EDIO LISBOA SEX 3 MAI 2013

Srie psilon: 9. vol. Louise-Michel, de Benot Delpine e Gustave Kerven n

Hoje H o Por +1 1,99

Horrio de trabalho na funo pblica e idade da reforma aumentam

Passos Coelho adiou para hoje anncio de cortes estruturais na despesa pblica. Reviso da estrutura salarial do Estado vai estar no terreno em 2014 e mobilidade especial ter um limite temporal Destaque, 2/3
HUGO CORREIA/REUTERS

LIGA EUROPA BENFICA DEU BANHO TURCO NA LUZ Desporto, 42/43

psilon

VIAGEM DE FINALISTAS: OS NOVOS KIDS DE HARMONY KORINE

CINEMA
PUBLICIDADE

Tissot Classic Dream 159 `

(MEHE1nI

Rompuy elogia Portugal e d razo a Passos e a Seguro

Presidente do Conselho Europeu apoia Governo e ideias defendidas pelo PS p6

Frustrado, BCE baixa OPINIO taxas de juro para Ainda algum g animar economia leva a srio io Analistas acreditam que Passos? medida no chega para
resolver a crise p18/19 Mrio Soares, p49 49

Mais prxima do custo real, factura da gua subiu 8,4%

Quase 70% dos concelhos do pas pagaram mais no ano passado p10/11
PUBLICIDADE

Ano XXIV | n. 8423 | 1,60 | Directora: Brbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Snia Matos

cc942328-80b6-411b-8d1e-a8c92f9f4b83

2 | DESTAQUE | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

MAIS AUSTERIDADE

Funo pblica, pensionistas e beneficirios de apoios sociais so alvo principal

Passos Coelho anuncia hoje s 20h novos cortes, depois do chumbo do Tribunal Constitucional. Primeiro-ministro adiou comunicao para ponderar discurso
Raquel Martins e Srgio Anbal
te e complexo, no qual h peas do contexto interno e externo a juntar e que exige explicaes claras. O pacote poder no estar 100% fechado. Ontem no nal do Conselho de Ministros, o Governo voltou a mostrar abertura para negociar com os parceiros sociais e os partidos. Da parte do Governo h toda essa disponibilidade, sublinhou o ministro da Presidncia, Lus Marques Guedes, acrescentando que algumas medidas podero ser substitudas por outras com a mesma dimenso e impacto. A funo pblica estar na linha da frente dos cortes na despesa, que comeam a ser discutidos com os sindicatos na segunda-feira. No Documento de Estratgia Oramental, o Governo prev um corte de 2000 milhes at 2017 na factura salarial do Estado. O maior esforo ser feito em 2014, ano em que a factura dever reduzir-se em 858 milhes, e em 2015, quando se prev um corte de 928 milhes. A massa salarial estabilizar apenas em 2017. Sendo o salrio mdio mensal entre os funcionrios pblicos de 1405,3 euros e assumindo como hiptese que toda a reduo de despesa seria feita atravs da diminuio de efectivos , em 2014 teria de haver uma sada lquida de cerca de 43 mil funcionrios. Em 2015, esse nmero subiria para 47 mil. Estas sadas podero ser conseguidas custa da no renovao de contratos a termo, aposentaes e despedimentos, seja por rescises amigveis ou por licenas sem vencimento compulsivas. Mas as medidas sero mais abrangentes e tero impactos j em 2013. O Governo prev que as despesas ainda aumentem este ano, inuenciadas pela obrigatoriedade de repor os subsdios de frias e de Natal. Mas o aumento do horrio de trabalho para as 40 horas, o aumento das contribuies para a ADSE que devero passar de 1,5% para 2,25% ou a reformulao da mobilidade especial permitiro cortes na despesa j este ano. Segundo a TSF estas medidas podero contribuir com 200 milhes. O PBLICO apurou que o horrio de trabalho vai mesmo subir das 35 para as 40 horas j este ano, permitindo poupanas ao nvel do trabalho extraordinrio e das novas contrataes. A medida j tinha sido discutida com a troika durante a sexta avaliao e avana agora, igualando o horrio praticado no sector privado. Ontem o Governo aprovou dois diplomas que tambm iro contribuir para a reduo da factura salarial do Estado: o novo modelo da mobilidade especial e o programa de rescises amigveis. O actual sistema de mobilidade especial ser reestruturado e os trabalhadores excedentrios tero um limite de permanncia nessa situao e um corte na subveno. Marques Guedes reconheceu que o modelo criado pelo anterior Governo foi um insucesso e j faz pouco sentido na realidade actual. Por isso, ser substitudo por outro, assente na requalicao dos trabalhadores. Ao contrrio do que acontece agora, em que os funcionrios excedentrios podem car em mobilidade a receber metade do salrio at chegarem reforma, passar a haver um limite de permanncia de 18 meses, como avanou ontem o Econmico. J a subveno, passa a ser de 66% do salrio nos primeiros seis meses, cai para 50% nos seis meses seguinte e ca nos 33% at chegar aos 18 meses. Passado este tempo e caso no encontrem lugar nos servios pblicos, os funcionrios tero duas hipteses: pedir uma resciso amigvel ou passar a licena sem vencimento. Os cerca de 1000 funcionrios que esto na mobilidade sero abrangidos pelas novas regras e logo que o diploma entre em vigor o que dever acontecer ainda este ano tero mais 18 meses de mobilidade. Depois disso tero que abandonar o sistema. As rescises amigveis, tambm aprovadas ontem, dirigem-se aos assistentes tcnicos e operacionais. Apenas se sabe que o Governo est disposto a oferecer 1,5 salrios por cada ano de antiguidade, sem limite. A inteno que o programa arranque no segundo semestre deste ano. com Brbara Reis

umento do horrio de trabalho para 40 horas semanais, limite temporal na mobilidade especial, rescises amigveis, reviso da estrutura salarial, aumento da idade da reforma e mais descontos para a ADSE (o subsistema de sade dos funcionrios pblicos). Estas so algumas das medidas que o primeiroministro, Pedro Passos Coelho, anunciar esta noite aos portugueses e que iro contribuir para o corte estrutural da despesa do Estado na ordem dos 4700 milhes de euros at 2017. Parte destas medidas ter efeitos oramentais j este ano; outras s a partir de 2014. Os funcionrios pblicos, os pensionistas e os benecirios de prestaes sociais sero os principais visados pelas medidas que sero anunciadas hoje s 20h pelo primeiro-ministro, pois grande parte do corte ser feito custa dos salrios e das prestaes sociais. Depois de vrios Conselhos de Ministros para decidir os cortes na despesa estrutural, o Governo fechou ontem o dossier e Passos apresenta hoje as medidas. A comunicao ao pas chegou a estar marcada para ontem, mas foi adiada no prprio dia por causa da agenda carregada de Passos (teve mais uma reunio de Conselho de Ministros e almoou com Herman von Rompoy, presidente do Conselho Europeu), mas tambm porque o primeiro-ministro quis mais tempo para ponderar o que considera ser um discurso importan-

Variao da despesa com salrios

Em milhes de euros
200 0 -200 -400 -600 -800 -1000 -1200

2014
Fonte: DEO

2015

2016

2017

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | DESTAQUE | 3

DANIEL ROCHA

Passos ontem no Palcio de So Bento. Hoje s 20h, o primeiroministro anuncia as novas medidas de austeridade

Idade da reforma
Aumento ser progressivo

Reviso da estrutura salarial do Estado no terreno em 2014

Raquel Martins

idade da reforma vai mesmo aumentar, mas s hoje o primeiro-ministro ir desvendar exactamente como. Uma coisa parece certa: qualquer que seja o aumento, ser progressivo e continuar a depender da sustentabilidade. Ontem, o Governo escusouse a comentar as medidas que tm vindo a ser avanadas, como o aumento da idade da reforma, que, segundo o Dirio Econmico, passar a depender obrigatoriamente do factor de sustentabilidade (criado em 2008), sem que os trabalhadores possam reformar-se aos 65 com penalizao, como acontece agora. Apesar de ainda no terem sido apresentadas quaisquer medidas oficialmente, o Documento de Estratgia Oramental mostra que as prestaes sociais compostas maioritariamente pelas penses sero um dos principais alvos do programa que ir ser conhecido hoje. O executivo prev uma reduo da despesa de 1300 milhes de euros s em 2014. A concretizar-se, ser o maior corte alguma vez registado desde 1977 nas prestaes sociais em Portugal. A dimenso das medidas a aplicar ganha ainda maior volume se considerarmos que a Contribuio Extraordinria de Solidariedade temporria e dever ser substituda por outra de valor idntico. O Governo ter de avanar com medidas noutras reas ou optar por uma taxa social nica sobre as penses. O estudo sobre a reforma do Estado feito com o FMI recomenda um tecto mximo para as prestaes sociais pagas a cada famlia e novos cortes na durao e valor do subsdio de desemprego. R.M. e S.A.

o incio do prximo ano, o Governo conta ter j no terreno uma nova estrutura das remuneraes dos funcionrios e trabalhadores do Estado. O Conselho de Ministros deu ontem luz verde ao diploma que obriga todos os organismos pblicos a prestarem informao sobre remuneraes, suplementos e outras componentes remuneratrias. A aprovao do diploma marca o incio do processo de reviso global dos suplementos remuneratrios e outras regalias ou benefcios suplementares aplicados por entidades pblicas, que dever estar concluda o mais tardar em Janeiro de 2014, anunciou ontem o ministro da Presidncia, Lus Marques Guedes. Este levantamento ser tambm fundamental para uma possvel reviso das tabelas salariais do Estado, de forma a permitir que os cortes efectuados entre 2011 e hoje possam, de alguma forma, ser mantidos. Alm dos servios pblicos, gabinetes de ministro, autarquias, reguladores e fundaes, tambm as empresas pblicas sero obrigadas a divulgar todas as remuneraes pagas aos trabalhadores, nomeadamente o salrio-base, suplementos, horas extraordinrias, pagamentos em espcie ou o uso de cartes de crdito. Marques Guedes destacou que a medida tem como inteno promover os entendimentos sociais e polticos necessrios para que se obtenham solues estveis e duradouras que possam ser mantidas alm de uma legislatura. Para j, o diploma ser discutido com os sindicatos na funo pblica na prxima segunda-feira. Mal a lei seja publicada, os servios tero 30 dias para preencher um inqurito disponibilizado pelo Ministrio das Finanas na Internet e os dirigentes que no o zerem sero sancionados. Depois, o Governo tem 90 dias para apresentar uma proposta de lei para a reviso do sistema remuneratrio do Estado. O objectivo, precisou Marques

Selassie em Abril, durante a stima avaliao da troika Guedes, concluir a reviso do sistema remuneratrio o mais tardar at 1 de Janeiro de 2014, altura em que o novo sistema dever estar no terreno. A reviso dos suplementos est prevista desde 2008, mas no foi totalmente concretizada. Estas componentes pesam 15% na massa salarial do Estado, mas o Governo decidiu ir mais longe e ordenar um levantamento de todas as remuneraes pagas, seja a que ttulo for. No prembulo de uma verso inicial do diploma, enviado aos sindicatos h duas semanas, o executivo reconhece que h lacunas relevantes de informao que inviabilizam quaisquer medidas no sistema remuneratrio da funo pblica. As Finanas desconhecem a totalidade dos suplementos pagos, pois muitos esto previstos em regulamentos internos dos servios e no h qualquer controlo. Os dirigentes que no prestem a informao ou que no insiram todos os dados no sistema correm o risco de ver cessada a comisso de servio ou o mandato. As Finanas podero ainda travar pedidos de abertura de concursos nos servios que no divulguem os dados sobre remuneraes. J durante a quinta avaliao do memorando de entendimento, a troika tinha sinalizado a necessidade de reduzir o peso dos suplementos nas remuneraes. Na stima avaliao, os tcnicos voltaram a insistir neste mesmo ponto.

4 | PORTUGAL | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Consenso, essa ideia arriscada e de utilidade questionvel

Enquanto os cientistas sociais apontaram as fragilidades dos consensos em democracia, Poiares Maduro insistiu na sua necessidade e o PS descartou a hiptese e pediu debate no Parlamento
MIGUEL MANSO

Debate Nuno S Loureno

Os consensos e as coligaes tm utilidade questionvel, comportam riscos para os partidos e a evoluo do sistema poltico portugus seguiu ao longo dos anos o sentido contrrio. esta a principal ideia deixada ontem por cientistas sociais no debate Consensos Polticos em Tempos de Crise, ontem promovido pelo Instituto de Cincias Sociais, em Lisboa. Dois polticos no activo estiveram presentes mas com outras mensagens. Tanto o lder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, como o ministro adjunto, Poiares Maduro, pouco trouxeram discusso. O primeiro deniu as condies do PS para o dilogo e por que que este no iria acontecer. E o recm-nomeado governante defendeu as vantagens da procura do consenso, manifestando abertura para o acordo. Mas o tom das intervenes dos especialistas, no entanto, foi diferente. Quem os ouviu Zorrinho saiu logo aps a sua interveno, na abertura, e Poiares Maduro chegou j o segundo painel decorria percebeu que se impunha pr gua na fervura defesa de governos alargados. Numa anlise ao caso portugus, Marina Costa Lobo explicou por que que a actual conjuntura era adversa a esses acordos. Primeiro identicou os tipos de democracia existentes: a adversarial onde existiam dois partidos principais, com posicionamentos claros cujo combate poltico se fazia na escolha entre dois primeiros-ministros e a consensual, que dava primazia s alianas entre partidos por necessidade de incluso para assim legitimar a comunidade. Foi depois da contextualizao que rematou que Portugal sofreu mudanas ao passar de um modelo consensual para a bipartidarizao. Uma evoluo em sentido exactamente contrrio coligao governamental, uma vez que, no processo, o PS e o PSD perderam capacidade de consenso e negociao. Depois havia os riscos e a utilidade. Para os quais Antnio Costa Pinto e Andres Malamud e Riccardo Marchi alertaram. Costa Pinto lembrou que a eroso do sistema partidrio no tinha chegado a nveis sucientes que justicassem esse tipo de solues. E

Oramento
Maduro quer uma Europa diferente
oi no debate sobre o consenso que Poiares Maduro se aproximou do PS do discurso socialista a propsito da Europa. O ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional defendeu ontem que Portugal necessita de uma Europa diferente. A flexibilizao do nosso processo de ajustamento passa, em grande medida, pela alterao das condies polticas e econmicas na Europa, lanou o governante. Falou de solidariedade europeia e de partilha de risco para concretizar a defesa de recursos genuinamente prprios para a UE. disciplina oramental, acrescentou, tinha que corresponder capacidade oramental para se atingir a estabilizao financeira da Europa e possibilitar o crescimento. E Maduro depois acrescentou que, para exigir essa Europa diferente, Portugal necessitava de duas condies: Um largo consenso interno sobre essas matrias, alm do trunfo de estar a cumprir o seu ajustamento. N.S.L. Miguel Poiares Maduro insistiu na negociao para procurar as melhores solues disse mesmo que, do ponto de vista da qualidade da democracia, era prefervel que o PS dissesse no ao apelo do consenso. Devia, rematou, fazer pactos em algumas reas, ao mesmo tempo que tentava canalizar o descontentamento do eleitorado. Andres Malamud explicou porqu. Os consensos, por vezes, so conservadores e inecientes, comeou por dizer. E depois alertou para o risco. Se [uma coligao PS/PSD] no fosse bem sucedida, colocaria em causa o sistema partidrio, uma vez que a incluso dos dois grandes partidos no mesmo Governo fechava a percepo de alternativas para o eleitorado, empurrando este para outsiders. Nem de propsito, Riccardo Marchi falou de Itlia. Para dizer que os governos tcnicos de iniciativa presidencial e apoiados pelos grandes partidos como o anterior de Mario Monti , se tinham a utilidade de servir como salvao para os partidos para tomar decises impopulares, no tinham resolvido os problemas institucionais ou econmicos com que se defrontavam. Mesmo assim, Poiares Maduro empunhou a sua bandeira com orgulho. Anunciou desde logo com humor que usaria palavra consenso 49 vezes. E sustentou que o consenso no implicava identidade total, apesar de ser til por obrigar a ouvir o outro lado e a negociao para ajudar a chegar mais prximo das melhores solues. Zorrinho, por seu turno, at defendeu o consenso a mdio prazo. Mas para temas diferentes dos propostos: energia, polticas de terceira idade e a ideia de Portugal enquanto pas-conceito. Sobre o presente, avisou que no faz sentido continuar a alimentar iluses. Posio que se manifestou na resposta do PS carta de Maduro apelando ao dilogo sobre propostas para o crescimento. O debate sobre o tema deve ocorrer na comisso parlamentar de Economia e Obras Pblicas, resumiu o PS, atravs do porta-voz, Joo Ribeiro. Mas, se esse debate existir e o Governo insistir, o PS aceita reunir com o executivo. E frisou: O Governo sabe que este convite surge 22 meses aps a sua posse e depois de ter fechado as portas a qualquer contributo do PS para dinamizar a economia nacional e preservar o emprego. com Rita Brando Guerra

As cartas, Zorrinho e Maduro

O nico dos polticos que escutou, em parte, o cenrio retratado admitiu no ter gostado do que ouvira.

CRDITO EMPRESAS

No Millennium, sabemos que sem financiamento no possvel crescer. Por isso, reservmos 4.200 milhes de euros at 2015 para apoiar os seus projetos, atravs de solues especficas para cada tipo de negcio. Porque exportar muito diferente de fornecer o mercado nacional, venha falar connosco. Estamos preparados para financiar o seu sucesso! Sujeito a deciso de risco de crdito. Informe-se no Millennium bcp

4.200 MILHES DE EUROS AT 2015 PARA FAZER CRESCER A SUA EMPRESA

As nossas Solues de Crdito incluem Linhas de Crdito Protocolado

www.millenniumbcp.pt

Custo Mximo por minuto: 0,10 para chamadas a partir da rede fixa e 0,25 para chamadas a partir da rede mvel. Acresce IVA.

Atendimento Personalizado 24H

707 50 24 24

SEM INVESTIMENTO AS EMPRESAS NO CRESCEM. FALE CONNOSCO

6 | PORTUGAL | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Rompuy veio dar razo austeridade de Passos e ao crescimento de Seguro

Presidente do Conselho Europeu esteve ontem em Portugal. Aplaudiu a estratgia cumpridora do Governo, mas avisou que preciso tambm trabalhar desde j no crescimento e no emprego
Governo Maria Lopes e Sofia Rodrigues
Herman Van Rompuy economista, mas ontem veio a Lisboa e ao Estoril vestindo o fato de engenheiro. De pontes. O presidente do Conselho Europeu deu razo a Pedro Passos Coelho por no se querer desviar um milmetro do rumo traado com os credores internacionais. Mas tambm apoiou as reivindicaes de Antnio Jos Seguro quando defendeu que se deve neste momento enveredar por uma estratgia de crescimento econmico e fomento do emprego. Do primeiro-ministro, o responsvel europeu recebeu a promessa de que o plano de mdio prazo que est a preparar vai procurar aliar a consolidao oramental com uma poltica de crescimento e emprego. Do lder da oposio, Rompuy ouviu que imprescindvel que a zona euro assuma uma dimenso econmica e poltica sucientemente forte que lhe permita enfrentar as consequncias da crise econmica e nanceira que a assola. Seguro defendeu a necessidade de o BCE poder emitir moeda, a criao de um fundo de mutualizao da parte da dvida dos Estados superior a 60%, a possibilidade de Portugal beneciar de rcios bancrios semelhantes Espanha ou Alemanha. Portugal precisa de estabilizar a economia, de criar condies de nanciamento para as empresas e de criar emprego, armou Seguro sada do encontro de meia hora que teve, a seu pedido, com Van Rompuy margem das Conferncias do Estoril, onde o responsvel europeu foi orador. Na conferncia estava tambm prevista a interveno de Paulo Portas, mas esta foi cancelada duas horas antes, devido ao Conselho de Ministros Rompuy elogiou o comportamento de Portugal nos ltimos dois anos. O pas um bom exemplo pelos resultados alcanados no trabalho que tem sido feito nas nanas pblicas e na implementao de reformas, disse. O mais importante mantermos o nosso rumo, vincou, defendendo mesmo que isso imprescindvel para a credibilidade externa dos pases. At porque, se formos bem-sucedidos, a crise acabar por nos tornar mais fortes. Foi, alis, esse bom comportamento que permitiu que os credores internacionais alargassem o prazo para o pagamento da dvida portuguesa h algumas semanas, fez questo de vincar o presidente do Conselho Europeu. E tambm por isso aligeiraram o cumprimento das metas do dce, no ano passado. Porm, h ainda um longo caminho a percorrer os ajustamentos so difceis, demoram muito tempo at parecerem fazer efeito e preciso coragem poltica, avisou, mesmo que as sondagens mostrem que o Governo cada vez menos querido pela populao. Essa , alis, uma situao que Rompuy desvaloriza. tempo de coragem poltica e muitos lderes, tal como os do vosso pas, mostram coragem. Esto convencidos de que tm que agir como agem. E assim que tem que ser. Hoje em dia, tanto a nvel nacional como europeu, temos que nos concentrar em medidas que tenham um impacto imediato e directo no combate ao desemprego, disse, avisando que preciso estimular a conana empresarial e interligar a aco a vrios nveis. A uma economia resiliente e nanas pblicas slidas necessrio somar medidas para o crescimento e o emprego, assim como uma maior competitividade e, ao nvel europeu, uma unio econmica e monetria forte. Portugal seguir um caminho que procura conciliar o objectivo de consolidao oramental (...) com a atitude mais pr-activa relativamente ao crescimento e ao emprego, prometeu Passos Coelho. Ao lado de Rompuy, em So Bento, antes de um almoo conjunto, numa declarao sem direito a perguntas, Passos referiu-se ainda deciso do BCE de baixar a taxa de juro para um mnimo histrico de 0,5% e de reforar as operaes no-convencionais de poltica monetria. um sinal importante, nomeadamente para a correco da grande fragmentao que temos vindo a constatar dos mercados nanceiros na Europa, e de que Portugal tem sido uma vtima maior. Perante Passos, Rompuy destacou a forte credibilidade alcanada por Portugal e considerou que os investidores esto gradualmente a regressar. Mas reconheceu que isso ainda no se reectiu no emprego e disse estar consciente do efeito de pobreza causado pela austeridade.
DANIEL ROCHA

RUI GAUDNCIO

Herman Van Rompuy almoou com Passos e encontrou-se com Seguro nas Conferncias do Estoril

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | PORTUGAL | 7

Tribunal probe Cmara do Funchal de fazer publicidade no Jornal da Madeira

Conselho Europeu
Mais apoio para polticas de emprego
s pases submersos na crise esto cansados das reformas, admite o presidente do Conselho Europeu. Mas sair dessa crise no est apenas nas mos dos Estados-membros, ainda que a sua performance seja essencial para o caminho do sucesso. A Europa tambm tem que fazer o seu papel, defendeu Herman Van Rompuy na sua interveno nas Conferncias do Estoril, sobretudo nas polticas de emprego. Porque a crise, est provado, no se contm com as fronteiras geogrficas. s instncias europeias compete tambm mostrar trabalho. Por isso, o presidente promete fazer a sua parte na cimeira de Junho, onde ir apresentar propostas e reforar oramentos para combater o desemprego jovem. Sero mais seis mil milhes de euros recanalizados dos fundos europeus que no foram utilizados. Portugal, avisou Rompuy, tambm ir beneficiar desses apoios, agora que relanou o Impulso Jovem. O desemprego est a atingir nveis chocantes e inimaginveis. Temos que ser mais imaginativos. Peo a todos que sejam criativos, que coloquem as diferenas de parte. Esta a prioridade mxima para todos os membros do Conselho Europeu, assegurou Herman Van Rompuy. Acerca de uma eventual sada do euro como soluo para a crise que afecta vrios pases como Portugal, o presidente do Conselho Europeu claro: Seria dramtico [qualquer pas deixar o euro] para qualquer economia, incluindo as fortes. Seria um desastre. E citou a chanceler Angela Merkel para defender que o euro e a zona euro esto no corao da Unio Europeia. O colapso do euro seria o colapso da zona euro e da Europa. M.L.

Autonomias Tolentino de Nbrega

Publicao oficial do Governo regional distribuda gratuitamente, o que torna ilegal a publicidade autrquica
O Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal (TAFF) determinou que o Municpio do Funchal se abstenha de publicar no Jornal da Madeira (JM) as deliberaes dos seus rgos, bem como as decises dos

respectivos titulares, destinadas a ter eccia externa. A deciso tomada na tera-feira surge na sequncia de uma aco administrativa especial interposta por dirigentes regionais do PND. O tribunal deu como provado que o JM, apesar de axar um preo de capa de 10 cntimos, distribudo gratuitamente em toda a regio, concluindo assim que a insero de publicidade da cmara contraria a lei das autarquias locais. A Lei n. 169/99 determina que as deliberaes dos rgos autrquicos bem como as decises dos respectivos titulares, destinadas a ter eccia externa, s devem ser publicadas

em Dirio da Repblica, em edital, no boletim da autarquia e nos jornais regionais editados na rea do municpio, desde que, entre outros pressupostos, no sejam distribudos a ttulo gratuito. Na sentena, em que d como provado que o Jornal da Madeira distribudo gratuitamente, o juiz do TAFF constata, no prprio dia da audincia e momentos antes da realizao da mesma, a sua distribuio populao na rua adjacente ao tribunal, sem qualquer contrapartida. Contra a concorrncia desleal da EJM, empresa pblica declarada pelo Tribunal de Contas tecnicamente

falida, incorrem aces judiciais, na ERC e na Autoridade da Concorrncia, interpostas pelo Dirio de Notcias, do Funchal. Antes de formar Governo, Passos Coelho defendeu a privatizao do Jornal da Madeira, contra a vontade de Jardim. Em 2007, o Governo de Jos Scrates aprovou um diploma que proibia as entidades pblicas, incluindo as regies autnomas, de terem meios de comunicao social, mas foi vetada pelo Presidente da Repblica. Idntica iniciativa faz parte do pacote de leis para o sector que o novo ministro Miguel Poiares Maduro herdou de Miguel Relvas.
PUBLICIDADE

Club Med Viagens, Unipessoal, Lda. - Sociedade por Quotas Rua Andrade Corvo N 33 B 1050-008 Lisboa Conservatria do Registo Comercial de Lisboa 4 Seco Matricula n 261/19910131 / NIPC: 502502720 Capital social: 99.759.58 Euros CAE (Cdigo Actividade da Empresa): 79110-R3 N de Alvar: 592/91

E VOC, COMO IMAGINA A FELICIDADE?

Reserve at 29 de Maio de 2013

EARLY BOOKING BONUS

Gregolimano, Grcia 4

REDUO DE

200*

POR PESSOA

Da Balaia, Portugal 4

*Reduo Early Booking Bonus por pessoa, para uma estadia de 7 noites. Oferta sujeita a disponibilidade com limite de quartos por datas de partida. As reservas devem ser efectuadas a 28 dias da data de partida.

Visite clubmed.pt, contacte-nos para o 21 330 96 96 ou contacte o seu agente de viagem.

8 | PORTUGAL | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

PSD: ex-vice avana contra o prprio partido
Cmara de Gaia
Guilherme Aguiar anunciou ontem a candidatura independente Cmara de Gaia, no mesmo dia em que se desvinculou do PSD, garantindo que foi o candidato escolhido pelo actual presidente, Lus Filipe Menezes, cuja deciso foi impedida por uma minoria. Ex-vice-presidente da Cmara de Gaia, Guilherme Aguiar chegou a ser escolhido como candidato a esta autarquia num confronto com o vereador do PSD Firmino Pereira. A escolha no foi, no entanto, consensual, acabando o partido por candidatar o deputado Carlos Abreu Amorim. Ontem, em Miramar, freguesia de Arcozelo da qual foi presidente da junta o vereador eleito pelo PSD, em 2009, Cmara de Matosinhos anunciou a sua candidatura independente autarquia de Gaia porque a isso o obriga a herana dos mandatos de Lus Filipe Menezes, cuja dimenso fez questo de enaltecer. Sou candidato a presidente da Cmara de Gaia porque a isso me obriga o facto de ter sido o candidato escolhido pelo ainda presidente da cmara, numa deciso que, tendo frustrado uma minoria que a impediu, gerou uma expectativa que, depois, me vi impedido de travar, explicou. Guilherme Aguiar anunciou-se como independente com um sentimento misto, que , por um lado, de desiluso, que resulta de no avanar pelo partido de sempre, o PSD, do qual se desvinculou ontem. E de expectativa, por reconhecer que este estatuto permite, pela ausncia de algumas limitaes a que as estruturas partidrias sempre obrigam, fazer novo e fazer diferente, acrescentou. O independente adiantou ainda que vai tambm apresentar lista assembleia municipal, mas no s juntas de freguesia, onde reconhece haver excelentes autarcas que poder apoiar caso a caso, avanando ainda a possibilidade de apoiar de igual forma listas de cidados s freguesias, logo que o programa no colida com as ideias que defende. Farei novo e farei diferente, ao incentivar comisses polticas de freguesia, a quem competir indicar os nomes para a lista assembleia municipal, depois dos cinco primeiros lugares, que reservo para indicao de mim prprio, disse. O PS candidata em Gaia Eduardo Vtor, a CDU concorre com Jorge Sarabando e o Bloco de Esquerda apostou em Eduardo Pereira.
PEDRO CUNHA/ARQUIVO

Breves
Servio pblico

Jornalistas da RDP e da RTP recusam fuso das redaces

Os jornalistas da RDP e da RTP recusaram ontem formalmente a fuso das duas redaces do servio pblico, justificando que isso coloca em causa o pluralismo e a diversidade, assim como a qualidade do trabalho produzido, e tambm por ser contra a lei laboral. Afirmando-se favorveis evoluo e transformao do servio pblico de rdio e TV, os jornalistas opemse, no entanto, alterao unilateral dos pressupostos de trabalho de que nem sequer foram consultados e sem existirem estudos prvios que comprovem as suas vantagens e exequibilidade, diz um comunicado redaco, a que o PBLICO teve acesso. A redaco da rdio marcou um referendo sobre o assunto para dia 8 deste ms. M.L. Associao da Transparncia

Oposio unnime nas crticas ao Documento de Estratgia Oramental

PSD/CDS e PS chumbam resoluo do PCP que defendia rejeio do memorando da troika

Parlamento
Oposio duvida do discurso do Governo que concilia consolidao oramental com crescimento econmico
A maioria PSD/CDS mas tambm o PS rejeitaram ontem uma resoluo dos comunistas que defendia uma alternativa para resgatar o pas do declnio econmico e social e uma demarcao do memorando da troika. A resoluo teve os votos a favor do BE e do PEV, alm do PCP. O debate arrancou com o deputado comunista Francisco Lopes, que defendeu a renegociao da dvida pblica e a rejeio do memorando de ajuda externa. Uma soluo que o deputado do PSD Jorge Oliveira rejeitou, lembrando que no so os devedores que denem a regra do jogo independentemente da vontade dos credores. O povo tem o direito de dizer no a uma dvida ilegtima, respondeu Francisco Lopes, frisando que a proposta do PCP para a renegociao da dvida no indita e foi aplicada Alemanha a seguir II Guerra Mundial, sendo o nico caminho realista a seguir. A proposta passa pela denio de moratrias e outras condies de pagamento compatveis com o crescimento econmico e as necessidades sociais, designadamente indexando o servio da dvida a uma percentagem das exportaes. No debate, a oposio parlamentar armou que as medidas previstas no Documento de Estratgia Oramental (DEO) matam qualquer poltica para o crescimento e o emprego e mostram uma predominncia do ministro das Finanas no Governo. Com estas metas e este discurso aqui na Assembleia da Repblica, o ministro das Finanas reduziu insignicncia poltica o discurso do ministro Paulo Portas, de lvaro Santos Pereira e do PSD, mas valha a verdade que isto j um clssico neste Governo, disse o deputado socialista Rui Paulo Figueiredo. E considerou que o caminho seguido pelo Governo nos ltimos dois anos tem sido um desastre em toda a linha, apesar de estar a ir ao bolso dos portugueses de todas as formas. O Governo no acerta uma previso e no atinge uma nica das suas metas, j nem no seio do Governo se acredita no ministro das Finanas e com este documento de estratgia oramental o Governo acena com a bancarrota, armou. O deputado do PS referiu que as novas medidas de austeridade relegam o ministro dos Negcios Estrangeiros, Paulo Portas, irrelevncia poltica. O deputado socialista defendeu como medidas prioritrias o aumento do salrio mnimo nacional e das penses mais baixas atravs da concertao social, alm do prolongamento do subsdio social de desemprego em mais seis meses. Pelo BE, a deputada Mariana Aiveca armou que o DEO matou qualquer estratgia de crescimento, assinalando que o desemprego em 2016 estar em 17,5%. J o deputado do PCP Joo Oliveira acusou o Governo de fazer um saque do dinheiro pblico para satisfazer as necessidades do capital e de enganar os contribuintes com a patranha do no h dinheiro para aumentar salrios e penses. O social-democrata Afonso Oliveira advogou que a oposio faz propostas fora do quadro do possvel e defende o incumprimento do memorando acordado com a troika. O PS tem enormes responsabilidades no estado das contas pblicas e no assume os erros do passado, at tem orgulho no seu passado recente, que foi um desastre, criticou. No mesmo tom, o centrista Michael Seufert acusou o PS de estar numa posio muito confortvel do toca e foge e defendeu que preciso diferenciar entre propostas e intenes. O PS negociou as metas e as maturidades, as bases do programa de ajustamento, e agora a grande soluo um novo Governo. Ainda nos lembramos bem do ltimo Governo do PS..., ironizou.

Crise deve-se corrupo e no aos excessos na despesa

O vice-presidente da Associao de Integridade e Transparncia, Paulo Morais, garantiu ontem que a crise econmica em Portugal no se deve ao facto de os portugueses terem vivido acima das suas possibilidades, mas aos fenmenos de corrupo. H duas mentiras que tm sido repetidas na sociedade portuguesa: que os portugueses andaram a gastar acima das suas possibilidades e que no h alternativa austeridade para expiarem os pecados (que no cometeram), disse. Segundo Paulo Morais, grande parte da divida pblica e privada fruto da corrupo e no dos alegados excessos dos portugueses. E destacou o peso do caso BPN e das parcerias pblico-privadas (PPP), entre outros.

