Sebenta Parte Prática
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Sebenta Parte Prática
A WAIS-III um instrumento clnico de administrao individual, que avalia a inteligncia de sujeitos com idades a partir dos 16 anos e 11 meses. semelhana de todas as escalas de inteligncia de Wechsler, a WAIS-III constituda por vrios subtestes, cada um deles avaliando um aspecto diferente da inteligncia. O desempenho dos sujeitos pode ser sintetizado em trs resultados compsitos, identificados como QI Verbal, QI de Realizao e QI de Escala Completa. A anlise destes resultados permite ao psiclogo determinar a qualidade do desempenho do indivduo relativamente a um conjunto de aptides intelectuais. Para alm destas trs escalas, a WISC-III na sua verso portuguesa permite ainda obter quatro ndices complementares, identificados a partir de anlises factoriais dos resultados no conjunto de subtestes. Estes ndices, designados de ndices Factoriais, correspondem aos seguintes resultados compsitos: Compreenso Verbal, Organizao Perceptiva, Memria de Trabalho e Velocidade de Processamento. Concepo de Inteligncia Mantendo-se fiis ao conceito de inteligncia proposto por Wechsler, os subtestes da WAIS-III foram seleccionados de forma a abranger um leque diversificado de aptides mentais, reflectindo desta forma o funcionamento intelectual global do indivduo. Os subtestes fazem apelo a vrias facetas da inteligncia, embora nenhum deles reflicta a totalidade dos comportamentos inteligentes. Convm salientar que a concepo de inteligncia como um todo no significa que se verifique um desenvolvimento homogneo das capacidades/aptides que lhe esto inerentes. De facto, a experincia mostra que os sujeitos podem obter, simultaneamente, resultados elevados e resultados reduzidos em subtestes distintos, o que evidencia um desenvolvimento diferenciado ao nvel das suas aptides intelectuais e, por isso, esse mesmo desenvolvimento resultar em padres de desempenho bastante diversificados. Embora as aptides intelectuais que constam desta Escala possam ser consideradas como determinantes essenciais de um comportamento inteligente, existem outros factores de natureza no intelectiva, que desempenham um papel influente na expresso das aptides intelectuais (p.e. traos de personalidade, atitudes). Organizao da escala A aplicao alternada dos subtestes Verbais e de Realizao tem como objectivo manter o interesse do sujeito ao longo da administrao da Escala.
Completamento de Gravuras (R): conjunto de gravuras coloridas representando objectos e ambientes comuns, em cada um dos quais falta uma parte importante que o examinado dever identificar. O que avalia:
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discriminao perceptiva entre o que essencial e o que acessrio, mobilizao da ateno e memria a longo prazo na modalidade visual. Vocabulrio (V): srie de palavras apresentadas oralmente e por escrito, que o examinado ter de definir oralmente. O que avalia: conhecimento de palavras, fluncia verbal, uso/emprego de linguagem, riqueza e tipo de linguagem, compreenso verbal e raciocnio mais abstracto. Depende das aprendizagens ao longo da vida (ou seja, envolve a memria a longo prazo). Cdigo: Dgito-Smbolo (R): srie de nmeros, cada um emparelhado com um smbolo de tipo hieroglfico. Usando uma chave, o examinado ter de escrever o smbolo que corresponde a cada nmero. O que avalia: capacidade para aprender material no verbal, memria visual imediata, previso associativa, rapidez motora. Semelhanas (V): srie de pares de palavras apresentados oralmente, para cada um dos quais o examinado ter que explicar a semelhana entre os objectos comuns ou conceitos que representam. O que avalia: raciocnio lgico-abstracto (capacidade para extrair relaes entre coisas ou ideias), compreenso; relaes entre conceitos; pensamento abstracto e associativo. Cubos (R): conjunto de padres geomtricos apresentados como modelo ou impressos a duas dimenses, que o examinado ter de reproduzir usando cubos com duas cores. O que avalia: capacidade para construir desenhos abstractos a partir de partes, percepo visual, relaes espaciais, coordenao visuo-motora. Aritmtica (V): srie de problemas de aritmtica que o examinado ter de resolver mentalmente e responder oralmente. O que avalia: capacidade para realizar contas simples e clculos aritmticos mentalmente, concentrao, raciocnio e clculo numrico, manipulao automtica de smbolos e memria de trabalho aplicados a conceitos aritmticos. Matrizes (R): srie de padres incompletos que o examinado ter de completar apontando ou dizendo o nmero da resposta correcta entre cinco alternativas possveis. Memria de Dgitos (V): srie de sequncias de nmeros apresentadas oralmente que o examinado ter que repetir literalmente para os Dgitos de Sequncia Directa e repetir em ordem inversa para os Dgitos de Ordem Inversa. O que avalia: memria a curto prazo (memria de trabalho) na modalidade auditiva e verbal, bem como capacidade de ateno e concentrao. Informao (V): srie de questes apresentadas oralmente que avaliam o conhecimento geral do examinado acerca de acontecimentos comuns, objectos, lugares e pessoas. O que avalia: aprendizagens escolares, conhecimentos gerais adquiridos, memria a longo-prazo e assimilao de experincias. Disposio de Gravuras (R): conjunto de gravuras apresentadas desordenadamente que o examinado ter que reordenar numa histria com sequncia lgica. O que avalia: capacidade para antecipar e compreender sequncias de aco, percepo e compreenso de situaes sociais e captao de sequncias causais. 2
Compreenso (V): srie de questes apresentadas oralmente que exigem do examinado apreenso e articulao de regras e conceitos sociais ou solues para problemas do quotidiano. O que avalia: compreenso das normas sociais que regulam a vida em sociedade, juzo social e conhecimento prtico. Pesquisa de Smbolos (R): srie de grupos emparelhados, em que cada par consiste num grupo alvo e num grupo de pesquisa. O examinado ter que indicar, marcando a caixa apropriada, se algum dos smbolos alvo aparece no grupo de pesquisa. O que avalia: capacidade para identificar formas geomtricas idnticas. Ordenao de letras e nmeros (V): srie de sequncias de letras e nmeros apresentados oralmente que o examinado ter que, simultaneamente, ordenar e repetir tambm oralmente, os nmeros por ordem crescente e as letras por ordem alfabtica. Composio de Objectos (R): conjunto de puzzles representando objectos comuns, apresentados segundo uma configurao estandardizada, que o examinado ter de montar para construir um todo com significado. O que avalia: capacidade para visualizar e construir um objecto a partir das suas partes, memria de formas, orientao e estruturao espaciais.
Subtestes Completamento de Gravuras Vocabulrio Cdigo Semelhanas Cubos Aritmtica Matrizes Memria de Dgitos Informao Disposio de Gravuras Compreenso (Pesquisa de Smbolos) (Ordenao de Letras e Nmeros) (Composio de Objectos*) QI V QI R IC V IO P IM T IV P
* Apesar do subteste Composio de Objectos ser opcional, poder ser aplicado para se obter uma representao mais rica das aptides do examinado. Se o subteste Composio de Objectos aplicado em conjunto com os outros subtestes, os seus resultados no devem ser utilizados no clculo dos QI ou dos ndices Factoriais. A Composio de Objectos pode substituir qualquer outro subteste de Realizao. De notar que nem todos os subtestes so necessrio para se obter quer os QI quer os ndices Factoriais. No entanto, para obter ambos os tipos de resultados (QI e ndices Factoriais) os 13 subtestes tero de ser aplicados (com excepo ao Composio de Objectos).
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Cada um dos QI obtidos expressa-se numa distribuio de mdia 100 e desvio-padro 15; os resultados factoriais expressam-se igualmente numa escala com mdia 100 e desvio-padro 15.
QI de Escala Completa: representa uma pontuao total de inteligncia. Mostra correlao com outras medidas de inteligncia e com o desempenho escolar. QI Verbal: habitualmente um bom preditor do desempenho escolar, reflecte a capacidade verbal e lingustica do indivduo, mas tambm a familiaridade com a linguagem e cultura do pas. Os subtestes da escala verbal incluem muitos itens relacionados com a educao e a cultura, logo para ter um bom desempenho nesta escala, o indivduo necessita de aptides e conhecimentos que so adquiridos na escola, em casa e atravs da exposio cultura. QI realizao: est menos relacionado com contedos verbais e culturais, sendo possvel obter-se um QI de realizao elevado sem proferir qualquer palavra. O desempenho nos testes de realizao no depende de factores culturais e, nesse sentido, a escala de realizao pode constituir uma medida mais justa/isenta que fornece uma estimativa da capacidade fluida (sobretudo testes Cubos, Cdigo, Pesquisa de Smbolos). Indivduos com problemas verbais, de linguagem ou de outros contextos culturais ( da amostra aferio) podem obter QI realizao superior ao verbal. um QI pouco (ou nada) relacionado com o desempenho escolar, pois os itens no avaliam capacidades habitualmente relacionadas com aprendizagens e tarefas escolares.
Interpretao dos QIs e dos ndices Factoriais
QI/IF (int. conf. 95%) 130 ou mais 120-129 110-119 90-109 80-89 70-79 < 69 Classificao Muito superior Superior Mdio Alto Mdio Mdio Baixo Limite Extremamente baicxo
Interpretao quantitativa. As distribuies dos QIs Verbal, de Realizao e da Escala Completa, bem como dos ndices Factoriais, apresentam uma mdia de 100 e um desvio-padro de 15. Interpretao qualitativa. Alguns psiclogos, ao analisarem o desempenho de um sujeito, preferem combinar o sistema quantitativo com um sistema qualitativo. Uma diferena de 9 pontos entre QIV e QIR estatsticamente significativa para o nvel de significncia de 0.05. Diferenas entre QIV e QIR de 17 ou mais pontos ocorrem na amostra de aferio numa frequncia inferior a 15%, sendo suficientemente raras para permitir uma interpretao clnica. Quando o QIV < QIR pode-se colocar as seguintes hipteses: perturbao da aprendizagem, especialmente perturbaes de 4
aprendizagem da leitura; ausncia de oportunidades para a aquisio de conhecimentos culturais; leses cerebrais unilaterais. Quando QIV > QIR pode-se colocar as seguintes hipteses: perturbao da percepo visual, da anlise visuo-espacial e da coordenao visuomotora; depresso; esclerose mltipla; alcoolismo; alzheimer; leses cerebrais unilaterais; nvel de escolaridade superior.
