Técnico em Agroindústria Introdução A Agroindústria 3
Técnico em Agroindústria Introdução A Agroindústria 3
Técnico em Agroindústria Introdução A Agroindústria 3
Introduo a Agroindstria
Cristiane Brauer Zaicovski
Pelotas-RS 2012
Campus Pelotas - Visconde da Graa Este Caderno foi elaborado em parceria entre o Campus Pelotas - Visconde da Graa e o Sistema Escola Tcnica Aberta do Brasil e-Tec Brasil.
Equipe de Elaborao Campus Pelotas - Visconde da Graa - CAVG Coordenao Institucional Cinara Ourique do Nascimento/CAVG Professor-autor Cristiane Brauer Zaicovski/CAVG Projeto Grfico Eduardo Meneses Fbio Brumana Equipe Tcnica Maria Isabel Giusti Moreira/CAVG Pablo Brauner Viegas/CAVG Rodrigo da Cruz Casalinho/CAVG Diagramao Maria Isabel Giusti Moreira/CAVG Reviso Cristiane Silveira dos Santos/CAVG Marisa Teresinha Pereira Neto Cancela/CAVG
Ficha catalogrfica
O resultado desse Edital contemplou193 escolas em 20 unidades federativas. A perspectiva do Programa que sejam ofertadas10.000 vagas, em 250 polos, at 2010. Assim, a modalidade de Educao a Distncia oferece nova interface para amais expressiva expanso da rede federal de educao tecnolgica dos ltimos anos: aconstruo dos novos centros federais (CEFETs), a organizao dos Institutos Federaisde Educao Tecnolgica (IFETs) e de seus campi. O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construo coletiva e participaoativa nas aes de democratizao e expanso da educao profissional no Pas,valendo-se dos pilares da educao a distncia, sustentados pela formao continuadade professores e pela utilizao dos recursos tecnolgicos disponveis. A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua formaoprofissional e na sua caminhada no curso a distncia em que est matriculado(a). Braslia, Ministrio da Educao setembro de 2008.
Sumrio
Apresentao e-Tec Brasil Sumrio Indicao de cones Palavra do professor-autor Outros - instituio validadora Apresentao da Disciplina Projeto instrucional 5 Equipamentos Utilizados Na Agroindstria 5.1 Tratamento Trmico 5.2 Secagem 5.3 Evaporao 5.4 Exausto 5.5 Despolpamento 5.6 Desintegrao 5.7 Lavagem 5.8 Seleo e/ou Classificao 5.9 Descascamento 5.10 Resfriamento 5.11 Centrifugao Atividades de aprendizagem Referncias Currculo do Professor 3 5 7 9 11 13 15 17 17
25
33 37 39 41 42 42 45 47 49 51 55 57
Indicao de cones
Os cones funcionam como elementos grficos utilizados para facilitar a organizao e a leitura do texto. Veja a funo de cada um deles: Ateno: Mostra pontos relevantes encontrados no texto.
Saiba mais: Oferece novas informaes que enriquecem o assunto como curiosidades ou notcias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossrio: Utilizado para definir um termo, palavra ou expresso utlizada no texto Midias integradas: Indica livros, filmes, msicas sites, programas de TV, ou qualquer outra fonte de informao relacionada ao contedo apresentado. Pratique: Indica exerccios e/ou Atividades Complementares que voc deve realizar. Resumo: Traz uma sntese das idias mais importantes apresenta das no texto/aula. Avaliao: Indica Atividades de Avaliao de Aprendizagem da aula.
Introduo a Agroindstria
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
Tcnico em Agroindstria
Palavra do professor-autor
Prezado (a) aluno (a), A rea de Cincia e Tecnologia de Alimentos encontra-se em franca expanso. A Agroindstria est mais moderna e diversificada, oferecendo, ao mercado consumidor cada vez mais exigente, uma srie de novos produtos, sempre com muita qualidade. Atravs da disciplina de Introduo Agroindstria, trabalharemos os principais conceitos relacionados Cincia e Tecnologia de Alimentos, Agroindstria e Sistemas Agroindustriais e introduzir as Principais Operaes Unitrias realizadas na Agroindstria e Equipamentos empregados. Para melhor entendimento da disciplina, h disponvel um Frum de Avisos e um Frum de Dvidas que os ajudar na realizao das atividades propostas. Seja bem-vindo (a) ao espao da disciplina de Introduo Agroindstria! Lembre-se: H uma equipe que trabalha para que voc supere suas dificuldades.