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 9

Entidade reguladora prope clarificao da lei para viabilizar debates televisivos
Comunicao social Joo Pedro Pereira
Televises afirmam no ser possvel realizao de debates entre todos os candidatos nas eleies autrquicas
A Entidade Reguladora para a Comunicao Social (ERC) entregou ontem presidente da Assembleia da Repblica, Assuno Esteves, uma proposta para A claricao e melhoria da legislao, de forma a viabilizar a realizao de debates televisivos entre os candidatos s prximas eleies autrquicas, no Outono. A proposta, explicou ao PBLICO o presidente do rgo regulador, Carlos Magno, assenta na defesa do conceito de liberdade editorial. Os operadores de televiso j tinham comunicado ERC a inteno de no realizarem debates, por considerarem serem impraticveis as regras impostas pela lei, que os obrigariam a realizar encontros entre todos os candidatos. Os operadores no queriam fazer debates e ns colocamo-nos do lado dos operadores, frisou Carlos Magno, lembrando que as estaes deram ERC um voto de conana para encontrar uma soluo. Sem querer adiantar pormenores da proposta entregue a Assuno Esteves, Carlos Magno, que defendeu a importncia de ter em conta os interesses dos pequenos partidos, argumentou que os debates devem ser feitos para esclarecimento do pblico e que os jornalistas que sabem, dentro dos seus critrios editoriais como deve esse objectivo ser alcanado. O responsvel acrescentou que a soluo proposta pretende tambm proteger os rgos de comunicao social de eventuais penalizaes nanceiras ou providncias cautelares interpostas por partidos ou candidatos descontentes com a actuao dos operadores. A este propsito, adiantou a possibilidade de formao de uma entidade independente para lidar com as diculdades que possam surgir. Nas ltimas eleies legislativas, em 2011, tanto o MEP Movimento Esperana Portugal como o PCTP/ MRPP interpuseram providncias cautelares para que as televises fossem obrigadas a fazer debates entre estes partidos e todos os outros. A realizao dos debates acabou por ser imposta judicialmente, mas o lder do PCTP/MRPP no compareceu nos confrontos e, das foras polticas com presena no Parlamento, apenas a CDU aceitou participar. Notando que a lei em causa remonta a 1975, o presidente da ERC considerou haver na sociedade portuguesa, uma dinmica de movimentos cvicos que pe em causa algumas das prticas at agora exercidas. A presidente da Assembleia da Repblica acolheu a proposta com simpatia, notou o responsvel da ERC. sada do encontro com Assuno Esteves, Carlos Magno armou tambm, citado pela agncia Lusa, que a entidade reguladora vai acompanhar o processo de fuso das redaces da televiso e da rdio da RTP, que tem estado a ser contestado pelos jornalistas dos dois meios.
DANIEL ROCHA

Carlos Magno entregou no Parlamento proposta para debates na TV

10 | PORTUGAL | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Factura da gua, saneamento e resduos subiu 8,4% em 2012

Mais de dois teros dos municpios do territrio continental praticaram no ano passado preos mais elevados do que em 2011. Os dados so da Entidade Reguladora dos Servios de guas e Resduos
Municpios que menos pagam Terras de Bouro Factura mais barata
Saneamento

1,03

Os portugueses pagaram, em mdia, mais 8,4% na factura da gua, sanea0 mento e tratamento de lixo em 2012 Var. 2012/2011 do que no ano anterior. Dados da Entidade Reguladora dos Servios de Monchique guas e Resduos (ERSAR) mostram 2012 No cobra resduos que a maioria dos concelhos continem saneamento nua a aumentar os preos, mas esta evoluo vista como positiva, por 8,25 aproximar as tarifas dos servios ao que os mesmos realmente custam 0% 2011 aos cofres das autarquias. Dos 281 sistemas de abastecimento e tratamento de resduos dos 278 municpios do territrio continental abrangidos 2009 Castro Marim por esta nova avaliao da Maior aumento ERSAR sobre os encargos 7,25 em 2012 dos servios includos na factura da gua, pouco 10 mais de dois teros (68%) praticaram, em 2012, ta195% Factura total rifas mais elevadas do que 4,75 em 2011. Com isso, o valor para 10m3 mdio de uma factura para de gua um consumo mensal de dez mepor ms tros cbicos de gua (10.000 litros) chegou aos 20,72 euros, mais 1,61 euros do que no ano anterior. Os aumentos so muito variados Pvoa de Varzim e, nalguns casos, chegam a mais de Resduos mais 100%. Em Castro Marim, que tinha caros a gua mais barata do Algarve, a 8,52 9,79 factura de 2012 foi o triplo da de 2011. O presidente da cmara, Jos Fernandes Estevens, diz que a 3% principal razo foi a incluso dos custos do saneamento no total a cobrar aos muncipes. Conseguimos 13,12 durante algum tempo manter os preos mais baixos da regio. Tornouse insustentvel, at por imposies da Lei de Finanas Locais, explica o autarca. As famlias do concelho pagam agora 22 euros, em mdia, por dez metros cbicos de consumo, contra 7,46 euros em 2011. 13,25 O exemplo de Castro Marim um dos que ilustram como as autarquias Loul (Vale do Lobo e 21,04 tm vindo a alterar, gradualmente, a Quinta do Lago) tradio de suportar parte dos custos Factura mais cara dos servios de gua, saneamento e Municpios que resduos, sem os cobrar integralmen mais pagam te aos muncipes. Foi isto o que fez 6,42 com que Sousel, no Alentejo, tivesse 0,5% 1,4% o segundo maior aumento percenVale do Lobo Quinta do Lago tual destes servios. O valor mdio era de 9,54 euros e saltou para 24,55 Fonte: ERSAR Clia Rodrigues, Joaquim Guerreiro e Ricardo Garcia euros (mais 157%).

at 8

2,53
0%

Ambiente Ricardo Garcia

gua

1,5

Resduos

21

31

8,25

92

105

110

143

16

22

40

31,43

106

31

103

44

24

32

40,71

A subida reecte, aqui tambm, uma adequao do preo aos custos. No ano passado, os esgotos do concelho passaram a ser geridos pela guas do Norte Alentejano um sistema multimunicipal detido maioritariamente pelo Estado, atravs das guas de Portugal, e ao qual os municpios, que tambm so scios, tm de pagar por cada tonelada tratada de guas residuais. Nos resduos, as tarifas tambm se ajustaram em funo dos custos da recolha. E no abastecimento de gua, houve investimentos signicativos na rede do concelho, que tm de ser pagos. A anlise que temos de fazer no qual concelho aumentou mais, mas os preos que podemos praticar, arma Armando Varela, presidente da autarquia. Segundo Armando Varela, as tarifas praticadas j cobrem 95% dos custos do saneamento, 70% no caso dos lixos e 60% na gua. Temos dois caminhos: o mais fcil subir as tarifas, o mais difcil reduzir as despesas, diz o presidente da cmara. Em linha com a segunda alternativa, o municpio defende um reajustamento dos preos que paga para que os seus lixos sejam tratados pela Valnor outro sistema multimunicipal para a rea dos resduos. A empresa, diz Armando Varela, tem dois milhes de euros de lucro por ano. O lixo no para ganhar dinheiro, defende. A integrao das despesas com os resduos e o saneamento na factura , segundo a ERSAR, o principal factor por detrs da subida dos preos. Em 2011, 17 municpios no cobravam nada pelo tratamento de esgotos e 15 no o faziam para os lixos. Agora so 12 e 14. Nos demais municpios, tem havido uma aproximao do que era cobrado ao custo real. No nosso concelho, os custos todos so cobertos pelos consumidores, arma Pedro Mendes, vice-presidente da Cmara Municipal de Paredes, onde a factura total dos trs servios ronda os 29 euros mensais. Embora ainda haja uma grande desproporo entre a maior e menor factura do pas (ver infograa), tem havido uma harmonizao progressiva dos preos. H uma maior convergncia, tudo tem vindo a melhorar, embora a circunstncia actual no permita que o seja num ritmo

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 11

Bolsa do Empreendedorismo Dia da Europa

Mdia nacional
Em euros

20,72 19,11 4,01

3,62 6,42 5,69

12,79
Resduos 2,50 10,29

Saneamento 3,02 gua 7,27

9,80

2009
Fonte: ERSAR

2011

2012

68% 8,32 17

dos 278 concelhos em que est dividido o territrio continental praticaram no ano passado tarifas mais elevadas do que em 2011.

euros quanto paga um muncipe lisboeta por dez metros cbicos mensais, um valor que est a meio da tabela. Mas este valor diz apenas respeito gua, deixando de fora saneamento e lixos.

Em 2011, 17 municpios no cobravam nada pelo tratamento de esgotos e 15 no o faziam para os lixos. Agora so 12 e 14.

to rpido quanto queramos, arma Jaime Melo Baptista, presidente da ERSAR. Das capitais de distrito, Aveiro tem a factura mais cara, com 33,39 euros, seguida de Vila Real (30,73), Beja (26,82), Guarda (26,65) e Portalegre (24,80). No Porto, o valor de 20,51 euros, em Coimbra 20,23 euros e em Faro 23,04 euros. Lisboa um entre cerca de duas dezenas de concelhos que no entregaram ERSAR os dados completos dos preos cobrados aos muncipes. No por isso possvel saber qual a factura total paga pelos seus muncipes, mas apenas a do abastecimento de gua em mdia, 8,23 euros por dez metros cbicos mensais, um valor que est a meio da tabela. A factura da gua, esgotos e lixos mais cara em todo o pas permanece em Loul, Algarve, mas apenas no Vale do Lobo e na Quinta do Lago, que so servidos por sistemas autnomos para estes servios. O valor 40,71 euros em ambos os casos inuenciado pela parte xa da tarifa, independente do consumo, e que elevada para compensar a sazonalidade da populao naqueles locais. Nas partes do concelho servidas directamente pela cmara municipal, o valor desce para quase a metade (22,30 euros). A subida no preo dos servios de gua, saneamento e resduos no deve parar por aqui. Um regulamento da ERSAR sugere, sem fora vinculativa, no s a norma de aproximao do preo aos custos, como uma harmonizao das tarifas que ainda so muito diferentes concelho a concelho. Por exemplo, a ERSAR sugere que as tarifas se dividam em apenas quatro escales de consumo. A voz da ERSAR provavelmente ter uma fora bem maior com a reviso da legislao sobre esta e outras entidades reguladores, que est em discusso no Parlamento. O regulamento tarifrio da ERSAR pode transformar-se em norma obrigatria, e a entidade poder vir a ter poderes para vericar se as cmaras o esto a cumprir e, caso no estejam, exigir uma correco aos preos. Jaime Melo Baptista diz que no est nada denido, dado que a proposta de lei j apresentada pelo Governo tem ainda de ser discutida e aprovada. Mas o resultado poder ser um ritmo mais acelerado para a convergncia dos preos que os portugueses pagam pela gua e outros servios. De um ano para o outro, pode dar-se um salto enorme, diz Melo Baptista.

Reitoria da Universidade de Lisboa 9 de maio, 9h30 19h30 15.000 em prmios Workshops especializados Sesses com empreendedores com sucesso Gabinetes de Apoio ao Empreendedor

Ponha a sua ideia a render! !

Inscrio em: ec.europa.eu/p portugal 966 567 655 | [email protected] @CE_Ptrep hashtag #9Maio

Tenha o Sistema de Comunicaes Mais Avanado da Atualidade!

Aumenta a produtividade e elimina elevados custos mensais

A BELTR8NICA
DIVISO DE SISTEMAS TELEFNICOS DIGITAIS

Seja operador de si prprio. Tenha os telemveis e os telefones a fazerem gratuitamente as chamadas para as redes fixas e mveis nacionais e internacionais atravs da sua central telefnica. No pague chamadas nem aluguer de linhas. Tenha mais qualidade nas comunicaes e economize muito dinheiro mensalmente. Estamos em todo o pas, informe-se j:
AVEIRO BEJA BRAGA BRAGANA COIMBRA VORA FUNCHAL FUNDO GUARDA LEIRIA LISBOA LOUL P. DELGADA PORTALEGRE PORTO SANTARM SETBAL V. CASTELO VILA REAL VISEU

Servio Nacional de Atendimento

Nmero Nacional/Chamada Local

308 802 470

Compatvel tambm com as tecnologias anteriores IP (VoIP, SIP/H.323), RDIS (BRI/PRI) e tradicional.

12 | PORTUGAL | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Polcia Judiciria detm falso padre suspeito de roubos em igrejas

Justia Cludia Bancaleiro
Desde 1999 que Agostinho Caridade comeou a criar um longo caminho de burlas e falsificaes e a apresentar-se como padre
O falso padre de Barcelos acusado de furto de obras de arte e bens culturais religiosos, burla, falsicao de documentos e usurpao de funes, foi detido ontem pela Polcia Judiciria. O homem, de 40 anos, que conta j com outras detenes por se fazer passar por sacerdote e pela prtica de burlas, teria regressado recentemente a estes crimes, tendo mesmo motivado a emisso de um alerta pela arquidiocese de Braga. Na ltima sexta-feira, o vigrio-geral da arquidiocese de Braga alertou num comunicado que o falso padre Agostinho Coutinho Caridade tinha regressado s igrejas do distrito e furtado objectos valiosos. Numa das igrejas, a de Senhora-a-Branca, em Braga, apresentou-se como Vtor, mas a arquidiocese admitiu que poderia apresentar outro nome qualquer. Aos paroquianos, era recordado que o homem em causa j tinha sido acusado e condenado por burlar dezenas de pessoas, atravs da realizao indevida de vrias cerimnias religiosas nas dioceses do Porto e de Braga. Entre essas cerimnias estiveram casamentos e baptizados. Agostinho Caridade tem um longo percurso de crimes de usurpao de funes e de burla. Chegou a ser condenado em pelo menos duas situaes, em Janeiro de 2010, a trs anos e seis meses de priso por burla qualicada continuada, depois de ter burlado um casal de idosos de Santo, Felgueiras, e em Outubro de 2011, a dois anos e seis meses de priso, com pena suspensa, no Tribunal Judicial de Santo Tirso, tambm por ter burlado uma idosa. Desde 1999 que so conhecidas actividades criminosas ao homem, natural de Aguiar, Barcelos, que deixou um rasto de mentiras, falsas promessas e furtos em igrejas de Lisboa, Braga, Valena, Viana do Castelo e Aveiro. Foi agora detido em Lisboa, conrmou ao PBLICO Joo Oliveira, coordenador de investigao criminal da Polcia Judiciria. calculado, explicou Joo Oliveira. O investigador admite ainda que algumas parquias s tomaram conhecimento de furtos depois de terem sido contactadas pelas autoridades durante as investigaes e que outras, agora, com a deteno, veriquem se perderam alguma pea. Nessas investigaes, que decorrem h alguns meses, a PJ conrmou que o homem assumiu vrias falsas qualidades e identidades, de entre as quais a de padre catlico, introduziu-se em diversas igrejas e furtou dezenas de bens e objectos afectos ao culto religioso, os quais, posteriormente, transaccionou, em maioria no mercado ilcito. Atravs de relaes de proximidade com as futuras vtimas, entre padres e paroquianos, Agostinho Caridade criou condies para realizar falsos peditrios. Um deles tinha como objectivo levar uma criana deciente a um tratamento em Cuba, o que lhe ter rendido alguns milhares de euros. Outro dos crimes de que suspeito a falsicao de cheques para adquirir bens que depois revendeu. Trata-se de uma pessoa com uma vida errante, sem morada conhecida, que anda deriva, o que dicultou a sua localizao, conta Joo Oliveira. Ouvido ontem tarde no Tribunal de Instruo Criminal de Lisboa, Agostinho Caridade cou em priso preventiva.
PAULO PIMENTA

Breves
Jogo

PJ investiga alegado caso de homicdio e suicdio

Crime Jorge Talixa
Casal com queixas de violncia domstica aparece morto em Marinhais, no concelho de Salvaterra de Magos
Um homem de 43 anos suspeito de ter agredido mortalmente a sua companheira, de 39 anos, e de se ter suicidado em seguida, na habitao da urbanizao de Vila Verde, em que viviam na vila de Marinhais, no concelho de Salvaterra de Magos. Na casa encontrava-se a lha do casal, uma menina de 3 anos, que pode ter assistido s agresses que tero originado a morte da me. O PBLICO sabe que a mulher j apresentara duas queixas na GNR por alegada violncia domstica e que a situao da famlia estava a ser, por isso, acompanhada pela Comisso de Proteco de Crianas e Jovens do concelho de Salvaterra de Magos. A situao foi detectada depois de colegas de trabalho terem estranhado a ausncia do homem na empresa da freguesia ribatejana de Marinhais onde trabalhava e o facto de no responder aos sucessivos contactos telefnicos. Alertados, os familiares acabaram por se aperceber dos contornos de toda a situao e solicitaram, cerca das 10h00 de ontem, a presena da GNR e dos Bombeiros de Salvaterra. O corpo da mulher estava na casa de banho, com sinais de uma forte contuso na cabea, que lhe ter originado a morte. O homem foi encontrado enforcado na garagem da casa. No foram detectados outros sinais de violncia com armas de fogo ou armas brancas e as autoridades procuram ainda perceber que tipo de objecto ter sido usado na suposta agresso sobre a mulher. A menina estava no quarto e foi, para j, acolhida por familiares, cabendo depois ao Tribunal de Menores determinar quem car com a sua tutela. No local estiveram bombeiros da corporao de Salvaterra de Magos, uma equipa do Instituto Nacional de Emergncia Mdica, elementos da GNR de Marinhais e uma equipa da Polcia Judiciria, que car responsvel pela investigao do caso.

Novas regras para os mediadores de jogos sociais do Estado

As regras para seleccionar os mediadores dos jogos sociais do Estado mudaram e entram em vigor no final de Maio. Os mediadores vo passar a ser escolhidos por concurso e segundo critrios como ter o estabelecimento aberto pelo menos oito horas dirias, durante toda a semana e ao sbado de manh. Ter acesso Internet, um endereo electrnico e estar aberto 50 semanas por ano so outras das novas exigncias. Sade 1

Vrias identidades
No , para j, possvel determinar o valor total dos bens culturais e religiosos furtados por Agostinho Caridade, nem as quantias angariadas atravs de falsos peditrios e falsicao de assinaturas em cheques. No caso dos objectos furtados em igrejas, estamos a falar de bens culturais cujo valor pecunirio nunca foi

Portugueses poupam 21 milhes de euros na farmcia

Em Janeiro e Fevereiro deste ano, os portugueses gastaram menos 21 milhes de euros nas farmcias com remdios comparticipados do que em igual perodo de 2012, revela um relatrio do Infarmed. A factura total com a compra destes remdios ascendeu, nesse perodo, a 107,8 milhes de euros. A quebra continuada do preo dos medicamentos, que tem vindo a ser imposta pelo Governo, apontada como o motivo da poupana. Sade 2

Misericrdias podem assumir pacote de hospitais pblicos

A Unio das Misericrdias Portuguesas (UMA) est em negociaes com o Governo para assumir um primeiro pacote de cerca de dez hospitais nacionalizados no ps-25 de Abril, afirma o presidente da UMA. Em causa esto trs hospitais no Centro, um no Alentejo e dois ou trs no Norte. O Hospital de Santo Antnio, no Porto, no est neste pacote de devoluo de hospitais do Estado. Segundo a Polcia Judiciria, no , para j, possvel determinar o valor da arte sacra furtada

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 13

NUNO FERREIRA SANTOS

PUBLICIDADE

O EURO NA HORA DA VERDADE

CONFERNCIA PARA JORNALISTAS

Autarca ainda est detido na cadeia anexa Judiciria

Isaltino Morais vai mudar de priso at segunda-feira

Justia Pedro Sales Dias
Greve dos guardas prisionais atrasou mudana do autarca de Oeiras para a priso da Carregueira, onde ir cumprir pena
O presidente da Cmara de Oeiras (CMO), Isaltino Morais, que est preso na cadeia anexa da Polcia Judiciria de Lisboa h mais de uma semana, ser transferido para a priso da Carregueira, em Sintra, at manh da prxima segunda-feira. A garantia foi dada ao PBLICO por fonte da Direco-Geral da Reinsero e dos Servios Prisionais (DGRSP). Ser na Carregueira, depois de ter interposto 48 recursos das decises judiciais, que ir cumprir a condenao de dois anos de priso, mas poder sair mais cedo. A lei prev a atribuio de liberdade condicional para os reclusos que j tenham cumprido metade da pena e revelem bom comportamento. A mesma fonte da DGRSP admitiu a possibilidade de o autarca ser transferido ainda hoje, mas salientou que tal ser muito difcil por questes logsticas. A DGRSP assegurou ainda que a ordem de transferncia foi dada no dia da deteno e apenas no foi cumprida devido greve dos guardas prisionais que terminou anteontem. Isaltino no tem recebido visitas. Segundo o PBLICO apurou, ter sido alvo de uma primeira avaliao de tcnicos de reinsero social. A greve dos guardas no admite, entre os servios mnimos obrigatrios, o acompanhamento dos presos nas visitas. S os advogados puderam levar-lhe medicamentos. E mesmo os charutos, de que conhecido apreciador, tiveram de aguardar outros dias. Apenas pde comprar os cigarros que so vendidos na priso, enquanto a greve durou. O vice-presidente da CMO, Paulo Vistas, j sublinhou ter assumido todos os pelouros e competncias do presidente. Todos os assuntos da cmara so despachados por mim, disse, acrescentando que Isaltino est incontactvel desde o dia em que foi detido. O PBLICO tentou, sem sucesso, contactar o advogado do autarca, que tem ainda um recurso pendente no Tribunal Constitucional. Isaltino foi detido a 24 de Abril para cumprir dois anos de priso efectiva por branqueamento de capitais e fraude scal. A deteno ocorreu aps o Supremo Tribunal de Justia ter rejeitado um recurso extraordinrio. A sua defesa alegava existir uma oposio de poderes na Relao de Lisboa. Nesse mbito, uma conferncia de juzes-conselheiros teria de decidir se a priso poderia ser decretada por despacho da juza titular do processo. Em causa, estava saber se a deciso da instncia anterior tinha ou no transitado em julgado mesmo enquanto o processo aguardava a deciso da Relao. Em 2009, o Tribunal de Oeiras condenou o autarca a sete anos de priso efectiva por fraude scal, abuso de poder, corrupo passiva para acto ilcito e branqueamento de capitais. A deciso implicava ainda a perda de mandato na autarquia e o pagamento de 463 mil euros ao Estado. A Relao veio mais tarde a reduzir a pena. Tambm a multa foi reduzida para 197 mil euros.

Em simultneo com a apresentao em Bruxelas de um ambicioso plano para o futuro da moeda nica europeia, que ser acompanhada em direto, alguns especialistas nacionais iro discutir as vias que se abrem a Portugal para resolver a sua relao com o euro. Deveremos sair ou car? Se sairmos, em que condies? Ficando, o que temos de fazer? Nunca a encruzilhada monetria foi to complexa para ns. Solues, precisam-se!
Inscries: [email protected] Informaes: 213626460 / 916967893
PARCERIA

8H30 Abertura 8H45 / 10H45 Transmisso da conferncia The Blueprint for a deep and genuine EMU: Debating the future economic, monetary, banking and political union 8H45 Boas-vindas de Jean-Claude Thibaud, diretor-geral do Gabinete dos Conselheiros em Poltica Europeia (BEPA) da Comisso Europeia 9H00 Discurso de Jos Manuel Duro Barroso, Presidente da Comisso Europeia 9H30 Mesa-redonda sobre o futuro da UEM com Olli Rehn, Vice-Presidente da Comisso Europeia responsvel pelas questes econmicas e monetrias, Jeroen Dijsselbloem, Presidente do Eurogrupo e Ministro das Finanas dos Pases Baixos, e Vtor Gaspar, Ministro das Finanas de Portugal, moderado por Stephen Fidler, chefe do bureau do Wall Street Journal em Bruxelas 11H00 / 13H00 Debate sobre o futuro da UEM e do Euro com Joo Borges de Assuno, Professor da Universidade Catlica Portuguesa, Joo Ferreira do Amaral, Economista, Jos Pena do Amaral, Administrador do Banco BPI, Jos Silva Lopes, Economista, e Vtor Bento,Economista, moderado por Nicolau Santos e Helena Garrido 13H00 Almoo volante 14H00 / 16H00 Continuao da transmisso da conferncia The Blueprint for a deep and genuine EMU: Debating the future economic, monetary, banking and political union

ESTDIO JOO CAMPOS

14 | LOCAL | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Vestgios achados em Beja revelam parceria pblico-privada do sc. XVI

Escavao conrma fundio e cunhagem de moeda, a cargo de um particular, num edifcio cuja construo aproveitou os alicerces de uma casa rabe e as fundaes de um templo romano descoberto em 2012
DR

Arqueologia Carlos Dias

O subsolo do centro histrico de Beja continua a revelar-se uma caixa de surpresas no que diz respeito aos valores arqueolgicos que preserva. Qualquer movimento de terras coloca a descoberto novos dados sobre o passado histrico da cidade, que entre o sculo I e II depois de Cristo foi capital do Conventus Pacensis (circunscrio administrativa com sede na actual Beja), a partir do qual era administrada uma das regies que constituam a Lusitnia. A descrio cientca desse passado conheceu na ltima dcada importantes contributos, na sequncia dos trabalhos coordenados por Conceio Lopes, do Centro de Estudos Arqueolgicos das Universidades de Coimbra e do Porto. Esses trabalhos conduziram localizao em 2012, ao m de mais de 400 anos de tentativas, do frum romano de Beja. Foi quando procedia identicao do espao envolvente do templo romano, para aprofundar a anlise interpretativa, que a arqueloga descobriu sem lugar a qualquer dvida vestgios quase intactos e muito pormenorizados de uma casa da moeda que remonta ao reinado de D. Joo III e ao ano de 1525. At Agosto passado, quando os primeiros indcios dessa estrutura foram identicados pelos arquelogos, sempre se duvidou da sua existncia, dada a escassa informao at ento produzida, embora o local se situe na Rua da Moeda. No rsdo-cho de um edifcio camarrio, que j foi centro de formao prossional e foi construdo no nal do sculo XIX, junto a um logradouro interior onde foi localizado o templo romano de Beja, a equipa de arquelogos coordenada por Conceio Lopes, identicou ento um conjunto de elementos que associou claramente a uma casa da moeda. medida que os trabalhos decorriam, no nal do ano passado, foram surgindo materiais e moedas, umas preparadas para a cunhagem e outras j cunhadas, bem como cadinhos usados na fundio do cobre, descreve a arqueloga, ao mesmo tempo que aponta um espao aberto entre os alicerces do edifcio, onde foram descobertos

A Casa da Moeda foi achada sob o edifcio dos arcos. Em baixo, moedas a encontradas Universidade de Coimbra. A sua localizao permitia-lhe vigiar todas as operaes, desde a fundio at cunhagem das moedas, evitando assim os furtos de ceitis (moedas de cobre) que no eram feitos com moldes, mas sim cunhados em pedaos de metal cortados tesoura, apresentando-se mais quadrangulares do que redondos. A dimenso e a importncia do achado j suscitaram o interesse de arquelogos espanhis envolvidos nas escavaes de uma casa da moeda em Valncia, que solicitaram aos colegas portugueses partes de alguns cadinhos para um estudo que est a decorrer numa instituio inglesa. Margarida Ortigo revelou ao PBLICO o seu interesse pelo achado, lembrando que existem documentos na Casa da Moeda de Lisboa que fazem referncia a Ruy Lopes, vedor (administrador na corte) de D. Joo III e ao seu projecto da casa da moeda em Beja.

vrios quilos de moedas de cobre. O stio do martelo, ou martelete, que cunhava a moeda mesmo ao lado da fundio e por de cima de uma casa rabe, completam a identicao dos vestgios [deste gnero] mais completos existentes em Portugal, salienta Margarida Ortigo Paes Leme, responsvel pelo Arquivo da Casa da Moeda de Lisboa, suportando a sua posio na informaes que lhe foram prestados por Conceio Lopes. Num rectngulo com cerca de 1,5 metros por 70 centmetros, que ainda se encontra bem denido, sentava-se o administrador que fazia a gesto de todo o dinheiro cunhado no local, assinala a arqueloga da

Conceio Lopes identica na concesso feita a Ruy Lopes todos os contornos de uma parceria pblicoprivada, com uma diferena: Os capitais eram totalmente privados

Parceria pblico-privada
Os ceitis de Beja podero constituir um bom exemplo da produo de moeda atribuda a privados. Os especialistas admitem que tenha sido caso nico, pois no co-

nhecida experincia semelhante. Conceio Lopes identica na concesso feita a Ruy Lopes todos os contornos de uma parceria pblico-privada, com uma diferena: Os capitais eram totalmente privados. Um documento arquivado na Torre do Tombo conrma que o vedor do rei piedoso (lho de D. Manuel I) tinha obtido licena para descobrir minas de azougue [mercrio] e cobre na cidade de Beja e seu termo, e, como a explorao destas minas lhe acarretaria grande despesa, elrei lhe concedeu que ele, do cobre que tivesse, pudesse mandar lavrar [cunhar] moeda de ceitis em uma casa que mandaria fazer de muros adentro daquela cidade. As condies da concesso atribuda por diploma assinado em vora a 8 de Setembro de 1524 deniam que ele [Ruy Lopes] no pagaria, em sua vida, nenhum direito da moeda que lavrasse; que os ociais empregados neste mister seriam equiparados aos da Casa da Moeda de Lisboa; que a merc seria s durante a vida de Ruy Lopes, e que, por seu falecimento, el-rei tomaria conta da casa, com todos os aparelhos, pagando tudo aos herdeiros pelo preo que valesse ao tempo da avaliao. Do acervo arqueolgico j recolhido sobre a histria da cidade de Beja do perodo romano, muulmano, medieval e moderno, e descoberto no permetro onde foi localizado o frum romano, ser feita, em breve, uma exposio pblica nas montras de 25 estabelecimentos comerciais da cidade. Conceio Lopes justica a iniciativa com a necessidade de fazer da populao o el depositrio do esplio recolhido. Faz-se o que possvel, argumenta a arqueloga, lamentando a paragem forada na pesquisa, tanto nos vestgios do frum romano como na casa da moeda. O espao no est contemplado no projecto do futuro Centro de Arqueologia e Artes de Beja, que a Cmara local vai candidatar no prximo ano aos fundos comunitrios, e no h verba para continuar os trabalhos. Vamos ns tentar obter mais nanciamento, adianta Conceio Lopes, criticando o facto de o espao que est a ser pesquisado h mais de uma dcada ser apenas considerado reserva arqueolgica.

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 15

Vereadores querem mudanas nos passes
Transportes Ins Boaventura
Autarcas da regio de Lisboa defendem simplificao da proposta da Autoridade Metroplitana de Transportes
Os vereadores da Mobilidade da rea Metropolitana de Lisboa vo apresentar uma proposta de alterao do zonamento tarifrio do sistema de transportes, em alternativa quela que foi sugerida pela Autoridade Metropolitana de Transportes aos operadores e aos municpios durante o ms passado. Aquilo que a autoridade props foi um sistema com oito coroas, o que representa um acrscimo face s quatro hoje existentes, coroas essas que seriam divididas em oito sectores. Com isto, o passe intermodal seria alargado at Palmela e Montijo, a sul, e at Mafra, a norte, e passaria a incluir a quase totalidade dos operadores de transporte pblico. Numa reunio que se realizou ontem, os vereadores da Mobilidade e dos Transportes manifestaram a sua concordncia com a viso subjacente proposta da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa (AMTL), mas defenderam a necessidade de promover a sua simplicao. H um exagero no nmero de coroas e de sectores, diz o coordenador do grupo de autarcas. Joaquim Santos acrescenta que, se for aplicado o modelo proposto, haver um agravamento de custos para alguns dos actuais utilizadores, possibilidade que o vereador do Seixal rejeita. A chave do sucesso para ns o custo para os utentes no aumentar, sublinha. Desde que essa condio se verique, entende o autarca, o alargamento da cobertura geogrca do passe intermodal permitir trazer muitos milhares de utentes para o sistema pblico de transportes e aumentar as suas receitas. Isso, frisa, representaria o inverter de um ciclo de perda com 30 anos. Quanto a uma outra proposta apresentada pela AMTL, que prev que a repartio das receitas dos passes pelos operadores passe a ser feita de acordo com a utilizao efectiva (apurada a partir do sistema de bilhtica sem contacto), os vereadores esto completamente de acordo e pedem que seja aplicada o mais urgentemente possvel.

Cmara das Caldas vai fazer obras no Hospital Termal

Sade
Governo aceita que o municpio faa as obras, por forma a que o estabelecimento possa reabrir rapidamente
A Cmara das Caldas da Rainha chegou a acordo com o Ministrio da Sade para custear e executar as obras necessrias reabertura do Hospital Termal, anunciou ontem o presidente da autarquia, Fernando Costa (PSD). Chegmos a acordo e o Governo aceitou que se faam as obras para que o Hospital Termal reabra o mais rapidamente possvel, armou Fernando Costa, no nal de uma reunio com o secretrio de Estado da Sade, Manuel Teixeira. De acordo com o autarca, o governante aceitou a disponibilidade da cmara para custear as obras um investimento de cerca de meio milho de euros na modernizao da canalizao que transporta a gua desde as captaes at ao hospital. A unidade de sade suspendeu mais uma vez os tratamentos em Maro, devido presena de uma bactria que faz com que os parmetros microbiolgicos da gua mineral no cumpram os requisitos legais e cujo surgimento se prende com a antiguidade das canalizaes. Uma noticao do Delegado de Sade Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Antnio Tavares, determinou que os tratamentos no pudessem ser retomados sem que fosse feita a requalicao estrutural de todo o sistema de adues e canalizaes. O Governo quer concessionar o hospital autarquia, que por sua vez poder entregar a sua gesto a privados.
PUBLICIDADE

ADIRA ASSINATURA ANUAL DIGITAL

(99)
E RECEBA UM FIM-DE-SEMANA GRTIS PARA 2 PESSOAS
(HOTIS DE 4 E 5 ESTRELAS)

Quem assina tem mais Pblico.