Utilizaes da WAIS-III Sendo um instrumento de avaliao do funcionamento intelectual global, a WAIS-III apropriada para diversos propsitos. Primeiro, pode ser utilizada como um teste psico-educacional, para o planeamento escolar e orientao vocacional no ensino secundrio e ps-secundrio. muitas vezes o principal teste para o despiste de perturbaes de aprendizagem e para a identificao de funcionamentos extremos e de casos de sobredotao. Alm disto, os testes de funcionamento intelectual tm sido amplamente utilizados em contextos escolares, para predio do desempenho escolar. Quando os testes so utilizados como fundamento de decises de colocao no ensino especial, por vezes necessrio aplicar novamente o teste ao adolescente. Pode ser tambm til para, periodicamente, reavaliar crianas ou adolescentes em contextos especiais. Segundo, a WAIS-III til para o diagnstico diferencial de desordens neurolgicas e psiquitricas que afectem o funcionamento mental. Para este propsito, a avaliao intelectual conduzida frequentemente no contexto de uma avaliao mais completa que inclui a entrevista clnica, outros testes cognitivos e neuropsicolgicos, e instrumentos de autodescrio para avaliao de psicopatologia e da personalidade. A WAIS-III , por vezes, utilizada para a avaliao intelectual no contexto da seleco profissional e de programas de formao e desenvolvimento. Finalmente, a WAIS-III adequada para utilizao em investigao clnica. Diagnstico de Perturbao da Aprendizagem De acordo com o DSM-IV, a identificao de uma perturbao de aprendizagem requer que um indivduo demonstre um funcionamento intelectual geral significativamente inferior mdia (i.e. QI de Escala Completa < 70) e uma significativa diminuio da adaptao em, pelo menos, duas das seguintes reas: comunicao, cuidado pessoal, vivncia familiar, competncias sociais e interpessoais, uso de recursos da comunidade, orientao de si, competncias de desempenho acadmico, trabalho, lazer, sade e segurana. Um desempenho muito baixo num teste que avalia a capacidade intelectual geral, como a WAIS-III, um critrio necessrio mas no suficiente para o diagnstico de perturbao da aprendizagem. O diagnstico mais exacto baseia-se em dados provenientes de mltiplas fontes, i incluindo avaliaes do funcionamento em casa, na escola e na comunidade. Assim como um funcionamento intelectual inferior no indicador de um diagnstico de perturbao da aprendizagem, um resultado baixo na WAIS-III no revela necessariamente um nvel baixo do funcionamento
intelectual. Baixos QI podem efectivamente reflectir, como acontece na maioria dos casos, um nvel baixo de funcionamento intelectual, mas outros factores, como os seguintes, podem estar implicados: ansiedade e distraco incapacitantes, psicopatologia grave, surdez, baixa motivao ou persistncia inadequada, comportamento extremamente hostil ou uma relao muito deficiente com o examinador. Antes de diagnosticar um baixo funcionamento intelectual ou perturbao da aprendizagem, o examinador dever tomar em considerao todos estes factores. Diagnstico de Perturbao Neuropsicolgica Apesar de Wechsler no ter concebido as suas escalas explicitamente como instrumentos neuropsicolgicos, reconheceu o seu contributo para a compreenso das relaes entre o crebro e o comportamento. A medida do funcionamento mental e a determinao do nvel de inteligncia so, frequentemente, de uma enorme ajuda em diversas situaes caracterizadas por dfices de memria, linguagem e outros. No contexto de uma avaliao neuropsicolgica, o teste de inteligncia tipicamente aplicado como parte de uma extensa bateria de testes para avaliao de mltiplos domnios do funcionamento psicolgico. til uma viso global da inteligncia como um factor geral amplo que abrange as mais distintas funes medidas pelos testes mais especializados.
Diagnstico de Sobredotao A inteligncia superior uma componente da sobredotao, mas a maioria das definies de sobredotao incluem igualmente desempenhos fora do comum em outros domnios como o artstico, o psicomotor, a criatividade, a aptido musical e a liderana. Assim, a avaliao da sobredotao envolve habitualmente avaliaes da aptido intelectual global, bem como de outras competncias e talentos. Alm disso, devido ao facto de as definies de sobredotao variarem de contexto para contexto, o examinador poder precisar de adaptar os procedimentos de avaliao s necessidades de um programa particular.
de realizao da WAIS, particularmente, Cubos, Matrizes e Complemento de Gravuras, pois avaliam o mesmo que este teste de factor g). Centrando-nos nas Matrizes Progressivas Standard, podemos considerar que se trata de um teste composto por 5 sries de 12 problemas, de dificuldade crescente inter e entre sries (o que til para perceber se h dificuldades de ateno, sendo estas manifestadas por uma inconsistncia na resposta a itens mais fceis/difceis, ou seja, heterogeneidade nas respostas correctas). Estes testes so tambm sensveis deteriorao mental. Verifica-se uma deteriorao fisiolgica normal em todas as pessoas com a idade. Aqui referimo-nos a uma perda da eficincia intelectual abrupta que ocorre em alguns casos, de natureza mais patolgica do que o normal. Trata-se de uma consequncia em termos do desempenho da pessoa (pr-mrbido). No tem nenhuma relao especfica com nenhum diagnstico ou prognstico, as perturbaes neurolgicas so apenas uma causa possvel. Isto apenas uma consequncia (como o a febre). Assim, existem provas mais sensveis a esta deteriorao que outras, p.e. estas e o TRV de Benton. Estas provas so-no pois so mais afectadas do que p.e. a WAIS (ainda que esta tambm seja) a esta alterao. Todavia, apenas conseguimos saber que algo que se passou no funcionamento daquela pessoa (que perdeu algo vs. nunca o teve) se compararmos com tarefas que no sejam to afectadas por isso (Vocabulrio e Informao so mais estveis, no sendo afectadas por estas perdas; estes dois subtestes permitem estabelecer o funcionamento pr-morbido e comparar com o funcionamento actual do sujeitos, p.e., nas SPM). Comparao da escala de Weschler com o Testes de factor g Em termos gerais podemos considerar que os resultados tendem a ser concordantes. Contudo, no caso de os resultados serem discordantes, possvel levantar as seguintes hipteses: Resultados no teste de factor g so superiores aos da Escala de Wechsler Interveno de factores no intelectuais (motivao, ateno, concentrao, caractersticas da personalidade). Pode-se considerar, a ttulo ilustrativo o impacto do tempo na parte de realizao da WAIS, a existncia de estmulos reais na WAIS e o impacto dos factores scio-econmicos. Interveno de factores especficos verbais na eficincia demonstrada na escala de Wechsler (p.e. caso de crianas com dislexia ou dificuldades na leitura). Resultados no teste de factor g so inferiores aos da Escala de Wechsler Deteriorao mental. Dificuldades de organizao perceptiva. Dificuldades na mobilizao da ateno. Motivao. Dificuldades na resistncia distraco.
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O tempo mdio nas Matrizes Progressivas Standard 25 a 35 minutos (nas coloridas era 15 a 20).
Em 1942 os autores propuseram um teste que consistia em copiar e depois em reproduzir de memria um traado geomtrico complexo, onde se encontravam reunidas as seguintes propriedades: Ausncia de significado; Realizao grfica fcil; Estrutura de conjunto suficientemente complicada para solicitar uma acuidade perceptiva analtica e organizadora. O Teste da Figura Complexa de Rey um dos testes mais utilizados no contexto da avaliao neuropsicolgica: avalia um conjunto diversificado de processos cognitivos tais como as competncias de organizao/construo visuo-espacial e de planificao, as estratgias de resoluo de problemas, as funes perceptivas e motoras e a memria visual. Assim, um teste que permite avaliar a Organizao Perceptiva e a Estruturao Espacial (cpia) e a Memria Visuo-espacial (memria). Tem sido utilizado como teste de avaliao da organizao perceptiva e da memria (memria no verbal e memria visual) de crianas, adolescentes e adultos (incluindo adultos idosos) em diferentes contextos de exerccio da prtica psicolgica. As vantagens que a Figura Complexa de Rey apresenta sobre outros testes neuropsicolgicos so seguidamente apresentadas: Tempo de aplicao breve; Material simples e facilmente disponvel; Exigncia de compreenso e expresso verbais mnimas; Estudos relativamente numerosos. Este teste, da autoria de Andr Rey, compe-se de uma figura complexa sem significado aparente. A sua realizao grfica fcil, mas a sua estrutura suficientemente complexa para exigir uma actividade perceptiva analtica e organizadora. Objectivo geral do teste: avaliar a percepo visual e a elaborao dessa percepo, bem como actividade de memorizao visual (a prova envolve, portanto, uma fase de cpia e outra de reproduo de memria). Existem duas formas da prova: A forma A, muito complexa e destinada sobretudo indivduos com mais de 8 anos; A forma B, mais simples que se destina a crianas entre os 4 e os 7 anos. Cpia do Modelo
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O modelo a reproduzir apresentado horizontalmente ao indivduo, com o pequeno losango terminal orientado direita e a ponta voltada para baixo. D-se ao sujeito uma folha de papel branca, sem linhas e tem-se mo 5 ou 6 lpis de diferentes cores. Se o sujeito comear pelo rectngulo grande e prosseguir desenhando as diagonais, deve-se deix-lo trabalhar com o mesmo lpis e s se efectua a mudana no momento em que passar s estruturas interiores ou exteriores que fizeram parte dessa estrutura. Se pelo contrrio comea por um detalhe, a mudana deve fazer-se quando um outro detalhe for abordado. conveniente que o examinador conhea os diversos estdios do processo de cpia pois so precisamente esses estdios que importa localizar. A maioria dos indivduos normais de algum modo imediatamente atrada pela armadura central. volta desta armadura central coloca os detalhes exteriores e os detalhes interiores cuja ordem de sucesso no parece ser muito relevante para os autores. Os indivduos dbeis comeam por um detalhe, depois copiam o prximo e assim sucessivamente, mtodo que conduz a uma cpia defeituosa, na qual as propores gerais no so respeitadas e, como tal, resultam em deformaes que aumentam medida que a cpia progride. A prova de cpia da figura complexa pode utilmente ser complementada por uma verificao, sempre que o sujeito trabalhar de um modo primitivo ou pouco racional. Assim, quando tiver terminado, perguntase se no haveria uma maneira melhor de fazer o desenho. Muitos so os casos em que os indivduos descobrem rapidamente o valor do rectngulo grande e das diagonais e no compreendem porque que este ponto to importante lhes escapou. Para outros, trata-se de um problema complicado, que tentam resolver reflectindo. Finalmente, para outros, embora no modifiquem o seu mtodo, substituem-no por outro equivalente. Esta verificao no dever ser feita imediatamente aps a cpia da gravura. Passa-se, ento, segunda parte, i.e., reproduo de memria e somente aps esta ltima que se sujeita a criana crtica do seu processo de cpia. Anlise da Cpia Informa sobre a organizao perceptiva e o desenvolvimento intelectual. Esta anlise tem em considerao 3 aspectos: preciso da cpia, tipo de cpia e tempo de realizao.
