Bohrer/CTISM Coordenao de Design Erika Goellner/CTISM Reviso Pedaggica Andressa Rosemrie de Menezes Costa/CTISM Francine Netto Martins Tadielo/CTISM Marcia Migliore Freo/CTISM Reviso Textual Eduardo Lehnhart Vargas/CTISM Lourdes Maria Grotto de Moura/CTISM Vera Maria Oliveira/CTISM Reviso Tcnica Josiane Pacheco Menezes/CTISM Ilustrao Marcel Santos Jacques/CTISM Rafael Cavalli Viapiana/CTISM Ricardo Antunes Machado/CTISM Diagramao Gustavo Schwendler/CTISM Leandro Felipe Aguilar Freitas/CTISM Muren Fernandes Massia/CTISM
Ficha catalogrfica elaborada por Maria Aparecida Rodrigues de Souza CRB 1/1497 bibliotecria do IFG Campus Inhumas
Vieira, Darlene Ana de Paula V658m Microbiologia Aplicada / Darlene Ana de Paula Veira, Nayara Cludia de Assuno Queiroz Fernandes. Inhumas: IFG; Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2012. 90 p. : il. Bibliografia. Caderno elaborado em parceria entre o Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois/IFG-Inhumas e a Universidade Federal de Santa Maria para o Sistema Escola Tcnica Aberta do Brasil e-Tec Brasil. 1. Microbiologia Aplicada. 2. Acar Processo de Produo. 3. lcool Processo de Produo. 4. Fernandes, Nayara Cludia de Assuno Queiroz. I. Ttulo. CDD 660.62
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Indicao de cones
Os cones so elementos grficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual. Ateno: indica pontos de maior relevncia no texto.
Saiba mais: oferece novas informaes que enriquecem o assunto ou curiosidades e notcias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossrio: indica a definio de um termo, palavra ou expresso utilizada no texto. Mdias integradas: sempre que se desejar que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mdias: vdeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes nveis de aprendizagem para que o estudante possa realiz-las e conferir o seu domnio do tema estudado.
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Tecnologia da Informtica
Sumrio
Palavra do professor-autor Apresentao da disciplina Projeto instrucional Aula 1 Tcnicas bsicas utilizadas em microbiologia 1.1 Normas de segurana e de conduta em laboratrio 9 11 13 15 15
1.2 Materiais e equipamentos usados em laboratrio de microbiologia 17 1.3 Tcnicas de esterilizao e desinfeco de materiais 20
Aula 2 Importncia da microbiologia no processo de produo 23 2.1 Microbiologia na indstria de acar e lcool 23 2.2 Etapas do processamento industrial da cana-de-acar 24 2.3 Anlises rotineiras durante o processamento 27
Aula 3 Microrganismos relevantes em processos industriais de produo de acar e lcool 31 3.1 Leveduras Saccharomyces 31 3.2 Microrganismos contaminantes 3.3 Antibiticos e bactericidas Aula 4 Meios de cultura 4.1 Classificao dos meios de cultura 4.2 Preparo de meios de cultivo 32 35 39 39 41
Aula 5 Tcnicas de colorao e de contagem microbiolgica 47 5.1 Tcnicas de colorao de microrganismos 47 5.2 Tcnicas bsicas de contagem microbiolgica 49
Aula 6 Mtodos microbiolgicos aplicados produo de lcool 55 6.1 Leveduras 55 6.2 Bactrias 60 6.3 Dextrana em caldo 65 6.4 Delta pH 67
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6.5 Acidez sulfrica 6.6 Nvel de floculao 6.7 Teste de sensibilidade de bactrias a antimicrobianos Aula 7 Microbiologia do acar 7.1 A importncia da microbiologia do acar
67 67 68 73 73
7.2 Principais microrganismos relacionados ao processo de fabricao do acar 74 7.3 Anlises microbiolgicas 79 7.4 Padres internacionais para o controle microbiolgico do acar 85 Referncias Currculo do professor-autor 87 89
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Palavra do professor-autor
Caro aluno! O processo de ensinar e aprender na modalidade de ensino distncia apresenta suas prprias peculiaridades, pressupondo-se uma relao de reciprocidade, na qual o aluno deve participar de forma ativa e dinmica. Este material de estudo representa, portanto, um canal de comunicao elaborado com a finalidade de auxiliar e apontar caminhos para que voc, estudante, possa conduzir seus prprios estudos e construir novos conhecimentos. Nele foram apresentadas informaes bsicas sobre Microbiologia Aplicada e as principais tcnicas voltadas produo de acar e lcool, visando fornecer subsdios para o seu aprendizado e atuao profissional. Cabe voc, como protagonista na construo do seu prprio conhecimento, se empenhar na busca incessante e atualizao das informaes adquiridas, no se atendo somente ao contedo e atividades propostas, mas interagindo e ampliando as idias e conceitos formados. Para isso, voc poder explorar as diferentes mdias propostas no ambiente virtual. Aproveite bem e bons estudos! Um forte abrao. As autoras.
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Apresentao da disciplina
Este caderno de estudos foi elaborado com o intuito de fornecer a voc, estudante, conceitos e tcnicas importantes na rea da Microbiologia Aplicada produo de acar e lcool. Para tornar a exposio dos contedos mais clara e organizada, o material foi dividido em aulas, tratando inicialmente dos princpios bsicos da microbiologia em laboratrio e em seguida das tcnicas especficas aplicadas indstria sucroalcooleira, facilitando assim os seus estudos. A aula 01 fornece noes e regras bsicas de segurana em laboratrio. Apresenta os principais materiais e equipamentos utilizados nesse ambiente de trabalho e as formas de limpeza e desinfeco. Na aula 02 foram apresentadas, resumidamente, as principais etapas do processamento da cana-de-acar. Assim, o estudante poder compreender como a microbiologia pode ser aplicada nos processos de produo de acar e lcool. A aula 03 apresenta os microrganismos comuns ao processo fermentativo e os seus contaminantes. Nela tambm falamos sobre antibiticos e bactericidas, que so utilizados para tratamento das infeces na fermentao. Para que o aluno possa entender melhor cada tcnica a ser utilizada, as aulas 04 e 05 falam sobre meios de cultivo, formas de visualizao e mtodos de contagem de microrganismos, respectivamente. Para concluir, as aulas 06 e 07 tratam especificamente das tcnicas utilizadas para o monitoramento microbiolgico na indstria de acar e lcool, visando garantir a qualidade dos produtos finais.
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AULA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Compreender a importncia das normas de segurana em laboratrio e identific-las. Conhecer os principais materiais utilizados em laboratrio de microbiologia. Compreender a importncia da utilizao de medidas de higiene e limpeza em laboratrio, reconhecendo as principais tcnicas utilizadas. Apresentar noes do processo de produo de acar e lcool. Compreender a importncia e aplicao da microbiologia nas diversas etapas de produo de acar e lcool. Apresentar os microrganismos presentes nos processos de produo de lcool. Identificar os principais contaminantes dos processos fermentativos. Apresentar o uso de antibiticos e bactericidas na fermentao. Definir meios de cultivo e apresentar noes dos principais tipos existentes. Caracterizar os diferentes meios de cultura e a finalidade de cada um. Apresentar o preparo de meios de cultivo importantes utilizados nos processos industriais de produo de lcool e suas aplicaes. Conhecer as principais tcnicas de colorao de microrganismos. Conhecer a tcnica de colorao de Gram e sua aplicao. Conhecer as tcnicas bsicas de contagem microbiolgica.