Ao aderir assinatura anual digital do Pblico, alm de ter acesso a todos os contedos do Pblico todos os dias da semana, ainda ganha um fim-de-semana para duas pessoas num dos hotis escolha (Hotel Aqualuz Tria, Hotel Aqualuz Lagos ou Hotel Porto Palcio). Esta campanha vlida para novas subscries e renovaes de assinatura para a modalidade digital anual. Oferta limitada s 100 primeiras assinaturas digitais anuais. No acumulvel com outras promoes.
Saiba mais em publico.pt/assinaturas/duasnoites/

16 | ECONOMIA | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Governo tenta reduzir perdas de 500 milhes nos swaps de trs bancos
Prazo para chegar a acordo com Deutsche Bank, BNP e Goldman, que venderam produtos txicos com perdas potenciais de 500 milhes, terminaria hoje, mas as negociaes podem estender-se at segunda-feira
Empresas pblicas Raquel Almeida Correia
Alcanado um acordo com trs bancos que venderam swaps txicos a seis empresas pblicas e fracassadas as negociaes com outros dois (Santander e JP Morgan), o Governo tentar chegar hoje a um entendimento com as trs instituies nanceiras que pediram uma extenso do prazo negocial: Deutshe Bank, BPN Paribas e Goldman Sachs. Estes trs bancos foram responsveis pela comercializao de produtos especulativos que acumulam perdas potenciais superiores a 500 milhes de euros. At ontem, no havia ainda um acordo entre as partes, admitindo-se a possibilidade de o prazo, que foi estendido por uma semana (depois de a primeira ronda negocial ter terminado a 27 de Abril), s acabar na prxima segunda-feira. O PBLICO sabe que o executivo no ir oporse a um adiamento deste tipo, se tal permitir concluir com sucesso as conversaes, liquidando contratos considerados ruinosos com perdas menores do que as estimadas. No caso de conseguir chegar a acordo com os trs bancos e num cenrio ideal, o Governo poder reduzir as perdas potenciais associadas a swaps txicos em mais de 500 milhes de euros, j que este o valor que corresponde aos produtos especulativos comercializados pelas trs instituies nanceiras. Mas o montante a recuperar dever ser inferior, tendo em conta que os descontos que esto a ser feitos aos prejuzos rondam, nos casos mais graves, os 70%. A reduo que for alcanada por via das negociaes com o Deutsche Bank, o BNP Paribas e o Goldman Sachs vai somar-se ao corte j garantido de cerca de 400 milhes de euros nas perdas potenciais dos swaps txicos vendidos por outros trs bancos com os quais o Governo chegou a um entendimento na foram consideradas especulativas (os chamados swaps tradicionais, contratados apenas para cobrir o risco de variao da taxa de juro) de cerca de 140 milhes de euros. mil milhes que o Governo estima estarem associadas s 120 operaes contratadas pelas seis empresas entre 2003 e 2011. Destes trs mil milhes, 2600 milhes dizem respeito a produtos especulativos, como avanou o PBLICO na semana passada. Assim, as perdas associadas a swaps txicos rondam agora os 2200 milhes de euros, com o desconto de 400 milhes conseguido com o Barclays, o Crdit Suisse e o Nomura. Retirando os 500 milhes que so da responsabilidade das trs instituies nanceiras com que o Governo est prestes a encerrar as negociaes, sobram cerca de 1700 milhes que correspondem s perdas potenciais geradas pelos derivados comercializados pelo Santander e o JP Morgan os bancos que o executivo decidiu processar judicialmente, por no se vislumbrar um acordo entre as partes. O Dirio Econmico noticiou esta semana que estes dois ltimos bancos estariam interessados em voltar mesa de negociaes, mas o PBLICO sabe que no houve mais contactos desde que o Santander e o JP Morgan entregaram, na passada sexta-feira, a ltima proposta de descontos sobre as perdas potenciais dos produtos que venderam, que no satisfez o executivo. Nesse mesmo dia, o Governo enviou Procuradoria-Geral da Repblica todos os elementos para avanar com uma aco judicial contra as duas instituies nanceiras. A informao enviada integra ainda um relatrio e documentos recolhidos pela Inspeco-Geral de Finanas, sobre o contexto em que foram subscritos estes produtos, no sentido de apurar responsabilidades polticas e dos gestores que estavam frente das seis empresas pblicas. O caso dos swaps levou, at agora, sada de dois secretrios de Estado do actual Governo: Paulo Braga Lino (Defesa) e Juvenal da Silva Peneda (adjunto do ministro da Administrao Interna), que estiveram envolvidos na contratao de produtos especulativos na Metro do Porto e na STCP. O PSD e o CDS anunciaram a criao de uma comisso parlamentar de inqurito na semana passada, mas o texto da proposta ainda no foi apresentado, apesar de o PS j se ter pronunciado a favor.

42 swaps txicos activos

O acordo alcanado na semana passada permitiu reduzir de 56 para 42 o nmero de operaes txicas detectadas por uma auditoria da Agncia de Gesto da Tesouraria e da Dvida Pblica (IGCP) em seis empresas pblicas: Metro de Lisboa, Metro do Porto, Carris, STCP, CP e Egrep. Mas os 14 swaps liquidados at aqui pertenciam todos ao Metro de Lisboa e Metro do Porto, como o PBLICO noticiou na quarta-feira. A reduo de cerca de 500 milhes de euros (400 milhes em produtos especulativos e 140 milhes em swaps tradicionais) abateu directamente as perdas potenciais de trs
NUNO FERREIRA SANTOS

Milhes o valor das perdas potenciais associadas aos swaps txicos subscritos por seis empresas pblicas, dos quais 400 milhes foram j reduzidos semana passada: Barclays, Crdit Suisse e Nomura. Durante as negociaes com estas trs ltimas instituies nanceiras, conseguiu-se tambm um desconto nas operaes que no

2600

A secretria de Estado do Tesouro, Maria Lus Albuquerque, est a liderar a renegociao com os bancos envolvidos no caso dos swaps

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | ECONOMIA | 17

DANIEL ROCHA

Portugueses recorrem mais a casa de familiares para passarem frias

Turismo
As viagens dos turistas portugueses aumentaram 12,4% no ltimo trimestre de 2012, em termos homlogos, com aumentos signicativos das visitas a familiares e amigos e queda das deslocaes por lazer. No relatrio sobre a procura turstica dos residentes no quarto trimestre do ano passado, o Instituto Nacional de Estatsticas (INE) revela que os portugueses efectuaram quatro milhes de viagens tursticas, ou seja, mais 12,4% do que em igual perodo de 2011. A subida cou a dever-se aos aumentos signicativos das viagens de visita a familiares e amigos, que cresceram 22,5%, e de prossionais e de negcios, que subiram 21,1%, em contraste com as deslocaes de lazer, recreio ou frias que caram 5,9% nos ltimos trs meses de 2012. Face aos resultados de 2012 (provisrios), o motivo mais expressivo passou a ser a visita a familiares ou amigos, que reuniu 46% do total de viagens realizadas durante 2012 (42,7% em 2011), seguido pelo lazer, recreio ou frias, de 42,1% (45,6% em 2011) e pelas viagens prossionais ou de negcios que concentraram 7,2% do total de 2012 (6,5% em 2011). Estes resultados revelam uma assinalvel alterao de estrutura na motivao dos residentes para viajar face aos anos anteriores, em que o lazer, recreio ou frias constitua a principal motivao para viajar, assinala o INE. Agora, esse movimento foi substitudo pela maior importncia dada a visitas a familiares ou amigos, a que no ser alheia a actual conjuntura econmica, frisa o instituto. Lusa
PUBLICIDADE

O Continente fica com 17 supermercados e mantm os trabalhadores dos nove agora adquiridos

Concorrncia d luz verde para a Sonae ficar com os hipers do grupo S

Distribuio Tolentino de Nbrega
Maioria do credores, que reclamam um total de 110 milhes de euros, aprovaram o plano especial de revitalizao do grupo
A Autoridade da Concorrncia deu ontem luz verde execuo do contrato celebrado pela Sonae MC com o grupo S para o trespasse de nove lojas localizadas na ilha da Madeira. A deciso, que viabiliza a expanso da cadeia de supermercados Modelo Continente na ilha, surge na sequncia da aprovao do Plano Especial de Revitalizao (PER) da empresa madeirense pela maioria dos credores. A Autoridade da Concorrncia adoptou uma deciso de no oposio na operao de concentrao, por considerar que a compra, por meio de trespasse, de nove hipermercados Jorge S pela Modelo Continente Hipermercados SA, no susceptvel de criar entraves signicativos concorrncia efectiva no mercado retalhista de base alimentar nos formatos hipermercado, supermercado e lojas discount na Madeira. O Plano Especial de Revitalizao da empresa madeirense detentora da rede de supermercados S foi aprovado pela necessria maioria qualicada de dois teros dos credores. Do total de votos expressos, 71% dos credores votaram a favor e 29% contra, revelou o administrador judicial Napoleo Duarte. Votaram cerca de 86% dos 1270 credores reconhecidos que reclamam crditos na ordem dos 110 milhes de euros. A generalidade dos trabalhadores votou a favor deste plano, assim como os bancos, a Segurana Social e o Estado, adiantou o administrador judicial nomeado pelo Tribunal do Funchal. S depois da homologao do PER, se no ocorrerem impugnaes dentro do prazo legal previsto, que o plano ser homologado e poder ser formalizada a compra, por trespasse, de nove lojas da sociedade Jorge S pela Modelo Continente, que tambm estava dependente da no oposio da Autoridade da Concorrncia operao de concentrao. Ao noticar a Autoridade da Concorrncia, em Maro passado, a Sonae MC, dona dos supermercados Continente, informou que vai assegurar os cerca de 500 postos de trabalho nos nove estabelecimentos a trespassar e reforar a sua posio no mercado regional, onde dos actuais oito estabelecimentos comerciais passa assim para 17 unidades. As nove lojas distribuem-se pelos concelhos do Funchal (Santo Antnio, So Martinho e Seminrio), Ribeira Brava, Cmara de Lobos (Estreito de Cmara de Lobos), Santa Cruz (Camacha e Santa Cruz), Machico e Santana. Na posse da Jorge S continuaro 14 lojas, de pequena e mdia dimenso. O PER prope um plano de escalonamento e renegociao da dvida e respectivos juros, num horizonte at 2028. Dene as condies para o pagamento dos crditos, num total de 109,5 milhes de euros, nomeadamente a reduo em 35% do capital total em dvida. Fixa tambm a consignao de um tero do valor das rendas a receber mensalmente da empresa Modelo/Continente para pagamento de capital e juros vincendos, a partir do ano de 2014. E ainda o pagamento de 36,1% do capital em dvida em 60 prestaes trimestrais, crescentes e sucessivas, at 2028. Do valor de 10 milhes da operao de trespasse, o PER preconiza o pagamento de 8,5 milhes na data de entrega das lojas e a reteno dos restantes 1,5 milhes como garantia do cumprimento das diversas obrigaes decorrentes do contrato, nomeadamente o pagamento dos valores em dvida aos trabalhadores. Dos 8,5 milhes no retidos, 6,2 milhes sero destinados directamente ao pagamento a trabalhadores e ao Estado; 2,3 milhes sero alocados para amortizao de capital em dvida banca e fornecedores, de acordo com o respectivo peso no total de crditos. As instituies de crdito e nanceiras so os principais credores do grupo S, com 64% da dvida.

18 | ECONOMIA | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Depois de baixar taxas, BCE j prepara entrada em territrio desconhecido

Juros mais prximos de zero, taxas de depsito negativas e compra aos bancos de pacotes de crditos concedidos a PME: com as taxas a 0,5%, Mario Draghi tenta estimular a economia
Poltica monetria Srgio Anbal
Frustrado, como Mario Draghi reconhece que se est a sentir, ao ver o crdito a no chegar com facilidade s famlias e s empresas apesar de as taxas de juro do BCE estarem a mnimos histricos. E, ontem, talvez para combater essa frustrao, anunciou, passados dez meses, mais uma descida da taxa de juro que o banco central aplica nas operaes de nanciamento aos bancos, que passou de 0,75% para 0,5%. Ser que isso chega para resolver o problema? A maior parte dos analistas diz que no e est j a olhar para os prximos passos do BCE, que se pode ver forado a entrar em territrio desconhecido. O prximo passo, todos apostam, dever ser mais uma descida da taxa de juro das operaes de renanciamento em 0,25 pontos percentuais. Esta taxa aquela que cobrada aos bancos quando acedem aos emprstimos do BCE. Na conferncia de imprensa ontem realizada em Bratislava, Draghi deu todos os sinais de que isso poder acontecer: disse que iria monitorizar muito atentamente a situao e que o BCE est preparado para agir, caso seja necessrio. Alm disso, revelou que, embora haja quem no concorde com os cortes de taxas de juro, a maioria concorda, havendo mesmo quem quisesse mais. Existiu uma maioria muito forte com a opinio de que deveria existir um corte e, dentro destes, houve uma maioria muito forte com a opinio de que o corte seria apenas de 0,25 pontos percentuais, armou Draghi. O problema, mais uma vez, saber se s isso chega para convencer os bancos, principalmente os das economias perifricas, como Portugal, a emprestar dinheiro s empresas e s famlias, principalmente num cenrio em que estas, perante a conjuntura, tambm tm poucas motivaes para se endividarem. Ontem, Mario Draghi defendeu que a descida de taxas, combinada com um prolongamento at pelo menos Julho de 2014 dos emprstimos do BCE a taxa xa (que permitem aos bancos, caso tenham colaterais para apresentar, aceder de forma ilimitada ao crdito da autoridade monetria), ter agora muito mais impacto na economia real do que teria h uns meses. E armou que com as medidas agora tomadas no a falta de nanciamento que pode servir de desculpa [aos bancos] para no emprestar dinheiro. Ainda assim, a acompanhar uma futura descida da taxa de juro de nanciamento, o BCE poder ter de dar um passo para terrenos que ainda no pisou desde que foi criado. A sua taxa de depsito (aquilo que paga em juros aos bancos que depositam os seus excedentes de tesouraria no BCE) est actualmente a zero e poder passar a ser negativa, o que signicaria que o bancos poderiam ter de passar a pagar para deixarem o dinheiro no banco central. Este seria um grande incentivo para que as instituies nanceiras colocassem o dinheiro noutro lugar, talvez mesmo emprestar mais fundos s empresas e famlias, mas h quem tema que o que pode acontecer os bancos cobrarem mais pelos depsitos dos seus clientes, conduzindo a uma maior fuga de capitais do euro. Seja como for, Mario Draghi, ao contrrio do que aconteceu em momento anteriores, mostrou que o BCE se est a preparar para esse cenrio. H vrias consequncia indesejveis que podem surgir dessa medida. Ns vamos encarar e resolver essas consequncias se decidirmos agir, disse. Os mercados interpretaram essas palavras como uma clara inteno de o BCE colocar a taxa de depsito abaixo de zero, e o euro caiu de forma signicativa face ao dlar. Mas no s aqui que o BCE se est a preparar para mais inovaes. Embora de forma muito prudente e garantindo sempre que se estava ainda numa fase de anlise muito inicial, Mario Draghi abriu a porta a uma poltica mais agressiva por parte do BCE de compra de activos aos bancos, uma forma mais directa de injectar liquidez na economia. O presidente do BCE anunciou que a autoridade monetria iria iniciar consultas com outras entidades para promover um mercado de ttulos baseados em activos (assetbacked securities) que funcione. Os ABS caram conhecidos recentemente como os produtos nanceiros que provocaram grande parte da crise nanceira internacional. Era atravs deles que vrias instituies nanceiras norte-americanas juntavam crditos subprime que depois vendiam em pacote (e com rating AAA) a outras entidades. O que o BCE pretende agora, explicou Draghi, que, de uma forma mais transparente, os bancos europeus possam juntar em pacotes os crditos que concedem s PME e depois vend-los ao BCE. Desta forma, o banco central poderia, no fugindo s suas regras, dar um passo em frente no estmulo economia, aproximando-se daquilo que est a ser feito por outros bancos centrais.

O impacto das taxas do BCE na Euribor

A 6 meses (%)
2,0 1,5 1,0 0,5 0,0

Euribor 6 meses

Taxa de refinanciamento do BCE 0,5 0,324 2012 2013

M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A

2011
Fonte: Banco de Portugal e BCE

Draghi diz que os bancos no tm razes para no emprestar

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | ECONOMIA | 19

0,25 0,313
O Banco Central Europeu, na reunio de ontem, cortou 0,25 pontos percentuais sua taxa de referncia, que estava nos 0,75%
SAMUEL KUBANI/AFP

A taxa Euribor a seis meses estabeleceu ontem novo mnimo, nos 0,313%. Nos prazos de trs meses, o indicador est nos 0,207%

Pressionado pelos outros bancos centrais

Fed, Banco de Inglaterra e Banco do Japo esto a injectar liquidez nas economia a um ritmo alto

Prestao da casa continuar baixa por longos meses

Rosa Soares
A deciso de corte de juros por parte do Banco Central Europeu (BCE) uma boa notcia para as famlias. As redues nos custos dos emprstimos sero ligeiras, mas constituem uma garantia de que as taxas Euribor vo manter-se em nveis baixos, possivelmente at ao nal de 2014. Em termos imediatos, a deciso de ontem ter um impacto reduzido, porque as taxas Euribor, a que esto associados os emprstimos das famlias e das empresas, j esto em nveis muito baixos. A deciso do BCE tambm j est parcialmente incorporada nos valores actuais das taxas Euribor, que so xadas no mercado monetrio, a partir das intenes de emprstimos a realizar entre um conjunto alargado de bancos. Habitualmente, as taxas Euribor antecipam os movimentos de descida e de subida das taxas de referncia do banco central. Em queda desde a chegada de Mario Draghi liderana do Banco Central Europeu, em Outubro de 2011, as taxas Euribor atingiram, na sesso de ontem, 0,313%, no prazo a seis meses, o que representa um novo mnimo histrico. Nos prazos de trs meses, o indicador est nos 0,207%. Estes prazos, os mais utilizados nos emprstimos habitao e s empresas, esto cada vez mais longe dos mais de 5% que atingiram no Vero de 2008. Pelo facto de estarem muito baixas, a margem para novas descidas [das taxas] reduzida, admitiu Paula Carvalho, economista-chefe do BPI, ao PBLICO. A perspectiva do banco para 2013 de que a taxa a seis meses se mantenha nos 0,35% e a de trs meses entre os 0,18% e 0,20%. Nas declaraes aps a reunio do conselho de governadores do BCE, Mario Draghi no excluiu a possibilidade de novo corte de taxas: Vamos olhar para todos os dados e observar com ateno todos os desenvolvimentos e estamos preparados para actuar, se necessrio, armou. Com esta declarao, e perante a espiral recessiva na zona euro, um cenrio de inverso de poltica monetria, ou seja, de subida de taxas de juro, ca cada vez mais afastado no tempo. Os efeitos da recente descida de taxas de juro so maiores nos emprstimos habitao contratados antes de 2008, cujas prestaes j caram para cerca de metade. A partir de agora, as quedas so menores, porque em muitos emprstimos o spread ou margem comercial do banco j mais elevado do que a taxa de juro. Por outro lado, sempre que os juros descem, a componente de amortizao aumenta. Ou seja, as famlias esto a amortizar capital a um ritmo maior, o que positivo, porque num cenrio de subida das taxas de juro, o montante em dvida ser menor. Neste momento, os spreads mnimos praticados pelos bancos esto acima dos 2% e os mximos chegam a superar os 6%. A descida das taxas de juro negativa para quem tem poupanas associadas s taxas Euribor e para as empresas com contratos de proteco de taxas de juro especulativos, os denominados swaps de taxas de juro, cujos encargos aumentam signicativamente quando as taxas descem.

uma pergunta a que Mario Draghi tem de responder em todas as conferncias de imprensa que faz: por que que o Banco Central Europeu no actua de uma forma mais agressiva no estmulo economia e no combate aos riscos de deflao, tal como o fazem os outros grandes bancos centrais mundiais. A resposta sempre a mesma, mas ontem, num dia em que foram dados sinais de que o banco quer, de facto, ser um pouco mais agressivo, a explicao foi mais completa. Draghi, fazendo a comparao especialmente com a Reserva Federal norte-americana, comeou por lembrar que o mandato do BCE diferente, mais limitado. Em Frankfurt, a nica preocupao com a estabilidade de preos, definida como uma taxa de inflao abaixo mas prxima de 2%. Uma interveno para evitar uma contraco da economia s surge na medida em que possa haver uma ameaa de deflao. Depois, o BCE no pode, pelas regras dos tratados europeus, financiar os Estados directamente, o que limita aquilo que pode fazer num cenrio de crise oramental grave como a actual em muitos pases da zona euro. Por fim, as empresas financiam-se de forma muito diferente nos EUA e na Europa. Nos EUA, 80% do financiamento vem dos mercados, o que facilita a vida da Reserva Federal quando quer injectar liquidez na economia. Na Europa, 80% do financiamento feito atravs dos emprstimos bancrios, o que leva o BCE a ter de estudar formas de intervir, comprando ttulos em que os bancos agregam os emprstimos que fazem (ver texto ao lado). Seja quais forem as explicaes, a verdade que aquilo que outros bancos como a reserva federal norte-americana, o Banco de Inglaterra ou o Banco do

Japo esto a fazer , neste momento, muito diferente da aco do BCE, com injeces directas de liquidez na economia muito significativas. Isto coloca uma presso muito significativa sobre o BCE, quanto mais no seja porque as diferenas de actuao podem fazer o euro apreciar-se face s outras divisas, tornando ainda mais difcil a retoma da economia na zona euro. A comparao entre a actuao dos outros bancos e a do BCE impressionante. A Reserva Federal continua a comprar 85 mil milhes de ttulos do tesouro e de outros ttulos todos os meses. O Banco de Inglaterra anunciou uma extenso do seu programa de compra de activos recentemente, apesar de se pensar que apenas se vive uma fase de espera enquanto no entra o novo governador proveniente do Canad, e de quem se espera uma aco ainda mais decidida na injeco de liquidez na economia. O Banco do Japo, depois das instrues dadas pelo novo Governo, est a utilizar o mximo de artilharia que seria possvel imaginar contra a deflao. O programa de compra de obrigaes lanado no incio do ano equivale a 19% do PIB japons, o que significa que o banco central ir de forma muito rpida duplicar o seu balano. At agora, para alm de descer taxas, o BCE j assumiu aces que poucos julgavam possveis e contra a vontade do Bundesbank. Mas, no futuro, ter provavelmente de ir mais longe. Srgio Anbal

Com as taxas em queda, as famlias amortizam mais capital

20 | ECONOMIA | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

GONCALO PORTUGUES

Bolsas
O DIA NOS MERCADOS
Dinheiro, activos e dvida
Divisas Valor por euro
Euro/Dlar Euro/Libra Euro/Iene Euro/Real Euro/Franco Suo 1,3065 0,8408 128,05 2,6287 1,2212

Pilotos prometem lutar pelos 20% da TAP

Aviao

Dirio de bolsa
Portugal PSI20
6500 6250 6000 5750 5500

Grupo pblico tem quota de mercado de 29,3%

Procuradoria-Geral da Repblica diz que os pilotos no tm direito a posio no capital da companhia, mas o sindicato contesta
O Sindicato dos Pilotos da Aviao Civil (SPAC) rejeitou ontem que os interesses dos pilotos da TAP sejam lesados e disse ir lutar at s ltimas consequncias pelo direito de participao no capital da empresa privatizada. Na sequncia do parecer do conselho consultivo da ProcuradoriaGeral da Repblica (PGR) publicado na tera-feira, segundo o qual os pilotos da TAP no tm direito a uma participao no capital da companhia area no mbito da sua privatizao, porque o acordo que lhes d esse direito foi estabelecido fora da lei, o SPAC reagiu lembrando que o parecer da PGR no vinculativo e inclui lacunas nos seus pressupostos. O acordo entre empresa e pilotos data de 1999 e prev a atribuio de uma participao at 20% no capital da empresa privatizada, tendo resultado de um processo de negociao entre as partes que teve como pressuposto a deciso favorvel obtida pelos pilotos junto do Tribunal Arbitral e que no pode ser agora ignorada num Estado de Direito, acrescenta o SPAC. Os pilotos, tal como a TAP e o Governo bem sabem, aderiram a esse processo de negociao de boa-f, procurando no s salvaguardar os seus direitos, como tambm garantir a sustentabilidade nanceira da TAP, motivo pelo qual acordaram renunciar produo dos efeitos da deciso do Tribunal Arbitral, tendo como contrapartida a participao no futuro capital privatizado da TAP, reala o sindicato. O SPAC sublinha que o parecer no toma em conta a posio assumida pelo Governo aquando da assinatura do acordo, pelo que a tese sustentada de que o Estado no se vinculou ou ignorava o documento no s no real, como nem sequer minimamente plausvel em face do objecto do acordo. A deciso do conselho consultivo da PGR, publicada no Dirio da Repblica, resulta de um pedido de parecer do secretrio de Estado das Obras pblicas, Transportes e Comunicaes. Lusa

ltimos 3 meses

Taxas de juro
Euribor 3 meses Euribor 6 meses 0,207% 0,313%

Aces
PSI20 Euro Stoxx 50 Dow Jones -0,21% 0,26% 0,80%

Euribor 6 meses
0,43 0,375 0,350 0,325 0,300

Variao dos ndices face sesso anterior

Mais Transaccionadas
BCP BES PT EDP EDP Renovveis

Volume
159.896.318 17.921.927 5.367.678 3.547.625 2.176.599

Governo aprova venda da rea de seguros da CGD

Empresas pblicas Raquel Martins
As trs seguradoras detidas pelo grupo pblico devero ser vendidas em conjunto para garantir a sua unidade estratgica
O Conselho de Ministros aprovou ontem a venda das trs empresas da Caixa Geral de Depsitos (CGD) que operam na rea dos seguros. Em causa est a alienao das participaes na Fidelidade, Multicare e Cares, uma operao que ter lugar ao longo deste ano. As trs seguradoras devero ser alienadas em conjunto, um modelo que assegura a preservao da unidade estratgica do grupo segurador. Lus Marques Guedes, ministro da Presidncia, adiantou que a venda poder ser feita de forma directa ou indirecta a investidores de referncia nacionais ou estrangeiros. O entendimento do Governo que haver vantagens em fazer a alienao do conjunto das seguradoras, precisou o ministro da Presidncia, acrescentado que essa via encerra em si uma mais-valia global para a operao. O ministro vincou, no entanto, a ideia de que no de descartar outra soluo. Depende da receptividade dos investidores e do mercado, justicou. Marques Guedes destacou ainda que o processo dever iniciar-se no incio do ms de Junho e que o objectivo que esteja concludo antes do nal do ano. Consagra-se ainda a alienao de um mximo de 5% de aces a trabalhadores das empresas seguradoras do grupo Caixa Geral de Depsitos, bem como a possibilidade de se proceder alienao de participaes minoritrias mediante oferta pblica de venda, que pode ser combinada com venda directa institucional, refere o comunicado emitido aps a reunio do Conselho de Ministros. Em Maro, o vice-presidente do banco pblico, Norberto Rosa, tinha dito agncia Lusa que a privatizao da venda da rea seguradora poderia ser apenas parcial, mantendo a Caixa Geral de Depsitos uma participao ainda que minoritria no grupo segurador. A rea seguradora da Caixa Geral de Depsitos constituda pela empresas Fidelidade, Multicare e Cares, que garantem a liderana do mercado com uma quota conjunta de 29,3%, no nal de 2012 31% no ramo vida e 26,4% no ramo no vida.

ltimos 3 meses

Mercadorias
Petrleo Ouro 100,87 1466,35

Melhores
BES Sonae Indstria BPI

Variao
1,27% 1,11% 1,01%

Preo do barril de petrleo e da ona, em dlares

Obrigaes
OT 2 anos OT 10 anos 3,412% 5,734%

Piores
Mota Engil Banif SA Novabase SGPS

Variao
-2,76% -1,667% -1,406%

Obrigaes 10 anos
6,70 6,45 6,20 5,95 5,70

Europa Euro Stoxx 50

2800 2725 2650 2575 2500

ltimos 3 meses

ltimos 3 meses

PSI-20
Nome da Empresa Var% Fecho ltima Sesso Volume Abertura Mximo Mnimo Performance (%) 5 dias 2013

PSI-20 INDEX ALTRI SGPS SA BANIF SA BPI BCP BES COFINA SGPS EDP GALP ENERGIA MOTA-ENGIL PT PORTUCEL REN SEMAPA

-0,21 6235,090 -0,2 -1,667 1,01 0 1,27 -0,2 0 -0,62 -2,76 -0,91 0,51 0,22 -0,71 1,961 0,118 1,101 0,880 0,498 2,610 3,925 12,095 17,965 2,042 2,805 3,925 2,771 2,319 7,129 1,794 0,548 0,734 3,420

195118183 6229,670 6279,600 6202,830 238760 76716 1269703 17921927 210940 3547625 2176599 1198287 634623 438083 52808 5367678 192537 73344 15085 144735 78927 1366708 216780 1,965 0,118 1,095 0,105 0,856 0,500 2,610 4,000 12,175 18,100 2,060 2,855 3,950 2,757 2,301 7,151 1,780 0,549 0,738 3,379 1,975 0,119 1,115 0,106 0,894 0,500 2,622 4,009 12,175 18,145 2,150 2,860 3,953 2,779 2,319 7,205 1,794 0,549 0,740 3,430 1,930 0,118 1,083 0,104 0,856 0,481 2,578 3,903 11,980 17,905 2,020 2,775 3,900 2,733 2,301 7,129 1,770 0,543 0,728 3,379

3,66 10,26 1,55 23,49 2,56 -19,18 5,11 4,83 2,35 4,36 3,05 16,76 -1,68 13,97 -1,73 2,85 0,96 40,00 0,6 -15,45

40

0,105 159896318

A rea seguradora ser a segunda alienao da Caixa Geral de Depsitos, depois de ter vendido o negcio da sade por 40 milhes de euros No ano passado, este grupo de companhias apresentou um resultado lquido de 96 milhes de euros e um rcio de solvncia correspondente a 215% do mnimo legalmente exigvel. A Caixa Geral de Depsitos j vendeu o grupo HPP brasileira Amil, por um saldo positivo de 40 milhes de euros, marcando assim o nal da relao do grupo pblico com o ramo da sade. com J.M.R.

EDP RENOVVEIS -0,66 J MARTINS SGPS -0,66 NOVABASE SGPS -1,406

6,7 23,05 6,87 30,31 2,45 21,96 2,62 2,64 3,4 5,33 0,74 5,28 3,52 4,69 21,54 12,85 21,13 12,07 6,84 15,15

3,55 25,29

SONAECOM SGPS 0,9 SONAE INDSTRIA 1,11 SONAE -0,54 ZON MULTIMDIA 0,29

22 | MUNDO | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Capriles assume ruptura total e impugna resultados eleitorais

O lder da oposio nunca reconheceu a vitria de Nicols Maduro e ocializou o pedido de impugnao dos resultados das presidenciais de 14 de Abril. Presidente desvaloriza a iniciativa
JUAN BARRETO/AFP

Venezuela Rita Siza

O governador do estado de Miranda e candidato derrotado nas presidenciais da Venezuela, Henrique Capriles, assumiu ontem a ruptura total com o Presidente Nicols Maduro e a bancada chavista na Assembleia Nacional, e avanou com um processo de impugnao dos resultados eleitorais junto do Tribunal Supremo de Justia. Tal como aconteceu com o seu pedido de recontagem dos votos, que a Comisso Nacional Eleitoral (CNE) declinou, Henrique Capriles no espera que a sua iniciativa altere o estado das coisas na Venezuela o candidato ocialista Nicols Maduro, o delm do falecido Presidente Hugo Chvez, foi declarado o vencedor da votao de 14 de Abril e tomou posse com pompa e circunstncia antes de avanar o processo de auditoria cidad aos 46% dos boletins de voto que no foram automaticamente certicados no dia da eleio. Apresentamos a impugnao, ainda que saibamos qual a realidade, explicou Capriles, que se apresentou aos venezuelanos como a alternativa ao homem do chavismo em nome da coligao Mesa da Unidade Democrtica. Vamos esgotar todos os canais nacionais, porque no temos dvidas de que isto ainda vai terminar nas instncias internacionais, acrescentou, durante uma marcha pelo trabalho do dia 1 de Maio. O recurso ao Supremo tornara-se inevitvel perante a acumulao de episdios de alta tenso poltica, que, depois da campanha eleitoral, degeneraram para confrontos e violncia entre as hostes ocialistas e a oposio e que culminaram com uma indita cena de pugilato na Assembleia Nacional, que deixou onze deputados feridos (sete da oposio e quatro do Partido Socialista Unido da Venezuela, do Presidente Maduro), na noite de tera-feira. Como muitos me tm perguntado, deixem-me informar-vos do meu estado fsico, escreveu ontem a deputada independente Mara Corina Machado, que se senta na bancada da oposio. Tenho quatro fracturas sseas no nariz com desloca-

Maduro disse a Capriles: Voc no passa de um burguesinho choro e fascista

mento do septo nasal que requer uma operao imediata. Tambm tenho uma leso na coluna vertebral, por ter batido com a cabea contra o cho, descreveu. O Presidente Nicols Maduro referiu-se s agresses sofridas pelo deputado e lder do partido Primeiro Justicia, Julio Borges, lamentando a violncia na Assembleia Nacional. Mas, na mesma frase, acusou o seu adversrio poltico de se fazer de palhao e armar um show para as cmaras televisivas. Queremos paz neste pas, acabem com a violncia, disse, dizendo ter na sua posse provas de que os membros da oposio usaram gs paralisante contra os deputados da maioria. Naturalmente, as duas bancadas opositoras ofereceram verses contrrias sobre os acontecimentos, responsabilizando o outro lado por actos que todos descreveram como lamentveis. A Mesa da Unidade Democrtica deplorou, em comunicado, o que descreveu como um golpe de Estado virtual contra o parlamento, acusando o chavismo de usar a violncia para consolidar o desvio do resultado eleitoral. A oposio, que no reconhece os resultados ociais das presidenciais, excluiu-se de participar na auditoria cidad aos 46% dos boletins de voto a soluo de compromisso encontrada pela CNE para atender s reclamaes de transparncia de Henrique Capriles. O processo arrancou na segunda-feira, mas, segundo os consultores da Mesa da Unidade Democrtica, ao excluir a comparao dos votos com a informao dos cadernos eleitorais, no permitir investigar as alegadas fraudes e irregularidades denunciadas pela oposio. Os dois candidatos caram separados por uma curta diferena de 1,5% de votos. Aceite a derrota, aconselhou Nicols Maduro na sua declarao de 1. de Maio, transmitida pelos canais estatais de rdio e televiso. Deixe de espernear e de se lamentar, voc no passa de um burguesinho choro e fascista, acusou, vociferando contra o pequeno grupo que tomou conta da oposio venezuelana para impor um projecto fascista, os radicais de extrema-direita, os velhos burgueses, antigos donos das plantaes, enumerou, perante uma multido.