Introduo a Agroindstria
e-Tec Brasil
Introduo a Agroindstria
11
e-Tec Brasil
Apresentao da Disciplina
Prezado (a) aluno (a), Seja bem-vindo (a) ao espao da disciplina de Introduo a Agroindstria, Nesta disciplina, ser possvel obter-se uma viso sobre os conceitos da Cincia e Tecnologia de Alimentos, as principais alteraes alimentares, principais equipamentos utilizados na indstria e ver os principais conceitos relacionados a agroindstria. Essa disciplina est dividida em trs unidades dispostas em duas semanas. Na primeira semana, estudaremos conceitos bsicos relativos a Cincia e Tecnologia dos Alimentos, Alteraes Alimentares e Agroindstria. Na segunda semana, conheceremos as principais operaes unitrias e equipamentos utilizados na agroindstria. Lembre-se: H uma equipe que trabalha para que voc supere sua dificuldades. Conte conosco! Professora Cristiane Brauer Zaicovski
Introduo a Agroindstria
13
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
14
Tcnico em Agroindstria
Projeto instrucional
Instituio: Instituto Federal Sul-rio-grandense Campus Pelotas - Visconde da Graa Nome do Curso: Tcnico em Agroindstria Professor-autor: Cristiane Brauer Zaicovski Disciplina: Introduo a Agroindstria
PROJETO INSTRUCIONAL
Ementa bsica da disciplina: A disciplina de Introduo Agroindstria abordar os conceitos relacionados introduo a cincia e tecnologia de alimentos, alteraes alimentares, agroindstria e sistemas agroindustriais e equipamentos utilizados na agroindstria.
Carga Horria (Horas) 10
Semana
Aula
Objetivos e aprendizagem
Recursos
1. Introduo a Cincia e Tecnologia 1 2. Principais Alteraes nos Alimentos 3. Agroindstria 2 4. Sistemas Agroindustriais (SAGs)
Conhecer os principais fundamentos da Cincia e Tecnologia de Alimentos Conhecer os principais agentes que alteram as caractersticas sensoriais dos alimentos Definir e reconhecer os diversos tipos de agroindstria Conceituar o que so os Sistemas Agroindustriais e os reconhecer os principais fatores que atuam. Conhecer os principais equipamentos empregados na transformao da matriaprima em produto agroindustrial
10 10
Unidade Curricular 2
10
Unidade Curricular 3
20
Introduo a Agroindstria
15
e-Tec Brasil
otas-RS
5.1.1 Branqueamento
Tratamento trmico aplicado a vegetais, antes do congelamento, desidratao ou enlatamento, atravs do uso de vapor de gua ou gua quente. Tem como objetivos principais: inativao enzimtica, remoo de gases dos tecidos, fixao de cor e textura, pr-aquecimento. Os dois mtodos comerciais mais comuns de branqueamento envolvem a passagem do alimento atravs de uma atmosfera de vapor de gua saturado ou banho de gua quente. Ambos os mtodos utilizam equipamentos relativamente simples e econmicos.
Introduo a Agroindstria
17
e-Tec Brasil
nores perdas de componentes solveis em gua e consequente conservao de caractersticas sensoriais. De forma simplificada, um branqueador a vapor consiste de uma esteira transportadora que leva o alimento atravs de uma atmosfera de vapor dentro do tnel. O tempo de residncia do alimento controlado pela velocidade da esteira e pelo comprimento do tnel (Figura1a).
e-Tec Brasil
18
Tcnico em Agroindstria
Figura 5.1: Branqueadores: (a) branqueador a vapor; (b) branqueador resfriador; (c) branqueador de contrafluxo.