MATERIAIS
Ambiente virtual: plataforma moodle. Apostila didtica. Recursos de apoio: links, exerccios.
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2. Importncia da microbiologia no processo de produo 3. Microrganismos relevantes em processos industriais de produo de acar e lcool
Ambiente virtual: plataforma moodle. Apostila didtica. Recursos de apoio: links, exerccios. Ambiente virtual: plataforma moodle. Apostila didtica. Recursos de apoio: links, exerccios.
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4. Meios de cultura
Ambiente virtual: plataforma moodle. Apostila didtica. Recursos de apoio: links, exerccios.
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AULA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Conhecer as principais tcnicas de monitoramento microbiolgico no processo industrial de produo de lcool, seus objetivos e aplicaes. Apresentar os principais testes de deteco de bactrias e leveduras contaminantes, testes de sensibilidade de bactrias a antimicrobianos, caracterizao de Bacillus e Lactobacillus, entre outros procedimentos. Conhecer os principais microrganismos contaminantes do acar, suas caractersticas e importncia. Conhecer as principais tcnicas de anlises de bactrias, leveduras e bolores em acar. Apresentar os padres microbiolgicos nacionais e internacionais para qualidade do acar.
MATERIAIS
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7. Microbiologia do acar
Ambiente virtual: plataforma moodle. Apostila didtica. Recursos de apoio: links, exerccios.
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d) Usar obrigatoriamente jaleco no laboratrio, abotoado ou fechado, de maneira a cobrir a maior parte do corpo. e) Lavar cuidadosamente as mos antes e depois do trabalho prtico. f) No levar boca o material de trabalho (lpis, canetas, etc.) e evitar colocar as mos na boca, nos olhos e no nariz. g) Limpar as bancadas de trabalho com lcool a 70% antes e depois do trabalho prtico. h) Usar os equipamentos do laboratrio apenas para seu propsito designado. i) Proteger o cabelo da chama do bico de Bunsen e de contaminao microbiana. j) Nunca pipetar ou sugar diretamente com a boca materiais perigosos, biolgicos, custicos, txicos, radioativos ou cancergenos. Para pipetar, usar pipetadores de borracha ou automticos. k) Transportar os meios de cultura nos suportes prprios. l) Colocar o material contaminado (pipetas, esptulas, lminas e lamnulas) aps a sua utilizao em recipientes prprios contendo desinfetante, para depois ser efetuada a lavagem e esterilizao dos mesmos. m) Relatar imediatamente ao responsvel pelo laboratrio qualquer acidente que provoque leso corporal ou que origine derrame dos microrganismos para fora dos respectivos meios de cultura. n) Aps a quebra de qualquer recipiente contendo microrganismos, cobrir imediatamente o local com soluo desinfetante e toalhas de papel, deixando agir, por no mnimo, 15 minutos. o) No final da atividade, o local de trabalho deve ficar devidamente limpo e arrumado.
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e canho. A parte ptica (Figura 1.1) constituda por fonte de iluminao, lente condensadora ou condensador, boto do condensador, diafragma e pelas lentes oculares e objetivas o conjunto de lentes que permitem a ampliao do objeto. A ampliao dada ao microscpio igual ao produto da ampliao da objetiva pela ampliao da ocular. Devido a estes componentes serem de alta preciso e porque o microscpio um instrumento caro, requer cuidados especiais de transporte, utilizao e manuteno.
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Cmara de Neubauer em microbiologia, comum o uso da cmara de Neubauer, tambm conhecida por lmina hematimtrica ou hemacitmetro. utilizada na contagem de microrganismos visveis ao microscpio ptico, de forma precisa e rpida na quantificao de clulas de leveduras, esporos, bactrias e outras partculas. uma lmina especial de microscopia, mais espessa que uma lmina normal, com marcaes em quadrantes, precisamente divididos em 9 quadrados de 1 mm2 de rea. Como a rea de cada quadrado de 1 mm2, a rea total compreendida pelos 9 quadrados de 9 mm2. Ao se cobrir a lmina com uma lamnula, formado um volume sobre cada quadrado, de 0,1 mm3. O quadrado central dividido em 25 quadrculos de 0,2 mm de lado ou superfcie 0,04 mm2. Estes quadrculos esto subdivididos em 16 retculos de 0,0025 mm2 de superfcie, sendo os quadrculos separados por linhas trplices, chegando-se assim aos 400 retculos. Observando-se ao microscpio, percebe-se que existem trs tipos de quadrantes, com subdivises de tamanhos diferentes, denominados A, B e C, e que juntos formam um quadrado maior (Figura 1.2). O critrio utilizado na escolha do quadrante a ser utilizado na contagem, deve ser o tamanho dos microrganismos que sero quantificados. Assim, microrganismos muito pequenos so contados no quadrante C, os de tamanho intermedirio no quadrante B, enquanto os grandes so contados no quadrante A.
Para saber mais sobre contagem de clulas em cmara de Neubauer, acesse: http://bervieira.sites.uol.com.br/ neubauer.htm
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esterilizao Destruio ou remoo de todas as formas de vida, inclusive esporos, atravs de agentes fsicos ou qumicos. desinfeco Processo que promove a inibio, morte ou remoo de vrios microrganismos, na forma vegetativa, (patognicos ou no) em objetos inanimados, sem eliminar todas as formas de vida.
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Resumo
Nessa aula, estudamos alguns aspectos bsicos envolvidos em um laboratrio de microbiologia, como: as principais normas de conduta e regras de segurana, os materiais e equipamentos utilizados nesse ambiente e as formas de limpeza e desinfeco de materiais. A fixao desses conceitos
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importante para o desenvolvimento de um bom trabalho no laboratrio, minimizando assim os riscos de acidentes e garantindo a eficincia das prticas e de seus resultados.
Atividades de aprendizagem
1. Fale sobre a importncia de se observar normas de conduta no ambiente de trabalho do laboratrio de microbiologia. 2. Cite cinco medidas de segurana a serem seguidas em laboratrio. 3. Cite cinco materiais utilizados em laboratrio e descreva suas aplicaes. 4. Diferencie esterilizao e desinfeco. 5. Quais as formas que o calor pode ser utilizado para esterilizao e desinfeco de materiais? Exemplifique. 6. Qual forma de utilizao do calor pode ser considerada mais eficiente? Explique.
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mosto Lquido apto a ser fermentado. sacarose Dissacardeo (acar) composto por duas molculas de acar simples (glicose + frutose). Basicamente, a sacarose o principal componente da cana-de acar.
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sanitizao Processo que leva reduo dos microrganismos, a nveis seguros, de acordo com os padres de sade pblica (elimina 99,9% das formas vegetativas).