Preciso da cpia
Tipo de cpia Tipo I construo sem armadura: inicia com o rectngulo central, sendo o elemento estruturante do desenho, em relao ao qual se agrupa os outros elementos da figura. um tipo dominante nos adultos, estando, no entanto, presente desde os 4 anos, aumentando lentamente at atingir uma frequncia mxima na idade adulta. Tipo II detalhes da armadura: inicia com um detalhe ligado ao rectngulo central (p.e. a cruz superior esquerda) ou desenha o rectngulo central com um detalhe acoplado. A restante reproduo feita em funo do rectngulo enquanto armadura. um tipo acessrio de cpia que aparece aos 6 anos e desenvolve-se regularmente at aos 12 anos onde atinge a frequncia mais elevada para, em seguida, diminuir at idade adulta. Os tipos I e II so semelhantes por polarizarem o desenho em torno do rectngulo central. O tipo II uma variante do tipo I e ambos so englobados no Tipo I/II. Tipo III contorno geral: inicia com o contorno geral da figura, sem individualizar o rectngulo central. Obtem um continente no qual so colocados os detalhes interiores. Tipo de cpia acessrio que diminui depois dos 6 anos (embora possa assumir uma expresso razovel at aos 10 anos) e que negligencivel na idade adulta, sendo, contudo, frequente em adultos com atraso mental. Tipo IV justaposio dos detalhes: inicia com qualquer elemento ao qual se seguem os outros, por contiguidade, sem se reconhecer um princpio organizador. H justaposio de detalhes uns aos outros, procedendo por proximidade. No h elemento director da reproduo. frequente em crianas autistas e em crianas dos 5 aos 10 anos, e raro em adultos (embora se tenda a encontrar em artistas). Tipo V detalhes em fundo confuso: inicia com qualquer elementos da figura, resultando num desenho nada estruturado e do qual no se reconhece o original, apenas alguns detalhes. Reproduz uma figura pouco ou nada estruturada na qual no se reconhece o modelo mas onde certos detalhes do modelo so claramente reconhecidos. dominante aos 4 anos, e tende a desaparecer aos 8 anos. Tipo VI reduo a um esquema familiar: inicia com qualquer elemento resultando numa figura familiar ao prprio, havendo uma distoro muito grande da figura de modo a assemelh-la a algo familiar (p.e., casa, barco, homem, etc.). raro, mas ocorre entre os 4 e os 6 anos e em casos de perturbao psicopatolgica.
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Tipo VII garatuja: no se reconhece nenhum elemento da figura, nem a forma global. frequente em idades at aos 3-4 anos.
Tempo da cpia No que respeita ao tempo, deve-se arredondar ao minuto superior. Ver tabela do tempo na cpia (tab. IV). Ver tabela do tempo na memria. Consideraes interpretativas sobre a Cpia
A. a)
Processos de cpia inferiores Tipo de cpia inferior (em relao idade) / Cpia pouco precisa: Atraso do desenvolvimento intelectual, o qual responsvel por uma organizao perceptiva e uma coordenao visuo-motora deficientes; Dificuldades especficas na organizao perceptiva, estruturao espacial e coordenao visuo-motora, quando o nvel intelectual normal; Dificuldades na coordenao visuo-motora por falta de treino Tipo de cpia inferior (em relao idade) / Cpia precisa e rica: Tempo de cpia longo. Sujeitos empenhados com dificuldades na anlise rpida e racional das estruturas visuo-espaciais. Tempo de cpia curto, traado fcil e firme. Sujeitos dotados para o desenho que copiam a figura de um modo pouco racional (tipo IV), mas fazem-no com qualidade. Processos de cpia superiores Tipo de cpia superior (em relao idade) / Cpia precisa e rica: Sujeitos empenhados, capazes de analisar e estruturar racionalmente os dados visuo-espaciais (o tempo de cpia normal ou longo); Tipo de cpia superior (em relao idade) / Cpia pouco precisa: Tendncia para realizar a cpia num tempo reduzido ( pressa), com esquecimentos e imprecises grficas, embora a capacidade de elaborao perceptiva seja evoluda (i.e. so sujeitos dotados para o desenho).
b)
B. a)
b)
Reproduo de memria do Modelo Aps uma pequena pausa (no mais de 3 minutos), passa-se ao segundo tempo da prova que consiste na reproduo da figura copiada. Prope-se, pois, ao indivduo que, numa outra folha, desenhe de memria a configurao geomtrica. A tcnica de vrios lpis deve ser mantida, na medida em que permite constatar o progresso da cpia. No h limite para a reproduo e ao indivduo indicar quando julgue ter terminado. O tempo mdio de realizao da tarefa de memria 4 minutos.
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Anlise da Reproduo de Memria Este segundo momento da prova avaliado segundo dois parmetros: preciso da reproduo e tipo de reproduo de memria (como no primeiro momento). A reproduo de memria geralmente consonante com o tipo de cpia, mas podem ocorrer regresses sobretudo nas crianas mais novas (< 7 anos). Entre o centil 25 e 75 estamos na mdia. Consideraes interpretativas sobre a Reproduo de Memria Resultados baixos: Se a cpia for normal, indicam dificuldades na memria visuo-espacial; Se a cpia for deficiente, traduzem as dificuldades de anlise perceptiva e de estruturao espacial j reveladas na cpia. NOTA: quando a reproduo de memria muito pobre, mesmo que a cpia tenha sido deficiente, pode-se pensar em dificuldades de memria. Consideraes clnicas: Mudana na posio do modelo (90) -- frequente nas crianas, com significado nos adolescentes e adultos -- dificuldades intelectuais; A partir dos 12 anos, os tipos de cpia V, VI e VII sugerem dificuldades intelectuais; Reproduo com sobrecarga de elementos (adies), tendncia para riscar espaos brancos e tendncia para repassar traos -- psicopatia.
Este teste visa a avaliao do funcionamento mnsico do indivduo, concretamente a sua memria visual imediata. De um modo indirecto, o TRV de Benton avalia tambm a funo visuo-motora. composto por 3 formas paralelas C, D e E. Habitualmente, a forma mais utilizada a C sendo que, se existirem dvidas no diagnstico, ser til aplicar tambm outra forma paralela. No que se refere aos cartes de estmulos (10, no total), os dois primeiros cartes apresentados no caderno de estmulos consistem numa nica figura geomtrica; nos cartes seguintes so apresentadas figuras compsitas. A tarefa do sujeito reproduzir as figuras de memria, respeitando a dimenso relativa dos diferentes elementos (no se avalia, portanto, o maior ou menos jeito para o desenho). No que concerne aplicao, possvel distinguir 4 modalidades:
Modalidade A a modalidade habitualmente mais utilizada. Cada carto apresentado durante 10 segundos, aps os quais retirado do campo visual. Pede-se ao sujeito que reproduza, de imediato, a figura.
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Modalidade B uma modalidade habitualmente mais utilizada no contexto de investigao. Cada carto apresentado durante 5 segundos, aps os quais retirado do campo visual. Pede-se ao sujeito que reproduza, de imediato, a figura.
Modalidade C esta modalidade no tem tempo limite sendo que, cada carto apresentado permanece no campo visual do indivduo de modo a ser directamente copiado. Esta modalidade especialmente til quando existem dvidas sobre o que ter provocado o mau desempenho no teste: ter sido um dfice na memria visual ou na organizao perceptiva? Se o dfice for na organizao perceptiva, espera-se que o indivduo apresente dificuldades mesmo perante uma tarefa de cpia. No entanto, no faz muito sentido aplicar esta modalidade num processo de avaliao psicolgica em que j tenham sido aplicados outros subtestes que medem a Organizao Perceptiva (p.e. alguns subtestes da WAIS-III e Figura Complexa de Rey).
Modalidade D - cada carto apresentado durante 10 segundos, aps os quais retirado do campo visual. Pede-se ao sujeito que reproduza a figura de memria, aps 15 segundos de reteno. Cotao quantitativa A cotao quantitativa do TRV Benton tem em conta dois parmetros: Eficincia -- n. de cartes correctamente reproduzidos, i.e. sem qualquer erro (dos 10 que so apresentados). A pontuao correspondente eficincia toma o valor de 0 (presena de erros) ou 1 (ausncia de erros). Por exemplo, se o indivduo reproduzir correctamente 9 cartes e apresentar erros num deles, a sua nota de eficcia 9 (1 ponto por cada correcto). Preciso -- n. total de erros nos cartes incorrectamente reproduzidos. Teoricamente, este valor pode ser ilimitado. As notas obtidas referentes eficincia e preciso informam sobre a memria visual, a percepo visual e as aptides grafo-perceptivas, traduzindo o nvel de eficincia actual. Estas medidas proporcionam uma indicao sobre a probabilidade de uma deteriorao mental, sem implicaes etiolgicas nem prognsticas. De facto, embora o TRV de Benton seja uma tarefa de memria a curtoprazo, no que concerne ao propsito inicial de elaborao, o autor pretendia utiliz-lo para despistar situaes de doena mental, cuja presena seria evidenciada por um desempenho deficitrio neste tipo de tarefa. Para isso, Benton procurou comparar o nvel de eficincia actual do indivduo (com o processo patolgico presente) com uma estimativa do nvel pr-mrbido. Nas crianas, os resultados de eficincia e preciso so interpretados em termos de uma inaptido especfica de memria visual e/ou de funo visuo-motora. Nesta populao, no tem lgica levantar a hiptese de existncia de uma Deteriorao Mental na medida em que as crianas ainda se encontram em processo de desenvolvimento.
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importante atender para o facto de existem quadros clnicos (p.e., depresso) em que h perda de eficincia temporria ao longo da presena do quadro. Contudo, em quadros neurolgicos essa perda mantem-se (p.e., Alzheimer). Como fazer a estimativa do nvel pr-mrbido? Idealmente, esta estimativa seria feita recorrendo aos resultados de uma avaliao psicolgica elaborada antes da perturbao. Como na grande maioria dos casos tal no exequvel, opta-se por uma medida mais indirecta: analisar os resultados dos subtestes que medem aptides teoricamente inalterveis ao longo do desenvolvimento do indivduo (mesmo aquando patologia). Estes resultados referentes s aptides inalteradas seriam, ento, comparados com aqueles que so obtidos em subtestes sensveis perda de eficincia (p.e. Matrizes Progressivas; TRV Benton; subtestes da WAIS-III que dependem do raciocnio lgico-abstracto). As estimativas das notas de eficincia e preciso pr-mrbida so feitas atendendo a uma das tabelas que apresentada no Manual do TRV de Benton e que tem por base a idade e o nvel intelectual, obtido na WAIS-III. O nvel intelectual utilizado aquele que extrado da WAIS-III, e no de outro teste de factor g, porque a WAIS composta por alguns subtestes que no so sensveis perda de eficincia mental e, como tal, permitem uma melhor estimativa do funcionamento pr-mrbido. De salientar que, se o indivduo tiver um desempenho heterogneo, faz sentido comparar com o nvel de inteligncia pr-morbido, correspondente ao seu melhor desempenho). Atendendo a esta estimativa, o psiclogo deve comparar aquilo que suposto o indivduo fazer com aquilo que faz realmente. No que concerne eficincia . -2 permite levantar a hiptese de Deteriorao Mental Nota obtida-nota . -3 sugere Deteriorao Mental esperada . -4 ou inferior forte indicao de Deteriorao Mental No que concerne preciso . +3 permite levantar a hiptese de Deteriorao Mental Nota obtida-nota . +4 sugere Deteriorao Mental esperada . +5 ou superior forte indicao de Deteriorao Mental A organicidade a principal causa de um desempenho indicador de Deteriorao Mental. No entanto, antes de se colocar esta hiptese, necessrio excluir outras possveis causas de prejuzo no desempenho do TRV de Benton e que em nada se relacionam com Deteriorao Mental. Algumas destas causas so:
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Depresso grave; Doena fsica incapacitante (principalmente as que afectam a coordenao motora); Esquizofrenia; Dificuldades grafo-perceptivas associadas a uma educao pobre; Pessoas que desejam simular perda de eficincia mental para, p.e., terem direito a reforma antecipada. Estas pessoas diferenciam-se daqueles que, efectivamente, apresentam doena cerebral porque, do ponto de vista quantitativo, do mais erros que os indivduos com deteriorao mental e, do ponto de vista qualitativo, o seu tipo de erros diferente.
Cotao qualitativa: tipos de erros
Omisses:
?