Introduo a Agroindstria
19
e-Tec Brasil
5.1.2 Pasteurizao
Tratamento trmico que visa destruir os microorganismos patognicos e reduzir, em torno de 90%, a microbiota banal, de modo a oferecer um produto seguro, com vida de til aceitvel, para ser consumido em pouco tempo. Pode ser realizado de duas maneiras: a pasteurizao lenta (emprego de baixas temperaturas, entre 62 e 68C por aproximadamente 30 minutos) e pasteurizao rpida (uso de temperaturas elevadas, entre 72 e 85C por tempos mais curtos, entre 15 a 20 segundos). Utilizado no tratamento trmico de leite, cerveja, suco de frutas. O equipamento utilizado o pasteurizador, que consiste em um trocador de calor.
e-Tec Brasil
20
Tcnico em Agroindstria
Fonte: http://www.josmaq.com.br/i/equipamentos/pasteurizador2+.jpg
O produto preaquecido no trocador-regenerador (1) e, em seguida, passa ao trocador de calor onde pasteurizado (2). Uma vez processado passa novamente pelo trocador (1) e se refrigera no trocador (3), sendo acondicionado posteriormente. No trocador-regenerador (1) o produto pasteurizado, que possui uma temperatura maior que o produto que entra no equipamento preaquece esse, atravs da troca de calor.
5.1.3 Esterilizao
Tratamento que visa destruir os microorganismos mais termorresistentes para conseguir a esterilizao comercial. Visa destruir os esporo bacterianos. O binmio temperatura X tempo da esterilizao dependente do pH do produto. Para alimentos cidos (pH inferior a 4,5) utiliza-se temperatura de ebulio da gua, por um tempo adequado. Nesses casos utiliza-se um sistema de banho-maria, que utiliza-se como meio de aquecimento gua aquecida combinado com um sistema de agitao para favorecer a penetrao do calor. Para alimentos pouco cidos (pH superior a 4,5) utiliza-se temperaturas superiores a 100C atravs do uso de vapor de gua saturado. O uso de temperaturas elevadas diminui o tempo de aplicao de calor, que pode
Introduo a Agroindstria
21
e-Tec Brasil
acarretar perdas sensoriais no alimento aps o processo. Para a esterilizao de alimentos pouco cidos utiliza-se a autoclave, que podem ser fixos ou rotativos, verticais ou horizontais, contnuos ou descontnuos. Nas autoclaves utiliza-se um sistema hermeticamente fechado onde atinge-se presso superior a 1atm e temperaturas superiores as da ebulio da gua, em torno de 121C.
e-Tec Brasil
22
Tcnico em Agroindstria
Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pupunha/PalmitoPupunheira/imagens/figura19.jpg
Introduo a Agroindstria
23
e-Tec Brasil
A esterilizao de alimentos pelo processo UHT requer acondicionamento assptico. O mtodo mais utilizado o Tetrapak. O material da embalagem Tetrapak consiste em um papelo laminado composto por cinco camadas> polietileno, papelo, polietileno, alumnio, polietileno).
Figura 5.7: Esquema do sistema de acondicionamento assptico e a estrutura tpica da embalagem laminada. (1) Rolo de papelo laminado; (2) Banho esterilizador de perxido de hidrognio a 80C por 8-10 segundos; (3) Entrada do rolo laminado na cmara assptica esterilizada; (4) Tubulao procedente do esterilizador UHT e moldagem da embalagem; (5) Fechamento a quente da embalagem.
e-Tec Brasil
24
Tcnico em Agroindstria
5.2 Secagem
Mtodos de conservao utilizados na indstria de alimentos com a finalidade de remover gua dos alimentos, diminuindo sua atividade de gua, ou seja, seu contedo de gua livre. A secagem pode ser natural ou artificial (desidratao).