O laboratrio de microbiologia dentro da usina de acar e lcool tem, portanto, um papel fundamental no controle de qualidade, desde a matria-prima at o produto final. Por meio de tcnicas adequadas, possvel minimizar perdas, prever e solucionar eventuais acidentes no processo de fermentao (infeco, morte de leveduras, floculao, etc.), avaliar as caractersticas do fermento utilizado nas dornas, manter a limpeza e sanitizao durante todas as fases de processamento, realizar testes microbiolgicos nos produtos finais (acar e lcool), contribuindo assim para o aumento na qualidade e rendimento do processo industrial.
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Centrifugao a massa cozida segue s centrfugas para a separao do acar. O mel removido coletado e retorna aos cozedores para um maior esgotamento. O acar descarregado das centrfugas apresenta alto teor de umidade (0,5 a 2%) e temperatura elevada (65 a 95C). Secagem os cristais de acar seguem para a secagem por meio de ar quente. Este acar pode ser comercializado desta forma como acar cristal, ou ento, utilizado para a fabricao de outros produtos como o acar invertido, o acar refinado ou o acar lquido.
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Resfriamento processo que visa adequar o caldo tratado ao processo fermentativo por meio da diminuio da sua temperatura. Preparao do caldo a fermentao realizada com o caldo composto de aproximadamente 20% de acar, preparado com caldo (do tratamento), melao (da produo de acar) e gua. Esse caldo deve ser mantido a uma temperatura de, aproximadamente, 30C. Fermentao a fermentao do caldo resultado da ao da levedura, que primeiramente inverte a sacarose em glicose e frutose (monossacardeo) e posteriormente converte o monossacardeo em etanol e dixido de carbono. Essa reao ocorre em uma dorna de fermentao, juntamente com o caldo e a levedura. Centrifugao posteriormente fermentao, o produto resultante centrifugado para separar a levedura do mosto fermentado (vinho), uma soluo de aproximadamente 9% v/v (GL) de etanol. Tratamento da levedura a levedura resultante da centrifugao tratada com cido sulfrico e devolvida s dornas de fermentao para ser novamente utilizada. Destilao o mosto fermentado (vinho) destilado em uma sequncia de colunas de destilao, separando a gua do etanol. Esse processo ocorre basicamente devido s diferenas das temperaturas de ebulio do etanol e da gua.
Assista ao vdeo Acar e lcool (A produo do lcool) em: http://www.unica.com.br/ multimedia/videocast/default. asp?mmdcode=9a64fc42-5ca74d66-95d3-ab2540184a38
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2.3.2 Moagem
As amostras de caldo so coletadas na sada da primeira unidade de caldo e na sada da tubulao do caldo misto na moenda, para avaliao da alterao da carga microbiana durante a permanncia no ptio e tambm na moenda. Mtodos plaqueamento, bactrias totais, microscopia para bastonetes, delta pH.
2.3.4 Resfriamento
A amostra de caldo coletada na tubulao de entrada e sada do trocador de calor caldo/mosto para avaliao da recontaminao do caldo resfriado e mosto. Mtodos plaqueamento, bactrias totais, leveduras totais (sada do trocador de calor).
2.3.6 Fermentao
A amostra pode ser coletada antes da centrifugao para quantificar bactrias e leveduras e avaliar a necessidade da utilizao de produtos para contribuir no controle microbiolgico. Mtodos microscopia para bastonetes, viabilidade celular, brotamento, concentrao celular de leveduras, nvel de floculao.
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1. Lavagem da cana
2. Moagem
3. Tratamento trmico
Plaqueamento Bactrias totais Plaqueamento Bactrias totais Leveduras totais Plaqueamento Bactrias totais Leveduras totais Microscopia p/ bastonetes Viabilidade celular Brotamento Concentr. celular leveduras Nvel de floculao Microscopia p/ bastonetes Viabilidade celular Brotamento Concentr. celular leveduras
2 vezes/semana 2 vezes/semana 2 vezes/semana 2 vezes/semana 2 vezes/semana 1 vez/dia 1 vez/dia 1 vez/dia 25% dornas processadas/dia 1 vez/dia 10% cubas tratadas/dia Delta pH Microscopia p/ bastonetes Bactrias totais Bactrias formadoras de cido Bactrias formadoras de goma Leveduras totais Colorao de Gram
5.2. Mel
5.3. Mosto
gua de diluio gua utilizada para diluir a suspenso de clulas de leveduras obtida por centrifugao.
6. Fermentao
7. Tratamento do fermento
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Resumo
Nessa aula, vimos as principais etapas do processamento da cana-de-acar, relacionadas produo de acar e de lcool. A partir desse conhecimento, entendemos como a microbiologia pode ser aplicada nas diferentes etapas dos processos de produo de acar e lcool, por meio da utilizao de anlises rotineiras no decorrer do processamento. Assim, compreendemos a importncia da microbiologia para a produo de acar e lcool, atravs do controle e monitoramento desde a matria-prima at o produto final.
Atividades de aprendizagem
1. Faa um fluxograma da produo de acar e lcool. 2. Fale sobre a importncia da microbiologia aplicada produo de acar e lcool. 3. Cite trs etapas de produo em que podem ser feitas anlises microbiolgicas e descreva seus objetivos.
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da viscosidade, etc. Contudo, alguns contaminantes podem apresentar efeito contrrio, com bom desempenho fermentativo, podendo ser selecionados para atuarem como as leveduras do processo numa safra posterior. Caso uma levedura isolada no final da safra seja diferente do inculo introduzido no incio, deve-se analisar seus aspectos bioqumicos e microbiolgicos e verificar as caractersticas que permitiram seu predomnio sobre outras populaes.
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bactrias contaminantes presentes no mosto ou nas dornas podem causar fermentaes secundrias, que levam a metablitos que inibem a atividade das leveduras, como os cidos, entre eles o actico, o frmico e o ltico. As bactrias contaminantes alm de serem capazes de competir com a levedura do processo, tm que apresentar caractersticas que lhes permitam crescer em condies de altos teores alcolicos e alta acidez. Entre as espcies de bactrias contaminantes nos processos fermentativos as predominantes so as Gram-positivas, dos gneros Bacillus, Lactobacillus e Leuconostoc. Em determinadas concentraes, essas bactrias levam a uma significativa queda no rendimento alcolico. O gnero Leuconostoc tem um papel importante como contaminante, principalmente na produo do acar. Essa bactria utiliza o acar do caldo para a produo de goma, prejudicando a produo. Algumas bactrias contaminantes do gnero Lactobacillus podem provocar a floculao de leveduras, como, por exemplo, Lactobacillus fermentum, levando a srios problemas operacionais. Isso acontece provavelmente devido presena de uma capa proteica de natureza gelatinosa sobre as bactrias, que possibilitam sua fixao nas clulas de leveduras. Segundo Rosales (1989), apud Angelis (2010), em seu estudo identificou 222 linhagens que foram isoladas na fermentao alcolica, assim distribudas: Grampositivas (75,68%) e Gram-negativas (24,32%). Entre as Gram-positivas esto bastonetes (76,78%): Lactobacillus fermentum, L. brevis, L. canfusus, L. plantarum, entre outros; Bacillus subtilis, B. coagulans, B. megaterium, B. firmus; e Sporolactobacilluscocos sp; e cocos (23,21%): Leuconostoc, Micrococos e Staphylococcus. Entre as Gram-negativas esto Acetobacter, Xantobacter, Pseudomonas, Acinetobacter e Enterobacter.