Omisso da figura principal esquerda
Distores:
Perseveraes:
Rotaes:
Deslocamentos:
Caractersticas do desempenho dos pacientes com doena cerebral orgnica Maior n. de Omisses
Uma ou duas omisses podem ocorrer na normalidade. Mais do que duas omisses so raras e sugerem dfice perceptivo ou limitaes ao nvel da memria visual a curto-prazo, principalmente quando as omisses ocorrem sistematicamente para um dos lados (o que pode indicar danos cerebrais no hemisfrio contra-lateral). Presena de Erros de Dimenso
Pacientes com leses cerebrais unilaterais tendem a negligenciar os estmulos do campo visual contra-lateral Pacientes com leses nos lobos frontais apresentam muitos erros de perseverao.
A escala de memria de Wechsler avalia o funcionamento mnsico. A WMS-III foi normalizada em conjunto com a WAIS-III e aplica-se dos 16 aos 89 anos. utilizada em clnica com ndivduos com suspeita de dfice neurolgico. A WMS-III composta por 11 subtestes. Os subtestes Memria Lgica I e II, Faces I e II, Pares Verbais Associados I e II, Gravuras de Famlia I e II, Sequncias Letras-Nmeros e Memria Espacial so de aplicao obrigatria e permitem obter 8 ndices Primrios de desempenho. Os subtestes so resultados padronizados com uma mdia de 10 e um desvio padro de 3. Os ndices Primrios so resultados padronizados com uma mdia de 100 e um desvio padro de 15. Os ndices Primrios avaliam diferentes tipos de memria: memria a curto prazo, memria a longo prazo, memria de trabalho, nas modalidades auditiva e visual. Possibilitam ainda informao sobre os processos de recuperao (evocao e reconhecimento).
NDICES PRIMRIOS Memria Lgica I: subteste que formado por duas histrias curtas que so evocadas imediatamente. Pares Verbais Associados I: lista de 8 pares de palavras no relacionadas, em 4 ensaios, sendo cada um deles seguido de uma tarefa de evocao guiada. A ordem de apresentao dos pares de palavras diferente em cada ensaio. Faces I: apresentao sequencial de um conjunto de 24 faces; reconhecimento imediato do tipo sim/no a partir de um conjunto de 48 faces, as 24 previamente apresentadas mais 24 novas faces. Gravuras de Famlia I: uma gravura com uma famlia e uma srie com 4 cenas em que aparecem alguns dos membros dessa famlia. Aps a apresentao das 4 cenas segue-se uma tarefa de evocao imediata (quem est presente, onde e a fazer o qu?). Memria Lgica II: subteste apresentado 25 a 30 minutos aps o subteste Memria Lgica I. Inclui uma tarefa de evocao diferida e uma tarefa de reconhecimento para cada histria. Pares Verbais Associados II: evocao guiada e reconhecimento da lista de palavras aps 25 a 30 17
Memria Geral
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 minutos da realizao de Pares Verbais Associados I. Faces II: reconhecimento diferido 25 a 30 minutos das 24 faces entre as 48 sucessivamente apresentadas. Memria Gravuras de Famlia II: aps 25 a 30 minutos da Visual Diferida realizao de Gravuras de Famlia I, o sujeito deve responder s mesmas perguntas sem voltar a ver as cenas. Memria Lgica II Reconhecime nto Auditivo Pares Verbais Associados II Sequncias Letras-Nmeros Memria Espacial: tabuleiro com cubos para o sujeito reproduzir sries de diferente extenso, na ordem directa e inversa da apresentao.
Memria de Trabalho
Esta escala avalia os vrios parmetros do funcionamento mnsico e tem acompanhado as edies da WAIS. A WMS determina tambm dfices mnsicos ao nvel intelectual do indivduo, dai ser utilizada em conjunto com a WAIS. Geralmente h concordncia entre o nvel intelectual e as capacidades mnsicas podendo ocorrer, nos indivduos normais, uma variao normativa. Contudo, quando ocorre uma grande discrepncia, portanto, entre as capacidades intelectuais e as capacidades mnsicas, esta tende a sugerir a presena de uma doena neurolgica. Assim, a discrepncia entre o resultado na WMS e o resultado na WAIS permite tirar ilaes sobre a possibilidade ou no de doena neurolgica. Subtestes Opcionais: Informao e Orientao. Lista de Palavras I e II (a lista I apresentada 4 vezes e pede-se ao indivduo uma evocao imediata da mesma, depois apresentada uma lista II e no final da sua apresentao pede-se ao indivduo que recorde novamente a lista I. Apos um perodo de 25-30 minutos pede-se novamente que recorde a lista I lista II funciona como estimulo distractor). Memria Visual I (tarefa semelhante ao Teste de Benton em que os estmulos so apresentados durante 10 segundos e depois pedido ao sujeito uma reproduo) e II (aps a apresentao do estimulo procede-se tendo em conta trs tarefas diferentes: de reconhecimento, de discriminao perceptiva e de cpia). Controlo Mental (composto por um total de 8 itens em que 4 destes avaliam a memria de automatismos - ex.: dizer o abcedrio ou contar at 20 e, os outros quatro itens avaliam a capacidade de realizao de duas tarefas em simultneo ex.: contar de 6 em 6 e dizer um dia da semana entre estas sequncias). Memria de Dgitos (semelhante WAIS).
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Nota: a designao I e II refere-se realizao destes subtestes em dois momentos diferentes, num primeiro momento (momento I), e aps um perodo de cerca de 25-30 minutos (momento II). De enfatizar que, em ambos estes momentos, o sujeito realiza as mesmas tarefas consistindo o momento II numa repetio da realizao da tarefa com o objectivo de avaliao da informao diferida aps o intervalo de reteno (dai que o WMS avalie a memria imediata e a memria geral). Os ndices Compsitos so suplementares e calculam-se a partir de Memria Lgica I e II e Pares Verbais Associados I e II: Aprendizagem num Ensaio: avalia a evocao imediata aps uma nica apresentao de informao auditiva. Curva de Aprendizagem: permite comparar a capacidade de evocao auditiva aps vrios ensaios com a evocao aps o primeiro ensaio. Reteno: permite comparar a evocao diferida, aps um intervalo de 25-30 minutos, com a evocao imediata. Recuperao: compara evocao com reconhecimento. A anlise das discrepncias entre funcionamento mnsico e funcionamento intelectual apresenta semelhanas em relao ao Teste de Benton pela comparao da eficincia actual com a eficincia pr-morbida (medida a partir da WAIS). Este procedimento permite avaliar se as discrepncias so normais ou se indicam uma causa clnica/orgnica. Os dois mtodos para as discrepncias entre o funcionamento intelectual e o funcionamento mnsico so: Mtodo da diferena simples: QIEC ndice Memria Geral (por ser a medida mais fidedigna da memria) = (Apndice C, pp. 288-291, WAIS-III and WMS-III, Technical Manual). Mtodo da diferena prevista (mtodo mais utilizado e recomendado): ndice Memria Geral obtido ndice Memria Geral previsto (com base no QIEC da WAIS-III, atravs de tabelas) = (Apndice B, pp. 264-273, WAIS-III and WMS-III, Technical Manual). Este mtodo permite saber se a discrepncia estatstica e clinicamente significativa e se apresenta uma causa orgnica ou no. (nota: a memria geral o ndice que agrega a memria das tarefas aps um intervalo de reteno memria diferida -, constituindo o melhor indicador da capacidade de memria envolvida nas actividades mais dirias).
MMPI-2
Por comparao com o MMPI, a principal diferena que existe no MMPI-2 uma actualizao que foi feita aos dados normativos utilizados; no se efectuaram quaisquer mudanas nos grupos clnicos de critrios, sob pena de invalidar toda a vasta gama de estudos empricos compilados ao longo dos anos. Caractersticas gerais do instrumento
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Objectivo geral: o MMPI-2 permite caracterizar a personalidade global do indivduo, visando principalmente uma diferenciao entre a normalidade e a patologia, em contexto clnico. De modo a averiguar caractersticas mais especficas da perturbao (eventualmente identificada), ser conveniente recorrer a instrumentos mais especficos. Esta diferenciao entre a normalidade e a patologia faz-se atendendo s escalas mais elevadas do perfil obtido pelo indivduo. Assim, consoante o indivduo tenha pontuaes mais elevadas nas diferentes escalas, isso significa que as suas respostas se aproximaram das dadas pelo grupo clnico critrio (nos quais se baseou a construo da escala). De salientar que isto no significa que o indivduo tem a patologia correspondente escala mais elevada; a interpretao do seu perfil faz-se de uma forma configuracional (utilizam-se mesmo nmeros e no os nomes das perturbaes para designar as diferentes escalas, de modo a evitar estas interpretaes incorrectas). Condies de aplicao: 18 ou mais anos (verso adultos) Durao da aplicao: 1h a 1h30m. Contudo, perante indivduos com patologia, a aplicao mais prolongada e, por vezes, mesmo necessrio reparti-la por vrias sesses (com um intervalo de no mais de uma semana). Formas do teste: Forma caderno e forma caderno de lombada grossa. A forma de lombada grossa tem duas vantagens a destacar: 1. facilita a aplicao do instrumento a indivduos que se encontrem hospitalizados (p.e. na cama); 2. as folhas que constituem o inventrio esto dispostas de modo que as respostas possveis sejam apresentadas juntamente com o item (da que o indivduo no tenha de estar sempre a mudar de folha). A ordenao dos itens nas duas formas idntica. Os 370 primeiros itens so os que possibilitam a cotao (bsica) das escalas de validade e das escalas clnicas, da que possam ser utilizados como uma verso reduzida do inventrio MMPI-2. Forma gravada, muito til para semi-letrados e pessoas com deficin cias sensoria is. Indispensvel: correco de K (concretamente no MMPI-2) Na construo do perfil de personalidade do indivduo, recomenda-se a utilizao da correco de K, a qual permite tornar o perfil mais discriminado no que concerne presena resultados indicadores de patologia, em algumas escalas. Concretamente, a escala K referida como a escala da defensividade, a qual pode existir no indivduo sob a forma de uma tendncia (por vezes no consciente e no deliberada) de falsificar o seu perfil (p.e. nega dificuldades psicolgicas). Esta negao vai fazer com que as suas respostas ao inventrio no conduzam a resultados to elevados nas escalas clnicas; ou seja, a patologia mascarada.
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Este mtodo de correco vai consistir, ento, num aumento do valor ponderado de algumas escalas clnicas, de modo a compensar esta eventual falsificao. De destacar que a maior parte da informao disponvel sobre a interpretao do MMPI-2 baseada em resultados Kcorrigidos e, como tal, a aplicao deste mtodo indispensvel. Deste modo Hs + 0.5 K Pd + 0.4 K Pt + 1 K Sc + 1k Ma + 0.2 K NOTA: as escalas clnicas Depresso, Histeria e Parania no requerem uma correco de K; as escalas Masculinidade-Feminilidade e Introverso Social no so escalas clnicas. De atender que, em casos de normalidade do indivduo, esta correco vai fazer com que o indivduo possa obter um perfil a tender para o patolgico. Contudo, tal situao constitui-se como uma excepo, na medida em que, habitualmente, o MMPI-2 aplicado nos casos em que se suspeita da presena efectiva de psicopatologia. Algumas consideraes relativamente interpretao das escalas A interpretao do MMPI-2 realiza-se do geral para o particular, i.e., importante primeiro atender s escalas mais elevadas, e aps a integrao da informao destas escalas com os dados da histria clnica, realiza-se a interpretao das escalas mais baixas atendendo sempre aos dados da histria clnica. Os resultados baixos no so fceis de interpretar, assim sendo, importante proceder interpretao dos resultados baixos tendo em conta os resultados nas outras escalas. Desta forma, p.e., um resultado elevado na escala 2 (depresso) associado a um resultado baixo na escala 9 (Hipomania) no de estranhar, uma vez que, estas duas escalas avaliam variveis exactamente opostas.