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | MUNDO | 23

Amigos de Dzhokhar Tsarnaev entraram em pnico e esto a caminho da priso
EUA Alexandre Martins
Jovens entraram no quarto do suspeito do ataque na maratona de Boston e levaram mochila que o poderia incriminar
Pouco depois de o FBI ter divulgado as primeiras imagens dos suspeitos do ataque na maratona de Boston, na tarde de 18 de Abril, o jovem Dias Kadyrbayev, nascido no Cazaquisto, recebia um telefonema de um amigo enquanto conduzia o seu BMW numa viagem entre Boston e New Bedford, no estado do Massachusetts. Do outro lado da linha, Robel Phillipos pedia-lhe que ligasse o televisor mal chegasse a casa: um dos suspeitos era muito parecido com um amigo comum, chamado Dzhokhar Tsarnaev. Este foi o momento que deu incio a uma sequncia de eventos que pode revelar-se dramtica para Kadyrbayev, Phillipos e Azamat Tazhayakov, os trs amigos de Dzhokhar Tsarnaev acusados pelo FBI de conspirarem para obstruir a justia e prestarem falsas declaraes durante a investigao de um acto de terrorismo. Ainda ao volante do seu carro, Kadyrbayev, que reside nos Estados Unidos com visto de estudante, enviou uma mensagem de texto a Tsarnaev, mas as respostas que recebeu foram interpretadas como brincadeiras, de acordo com o seu depoimento nos interrogatrios do FBI. Lol e melhor no me enviares mensagens foram duas delas, mas Dzhokhar Tsarnaev escreveu tambm: Vai ao meu quarto e leva o que quiseres. Quando se convenceram de que o seu amigo estava envolvido no ataque na maratona de Boston, os trs jovens combinaram encontrar-se porta do quarto de Tsarnaev, no campus da Universidade de Massachusetts-Dartmouth. L dentro, encontraram uma mochila carregada com aproximadamente sete tubos de fogo-de-artifcio, j sem plvora, que decidiram levar, juntamente com um computador porttil. De acordo com o testemunho de Robel Phillipos, os seus dois amigos nascidos no Cazaquisto entraram em pnico quando se aperceberam do possvel envolvimento de Dzhokhar Tsarnaev no ataque em Boston e tiveram uma discusso em russo. Mais tarde, todos concordaram que o melhor a fazer era deitar a mochila num caixote do lixo, que viria a ser recuperada pelos agentes da polcia federal norte-americana. As autoridades dizem no ter indcios de que os trs amigos estivessem ao corrente de qualquer plano com vista a um ataque na maratona de Boston, mas Dias Kadyrbayev e o seu compatriota Azamat Tazhayakov foram acusados de conspirarem para obstruir a justia. Se forem a julgamento, podem ser condenados a cinco anos de priso e a uma multa de 250 mil dlares (190 mil euros) cada um. O terceiro, Robel Phillipos, cidado norte-americano, foi acusado de prestar falsas declaraes durante a investigao a um acto de terrorismo s ao quarto depoimento admitiu ter entrado no apartamento de Dzhokhar Tsarnaev. Se for a julgamento, pode ser condenado a oito anos de priso e a uma multa de 250 mil dlares. Na primeira audincia em tribunal, que decorreu na quarta-feira, todos alegaram que no tiveram a mnima participao no ataque na maratona de Boston e negaram as acusaes de obstruo justia. O advogado de Kadyrbayev arma que o seu cliente lamenta muito o que aconteceu em Boston, mas frisa que ele no sabia que a mochila e o porttil podiam constituir provas para as equipas de investigao. J o advogado de Tazhayakov disse que o jovem ese sentiu terrivelmente mal e chocado quando se apercebeu de que um dos seus amigos era suspeito do ataque na maratona e frisou que considera uma honra estudar nos Estados Unidos. A segunda audincia est marcada para a prxima quarta-feira, dia 14.
MICHAEL S. WILLIAMSON/THE WASHINGTON POST

Os mais novos testam a facilidade de utilizao, a segurana e o factor cool

Fabricantes de armas tentam cada vez mais chegar a jovens e crianas

Estados Unidos Maria Joo Guimares
Testes para revistas so feitos por atiradores de 11 a 14 anos. Relatrios de fabricantes aconselham comear aos oito
H revistas dedicadas aos atiradores mais novos, sites chamados a minha primeira espingarda, testes de armas feitos por midos de 11 a 14 anos em que estes avaliam caractersticas da arma, incluindo o factor cool. Nos Estados Unidos da Amrica, todos tm direito a ter armas, mesmo que sejam menores. Nas pginas de uma destas revistas, um anncio mostra uma menina com culos e um alvo de tiro, uma pistola em pano de fundo: Faz inveja ao teu pai! Por menos de 300 dlares [220 euros] podes ter uma reproduo de uma .22 LR e passar o dia a disparar. Mas h artigos sobre armas maiores: Mostra ao teu pai! Quem sabe? Talvez encontres uma Bushmaster AR-15 debaixo da tua rvore uma manh gelada de Natal!. As armas no so brinquedos: so verdadeiras, embora em verso jnior (at h umas espingardas corde-rosa para as meninas). A questo do acesso de menores a armas de fogo surgiu de novo com um incidente em Cumberland, Kentucky: a morte de uma menina de dois anos, atingida pela arma do irmo de cinco anos que a tinha recebido de presente no aniversrio. Os pais no se tinham apercebido de que a arma tinha cado a um canto, carregada. O mdico legista comentou que se tratou de um acidente estpido como tantos outros. As armas s podem ser compradas por adultos, mas nada probe o acesso e a posse por crianas, que podem frequentar clubes de tiro desde que com superviso de adultos. Algumas actividades, como a caa, tm idades mnimas estabelecidas, mas estas tm vindo a baixar ou mesmo a ser abolidas: no Wisconsin passou de 12 para dez anos em 2009, em 2011, no Michigan, deixou de haver idade mnima. mear por paintball e a seguir disparar armas reais. A vantagem de treinar as crianas para o uso responsvel de armas aparece ligado promoo de valores como responsabilidade, tica e cidadania, e da continuao de uma grande tradio americana. O perigo? No to grande como parece, argumentam as associaes ligadas aos fabricantes, apontando para estatsticas que mostram um risco maior nas coreograas das cheerleaders ou no softball. H revistas especializadas, como a Junior Shooter, ou no-especializadas, como a Outdoor Life, com testes de armas em que alguns midos de 11 a 14 anos testam espingardas e avaliam caractersticas como a facilidade de utilizao, segurana e factor cool. O perigo uma questo de percepo, defende Andy Fink, editor da revista Junior Shooter, em declaraes ao NYTimes. As armas semiautomticas, por exemplo, no so necessariamente armas, a no ser que algum decida magoar outra pessoa com elas, defendeu. So uma ferramenta, tal como um carro ou um taco de basebol. A apoiar as palavras vem o nanciamento. Clubes de jovens e grupos de escuteiros tm recebido milhares de dlares das associaes de armas para actividades relacionadas com tiro.

A grande tradio
Tudo isto, segundo uma investigao publicada no incio deste ano pelo dirio The New York Times, ser fruto de uma operao agressiva das empresas de venda de armas que esto a focar-se em renovar os seus clientes, temendo pela sua sobrevivncia devido a uma baixa da participao em desportos de tiro. Estudos encomendados por associaes dizem que a resposta est em recrutar crianas e adolescentes entre os oito e 17 anos. Poderiam co-

Os amigos levaram uma mochila e um computador de Dzhokhar

24 | MUNDO | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Itlia pede estratgia europeia contra o pesadelo do desemprego jovem

Os cidados europeus devem ver a Europa como um instrumento de resposta positivo e no como um instrumento negativo, disse o primeiro-ministro italiano ao lado de Duro Barroso
FRANOIS LENOIR/REUTERS

Unio Europeia Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas

Enrico Letta, o novo primeiro-ministro italiano, terminou ontem trs dias de um priplo europeu em que foi pregar a Berlim, Paris e Bruxelas a necessidade de lanamento urgente de uma estratgia europeia de luta contra o pesadelo do desemprego jovem. Letta, cuja nomeao na semana passada encerrou mais de dois meses de impasse na terceira maior economia da zona euro depois das eleies legislativas de Fevereiro, encontrouse com Angela Merkel, chanceler alem, na tera-feira em Berlim, a que se seguiu o Presidente francs, Franois Hollande, na quarta-feira, em Paris, e ao m do dia, j em Bruxelas, o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. Ontem de manh, foi a vez de Duro Barroso, presidente da Comisso Europeia, receber o novo chefe do Governo italiano, que viajar na segunda-feira at Madrid para reunir com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy. Em cada uma destas etapas europeias, Letta defendeu que a estratgia de sada da actual crise econmica e social que afecta sobretudo os pases do Sul praticamente desde a crise nanceira de 2008, ter de ser europeia e no cada pas por si. Nesse contexto, os lderes da UE devero emitir na cimeira europeia de Junho sinais importantes para relanar a esperana na Europa atravs de estmulos ao crescimento econmico e ao emprego, defendeu ontem, considerando que os cidados europeus devem ver a Europa como um instrumento de resposta positivo e no como um instrumento negativo. Mesmo se Duro Barroso apoiou o seu apelo, nenhum dos dois responsveis avanou qualquer ideia concreta sobre a forma de resolver o velho dilema entre a austeridade a todo o vapor acusada de cavar uma profunda recesso econmica nos pases perifricos e o crescimento econmico e o emprego com que a UE se debate h anos. Alis, no seu priplo pelas principais capitais europeias, Letta segue

Letta quer que os lderes europeus dem sinais importantes para relanar a esperana

Um relatrio da OCDE sobre a economia italiana divulgado ontem pinta um quadro mais negro do que o previsto
as pisadas do seu antecessor, Mario Monti, que assumiu exactamente o mesmo discurso de conciliao entre austeridade e crescimento, igualmente partilhado pelo Presidente francs. Os esforos dos dois responsveis desembocaram, h um ano, num tmido pacto de crescimento europeu praticamente limitado reafectao para aces contra o desemprego de parte dos fundos estruturais comunitrios de apoio s

regies mais desfavorecidas que j estavam atribudos aos pases da UE. Em contrapartida, sobre o alvio do ritmo da austeridade que era esperado em Paris, Madrid e Roma, nem uma palavra. Hoje, tal como h um ano, o grande obstculo a uma calibragem das prioridades parte da Alemanha, cujos responsveis acreditam que o crescimento econmico e o emprego sero o resultado quase automtico da correco dos desequilbrios oramentais e estruturais dos pases mais frgeis. Em vsperas das eleies legislativas de Setembro, Angela Merkel no est disposta a mudar de discurso. As mesmas resistncias alems pendem sobre a unio bancria que Letta, em conjunto com a maior parte dos lderes dos pases mais frgeis, quer pr rapidamente de p para resolver de vez a fragilidade

de alguns bancos europeus e evitar que sejam os oramentos de Estado a pagar os seus excessos. Precisamente para evitar entrar em confronto com Berlim, Letta teve alis a preocupao de aliar o seu apelo a medidas de estmulo ao crescimento econmico com a rearmao da sua inteno de cumprir a meta de reduo do dce oramental italiano para 2,9% do PIB este ano assumida pelo seu antecessor. Este compromisso obrigar o novo Governo a realizar economias de pelo menos 10.000 milhes de euros, nomeadamente para compensar a suspenso de uma controversa taxa imobiliria lanada por Monti para, precisamente, poder cumprir a meta oramental. A tarefa do novo primeiro-ministro anuncia-se, no entanto, ainda mais rdua do que o previsto: mal regressou a Roma, foi confrontado

com a publicao de um relatrio da OCDE sobre a economia italiana que pinta um quadro mais negro do que o previsto: a contraco do PIB (a produo de riqueza) ser este ano de 1,5% em vez do valor previsto de 1%, em resultado, nomeadamente da poltica de austeridade adoptada precisamente para assegurar a reduo do dce das contas pblicas. Pior: em vez dos 2,9% do PIB previstos, o dce oramental ser este ano de 3,3%, e continuar a subir para 3,8% do PIB em 2014. Do mesmo modo, a dvida pblica, que deveria comear a descer este ano, continuar a aumentar para uns astronmicos 131,5% do PIB e mesmo 134,2% em 2014. Com estas previses, Letta, que esperava um alvio do ritmo da austeridade para poder relanar a economia e o emprego, est em risco de ter de apertar ainda mais o cinto.

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | MUNDO | 25

Bento XVI voltou ao Vaticano para convivncia indita com o Papa Francisco
FILIPPO MONTEFORTE/AFP

Coreia do Norte condena americano a 15 anos de priso com trabalhos pesados

Pennsula Coreana
A Coreia do Norte reacendeu a polmica com os Estados Unidos ao condenar um cidado norte-americano a 15 anos de priso com trabalhos pesados. O cidado de 44 anos, que tambm tem nacionalidade coreana, e que tem sido identicado tanto como Kenneth Bae como por Pae Jun-ho, foi condenado por ter cometido actos contra o Governo daquele pas, com o objectivo de derrotar o regime comunista liderado por Kim Jong-un. Bae um operador turstico. O New York Times explica que Kenneth Bae foi detido em Novembro de 2012, na cidade de Rason, no Nordeste da Coreia do Norte, juntamente com outros cinco turistas vindos da China. Foram considerados suspeitos de praticarem ou planearem actos contra Pyongyang. A BBC, citando rgos de comunicao norte-coreanos, refere que Bae teria confessado crimes contra a Coreia do Norte, incluindo a tentativa de derrube do Governo. A condenao surge na mesma semana em que o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Patrick Ventrell, tinha apelado libertao imediata do suspeito, invocando razes humanitrias. Tambm em Janeiro, o embaixador norte-americano na ONU, Bill Richardson, enviou uma carta ao Governo de Kim Jongun, mas as autoridades daquele pas no permitiram uma reunio. Este caso tambm est a ser visto pelos observadores como uma forma de Pyongyang conseguir atingir alguns objectivos. Isto porque desde Abril que o pas tem vindo a impor condies para retomar o dilogo com Seul e Washington.
PUBLICIDADE

Religio Ana Fonseca Pereira

Pela primeira vez na histria, o Vaticano alberga dois Papas. Ambos dizem que tal no ser problema
Dois meses depois da renncia, Bento XVI regressou ontem ao Vaticano, dando incio a um perodo indito na histria da Igreja Catlica, em que um antigo Papa viver na vizinhana do seu sucessor naquele que o mais pequeno Estado do mundo uma convivncia que ambos dizem ser tranquila, mas que continua a suscitar algumas interrogaes. Joseph Ratzinger, que adoptou o ttulo de Papa emrito, regressou ao Vaticano da mesma forma que partiu. A meio da tarde viajou de helicptero desde Castel Gandolfo, a residncia de Vero papal, onde se recolheu aps a formalizao da renncia, a 28 de Fevereiro. sua espera no mosteiro que lhe servir agora de residncia, Bento XVI tinha o seu sucessor, o Papa Francisco, numa repetio do histrico encontro de 23 de Maro, quando o antigo e o actual Papas se reuniram pela primeira vez. O Vaticano no divulgou imagens da reunio, que garantiu ter sido de uma grande e fraternal cordialidade, adiantando apenas que os dois rezaram juntos na capela do mosteiro. O regresso acontece depois de concludas as obras de remodelao do mosteiro Mater Ecclesiae, um edifcio nos jardins do Vaticano, com vista privilegiada sobre a cpula da Baslica de So Pedro e que albergou at h pouco tempo sucessivas ordens contemplativas. Na nova residncia, Bento XVI vai ter a companhia do seu secretrio pessoal, o arcebispo Georg Ganswein, e das quatro leigas consagradas que estavam j ao seu servio durante o ponticado. Quando, ainda antes da eleio do Papa Francisco, Bento XVI anunciou que pretendia passar o resto dos seus dias no Vaticano, muitos questionaram se a proximidade no seria constrangedora para o seu sucessor. Uma dvida que ganhou fora ao saber-se que Ganswein iria permanecer como secretrio de Bento XVI, dividindo o seu tempo entre o mosteiro e as suas funes de chefe da Casa Pontifcia, com a responsabilidade de gerir a agenda do Papa Francisco. Sabe-se tambm que Bento XVI no vai car em clausura e no s vai receber vi-

Bento XVI vai viver num mosteiro, mas no em recluso sitas como poder passear-se pelos jardins do Vaticano. Ontem, o jornal norte-americano USA Today escrevia que Ratzinger, um conservador em termos morais e doutrinrios, poderia servir de porto de abrigo aos descontentes com as reformas promovidas por Francisco o Papa nomeou recentemente uma comisso de oito cardeais para o aconselharem sobre mudanas a fazer na estrutura da Cria, abalada no ltimo ano por uma sequncia de escndalos, e admite-se que as recomendaes possam estender-se a outras reas do governo da Igreja. O Papa emrito procurou afastar os receios, garantindo que pretende dedicar-se orao e ao estudo, vivendo escondido do mundo. Uma promessa que cumpriu nos dois meses que passou em Castel Gandolfo, recordou a AFP, acrescentando que as pessoas que lhe so prximas asseguram que ele est muito aliviado por ter passado as responsabilidades a um homem mais novo. Por outro lado, e apesar dos estilos distintos Bento XVI apegado aos ritos, Francisco tem inovado pela simplicidade , os dois homens so teologicamente prximos. O novo Papa no mostra tambm ter medo de comparaes e disse publicamente que um privilgio contar com o conselho e as oraes de Bento XVI. Alm do encontro de Maro, quando rezou lado a lado com o antecessor, Francisco falou vrias vezes com ele ao telefone e j o convidou para passar temporadas em Castel Gandolfo. O facto de no terem sido divulgadas imagens do seu regresso poder reforar os rumores sobre a sade do Papa emrito, de 86 anos, que em Maro aparentava estar mais magro e debilitado. O porta-voz do Vaticano garantiu, contudo, que Bento XVI no sofre de nenhuma doena, estando apenas enfraquecido pela idade.

No sabe por onde comear a sua carreira prossional?

Inscreva-se em emprego.publico.pt
Candidate-se s ofertas da maior comunidade de trabalho.

EM PARCERIA COM

www.MINI.pt

OMG
OMG: timo na Minha Garagem.

* MINI ID+ POR 159/MS. NO, NO NORMAL.

A Edio MINI ID+ est equipada com: Bluetooth + USB, Jantes 16, Pintura Metalizada, Volante Desportivo Multifunes, Sensor Chuva e Luz, Ar Condicionado Automtico, Computador de Bordo, Capas e Faixas Exclusivas... e ainda nem vamos a meio. Achas normal?

Consumo: 3,8 l/100 km. Emisses de CO2: 99 g/km. MINI ID+ (1.6 90cv Diesel). Condies vlidas para MINI Select (36 meses/40.000 km) nos parmetros apresentados. PVP Edio MINI ID+ 23.880, inclui despesas preparao, transporte e legalizao em Portugal Continental. Viatura contratual. Comisso Abertura Dossier 239,85. Comisso Finalizao 215,25. Comisso Processamento 2,15, includa na mensalidade. Valores com IVA 23%. Sujeito a aprovao BMW Renting Portugal Lda. Condies vlidas nos Concessionrios aderentes, sujeitas a alteraes sem aviso prvio para propostas aprovadas e viaturas matriculadas at 31/05/2013. VFG = Valor Final Garantido. MTIC = Montante Total Imputado ao Consumidor.

*TAN 1,935% TAEG 2,944% PVP EDIO ID+ 23.880 ENTRADA 4.990 VFG 14.366,49 PRAZO 36 MESES/40.000 KM MTIC 25.376,34

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | CINCIA | 27

Hbridos dos vrus de gripes aviria e humana transmissveis em mamferos

Misturem-se de muitas maneiras os genes do temvel vrus H5N1 das aves e do vrus H1N1 causador da pandemia de gripe humana de 2009... e alguns desses rearranjos podero ser mesmo perigosos para ns
ENRIC VIVES-RUBIO

Manipulaes genticas Ana Gerschenfeld

A revista Science publica hoje dois estudos sobre manipulaes genticas do vrus da gripe das aves H5N1. Num deles talvez o mais preocupante , os autores mostram que basta realizar um nmero suciente de misturas diferentes dos genes de um vrus desta gripe aviria e dos genes de uma gripe humana para que alguns dos vrus resultantes se tornem uma potencial ameaa global para a nossa sade. No outro, uma outra equipa desvenda algumas das alteraes de estrutura, ao nvel de uma das protenas do vrus, que podero facilitar a entrada, nas clulas das vias respiratrias humanas, de um vrus H5N1 mutante, criado no laboratrio e transmissvel entre mamferos por via area. Ambos os estudos so assinados por cientistas chineses, pas que tem estado debaixo dos holofotes das autoridades de sade internacionais por causa do mais recente vrus de gripe aviria, o H7N9, surgido h pouco mais de um ms. E a sua publicao acontece aps o m da moratria (auto-imposta pelos prprios cientistas do mundo inteiro envolvidos em manipulaes genticas do H5N1) que pesava sobre a criao de mutantes do H5N1 com uma preferncia pelos mamferos (ver Especialistas retomam investigao com vrus mutantes da gripe das aves, PBLICO de 24/01/2013). Diga-se j agora que, apesar de a moratria ter acabado numa srie de pases (entre os quais a China e vrios pases europeus), a questo no est resolvida. Em particular, os EUA ainda no permitem o nanciamento deste tipo de investigaes com dinheiros pblicos. E tambm no um assunto pacco, com muitos bilogos a criticar essas experincias, argumentando que o vrus H5N1 altamente letal (mata 60% dos doentes) e que portanto irresponsvel arriscar uma fuga acidental de vrus mutantes para o ambiente. A isto, os defensores das controversas pesquisas respondem que indispensvel fazer este tipo de estudos para perceber, antes que seja tarde de mais, em que condies poder, um dia, vir a surgir um vrus H5N1 com potencial pandmico.

Receia-se que os vrus da gripe das aves e o da gripe humana possam um dia combinar-se nos porcos

Todavia, no h por enquanto qualquer sinal de que este vrus transmitido apenas por contactos entre aves e pessoas j tenha sofrido rearranjos genticos na natureza que o tornem mais susceptvel de saltar directamente de uma pessoa para outra. Mas um facto que as pandemias de gripe humana costumam surgir na sequncia de rearranjos de vrus distintos num hospedeiro comum: o porco. Ora, como explica a Science, existem indcios de que o H5N1 capaz de infectar os porcos; e sabe-se que o vrus H1N1 da gripe humana de 2009 veio dos porcos. Pergunta: seria possvel que uma mistura desses dois tipos de vrus se tornasse transmissvel por via area entre mamferos? procura de respostas, Ying Zhang e colegas, da Academia Chinesa de Cincias Agrcolas, criaram 127 rearranjos de um vrus H5N1 vindo dos patos e do vrus H1N1 causador da pandemia de gripe humana de 2009. E descobriram que alguns deles eram transmissveis, pelos espirros, entre porquinhos-da-ndia. Isso no signica que exista um perigo iminente. Os rearranjos de genes virais demoram muito mais a acontecer espontaneamente do que no laboratrio; e os porquinhosda-ndia no so um bom modelo para estudar a gripe humana, por que so mais facilmente infectveis pelos vrus naturais da gripe aviria do que outros mamferos. No segundo estudo hoje publicado, Wei Zhang, da Academia Chinesa das Cincias, e colegas, estudaram por cristalograa de raios-X a estrutura molecular da protena viral HA, que estabelece o primeiro contacto dos vrus da gripe com os tecidos respiratrios das suas vtimas potenciais. Queriam detectar diferenas entre a protena HA do H5N1 das aves e a de um vrus H5N1 mutante, criado por cientistas na Holanda e transmissvel entre fures por via area (um dos trabalhos, alis, que esteve na origem, em 2012, da grande controvrsia que culminou na j referida moratria). Agora, os cientistas chineses descobriram de facto diferenas na orientao dos tomos das duas verses da protena um resultado que, concluem, fornece pistas para perceber melhor o quo facilmente um vrus das aves poderia vir a ameaar a nossa espcie.

28 | MUNDO | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Eric Frattini Francisco chefe do

Estado do Vaticano. O que que ele pode fazer?
O novo Papa um homem que vem de fora da Cria, do m do mundo, mas os primeiros sinais polticos no so bons. muito difcil fazer mudanas, como se viu com Ratzinger, principalmente no banco do Vaticano. Por Soa Lorena
Entrevista

trabalhou para jornais e foi correspondente em Jerusalm; agora divide-se entre as investigaes para os livros e as conferncias sobre segurana e terrorismo. J escreveu sobre a Mossad, a ma siciliana, a CIA e Osama bin Laden. Um dia tropeou num dossier sobre os servios secretos do Vaticano na biblioteca do quartel-general da CIA, escreveu a Santa Aliana e nunca mais parou: O Vaticano daria para uns 15 volumes. O espanhol Eric Frattini veio a Lisboa para lanar a edio portuguesa de Os Abutres do Vaticano (Bertrand), que escreveu depois de ter recebido 47 cartas do Papa, parte dos milhares de documentos do escndalo conhecido como Vatileaks. Tinha imaginado que o Vaticano seria um dos seus temas de trabalho? Eu j tinha lido muito sobre o Vaticano. At Joo Paulo II, o enterro de um pontce era secreto, os leitores que se interessam sobre o tema, os catlicos, no sabiam que um

Papa estava doente, que tinha cancro, que lhe doa o estmago. Um Papa tambm morre, mas quando chegava a notcia era uma grande surpresa. Para o Vaticano, tudo o que no sagrado secreto. E isso que me despertou a curiosidade. Comecei a investigar e encontrei muitssimos documentos. Quais so as diferenas entre os servios secretos do Vaticano e as agncias dos pases convencionais? Os do Vaticano so os mais antigos e os que tm a maior rede de informadores. Da Mossad diz-se que cada judeu um informador, agora imagine que cada religioso colocado em qualquer selva no mundo Dizem que o seu lema no ocial da Amaznia ao deserto, do deserto a Nova Iorque, de Nova Iorque ao Vaticano. So mais ecientes? Simon Wiesenthal, o famoso caanazis, disse que eram os servios secretos mais bem informados. Mas ocupam-se das mesmas actividades. J apoiaram golpes de Estado, ditaduras. Claro, vendem armas a ditadores, tm sociedades nanceiras em parasos scais. A mim acusamme de ser anticatlico, o que um disparate, no sou crente mas anticatlico tambm no. Eu no falo de religio, os meus livros so sobre poltica do Vaticano.

isso que o Vatileaks mostra, que o Vaticano um Estado como os outros. Claro, com a sua corrupo, as suas coisas boas e as suas coisas ms, os seus polticos. So todos polticos. A diferena que em Portugal h milhes de eleitores e ali votam 115 [nmero de cardeais no conclave que elegeu Francisco]. As campanhas so iguais, a diferena que os polticos portugueses gastam em cartazes enquanto eles passam o tempo em negociaes no pr-conclave. Tu apoias-me se eu te apoiar para secretrio de Estado? As congregaes so isso. mais fcil lidar com as crticas quando em causa est um pas qualquer ou o Vaticano?

Se ele suspender o banco, se afastar toda a cpula de Angelo Sodano ou de Tarcisio Bertone, a sim, vou acreditar

Para mim igual. Em relao ao Vaticano, as crticas vm dos meios de comunicao catlicos e dos vaticanistas retrgrados. Ficaram lixados por eu ter escrito em Outubro que o Papa poderia renunciar, entraram em histeria, foi de morrer a rir. Disseram um Papa no renuncia, um Papa morre o ltimo que renunciou foi Celestino V. E eu, sim, um Papa morre, morremos todos, mas este est a dar sinais de que pode renunciar. Francisco que vai reformar o Governo do Vaticano, a Cria? Eu no espero nada. Porqu? Por causa do comit [nomeado pelo Papa para o aconselhar sobre a reforma], que presidido por Giuseppe Bertello [chefe da Comisso Pontifcia para o Estado da Cidade do Vaticano]. Em Dezembro de 2010, o Papa lanou uma lei a dizer que todos os departamentos nanceiros tinham de abrir os dossiers aos auditores do Conselho da Europa. Misteriosamente, em Abril de 2011, o senhor Bertello emitiu um decreto a determinar que s alguns livros de contas seriam abertos. Bertello representa a Cria no comit, mas h nomeados muito diferentes. Acredita que ele vai controlar o trabalho do comit? Sim, mas no s isso. No comit tambm est um senhor que

se chama [Francisco Javier] Errzuriz [Ossa], que encobriu casos de pedolia no Chile. este senhor que vai falar de reforma da Cria? No comit est um senhor que se chama [Oscar Rodrguez] Maradiaga, o arcebispo de Tegucigalpa, que um senhor sodanista [seguidor do ex-secretrio de Estado e actual decano do Colgio Cardinalcio Angelo Sodano] at ao tutano, s faz o que lhe diz Sodano. Francisco argentino. Disse vrias vezes que s um Papa italiano poderia realmente reformar a Cria. A incluso desses nomes no pode fazer parte das cedncias que o Papa tem de fazer para conseguir mudar seja o que for? Anal, ele vem do m do mundo. Sim, quando ele disse que vinha do m do mundo no estava a falar da Argentina, estava a dizer que vinha de muito longe da Cria. Efectivamente, um homem que vem de fora da Cria.

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | MUNDO | 29

BRUNO SIMES CASTANHEIRA

Vamos publicar uma bomba sobre Portugal

o um vaticanista. Gianluigi Nuzzi, autor de um livro a partir de centenas de documentos do Papa, tambm no . Os livros que expem os segredos nunca vm de vaticanistas. Isso acontece em todos os Estados. O melhor livro sobre corrupo poltica em Portugal no poderia ser escrito por algum prximo dos socialistas ou dos sociais-democratas, faz mais sentido que seja escrito por algum distante, que olha com a mesma frieza para uns e para outros. Mas no so s pessoas que vm de fora, so jornalistas mais acostumados a investigar corrupo financeira, como Nuzzi, ou, no seu caso, a mfia italiana ou o terrorismo. Para quem est de fora, sempre mais cmodo. Eu vim de fora, no sentido em que no sou um vaticanista, e continuo fora. o que me acontece com o prximo livro, o meu prximo livro vai ser uma bomba atmica em Portugal. Sai em Maro de 2014, estou a escrev-lo a meias com o Lus Miguel Rocha, vai ser uma bomba, um choque para os portugueses. Porqu? Por causa das revelaes que contm. um livro de mais de 600 pginas s sobre Portugal. Vai ser um choque para os portugueses, quando descobrirem as coisas que revelamos, e vai ser um problema para os portugueses. Mas de que temas trata? De todos os temas, da poltica, essencialmente. E ocupa-se de um perodo especfico? De 1943 a Dezembro de 2012. No digo mais porque a Bertrand no me deixa. Mas vai ser dez vezes a bomba de Hiroxima em Portugal. Vai ser muito problemtico para os polticos portugueses e vai ser um choque para os cidados de Portugal. Formamos uma grande equipa. Rocha portugus e a investigao afecta-o mais. Eu vou notando isso, ele sente-se mais afectado, eu vejo tudo com muito mais distncia, eu parei no Mrio Soares, nem sequer sigo de perto a poltica portuguesa. Por isso, trato os acontecimentos mais friamente, o que normal.

No pode ser uma estratgia? No sei, a reverncia com que se apresenta aos crentes, a pedir-lhes que o abenoem, um enorme sinal de humildade. Mas os sinais polticos no so bons. Este comit no um bom comeo. E possvel mexer no IOR, o banco do Vaticano? Ratzinger deixou o seu secretrio de Estado, Tarcisio Bertone, protagonista do Vatileaks, com quase todo o poder. O poder est na AIF, a Autoridade de Informao Financeira, que controla tudo, e na mesma semana em que saiu Bento XVI conrmou todo o conselho regulador da AIF, onde est Bertello, Bertone, e Attilio Nicora. Assim que assumiu o cargo de presidente, Bertone afastou Nicora, nomeando para o seu lugar Domenico Calcagno, que um homem seu, o presidente da APSA [Administrao do Patrimnio da Santa S]. Como que se explica que Ratzinger tenha dado esse

poder a Bertone? Era uma jogada. Ele sabia que Bertone se reforma em 2014 e contava que Nicora passaria a controlar a AIF. Mas Bertone garantiu que quando isso acontecer ser Calcagno a assumir o seu lugar. Sempre que algum tentou denunciar os problemas do IOR foi afastado. Sim, esperemos que este Papa no caia no banho, nem tome caf adulterado. Vamos ver. Ele j fez duas declaraes pblicas que so muito complicadas para um Papa. Disse Jesus Cristo no precisou de nenhum banco e depois perguntou porque que o Vaticano precisa de um banco se pode trabalhar com bancos italianos. Francisco tem alguma hiptese contra Bertone, se realmente quiser reformar o banco? O conselho de administrao est dominado pelos homens de Bertone, [o novo presidente] Ernst von Freyberg um homem

de Bertone e amigo de Domenico Calcagno. So estas pessoas que vo regular o banco? Em 2009, uma senhora com muito poder, Hillary Clinton, disse ao Papa, Santidade, se vocs no resolvem as coisas vamos ter de incluir o banco numa lista negra do Departamento do Tesouro, vocs no cumprem nenhuma das 46 normativas que exige a legislao internacional contra fraude, branqueamento de capitais e nanciamento do terrorismo. Foi depois disso que ele aprovou a tal lei, mas ningum lhe fez caso. Faltam os actos, mas todo o discurso do Papa sobre a pobreza faz pensar numa vontade de mudana. Eu sou velho e pessimista. Se ele suspender o banco, afastar toda a cpula de Sodano ou de Bertone a sim, vou acreditar. Este Papa diferente, usa os seus sapatos velhos, recusa carros blindados, vai pagar a conta do alojamento ao centro de Roma. Mas tambm

chefe do Estado do Vaticano, o que que ele pode fazer? O pouco poder de Ratzinger o mais surpreendente nos documentos? Sim, o pouco poder e a sua solido enquanto tentava fazer reformas. Eu sou um anti-Ratzinger, mas sou um apoiante de Bento XVI, penso que car na Histria como um revolucionrio. Falhou, porque os acontecimentos o ultrapassaram ou porque a presso da imprensa com os casos de pedolia foi demasiada. Joo Paulo II encobriu tudo, o campesino polaco, como eu lhe chamava, todos recordamos a bno que deu a Marcial Maciel [acusado de inmeros crimes de pedolia]. Claro, fundador dos Legionrios de Cristo, que tm poder e muito dinheiro. Joo Paulo II pensou o que que me importa mais, o dinheiro que me do os Legionrios ou as 5000 crianas violadas por padres?. Teve de vir Ratzinger para condenar e afastar Maciel.

30 | CULTURA | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

O cinema do futuro j chegou e desenha-se dia a dia nas nossas mos

Este ano no Festival de Oberhausen, na Alemanha, observa-se o presente e tenta-se imaginar possibilidades de futuro para a imagem em movimento na era da Internet e das redes sociais
Cinema Joo Laia
A cultura cinematogrca atravessa um perodo dramtico de transformao. A convergncia dos formatos lme e vdeo para o digital est a modicar o nosso entendimento do cinema: por exemplo, a morte anunciada do formato analgico. O museu (de cinema ou de arte contempornea) torna-se o ltimo reduto da pelcula e de um tipo de cultura cinla. O festival de Oberhausen prope-se fazer at dia 7 de Maio uma discusso ecltica das questes actuais do cinema. semelhana de outros eventos culturais como a dOCUMENTA, este festival de curtas-metragens, que nasceu em 1954 no contexto do ps-guerra europeu e se inseriu numa poltica de renovao cultural da Alemanha, hoje um dos mais importantes eventos dedicados curta-metragem, apresentando todos os anos uma programao que cruza as linguagens do cinema experimental com trabalhos em lme e vdeo produzidos por artistas. Esta capacidade de incorporar linguagens e de resistir possibilidade de se tornar um mega-evento o festival dura apenas cinco dias e ocupa um nico cinema ajudou a cimentar o seu culto. Atrai um pblico el constitudo por curadores e programadores de galerias, centros culturais, museus e festivais, e, por isso, tem inuncia no panorama internacional da imagem em movimento. Para alm das competies, onde, por exemplo, Miguel Gomes ganhou um dos seus primeiros prmios (Entretanto, em 2000) e onde Sandro Aguilar tambm j foi galardoado (SA Mercrio, 2011), apresenta todos os anos um programa temtico considerado premente pelo comit do evento. Se 2012 foi dedicado ao 50 aniversrio do manifesto de Oberhausen, movimento que na dcada de 1950 possibilitou o aparecimento do Novo Cinema Alemo (Fassbinder, Werner Herzog ou Wim Wenders), este ano observa-se o presente e tenta-se imaginar possibilidades de futuro para a imagem em movimento. No interior da indstria, o digital torna-se sinnimo de avanos tecnolgicos como o renovado 3D e a altadenio, modelos visuais cuja hiperrealidade, paradoxalmente, torna as imagens menos reais, mais abstractas e distantes da vida quotidiana. A este contexto junta-se a multiplicao de plataformas, exponenciando questes levantadas no passado pela introduo do vdeo domstico relativamente ao monoplio do auditrio como espao privilegiado de recepo. A novidade, agora, o acesso a softwares de edio (Final Cut ou Adobe Premiere) e instrumentos multifunes de captao e recepo (cmaras, telemveis, computadores ou tablets), que, em simultneo, possibilitam um acesso mvel s imagens. O desenvolvimento da Internet expande o impacto destas inovaes, possibilita uma troca e acesso que estimulam uma gramtica visual leve e de fraca qualidade por exemplo, o YouTube. Estas imagens pobres, resultado de processos de reconverso e disseminao, so tambm uma reaco excelncia tcnica da altadenio e do 3D que caracteriza a cultura visual contempornea e o segmento dominante da produo cinematogrca actual.

DR

DR

Que pistas para o futuro?