Figura 3.2: Leveduras sadias (do lado direito) e leveduras com bactrias contaminantes (do lado esquerdo)
Fonte: http://microbio-vocesabia.blogspot.com/2009_12_01_archive.html
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antissptico Produto que promove a desinfeco em tecidos vivos seja inibindo ou matando os microrganismos.
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e colocado em dornas sem cuidados para manter o ambiente livre de microrganismos. Os antisspticos e antibiticos so utilizados para o controle da contaminao, criando ambiente favorvel ao desenvolvimento das leveduras. O cido sulfrico que se adiciona aos mostos o antissptico mais utilizado. Os bactericidas so empregados, em muitos casos, preventivamente. Os antibiticos, especialmente penicilinas, devido ao preo mais elevado, so aplicados em algumas usinas, de maneira corretiva. A penicilina um bom inibidor de contaminaes, devido s suas propriedades bacteriostticas. Ela um bom inibidor de contaminaes, com emprego de 500 a 1000 U.I. por litro de mosto, normalmente implicando em aumento de rendimento em lcool. Cada processo apresenta necessidades especficas, existem tambm culturas e hbitos diferenciados, que definem o uso, ou no de determinado produto. Segundo Lima et al. (2001), antisspticos (exceto o cido sulfrico) tm uso restrito, pois existe possibilidade de deixar resduos nos destilados. Observaes O uso do processo Melle-Boinot, com tratamento cido do fermento, centrfugas eficientes, caldo tratado termicamente, alm de resfriamento mais eficiente de dornas leva a uma substancial reduo na relao contaminante/ levedura. Nestas condies, embora possa haver acidente de fermentao, difcil em termos tcnicos e econmicos, justificar o uso continuado de antibiticos. Leveduras < 108 cel/mL e contaminantes > 106, pode-se usar antibitico.
Fonte: http://www.scribd.com/doc/22805555/Unidade-VII-Fermentacao-Alcoolica
Resumo
Vimos nesta aula os microrganismos que so comuns ao processo fermentativo, como as leveduras do gnero Saccharomyces. Aprendemos sobre os principais contaminantes envolvidos, entre os quais temos leveduras selvagens e bactrias. Vimos que a presena desses contaminantes durante a fermentao bastante prejudicial ao processo, j que eles interferem na produo, rendimento e produtividade. Diante desse problema, aprendemos que o uso de antibiticos e bactericidas tem se mostrado uma alternativa eficiente para o tratamento das infeces na fermentao.
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Atividades de aprendizagem
1. Quais so os microrganismos geralmente introduzidos em usinas de produo de lcool para iniciar o processo fermentativo? Quais so as vantagens apresentadas por esses microrganismos? 2. O que so microrganismos contaminantes? 3. Cite os principais microrganismos contaminantes e as consequncias para o processo fermentativo. 4. Como podem ser combatidos os microrganismos contaminantes?
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Basal s possui os nutrientes bsicos para o crescimento dos microrganismos em geral. De enriquecimento suplementado com nutrientes especficos para o microrganismo que se deseja pesquisar. Alm disso, pode apresentar agentes inibidores de determinados microrganismos, mas no permite o seu isolamento, pois um meio lquido. Seletivo possui agentes inibidores de determinados microrganismos. Permite a identificao e isolamento, pois um meio slido (permite a visualizao de UFCs). Diferencial permite a diferenciao de uma espcie e outra pelo aspecto macroscpico de seu crescimento, como cor, textura, halo de hemlise, etc. Sinttico ou quimicamente definido so aqueles fabricados em laboratrio, cuja composio qumica pode ser absolutamente conhecida, at mesmo em relao aos micronutrientes. Complexo quando a composio no pode ser quimicamente conhecida, os meios de cultura so chamados complexos. De transporte so aqueles utilizados para o armazenamento e manuteno temporria de determinado material, cuja principal funo manter a viabilidade dos possveis microrganismos presentes. Inoculao a transferncia de um determinado nmero de microrganismos para um meio de cultura a fim de que estes se desenvolvam e permitam a sua identificao. A inoculao em diferentes meios envolve vrias tcnicas de semeadura.
Assista as animaes e saiba mais sobre tcnicas asspticas de inoculao de microrganismos e obteno de culturas puras em: http://www.e-escola.pt/pagina_ popup.asp?id=913 http://www.e-escola.pt/topico. asp?id=310
As tcnicas de semeadura so o mtodo pelo qual se transfere inculos de um meio de cultura ou material a ser analisado para um outro meio de cultura. Para garantir que apenas o microrganismo desejado seja semeado, so utilizadas as tcnicas asspticas (procedimentos que devem ser adotados visando a no contaminao de materiais, meios e culturas, para obteno de culturas puras).
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Para a contagem de bactrias em geral, vrios meios de cultivos podem ser utilizados, como: gar-nutriente, dextrose-triptona gar, gar-leite desnatado, gar-suco de tomate, MRS-gar, etc. J para a contagem de leveduras, os meios mais comumente utilizados so: extrato de levedura-peptona-dextrose-gar, extrato de malte e gar-batata-dextrose. A maior parte dos meios de cultura est disponvel comercialmente na forma desidratada e para seu uso, faz-se a dissoluo em gua e esterilizao. Os meios de cultura diferenciais ou seletivos para isolamento e quantificao de populaes de leveduras contaminantes baseiam-se em caractersticas fisiolgicas comuns s leveduras selvagens, mas ausentes em linhagens iniciadoras do processo da fermentao. Dentre essas, destacam-se as nutricionais (variaes nas fontes de carbono, nitrognio e nos fatores de crescimento) e resistncia a certos compostos como antibiticos e corantes. Entretanto, um nico meio no totalmente satisfatrio para a avaliao de todas as leveduras presentes, sendo, portanto necessrio o emprego de vrios tipos de meios quando se pretende detectar a maioria das leveduras presentes.
Na contagem de leveduras totais, o meio WLN (Tabela 4.2) um dos meios de cultivo mais indicados, porm importante considerar que os ingredientes assinalados com asterisco devem ser incorporados ao meio na forma de solues previamente preparadas.
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Para a enumerao e o isolamento de leveduras resistentes cicloheximida, recomenda-se o meio de cultivo WLD (WL Differential Agar) que obtido por adio do agente antifngico cicloheximida, na forma de soluo, ao meio WLN, para uma concentrao final de 5 ppm. Para a enumerao e o isolamento de bactrias produtoras de cido (Pour Plate) recomenda-se o meio de cultivo para Lactobacillus (Tabela 4.3).