Escalas de Validade
Escala ? (No Sei) Corresponde ao total dos itens sem resposta e dos itens respondidos simultaneamente V e F. Resulta de: descuido ou confuso; tentativa de no admitir aspectos indesejveis do prprio (omitir para no mentir); indeciso; falta de experincia sobre o contedo do item Protocolos com mais de 10 itens omitidos devem ser interpretados com grande reserva e protocolos com mais de 30 itens omitidos no devem ser interpretados. Deve-se sempre encorajar o sujeito a responder ao maior nmero de itens possvel.
Resultad Interpretao 21
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 o Bruto 0-2 Normal. O cliente omitiu poucos ou nenhuns itens. Suave. O cliente omitiu levemente mais itens do que o considerado normativo. As escalas cujos itens foram omitidos devem ser verificadas. Existe pouca probabilidade de distoro do perfil a menos que todos os itens omitidos sejam da mesma escala. Moderado. O cliente omitiu mais itens do que o considerado normativo. Se possvel, o cliente deve ser encorajado a completar os itens omitidos. O perfil pode ter uma validade questionvel se o nmero de itens omitidos se aproxima de 25. Elevado. O cliente no apresenta disposio ou incapaz de completar o MMPI-2 de forma apropriada. Pode ser manifestamente cuidadoso na tentativa de no revelar qualquer informao significativa sobre si, obsessivamente incapaz de tomar uma deciso relativamente a numerosos itens ou simplesmente nocooperativo no tendo, por isso, respondido aos itens. Se possvel, o clnico deve pedir ao cliente para completar os itens omitidos ou para re-administrar todo o teste.
3-5
6-25
Superior a 26
Escala L Foi construda para detectar tentativas deliberadas e pouco sofisticadas para transmitir uma imagem de si favorvel. Os 15 itens que a constituem retratam pequenas falhas que a maior parte das pessoas est disposta a admitir. So os do MMPI original e foram seleccionados segundo uma metodologia racional, e.g. No gosto de todas as pessoas que conheo. O sentido desviante de resposta Falso. O nmero mdio de itens da escala L respondidos no sentido desviante na amostra normativa 3. Se um resultado baixo em L surgir associado a um resultado baixo em K e a resultados altos em F podemos estar na presena de uma excessiva auto-crtica e exagero de atributos negativos.
Resulta do T Superior a T65 Interpretao Elevados. A pessoa no est a ser honesta e franca nas suas respostas. Nas restantes escalas esta atitude vai originar resultados mais baixos e o sujeito aparentar um melhor ajustamento psicolgico. O protocolo no deve ser interpretado. Moderados. Defensividade, mas o protocolo pode ser interpretado se se tomar em linha de conta esta caracterstica. Estas pessoas so convencionais e socialmente conformistas, so rgidas e moralistas e sobrevalorizam o seu valor pessoal. Utilizam excessivamente mecanismos de defesa como a represso e a negao e tm pouco insight sobre as suas motivaes e sobre as consequncias dos seus comportamentos nos outros. 22
T55-T65
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 Baixos. A pessoa respondeu com franqueza e tem suficiente confiana em si para poder admitir pequenas falhas. So pessoas socialmente atentas, confiveis e independentes. Aparentam ser fortes, tranquilas, agem com naturalidade e tm facilidade em assumir papis de liderana. Comunicam as suas ideias com facilidade embora por vezes possam parecer cnicas e sarcsticas.
Inferior a T50
Escala F Composta por 60 itens que retratam caractersticas diversas, i.e. atitudes e comportamentos anti-sociais, hostilidade, pensamento paranoide, problemas de sade, etc. Estes itens foram seleccionados por terem sido respondidos em sentido desviante por menos de 10% da amostra normativa. Caractersticas associadas a resultados elevados na escala F: turbulncia emocional, ansiedade e depresso, sentimentos de tristeza e de falta de esperana, perturbaes do sono e dificuldade em lidar com os acontecimentos stressantes do dia a dia, poucas relaes de amizade, inaptido social, pouca motivao para a conquista e intolerncia frustrao.
Resultad oT Interpretao Extremamente Elevados. Perfil provavelmente invlido. A pessoa pode ter respondido ao acaso, pode ter respondido s verdade ou estar a tentar transmitir uma imagem de si muito negativa (Faking bad). Na populao psiquitrica, resultados desta ordem remetem para psicopatologia muito grave com delrios, alucinaes, embotamento afectivo. O diagnstico de psicose provvel. Muito Elevados. Possvel exagero da sintomatologia e dos problemas. Tambm pode acontecer que o sujeito tenha respondido a todos ou quase todos os itens do MMPI-2 no sentido Falso. Resultados desta ordem tambm surgem em pacientes psiquitricos, especialmente em psicticos. Elevados. Convices sociais, polticas ou religiosas um tanto extremadas e eventualmente desviantes. Pacientes com perturbaes neurticas ou mesmo psicticas tm resultados desta grandeza. Moderados. Corresponde a uma elevao moderada e significa que a pessoa pode ter respondido no sentido desviante a um conjunto de itens especficos, sugerindo dificuldades numa determinada rea (trabalho, sade, relaes familiares). No geral a pessoa funciona adequadamente. Baixos. Pessoas conformistas, adequadas e sem psicopatologia. Considerar, no entanto, a possibilidade de falsificao no sentido 23
Superior a T100
T80-T99
T65-T79
T65-T50
Inferior a T50
Escala FB Esta escala foi originalmente desenvolvida para a forma experimental do MMPI-2. Uma vez que os itens da escala F surgiam no incio do caderno de respostas foi criada esta escala para avaliar a validade das respostas aos itens que se encontravam no final do caderno. A escala FB constituda por 40 itens, respondidos no sentido desviante por menos de 10% da amostra normativa. Num protocolo em que a escala F reflecte validade das respostas, uma elevao em FB sugere uma atitude de resposta aos ltimos itens do teste invlida. Neste caso as escalas bsicas podem ser interpretadas, mas no correcto interpretar as escalas suplementares e de contedo (que se baseiam no itens que esto no final caderno). claro que se a escala F no indicar validade, o protocolo no deve ser interpretado. H pouca investigao sobre a escala FB e por isso recomenda-se a utilizao dos cut-offs da escala F na sua interpretao. Para um enviezamento de respostas, resultados elevados nesta escala acompanham-se de resultados T>80 na escala TRIN (na direco de verdadeiro).
Resultad oT Superior a T110 Interpretao Muito Elevados. o perfil tende a ser invlido. Estes clientes tendem a mostrar-se severamente desorganizados e psicticos se responderam aos itens de forma precisa; estas caractersticas so aparentes na entrevista clnica. Elevados. o perfil pode ser invlido; outros indicadores de validade devem ser tidos em conta para determinar em que medida o cliente sinalizou psicopatologia (overreporting). Se os itens foram respondidos de forma precisa, a elevao reflete a severidade do distress e a extenso de psicopatologia que o cliente est a experienciar (que ser claramente aparente na entrevista clnica). Estes inidividuos tendem a ser diagnosticados como tendo uma perturbao do comportamento severa ou como psicticos, dependendo da sua idade e tipo de facilidade de tratamento. Moderados. clientes que reconhecem as experincias incomuns representadas nas escalas mais do que o normativo. As elevaes reflectem a extenso e a severidade da psicopatologia do cliente, e a forma como o cliente se adaptou sua psicopatologia. Normais. Clientes que apresentam disposio para reconhecer um nmero tpico de experincias incomuns.
T81-T110
T59-T80
T46-T58
Escala F(p)
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Esta escala constituda por 27 itens e um complemento da escala F. Pretende identificar respostas pouco frequentes quer na amostra normativa quer na amostra psiquitrica. A grande vantagem desta escala em relao F exactamente facilitar a diferenciao entre pessoas que tentam deliberadamente passar uma imagem negativa de si e doentes psiquitricos. Resultados F(P) > T100 sugerem faking bad. Escala K Detecta tentativas subtis de negao da psicopatologia e de transmisso de uma imagem de si mais favorvel, ou, pelo contrrio, de exagero de psicopatologia e transmisso de uma imagem de si desfavorvel. A escala K do MMPI-2 inclui os 30 itens da escala K original. Os itens da escala K cobrem diversas reas de contedo: hostilidade, desconfiana, conflitos familiares, falta de confiana em si, tendncia para ter preocupaes excessivas). Ainda que resultados acima da mdia indiquem defensividade, elevaes moderadas podem igualmente reflectir uma maior fora do ego e a presena de recursos psicolgicos. Quando resultados moderados so encontrados em pessoas que no aparentam perturbao psicolgica e que funcionam relativamente bem provvel que reflictam caractersticas positivas e no defensividade.
Resulta do T Superior a T65 Interpretao Muito Elevados. h uma forte sugesto de falsificao no sentido favorvel (faking good) ou ento de um padro de respostas sempre Falso. Elevados. Defensividade - negao de sintomas e de problemas, tentativa de transmitir uma imagem de adequao, controlo e eficcia. Intolerncia no que diz respeito aceitao de comportamentos e crenas pouco convencionais. Ausncia de insight sobre o seu funcionamento psicolgico. So vistos pelos outros como tmidos, inibidos e hesitantes. Quando um resultado em K muito elevado e se faz acompanhar por elevaes nas escalas clnicas estamos na presena de uma pessoa francamente perturbada que tem pouca noo dos seus problemas e dificuldades. Mdios. Adequado equilbrio entre uma avaliao positiva de si e o reconhecimento crtico de aspectos negativos do self. So pessoas psicologicamente bem ajustadas, que manifestam poucos sinais de perturbao emocional. So independentes, confiantes e capazes de lidar com os seus problemas de um modo adequado. Baixos. Exagero na sintomatologia. Pessoas muito crticas em relao a si prprias e aos outros, ineficazes no modo como lidam com as dificuldades do dia a dia, com pouco insight sobre as suas motivaes e comportamentos. So conformistas, respeitadoras da autoridade, inibidas e desconfiadas em relao s motivaes das 25
T55-T65
T40-T55
Inferior a T40
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 outras pessoas. Sugesto de falsificao no sentido desfavorvel (faking bad) ou de um padro de respostas sempre Verdade.
Escala S Escala constituda por 50 itens que avaliam a tendncia que algumas pessoas tm para mostrar que se do muito bem com os outros, que so muito virtuosas, responsveis, livres de problemas psicolgicos, com poucas ou nenhumas falhas morais. Os resultados da escala S esto muito correlacionados com os resultados da escala K. Pensa-se que S mede sensivelmente o mesmo que K e que pode ser til na identificao de pessoas normais que esto a tentar passar uma imagem mais positiva de si quando respondem ao MMPI-2. Esta escala no to eficaz a identificar defensividade ou atitude faking good junto de doentes psiquitricos. Considera-se que um resultado bruto igual ou superior a 29 distingue pessoas que respondem com honestidade de pessoas que respondem tentando dar uma imagem de si favorvel (faking good). Mais estudos sobre esta escala so, no entanto, necessrios. Os resultados nesta escala podem, conjuntamente com os resultados na escala K, identificar as pessoas que enviezam as suas respostas no sentido de faking good.