Introduo a Agroindstria
25
e-Tec Brasil
mais rpidos, requer reas pequenas e controla-se todas as etapas da secagem. H diversos tipos de secadores, que podem operar presso atmosfrica ou sob vcuo. A escolha de um procedimento de secagem e/ou equipamento depende das caractersticas fsicas (viscosidade nos lquidos, tamanho nos slidos), qumicas (sensibilidade trmica, predisposio a oxidao), quantidade de produto a ser processado.
e-Tec Brasil
26
Tcnico em Agroindstria
Figura 5.10: Secadores de tneis: a) concorrente; b) contracorrente; c) sada de r central; d) fluxo transversal.
Introduo a Agroindstria
27
e-Tec Brasil
Figura 5.11: Secadores rotatrios: a) aquecimento direto; b) fluxo concorrente; c) fluxo em contracorrente; d) aquecimento misto direto-indireto; e) aquecimento direto, por conduo. As flechas cheias indicam o movimento do produto, e as flechas listradas, o ar quente.
e-Tec Brasil
28
Tcnico em Agroindstria
5.2.2.1.4 Secadores de Leito Fluidizado Sistema contnuo onde o produto entra em uma cmara ou tnel, em bandejas, cujo o fundo perfurado. O ar quente insuflado mantendo o produto suspenso, ajustando-se a velocidade desse ar com a finalidade de manter as partculas em agitao contnua. Indicados para alimentos pequenos, de tamanho uniforme, tais como, ervilhas, cogumelos, frutas em pedaos, etc.
Fonte: Ordez, 2005.
Figura 5.12: Secador de Leito Fluidizado de operao contnua e com sistema de recuperao de finos. As flechas cheias indicam o movimento do produto, e as flechas listradas, o do ar.
Introduo a Agroindstria
29
e-Tec Brasil
Figura 5.13: Secadores atomizadores: a) cmara cilndrica alongada, com atomizador de dois fluidos; b) cmara cnica com atomizador centrifugo.
e-Tec Brasil
30
Tcnico em Agroindstria
Figura 5.14: Diferentes configuraes e modo de alimentao de secadores de rolor: a) rolo nico; b) rolo duplo; c) rolos gmeos.
Introduo a Agroindstria
31
e-Tec Brasil
5.2.2.3 Liofilizao
Tipo especial de secagem artificial por sublimao (transformao direta do gelo do alimento em vapor de gua). Utiliza-se um liofilizador. Os liofilizadores constam de uma cmara de vcuo, onde se introduz o alimento, uma fonte de calor, para promover a sublimao da gua (passagem do estado slido diretamente para o estado gasoso) contida no alimento, um condensador e uma bomba. O custo do equipamento e de operao muito elevado porm os produtos secos so de alta qualidade porque, pela liofilizao, permite-se obter produtos secos com pequenas perdas nutricionais e sensoriais, ocorrendo pequeno decrscimo no contedo de vitaminas e de aromas.
Fonte: Fellows, 2005.
e-Tec Brasil
32
Tcnico em Agroindstria
5.3 Evaporao
Consiste em concentrar alimentos lquidos por ebulio. O objetivo principal aumentar a concentrao de slidos totais para reduzir a atividade de gua do alimento e assim, conter o desenvolvimento de microorganismos.
Introduo a Agroindstria
33
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
34
Tcnico em Agroindstria
Introduo a Agroindstria
35
e-Tec Brasil
natural (abertos ou fechados, tubos curtos e de tubos longos, horizontais ou verticais, de pelcula ascendente ou descendente ou ambos) e circulao forada (placas, fluxo expandido e pelcula fina mecnica ou rotatrios). Nos evaporadores de circulao natural, o movimento do lquido a ser concentrado deve-se s correntes de conveco e fora de ascenso das borbulhas de vapor, que arrastam ao longo do trocador de calor. Enquanto que os evaporadores de circulao forada possuem bombas centrfugas que distribuem o lquido a ser concentrado no interior do trocador de calor e aumentam a velocidade do fluxo ao longo das superfcies de aquecimento. Os evaporadores so muito utilizados para concentrar produtos alimentcios, tais como, leite condensado e suco de frutas, diminuindo a atividade de gua dos mesmos e aumentando a concentrao de slidos solveis totais.
Fonte: Ordez, 2005.