Tabela 4.3: Meio para Lactobacillus MRS (seg. Man. Rogosa y Sharpe) modificado
Peptona universal Extrato de carne Extrato de levedura D glucose
+
10,0 g 5,0 g 5,0 g 20,0 g 2,0 g 1,0 g 5,0 g 0,1 g 0,05 g 12,0 g 1000 ml
Di-potssio hidrogenado fosfato Polioxietilensorbitan monooleato (Tween 80) Acetato sdio Sulfato magnsio Sulfato mangans gar gua destilada Fonte: Mello, 2004
Para a enumerao e o isolamento de bactrias produtoras de goma (por superfcie), recomenda-se o meio de cultivo para Leuconostoc (Tabela 4.4).
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Para a enumerao e o isolamento de leveduras no pertencente ao gnero Saccharomyces, recomenda-se o meio de cultivo de Lisina (Tabela 4.5).
Tabela 4.5: Meio de Lisina
Bacto yeast carbon base Lisina gar cido nalidxico Ampicilina gua destilada q.s.q. Fonte: Ceccato-Antonini, 2004 1,17 mg 0,10 g 2,0 g 5,0 mg 5,0 mg 100 ml
Observao Os antibiticos sero incorporados ao meio na forma de solues. Para a enumerao e o isolamento de leveduras selvagens do gnero Saccharomyces, recomenda-se o meio de cultivo LWYN (Tabela 4.6).
Tabela 4.6: LWYN (Lin Wild Yeast Medium)
Extrato de malte Extrato de levedura Peptona Glicose Fosfato de potssio bibsico Cloreto de amnio gar Violeta cristal* Mistura fucsina-sulfito cido nalidxico* Ampicilina* gua destilada q.s.q. Fonte: Ceccato-Antonini, 2004 0,20 g 0,40 g 0,20 g 1,00 g 0,10 g 0,05 g 2,00 g 0,6 mg 0,01 g 5,0 mg 5,0 mg 100 ml
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Observao Os ingredientes assinalados com asterisco sero incorporados ao meio na forma de solues. A mistura fucsina-sulfito composta de 1 parte, em peso, de dextrina, 4 partes de fucsina bsica e 25 partes de sulfito de sdio anidro. Para a enumerao e o isolamento de bactrias recomenda-se o meio de cultivo gar nutriente (Tabela 4.7).
Tabela 4.7: gar nutriente
Peptona Extrato de carne Cloreto de sdio gar gua destilada q.s.q. Fonte: Ceccato-Antonini, 2004 5g 3g 1g 20 g 1000 ml
Para a contagem de bactrias totais na fermentao (Pour Plate) recomenda-se o meio de cultura MSS (Tabela 4.8).
Tabela 4.8: MSS (meio de melao-sacarose-extrato de levedura)
Melao Sacarose Peptona Extrato de levedura K2HPO4 9(NH4)2SO4 Agar gua destilada Fonte: Mello, 2004 50,0 g 75,0 g 1,0 g 1,0 g 1,0 g 1,0 g 15,0 g 1000 ml
Importante Todos os meios de cultura devem ser esterilizados em autoclave a 120C por 20 minutos, a 1 atm.
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Resumo
Nessa aula, aprendemos sobre meios de cultura. Vimos que estes podem apresentar uma grande variao, quanto ao estado fsico e quanto sua composio, de acordo com a necessidade dos microrganismos e os objetivos a que se destinam. Para se obter resultados seguros e eficientes quando se trabalha com meios de cultura importante observar tcnicas asspticas de inoculao e semeadura. Por fim, estudamos o preparo de meios de cultivo importantes utilizados nos processos industriais de produo de lcool e suas respectivas aplicaes.
Atividades de aprendizagem
1. O que so meios de cultivo? 2. Quanto ao estado fsico, como os meios de cultura podem ser divididos? 3. Quanto composio e aos objetivos a que se destinam, cite trs exemplos de meios de cultura. 4. Preencha as lacunas de acordo com o meio de cultivo adequado: a) Meio de Lisina. b) PCA Plate Count Agar. c) Meio para Leuconostoc. d) WLN. (__) Meio de cultivo para isolamento de leveduras no pertencentes ao gnero Saccharomyces. (__) Meio de cultivo para contagem de leveduras totais. (__) Meio de cultivo para bactrias produtoras de goma (por superfcie). (__) Meio de cultivo utilizado na contagem de bactrias totais.
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c) Coloraes especiais so aquelas utilizadas para corar e identificar partes ou estruturas especficas das bactrias, como: esporo, cpsula, flagelo, grnulos, e outras estruturas. Exemplo: na colorao de Fontana-Tribondeau emprega-se o espessamento de bactrias espiraladas com prata.
A colorao de Gram um mtodo muito utilizado na identificao de bactrias, separando-as em dois grandes grupos: bactrias Gram-positivas (+) e bactrias Gram-negativas (-). Estas podem ser diferenciadas por variaes na estrutura da parede celular. Assim a parede celular de bactrias ditas Gram (+) formada por um camada espessa de peptidoglicano, enquanto que a parede celular de bactrias Gram (-) formada por uma camada fina de peptidoglicano, rodeada por uma camada externa de lipopolissacardeo e protena. um mtodo de colorao diferencial, baseado nas diferenas de permeabilidade destas membranas aos reagentes qumicos. Nessa tcnica so utilizados um corante primrio (cristal violeta), um contracorante (safranina) e uma soluo de lugol, denominada de mordente, pois se combina com o cristal-violeta para formar um composto colorido insolvel. O mordente intensifica a cor por ser capaz de aumentar a afinidade do corante com a molcula alvo. Aps a formao do complexo cristal-violeta-lugol feita a descolorizao com lcool. Em seguida, aplica-se o contracorante safranina. As clulas que resistem descolorizao e retm o complexo cristal-violetalugol, apresentam-se coradas de azul-violeta forte e so chamadas Grampositivas (+). Aquelas que se descolorizam pela perda do complexo, aceitam o corante safranina e ficam vermelhas, so as denominadas Gram-negativas (-).
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Assista a animao e saiba mais sobre a tcnica de contagem de viveis utilizando o mtodo das diluies sucessivas em: http://www.e-escola.pt/topico. asp?id=235&ordem=3
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c) Semeadura em profundidade ou Pour Plate depois de preparadas as diluies, estas so inoculadas em quantidades de 0,1 ou 1,0 ml em placas de Petri estreis, utilizando-se duas placas para cada diluio. Aps colocar o material (amostra em estudo) na placa, agrega-se de 10 a 15 ml do meio de cultura fundido e resfriado a temperatura de 45C, agitando-se em movimentos rotativos. As placas assim preparadas devem ser incubadas a temperatura e condies recomendadas, devendo ser colocadas em posio invertida na estufa. Aps incubao realizar a contagem, utilizando contador de colnias. d) Semeadura em superfcie aps preparar as placas com meio de cultura (15 ml) e uma vez preparadas as diluies escolhidas semeia-se 0,1 ml de cada uma das diluies, utilizando-se tambm duas placas por cada diluio. Distribuir toda alquota semeada com uma ala de Drigalski. Levar incubao nas mesmas condies descritas acima.