Indicadores de Consistncia
Escala VRIN Esta escala proporciona informao sobre a tendncia para responder de forma inconsistente aos itens do MMPI-2. constituda por 47 pares de itens com contedo semelhante ou oposto. Resultados na escala VRIN > T80 sugerem um padro inconsistente de resposta e sugere a possibilidade do protocolo ser invlido e no interpretvel. A escala VRIN deve ser utilizada em conjunto com a escala F. Resultados elevados em F e em VRIN suportam a hiptese e Resposta ao Acaso. Resultados elevados em F e resultados mdios ou baixos em VRIN sugerem: Perturbao psicolgica grave; Tentativa de passar uma imagem desfavorvel de si;
Respostas s Verdade ou s Falso. Para esclarecer esta hiptese necessrio analisar TRIN Escala TRIN Esta escala foi desenvolvida para detectar padres de resposta inconsistente quer por o sujeito responder a todos os itens Verdade, quer por responder a todos os itens Falso. constituda por 20 pares de itens que tm um contedo oposto.
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Um resultado bruto de 13 ou mais (T>80 Verdade) sugere tendncia para responder Verdade de um modo indiscriminado. Um resultado bruto de 5 ou menos (T>80 Falso) sugere tendncia para responder Falso de um modo indiscriminado. Ambos invalidam o protocolo.
Escalas Clnicas
Escala 1 (Hiponcondria) Originalmente desenvolvida para identificar pacientes com Hipocondria. Este diagnstico caracteriza-se por uma preocupao com o funcionamento do corpo e por medos relativos presena de eventuais doenas.
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Pessoas com doenas fsicas reais tm resultados moderados nesta escala ( T60). Pessoas mais velhas tm resultados ligeiramente mais elevados do que os dos adultos da amostra de estandardizao, o que provavelmente reflecte o declnio da sade com a idade. T>80 Preocupaes muito acentuadas e at bizarras com o funcionamento do corpo. Quando a escala 3 tambm est elevada devemos considerar a hiptese de perturbao de converso. Se a escala 8 acompanhar a elevao da escala 1 podem ocorrer delrios somticos. T= 60-80 queixas somticas vagas e de natureza no especfica. Quando surgem sintomas especficos, estes incluem: dor crnica, dores de cabea e perturbaes gastrointestinais. Outros sintomas caractersticos so: fraqueza crnica, falta de energia, fadiga e perturbaes do sono, preocupao com a sade e tendncia para desenvolver sintomas fsicos em resposta ao stress. Do ponto de vista dos atributos da personalidade, estas pessoas so: egostas, narcsicas, pessimistas, derrotistas, cnicas, insatisfeitas, infelizes e fazem os outros infelizes. So muito queixosas, exigentes e crticas para com os outros ainda que expressem a hostilidade de modo indirecto. So pessoas pouco ambiciosas e pouco entusiastas, que funcionam num nvel reduzido de eficincia. Consideram-se doentes e procuram explicaes e tratamentos mdicos para os seus sintomas. Tm pouco insight em relao possvel origem psicolgica dos seus sintomas, resistindo a interpretaes psicolgicas. So maus candidatos para psicoterapia. Os seus problemas tendem a ser mais crnicos do que situacionais. Resulta Interpretao do T Baixo. um grupo heterogneo visto que a sua caracterstica comum a no confirmao de sintomas hipocondracos. So descritos como alertas, espontneos, menos provveis de se preocuparem com a sua sade, tm falta de energia ou parecem Inferior cansados, e no so desnecessariamente preocupados acerca de a 45 reaces adversas dos outros. As pessoas que trabalharam ou viveram com hipocondracos tambm tendem a apresentar resultados baixos nesta escala.
45-57 Normal. Estes clientes tm um nmero tpico de sintomas fsicos. Moderado. Resultados no limite inferior deste intervalo so tpicos em pessoas com incapacidades fsicas e pessoas com doena fsica real. Estes clientes podem ter alguma preocupao acerca do seu funcionamento corporal e so provavelmente vistos como imaturos, teimosos, e com falta de orientao. Elevado. Envolve qualquer populao caracterizada pela preocupao excessiva acerca das funes corporais e sintomas hipocondracos vagos. Estes clientes esto excessivamente preocupados com sintomas fsicos vagos e podem us-los para manipular e controlar os outros. Eles so cnicos, queixosos, exigem ateno, e geralmente so negativos e pessimistas. O prognstico 28
58-64
65 e superior
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 de interveno psicolgica ou fsica reservado. Estes clientes focam-se em sintomas corporais vagos e resistem a qualquer forma de resoluo. Adicionalmente, os indivduos com estes resultados so descritos como pessimistas, azedos na vida, e evidenciando inadequao e ineficincia pessoal de longa durao. Parecem ter um gosto especial em exagerar as doenas do mundo e da sua prpria situao.
Escala 2 (Depresso) Originalmente desenvolvida para identificar pacientes com Depresso. Os principais sintomas de Depresso so: desnimo, falta de esperana no futuro, insatisfao com a vida. A escala 2 um excelente indicador do grau de insatisfao com a vida. Resultados muito elevados sugerem depresso clnica, resultados moderados indicam desnimo e falta de envolvimento com a vida. Os resultados da Escala 2 so influenciados pela idade: adultos mais velhos tm resultados superiores. T>70 presena de sintomas depressivos: tristeza, ausncia de esperana, pessimismo em relao ao futuro e em relao capacidade de superar dificuldades, ideao suicida, desvalorizao e sentimentos de culpa, falta de energia, falta de prazer, choro, lentido psicomotora, queixas fsicas, perturbao do sono, fadiga, agitao, tenso, dificuldades de concentrao, medos, irritao, preocupaes excessivas e injustificadas, falta de confiana, introverso, timidez
Resulta do T Interpretao Baixo. Estes clientes tendem a estar em alerta, serem sociveis, activos e, efectivos numa variedade de tarefas. Resultados neste intervalo sugerem que os clientes no esto adversamente afectados pelos comportamentos que os levaram a uma avaliao. Tm menos probabilidade de sofrerem de insnias ou de se preocuparem com a sade e maior probabilidade de serem divertidas e auto-confiantes. Algumas pessoas com baixos resultados tambm so descritas como descontroladas; isto pode ser manifesto por exibicionismo, impulsividade, e imprudncia. Para alguns, a sua actividade, agressividade, e tendncia de exibio interfere com as suas relaes interpessoais.Deve-se ter a certeza que estes comportamentos so apropriados para a situao e contexto da pessoa (i.e., os clientes raramente pontuam neste intervalo). Normal. Estes clientes tm um nmero tpico de atitudes e comportamentos que reflectem depresso sintomtica. Moderado. Estes clientes esto insatisfeitos com algo ou com eles mesmos, mas podem no reconhecer este estado como depresso. O seu grau mdio de insatisfao pode representar apropriadamente a situao. Ou podem no estar realmente preocupados acerca do que est a acontecer com eles, ou podem ter aprendido a ajustarem29
Inferior a 45
45-57 58-64
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 se a uma existncia depressiva crnica. Estas pessoas so vistas como timidas, propicias a preocupao e depresso, e insatisfeitas, quer com elas mesmas quer com a sua situao pessoal. Elevado. Estes clientes exibem uma tristeza e humor depressivo geral quer acerca da vida quer acerca deles mesmos. O clnico pode determinar a fonte deste humor depressivo perguntando ao cliente ou examinando as escalas clnicas. medida que os resultados aumentam, o pessimismo, depresso, e desespero comeam a invadir a vida inteira do cliente. Estes clientes tendem a estar deprimidos, retraidos, culpados e auto-depreciativos. As pessoas com resultados elevados nesta escala esto a reconhecer o seu desconforto e insatisfao pessoal com o seu nvel de funcionamento actual. O seu sofrimento subjectivo pode representar ansiedade e os seus concomitantes, ou pode representar uma condio depressiva genuina.
65 e superior
Escala 3 (Histeria) Originalmente desenvolvida para identificar pacientes que tm reaces histricas a situaes de stress. Alguns dos itens desta escala reportam a queixas fsicas de natureza especfica, por exemplo, dores no peito e corao, nuseas e vmitos, dores de cabea. Outros reflectem a negao de problemas psicolgicos e de desconforto em situaes sociais. Os resultados da Escala 3 so influenciados pelo nvel intelectual (pessoas com um nvel intelectual superior obtm pontuaes superiores) e pelo gnero (as mulheres obtm resultados superiores). Tal como acontece com a escala 1, pessoas com doenas reais sem grande participao de factores psicolgicos, obtm resultados prximos de T60. T>80 sintomatologia histrica clssica. Pessoas com resultados elevados reagem ao stress e s responsabilidades atravs do desenvolvimento de sintomas fsicos. Estes sintomas no tm, no entanto, o padro de nenhuma perturbao orgnica. Os sintomas surgem repentinamente em situaes de stress e desaparecem quando os factores de stress desaparecem. Estas pessoas no sentem grande perturbao emocional, mas referem, por vezes, sentimentos de tristeza e de ansiedade. Falta de energia, cansao e perturbaes do sono so frequentes. Estas pessoas tm pouco insight sobre possveis causas da sua sintomatologia, sobre as suas motivaes e sentimentos. So imaturas e at infantis, auto-centradas, narcsicas e esperam grande ateno e afecto dos outros. Quando no recebem essa ateno mostram um ressentimento indirecto. Os afectos mais negativos so negados. Embora tenham facilidade nas relaes sociais estas relaes so superficiais e imaturas. Um dos diagnsticos mais frequentes Perturbao de Converso.
Resulta do T Interpretao 30
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 Baixo. Estes clientes tendem a ser sarcsticos, timidos, no aventureiros e socialmente isolados. Tendem a sentir que a sua vida difcil e, sentem-se cansadas. So vistos como tendo interesses limitados e sendo socialmente conformistas. So vistas como tendo poucas defesas para as proteger do ambiente externo e consequentemente so vulnerveis a ambiente sobrecarregador e duro. Normal. Estes clientes tm um nmero tpico de preocupaes acerca do seu funcionamento fsico e dos motivos das outras pessoas. Moderado. Estes clientes so provavelmente exibicionistas, extrovertidos e superficiais. So ingnuos, auto-centrados, e negam quaisquer problemas. Preferem olhar para o lado optimista da vida e evitar questes desagradveis. Elevado. Estes clientes so ingnuos, sugestiveis, tm falta de insight acerca do seu comportamento e do comportamento dos outros, e negam quaisquer problemas psicolgicos. As pessoas com resultados elevados nesta escala so descritas como egocntricas, imaturas, e infantis. Exigem ateno e so manipuladoras nas relaes interpessoais. Tendem a no ser inibidas nas suas relaes sociais, embora se relacionem com os outros num nvel superficial e imaturo. A sua insensibilidade aos outros e falta de empatia reflecte o seu envolvimento egocentrico. Debaixo de stress, iro aparecer sintomas fsicos especficos. Eles olham para solues simplistas, concretas para os seus problemas, solues que no requerem autoexame. As suas defesas primrias so negao e represso, e geralmente estas pessoas parecem ser defensivas e supercontroladoras. Tendem a ser emocionalmente imaturas e lbeis. Um medo profundo da dor, emocional e fsica, pode caracterizar as pessoas com resultados elevados nesta escala.