A transformao estrutural e envolve todo o circuito: produo, disseminao/transmisso e consumo. Somos testemunhas de uma profuso de diferentes modelos visuais que produzem uma nova cultura com tendncias divergentes onde se incluem objectos de fraca qualidade e grandes produes de estdio. As imagens so hoje distribudas por canais de maior ou menor alcance, consumidas colectivamente em auditrios e em pequenos ecrs individuais, projectadas em grandes dimenses e recebidas via streaming no caminho para casa. Esta multiplicao de possibilidades de consumo alterou o nosso relacionamento com a imagem em movimento. O programa de Oberhausen mergulha nesta coexistncia ecltica em busca de pistas para o futuro.

Monologue, de Laure Provost (2009) e o cartaz do Festival de Oberhausen 2013 ( esquerda).

A ideia que serve como o condutor Flatness, palavra ambgua que se pode querer referir qualidade daquilo que linear, plano ou comprimido. A curadora Shama Khanna utiliza-a como caracterstica da gramtica visual contempornea, j que rene o lado abstracto da alta-denio e a fraca qualidade dos produtos web. Flat remete imediata-

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | CULTURA | 31

Strike, de Hito Steyerl (2010) passa no festival onde h tambm espao para performances e conversas, debates e conferncias
DR

Breves
Neste sentido, o programa, concebido em colaborao com os artistas Ed Atkins, Anthea Hamilton e Oliver Laric, pode ser includo na tendncia em curso na arte contempornea, e em termos mais gerais no campo social como um todo, de um regresso a formas de organizao e produo assentes em formatos cooperativos. Entre os lmes apresentados destacam-se Versions (2012), de Oliver Laric, que analisa a questo seminal da originalidade no interior da cultura visual contempornea, ou Stopover in Dubai (2011), de Chris Marker, feito a partir de gravaes das cmaras de segurana de um hotel no Dubai e retratando os movimentos de um grupo de assassinos polticos nas horas que antecedem a morte do comandante do Hamas Mahmoud Al-Mabhouh. So ainda exibidos trabalhos de Gabriel Abrantes, Martin Arnold, Karl Holmkvist, Takeshi Murata, Rachel Reupke, Eric Rohmer, John Smith ou Stan Vanderbeek. Em paralelo so apresentados cinco programas dedicados ao trabalho de um realizador/artista, casos de Laure Provost e Luther Price, que so exemplos do ecletismo da produo actual. H tambm espao para performances e conversas, debates e conferncias que estendem as questes levantadas na sala do cinema e pretendem activar o potencial colectivo das sesses. No a primeira vez que o festival reecte sobre o presente e futuro do cinema. Em 2007, sob a direco de Ian White e em colaborao com Achim Borchardt-Hume, AA Bronson, Mary Kelly, Mark Leckey e Emily Pethick, o programa Kinomuseum (algo como Cinemamuseu) propunha um novo formato de exibio resultante da fuso entre cinema e museu, reectindo o movimento actual de incorporao de uma parte da cultura cinematogrca na esfera da arte contempornea. Flatness continua esta perspectiva de especulao, adicionando toda a parafernlia de aparelhos mveis e as suas consequncias em termos da forma como as imagens so (re) produzidas e interpretadas. Funciona como um instrumento para repensar a imagem em movimento, de olhos postos no futuro mas com bases slidas no passado, que aqui reinterpretado luz de desenvolvimentos actuais. O extenso programa apresenta uma coexistncia temporal, temtica e formal que reecte a pluralidade da cultura visual contempornea. O cinema do futuro na realidade j chegou e continua a desenhar-se todos os dias nas nossas mos. Dana

Lars von Trier e a vagina entre parntesis

Cinema Joana Amaral Cardoso
O misgino, o polmico, o grande provocador Lars von Trier lanou nesta semana mais uma acha para a fogueira em que parece querer transformar o seu iminente Nymphomaniac: um poster com dois parntesis apenas, encimado pela frase esquea o amor, para o novo lme com Charlotte Gainsbourg e Shia LaBeouf. Nymphomaniac um dos ttulos que mais expectativa esto a gerar este ano. O plano do realizador dinamarqus que este seja um projecto em duas partes duas longas-metragens em torno da ninfomanaca Joe. Duas semanas antes de comear o Festival de Cannes, surge a imagem do que pode ser entendido como uma aluso grca vagina num cartaz promocional. O lme tem estreia agendada para 30 de Maio na Dinamarca e, nos meses seguintes, para os mercados sueco, francs, holands, brasileiro, alemo e russo. Mas segundo o site Indiewire, o poster e a sombra dos parntesis que evocam a anatomia feminina podero andar por Cannes. Como anuncia o at agora parco site do lme, haver novidades sobre Nymphomaniac, a crnica na primeira pessoa da vida sexual da protagonista (Gainsbourg) desde a infncia at aos 50 anos, a 16 de Maio o segundo dia do Festival de Cannes. Talvez um primeiro trailer de uma campanha que a Zentropa, a produtora de Von Trier e de Peter Aalbk Jensen, prev que dure oito meses, segundo a revista Hollywood Reporter. A ideia dos criadores da campanha, Maria Biilmann e Phillip Einstein Lipski, foi destilar a intimidade e a obscenidade do lme at sua forma mais simples. E prometem libertar, citados pela Hollywood Reporter, uma pea de arte grca sexy de cada vez.

Companhia de Pina Bausch com nova direco

Lutz Frster assumir a direco da companhia, aps o pedido de renncia do filho da coregrafa Robert Sturm e do bailarino Dominique Mercy, seu assistente em algumas peas, que haviam assumido a direco aps a morte de Bausch em 2009. A nova direco apresentar, j em Junho, o programa que celebra os 40 anos da companhia e promete novas criaes para a temporada 2015/2016. Prmios

Bienal de Veneza premeia msica e teatro

A compositora russa Sofia Gubaidulina e o encenador italiano Romeo Castellucci iro receber o Leo de Ouro de carreira. Pelo inconformismo das suas escolhas estticas, a compositora que definiu a sua msica como irresponsvel, homenageada pelo modo como lutou contra o poder poltico na antiga URSS. Castellucci ser celebrado por ter criado estados onricos em representaes de excelncia. Feira

mente para o facto de a imagem se ter transformado em qualquer coisa de material, uma superfcie tctil, o que utilizado por diversos artistas que repensam a imagem em movimento como objecto, materializando-a atravs de diversas estratgias relacionadas com o rudo visual onde a pixelizao ou o glitch ( a falha) so procedimentos habituais. No contexto do programa, Flatness torna-se tambm uma ideia que permite pensar a nossa reaco mais distanciada, menos atenta ou mais plana com as imagens. O ttulo sublinha a dialctica entre o primeiro plano/superfcie (foreground) e o fundo/cenrio/representao (background) da imagem: a sua fraca qualidade (em resultado de manipulao ou compresso) ou a sua crescente abstraco (atravs da referida hiper-realidade que diminui a carga representacional) possibilitam uma reexo sobre o contexto da imagem. Esta pesquisa redirecciona a nossa ateno para elementos presentes na imagem, mas que normalmente pas-

sam despercebidos e tambm para etapas habitualmente excludas do produto nal. Desta forma, Flatness apresenta semelhanas com a metodologia de um cineasta como Robert Bresson (19011999), caracterizada por um ascetismo emocional, uma conteno dos sentimentos das personagens, o que expe o sistema de valores utilizado durante o acto de olhar: o espao deixado em aberto pela conteno narrativa e emocional passa a ser preenchido pela especulao da audincia sobre o contexto interno e externo da imagem e sobre a situao social e cultural em que se encontra. Esta forma de interaco sublinha a importncia das condies de visionamento, enfatizando a diferena entre a experincia colectiva do auditrio e os modelos individuais multiplicados pelas recentes inovaes tecnolgicas. Flatness d importncia extrema ao contexto de recepo, utilizando o formato colectivo do festival como forma de oposio recente individualizao do consumo de cinema.

Recorde de vendas no Pavilho de Portugal em Bogot

A livraria do Pavilho de Portugal durante a Feira Internacional do Livro de Bogot (FILBo) vendeu mais de 10.500 livros de autores portugueses e segundo a organizao bateu todos os recordes de vendas nos 26 anos de FILBo (o Brasil em 2012 vendeu 8 mil). Entre os mais vendidos: Saramago, seguido de Pessoa, Afonso Cruz e do catlogo da exposio Como as Cerejas.

32 CLASSIFICADOS PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Mensagens
ANA FONSECA, LICENCIADA - 36 anos, bonita, meiga, convive c/ cavalheiro de nvel. Telm: 93 656 90 94 CENTRO 10 MASSAGISTAS Prof. e sensuais. Av. Berna. C. Peq. www.relax-corpo.com Telm.: 960 347 948 JOVEM MASSAGISTA 27A. Bonita, simptica, sensual. Mass. oriental/ body. Apto. discreto. Hoteis 11/22h. 7Rios. Telm.: 916 142 861 MASSG. ANTISTRESS - Modeladora, atend. domic/ gab. prprio. Linha Cascais. Telm: 91 285 55 68 91 700 63 22 MOMENTS CENTRO MASSAG. P/cavalheiro bom gosto. Amb. clim. Novidades. Tel.: 92 442 50 94 21 354 52 49 PEDRO ACOMP. LUXO Atend mulheres, casais, ap. luxo. Fotos: www.classificadosx.net Telm: 92 732 41 52
TRIBUNAL DE FAMLIA E MENORES E DE COMARCA DE CASCAIS
1. Juzo Cvel Processo: 5169/11.6TBCSC

Tel. 21 011 10 10/20 Fax 21 011 10 30 Edif. Diogo Co, Doca de Alcntara Norte, De seg a sex das 09H s 19H 1350-352 Lisboa Sbado 11H s 17H [email protected]

TRIBUNAL JUDICIAL DE TORRES NOVAS

Processo de Inventrio Processo N. 760/10.0TBTNV CRISTINA FERREIRA Requerente: Lus Pereira Vieira Agente de Execuo Interessados: Lus Correia Pereira e Cdula 3488 Rosa Maria Pinheiro

TRIBUNAL DE FAMLIA E MENORES E DE COMARCA DE PORTIMO

1. Juzo Cvel Processo n. 3554/06.4TBPTM EXECUO COMUM Exequente: Caixa de Crdito Agrcola CRISANTE VIEIRA LUZ Mtuo do Algarve, Crl Agente de Execuo Executados: Jos Manuel Vilhana Brissos, Cdula n. 2411 Ricardo Manuel Pinto Brissos e Sulorestal Sociedade de Explorao Florestal, Lda. Valor: 107.860,27 Ref. Int.: PE - 79-2006 ptm

ANNCIO
Ao de Processo Ordinrio Autora: Isabel Manuel Ru: Antnio Paes do Amaral Nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando: Ru: Antnio Paes do Amaral, estado civil: solteiro, NIF - 207964041, domiclio: Prt. Moambique Lt. 15, R/c Dt., Alcabideche, 2645-270 Alcabideche, com ltima residncia conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a ao, cujos factos articulados pelo(s) autor(es) consistem na dissoluo da unio de facto entre autora e ru; ser atribuda autora a casa de morada de famlia, decidindo a favor da mesma o direito ao arrendamento do imvel, tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. O prazo acima indicado suspendese, no entanto, nas frias judiciais. Fica advertido de que obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/ Referncia: 11222325 Cascais, 09-04-2013. A Juza de Direito Dr. Emlia Palma A Ocial de Justia Paula Teixeira Pblico, 03/05/2013 - 2. Pub.

EDITAL DE CITAO
A CITAR: Lus Correia Pereira e Rosa Maria Pinheiro

OBJECTIVO E FUNDAMENTO DA CITAO Nos termos e para os efeitos do disposto no art. 248. e ss. do Cdigo de Processo Civil (CPC), correm ditos de 30 (trinta) dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando Lus Correia Pereira e Rosa Maria Pinheiro, com domiclio conhecido na 5 Rue Dr. Menard, 93160 Noisy-Le-Grand, Frana, para no prazo de 30 (trinta) dias, nda a dilao de 30, decorrido que seja o dos ditos, querendo, deduzir oposio ao inventrio, impugnar a legitimidade dos interessados citados ou alegar a existncia de outros, impugnar a competncia do cabea-de-casal ou as indicaes constantes das suas declaraes. A cpia dos documentos encontram-se disposio dos citandos na Secretaria do Tribunal de Torres Novas. Seguindo junta a relao de bens, pode ainda, no mesmo prazo, reclamar da mesma. Ficam advertidos de que s obrigatria a constituio de advogado caso se suscitem ou discutam questes de direito e ainda em sede de recurso. A Agente de Execuo - Cristina Ferreira
Rua Engenheiro Duarte Pacheco, n. 157, 2380 Vila Moreira Telf. 249 822 158 - Fax 249 811 082 - [email protected]

Constrangimentos de trnsito na A24

Lano: Lamego - Bigorne KM 104+350 a KM 104+600 (Sul-Norte) de 06-05-2013 a 31-05-2013
A Norscut informa que o trfego estar condicionado no troo e data acima indicados. Os trabalhos estaro devidamente sinalizados no local. Agradecemos a compreenso dos utentes por eventuais transtornos causados no decorrer dos trabalhos.

ANNCIO
Nos autos acima identicados, foi designado o dia 16-052013, pelas 13h45, naquele Tribunal, para abertura de propostas que sejam entregues at esse momento na Secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: Tipo de bem: Imvel. Descrio: Fraco Autnoma designada pela letra Q, que corresponde ao terceiro andar esquerdo do prdio urbano, constitudo em regime de propriedade horizontal, sito Quinta do Amparo, Iote 3, Portimo, freguesia e concelho de Portimo, inscrito na respectiva matriz sob o art. 6627-Q, descrito na Conservatria do Registo Predial de Portimo sob o n. 04131/040592-Q, com o valor tributrio de 66.140,00 euros. Valor-base: 90.600,00 Euros (noventa mil e seiscentos euros). S sero aceites propostas de melhor preo igual ou superior a 63.420,00 Euros, correspondente a 70% do valor-base. Deve ser junto proposta um cheque visado ordem da Agente de Execuo, correspondente a 20% do valor-base do bem. el depositrio, que o dever mostrar a pedido, o executado Ricardo Manuel Pinto Brissos, solteiro, maior, residente na Quinta do Amparo, Lote n. 3 - 3. esq., 8500-000 Portimo. A Agente de Execuo - Crisante Vieira Luz
Parque Empresarial Algarve Bloco 2B, 8400-431 Lagoa

Pblico, 03/05/2013 - 2. Pub.

Nmero de Apoio ao utente: 808 24 00 24

Pblico, 03/05/2013 - 1. Pub.

Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviao Civil

Convocatria n. 05
www.snpvac.net [email protected]

Odalt, Investimentos Imobilirios, Lda.

Processo 9183/12.6YYLSB Bens mveis que se encontram no armazm, sito em Rua das Fazendas Novas, Quinta Verde, Lote 8, Frao C, Benavente. Verba 1 - Um lote composto por mquina encadernadora CB600DL, mquina UNIBINDYS, ar condicionado Samsung (cor branca), 10 mesas com tampo em frmica branca (formato trapzio), 7 cadeiras forradas a azul, 1 cavalete, 1 cesto plstico para lixo, 1 ventoinha de computador Intel (componente), 2 caixas de papel com vrios frascos de vidro e embalagens/ garrafas plsticas. Verba 2 - Um lote composto por estabilizador de corrente (UPS), mquina de calcular com rolo, 3 quadros de parede, 1 quadro elctrico, 1 monitor Samsung, 1 teclado, rato, 1 secretria, 1 cadeira. Verba 3 - Um lote composto por 15 estantes tipo handy com 4 prateleiras e com centenas de pastas de arquivo, 6 motores de ar condicionado Samsung, caixa de computador LG (sem alguns componentes), 2 monitores LG, impressora Epson. Verba 4 - Um lote composto por bengaleiro metlico, 3 estabilizadores de corrente (UPS) Netway, 3 computadores LG, impressora Epson DFX5000+, 19 secretrias com 2 gavetas, 15 cadeiras com rodzios forradas a azul, 1 cadeira com rodzios forrada a pele preta, 6 mdulos metlicos com 5 prateleiras, 6 cestos metlicos, monitor Videoseven, 2 monitores Samsung, 2 monitores LG, 2 monitores Belinea, 8 teclados, 6 telefones, 6 ratos, 1 calculadora Casio com rolo, 8 cestos plsticos para o lixo, bloco com 3 gavetas, bloco plstico com 5 gavetas, aparelho Nanocolor 400D, 2 computadores portteis Acer (avariados) com mala, impressora multifunes HP Laserjet 4345, impressora HP 4250N, 2 faxs marca Brother, diversos livros tcnicos/Catlogos, Cds, 3 ar condicionados Samsung cor branca (incrustados no tecto). Verba 5 - Um lote composto por impressora HP Laserjet 4250, impressora HP Laserjet P2015DN, mvel de apoio, estante metlica com 4 prateleiras, estante metlica com 5 prateleiras, ar condicionado Samsung cor branca, 2 secretrias, 2 cadeiras com rodzios, 2 blocos com 3 gavetas, mquina de etiquetas Dymo, 2 cestos plsticos, monitor Flatron, telefone, rato, teclado, computador LG. Sero aceites propostas superiores a 85% do valor-base de 3.305,89 (trs mil, trezentos e cinco euros e oitenta e nove cntimos). As propostas devero ser apresentadas junto da rma encarregada de venda ODALT, Lda, com sede na Praa dos Pescadores, n. 55-B, Fonte da Telha, 2825-278 Costa da Caparica. Telf/Fax: 212550407. E-mail: odalt@ hotmail.com Aos eventuais interessados na apresentao de propostas e para qualquer assunto relacionado com a anunciada venda, dever ser contactado o el depositrio, Dr. Jorge Pinto, com domiclio prossional na Av. 5 de Outubro, n. 175, 12., Lisboa. Telf. 217807940, que a pedido os deve mostrar.

INSOLVNCIA DE Joo Ricardo & Irmos Produtos Agrcolas, Lda

Tribunal Judicial de Peniche 2. Juzo Competncia Cvel Processo de Insolvncia n 57/12.1TBPNI
Vai a Exm. Sr. Administradora da Insolvncia, no suprareferenciado processo, proceder venda nos termos que abaixo se explanam, do prdio que adiante se especica e que o seguinte: 1 - Prdio misto composto por armazm de rs-do-cho amplo e terra de cultura arvense, vinha e rvores de fruto, com a rea coberta de 800m2 e descoberta de 11720m2, sito em Courela Boa Vista ou Casal da Boa Vista, na freguesia de Ferrel, concelho de Peniche, descrito na Conservatria do Registo Predial de Peniche sob o n. 844 da dita freguesia e inscrito na matriz urbana sob o art. 2337. da freguesia de Ferrel e rstica sob o art. 29. seco N da freguesia de Atouguia da Baleia. Valor mnimo: 172.100,00. Qualquer interessado que pretenda visitar o identicado prdio, poder contactar, para o efeito, a Sra. Administradora da Insolvncia, telf. 21 446 70 77/8. As propostas devero ser formuladas por escrito, em carta registada dirigida a Joo Ricardo & Irmos - Produtos Agrcolas, Lda, Rua Quinta das Palmeiras, n. 28, 2780-145 Oeiras, at ao dia 17 de Maio de 2013 e devero conter a identicao completa do proponente, acompanhadas de fotocpias do bilhete de identidade, carto de contribuinte scal e/ou certido comercial da empresa. A Exma. Sra. Administradora da Insolvncia e a Comisso de Credores, no dia 20 de Maio de 2013, pelas 15 horas e na indicada morada, apreciaro as ofertas apresentadas, reservando-se o direito de no aceitar as propostas recebidas que no atinjam os indicados valores mnimos. Caso existam propostas de igual valor ser aberta licitao entre os proponentes.

13.04.22

DE: PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL PARA: TODOS OS ASSOCIADOS Dando cumprimento aos Estatutos, nomeadamente no que diz respeito aos Artigos 42, 43 e alnea a) do Artigo 44, convoco os Associados do SNPVAC para se reunirem em ASSEMBLEIA GERAL ESPECIAL, no prximo dia 20 DE MAIO, pelas 14H00 no HOTEL VIP EXECUTIVE ZURIQUE, na Rua Ivone Silva, 18, em LISBOA (Junto 5 de Outubro).
ORDEM DE TRABALHOS PONTO 1 - Discusso e votao na especialidade dos artigos 72, 74 e 75, correspondentes s propostas A e B e que no obtiveram consenso pela Comisso de Redaco. PONTO 2 - Ratificao dos artigos da proposta de alterao dos Estatutos redigida e aprovada pela Comisso de Redaco, em conformidade com a deliberao da AG Especial de 18/07/2012. DOCUMENTO EM ANEXO NOTA: Esta Assembleia reunir no dia e hora designada de acordo com o ponto 2 do Artigo 43 ou uma hora depois em conformidade com o ponto 4 do mesmo artigo. A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Isabel Maria dos Santos Dente
Publicado em 3 Jornais dirios

JUZOS CVEIS DE LISBOA (1. A 5.)

3. Juzo Cvel Processo: 4112/12.0TJLSB

ANNCIO
Ao de Processo Sumrio Autor: Urban Science Us, Unipessoal, Lda Ru: Lus Augusto Marques Pais Nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao deste anncio, citando: Ru: Lus Augusto Marques Pais, NIF - 197724205, domiclio: Rua dos Aores, n. 1, 1000-001 Lisboa com ltima residncia conhecida na morada indicada para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a ao, com a cominao de que a falta de contestao importa a consso dos factos articulados pela autora e que em substncia o pedido consiste na condenao do ru ao pagamento de 7.716,85, tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. O prazo acima indicado suspendese, no entanto, nas frias judiciais. Fica advertido de que obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/ Referncia: 13140326 Lisboa, 11-04-2013. O Juiz de Direito Dr. Carlos Colao Ferreira A Ocial de Justia Maria Amlia Gonalves Dias Pblico, 03/05/2013 - 2. Pub.

Est cansado do seu emprego?

Inscreva-se em emprego.publico.pt
Candidate-se s ofertas da maior comunidade de trabalho.
EM PARCERIA COM

Aqui encontra produtos exclusivos Pblico e Classicados

Amadora

vora - Jos Manuel Rebocho Rico Rua do Raimundo, 4, 7000-508 - Tel. 266 705 629

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 CLASSIFICADOS 33

ABERTURA DO PERODO DE DISCUSSO PBLICA DA UNIDADE DE EXECUO DO MONTE DE CAPARICA
A Cmara Municipal de Almada deliberou na Reunio de Cmara de 03/04/2013, aprovar dar incio ao procedimento de delimitao da Unidade de Execuo do Monte de Caparica e proceder abertura de um perodo de discusso pblica da proposta de Unidade de Execuo. Assim nos termos dos n.s 3 e 4 do artigo 77., conjugado com o n. 4 do artigo 120. do Decreto-Lei n. 380/99 de 22 de setembro (Regime Jurdico dos Instrumentos de Gesto Territorial), com a redao conferida pelo Decreto-Lei n. 46/2009, de 20/02, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 181/2009, de 07/08, e ainda pelo Decreto-Lei n. 2/2011, de 06/01, d-se incio ao PERODO DE DISCUSSO PBLICA da Unidade de Execuo do Monte de Caparica, de 30 dias contados 10 dias a partir da data de publicao do Aviso n. 5338/2013 em Dirio da Repblica, 2. Srie - n. 77, de 19 de abril de 2013, com divulgao na comunicao social e na Internet da Cmara Municipal, encontrando-se os documentos disponveis para consulta nos seguintes locais: Nas instalaes da Direo Municipal de Planeamento, Administrao do Territrio e Obras (DMPATO) Avenida D. Nuno lvares Pereira 67 2800-181 Almada, no horrio compreendido entre as 8h30 e as 15h00; Na Junta de Freguesia da Caparica, sita no Largo da Torre, Monte de Caparica, 2829-503 Caparica, no horrio das 9h - 12h00 e das 14h - 17h. A formulao de reclamaes, observaes ou sugestes devero ser feitas mediante requerimento dirigido Sr. Presidente da Cmara Municipal de Almada, onde dever constar a identicao do assunto, do subscritor, a identicao do local acompanhada de planta de localizao e o objeto da exposio, at ao termo do referido perodo.
VARAS CVEIS DE LISBOA
2. Vara Cvel Processo: 7404/03.5TVLSB

VENDA POR NEGOCIAO PARTICULAR MEDIANTE PROPOSTAS EM CARTA FECHADA

Insolvncia de: CLAUDINA MARIA CORREIA ALEXANDRE FARIA MOURATO Proc. N. 1389/12.4TBCLD 3. Juzo do Tribunal Judicial de Caldas da Rainha
No processo acima identicado foi designado o dia 13 de Junho de 2013, pelas 10.00 horas, no escritrio da Administradora de Insolvncia nomeada nos Autos supra identicados, para a abertura de propostas que sejam recebidas at esse momento, pelos interessados na compra do seguinte Bem Imvel: BEM IMVEL Prdio Urbano, composto de Edifcio de 3 pisos, com 4 divises em cada piso, com rea total de 45m, sito na Rua do Arsrio - Santa Maria da Devesa, freguesia de Santa Maria da Devesa, confrontando a Norte e Nascente com Antnio do Carmo Dias, Poente com Rua do Arrio e a Sul com Largo da Fonte da Vila, descrito na Conservatria do Registo Predial Castelo de Vide sob o n. 871/19961114, da freguesia de Santa Maria da Devesa, concelho de Castelo de Vide, e inscrito na respectiva matriz urbana sob o art. n. 808, com o valor patrimonial atual de 27.460,00 determinado no ano de 2012, pelo valor-base de 27.460,00 [vinte e sete mil quatrocentos e sessenta euros]. NOTAS: O bem pode ser visto mediante prvia marcao, a efectuar ao longo do dia 5 de Junho de 2013, entre as 15:00h e as 17.00h para o telefone 961395718. No sero aceites propostas inferiores a 85% do valor indicado. As propostas devero ser enviadas em sobrescrito fechado e lacrado com a indicao do Processo de Insolvncia n. 1389/12.4TBCLD do 3. Juzo do Tribunal Judicial de Caldas da Rainha, Administradora de Insolvncia do Processo [Rua Conselheiro Lus de Magalhes, n. 64, 4., AJ, 3800 239 Aveiro]. As propostas devero ser recebidas at s 10.00 horas do dia 13 de Junho de 2013 e devem ser acompanhadas de cheque endereado ordem da massa insolvente de Claudina Maria Correia Alexandre Faria Mourato, no montante correspondente a 5% do valor-base anunciado, ou garantia bancria no mesmo valor. As propostas sero apreciadas pela Comisso de Credores e pelos Credores Hipotecrios e, aceite alguma proposta, o proponente ou preferente noticado para, no prazo de 15 dias, depositar a totalidade do preo em falta, sob a cominao de, no o fazendo, ser promovido perante o Juiz o arresto em bens sucientes para garantir o valor em falta, acrescido das custas e despesas, sem prejuzo de procedimento criminal, sendo o proponente ou preferente, simultaneamente, executado naquele processo para pagamento daquele valor e acrscimos. A Administradora de Insolvncia - Alexina Vila Maior

ANNCIO
Execuo Ordinria A Mm. Juza de Direito Dr. Cristina Isabel Santos Coelho, da 2. Vara Cvel - Varas Cveis de Lisboa: Faz saber que correm ditos de 20 dias para citao dos credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para reclamarem o pagamento dos respetivos crditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, ndo o dos ditos, que se comear a contar da data da axao do presente edital. Bens penhorados: TIPO DE BEM: Veculo MATRCULA: 83-02-QU DESCRIO: Volkswagen Passat PENHORADO EM: 23-05-2011 00:00:00 PENHORADO A EXECUTADA: Teresa Lus Mateus Rainho Dourado. Estado civil: casada. Documentos de identicao: BI - 10800024, NIF - 210298677. Endereo: Quinta das Courelas, 20 - Ptio, 2685-000 Camarate. N/ Referncia: 18541164 Lisboa, 11-04-2013. A Juza de Direito Dr. Cristina Isabel Santos Coelho A Ocial de Justia Helena Silva Pblico, 03/05/2013 - 2. Pub.

LEILO
CCP - CASA DE CRDITO POPULAR, S.A., ir efetuar na Rua Arco Marqus do Alegrete, n. 6-A, 1100-034 Lisboa, no dia 27 de maio de 2013, pelas 10H30, leilo de penhores sobre ouro, pratas, jias e objetos diversos, ao abrigo do art. 19. do Decreto-Lei n. 365/99 de 17 de setembro de 1999. Os penhores dizem respeito s Agncias da CCP - CASA DE CRDITO POPULAR, S.A., cujos contratos data tiverem os juros vencidos e no pagos h mais de trs meses. facultado ao pblico o exame dos objetos a leiloar no dito local durante as duas horas que antecedem o leilo. Os objetos so arrematados no local e no estado em que se encontram. Aps cada licitao, caso o arrematante no liquide a totalidade do lote, ser-lhe- exigido de imediato um sinal (em dinheiro ou cheque visado) nunca inferior a 40%, no ato da adjudicao. Os lotes arrematados que no forem totalmente pagos no ato do leilo devero ser levantados at 24 horas a partir da data do leilo, sob pena de ser anulada a venda com a perda do sinal. No sero aceites reclamaes aps a adjudicao dos lotes. Lisboa, 29 de abril de 2013 A Administrao www.casacreditopopular.pt Ligue Grtis 800 208 186

TRIBUNAL JUDICIAL DE ELVAS

1. Juzo Processo: 232/12.9TBELV Ao de Processo Ordinrio

ANNCIO
Autor: Jos Manuel Martins Miranda Ru: Fundo de Garantia Automvel e outros. Fernando Tanhas, Mm. Juiz de Direito do 1. Juzo do Tribunal de Elvas: Faz saber que nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao deste anncio, citando o ru Francisco Bento Rita de Sousa, nascido em 27-09-1952, freguesia de Alvaiade (Santiago do Cacm), NIF 166223549, BI - 02214707, com ltima residncia conhecida na Rua 8, n. 28, Ermidas, 7565-228 Ermidas - Sado Santiago do Cacm, para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a ao, acima indicada, com a cominao de que a falta de contestao importa a consso dos factos articulados pelo autor e que em substncia o pedido consiste no pagamento ao autor da quantia de : 125.250,00, acrescida de juros de mora, taxa legal, a partir da citao e at integral pagamento, tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas frias judiciais. Fica advertido de que obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/Referncia: 2097792 Elvas, 15/04/2013 O Juiz de Direito Fernando Tanhas A Ocial de Justia M. Anunciao Castanheira Pblico, 03/05/2013 - 2. Pub.

CABRAL MONCADA LEILES

TRIBUNAL DE FAMLIA E MENORES E DE COMARCA DE LOURES 2. VARA DE COMPETNCIA MISTA

Palcio da Justia, Loures

TRIBUNAL DE FAMLIA E MENORES E DE COMARCA DO SEIXAL

3. Juzo Cvel Processo: 2332/13.9TBSXL

TRIBUNAL JUDICIAL DE SETBAL

3. Juzo Cvel Processo: 1754/13.0TBSTB

Rua Miguel Lupi 12 D 1200-725 Lisboa Portugal Tel: (+351) 21 395 47 81 Fax: (+351) 21 395 51 15 [email protected] www.cml.pt

Manuel Vaz de So Payo

Agente de Execuo Cdula n. 3611

Proc.: 3839/06.0TALRS-C - Execuo Comum Exequente: SAINT GOBAIN SEKURIT PORTUGAL - VIDRO AUTOMOVL SA Executados: RUI MANUEL DA SILVA COIMBRA E OUTRO(S)

ANNCIO
Interdio / Inabilitao Requerente: Ministrio Pblico Requerida: Joaquina Martins Fernandes Faz-se saber que foi distribuda neste tribunal, a ao de Interdio/Inabilitao em que requerida Joaquina Martins Fernandes, com residncia em domiclio: Av. D. Pedro V, N. 9, 7. Dt., 2900-546 Setbal, para efeito de ser decretada a sua interdio por anomalia psquica. N/ Referncia: 12095292 Setbal, 29-04-2013. A Juza de Direito Dr. Marina Branco Paulino A Ocial de Justia Maria Dulce Esteveira Teixeira Pblico, 03/05/2013

ANNCIO
Nos autos acima identicados, foi designado o dia 13 de Maio de 2013 pelas 09H:30 horas naquele tribunal, para venda por abertura de propostas em carta fechada que sejam entregues at esse momento na secretaria, pelos interessados na compra dos seguintes bens: Tipo de bens: Mveis. Verba 1 1 Plasma de marca Samsung constitudo por 4 colunas, com comandos. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 1.500,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 1.050,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 2 Conjunto de 3 sofs em pele, com 2 cadeires, 1 sof de 2 lugares com os ps de metal. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 1.500,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 1.050,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 3 Mesa de sala de jantar em madeira de castanho com 6 cadeiras. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 500,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 350,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 4 1 Aparador em madeira de castanho com 2 portas, 4 gavetas com puxadores de metal. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 600,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 420,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 5 2 mveis bar em madeira de castanho com portas de vidro e puxadores de metal com prateleiras de vidro. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 500,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 350,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 6 1 mvel de sala de jantar constitudo por portas de vidro e de madeira, puxadores de metal, 2 gavetas com cerca de 1.70 m largura e 1.95m de altura. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 800,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 560,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 7 1 mvel de sala de jantar em madeira de castanho, constitudo por 2 colunas com portas de vidros e portas de madeira com cerca de 1.95 m de altura e 2m de largura, com o batente da porta de vidro partido. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 800,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 560,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 8 1 leitor de DVD de marca Pioneer com colunas com os de ligao. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 250,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 175,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 9 1 mvel de tv em madeira de castanho com 2 portas, 2 gavetas e com puxadores de metal. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 300,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 210,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 10 1 mesa de apoio quadrada em madeira com 2 tampos em vidro. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 150,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 105,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 11 1 mesa de centro em madeira com tampa de vidro duplo. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 140,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 12 1 camiseiro em madeira de castanho com cerca de 1.10 m de altura e 1.20m de largura com 2 portas 5 gavetas com puxadores de metal e com rebordo frontal em metal. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 250,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 175,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 13 1 computador de linha branca constitudo por monitor de marca LG 900 teclado de marca LOGITECH, rato da mesma marca, gravador de DVD de marca IOMEGE e webcam de marca CREATIVE. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 900,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 630,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 14 1 impressora multifunes de marca HP modelo PSC 2210 de cor cinza. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 300,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 210,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 15 1 impressora de marca EPSON modelo R300, para impresso de fotogrcas. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 350,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 245,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 16 1 televiso de marca WORTEN com cerca de 55 cm de dimetro. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 150,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 105,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 17 1 leitor de DVD de marca MESCOM. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 60,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 42,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 18 1 mquina fotogrca de marca CANON com trip pequeno, 2 objetivas com cerca de 28-80mm e 58 mm. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 250,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 175,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 19 1 mquina fotogrca de marca FUJIFILM modelo INTEX 200. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valorbase de 100,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 70,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 20 1 televisor de marca PHILIPS com comando. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 50,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 35,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 21 1 leitor de DVD de marca BEST BUY. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 25,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 17,50 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 22 1 mquina de fazer comida BIMBY marca VOEWERK. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 300,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 210,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 23 1 batedeira de marca PHILIPS com copo de vidro. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 15,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 10,50 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 24 1 mquina de caf marca KRUPS de cor creme. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 90,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 63,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 25 - 1 caixa de madeira com 2 gavetas e com o tampo em vidro, a 1. gaveta com 16 canetas e a 2 gaveta com 15 canetas de vrias cores e formatos. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 140,00 euros, correspondente a 70% do valorbase e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 26 1 caixa de madeira com 1 gaveta com o tampo em vidro, com 12 canetas de vrias cores e formatos. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 150,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 105,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 27 1 conjunto de 51 relgios de bolso de vrios formatos e cores. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 140,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 28 1 sof cama de cor laranja de 3 lugares. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 140,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 29 1 caixa de madeira com tampo em vidro com 2 gavetas com 15 canetas cada uma de vrios formatos e cores. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 140,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 30 1 conjunto de 3 quadros grandes, 2 mdios e 3 trs de pequenas dimenses, com diversos motivos e cores. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 200,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 140,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 31 1 aparador com 6 gavetas em madeira com puxadores em madeira com 1.5 m de largura e 0.50 m de altura. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 400,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 280,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. Verba 32 veculo automvel de marca e modelo CITRON C2 com a matrcula 65-35-XG com 032016 km de cor Bordeaux de 3 portas com o n. de chassis VF7DMHFXB97084910 de 1100 cc de cilindrada. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer em carta fechada acima do valor-base de 10.000,00 euros. Ser aceite a proposta de melhor preo acima do valor de 7.000,00 euros, correspondente a 70% do valor-base e acompanhadas por cheque visado ordem de Manuel Vaz de So Payo no montante de 5% do valor anunciado da venda. As propostas devem ser entregues em carta opaca e fechada na secretaria do Tribunal supra-identicado. el depositrio o Sr. Jorge Jesus, o qual dever mostrar os bens mveis mediante marcao prvia, os mesmos encontram-se na Quinta dos Estrangeiros Pavilho 110 Venda do Pinheiro, Malveira. O Solicitador de Execuo Manuel Vaz de So Payo Pblico, 01/05/2013 - 1. Pub.