A seguir veja o Quadro 5.1 contendo as regras para interpretar a contagem de colnias:
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Mdia aritmtica X = 48
Relao 10-3/10-2 35000/25000 = Se < que 2, tomar a mdia Relao 10-3/10-2 38000/15000 = Se > que 2, tomar o nmero maior X=1 Mdia aritmtica 180 X 4 = 720 160 X 4 = 640 X = 680 > 200 em 8 = 1600
Contagem standard em placa: 30 x 103 Contagem standard em placa: 15 x 103 Contagem estimada em placa: < 1 x 101 Contagem estimada em placa: 68 x 104 Contagem estimada em placa: > 16 x 105 Presena de colnias disseminadas: 15 x 103
4. No tem colnias nas placas da suspenso mais concentrada. 5. Duas placas da diluio mais alta apresentam mais de 300 colnias. Dividir as placas de forma radial (2, 4, 8) e contar o nmero de colnias por seco. 6. Presena de colnias disseminadas em uma rea menor que a metade da placa. Contar a outra metade.
Diluio 10-1 Placa 1 = < 1 Placa 2 = < 1 a) Diluio 10-3 Placa 1 = 180 em 1/4 Placa 2 = 160 em 1/4
Resumo
Estudamos nessa aula sobre as tcnicas de colorao de microrganismos, que so utilizadas com o propsito de visualiz-los e identificar as suas propriedades. Vimos os principais tipos de colorao existentes, dando nfase colorao de Gram e sua aplicao. Aprendemos ainda algumas tcnicas de contagem de microrganismos, frequentemente empregadas para acompanhar e quantificar o crescimento de populaes microbianas, como a contagem direta e a contagem em placas.
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Atividades de aprendizagem
1. Quais os tipos de colorao existentes? 2. Para qual finalidade a colorao de Gram utilizada? 3. Descreva resumidamente a tcnica de colorao de Gram. 4. Aps ter acessado o texto sobre contagem direta ao microscpio, discorra sobre as limitaes desse mtodo. 5. Qual o objetivo de proceder s diluies sucessivas na tcnica de contagem de viveis?
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6.1 Leveduras
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em escala industrial. A presena de lcoois superiores (n-butanol, isoamlico), cidos graxos e seus steres mesmo em baixas concentraes, juntamente com o etanol, intoxicam a clula da levedura levando-a morte e consequentemente diminuindo a viabilidade celular. Portanto, a determinao da viabilidade celular um aspecto de grande importncia no controle da fermentao alcolica, pois pode indicar se o desempenho do processo ser satisfatrio ou no. Quanto maior esse nmero, melhor ser o desempenho. Os mtodos mais empregados na determinao da viabilidade celular nos processos de produo de levedura (fermento prensado) e fermentao alcolica (lcool) so a colorao das clulas da levedura com azul de metileno ou eritrosina e o cultivo por plaqueamento.
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Objetivo determinar a viabilidade celular, o brotamento e a populao de leveduras. Material cmara de Neubauer, pipeta de Pasteur, pipetas graduadas de 1ml, tubos de ensaio, agitador para tubos, lamnulas (24 x 24), microscpio. Reagentes azul de metileno ou eritrosina, soluo tampo, gua destilada esterilizada. Procedimento fazer a diluio da amostra, se necessrio, em um tubo de ensaio (1:10, 1:15, 1:20, 1:40) conforme o caso especfico de cada unidade. Misturar partes iguais de amostra e soluo corante, homogeneizando a mistura em agitador de tubos. Em seguida, preparar a cmara de Neubauer, fixando a lamnula adequada e com auxlio da pipeta de Pasteur, transferir um pequeno volume da amostra preparada. Levar ao microscpio ptico e com a objetiva de 40x, fazer a contagem das clulas coradas, clulas no coradas e brotos. Contar 10 quadrculos de 2 colunas, de preferncia, a segunda e a quarta. Considerar todas as clulas que esto no interior deles e as que esto at 2/3 para dentro. A diluio feita de modo que se tenha de 40 a 50 clulas por quadrculo. Observao considerar como broto as clulas menores que a metade do tamanho da clula me. Clculos Viabilidade (%) = (nmero de clulas no coradas (vivas) / nmero total de clulas) x 100 N total de clulas/ml = n clulas nos 10 campos x 2,5 x diluio x 100 ou N total de clulas/ml = n clulas nos 100 retculos x 4 x diluio x 100 Brotamento por reposio (%) = (n brotos no corados / n total de clulas no coradas) x 100
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cao e a seguir, pipetar 0,1 ml espalhando o inculo com auxlio da ala de Drigalsky (plaqueamento em superfcie). Fazer a contagem de cada placa e para estimar o nmero de colnias, escolher as placas que apresentem de 30 a 300 colnias. Calcular a mdia das colnias das duas placas e multiplicar pelo fator de diluio para se obter o nmero de colnias. Se for utilizado o plaqueamento em superfcie, multiplicar por 10. Clculo N de colnias na placa x ndice de diluio da amostra = n de UFCs de leveduras/ml A contagem deve ser expressa em nmero de unidades formadoras de colnias por mililitro ou grama de amostra (UFC/mL ou UFC/g) e o resultado expresso em apenas dois dgitos (Exemplo: 0,0 x 10x).
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ml com soluo salina estril. Aps a recomposio do volume inicial, fazer a diluio em srie das amostras. Utilizar o plaqueamento em duplicata para duas diluies, de cada amostra, em cada um dos meios a serem analisados: WLN diluies 10-7 e 10-8. WLD plaqueamento direto e 10-1. Lisina gar plaqueamento direto e 10-1. LWYN plaqueamento direto e 10-1. Utilizar a tcnica de espalhamento de 0,1 ml da suspenso de clulas em superfcie e incubar as placas a 28C por 72 horas. Realizar as contagens das colnias.
6.2 Bactrias
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como coletada. As amostras de vinho e de levedo devem ser previamente diludas para que a visualizao ao microscpio no apresente mais que 3 a 5 bastonetes por campo. Misturar em tubo de ensaio partes iguais de corante azul de metileno/sulfato azul de nilo e da amostra a ser analisada e homogeneiz-los em agitador para tubos. Transferir 0,003 ml dessa mistura para uma lmina de vidro, colocando sobre essa uma lamnula, sem formar bolhas. Aps o preparo da lmina, observar ao microscpio ptico com a objetiva de imerso (100x) e fazer a contagem dos bastonetes no corados (vivos). As clulas viveis aparecero incolores e as no viveis coloridas de azul intenso. O nmero mnimo de campos a serem contados depende da amostra analisada, variando de 50 a 100. Exemplos: Caldo primrio e misto = 70 campos. Caldo clarificado e mosto = 100 campos. Vinho e levedo tratado = 50 campos.
Clculo N bastonetes/ml = FM x 1 / volume da amostra x M x D Onde: FM = fator do microscpio (rea preparao da lamnula / rea do campo do microscpio) M = total de bactrias vivas / n campos contados D = diluio usada
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O mtodo de contagem de bactrias por plaqueamento o mesmo usado para as leveduras. Pode ser utilizado para qualquer amostra, como: mosto, vinho, leite de leveduras turbinado e tratado (concentrado de leveduras obtido aps centrifugao), gua, etc., modificando-se apenas as diluies, que variam de acordo com o material analisado e seu ndice de contaminao.