Inferior a 45
45-57
58-64
65 e superior
65, em que cada escala seguinte maior do que a anterior (portanto, a escala 1 a mais baixa, a escala 2 mais elevada que a escala 1, e a escala 3 a mais elevada). Este padro tipicamente encontrado em mulheres que tm histria de queixas ginecolgicas. Estas mulheres relatam muitos problemas conjugais, incluindo queixas sexuais tais como frigidez e uma histria longa de sade debilitada. Os homens com esta configurao provavelmente tm estados crnicos de ansiedade e exibem efeitos fsicos de tenso prolongada e preocupao, tais como problemas gstricos e lceras. Em ambos, homens e mulheres, esta configurao reflecte uma mistura de caractersticas depressivas com numerosos sintomas fsicos. Falta de insight psicolgico e resistncia interpretao psicolgica do comportamento so tpicos de clientes com esta configurao. Escala 4 (Desvio Psicoptico) Originalmente desenvolvida para identificar pacientes com o diagnstico de personalidade psicoptica. Os itens que a constituem cobrem vrias temticas: insatisfao com a vida, problemas familiares, delinquncia, problemas sexuais e problemas com a autoridade. Os resultados desta escala so influenciados pela idade: os jovens tem resultados ligeiramente mais elevados do que as pessoas mais velhas. Esta escala pode ser entendida como uma medida de rebeldia. Resultados mais elevados esto associados passagem ao acto de uma forma anti-social e criminosa. Resultados moderados expressam uma rebeldia socialmente modulada.
32
T>75 dificuldade na incorporao dos valores e normas da sociedade. Comportamentos anti-sociais i.e. mentira, roubo, comportamentos sexuais promscuos, abuso de lcool e drogas. Rebeldia e conflitos com a autoridade. As relaes familiares/matrimoniais so conflituosas e os familiares tendem a ser responsabilizados pelas dificuldades. Na escola/trabalho os resultados no so bons. Impulsividade, intolerncia frustrao e procura da satisfao imediata. Incapacidade de aprender com a experincia. Ausncia de culpa. Imaturidade, egocentrismo, insensibilidade s necessidades e sentimentos dos outros. Numa primeira impresso, transmitem uma imagem favorvel e sedutora, mas estabelecem relaes superficiais e narcsicas. So pessoas extrovertidas, activas, aventureiras, espontneas, que passam por inteligentes e autoconfiantes. So hostis e agressivas, cnicas e vingativas. As mulheres tendem a mostrar esta agressividade de modo mais indirecto. Os diagnsticos mais frequentes so Perturbao da Personalidade Antisocial ou Perturbao Passiva-agressiva.
Resulta do T Interpretao Baixo. Estes clientes tendem a ser rgidos, convencionais, conformistas e submissos. Usualmente so capazes de tolerar muita mediocridade, e aborrecimento. Os homens tm falta de interesse na actividade heterossexual, particularmente se este o ponto mais baixo do perfil. Tm menos probabilidade de serem mal humorados, ficarem zangados, ou agir com teimosia. Estas pessoas so socialmente constrangidas e tm interesses limitados. Normal. Estes clientes tm um nmero tpico de preocupaes acerca dos membros da famlia e figuras de autoridade. Esto confortveis com eles mesmos e com os outros. Moderado. Estes clientes podem estar genuinamente preocupados com problemas e questes sociais; podem responder a conflitos situacionais, ou podem ter um ajustamento a um nvel habitual de conflito social e interpessoal. Se o conflito situacional, o resultado deve voltar ao intervalo normal quando o conflito for resolvido. Elevado. Estes clientes esto a lutar contra algo, que usualmente alguma forma de conflito com membros da sua famlia ou com figuras de autoridade. Estes conflitos podem no ser necessariamente agidos explcitamente; a rebeldia e raiva contra os outros rapidamente aparente mesmo nestes casos. So provavelmente no confiveis, egocentricos, e irresponsveis. Podem no ser capazes de aprender a partir da experincia ou planear. Estes clientes tm uma fachada social boa e causam uma boa impresso inicial, mas as caractersticas psicopatas iro surgir em interaces mais longas e em situaes de stress. As pessoas com resultados elevados nesta escala usualmente so descritas em termos desfavorveis: zangadas, impulsivas, emocionalmente superficiais, e imprevisveis. So socialmente inconformistas, negligenciam regras sociais e convenes em geral e figuras de autoridade em particular. So pessoas que revelam 33
Inferior a 45
45-57
58-64
65 e superior
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 irresponsabilidade, falta de confiana, mau humor, e ressentimento. Muitas vezes tm uma longa histria de relaes familiares e sociais inadequadas. Elevaes nesta escala esto positivamente correlacionadas com frequncia de comportamentos delinquentes e criminosos.
Escala 5 (Masculinidade-Feminilidade) Escala de atitudes e interesses (interesses profissionais, hobbies, preocupaes e medos, relaes familiares, etc.) No MMPI, a escala 5 era muito influenciada pelo nvel educacional dos sujeitos. Esta influncia no to evidente no MMPI-2. Long, Graham e Timbrook (1994) verificaram que homens e mulheres de nvel educacional superior tm resultados cerca de 5 pontos de nota T acima dos resultados obtidos por homens e mulheres com nvel educacional baixo. Estas diferenas reflectem a variedade de interesses das pessoas de nvel educacional superior e no justificam interpretaes diferenciadas em funo do nvel de educao. Resultados elevados: Nos homens reflectem variedade de interesses e ausncia de interesses estereotipados (tipicamente masculinos): interesses estticos, artsticos, capacidade para participar nas tarefas caseiras, na educao dos filhos. Nas mulheres so pouco frequentes e indicam rejeio do papel tradicional feminino. Resultados Baixos: Nos homens reflectem interesses tipicamente masculinos. Nas mulheres reflectem interesses tipicamente femininos (por exemplo, so mulheres que tiram grande prazer do seu papel de esposas e mes).
Resulta do T
Interpretao (Homens)
Interpretao (Mulheres) Estas mulheres tendem a ser recatadas, sedutoras, e parecerem indefesas. Elas superidentificam-se com o papel feminino e por vezes so bastante caricaturantes dele. Este comportamento pode ser subtilmente manipulador ou podem conceber-se a elas mesmas como realmente indefesas. Estas mulheres tm interesses e actividades genuininamente femininas tradicionais. 34
Inferior a 45 Baixo
Estes homens identificam-se muito fortemente com o papel masculino tradicional, e podem ser compulsivos e inflexveis acerca da sua masculinidade.
45-57 Normal
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 Estes homens tendem a ter interesses estticos tais como arte, musica, e literatura. Podem ser passivos e preferir trabalhar nos problemas de forma dissimulada e indirecta. Estas mulheres so menos tradicionalmente orientadas para o papel feminino, e tm um interesse nas actividades masculinas tambm. Estas mulheres podem ou no ter interesses masculinos reais, mas so definidas como no interessadas em parecer ou comportar-se de acordo com um papel feminino tradicional. Podem tornar-se ansiosas se esperam que elas limitem o seu comportamento ao que prescrito pelo papel feminino tradicional. provvel apresentarem comportamento agressivo, enquanto que o comportamento homossexual no provvel de ser encontrado.
58-64 Moderad o
65 e superior Elevado
Estes homens so passivos, direccionados para o interior, e tm interesses e actividades estticas. No se identificam com o papel masculino tradicional. Homossexuais auto-proclamados e pessoas que pretendem admitir abertamente as suas preocupaes homossexuais iro ter estes resultados.
Escala 6 (Parania) Originalmente desenvolvida para identificar pacientes com sintomas paranides como: ideias de referncia, sentimentos de perseguio, autoconceito grandioso, desconfiana, sensibilidade crtica, rigidez. Esta escala produz poucos falsos positivos: pessoas com resultados elevados nesta escala tm sintomas paranides. T>70 provvel psicose, sobretudo se a escala 6 for a mais elevada do perfil. Nestes casos, encontramos alteraes do pensamento (delrios de perseguio ou de grandeza) e ideias de referncia. So pessoas que se sentem maltratadas pelos outros e que reagem com zanga e ressentimento. Assim, utilizam o mecanismo de defesa projeco (a hostilidade posta nos outros o que justifica o ressentimento). Os diagnsticos mais frequentes so o de esquizofrenia e o de parania. T= 60-70 sintomas psicticos no so comuns. So pessoas que tm, no entanto, traos de personalidade paranide: sensibilidade crtica, fazem-se de vtimas e acham que toda a gente as quer prejudicar, culpam os outros pelas suas dificuldades. So desconfiadas e reservadas, hostis, ressentidas e esto sempre a argumentar. So moralistas e rgidas nas suas opinies e atitudes.
Resulta do T Inferior a 45 Interpretao Baixo. As pessoas com resultados baixos nesta escala na populao psiquitrica so frequentemente descritas como teimosas, evasivas, e explicitamente cautelosas. As pessoas normais com resultados 35
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 baixos nestas escalas so descritas geralmente em termos positivos: socialmente competentes, dignas de confiana, equilibradas, e convencionais. Estes clientes tm interesses limitados e tendem a ser insensveis ou no conscientes dos motivos das outras pessoas. Normal. Estes clientes so interpessoalmente sensveis e pensam clara e racionalmente. Moderado. Profissionais de sade mental que so interpessoalmente sensiveis e empticos com os outros frequentemente tm resultados neste intervalo. Estes clientes podem estar explicitamente sensiveis ao criticismo e personalizar a aco dos outros em direco a eles mesmos. Elevado. As pessoas com resultados elevados nesta escala so geralmente descritas como sendo desconfiadas, hostis, defensivas, explicitamente sensveis, argumentativas, e propicias a culpar os outros. Elas tendem muitas vezes a exprimir a sua hostilidade explicitamente e racionalizam isso como resultado de algo que os outros lhes fizeram. Embora possam no evidenciar realmente uma perturbao do pensamento psictico, usualmente evidente uma estrutura de carcter paranide. Mas uma perturbao do pensamento ou ilusional pode estar rapidamente aparente.