Figura 5.19: Evaporador de efeito simples de circulao natural: a) evaporador de tubos curtos horizontais; b) evaporador de tubos curtos verticais; c) evaporador de tubos de cesta.
e-Tec Brasil
36
Tcnico em Agroindstria
Figura 5.20: Evaporadores de mltiplo efeitos. Mtodos de alimentao: a) concorrente; b) em contracorrente; c) paralelo; d) mista.
5.4 Exausto
Consiste em retirar ar do produto e o ar que ficar preso no interior do recipiente antes do fechamento da lata. Com a consequente retirada do ar, a presso interna no interior do recipiente ser menor e diz-se que formou-
Introduo a Agroindstria
37
e-Tec Brasil
se o vcuo (presso reduzida). O vcuo pode ser produzido, no interior do recipiente, atravs de calor e equipamentos. Atravs de calor, a embalagem passa por uma cmara de vapor ou tneis de maneira a expelir os gases do produto. O ar contido no interior da embalagem sera substitudo por vapor de gua que, ao condensar, reduzir a presso interna, formando o vcuo. Tambm pode-se formar vcuo ao adicionar salmoura ou calda aquecida (acima de 80C) ou adicionar o produto aquecido na embalagem.
Fonte: http://www.ufrgs.br/alimentus/feira/prhorta/seleta/prhexauterm.htm
Atravs de equipamento, utiliza-se a recravadeira a vcuo, que so recravadeiras especiais que, atravs do uso de bombas, mantm a rea de fechamento (recravao) do recipiente com presso reduzida (vcuo). Recravadeiras modernas so equipadas para formar vcuo e j realizar a etapa de fechamento hermtico da lata.
e-Tec Brasil
38
Tcnico em Agroindstria
5.5 Despolpamento
Processo que consiste em separar da polpa da fruta todo o material fibroso, sementes, restos de casca, etc. Tambm como finalidade a reduo do tamanho das partculas do produto, tornando-o homogneo.
Introduo a Agroindstria
39
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
40
Tcnico em Agroindstria
5.6 Desintegrao
Consiste na reduo do tamanho do material, sem mudanas nas suas propriedades fsicas. Facilita as operaes subsequentes.
Fonte: http://www.ufrgs.br/alimentus/feira/optransf/Image3.gif
Fonte:http://www.mmc-equipamentos.com.br/folderMoinhos.htm
Introduo a Agroindstria
41
e-Tec Brasil
5.7 Lavagem
a operao unitria na qual materiais contaminantes so removidos do alimento e separados para deixar a superfcie do alimento em condies adequadas para o processamento posterior. A lavagem deve ocorrer o quanto antes possvel no processamento de alimentos, tanto para prevenir danos aos equipamentos por pedra, ossos ou metais, quanto para evitar o desperdcio de tempo e dinheiro no processamento de contaminantes que so descartados. Alm disso, a remoo imediata de pequenas quantidades de alimentos contaminadas por microorganismos evita a perda subsequente dos lotes remanescentes pelo crescimento microbiano durante o armazenamento ou por atrasos antes do processamento.
: Fonte: Packing House Rasip
e-Tec Brasil
42
Tcnico em Agroindstria
estas devem ser ovaladas ou esfricas, sem ondulaes. Os pepinos so mais facilmente embalados se forem retor e alimentos com uma forma caracterstica, tal como pras, possuem um maior valor de venda se forem uniformes. A seleo por tamanho a separao do alimento em funo de diferenas de tamanho. Esta etapa muito importante quando o alimento for aquecido ou resfriado, pois a taxa de transferncia de calor determinada, em parte, pelo tamanho dos pedaos individuais, e a variao no tamanho poderia causar um sub ou super-processamento.
Fonte: Fellows, 2006.
Outro atributo de seleo atravs da colorao muito utilizado na indstria de arroz e de exportao de frutas. A seleo ocorre por equipamentos possuem clulas sensveis luz que removem, atravs de jatos de ar controlados eletronicamente, itens defeituosos.