ANNCIO
Interdio / Inabilitao Requerente: Ministrio Pblico do Seixal Requerido: Nelson Alexandre da Silva Rosado Faz-se saber que foi distribuda neste tribunal, a ao de Interdio/Inabilitao em que requerido Nelson Alexandre da Silva Rosado, com residncia em domiclio: Rua Prof. Bento Jesus Caraa, Lote 13, 1. Dt., Paio Pires, 2840-111 Seixal, para efeito de ser decretada a sua interdio por ANOMALIA PSQUICA. N/ Referncia: 10377616 Seixal, 02-05-2013. A Juza de Direito Dr. Laura Maria Dias Godinho Raes O Ocial de Justia Cludio Nuno Correia Barradas Pblico, 03/05/2013

Arte Moderna e Contempornea

INSOLVNCIA DE CONSTRUES MP FREIRE e FILHOS, LDA.

Tribunal da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste Sintra Juzo do Comrcio Processo n. 16962/12.2T2SNT
Vai a Exma. Sra. Administradora da Insolvncia, no supra referenciado processo, proceder recticao do anncio de venda que foi publicado neste jornal, no dia 26 de Abril de 2013, no sentido de dar sem efeito a publicidade da venda referente verba n. 6 daquele anncio que, por lapso, foi anunciada e que por enquanto no pode ser objecto de venda, correspondendo seguinte descrio: Fraco autnoma designada pela letra I, para habitao do prdio urbano em regime de propriedade horizontal, sito na Av. do Ultramar, lote 14, freguesia de Mina, concelho de Amadora, descrito na Conservatria do Registo Predial de Amadora sob o n. 2611 da dita freguesia e inscrito na respectiva matriz sob o n. 6231. Assim, cam avisados todos os interessados de que a fraco supra-identicada no objecto de venda.

Lote 142 JORGE VIEIRA 1922-1998 Sem ttulo escultura em terracota, assinada e datada de Julho de 1971 Dim.: 31 cm Leilo 148 6 de Maio de 2013 19h30 Exposio - 1, 2, 3, 4 e 5 Maio 1 e 2: 10h-20h; 3 e 4: 10h-24h; 5: 15h-20h Entrada livre Catlogos online e disponveis na leiloeira

34 | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

FICAR
CINEMA
Munique Ttulo original: Munich De: Steven Spielberg Com: Eric Bana, Daniel Craig e Ciarn Hinds EUA, 2005, 164 min Hollywood, 23h15 Em Setembro de 1972, um ataque terrorista sem precedentes desenrola-se perante 900 milhes de telespectadores por todo o mundo. Decorre a segunda semana dos Jogos Olmpicos de Vero, em Munique, na Alemanha Ocidental apelidados Jogos da Paz e da Alegria quando, sem aviso, um grupo extremista palestiniano, Setembro Negro, invade a Aldeia Olmpica, matando dois membros da equipa israelita e capturando nove elementos como refns. A tensa espera e o trgico massacre que se segue so transmitidos pela televiso perante uma audincia internacional. Em Munique, Steven Spielberg fala no s dos trgicos acontecimentos de 72, mas tambm da retaliao israelita que se seguiu, designada como Operao Ira de Deus. Avner um jovem patriota israelita, ocial dos servios secretos, que contactado por um ocial da Mossad. convidado a abandonar a mulher grvida, abdicar da sua identidade e embarcar como inltrado numa misso que visa perseguir e matar os 11 homens acusados pela secreta israelita de terem arquitectado o ataque em Munique. O Fantstico Homem-Aranha [The Amazing Spider-Man] TVC1, 21h30 Peter Parker (Andrew Gareld) um adolescente inteligente mas introvertido que iniciou h pouco uma relao com Gwen Stacy (Emma Stone), uma colega de turma que, ao contrrio de si, alegre e popular. Desde muito cedo a viver em Nova Iorque, com os tios May e Ben (Sally Field e Martin Sheen), Peter cresceu com o estigma do abandono dos seus pais, que sente nunca ter sido sucientemente explicado. Certo dia, encontra uma mala misteriosa que pertenceu ao progenitor. Decidido a descobrir tudo o que se possa relacionar com o passado da sua famlia, o

Os mais vistos da TV
Quarta-feira, 01
% Aud. Share

Dancin' Days Big Brother Vip: Dirio Destinos Cruzados Avenida Brasil Jornal da Noite
FONTE: CAEM

SIC 17,7 TVI 17,4 TVI 14,9 SIC 13,7 SIC 13,3

34,2 32,5 30,3 33,2 26,8

RTP1 2: SIC TVI Cabo

11,2% % 2,3 23,4 22,7 32,0 30,7

Munique jovem procura o Dr. Curt Connors (Rhys Ifans), que ter sido parceiro do pai no laboratrio Oscorp. Porm, essa viagem ao passado ter o seu preo: o perigoso confronto com Lagarto, o terrvel alter ego de Connors, e a descoberta de segredos que mais valeriam ter cado na sombra. Quarto lme da saga HomemAranha pela Columbia Pictures e o primeiro a no ser realizado por Sam Raimi, um reboot que nos chega pelas mos de Marc Webb [(500) Days of Summer]. A Calnia [Absence of Malice] AXN WHITE, 21h50 Uma ambiciosa jornalista (Sally Field) escreve um artigo sobre Michael Gallagher (Paul Newman), lho de um contrabandista da ma, acusando-o de ser responsvel pelo desaparecimento de um lder sindical. Gallagher um homem honrado, dedicado a um negcio de importao de bebidas alcolicas, mas o poder da imprensa muito forte e as coisas complicam-se... Um lme de Sydney Pollack, com guio de Kurt Luedtke (vencedor de um scar pelo argumento de frica Minha, em 1986). Os Noivos Sangrentos [Badlands] RTP2, 22h30 Na sua primeira longa-metragem, Terrence Malick inspirou-se num caso verdico que ocorreu nos EUA, nos anos 50. Kit (Martin Sheen) um jovem que trabalha na recolha do lixo e namora com Holly (Sissy Spacek), uma adolescente de quinze anos. O comportamento de Kit no propriamente exemplar e, naturalmente, o pai da rapariga (Warren Oates) ope-se relao entre os jovens. Kit remove facilmente esse impedimento, matando o pai da rapariga, perante o olhar impvido e sereno desta. Depois, ambos iniciam uma fuga de automvel por vrios estados dos EUA. A histria narrada parcialmente por Holly, de forma desapaixonada. Querido Frankie [Dear Frankie] TVC3, 22h30 Para proteger o seu lho Frankie, de nove anos, Lizzie inventou uma histria sobre o seu pai. Para lhe apaziguar a curiosidade, conta ao lho que o pai trabalha a bordo de um navio e escreve-lhe cartas em seu nome. No entanto, chega nalmente o dia em que Lizzie j no consegue fugir e ter de escolher entre contar a verdade a Frankie sobre o pai ou encontrar o homem perfeito para assumir esse papel. Realizado por Shona Auerbach, com Emily Mortimer, Jack McElhone e Mary Riggans.

SRIES
Dirio de um Jovem Mdico TV Sries, 22h45 Estreia. A vida de um jovem mdico (Daniel Radclie) numa pequena vila na Rssia, em 1917. A personagem contracena com o seu eu mais velho ( Jon Hamm) numa turbulenta viagem que

oscila entre a ingenuidade e a voz da experincia. Obrigado a lidar com pacientes demasiado supersticiosos, o jovem mdico questiona a sua competncia e debate-se com o fardo da responsabilidade. Com algum humor e nostalgia, a sua verso mais velha tenta guilo e aconselh-lo no seu incio turbulento. Mas a medicina mudou muito ao longo dos anos. A srie baseada nas histrias de Mikhail Bulgakov, que abandonou

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 35

Televiso
[email protected]

AXN White, 20.12 Melissa e Joey, incansveis Phineas e Ferb conseguem construir um insuvel gigante para o substituir. Entretanto, o Dr. Doofenshmirtz constri um apodrece-inator para sabotar os outros concorrentes.

a medicina para se dedicar escrita. The Mob Doctor AXN, 20h36 As inmeras aventuras de Grace ( Jordana Spiro), dividida entre a medicina e a ma. Desta vez, a conhecida cirurgi arrastada para uma discusso entre Constantine (William Forsythe) e o polcia paisana, Franco ( James Carpinello), depois de um maoso exilado regressar a Chicago. Roma Criminal AXN Black, 20h40 Baseada no sucesso Romanzo Criminale, a srie narra a ascenso e queda de um grupo de jovens delinquentes que dominam o mundo do narcotrco em Roma, no nal dos anos 70. Neste episdio, Freddo acaba novamente na priso, aps ser acusado de roubar, e Libans o nico que acredita na sua inocncia. Na tentativa de descobrir a verdade, pede ajuda a Nero. Freddo posto em liberdade e o grupo ganha um novo aliado.

RTP1
6.30 Bom Dia Portugal 10.00 Praa da Alegria 13.00 Jornal da Tarde 14.15 Windeck - O Preo da Ambio 15.04 ramos Seis 15.44 Portugal no Corao 18.00 Portugal em Directo 19.08 O Preo Certo 20.00 Telejornal - Inclui 360 20.55 A Semana de Nuno Morais Sarmento - Directo 21.20 Sexta s 9 21.57 AntiCrise 22.20 Sinais de Vida 23.22 Portugueses Pelo Mundo - Belfast 0.15 5 Para a Meia-Noite 1.37 True Justice 2.19 Californication - 4. srie 2.51 Vidas em Jogo - 2 episdios

FOX MOVIES
10.41 Maverick 12.45 Levity Redeno 15.23 A Verdadeira Histria de Jack, o Estripador 17.22 Pnico a Bordo 18.58 Scooby Doo 2 - Monstros Solta 20.28 Admitido 22.00 Virgem aos 40 Anos 23.54 Espia... Como Puderes! 1.15 Belas Criaturas

USA 19.47 Masterchef USA 20.31 O Sexo e a Cidade 21.25 Filme: Don Juan DeMarco 23.15 O Sexo e a Cidade 0.13 Body of Proof 0.57 Medium 1.43 Glee

DISNEY
15.20 Casper O Fantasminha 15.45 Rekkit Rabbit 16.10 Timon e Pumba 17.00 Phineas e Ferb 17.50 Monster High 17.52 Minnie & You 17.55 Lab Rats 18.45 Shake It Up 19.10 Jessie 19.35 O Meu Co Tem Um Blog 20.00 Camp Rock

ENTRETENIMENTO
5 Para a Meia-Noite RTP1, 00h15 Directo. Numa noite dominada pelo verbo desencravar, Nilton convida Helena Sacadura Cabral, economista, jornalista, escritora e me de Miguel e Paulo Portas.

HOLLYWOOD
11.10 Enquanto Estiveres A 12.45 Parque Jurssico 14.50 O Caso do Colar 16.45 Caos 18.30 Espio Acidental 19.55 Taxi 4 21.30 Estreia da Semana 23.15 Munique 1.55 Assassino Virtual

DISCOVERY
18.20 O Segredo das Coisas 19.10 Tits Mecnicos: Worlds Top 5 Mega Carros 20.05 Ed Stafford: Sozinho na Ilha 21.00 Amish Mafia: Fogo de Deus 22.00 Destiladores Ilegais: Caa ao Tesouro 22.55 Imprios Fora-da-Lei: Mfia Italiana 23.45 Fanticos por Armas 0.35 Negcio Fechado

RTP2
7.00 Zig Zag 13.00 As Cobras mais Venenosas da ndia 13.51 Iniciativa 13.55 Tnis: Portugal Open 18.30 A F dos Homens 19.02 Consigo 19.29 Iniciativa 19.32 A Entrevista de Maria Flor Pedroso 20.08 Zig Zag 21.03 Como Funciona a Natureza 21.56 24 Sumrio 22.00 Cdigo de Bairro 22.30 Cinco Noites, Cinco Filmes - Os Noivos Sangrentos 0.00 24 Horas - Directo 1.07 Teatro em Casa 1.53 A Entrevista de Maria Flor Pedroso 2.29 Euronews

DOCUMENTRIOS
Expedio Nova Guin Odisseia, 16h44

AXN
18.06 Mentes Criminosas 18.56 Jogo de Audazes 19.46 Inesquecvel 20.36 The Mob Doctor 21.30 Era Uma Vez 22.26 Castle 23.20 Jogo de Audazes 0.15 MemphisBeat 1.10 Alerta Cobra

AXN BLACK
14.25 Filme: Bem-Vindo a Casa Roscoe Jenkins 16.18 Torchwood 17.12 Chuck 18.46 Torchwood 19.40 Sangue Fresco 20.40 Roma Criminal 21.35 A Rainha das Sombras 22.24 Filme: Os Reis de Dogtown 0.13 A Rainha das Sombras 1.02 Sangue Fresco

HISTRIA
16.00 O Preo da Histria: Uma Chave Que Dispara 16.25 O Preo da Histria: A Mquina de Pinball 16.50 Piri Reis 17.45 Monstros Lendrios: O Ladro dos Pntanos 18.35 Caadores do Pntano: A Aposta de Troy 19.25 O Preo da Histria: Uma Chave Que Dispara 19.50 O Preo da Histria: A Mquina de Pinball 20.15 O Preo da Histria: Tatuagens 20.35 O Preo da Histria: O Helicptero 21.00 A Histria da Electricidade: Luz e Energia 22.00 Sliced: Golfe 22.25 Sliced: Carro de Espio 22.50 O Preo da Histria: Material de Altos Voos 23.15 Loucos por Carros: em Busca do Soul 23.40 Loucos por Carros: Ponto de Ebulio 0.05 O Preo da Histria: Dispara! 0.30 O Preo da Histria: Tatuagens

SIC

INFANTIL
Esquadro da Monstromtica Panda, 19h30 No tenham medo, o esquadro da Monstromtica chegou. Max, Lily e Goo so trs adorveis monstrinhos apaixonados pela matemtica. Adoram tudo o que est relacionado com nmeros, medies, formas e padres e gostam de usar as suas aptides matemticas de monstros para vencer qualquer obstculo e ajudar os amigos. Phineas e Ferb Disney, 21h50 dia de festa! No dia do Festival de Rolo de Carne de Danville, a me prepara-se para decidir qual o melhor e o mais saboroso. O rua Buford estraga o insuvel da feira, mas os

7.00 Edio da Manh 8.40 A Vida nas Cartas - O Dilema 10.15 Querida Jlia Sextas Mgicas 13.00 Primeiro Jornal 14.25 Querida Jlia - Sextas Mgicas 19.10 Cheias de Charme 20.00 Jornal da Noite 21.55 Dancin Days 22.55 Avenida Brasil 23.55 Pginas da Vida 1.00 Mentes Criminosas - 8. srie 1.40 C.S.I. Miami - 9. srie 2.50 Volante 3.10 Podia Acabar o Mundo

AXN WHITE
15.00 Melissa e Joey 15.46 Filme: Dana Feroz 17.51 As Ginastas 18.38 Gossip Girl 19.25 Las Vegas 20.12 Melissa e Joey 21.00 Descobrindo Nina 21.50 Filme: A Calnia 23.46 Descobrindo Nina 0.33 Medium 1.20 Melissa e Joey

TVI
6.30 Dirio da Manh 10.07 Voc na TV! - Directo 13.00 Jornal da Uma 14.42 Ningum Como Tu 16.00 A Tarde Sua - Directo 18.14 Doce Fugitiva 19.13 Doida Por Ti 20.00 Jornal das 8 21.36 Euromilhes 21.53 Big Brother Vip - Dirio 22.28 Destinos Cruzados 23.30 Mundo ao Contrrio 0.35 Big Brother Vip - Extra 2.00 Filme: Stop-Loss - Negcio de Sangue 3.52 Amanhecer 4.58 a Vida Alvim!

FOX
14.10 Family Guy 14.35 Os Simpson 15.20 Foi Assim Que Aconteceu 16.10 Ossos 17.40 Lei e Ordem: Los Angeles 19.15 Family Guy 20.00 Os Simpson 20.50 Foi Assim Que Aconteceu 21.20 Casos Arquivados 22.20 Em Contacto 1.50 Dexter

Estreia. Um documentrio com o selo da BBC que mostra a variedade de espcies vivas existentes na Nova Guin. Os segredos desta ilha, outrora inatingvel, so revelados por especialistas em espeleologia e pela experincia de tribos locais. Cruzando o rio Sepik, paraso de crocodilos, entrando nas suas profundezas e explorando os seus labirnticos rios subterrneos, esta equipa est determinada a conhecer a verdadeira Nova Guin.

ODISSEIA
15.47 Mundos de gua: Um Mundo de gua 16.16 Mundos de gua: A gua Viajante 16.44 Expedio a Nova Guin: Ep.1 17.37 Odisseia Tribal: Os Dinka do Sudo 18.28 Ligao Selvagem: Pontes entre Dois Mundos 19.20 O Desejo pelo Desejo 20.11 A Maquinaria da Terra: Terra 21.02 1000 Formas de Morrer 22.05 A Origem da Humanidade. A Odisseia da Espcie: Ep.1 22.54 Hobbit, o Homem de Flores 23.50 1000 Formas de Morrer

DESPORTO
Futebol: I Liga SPTV1, 20h00 Directo. Arranca a 28. jornada do campeonato nacional de futebol com o encontro entre o Moreirense e o SC Braga. A trs jornadas do m do campeonato, os bracarenses vo a Moreira de Cnegos num jogo pressionado pela conquista urgente de pontos: o Moreirense 15. classicado com 21 pontos e o Sporting de Braga est em 4. com 46 pontos.

TVC1
10.40 Imprio do Sol 13.10 O Ditador 14.35 Bad Ass 16.05 TT Ilha de Man - No Limite 17.50 Coriolano 19.55 Gone - 12 Horas Para Viver 21.30 O Fantstico Homem-Aranha 23.50 Enterrado 1.25 Bad Ass

FOX LIFE
14.10 90210 14.57 Um Homem Entre Mulheres 15.20 Um Homem Entre Mulheres 15.43 Body of Proof 16.25 No Meio do Nada 16.50 Uma Famlia Muito Moderna 17.34 Um Homem Entre Mulheres 18.17 90210 19.01 Masterchef

36 | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

SAIR
CINEMA
Lisboa
CinemaCity Campo Pequeno C. Lazer do Campo Pequeno. T. 217981420 Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 13h30, 16h10, 18h50, 21h40, 00h20 (3D) ; O Grande Dia M12. Sala 2 - 13h40, 15h45, 17h35, 19h25, 21h45, 23h50; Gladiadores M6. Sala 3 - 13h35, 15h35 (V.Port.) ; Fogo Contra Fogo M12. Sala 3 - 17h40, 19h35, 21h30, 23h55; Homem de Ferro 3 M12. Sala 4 17h50, 21h20, 24h; Fogo Contra Fogo M12. Sala 4 - 13h50, 15h50; Homem de Ferro 3 M12. Sala 5 - 13h20, 19h20; Transe M16. Sala 5 - 16h, 22h, 00h05; Esquecido Sala 6 - 21h35, 00h10; Gladiadores M6. Sala 6 - 13h25, 15h25, 17h30 (V.Port./3D), 19h35 (V.Port.) ; Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 7 - 21h25; Os Amantes Passageiros M16. Sala 7 - 19h30; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. Sala 7 - 13h25, 23h45; Homem de Ferro 3 M12. Sala 7 - 15h35; Esquecido Sala 8 13h20; Os Amantes Passageiros M16. Sala 8 - 15h40; Nome de Cdigo Paulette M12. Sala 8 - 17h45, 21h50, 23h40; O Caador: ltimo Tigre da Tasmnia M12. Sala 8 - 19h50 CinemaCity Classic Alvalade Av de Roma, n 100, Lisboa . T. 218413045 Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 1 - 15h30, 17h40; Os Amantes Passageiros M16. Sala 1 - 13h30, 19h50, 21h40, 23h30; No Sala 2 - 13h20, 15h40, 23h40; Sinais de Serenidade Por Coisas Sem Sentido + As Ondas + Solo M12. Sala 2 - 19h, 21h30; O Capital M12. Sala 3 - 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 00h05; No Sala 4 - 18h35, 21h35; Regra de Silncio M12. Sala 4 - 13h25, 16h, 23h55 Cinemateca Portuguesa R. Barata Salgueiro, 39 . T. 213596200 O Beijo da Mulher Aranha Sala Flix Ribeiro - 15h30; Drcula, Prncipe das Trevas Sala Flix Ribeiro - 21h30; Os Amantes de Ilha do Diabo Sala Flix Ribeiro - 15h30; O Diabo So Elas / Cinco Lobitos Sala Lus de Pina 19h30; O Amor No Se Vende Sala Lus de Pina - 22h Medeia Fonte Nova Est. Benfica, 503. T. 217145088 O Grande Dia M12. Sala 1 - 14h10, 16h30, 19h, 21h30; Os Amantes Passageiros M16. Sala 2 - 17h, 19h30; Nome de Cdigo Paulette M12. Sala 2 - 14h30, 22h; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 14h20, 16h45, 19h15, 21h45 Medeia Monumental Av. Praia da Vitria, 72. T. 213142223 Viagem de Finalistas M16. Sala 4 - Cine Teatro - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 00h30; O Grande Dia M12. Sala 1 - 13h40, 15h45, 17h45, 19h45, 21h45, 00h15; Fintar o Amor M12. Sala 2 - 13h20; Os Amantes Passageiros M16. Sala 2 - 15h30, 17h30, 21h30, 24h; Professor Lazhar M12. Sala 2 - 19h30; No Sala 3 - 13h50, 16h30, 21h30, 24h; Nome de Cdigo Paulette M12. Sala 3 - 19h Nimas Av. 5 Outubro, 42B. T. 213574362 Fausto M12. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30 UCI Cinemas - El Corte Ingls Av. Ant. Aug. Aguiar, 31. T. 707232221 A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 1 - 14h20, 16h45, 19h15, 21h50, 00h15; Transe M16. Sala 2 - 14h10, 16h30, 21h35, 00h05; A Melhor Oferta M12. Sala 2 18h50; Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 3 - 21h40, 00h10; Gladiadores M6. Sala 3 - 14h15, 18h35 (V.Port./2D), 16h25 (V.Port./3D); Taxi Driver M16. Sala 4 - 19h15; Fintar o Amor M12. Sala 4 14h15, 16h50, 21h45, 00h15; Viagem de Finalistas M16. Sala 5 - 14h10, 16h35, 19h15, 21h50, 00h10; Esquecido Sala 6 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h55, 00h30; Um Homem a Abater M16. Sala 7 - 00h25; o Amor M16. Sala 7 - 15h, 18h15, 21h30; No Sala 8 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25; Homem de Ferro 3 M12. Sala 9 - 14h, 19h15, 00h30 (2D), 16h35, 21h50 (3D) ; Os Amantes Passageiros M16. Sala 10 - 19h, 21h40, 23h55; Professor Lazhar M12. Sala 10 14h05, 16h30; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 11 - 18h55; Nome de Cdigo Paulette M12. Sala 11 - 14h20, 16h30, 21h30, 23h40; O Capital M12. Sala 12 - 14h15, 16h45, 19h15, 21h45, 00h20; O Grande Dia M12. Sala 13 14h15, 16h45, 19h05, 21h40, 00h05; Regra de Silncio M12. Sala 14 - 14h, 16h35, 19h10, 21h45, 00h20 ZON Lusomundo Alvalxia Estdio Jos Alvalade. T. 16996 Nome de Cdigo Paulette M12. 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 00h10; O Grande Dia M12. 16h20, 18h30, 21h30, 23h50; Homem de Ferro 3 M12. 16h, 18h50, 21h40, 00h30; Fintar o Amor M12. 21h45, 00h10; Os Croods M6. 15h40, 18h10 (V.Port.); Esquecido 15h50, 18h40, 21h20, 00h05; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. 17h; Um Homem a Abater M16. 21h35, 00h25; Gladiadores M6. 16h10, 18h20 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 16h50, 21h, 24h (3D); Transe M16. 16h25, 19h, 21h25, 23h55; Viagem de Finalistas M16. 16h40, 19h, 21h10, 23h30; Fogo Contra Fogo M12. 16h30, 18h55, 21h20, 23h40; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 15h30, 18h, 22h, 00h15 ZON Lusomundo Amoreiras Av. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996 Homem de Ferro 3 M12. 12h50, 15h40, 18h30, 21h20, 00h15 (3D) ; Um Pedacinho do Paraso 13h15, 15h40, 21h50, 00h20; A Oportunidade da Minha Vida M12. 13h45, 16h10, 18h30; Os Amantes Passageiros M16. 20h50, 23h30; O Frgil Som do Meu Motor 18h; Gladiadores M6. 13h30, 15h55, 18h15 (V.Port.) ; Transe M16. 21h30, 00h05; O Capital M12. 12h55, 15h25, 18h45, 21h10, 23h45 ZON Lusomundo Colombo Av. Lusada. T. 16996 Nome de Cdigo Paulette M12. 13h10, 15h45, 18h, 21h, 23h35; Gladiadores M6. 13h20, 15h50, 18h10 (V.Port.) ; Transe M16. 21h15, 00h05; Fogo Contra Fogo M12. 13h30, 16h, 18h20, 21h10, 23h45; Fintar o Amor M12. 18h45 ; Esquecido 12h50, 15h40, 21h40, 00h30; Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h30, 18h25 (2D), 21h30, 00h25 (3D) ; O Grande Dia M12. 13h, 15h20, 17h50, 21h20, 23h55; Viagem de Finalistas M16. 12h55, 16h20, 18h40, 21h50, 00h15; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h25, 16h10, 18h30, 21h25, 00h10 ZON Lusomundo Vasco da Gama Parque das Naes. T. 16996 Nome de Cdigo Paulette M12. 13h20, 15h50, 18h20, 21h10, 23h40; Gladiadores M6. 13h10, 15h20, 17h30, 19h40 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h40, 18h30, 21h20, 00h10 (3D); Transe M16. 22h, 00h30; O Grande Dia M12. 13h, 15h30, 17h40, 19h50, 21h50, 24h; Viagem de Finalistas M16. 12h50, 15h10, 17h20, 19h30, 21h40, 23h50; A Noite dos MortosVivos M18. 13h30, 16h, 18h40, 21h30, 00h20

Em estreia
[email protected] [email protected]

O Grande Dia
Finalistas M16. 13h15, 15h50, 18h20, 21h40, 00h10; Os Croods M6. 13h35, 16h10, 18h40 (V.Port.) ; Esquecido 12h35, 15h20, 18h15, 21h15, 00h10; Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h35, 18h30, 21h30, 00h25 (2D) ; Um Pedacinho do Paraso 13h05, 15h50, 18h30, 21h15, 23h50; Fintar o Amor M12. 12h50, 15h25, 21h10, 23h55; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. 12h55, 15h10, 17h20, 19h35, 21h45, 00h20; Um Homem a Abater M16. 21h20, 00h15; Nome de Cdigo Paulette M12. 13h, 15h30, 18h40, 21h20, 00h15; O Frgil Som do Meu Motor 18h05; Gladiadores M6. 13h25, 15h50, 18h45 (V.Port.) ; Transe M16. 21h, 23h45; Fogo Contra Fogo M12. 12h50, 15h20, 18h, 21h05, 23h50; O Capital M12. 12h55, 15h40, 18h25, 21h25, 00h10; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h05, 15h55, 18h15, 21h, 23h30

Viagem de Finalistas De Harmony Korine. Com Vanessa Hudgens, Selena Gomez, Ashley Benson. EUA. 2012. 94m. Comdia, Thriller. M16. Para nanciar a viagem de nalistas e viver a aventura das suas vidas, quatro raparigas decidem assaltar um pequeno restaurante da zona. Aps conseguirem dinheiro suciente para concretizar os seus planos, seguem para Miami, onde, depois de uma noite de farra, so apanhadas pela polcia e apresentadas perante um juiz. ento que descobrem que a sua ana foi paga por um criminoso local que, em troca de momentos de adrenalina, as inicia numa vida de crime, droga e todo o gnero de perversidade. Fogo Contra Fogo De David Barrett. Com Josh Duhamel, Bruce Willis, Rosario Dawson, 50 Cent, Vincent DOnofrio. EUA. 2012. 97m. Drama, Crime. M12. Jeremy Coleman, bombeiro de prosso, presencia um crime brutal numa loja de convenincia. Como nica testemunha, convencido a depor contra Neil Hagan, o autor dos disparos. Quando a sua vida ameaada, Jeremy colocado sob o programa de proteco de testemunhas. Porm, enquanto se esfora por recomear a sua vida sob outra identidade, um erro judicial pe Hagan de novo em liberdade. Revoltado e cheio de desejo de vingana, o assassino apenas deseja encontrar o homem que testemunhou contra si... O Grande Dia De Justin Zackham. Com Robert De Niro, Diane Keaton, Katherine Heigl. EUA. 2012. 90m. Comdia. M12. J h muitos anos que Don e Ellie decidiram divorciar-se.

Essa circunstncia parecia perfeitamente ultrapassada at ao dia em que Jared, o lho adoptivo de ambos, decide casar e convidar a sua me biolgica. De forma a manter as aparncias e provar quela me que foram a escolha acertada para cuidar do seu lho, Don e Ellie resolvem ngir que, durante todos esses anos, a famlia nada mais foi do que um grande exemplo de unio e felicidade. Porm, parece que nada vai acontecer como esperado... Sinais de Serenidade Por Coisas Sem Sentido + As Ondas + Solo De Sandro Aguilar, Miguel Fonseca, Mariana Gaivo. POR. 2013. m. M12. O Som e Fria apresenta trs curtas-metragens de trs realizadores distintos: Sinais de Serenidade por Coisas Sem Sentido, de Sandro Aguilar, As Ondas, de Miguel Fonseca e Solo, de Mariana Gaivo. Um Pedacinho do Paraso De Nicole Kassell. Com Kate Hudson, Gael Garca Bernal, Kathy Bates. EUA. 2011. 106m. Comdia Romntica. Apesar da sua alegria de viver, Marley sempre optou por relaes que no implicassem grande proximidade emocional. Um dia, -lhe diagnosticado um cancro no colo do tero em fase terminal. Consciente do m que se aproxima, a jovem decide aproveitar os meses que lhe restam da maneira mais intensa possvel, fazendo tudo o que que nunca teve tempo, ou coragem, de fazer. com esse esprito que Marley se liga emocionalmente ao Dr. Julian Goldstein, o seu ginecologista, que se apaixona pela sua personalidade alegre e pela forma digna e cheia de humor com que ela aceita a sua condio. Juntos vo viver uma grande histria de amor.

Amadora
CinemaCity Alegro Alfragide C.C. Alegro Alfragide. T. 214221030 O Grande Dia M12. Cinemax - 13h35, 17h20, 19h10, 21h40, 23h50; Homem de Ferro 3 M12. Sala 2 - 17h45, 21h20, 24h; Viagem de Finalistas M16. Sala 2 - 13h45, 15h50; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. Sala 3 - 16h10; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 13h30; Viagem de Finalistas M16. Sala 3 - 17h55, 19h50, 21h45, 00h05; Os Amantes Passageiros M16. Sala 4 21h35; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. Sala 4 - 19h45; O Caador: ltimo Tigre da Tasmnia M12. Sala 4 23h40; Gladiadores M6. Sala 4 - 13h35, 15h40, 17h45 (V.Port./3D) ; A Noite dos Mortos Vivos Sala 5 - 13h50, 15h35, 17h30, 19h30, 21h35, 00h10; Esquecido Sala 6 17h25, 21h50, 00h25; Gladiadores M6. Sala 6 - 13h20, 15h20, 19h45 (V.Port.) ; Homem de Ferro 3 M12. Sala 7 - 13h20, 16h, 18h40, 21h40, 00h20 (3D) ; O Capital M12. Sala 8 - 13h45, 15h55, 18h30, 21h30, 23h45; Doulhes Um Ano M12. Sala 9 - 23h55; Homem de Ferro 3 M12. Sala 9 - 15h45; Transe M16. Sala 9 - 13h40, 19h35, 21h55; Os Croods M6. Sala 10 - 13h40, 15h45, 19h55 (V.Port.) ; Um Homem a Abater M16. Sala 10 - 17h50, 22h05, 00h30 UCI Dolce Vita Tejo C.C. da Amadora, EN 249/1. T. 707232221 Os Croods M6. Sala 1 - 14h, 16h35 (V.Port.); Um Homem a Abater M16. Sala 1 - 19h15, 21h45, 00h25; Homem de Ferro 3 M12. Sala 2 - 13h45, 16h20, 19h, 21h40, 00h20; Um Refgio para a Vida M12. Sala 3 - 21h55, 00h25; Gladiadores M6. Sala 3 - 13h45, 17h50 (V.Port./2D), 15h45, 19h55 (V.Port./3D); Fogo Contra Fogo M12. Sala 4 - 14h15, 16h25, 19h05, 21h25, 23h50; Fintar o Amor M12. Sala 5 - 13h50, 16h15, 18h55, 21h25, 23h55; Transe M16. Sala 6 - 14h, 16h30, 19h05, 21h35, 00h10; Esquecido Sala 7 - 14h05, 16h35, 19h10, 21h45, 00h25; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. Sala 8 - 14h20, 16h45, 19h20, 21h50, 23h50; A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 9 - 13h50, 16h15, 18h55, 21h25, 23h55; O Grande Dia M12. Sala 10 - 14h, 16h30, 19h05, 21h35, 00h10; Nome de Cdigo Paulette M12. Sala 11 - 13h55, 16h25, 18h55, 21h35, 24h

Almada
ZON Lusomundo Almada Frum Estr. Caminho Municipal. T. 16996 Homem de Ferro 3 M12. 12h25, 15h15, 18h10, 21h05, 24h (3D) ; O Grande Dia M12. 13h, 15h45, 18h, 21h15, 23h45; Viagem de

Barreiro
Castello Lopes - Frum Barreiro Campo das Cordoarias. T. 760789789 Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h30 (2D), 18h30, 21h20, 23h50 (3D); Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. Sala 2 - 21h40, 23h55; Gladiadores M6.