45-57
58-64
65 e superior
Inferior a 45
45-57
58-64
65-89
90 e superior
Escala 8 (Esquizofrenia) Originalmente desenvolvida para identificar pacientes com Esquizofrenia. Alguns dos itens referem-se a sintomas psicticos (delrios, alucinaes, embotamento afectivo), outros reflectem preocupaes, insatisfao, medos, relaes familiares pobres, dificuldade no controlo dos impulsos e inadaptao social. Os resultados da Escala 8 so influenciados pela idade: os jovens tem resultados superiores. Resultados extremamente elevados (T superior a 100). As pessoas com resultados extremamente elevados nesta escala so caracterizadas por sofrerem stress prolongado e severo, acompanhado por uma descompensao aguda, se os itens foram confirmados consistentemente e precisamente. Estas caractersticas iro ser rapidamente aparentes na entrevista clnica. Estas pessoas tipicamente no so esquizofrnicas; mais provvel que estejam a experimentar reaces psicticas agudas. T>90 Normalmente no sugere psicose, reflectindo perturbao psicolgica aguda ou falsificao do perfil. T= 75-90 Psicose
37
Resultados elevados nesta escala podem reflectir caractersticas esquizides (So pessoas que no se sentem parte do seu ambiente social, sentem-se isoladas, alienadas e pouco aceites pelos pares. So reservadas e evitam lidar com pessoas e com novas situaes). Sugerem, igualmente, apreenso, ansiedade, dificuldades de concentrao, tristeza e depresso, pessimismo, ideao suicida, hostilidade, ressentimento, tendncia para sonhar acordado e mesmo dificuldade em separar realidade e fantasia. Reflectem, igualmente, dvidas, insegurana, sentimentos de inferioridade e insatisfao. Estas pessoas so vistas como no convencionais, inconformistas, excntricas.
Resulta do T Interpretao Baixo. Estes clientes so convencionais, realistas, com interesses muitos prticos e pouco interessados em questes tericas ou filosficas. No so imaginativos e so concretos, podendo ter dificuldade com pessoas que percebem o mundo de maneira diferente da deles. As pessoas com resultados baixos nesta escala so vistas como sendo obedientes, submissas, e explicitamente aceitando a autoridade. Normal. Esquizofrnicos crnicos que se ajustaram ao seu processo psictico podem ter resultados neste intervalo. Caso contrrio, os clientes relatam um nmero tpico de preocupaes acerca deles mesmos e de como se relacionam com os outros. Moderado. Estes clientes pensam diferentemente dos outros, os pensamentos podem reflectir criatividade, uma atitude inovadora, ou processos reais do tipo esquizide. Estes clientes tendem a evitar a realidade atravs da fantasia e sonhar acordado. Elevado. Estes clientes sentem-se alienados e remotos do seu ambiente, o que pode reflectir um processo psictico real ou situacional ou sofrimento pessoal. As intervenes teraputicas devem ser directivas e apoiantes e frequentemente requerem medicamentos psicotrpicos. As pessoas com resultados elevados nesta escala so descritas como frias, apticas, alienadas, incompreendidas, e tm dificuldades em pensar e comunicar, o que se pode reflectir numa perturbao do pensamento psictica real. Estes indivduos podem sentir que tm falta de algo essencial para serem uma pessoa real. Tendem a preferir sonhar acordados e fantasiar, a relaes interpessoais. Sentem-se isolados, inferiores, e insatisfeitos consigo mesmos. medida que se aproxima de um resultado de 75, as peculiaridades no pensamento e lgica tornamse mais aparentes ou, processos de pensamentos esquizofrnicos ou esquizides reais podem ser evidentes. medida que o resultado se aproxima de 80, a presena de uma perturbao do pensamento provvel. As pessoas com resultados elevados nesta escala podem parecer confusas e desorientadas e podem ter julgamento pobre. Frequentemente demonstram caractersticas depressivas associadas e retardao psicomotora. Todos estes comportamentos podem ser um resultado de um processo esquizofrnico, um ajustamento 38
Inferior a 45
45-57
58-64 65-89
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 esquizide, ou stress prolongado e severo. Muito elevado. Estes clientes esto sob stress situacional agudo e severo. Os clientes que esto a passar uma crise de identidade (como na adolescncia) podem ter um resultado neste intervalo. Estes clientes tipicamente no so esquizofrnicos, embora possa ter um episdio psictico breve.
90 e superior
pouco confivel. Apesar de exibirem excessiva auto-confiana referem sentir-se insatisfeitos, tensos, nervosos e agitados. Por vezes, ocorrem episdios de depresso.
Resulta do T Interpretao Extremamente baixo. As pessoas com resultados extremamente baixos nesta escala so descritas como apticas, com pouca energia, e desinteressadas. Tais pessoas usualmente esto significativamente deprimidas independentemente do seu resultado na escala 2. A possibilidade de depresso sria deve ser considerada quando esta escala est neste intervalo mesmo que o resto do perfil esteja dentro dos limites normais. De facto, baixos resultados (T<35) nesta escala so os melhores indicadores da presena de depresso significativa, mais do que os resultados elevados na escala 2. Baixo. Estes clientes tm uma baixa energia e nvel de actividade que pode reflectir circunstncias situacionais tais como fadiga ou depresso real. As pessoas normais com mais de 60 anos frequentemente tm resultados no limite superior deste intervalo. So consideradas pessoas confiveis, honestas, maduras, e conscienciosas. Frequentemente participam muito pouco nas actividades sociais. No provvel que tenham movimentos de excitao ou falar demasiado. Normal. Estudantes universitrios normais e adolescentes tm resultados no limite superior deste intervalo ou mesmo um pouco superiores. Estes clientes tm um nvel de actividade normal. Moderado. Estes clientes so activos e energticos. Restries externas no seu nvel de actividade podem resultar em agitao e insatisfao expressa explicitamente. Elevado. Estes clientes so demasiado activos, emocionalmente lbeis, e podem experienciar fuga de ideias. Embora o humor do cliente seja tipicamente eufrico, podem ocorrer exploses temperamentais. Estes clientes so impulsivos, podem ter uma incapacidade de gratificao adiada, tm problemas em controlar o seu comportamento, e demonstram hostilidade e irritao. As pessoas com resultados elevados nesta escala so descritas como sendo impulsivas, competitivas, faladoras, narcsicas, amorais, extrovertidas, e superficiais nas relaes sociais. Podem demonstrar caractersticas maniacas reais (com resultados mais elevados): fuga de ideias, labilidade do humor, iluses de grandeza, impulsividade e hiperactividade.
Inferior a 38
Inferior a 45
45-57
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65 e superior
Escala 0 (Introverso Social) Originalmente desenvolvida para avaliar a tendncia para o evitamento de situaes sociais e de responsabilidades. constituda por dois tipos de itens: itens que remetem para a participao social e itens que reflectem dificuldades de ajustamento e tendncia para a auto-desvalorizao.
40
Os resultados elevados reflectem introverso social, insegurana e desconforto em situaes sociais, timidez, reserva, evitamento. So pessoas que se sentem melhor quando esto sozinhas ou com um pequeno grupo de amigos. No participam em muitas actividades sociais. Sentem-se particularmente desconfortveis com membros do sexo oposto. Tem pouca confiana em si e so difceis de conhecer. Tm uma grande sensibilidade ao que os outros pensam sobre eles e controlam-se bastante, no expressando directamente o que sentem. Aceitam a autoridade, so passivas e submissas. So pessoas em quem se pode confiar, convencionais, pouco originais, rgidas e com dificuldade em tomar decises. Tm tendncia para se preocuparem e para se sentirem tensos, irritveis e ansiosos. No tm muitos interesses, no tm grande energia, por vezes tm episdios de depresso. Culpabilidade e preocupao com a sade so frequentes. Resultados baixos surgem em pessoas extrovertidas, sociveis, amigveis, faladoras. Tm uma grande necessidade de estar em grupo, so activas, energticas e expressam-se com facilidade e fluncia. So competitivas e desejam poder, estatuto e reconhecimento. A elevao nesta escala tipicamente suprime o acting out visto na elevao das escalas 4 e 9, enquanto que pode acentuar os comportamentos ruminantes vistos com elevaes nas escalas 2 ou 7 e especialmente na escala 8.
Resulta do T Inferior a 35 Interpretao Extremamente baixo. As pessoas com resultados extremamente baixos nesta escala so descritas como sendo excntricas, superficiais na sua relao com os outros, e tm falta de qualquer intimidade real. Tm relaes sociais muito superficiais, sem qualquer profundidade real. Baixo. Estes clientes so socialmente extrovertidos, sociais, e socialmente equilibradas. As pessoas com resultados baixos nesta escala so essencialmente descritas como extrovertidas. So sociveis, demissionrias e versteis nas suas interaces com os outros. Elas participam em muitas actividades sociais. Podem ser incapazes de gratificao adiada e ser emocionalmente descontroladas. Normal. Estes clientes relatam um equilibrio entre atitudes e comportamentos extrovertidos e introvertidos. Moderado. Estes clientes preferem estar sozinhos ou com um pequeno grupo de amigos. Podem ter a capacidade de interagir com os outros, mas geralmente preferem no o fazer. Elevado. Estes clientes so socialmente introvertidos, timidos e inseguros. Os pacientes tambm so descritos como inseguros, pessimistas, auto-depreciativos, e ansiosos nas suas relaes com os outros. Adicionalmente, retraem-se e evitam outros significativos, o que serve para exacerbar os seus problemas visto que outros poderiam ser capazes de ajud-los. A probabilidade de acting out diminuida e a probabilidade de comportamento ruminativo 41
Inferior a 45
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 aumentada. A interveno deve especificamente dirigir-se para a tendncia do cliente em retrair-se.
Configuraes Clssicas Perfil Neurtico Neurtico com predomnio de queixas somticas. O perfil neurtico descendente. As escalas 1, 2 e 3 esto acima de T65 e so as mais elevadas do perfil. As escalas 7 e 8 tambm podem estar acima de T65 e nestes casos o perfil mais grave. A elevao na escala 2 deve-se ansiedade (no havendo de facto depresso). frequente a escala 7 estar mais elevada do que a 8 (na psicose acontece o contrrio).
Perfil V de Converso As escalas 1 e 3 so superiores escala 2 (oito ou mais pontos de nota T) e as escalas 1 e 3 tm um resultado T igual ou superior a T65. Este V reflecte a presena de sintomas de converso. No perfil, outras escalas podem estar elevadas, mas no to elevadas como as escalas 1 e 3. A escala 2 baixa demonstra ausncia de ansiedade. H uma converso da perturbao psicolgica em tenses ao nvel do corpo, dai as escalas 1 e 3 elevadas (predomnio de queixas somticas). Escala F baixa (medida da turbulncia emocional baixa). Perfil Psictico O perfil psictico ascendente. 42
Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 As escalas 6, 7, 8 e 9 esto acima de T65 e so as mais elevadas do perfil. Geralmente a escala F est elevada e a escala K baixa
Perfil V Psictico As escalas 6 e 8 so superiores escala 7 (oito ou mais pontos de nota T) e as escalas 6 e 8 tm um resultado T igual ou superior a T65. Sugere a presena de delrio. Se existe uma elevao na escala 2 est presente uma psicose esquizofrnica. Se a escala 6 tem um resultado mais elevado do que a escala 8 est presente uma psicose delirante.
Perfil V Passivo-Agressivo Este perfil ocorre quando as escalas 4 e 6 so iguais ou superiores a T65 e a escala 5 tem um resultado abaixo de T50. Este perfil sugere caractersticas de personalidade passivoagressivas. Este um perfil mais frequente nas mulheres. A escala 5 baixa mostra dependncia e submisso. As escalas 4 e 6 elevadas mostram hostilidade e agressividade. A diferena entre as escalas 4 e 6 (elevadas) e a escala 5 (baixa) de cerca de 15/20 pontos.
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Avaliao Psicolgica do Adulto: Mdulo 2 Perfil Estado-Limite Todas ou quase todas as escalas clnicas tm resultados iguais ou superiores a T65. A escala F apresenta uma grande elevao. Este perfil sugere Perturbao EstadoLimite da Personalidade.
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