Introduo a Agroindstria
43
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
44
Tcnico em Agroindstria
Figura 5.29: Seleo por colorao. Esquema de um equipamento equipado com foto-detector.
O termo classificao comumente utilizado alternadamente com o termo seleo, porm a operao de classificao realizada por operadores treinados para avaliar simultaneamente uma srie de variveis, enquanto que a operao de seleo envolve apenas um atributo.
5.9 Descascamento
Essa etapa utilizada no processo de muitas frutas e hortalias para remover o material indesejvel ou no-comestvel, bem como para melhorar a aparncia do produto final. A principal considerao minimizar os custos, removendo o mnimo possvel de alimentos, reduzir custos de energia,
Introduo a Agroindstria
45
e-Tec Brasil
mo-de-obra e materiais ao mximo. A superfcie descascada deve ser limpa e sem machucados.
e-Tec Brasil
46
Tcnico em Agroindstria
5.10 Resfriamento
Operao unitria na qual a temperatura do alimento reduzida a 3-4C com a finalidade de reduzir as taxas de variaes do metabolismo e crescimento de microorganismos e, assim prolongar a vida til de alimentos frescos e processados.
Introduo a Agroindstria
47
e-Tec Brasil
Fonte: http://www.mfrural.com.br/detalhe.asp?cdp=402&nmoca=TANQUE-DE-EXPANSAO-PARA-RESFRIAMENTO-DE-LEITE
e-Tec Brasil
48
Tcnico em Agroindstria
5.11 Centrifugao
A centrifugao utilizada para separar lquidos imiscveis e para separar slidos de lquidos. Nesses equipamentos, a fora centrfuga gerada quando os materiais entram em rotao e essa fora depende do raio e da velocidade de rotao e da densidade do material centrifugado.
Introduo a Agroindstria
49
e-Tec Brasil
Atividades de aprendizagem
Relacione a 1 coluna com a 2:
( 1 ) Pasteurizao ( ) Reduz em torno de 90% da microbiota banal e destri totalmente os microorganismos patognicos. ( ) Visa destruir os microorganismos mais resistentes, inclusive esporos bacterianos. ( ) Pr-tratamento aplicado em vegetais antes do congelamento, desidratao ou enlatamento. ( ) Remove gua dos alimentos, atravs da exposio luz solar, sem controle de temperatura e umidade. ( ) Remoo da gua dos alimentos atravs do uso de equipamentos que controlam temperatura, umidade do ar e velocidade da circulao de ar. ( ) Concentrao de lquidos por ebulio teor de slidos solveis totais. aumentando o
( 2 ) Esterilizao
( 3 ) Branqueamento
( 4 ) Secagem Natural
( 5 ) Desidratao
( 6 ) Evaporao
( 7 ) Exausto
( ) Retirada de ar do produto antes da recravao, formando o vcuo interno. ( ) Separao da polpa de fruta de todo o material fibroso, sementes, resto de cascas. ( ) Reduo do tamanho do material sem mudanas nas suas propriedades fsicas, facilitando operaes subsequentes. ( ) Retirada de materiais contaminantes de maneira que deixa a superfcie do alimento em condies adequadas para processamento posterior. ( ) Separao do alimento em categorias baseadas em uma propriedade fsica mensurvel, tais como, cor, tamanho, forma e peso. ( ) Separao do alimento em funo de um conjunto de variveis fsicas, ao mesmo tempo.
( 8 ) Despolpamento
( 9 ) Desintegrao
( 10 ) Lavagem
( 11 ) Seleo
( 12 ) Classificao
Introduo a Agroindstria
51
e-Tec Brasil
( 1 ) Secador de Cabine
( 2 ) Secador de Tnel
Complete as sentenas abaixo: 1. A evaporao consiste em ________________ alimentos lquidos por ebulio. 2. O objetivo principal aumentar a concentrao de slidos solveis para ________________ a atividade de gua do alimento. 3. Tachos ________________ so tachos cilndricos que possui paredes duplas por onde introduzido ________________. Muito utilizado no preparo de ________________, ________________e ________________. 4. ________________ consiste em um triturador de grande impacto. 5. No descascador por ________________, o alimento colocado em rolos revestido por material abrasivo. Utilizado em ________________. 6. O descascador por ________________ consiste em um tnel onde o alimento passa e sua casca removido atravs da aplicao de soluo diluda de ________________ a 1%. 7. ________________ a operao unitria que provoca o ________________ da temperatura com a finalidade de reduzir as taxas de variaes do
e-Tec Brasil
52
Tcnico em Agroindstria
________________ celular e crescimento de ________________. 8. A centrifugao utilizada para separar lquidos ________________.