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Observao Essa tcnica no se aplica a microrganismos que sofreram danos fsicos na membrana (ao do calor). As clulas jovens tm maior afinidade pelos corantes, por isso recomendvel utilizar cultivos de 18 a 24 horas para obteno de melhores resultados.
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novamente e deixar secar. Observar ao microscpio. As clulas vegetativas so visualizadas em vermelho e os esporos em verde.
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Objetivo obteno de um parmetro a ser usado na avaliao da qualidade da matria-prima. Material pipetas (1 ml,10 ml, 25 ml); bquer (100 ml); bales volumtricos (25 ml e 100 ml); tubos de ensaio; funil com filtro de vidro sintetizado (3D4); espectrofotmetro; bureta (5 ml); centrfuga; tubos de centrfuga; papel de filtro; banho-maria. Reagentes dextrana; cido tricloroactico a 10%; etanol absoluto; etanol a 80%; NaOH 2,5N (saturada com Na2SO4); reagente alcalino cprico; H2SO4 (2N); fenol 5%; H2SO4 concentrado. Procedimento transferir 1 ml de soluo de NaOH (2,5N) (saturada com Na2SO4) para tubo de centrfuga. Adicionar 5 ml de soluo problema. Adicionar 1 ml do reagente alcalino cprico - soluo de trabalho. Deixar em gua fervente por 5 minutos. Esfriar. Centrifugar a 5.000 rpm por 20 minutos. Desprezar o sobrenadante. Adicionar 7 ml da soluo de lavagem, suspender e agitar o precipitado. Centrifugar novamente. Desprezar o sobrenadante, inverter os tubos e deixar cinco minutos gotejando. Dissolver o precipitado com 2 ml de H2SO4 (2N) e transferir para balo de 25 ml. Lavar com mais 2 ml de H2SO4 (2N) e depois com gua at 25 ml. Agitar. Transferir 2 ml para tubos de ensaios padronizados. Adicionar 1 ml de soluo de fenol 5%. Adicionar 5 ml de H2SO4 concentrado, devendo ser colocado rapidamente e no centro da soluo. Usar bureta com ponta raspada. Colocar os tubos em banho-maria fervente durante 2 minutos. Esfriar. Fazer a leitura a 485 nm (filtro 50). Observao usar 2 ml de padro de trabalho e 2 ml de gua destilada como prova em branco. Preparo do padro de trabalho deixar a dextrana, no mnimo, uma semana em dessecador a vcuo. Pesar uma quantidade de dextrana que contenha 250 mg de dextrana pura e dissolver em gua at 100 ml (soluo estoque). Diluir 10 ml a 250 ml com gua destilada obtendo-se o padro de trabalho que deve conter 0,02 mg/ml. Clculo ppm de dextrana = 400 x (La-Lb)/(Lp-Lb) Onde: La = leitura da amostra Lb = leitura do branco Lp = leitura do padro
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6.4 Delta pH
Objetivo determinao da atividade microbiana (produo de cidos) em caldos e mosto. Material bquer de 250 ml; proveta de 100 ml; banho-maria ou estufa; bureta; pHmetro. Reagentes NaOH (1N); H3PO4 (1N). Procedimento coletar amostra de caldo (primrio, misto, mosto) e filtrar, se necessrio. Transferir 100 ml para um bquer e ajustar o pH para 5,5 (pH inicial, com NaOH (1N) ou H3PO4 (1N)). Incubar a 37C por 4 horas em banho-maria ou estufa. Determinar o pH aps incubao (pH final). Clculo Delta pH = pH inicial - pH final
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6.7.1.2 Procedimento
Preparar 4 Erlenmeyers de 250 ml, da seguinte forma: a) Erlenmeyer 1 Testemunha colocar 70 ml de mosto de alimentao + 30 ml de vinho bruto + 1 ml da soluo-estoque de actidiona. b) Erlenmeyer 2 Tratamento HJ 3 ppm (HJ) colocar 70 ml de mosto de alimentao + 30 ml de vinho bruto + 1 ml da soluo-estoque de actidiona + 3 ml da soluo-estoque de HJ (= 3 ppm). c) Erlenmeyer 3 Tratamento virginiamicina 3 ppm (V) colocar 70 ml de mosto de alimentao + 30 ml de vinho bruto + 1 ml da soluo-estoque de actidiona + 3 ml da soluo-estoque de virginiamicina (= 3 ppm). d) Erlenmeyer 4 Tratamento penicilina (5 ppm) (P) colocar 70 ml de mosto de alimentao + 30 ml de vinho bruto + 1 ml da soluo-estoque e de actidiona + 5 ml da soluo-estoque de penicilina (= 5 ppm).
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Assim, temos:
Em seguida, retirar 20 ml de cada Erlenmeyer para determinar a acidez inicial e, imediatamente incub-los em estufa a 35C por, aproximadamente, 6 horas. Aps esse perodo, retirar os Erlenmeyers da estufa e novamente determinar a acidez (acidez final).
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6.7.2 absorbncia
Material e equipamentos tubos de ensaio com tampa rosquevel; suporte para tubos de ensaio; pipetas esterilizadas de 2 ml e 10 ml; bquer; estufa de esterilizao; estufa incubadora; autoclave ou similar; aquecedor com agitao; espectrofotmetro. Meio de cultivo YEPD. Reagentes e produtos a serem testados actdiona 10 ppm; KAMORAN; KAMORAN WP; CORSTAN; HJ GOLD; SPECTRAN 100E; TOP MIX; VIP-QR. Preparo do inculo adicionar a um tubo contendo 9 ml de meio de cultivo YEPD esterilizado, 1 ml da amostra (vinho bruto coletado das dornas) a ser testada. Incub-la por 24 horas a 35C. Observao manter o bico de Bunsen aceso sobre a bancada de trabalho, por 30 minutos antes do incio do teste e durante o mesmo. Procedimento adicionar assepticamente 2 gotas de soluo de actidiona a 10 ppm (inibidor de leveduras) em tubos de ensaio contendo 9,7 ml de meio de cultivo YEPD esterilizado. Utilizar 2 tubos (A e B) para cada concentrao de cada antibitico a ser testado, um tubo para prova em branco e outro para calibrao do aparelho. Identificar os tubos. Adicionar nos tubos A e prova em branco 0,3 ml do inculo obtido anteriormente. Os tubos B para calibrao no sero inoculados. Dosar os produtos a serem testados nos tubos identificados como A e B. Agitar os tubos. Efetuar a leitura inicial da absorbncia, de todos os tubos, a 520 nm em espectofotmetro imediatamente aps a dosagem dos produtos, usando para calibrao do aparelho o tubo reservado para tal (YEPD esterilizado). Incubar os tubos a 35C por 6 horas. Efetuar a leitura final de todos os tubos nas mesmas condies em que a leitura inicial foi obtida.