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 37 PANORAMA

A decorrer at ao dia 11, esta mostra no competitiva d a conhecer diversos documentrios de origem nacional. Na rubrica Percursos no Documentrio Portugus, o PANORAMA revisita momentos cruciais da cinematografia portuguesa, centrando-se no tema Documentrio no Cinema Novo e na produo documental da dcada de
Sala 2 - 15h10, 17h20, 19h30 (V.Port.); Gladiadores M6. Sala 2 - 17h20 (V.Port.); Dou-lhes Um Ano M12. Sala 3 - 15h20, 18h10, 21h10, 23h40; O Grande Dia M12. Sala 4 - 15h40, 18h20, 21h30, 23h45 Ferro 3 M12. Sala 2 - 15h40, 18h30, 21h30, 23h40; A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 3 - 15h10, 17h20, 19h30, 21h30, 00h15; O Grande Dia M12. Sala 4 - 15h20, 17h30, 19h35, 21h40, 23h50; Esquecido Sala 5 - 15h30, 18h10, 21h, 24h; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. Sala 6 18h40; Transe M16. Sala 6 - 15h50, 21h10, 23h20; Viagem de Finalistas M16. Sala 7 16h, 18h50, 21h50, 00h05

1960 e incios de 1970. Este ano, a programao inclui ainda um espao denominado Lisboa, que d visibilidade aos vrios olhares sobre as componentes sociais, culturais e arquitectnicas da capital. As sesses decorrem no So Jorge, Cinemateca Portuguesa e Teatro do Bairro. Bilhetes: 3 (normal), 1,5 (estudantes), 6 (dirio).
Casa do Artista - Teatro Armando Cortez Estrada da Pontinha, 7. T. 217110890 A Curva da Felicidade Grupo: Centro de Artes Dramticas de Oeiras. De 2/5 a 8/6. 5 e 6 s 21h30. Sb s 16h e 21h30. M/12. Casino Lisboa Parque das Naes. T. 218929000 Guru Enc. Jos Pedro Gomes. A partir de 2/5. 5 a Sb s 21h30. Dom s 16h. M/12. Centro Cultural de Belm Praa do Imprio. T. 213612400 A Estalajadeira Enc. Jorge Silva Melo. De 26/4 a 4/5. 2, 3, 5, 6 e Sb s 21h. Dom s 16h. Estrela Hall Rua da Estrela, 10. T. 213961946 When Were You Happiest Enc. Robert Clowes. De 3/5 a 5/5. 6 e Sb s 21h. Dom s 16h. Mini Teatro da Calada Calada do Combro, 147. Auricolrica e Teleufrica Com Alexandra Freudenthal, Susana Palmerston. De 2/5 a 27/7. 5 a Sb s 21h30. Teatro do Bairro R. Luz Soriano, 63 (Bairro Alto). T. 213473358 Pequenas Comdias Enc. Antnio Pires. De 10/4 a 19/5. 4 a Sb s 21h30. Dom s 17h. Teatro Rpido Rua Serpa Pinto, 14. T. 213479138 A-Bor-Todas! Enc. Alberto Sogorb Jover. De 2/5 a 31/5. 2, 5, 6, Sb e Dom s 18h20, 18h50, 19h20, 19h50 e 20h25 (na Sala 4). M/12. Durao: 15m. Debaixo de gua Enc. Eduardo Frazo. De 2/5 a 31/5. 2, 5, 6, Sb e Dom s 18h, 18h30, 19h, 19h30 e 20h (na Sala 1). M/16. Durao: 15m. Gisberta Enc. Eduardo Gaspar. De 2/5 a 31/5. 2, 5, 6, Sb e Dom s 18h15, 18h45, 19h15, 19h45 e 20h15 (na Sala 3). M/12. Durao: 15m. Nana (Cano de Embalar) Enc. Silvina Pereira. De 2/5 a 31/5. 2, 5, 6, Sb e Dom s 18h05, 18h35, 19h05, 19h35 e 20h05 (na Sala 2). Teatro Tivoli BBVA Avenida da Liberdade, 182. T. 213572025 TOC TOC Enc. Antnio Pires. A partir de 13/3. 5 a Sb s 21h30. Dom s 17h. M/16. Teatro Turim Estrada de Benfica, 723A. T. 217606666 TimeLine Com Ceclia Henriques, Raimundo Cosme, Carlos Gomez, Joaquin Mendez. De 25/4 a 5/5. 5 a Sb s 21h30. Dom s 17h. M/16. Teatro Villaret Av.Fontes Pereira Melo, 30A. T. 213538586 Isto Que Me Di! Enc. Francisco Nicholson. De 2/5 a 19/5. 5 e 6 s 21h30. Dom s 16h. M/12. Teatro-Estdio Mrio Viegas Largo do Picadeiro. T. 213257641 No Escuro Damos as Mos Enc. Juvenal Garcs. A partir de 18/4. 5 e 6 s 21h30.

Torres Novas
Castello Lopes - TorreShopping Bairro Nicho - Ponte Nova. T. 707220220 Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 12h50, 15h20 (2D), 18h10, 21h10, 23h50 (3D); Um Refgio para a Vida M12. Sala 2 - 13h, 15h40, 18h30, 21h30, 00h10; Esquecido Sala 3 21h20, 24h; Gladiadores M6. Sala 3 - 12h40, 15h, 17h05, 19h10 (V.Port.)

de Filme M12. Sala 8 - 15h40, 17h40, 21h55, 23h55; G. I. Joe Retaliao M12. Sala 9 14h40, 17h05, 21h45, 00h10; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 9 - 19h30

Cascais
ZON Lusomundo CascaiShopping EN 9, Alcabideche. T. 16996 Fintar o Amor M12. 21h45, 24h; Esquecido 12h35, 15h10, 17h50, 21h05, 00h10; Nome de Cdigo Paulette M12. 12h40, 15h20, 18h10, 21h10, 23h20; Gladiadores M6. 13h20, 16h, 18h (V.Port./3D) ; Homem de Ferro 3 M12. 12h30, 15h30, 18h30, 21h30, 00h20 (3D) ; O Grande Dia M12. 13h, 15h50, 18h40, 21h, 23h30; Viagem de Finalistas M16. 12h50, 15h40, 18h20, 21h20, 23h40; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 13h10, 16h10, 18h50, 21h40, 23h50

Olho
Algarcine - Cinemas de Olho C.C. Ria Shopping. T. 289703332 Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30, 23h45; Sangue Quente M12. Sala 2 - 15h20, 18h30, 21h30, 23h45; Snitch Infiltrado Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h15

Leiria
CinemaCity Leiria R. Dr. Virglio Vieira da Cunha. T. 244845071 Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 16h10, 19h, 21h40, 00h20 (3D) ; Esquecido Sala 2 - 21h50, 00h25; Gladiadores M6. Sala 2 15h35, 17h40, 19h45 (V.Port./3D) ; O Grande Dia M12. Sala 3 - 15h40, 17h40, 19h40, 21h35, 23h50; Homem de Ferro 3 M12. Sala 4 - 15h50, 18h40, 21h30, 00h10; G. I. Joe Retaliao M12. Sala 5 - 00h05; Os Croods M6. Sala 5 - 15h25 (V.Port.) ; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. Sala 5 - 17h35, 19h30; Um Homem a Abater M16. Sala 5 - 21h35; A Noite dos Mortos Vivos Sala 6 - 15h55, 17h55, 19h55, 21h55, 24h;

Santarm
Castello Lopes - Santarm Largo Cndido dos Reis. T. 760789789 Nmada M12. Sala 1 - 16h, 18h40, 21h15, 23h50; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 2 - 16h10, 18h50, 21h, 23h40; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 15h50, 18h35, 21h20, 24h; Esquecido Sala 4 - 21h40, 00h20; Gladiadores M6. Sala 4 15h10, 17h20, 19h30 (V.Port.); G. I. Joe Retaliao M12. Sala 5 - 15h40, 18h20, 21h50, 00h10; O Grande Dia M12. Sala 6 15h, 17h10, 19h15, 21h30, 00h30

Portimo
Algarcine - Cinemas de Portimo Av. Miguel Bombarda. T. 282411888 Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h, 17h30, 19h30, 21h30, 24h; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. Sala 2 - 14h (V.Port.); Fogo Contra Fogo M12. Sala 2 15h45, 18h, 21h45, 24h

Caldas da Rainha
Vivacine - Caldas da Rainha C.C. Vivaci. T. 262840197 Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 1 - 21h15, 23h45; Gladiadores M6. Sala 1 - 15h25, 18h (V.Port.); Nome de Cdigo Paulette M12. Sala 2 - 15h20, 18h, 21h30, 23h40; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 15h25, 18h15, 21h05, 00h10; O Grande Dia M12. Sala 4 - 15h40, 18h20, 21h25, 23h50; Esquecido Sala 5 - 15h30, 18h10, 21h20, 23h55

Tavira
Zon Lusomundo Tavira R. Almirante Cndido dos Reis. T. 16996 Nome de Cdigo Paulette M12. 15h35, 18h20, 21h10, 23h55; Homem de Ferro 3 M12. 15h35, 18h20, 21h10, 23h55; Esquecido 15h45, 18h30, 21h15, 23h55; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. 21h40, 23h45; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. 15h15, 17h20, 19h20, 21h25, 23h35; Gladiadores M6. 17h20, 19h30 (V.Port.); O Grande Dia M12. 15h05, 17h10, 19h25, 21h20, 23h30

Setbal
Auditrio Charlot Av. Dr. Ant. Manuel Gamito, 11. T. 265522446 A Rapariga de Parte Nenhuma M12. Sala 1 - 21h30

Odivelas
ZON Lusomundo Odivelas Parque C. C. Odivelasparque. T. 16996 Esquecido 15h40, 18h15, 21h, 23h45; Scary Movie 5: Um Mtico Susto de Filme M12. 21h35, 23h50; Nome de Cdigo Paulette M12. 16h, 18h30, 21h30, 23h30; Gladiadores M6. 15h50, 18h10 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 15h30, 18h20, 21h10, 24h; O Grande Dia M12. 15h20, 18h, 21h20, 23h40

Tomar
Cine-Teatro Paraso - Tomar Rua Infantaria, 15. T. 249329190 Nmada M12. Sala 1 - 21h30

Carcavelos
Atlntida-Cine Centro Comercial Carcavelos. T. 214565653 Professor Lazhar M12. Sala 1 - 15h30, 21h30; Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 2 - 15h45, 21h45

Faro
SBC-International Cinemas C. C. Frum Algarve. T. 289887212 Esquecido Sala 1 - 13h15, 16h, 18h40, 21h20, 24h; Um Homem a Abater M16. Sala 2 13h40, 16h15, 18h50, 21h30, 00h10; Homem de Ferro 3 M12. Sala 3 - 15h30, 18h15, 21h, 23h45; Gladiadores M6. Sala 4 13h20, 15h30, 17h40 (V.Port.); Viagem de Finalistas M16. Sala 4 - 19h50, 22h, 00h15; Homem de Ferro 3 M12. Sala 5 13h25, 16h10, 18h55, 21h40, 00h25 (3D); A Noite dos Mortos-Vivos M18. Sala 6 - 13h50, 15h55, 18h, 20h05, 22h10, 00h20; O Grande Dia M12. Sala 7 - 14h35, 16h40, 19h05, 21h10, 23h20; O Expatriado M12. Sala 8 19h40; Scary Movie 5: Um Mtico Susto

TEATRO
Lisboa
Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro Estrada de Telheiras, 146. T. 217549030 A Fanfarra Grupo: TeatroParte. Enc. Sandra Faleiro. De 3/5 a 11/5. 6 e Sb s 21h30. Informaes: 926440574. Casa da Galheta Beco da Galheta. T. 929422513 Manifesto Antropfago Teatro Alardirio. Enc. Ricardo Bargo. De 3/5 a 31/5. 6 s 21h. Casa de Goa Calada do Livramento, 17. T. 213930078 Colaboracionistas De John Hodge. De 3/5 a 23/5. 6 e Sb s 19h19 (inclui jantar).

Montijo
ZON Lusomundo Frum Montijo C. C. Frum Montijo. T. 16996 Gladiadores M6. 15h50, 18h10 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 15h30, 18h20 (2D), 21h10, 00h05 (3D); Transe M16. 21h, 23h40; Esquecido 15h40, 18h30, 21h15, 24h; Viagem de Finalistas M16. 16h, 18h15, 21h20, 23h50; A Noite dos Mortos-Vivos M18. 16h20, 18h40, 21h40, 00h10; Nome de Cdigo Paulette M12. 16h10, 18h50, 21h30, 23h45

Oeiras
ZON Lusomundo Oeiras Parque C. C. Oeirashopping. T. 16996 Homem de Ferro 3 M12. 12h40, 15h30, 21h30, 00h25 (2D), 18h30 (3D) ; O Capital M12. 12h55, 15h45, 18h25, 21h05, 23h55; Esquecido 12h50, 15h50, 21h40, 00h30; Nome de Cdigo Paulette M12. 13h, 15h15, 17h25, 19h40, 21h50, 00h10; O Frgil Som do Meu Motor 18h40; Gladiadores M6. 13h05, 15h20, 18h10 (V.Port.) ; Transe M16. 21h20, 24h; O Grande Dia M12. 13h10, 15h40, 18h15, 21h10, 23h50; Viagem de Finalistas M16. 13h15, 16h, 18h20, 21h45, 00h15

Sintra
CinemaCity Beloura Shopping Est. Nac. n 9 - Quinta Beloura. T. 219247643 Homem de Ferro 3 M12. Cinemax 17h40, 21h20, 24h; O Grande Dia M12. Cinemax - 15h50; Esquecido Sala 1 - 21h45, 00h25; Homem de Ferro 3 M12. Sala 1 - 15h40, 19h; Gladiadores M6. Sala 2 15h30 (V.Port.); O Grande Dia M12. Sala 2 - 17h35, 19h25, 21h30, 23h35; Fogo Contra Fogo M12. Sala 3 - 15h35, 17h30, 19h35, 21h35, 23h40; Homem de Ferro 3 M12. Sala 4 - 16h05, 18h45, 21h40, 00h20 (3D) ; Dou-lhes Um Ano M12. Sala 5 - 15h45, 21h55, 23h50; Gladiadores M6. Sala 5 17h45, 19h50 (V.Port.) ; Nome de Cdigo Paulette M12. Sala 6 - 15h25, 17h30, 19h40, 21h25, 23h30; Comboio Nocturno Para Lisboa M12. Sala 7 - 15h20, 17h25, 19h30, 21h50, 00h15 Castello Lopes - Frum Sintra Loja 2.21 - Alto do Forte. T. 760789789 Nome de Cdigo Paulette M12. Sala 1 - 21h35, 00h10; Gladiadores M6. Sala 1 - 15h, 17h10, 19h20 (V.Port.); Homem de

Miraflores
ZON Lusomundo Dolce Vita Miraflores Av. das Tlipas. T. 707 CINEMA Os Croods M6. 15h, 18h (V.Port.); Comboio Nocturno Para Lisboa M12. 21h, 24h; Esquecido 21h10, 00h10; Nome de Cdigo Paulette M12. 15h30, 18h30, 21h30, 00h30; Gladiadores M6. 15h10, 18h10 (V.Port.); Homem de Ferro 3 M12. 15h20, 18h20, 21h20, 00h20

AS ESTRELAS DO PBLICO
Os Amantes Passageiros O Capital Cativos o Amor Fausto O Frgil Som do Meu Motor No Professor Lazhar A Rapariga de Parte Nenhuma Transe

Jorge Mourinha

Lus M. Oliveira

Vasco Cmara

Almada
Teatro Municipal Joaquim Benite Avenida Professor Egas Moniz. T. 212739360 A Elegante Melancolia do Crepsculo Enc. Lusa Pinto. Dia 3/5 s 21h30. M/12.

mmmmm mmmmm mmmmm mmmmm mmmmm mmmmm mmmmm mmmmm

mmmmm mmmmm mmmmm mmmmm mmmmm

mmmmm mmmmm mmmmm mmmmm mmmmm mmmmm

Beja
Teatro Municipal Pax-Jlia Largo de So Joo. T. 284315090 Vamos l ento perceber as mulheres. S um bocadinho... Enc. Sofia Bernardo. Com Marta Gautier. Dia 3/5 s 21h30.

Torres Vedras
ZON Lusomundo Torres Vedras C.C. Arena Shopping. T. 16996 Homem de Ferro 3 M12. 15h30, 18h30 (2D), 21h25, 00h20 (3D); O Grande Dia M12. 16h, 18h15, 21h, 23h20; Esquecido 21h10, 24h; Nome de Cdigo Paulette M12. 15h10, 17h15, 19h20, 21h40, 23h50; Gladiadores M6. 16h15, 18h45 (V.Port.); A Noite dos Mortos-Vivos M18. 15h45, 18h, 21h50, 00h10

Cascais
Teatro Maria Helena Torrado Rua Freitas Reis, 25. T. 913439938 Broad What? Broadway!! Enc. Pessoa Jnior. De 3/5 a 18/5. 6 e Sb s 21h30. Teatro Municipal Mirita Casimiro Avenida Fausto Figueiredo. T. 214670320

a Mau mmmmm Medocre mmmmm Razovel mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente

38 | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

SAIR
Viagem Roda da Parvnia Grupo: Teatro Experimental de Cascais. Enc. Carlos Avilez. De 13/4 a 26/5. 4 a Sb s 21h30. Dom s 16h.

MARIIS CAPELA

Chico em Pessoa, com Valria Carvalho

Faro
Teatro Lethes Rua de Portugal, 59. T. 289820300 Um Dia os Rus Sero Vocs: O Julgamento de lvaro Cunhal Comp. de Teatro de Almada. Enc. Rodrigo Francisco. De 1/5 a 4/5. 4 a Sb s 21h30. M/12. Durao: 60m.

Olival Basto
Centro Cultural da Malaposta Rua Angola. T. 219383100 Felizmente h Luar! Enc. Jorge Estreia. De 1/3 a 5/5. 6 e Sb s 21h30. Dom s 16h. Os Maias Enc. Jorge Estreia. De 12/4 a 5/5. 6 e Sb s 21h. Dom s 16h. M/12.

Sintra
Centro Cultural Olga Cadaval Praa Dr. Francisco S Carneiro. T. 219107110 Chico em Pessoa Enc. Carlos Paulo. Com Valria Carvalho. Dia 3/5 s 22h. M/12.

EXPOSIES
Lisboa
3 + 1 Arte Contempornea Rua Antnio Maria Cardoso, 31. T. 210170765 What You Had and What You Lost De Anthony Arrobo. De 22/3 a 11/5. 3 a Sb das 14h s 20h. Pintura. Alecrim 50 R. do Alecrim, 48-50. T. 213465258 O Teatro De Lus Silveirinha. De 2/5 a 29/6. 3 a 6 das 11h s 19h. Sb das 11h s 14h. Appleton Square Rua Accio Paiva, 27 - r/c. T. 210993660 Um Dia de Chuva De Joo Seguro. De 4/4 a 4/5. 3 a Sb das 15h s 20h. Arquivo Fotogrfico Rua da Palma, 246. T. 218844060 Imagem entre Imagens De Alberto Carlos Lima, Antnio Jlio Duarte, Daniel Antunes Pinheiro, Daniel Blaufuks, Eurico Lino do Vale, Paulo Catrica, entre outros. De 14/3 a 11/5. 2 a Sb das 10h s 19h. Fotografia. Atelier-Museu Jlio Pomar Rua do Vale, 7. T. 218172111 Em torno do Acervo De Jlio Pomar. De 5/4 a 29/9. 3 a Dom das 10h s 18h. Baginski Galeria/Projectos R. Capito Leito, 51/53. T. 213970719 2013 Rebuild_01 [Projecto Convidado] De Tomaz Hiplito. De 17/4 a 15/5. 3 a Sb s 14h. LPS (La Place du Spectateur #2) De Carlos Correia. De 17/4 a 15/5. 3 a Sb s 14h. BES Arte & Finana Praa Marqus Pombal, 3-B. T. 213508975 BES Revelao 2012 De Diana Carvalho, Joana Escoval, Tiago Casanova, Mariana Cal + Francisco Queimadela. De 19/4 a 31/5. 2 a 6 das 09h s 19h. Fotografia. Biblioteca Nacional de Portugal Campo Grande, 83. T. 217982000 Dos Cus ao Universo De 2/5 a 26/7. 2 a 6 das 09h30 s 19h30. Sb das 09h30 s 17h30. Documental. Bloco103 Contemporary Art R. Rodrigues da Fonseca, 103B. T. 213823131 Paisagens Improvveis De Ana Tecedeiro, Tiago Mouro. De 21/3 a 12/5. 3 a 6 das 13h s 19h30. Sb das 15h s 19h. Caixa de Crdito Agrcola R. do Castilho, 233. T. 213805510 International Surrealism Now De

Alexander Varganov, Andrew Nekrasov, Egill Eibsen, Hctor Pineda, Steve Smith, Vu Huyen Thuong, entre outros. De 10/4 a 6/5. 2 a 6 das 09h s 19h30. Caroline Pags Gallery R. Ten. Ferreira Duro, 12 - 1Dto. T. 213873376 Pulsar De Jesus Alberto Benitez. De 18/4 a 15/6. 2 a Sb das 15h s 18h. Carpe Diem Arte e Pesquisa R. de O Sculo, 79. T. 211924175 Colectiva De Gabriela Albergaria, Irit Batsry, Joo Pedro Vale + Nuno Alexandre Ferreira, Nelson Leirner, Valter Ventura, Alex Gabassi. De 9/3 a 25/5. Todos os dias. Casa da Amrica Latina Avenida 24 de Julho, 118B. O Lugar das Cores De Flvio Caporali, Ins Correia, Jorge Costa, Jorge Filipe Teixeira, Judith Klein, Rita Portugal Lima, Sara Ftima Kleinhans Inoue. De 10/4 a 28/6. Todos os dias das 09h30 s 13h e das 14h s 18h30. Casa Museu Dr. Anastcio Gonalves Avenida 5 de Outubro, 6/8. T. 213540823 Nuno Sousa Vieira: Sala de Exposio De 5/4 a 18/5. 3 das 14h s 18h. 4 a Dom das 10h s 18h. Casa-Museu da Fundao Antnio Medeiros e Almeida Rua Rosa Arajo, 41. T. 213547892 Intromisses De Eduardo Nery. De 2/4 a 4/5. 2 a 6 das 13h s 17h. Sb das 10h s 17h30. Peas com histria... A partir de 25/3. 2 a 6 das 13h s 17h30. Sb das 10h s 17h30. Centro Cultural de Belm Praa do Imprio. T. 213612400 ARX Arquivo/Archive De Nuno Mateus + Jos Mateus. De 21/3 a 21/7. 3 a Dom das 10h s 18h. Centro de Arte Moderna - Jos de Azeredo Perdigo Rua Dr. Nicolau Bettencourt. T. 217823474 A obra perdida de Emmerico Nunes De Emmerico Nunes. De 19/4 a 7/7. 3 a Dom das 10h s 18h. Galpagos De Paulo Catrica, Kaffe Matthews, Jyll Bradley, Jeremy Deller, Dorothy Cross, Alison Turnbull, Filipa Csar. De 19/4 a 7/7. 3 a Dom das 10h s 18h. Razes Imprevistas - Retrospectiva de Fernando de Azevedo De 19/4 a 7/7. 3 a Dom das 10h s 18h. Chiado 8 - Arte Contempornea Largo do Chiado, 8. T. 213237335 Vraum De Gonalo Barreiros. De 1/3 a 10/5. 2 a 6 das 12h s 20h. Cristina Guerra - Contemporary Art R. Santo Antnio Estrela, 33. T. 213959559 Duet De Julio Sarmento e Salma Cheddadi, Jaime Pitarch e Rui Toscano, Filipa Csar e Lisa Tan, Eric Baudelaire e Pablo Pijnappel, Duncan Campbell e Raphal Zarka. De 23/4 a 11/5. 3 a 6 das 12h s 20h. Sb das 15h s 20h. Culturgest Rua Arco do Cego - CGD. T. 217905155 Esculturas Sonoras 1994-2013 De Rui Toscano. De 8/2 a 19/5. 2, 4, 5 e 6 das 11h s 19h. Sb, Dom e feriados das 14h s 20h. Retrato de Michel Auder De Michel Auder. De 8/2 a 19/5. 2, 4, 5 e 6 das 11h s 19h. Sb, Dom e feriados das 14h s 20h. Ermida de Nossa Senhora da Conceio Travessa do Marta Pinto, 12. T. 213637700 As Far As I Can See De Rui Calada Bastos. De 13/4 a 26/5. 3 a 6 das 11h s 17h. Sb e Dom das 14h s 18h. Vdeo. Espao Tranquilidade - Projectos Especiais R. Rodrigues Sampaio, 95. T. 213503500 Instructions De Ramiro Guerreiro. De 7/3 a 3/5. 3 a 6 das 12h30 s 19h. Fundao Arpad Szenes - Vieira da Silva Praa das Amoreiras, 56. T. 213880044 Estes e Outros Encontros: Obras da Coleco Fundao Luso-Americana e Fundao Arpad Szenes - Vieira da

Silva Com Ana Hatherly, Vieira da Silva. De Helena Almeida, Lourdes Castro, Rui Chafes, Ana Jotta, Vtor Pomar, Antnio Poppe, Rui Sanches. De 18/4 a 14/7. 4 a Dom das 10h s 18h. Vieira da Silva, Agora De 14/3 a 16/6. 4 a Dom das 10h s 18h (grtis ao Dom das 10h s 14h). Pintura. Fundao e Museu Calouste Gulbenkian Avenida de Berna, 45A. T. 217823000 360 Cincia Descoberta De 2/3 a 2/6. 3 a Dom das 10h s 18h. Clarice Lispector - A Hora da Estrela De 4/4 a 23/6. 3 a Dom das 10h s 18h. Ocupaes Temporrias De 11/4 a 26/5. 3 a Dom das 10h s 18h. Galeria 36 Rua S. Filipe Nery, 36. T. 918972966 Quadricula Verstil De Pedro Noronha. De 18/4 a 25/5. 2 a Sb das 16h s 19h30. Galeria Belo-Galsterer R. Castilho 71, RC, Esq. T. 213815891 Juliane Solmsdorf + Mrio Macilau De 11/4 a 25/5. 3 a 6 das 12h s 19h. Sb das 14h s 19h. Galeria Bessa Pereira - Design Sc. XX R. Luz Soriano, 15/17. T. 935167270 Jos Espinho: A diversidade no fazer De 5/4 a 6/6. 3 a Sb das 14h30 s 19h30. Galeria Boavista R. da Boavista, 50. T. 213476335 Mansilla/Tun Madrid De Luis M. Mansilla, Emilio Tun Alvarez. De 11/4 a 31/5. 3 a Dom das 15h s 18h. Arquitectura, Outros. Galeria das Salgadeiras Rua das Salgadeiras, 24. T. 213460881 Luz De Luclia Monteiro. De 23/3 a 18/5. 4, 5 e 6 das 17h s 21h. Sb das 16h s 21h. Galeria de Arte Urbana Calada da Glria. T. 213227000 Almada por Se7e De Fidel vora, Joo Samina, Mrio Belm, Miguel Janurio, Pantnio, Pedro Batista, Tamara Alves. De 7/4 a 30/9. Todos os dias (24h). Galeria Diferena Rua So Filipe Neri, 42 - Cave. T. 213832193 Suspensa e leve no horizonte, passava De Jos Barrias. De 2/5 a 29/6. 3 a 6 das 14h s 19h. Sb das 15h s 20h. Galeria Filomena Soares Rua da Manuteno, 80. T. 218624122 The Sorrows of Electricity De Antnio Olaio. De 14/3 a 25/5. 3 a Sb das 10h s 20h. Tranquila ferida do sim, faca do no De Rui Chafes. De 14/3 a 25/5. 3 a Sb das 10h s 20h. Escultura. Galeria Graa Brando R. Caetanos, 26A (Bairro Alto). T. 213469183 Nuno Sousa Vieira: Sala de Exposio De 5/4 a 18/5. 3 das 14h s 18h. 4 a Dom das 10h s 18h. Galeria Millennium Rua Augusta. Baixa em Tempo Real De 2/2 a 24/5. 2 a Sb das 10h s 13h e das 14h s 17h. Galeria Mbler R. Nova da Piedade, 49. Rui Gaiola De 2/5 a 2/6. 4, 5 e 6 s 14h. Sb s 11h. Fotografia. Galeria Novo Sculo Rua do Sculo, 23A/B. T. 213427712 Pinturas no Atelier De Carlos Barroco, Heitor Figueiredo, Jlio Pomar, Jorge Varanda, Manuel Joo Vieira, entre outros. De 4/4 a 4/5. 3 a Sb das 14h s 19h. Galeria Pedro Cera Rua do Patrocnio, 67E. T. 218162032

Horizon De Matt Keegan. De 12/4 a 1/6. 3 a 6 das 10h s 13h30 e das 14h30 s 19h. Sb das 14h30 s 19h. Fotografia, Outros. Galeria Quadrado Azul - Lisboa R. Reinaldo Ferreira, 20-A. T. 213476280 Gloom De Paulo Nozolino. De 4/4 a 25/5. 3 a Sb das 13h s 20h. Fotografia. Galeria Quadrum R. Alberto Oliveira, 52. T. 218170534 Ciclo Budapeste: Diogo Evangelista De 23/4 a 5/5. 3 a 6 das 10h s 18h. Sb e Dom das 14h s 18h. Galeria Ratton R. Academia das Cincias, 2C. T. 213460948 Que Procura Vm De Jlio Pomar. De 7/3 a 3/5. 2 a 6 das 10h s 13h30 e das 15h s 19h30. Giefarte Rua Arrbida, 54B. T. 213880381 We May Not Be Perfect But Heaven Knows We Try De Manuel Caldeira. De 19/3 a 17/5. 2 a 6 das 11h s 14h e das 15h s 20h. Jardim Botnico de Lisboa Rua da Escola Politcnica, 58. T. 213921800 Adaptaes Botnicas De 22/10 a 31/12. Todos os dias das 09h s 20h. As Plantas do Tempo dos Dinossurios A partir de 23/11. Todos os dias das 09h s 20h. Kunsthalle Lissabon Av. da Liberdade, 211 - 1. T. 912045650 I dreamt the work of another artist De Mona Vatamanu, Florin Tudor. De 27/3 a 1/6. 5 a Sb das 15h s 19h. Lagartagis - Borboletrio Rua Escola Politcnica, 54-56. T. 210443510 Lagartagis - Exposio de Borboletas Vivas Todos os dias das 10h s 17h. Lisboa Story Centre Terreiro do Pao. T. 916440827 Memrias da Cidade A partir de 11/9. Todos os dias das 10h s 20h (ltima admisso s 19h). Documental, Interactivo, Outros. Livraria S da Costa Rua Garrett, 100. T. 213460702 Ilha De Brbara Asss Pacheco, Cludia Varejo, Edvinas Grin, Frauke Frech, Joana Linda, Jos Miguel Vitorino, Lara Torres + Diogo Melo, Miguel Bonneville, Sara Pazos, Sofia Arriscado, Snia Baptista, Vicky Sabourin. De 20/4 a 18/5. 2 a Sb das 15h s 19h. Lumiar Cit R. Toms del Negro, 8-A. T. 213521155 Labour in a Single Shot De Antje Ehmann e Harun Farocki. De 2/5 a 16/6. 4 a Dom das 15h s 19h. MNAC - Museu do Chiado Rua Serpa Pinto, 4. T. 213432148 Arte Portuguesa 1850-1975 De Joo Cristino da Silva, Columbano Bordalo Pinheiro, Joo Marques de Oliveira, Antnio Carneiro, Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Mrio Eloy, entre outros. De 20/2 a 31/12. 3 a Dom das 10h s 18h. Hetero Q.B. De Ana Bezelga, Ana Prez-Quiroga + Patrcia Guerreiro, Carla Cruz, Elisabetta di Sopra, Lilibeth Cuenca Rasmussen, Mare Tralla, Oreet Ashery, Rachel Korman, Roberta Lima, Zanele Muholi, entre outros. De 9/4 a 30/6. 3 a Dom das 10h s 18h (ltima admisso s 17h30). Mdulo - Centro Difusor de Arte Calada dos Mestres, 34A/B. T. 213885570 Tito Mouraz De 23/3 a 11/5. 2 a Sb das 15h s 20h. Fotografia. MUDE - Museu do Design e da Moda Rua Augusta, 24. T. 218886117

Percursos. Barro Negro/ Castanho/Ferro/ Granito De Linde Burkhardt. De 11/4 a 18/8. 3 a Dom s 10h (lt. admisso s 17h45). nico e Mltiplo. 2 Sculos de Design A partir de 27/5. 3 a Dom das 10h s 20h. Museu Coleco Berardo Praa do Imprio - CCB. T. 213612878 BES Photo 2013 De Albano Silva Pereira, Filipe Branquinho, Pedro Motta, Sofia Borges. De 17/4 a 2/6. Todos os dias das 10h s 19h. Exposio Permanente do Museu Coleco Berardo (1960-2010) De Vito Acconci, Carl Andre, Alan Charlton, Louise Bourgeois, Jos Pedro Croft, Antony Gormley, Jeff Koons, Allan McCollum, William Wegman, entre outros. A partir de 9/11. Todos os dias das 10h s 19h (ltima admisso s 18h30). Museu da Cerveja Terreiro do Pao. T. 210987656 Contos Murais De Jlio Pomar. A partir de 3/4. Todos os dias das 12h s 23h. Museu da Cidade de Lisboa Campo Grande, 245. T. 217513200 Lisboa 1755. A Cidade Beira do Terramoto - Reconstituio virtual da Lisboa prpombalina A partir de 25/11. 3 a Dom das 10h s 13h e das 14h s 18h. Pedra, Papel ou Tesoura De Beln Uriel. De 16/3 a 19/5. 3 a Dom das 10h s 13h e das 14h s 18h. Museu da Electricidade Av. Braslia - Edif. Central Tejo. T. 210028190 Corao Aventuroso De Inez Teixeira. De 21/2 a 26/5. 3 a Dom das 10h s 18h. World Press Photo 13 De vrios autores. De 2/5 a 26/5. 3 a 5 das 10h s 18h. 6, Sb e Dom das 10h s 00h. Fotografia. Museu da Marioneta Rua da Esperana, 146. T. 213942810 Marionetas A partir de 7/11. 3 a Dom das 10h s 13h e das 14h s 18h (ltima admisso s 12h30 e 17h30). Museu das Comunicaes Rua do Instituto Industrial, 16. T. 213935000 Casa do Futuro A partir de 1/3. 2 a 6 das 10h s 18h. Sb s 16h. Mala Posta A partir de 1/12. 2 a 6 das 10h s 18h. Sb das 14h s 18h. Vencer a Distncia - Cinco Sculos de Comunicaes em Portugal A partir de 2/5. 2 a 6 das 10h s 18h. Sb das 14h s 18h. Museu de Artes Decorativas Portuguesas Largo das Portas do Sol, 2 (Palcio Azurara). T. 218814600 i em pessoa De Teresa Gonalves Lobo. De 13/3 a 24/6. 2, 4, 5, 6, Sb e Dom das 10h s 17h. Desenho, Objectos, Outros. Museu de So Roque Largo Trindade Coelho. T. 213235065 Exposio Permanente A partir de 20/12. 3, 4, 6, Sb e Dom das 10h s 18h. 5 das 14h s 21h. Museu do Combatente Forte do Bom Sucesso. T. 213017225 A Histria da Aviao Militar A partir de 16/10. Todos os dias das 10h s 17h. Engenharia e Tecnologia Militar na Antiguidade: Catapultas e Mquinas de Cerco De 1/3 a 30/1. Todos os dias das 10h s 18h. Guerra do Ultramar - 50 anos depois A partir de 11/2. 2, 3, 4, 5, 6, Sb, Dom e feriados das 10h s 17h. O Combatente Portugus do Sculo XX A partir de 10/12. Todos os dias das 10h s 17h. Museu do Fado Largo do Chafariz de Dentro, 1. T. 218823470 Acordem as Guitarras De Ana Vidigal, Siza Vieira, Catarina Pestana, Alexandre Farto aka VHILS, entre outros. De 19/4 a 31/5. 3 a Dom das 10h s 18h. Museu do Fado (19982008) De Jos Malhoa, Rafael Bordalo Pinheiro, Constantino Fernandes, Cndido da Costa Pinto, Arnaldo Louro de Almeida, Joo Vieira, Jlio Pomar, entre outros. A partir de 2/10. 3 a Dom das 10h s 18h.