Introduo a Agroindstria
53
e-Tec Brasil
Referncias
BARUFFALDI, R.; OLIVEIRA, M.N. Fundamentos da Tecnologia de Alimentos. v3. So Paulo: Atheneu, 1998. 318p. BOBBIO, F.O.; BOBBIO, P.A. Introduo Qumica de Alimentos. 3ed. So Paulo: Varela, 2003. 238p. EVANGELISTA, J. Tecnologia de Alimentos. 2ed. So Paulo: Atheneu, 2000. FELLOWS, P.J. Tecnologia do Processamento de Alimentos Princpios e Prtica. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 602p. FOSCHIERA, J.L. Indstria de Laticnios. Porto Alegre: Suliani, 2004. 88p. GAVA, A.J. Princpios de Tecnologia de Alimentos. 3ed. So Paulo: Nobel, 1981. 278p. ORDEZ, J.A. Tecnologia de Alimentos. v1. Porto Alegre: Artmed, 2006; 294p. RIBEIRO, E.P.; SERAVALLI, E.A.G. Qumica de Alimentos. 2ed. So Paulo: Blucher, 2007. 184p. NEVES, M.F.; CHADDAD, F.R.; LAZZARINI, S.G. Alimentos: novos tempos e conceitos na gesto de negcios. So Paulo: Ed. Pioneira, 2000. 129p. ZYLBERSZTAJAN, D.; NEVES, F.M. Economia e Gesto dos Negcios Agroalimentares. So Paulo: Ed. Pioneira, 2005. 428p.
BARUFFALDI, R.; OLIVEIRA, M.N. Fundamentos da Tecnologia de Alimentos. v3. So Paulo: Atheneu, 1998. 318p. EVANGELISTA, J. Tecnologia de Alimentos. 2ed. So Paulo: Atheneu, 2000. FELLOWS, P.J. Tecnologia do Processamento de Alimentos - Princpios e Prtica. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 602p. FOSCHIERA, J.L. Indstria de Laticnios. Porto Alegre: Suliani, 2004. 88p.
Introduo a Agroindstria
55
e-Tec Brasil
GAVA, A.J. Princpios de Tecnologia de Alimentos. 3ed. So Paulo: Nobel, 1981. 278p. MAIA, G.A.; SOUSA, P.H.M.; LIMA, A.S.; CARVALHO, J.M.; FIGUEIREDO, R.W. Processamento de Frutas Tropicais: nutrio, produtos e controle de qualidade . Fortaleza: UFC, 2009. 277p. ORDEZ, J.A. Tecnologia de Alimentos. v1. Porto Alegre: Artmed, 2006; 294p.
e-Tec Brasil
56
Tcnico em Agroindstria
Currculo do Professor
Cristiane Brauer Zaicovski possui graduao em Bacharelado em Qumica de Alimentos pela Universidade Federal de Pelotas (2002) e Ps-Graduao, nveis de mestrado e doutorado, em Cincia e Tecnologia Agroindustrial, pela Faculdade Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas (2008), com nfase na rea de Cincia e Tecnologia de Frutas e Hortalias. Possui experincia nas reas de Cincia e Tecnologia de Alimentos, Qualidade de Alimentos e Propriedades Funcionais em Alimentos. docente do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia Sul-RioGrandense, Campus C.A.V.G. Atua no curso tcnico em Agroindstria e nos cursos Tecnlogo em Viticultura e Enologia e Tecnlogo em Agroindstria. autora de trabalhos cientficos publicados em peridicos nacionais e internacionais.