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Resultado absorbncia = absorbncia final (tubo Ax) absorbncia inicial (tubo Ax). O produto que, comparativamente e nas mesmas condies de teste, apresentar a menor absorbncia, ser considerado o mais eficiente frente aos contaminantes testados. Observao o absorbncia obtido pelas leituras dos tubos B (sem inculo) deve ser o mais prximo de zero possvel. Se isso no ocorrer, deve-se recorrer a outra metodologia para o teste, pois a interferncia dos prprios produtos testados nos valores de absorbncia invalida o teste.
Resumo
Nessa aula, conhecemos as principais tcnicas de monitoramento microbiolgico empregadas no processo industrial de produo de lcool. Entre elas, aprendemos mtodos aplicados ao controle da viabilidade celular, concentrao celular e brotamento em leveduras, identificao de bactrias e de leveduras contaminantes, com seus objetivos e procedimentos especficos, alm da caracterizao de Bacillus e Lactobacillus, contaminantes de grande incidncia nos processos de produo. Vimos tambm testes de sensibilidade de bactrias a antimicrobianos, que so teis para evitar a resistncia adquirida por bactrias a determinados antibiticos, possibilitando o uso racional desses medicamentos na indstria sucroalcooleira.
Atividades de aprendizagem
1. Defina viabilidade celular, brotamento e concentrao de leveduras. 2. Com base nos dados abaixo, calcule a viabilidade celular, a porcentagem de brotamento e a populao de leveduras: Total de clulas vivas = 500 Total de clulas mortas = 50 Total de brotamentos vivos = 30 Diluio = 1:20
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3. Explique por que a determinao da viabilidade celular um parmetro importante para o controle do processo fermentativo. 4. Quais as tcnicas utilizadas para determinar a viabilidade celular? 5. Considerando-se a tcnica de Pour Plate, determine o nmero de clulas de levedura/ml (expresse em UFC/ml): Diluio = 1/10.000 N colnias = 32 6. Como possvel fazer a deteco de leveduras selvagens? Explique. 7. Calcule o n bastonetes/ml da seguinte amostra: N campos = 60 Diluio da amostra = 1:2 FM = 14017,9 Volume da amostra = 0,002 ml N bastonetes contados = 263 8. A tcnica da colorao de Gram no pode ser feita em microrganismos que tiveram suas membranas danificadas fisicamente. Explique por qu. 9. Aps a realizao dos testes de colorao de Gram, deteco de esporos, motilidade e catalase para proceder caracterizao dos gneros Bacillus e Lactobacillus, como essas bactrias podem ser diferenciadas?
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7.2.7 Salmonellas
So enterobactrias, Gram-negativas, no esporuladas. Tambm fazem parte das enterobactrias patognicas, causadoras de problemas gastrointestionais para o homem e animais. A via direta de entrada so os alimentos e as amostras de acar que apresentam esse microrganismo, estando fora dos padres microbiolgicos.
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7.3.3.1 Contagem de esporos de bactrias termfilas anaerbias totais e flat-sour (acidez plana)
Aps o choque trmico, distribuir 2 ml da amostra em cada uma das 5 placas de Petri. Em seguida adicionar o meio de cultura (glicose-triptona-gar), homogeneizar, solidificar e incubar em estufa temperatura de 55C por 48 horas. As colnias de bactrias produtoras de flat-sour so circundadas por um halo amarelo, que pode desaparecer aps a retirada das placas da estufa. Por isso, proceder a contagem logo aps a retirada e expressar o resultado em nmero de esporos termfilos flat-sour por 10 gramas de acar, multiplicando o total por 5.
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7.3.3.2 Contagem de esporos de bactrias termfilas anaerbias produtoras de gs (no produtores de H2S)
Aps choque trmico, distribuir 20 ml em 6 tubos de ensaios (3,3 ml/tubo) contendo 20 ml do meio de fgado (Liver Broth) aquecidos a 55C. Vedar os tubos com uma camada de parafina, mergulhando os tubos em gua para solidificar. Incub-los em anaerobiose a 55C por 72 horas. Aps esse perodo, realizar as contagens dos tubos positivos, isto , aqueles que apresentarem deslocamento da parafina para cima, indicando o crescimento das bactrias termfilas presentes. Os resultados desse teste so apenas qualitativos, no podendo ser expressos em nmeros.
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Flat-sour
50 esp/10 g
Salmonella sp ausente/ 25 g
50 UFC/g
200 UFC/10 g
20 UFC/10 g 10 UFC/10 g
50 esp/10 g
5 esp/10 g
Resumo
Vimos nesta aula sobre os principais microrganismos contaminantes do acar. Entre eles esto bactrias, fungos e leveduras, cujo monitoramento e deteco so de grande importncia para a manuteno da qualidade do produto. As medidas de qualidade devem ser implantadas em todas as etapas de processamento do acar, a fim de minimizar os problemas e proporcionar a fabricao de produtos que atendam aos padres internacionais de qualidade. Para isso aprendemos as principais caractersticas dos contaminantes e as anlises microbiolgicas respectivas para o devido controle.
Atividades de aprendizagem
1. Preencha as lacunas de acordo com as caractersticas dos principais contaminantes do acar: a) Bactrias de deteriorao sulfdrica. b) Termfilas produtoras de gs. c) Bactrias produtoras flat-sour.
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d) Salmonellas. e) Staphilococcus aureus. f) Mesfilos aerbios totais. ( ) Elas promovem a acidificao dos produtos, por meio da reduo do pH, sem haver produo de gs. ( ) So enterobactrias, Gram-negativas, no esporuladas. Tambm fazem parte das enterobactrias patognicas. ( ) So bastonetes Gram-positivos, esporulados aerbios e anaerbios facultativos, representados especialmente por bactrias do gnero Bacillus. ( ) Bactrias Gram-positivas, encontrados em cavidades nasais, garganta e trato intestinal. ( ) So bactrias que promovem deteriorao em alimentos enlatados de baixa acidez, com odor caracterstico semelhante a ovo podre. ( ) A espcie mais importante Clostridium thermosaccharolyticum. 2. Por que deve ser feito o controle microbiolgico do acar? 3. Como podem ser caracterizadas as colnias de bactrias produtoras de flat-sour? 4. Na contagem de esporos de bactrias no produtoras de H2S, qual a funo da parafina? Explique.
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Microbiologia Aplicada
Referncias
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Currculo do professor-autor
Darlene Ana de Paula Vieira Professora do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois IFGois, atuando na rea biolgica. Formada em biologia pela Pontifcia Universidade Catlica de Gois (1998), com mestrado em Biologia pela Universidade Federal de Gois (2006). Acumulou experincia profissional de mais de 14 anos na rea de educao, iniciou as suas atividades profissionais em 1994, como professora da rede estadual de educao. Nayara Cludia de Assuno Queiroz Fernandes atua como Tcnica em Laboratrio de Cincias no Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois. Possui graduao em Farmcia pela Universidade Federal de Gois (2005), com especializao em Cincias Biolgicas pelas Faculdades Integradas de Jacarepagu (2009). Acumulou experincia profissional na rea de Farmcia Clnica, com aperfeioamento em Farmacologia Clnica pelo Instituto de Ensino Ethosfharma (2006).
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