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 39

SAIR
Museu do Oriente Av. Braslia. T. 213585200 Cartazes de Propaganda Chinesa - A Arte ao Servio da Poltica De 25/1 a 27/10. 2, 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h. 6 das 10h s 22h (entrada gratuita a partir das 18h). Deuses da sia A partir de 9/5. 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h (ltima admisso 17h30). 6 das 10h s 22h (ltima admisso 21h30) (gratuito 18h s 22h). Do Vasto e Belo Porto de Lisboa De 1/3 a 27/5. 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h. 6 das 10h s 22h (entrada gratuita a partir das 18h). Macau. Memrias a Tinta-da-China De Charles Chauderlot. De 1/2 a 30/6. 2, 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h. 6 das 10h s 22h (entrada gratuita a partir das 18h). Presena Portuguesa na sia. O Coleccionismo de arte do Extremo Oriente A partir de 9/5. 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h (ltima admisso 17h30). 6 das 10h s 22h (ltima admisso 21h30) (gratuito das 18h s 22h). Museu Nacional de Arqueologia Praa do Imprio. T. 213620000 Antiguidades Egpcias A partir de 18/4. 3 a Dom das 10h s 18h. Tesouros da Arqueologia Portuguesa A partir de 1/1. 3 a Dom das 10h s 18h. Museu Nacional de Arte Antiga Rua das Janelas Verdes, 1249. T. 213912800 Deambulaes. Desenhadores Franceses em Portugal nos sculos XVIII e XIX De 28/2 a 5/5. 3 das 14h s 18h. 4 a Dom das 10h s 18h. Ilusionismos - Os Tectos Pintados do Palcio Alvor De 8/3 a 26/5. 3 das 14h s 17h30. 4 a Dom das 10h s 17h30. Pintura e Artes Decorativas do Sculo XII ao XIX A partir de 16/12. 3 das 14h s 18h. 4 a Dom das 10h s 18h. Museu Nacional de Histria Natural e da Cincia Rua Escola Politcnica, 58/60. T. 213921800 A Aventura da Terra: um Planeta em Evoluo A partir de 19/11. 3 a 6 das 10h s 17h (ltima admisso s 16h). Sb e Dom das 11h s 18h (ltima admisso s 17h). Allosaurus: Um Dinossurio, Dois Continentes? De 6/2 a 31/12. 3 a 6 das 10h s 17h. Sb e Dom das 11h s 18h. Azul De Sofia Areal. De 2/5 a 2/6. 3 a 6 das 10h s 17h. Sb e Dom das 11h s 18h. Jias da Terra - O Minrio da Panasqueira A partir de 1/8. 3 a 6 das 10h s 17h. Sb e Dom das 11h s 18h. Memria da Politcnica: Quatro Sculos de Educao, Cincia e Cultura De 17/4 a 31/12. 3 a 6 das 10h s 17h. Sb e Dom das 11h s 18h. Memrias da Politcnica - Quatro sculos de Educao, Cincia e Cultura De 16/2 a 31/12. 3 a 6 das 10h s 17h. Sb e Dom das 11h s 18h. Zoom - Uma Planta, Trs Olhares De 18/4 a 20/10. 3 a 6 das 10h s 17h. Sb e Dom das 11h s 18h. Museu Nacional do Traje Largo Jlio Castilho. T. 217567620 Pele sobre Pele De 24/2 a 30/5. 3 das 14h s 18h. 4 a Dom das 10h s 18h. Museu Nacional dos Coches Praa Afonso de Albuquerque. T. 213610850 Exposio Permanente de Coches Reais A partir de 1/1. 3 a Dom das 10h s 18h (ltima admisso s 17h30). Objectos, Documental. Museu Rafael Bordalo Pinheiro Campo Grande, 382. T. 218170667 Atravs do Trao - Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro De 19/4 a 20/9. 3 a Sb das 10h s 18h. Oceanrio de Lisboa Doca dos Olivais. T. 218917002 Tartarugas Marinhas. A Viagem A partir de 7/4. Todos os dias das 10h s 19h. Padro dos Descobrimentos Av. Braslia . T. 213031950 Fotgrafos do Mundo Portugus 1940 De Mrio e Horcio Novais, Eduardo Portugal, Paulo Guedes, Kurt Pinto, Antnio Passaporte, Casimiro Vinagre, entre outros. De 24/2 a 26/5. Todos os dias das 10h s 19h. Palcio Nacional da Ajuda Largo da Ajuda. T. 213637095 Joana Vasconcelos - Palcio Nacional da Ajuda De 22/3 a 25/8. 2, 3, 5, 6 e Dom das 10h s 19h. Sb das 10h s 21h. Pteo da Gal Praa do Comrcio (Terreiro do Pao). Vida, pensamento e luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro De 27/4 a 2/6. 3 a 5 das 10h s 20h. 6 e Sb das 10h s 22h. Dom das 10h s 20h. Picadeiro do Antigo Colgio dos Nobres R. Escola Politcnica, 60. The Devils Breath - Parte I De Pedro Valdez Cardoso. De 21/3 a 27/4. 5 a Sb das 14h s 19h. Vera Corts - Agncia de Arte Avenida 24 de Julho, 54 - 1E. T. 213950177 If I were you Id paint it pink and place a chair upside down De Joana Bastos. De 22/3 a 4/5. 3 a Sb das 14h s 19h.

JIMMY KATZ

Patricia Barber apresenta Smash

Leiria
Teatro Jos Lcio da Silva Avenida Heris de Angola. T. 244834117 Julie & The Carjackers Dia 3/5 s 21h30.

Sintra

MSICA
Lisboa
Coliseu dos Recreios R. Portas de Santo Anto, 96. T. 213240580 Deolinda Dia 3/5 s 21h30 (M/3). Espao Brasil (Lx Factory) Rua Rodrigues de Faria, 103. T. 213143399 Eduardo Gallotti & Lus Filipe de Lima + Casuarina Dia 3/5 s 22h. Fbrica do Brao de Prata R. Fbrica Material Guerra, 1. T. 965518068 Jazz Solidrio Com Selma Uamusse, Elisa Rodrigues, Jlio Resende, Daniel Hewson, Cicero Lee, Mick Trovoada, Manu Teixeira, Tiago Oliveira. Dia 3/5 s 22h. Fundao e Museu Calouste Gulbenkian Avenida de Berna, 45A. T. 217823000 Paul Lewis e Orquestra Gulbenkian Com Paul Lewis (piano). De 2/5 a 3/5. 6 s 19h. Hot Clube de Portugal Praa da Alegria, 48. T. 213619740 Bruno Santos Quinteto De 2/5 a 4/5. 5 a Sb s 22h30. Jardim do Prncipe Real Prncipe Real. Meo Out Jazz 2013 Dia 3/5 s 18h (com Metamorfose + Nery). Inf: 213421546. Lux Frgil Av. Infante D. Henrique. T. 218820890 Hard Ass Sessions (Addison Groove + Branko + Rastronaut + Surfing Lions) + Yen Sung + Tiago Dia 3/5 s 23h. Museu do Oriente Av. Braslia. T. 213585200 Rhythm Yatra Dia 3/5 s 21h30 (M/3). Museu Nacional do Azulejo Rua Madre de Deus, 4. T. 218100340 Quarteto Colonial Dia 3/5 s 18h30 (Festival de Msica Clssica Brasileira).

MusicBox Rua Nova do Carvalho, 24. T. 213430107 Coldfinger Dia 3/5 s 23h30. Onda Jazz Arco de Jesus, 7. T. 919184867 Paulo de Carvalho De 3/5 a 4/5. 6 e Sb s 22h30. Teatro Municipal de S. Luiz R. Antnio Maria Cardoso, 38. T. 213257650 Hlder Moutinho Dia 3/5 s 21h. Teatro Nacional de So Carlos Largo de So Carlos, 17. T. 213253045 Rigoletto Orq. Sinfnica Portuguesa. Enc. Francesco Esposito. De 3/5 a 11/5. 5 a Sb s 20h (dias 3, 9 e 11). Dom s 16h. Universidade Nova de Lisboa Campus de Campolide. T. 213715600 Orquestra Metropolitana de Lisboa Dia 3/5 s 21h.

Palcio Nacional de Sintra Largo da Rainha Dona Amlia. T. 219106840 Divino Sospiro Dia 3/5 s 21h.

Torres Vedras
Teatro-Cine de Torres Vedras Avenida Tenente Valadim, 19. T. 261338131 Patricia Barber Dia 3/5 s 21h30 (M/12).

Valado dos Frades

Biblioteca de Instruo e Recreio R. Prof. Xavier Coelho. T. 262577302 Daerr + Bica + Stick Dia 3/5 s 22h (16. Festival de Jazz de Valado dos Frades).

DANA
Lisboa
Teatro Cames Parque das Naes. T. 218923470 Dance Bailarina Dance Coreog. Clara Andermatt. De 26/4 a 5/5. 6, Sb e 2 s 21h. Dom s 16h. M/3.

Caldas da Rainha
Centro Cultural e Congressos Rua Dr. Leonel Sotto Mayor. T. 262889650 Kaki King & Frankie Chavez Dia 3/5 s 21h30.

Faro
Campo do Complexo Desportivo da Penha Faro. T. 289807293 XXVIII Semana Acadmica do Algarve De 2/5 a 11/5. Todos os dias s 20h. Dia 3: Ricardo Sousa, Melomeno-Rtmica, DJ Daniel D, Oscar L, DJ Chus. Inf: 289818606. Teatro Municipal de Faro Horta das Figuras (EN 125). T. 289888110 Lusa Sobral Dia 3/5 s 21h30 (M/3).

Leiria
Teatro Miguel Franco (C. C. de Leiria) Largo de Santana. T. 244839680 Burlesque Urbano Coreog. Ana do Vale, Emma Sabria, Clia Portela, Ceclia Soares, Gael Duarte, Chilitki Crew, Nellys Ferreira. Dia 3/5 s 21h30.

Lagoa
Auditrio Municipal de Lagoa Urbanizao Lagoa Sol. T. 282380452 Orquestra do Algarve Dia 3/5 s 21h30.

Olival Basto
Centro Cultural da Malaposta Rua Angola. T. 219383100 Krishna ou O Amante Divino Paulo Sousa (sitarista), Tarikavalli. Dia 3/5 s 21h30. M/6.

FARMCIAS
Lisboa Servio Permanente Cartaxo (Alvalade) - Av. da Igreja, 21 - C Tel. 218470726 Castro Fonseca (Campo de Ourique) - Rua 4 de Infantaria, 28 - A - Tel. 213888857 Figueiras (Avenidas Novas) Av. Conde Valbom, 29 A - Tel. 213560223 Lusitana (Areeiro) - Av. de Roma, 18 - A - Tel. 218485443 Onilda (Joo XXI) - Av. Joo Xxi, 13 - A - Tel. 218486848 Nova dos Olivais (Santa Maria dos Olivais) - Rua de Manhia, Lote 469-A - Tel. 218516402 Outras Localidades Servio Permanente Abrantes - Ondalux Alandroal - Santiago Maior, Alandroalense Albufeira - Santos Pinto Alccer do Sal - Alcacerense Alcanena - Ramalho Alcobaa - Campeo, Alves (Benedita), Nova (Benedita) Alcochete - Cavaquinha, Pvoas (Samouco) Alenquer - Cuco, Matos Coelho Aljustrel - Pereira Almada - Nita (Charneca de Caparica), Cerqueira (Cova da Piedade), Tovar Chaves (Feij), Pepo (Vila Nova da Caparica) Almeirim - Mendona Almodvar - Ramos Alpiara - Leito Alter do Cho - Alter, Portugal (Chana) Alvaizere - Ferreira da Gama, Castro Machado (Alvorge), Pacheco Pereira (Cabaos), Anubis (Mas D. Maria) Alvito - Nobre Sobrinho Amadora - Damaia, Melo, Tavares Matos Ansio - Teixeira Botelho, Medeiros (Avelar), Rego (Cho de Couce), Pires (Santiago da Guarda) Arraiolos Vieira Arronches - Batista, Esperana (Esperana/Arronches) Arruda dos Vinhos - Da Misericrdia Avis - Nova de Aviz Azambuja - Dias da Silva, Nova Barrancos - Barranquense Barreiro - Piarra Batalha - Ferraz, Silva Fernandes (Golpilheira) Beja - J. A. Pacheco Belmonte - Costa, Central (Caria) Benavente - Miguens, Martins (Samora Correia) Bombarral Miguel Borba - Carvalho Cortes Cadaval Misericrdia, Figueiros (Figueiros Cadaval (Jan,Mar,Maio)), Luso (Fev,Abr,Jun) (Vilar Cadaval (Fev,Abr,Jun)) Caldas da Rainha - Caldense Campo Maior - Campo Maior Cartaxo - Ablio Guerra Cascais - Carvalho (Alcabideche), Cascais, do Junqueiro (Parede) Castanheira de Pera - Dinis Carvalho (Castanheira) Castelo Branco - Ferrer Castelo de Vide - Roque Castro Verde - Alentejana Chamusca - S. Jos Constncia - Carrasqueira (Montalvo) Coruche - Frazo Covilh - So Cosme Crato - Misericrdia Cuba - Da Misericrdia Entroncamento - Carlos Pereira Lucas Estremoz - Grij vora - Central Faro - Higiene Ferreira do Alentejo - Salgado Ferreira do Zzere Moderna (Frazoeira/Ferreira do Zezere) Figueir dos Vinhos - Campos (Aguda), Vidigal Fronteira - Vaz (Cabeo de Vide) Fundo - Taborda Gavio - Gavionense, Pimentel Goleg - Salgado Grndola Costa Idanha-a-Nova - Andrade (Idanha A Nova), Serrasqueiro Cabral (Ladoeiro), Freitas (Zebreira) Lagoa - Jos Maceta Lagos - Neves Leiria - Central Loul Chagas, Algarve (Quarteira), Paula (Salir) Loures - Ftima, Loureno (Sacavm), Pedro Santos (Vale Figueira) Lourinh - Correia Mendes (Moita dos Ferreiros), Leal (Rio Tinto) Mao - Catarino Mafra - Marques (Azueira), Costa Maximiano (Sobreiro) Marinha Grande - Roldo Marvo - Roque Pinto Mrtola - Pancada Moita - Gusmo (Alhos Vedros) Monchique - Moderna Monforte - Jardim Montemor-o-Novo - Novalentejo Montijo - Borges da Cruz Mora - Canelas Pais (Cabeo), Falco, Central (Pavia) Moura - Rodrigues Mouro - Central Nazar Silvrio, Maria Orlanda (Sitio da Nazar) Nisa - Ferreira Pinto Odemira - Confiana Odivelas - Serra, Tanara Oeiras - Branco, Lealdade, Seixas Martins Oleiros - Martins Gonalves (Estreito - Oleiros), Garcia Guerra, Xavier Gomes (Orvalho-Oleiros) Olho - Nobre Sousa Ourm - Fonseca (Atouguia), Moderna Ourique - Nova (Garvo), Ouriquense Palmela - Tavares de Matos (Pinhal Novo) Pedrgo Grande - Baeta Rebelo Penamacor - Melo Peniche - Proena Pombal - Vilhena Ponte de Sor - Cruz Bucho Portalegre - Esteves Abreu Lda Portel - Misericordia Portimo - Pedra Mourinha Porto de Ms - Lopes Proenaa-Nova - Roda, Daniel de Matos (Sobreira Formosa) Redondo - Xavier da Cunha Reguengos de Monsaraz - Moderna Rio Maior - Ferraria Paulino Salvaterra de Magos - Martins Santarm - Vitorino Santiago do Cacm - Corte Real Sardoal - Passarinho Seixal - Nova de Corroios Serpa - Oliveira Carrasco Sert - Lima da Silva, Farinha (Cernache do Bonjardim), Confiana (Pedrogo Pequeno) Sesimbra - Bio-Latina, Leo Setbal - Marques, Monte Belo Silves - Dias Neves, Ass. Soc. Mutuos Joo de Deus Sines - Monteiro Telhada (Porto Covo), Central Sintra ONeill Pedrosa, Vitor Manuel, Silva Duarte (Cacm), De Colares (Colares), Correia (Queluz), Serra Das Minas (Rio de Mouro) Sobral Monte Agrao - Costa Sousel Mendes Dordio (Cano), Andrade Tavira - Maria Aboim Tomar - Dos Olivais Torres Novas - Aliana (Lamarosa/Torres Novas) Torres Vedras - Calquinha (CarvoeiroRuna) Vendas Novas - Ribeiro Viana do Alentejo - Nova Vidigueira - Pulido Suc. Vila de Rei - Silva Domingos Vila Franca de Xira - Botto e Sousa, Do Forte, Mercado (Alverca), Roldo Vila Nova da Barquinha - Carvalho (Praia do Ribatejo) Vila Real de Santo Antnio - Carrilho Vila Velha de Rodo - Pinto Vila Viosa - Torrinha

40 | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

JOGOS
CRUZADAS 8423
Horizontais 1. Vento brando. Parte da pele subjacente epiderme. 2. Diz-se do terreno em que existe talco. 3. Pedir socorro. Por a. 4. O tio dos americanos. Palavra que designa o nmero, a ordem numa srie ou a proporcionalidade numrica. 5. Elas. Submeter aco do lume (substncias que esto dentro de um lquido). Nome da letra grega correspondente a n. 6. Cinco mais um. No religioso. 7. Divindade. Fora de tempo. 8. Autores (abrev.). Ter por costume (ant.). Rio suo. 9. Elemento de formao de palavras que exprime a ideia de nervo. Prefixo (repetio). 10. Acrescentar. Nocivo. 11. Colocar-se em posio conveniente para ser pintado ou fotografado. Martelo sem unhas nem orelhas. Verticais: 1. Carvo incandescente. Contraco da prep. de com o pron. dem. a. Armada Portuguesa (sigla). 2. Percorrendo devagar. 3. Parcela. A minha pessoa. Aqui est. 4. Cloreto de sdio. Fenda natural na superfcie de certos rgos. 5. Brbaros da Sarmcia que no sculo V invadiram e dominaram a Glia e a Pennsula Ibrica. Sufixo (agente). 6. O sinal do cristo. Texto ou contedo de um escrito. 7. Repblica Dominicana (domnio de Internet). Adoar com mel. A unidade. 8. Aguardar. Caminho. 9. Ratar. Viagem. Mililitro (abrev.). 10. Ferir com lana. 11. Aprecio o merecimento de. Digo oraes. Depois do problema resolvido encontre o ttulo de uma obra de Mrio de Carvalho (7 palavras). Soluo do problema anterior: Horizontais: 1. Pavio. Vagem. 2. Cuia. Libelo. 3. Teteia. Lat. 4. HOMENS. Re. 5. Aro. FAZEM. 6. Ser. Eno. 7. El. Neblina. 8. Rasga. Erica. 9. Touro. Anel. 10. Dial. Carola. 11. Erros. Rasar. Verticais: 1. PC. Haver. DE. 2. Autor. Latir. 3. Viemos. Soar. 4. Iate. Engulo. 5. Enfrear. 6. Lisa. Oc. 7. Via. Zele. Ar. 8. Ab. SE. Irara. 9. Gel. MENINOS. 10. Elar. Nacela. 11. Motejo. Alar. Provrbio: De meninos se fazem homens.

Meteorologia
Ver mais em www.publico.pt

TEMPO PARA HOJE

Viana do Castelo 9 22 Braga 9 24 13 Porto 11 22 Viseu 1,5-2m Aveiro 10 22 Coimbra 10 24 Leiria 8 24 Santarm 10 25 Lisboa 8 20 Guarda 4 16 Penhas Douradas 3 14 Castelo Branco 10 22 Vila Real 6 19 Bragana 3 18

Portalegre 12 21

BRIDGE
Dador: Oeste Vul: Todos NORTE Q86 Q8 A954 Q654 OESTE AKJ109 92 QJ KJ97 SUL 42 AKJ10763 762 A ESTE 753 54 K1083 10832 de ouros (ou o Rei seco) podemos ainda cumprir a nossa misso, desde que recuemos uma vez o s de ouros. Quando jogarmos outra espada, preservando a Dama de trunfo no morto como entrada, se Oeste no tiver outro ouro para jogar tudo acabar em bem. No entanto, existe um pormenor importante. Se na primeira vaza do jogo ocultarmos o 2 de espadas, jogando o 4, o jogador em Oeste ir ter muitas dvidas quanto ao que jogar de seguida, pois pode achar que o seu parceiro tem exatamente 32 de espadas e que est a mostrar um doubleton, poder com isso ser dissuadido a bater o Rei de espadas segunda vaza, o que facilitar e muito a nossa tarefa! Tome nota: esconder a carta mais baixa do declarante, sobre a vaza de sada, pode dificultar a vida defesa. Oeste Norte 1 Este 2ST* Sul passo

SUDOKU
Problema 4834 Dificuldade: fcil

13 24 Setbal 11 25 vora 9 23

AMANH

15

Sines 12 22

Beja 12 24

1,5-2m Sagres

Soluo do problema 4832

13 22

Faro 13 22 17 0,5-1m

Aores
Corvo Flores Graciosa S. Jorge Faial

15 1-2m
Terceira

15 18 16

Oeste 1 passo

Norte passo 4

Este Sul passo 3 Todos passam

16 2m
S. Miguel

15

18

Pico

15

18
Ponta Delgada

? *- Bicolor menor O que marca com a seguinte mo? AJ74 J832 K852 3 Resposta: Um fit de 9 cartas sempre uma mais-valia, sobretudo quando temos tambm um singleton no segundo naipe do parceiro. Se a interveno do parceiro tiver sido feita estando o nosso campo vulnervel, considere o salto para partida, pois ser de certeza uma tima aposta. Mas, se a interveno for no vulnervel no deve ser to otimista, um salto para 4 ouros ser o mais apropriado, o parceiro fechar em partida se tiver uma boa mo. A boa voz: 4 ouros no vulnervel; 5 ouros vulnervel.

Leilo: Qualquer forma de Bridge. Carteio: Sada: A. O jogador em Este assiste com o 3 de espadas. Qual o seu plano de jogo? Soluo: A voz de 3 copas de Sul, em posio de reabertura, promete uma boa abertura e seis boas cartas de copas. Na realidade Sul tem um naipe mais comprido do que o esperado e um ponto ou dois a menos do que seria normal, tudo se equilibra. Agora, o carteio. O declarante tem duas perdentes a espadas e duas a ouros. O 3 de espadas de Este diz-nos que as espadas devero estar 5-3, portanto a Dama de espadas poder ser a chave do jogo, a vaza que permitir a balda de um dos ouros perdentes da mo. Mas, se a defesa atacar ouros logo segunda vaza as coisas podem complicar-se. Mas, ainda assim possvel cumprir. Como? Se Oeste tiver exatamente duas cartas

Problema 4835 Dificuldade: muito difcil

2m

15 18

Madeira
Porto Santo

Sta Maria

Sol
2-2,5m Nascente 06h37 Poente 20h31

14 19

18

Lua Nova

Soluo do problema 4833

Funchal
0,5-1m 19

14 21

10 Maio 1h28

Mars
Leixes
Preia-mar 10h37 23h01 Baixa-mar 04h14 16h42

Cascais
2,8 10h12 3,0 22h37 1,1 03h52 1,2 16h18

Faro
2,8 10h10 3,0 22h38 1,2 03h41 1,4 16h07 2,7 2,9 1,1 1,3

Joo Fanha/Lus A.Teixeira ([email protected])

Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com

Fonte: www.AccuWeather.com

42 | DESPORTO | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

A delcia de um b
Benca est na nal da Liga Europa aps vencer o Fenerbahe no Estdio da Luz por 3-1, dando a volta a uma derrota fora de 1-0. Em Amesterdo, dia 15 de Maio, ter pela frente o Chelsea

3
BENFICA

1
FENERBAHE

Crnica de jogo Jorge Miguel Matias

Denio de banho turco: tipo de banho que consiste em permanecer num ambiente quente e hmido, cheio de vapor. Aps algum tempo nesse ambiente, o banhista mergulha em gua fria. O procedimento pode repetir-se vrias vezes mas no aconselhvel a quem tenha tenso alta ou sofra de doenas cardacas. Ora, foi precisamente um delicioso banho turco que o Benca soube tomar na segunda mo da meia-nal da Liga Europa, frente ao Fenerbahe. Os encarnados comearam por sentir os vapores quentes de um golo marcado cedo, depois arrepiaram-se com a gua fria do empate turco, mas no se deixaram congelar e ligaram a tempo a gua quente, saindo reconfortados. O Benca entrou um nadinha nervoso. O ambiente que se vivia na Luz no arranque da partida pareceu intimidar at os jogadores da casa. Mas foi o Fenerbahe, sem alguns dos seus habituais titulares devido a leso ou castigo (Meireles e Topal, por exemplo), que mais se ressentiu. A disputar a sua primeira meianal da histria, o Fenerbahe comeou cedo a perceber como seria o resto da sua noite na Luz. No tinham ainda passado dez minutos e Gaitn igualava a eliminatria. Veloz e prtico, o argentino desviou para a baliza um cruzamento de Lima, incendiando ainda mais o estdio. O mais difcil estava feito. Estavase na parte do banho em que o ambiente estava escaldante e a pele parecia ferver. A sensao era a de que bastava esperar mais um pouco e surgiria o golo que colocaria o Benca em vantagem na eliminatria. S que, de repente, veio a parte da gua fria. Um penlti assinalado por mo de Garay, num lance que parecia controlado pela defesa encarnada, deu a Kuyt a hiptese de igualar o marcador e recolocar a equipa turca em Amesterdo. O Benca sentiu a diferena de temperatura. Ainda teve um calafrio numa iniciativa de Moussa Sow. Foi nesta altura que os benquistas

Jogo no Estdio da Luz, em Lisboa Assistncia 55402 espectadores Benfica Artur; M. Pereira a 29, Garay, Luiso, A. Almeida; Salvio, Matic, E. Perz a 33, Gaitn (Roderick, 90); Lima e Cardozo (Urreta, 88). Treinador Jorge Jesus Fenerbahe, Demirel; Gonul (Bekir, 61), Korkmaz, Yobo (Stoch, 75), Ziegler; Sahin (Topuz, 45), Baroni a 31, Uan; Kuyt, Sow e Erkin a 85. Treinador Aykut Kocaman Golos Gaitn 9, Kuyt 23 (g.p.), Cardozo 35 e 66. rbitro Stphane Lannoy (Frana)

Positivo/Negativo
Lima Foi um dos mais movimentados na frente de ataque do Benfica. Desta vez ficou em branco, mas foi fundamental a dar dinamismo equipa. Gaitn Marcou com um toque de classe o primeiro golo da partida, que tirou as dvidas sobre as hipteses de o Benfica dar a volta eliminatria. E esteve imparvel at ao intervalo. Maxi Pereira Est uma sombra do jogador que foi noutras pocas. Lento e faltoso. Viu carto amarelo e no jogar a final. Salvio Costuma ser um dos jogadores mais desequilibradores da equipa, mas esteve muito apagado.

tornaram o rbitro o seu principal adversrio em campo. Muitos protestos, alguns deles com razo, mas, acima de tudo, a novela s servia para desviar as atenes do que precisavam fazer. Foi preciso Cardozo abrir a torneira da gua quente e recentrar o foco na baliza de Demirel, aproveitando uma falta marcada com rapidez. O paraguaio voltou aos golos na Liga Europa e colocou o Benca na frente do resultado mas ainda fora da nal da Liga Europa (na Turquia o Fenerbahe tinha ganho por 1-0 e fazia valer o golo que Kuyt marcara na Luz). Mas o Benca voltava sala de vapores. O ambiente aquecia mais uma vez e a segunda parte foi uma imerso completa. Os encarnados recomearam a partida com fogo no rabo. Beneciando ainda das sadas, devido a leso, de Sahin e Gonul, a segunda parte manteve o ascendente do clube da casa. E a temperatura atingiu o mximo quando Cardozo beneciou de um ressalto de bola e fez o 3-1. Estava consumada a reviravolta na eliminatria e o Benca garantia a sua nona nal de uma competio europeia, regressando a um jogo decisivo 23 anos depois da ltima vez e aps de ter estado muito perto de o conseguir h apenas dois anos, quando perdeu na meia-nal com o Sporting de Braga. At ao ltimo apito do rbitro, o Fenerbahe ainda tentou reagir, mas no havia nimo na equipa turca, que foi assumindo a derrota e a eliminao com resignao. No nal, a festa no meio do relvado com Jorge Jesus aos saltos com os jogadores foi de arromba. O treinador portugus, com o bilhete na mo para a nal da Liga Europa, tambm tem um motivo muito especial para festejar, pois torna-se o treinador portugus com mais jogos europeus frente de uma equipa portuguesa, ultrapassando Pedroto. J os jogadores tiveram direito a volta de honra, uma espcie de aperitivo para o que os encarnados esperam que seja o resto da poca. Para j, duas nais esto garantidas ( da Liga Europa junta-se a da Taa de Portugal) e foi dado mais um passo para a poca de sonho que o tcnico prometeu.

Oscar Cardozo festeja com Andr Almeida um dos dois golos apontados a

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | DESPORTO | 43

banho turco
FRANCISCO LEONG/AFP

A FIGURA DO JOGO
Cardozo Antes do encontro tinha afirmado que este era o jogo da sua vida e o avanado paraguaio fez por se tornar a figura da partida. Marcou dois golos decisivos e elevou para seis o nmero de remates certeiros que soma nesta edio da Liga Europa. Muitas vezes incompreendido por alguns adeptos do Benfica, que o acusam de ser muito perdulrio e lento para avanado, Cardozo continua a responder s crticas que, de quando em vez, surgem com golos. S esta poca j soma 31 em todas as provas. H seis temporadas no clube, ciclicamente surgem dvidas quanto continuidade de Cardozo. Mas a marcar assim, difcil encontrar argumentos para que o nmero 7 no seja mimado na Luz. como diz a letra: Tenham cuidado, ele perigoso, o Oscar Tacuara Cardozo.

A primeira final europeia de Jorge Jesus ser a nona para o Benfica

Marco Vaza
Vinte e trs anos depois, o Benca est na nal de uma competio europeia. A ltima vez havia sido em 1990, ano em que foi derrotado pelo AC Milan em Viena, por 1-0, no jogo decisivo da Taa dos Campees Europeus. O jogo de Amesterdo a 15 de Maio frente ao Chelsea ser a nona presena dos encarnados em nais europeias (sete na Taa dos Campees, uma na Taa UEFA e uma na Liga Europa) e a primeira de Jorge Jesus, que consegue l chegar segunda tentativa, depois de ter sido eliminado pelo Sporting de Braga h dois anos. Ser a segunda vez que o Benca encontra uma equipa inglesa numa nal. A primeira no foi de boa memria para os encarnados. A 29 de Maio de 1968, o Benca orientado por Otto Glria encontrou-se com o Manchester United, em Londres, e, depois de ter aguentado o empate (1-1) no tempo regulamentar - Bobby Charlton marcou para o United aos 53, Jaime Graa empatou aos 79 , no conseguiu resistir aos red devils no prolongamento, perdendo por 4-1, com golos de Best, Kidd e Charlton, naquele que foi o primeiro ttulo de campeo europeu para os britnicos. Os anos 1960 foram de ouro para o Benca, com cinco presenas em nais. As duas primeiras resultaram em triunfos, que quebraram o domnio, at ento total do Real Madrid. Primeiro, a 31 de Maio de 1961, os encarnados derrotaram o Barcelona em Berna, por 3-2, com golos de guas, Coluna e um autogolo de Ramallets. Na poca seguinte, em Amesterdo, o Benca, j com Eusbio, conquistou o seu segundo ttulo europeu frente ao Real Madrid, triunfando por 5-3. Os merengues estiveram a vencer por 2-0, com dois golos de Puskas, permitiram o empate, por guas e Cavm, ainda recuperaram o comando do jogo, de novo por Puskas, mas Coluna nivelou o resultado e, depois, o Pantera Negra entrou em aco, marcando os dois golos do triunfo na capital holandesa. Esse foi o ltimo ttulo europeu do

As finais
1961 BARCELONA 1963 AC MILAN 1965 INTER 3-2 Berna 1-2 Londres 1-0 Milo TCE TCE TCE TCE UEFA UEFA 1962 REAL MADRID 5-3 Amesterdo TCE

1968 MAN. UNITED 4-1 Londres 1983 ANDERLECHT 1-0 Bruxelas ANDERLECHT 1-1 Lisboa 1988 PSV 1990 AC MILAN

0-0 Estugarda TCE (6-5 nos penltis) 1-0 Viena TCE

TCE: Taa dos Campees Europeus Nota: a vermelho finais ganhas pelo Benfica

Benca. Os lisboetas voltam nal no ano seguinte, mas so derrotados pelo AC Milan em Wembley por 2-1. Em 1965, o Inter de Milo o carrasco dos encarnados, triunfando por 1-0 em San Siro, seguindo-se, depois, a derrota em 1968 com o Manchester United. Depois disto, o Benca regressa s nais na edio de 1983 da Taa UEFA, com triunfo do Anderlecht no conjunto das duas mos vitria belga por 1-0 em Bruxelas e empate 1-1 na Luz. Em 1988, o Benca s caiu nos penltis frente ao PSV Eindoven em Estugarda e, em 1990, um golo de Rijkaard deu o ttulo ao AC Milan.
PUBLICIDADE

SEM MODERAO

SEM SENADORES, SEM PANOS QUENTES

REACES

Os jogadores tinham de estar serenos e confiantes porque os golos iam aparecer. A dinmica foi forte e o o adversrio no teve tos argumentos
Jorge Jesus

Estamos em trs frentes e queremos ganhar as trs. Tudo me correu bem. Estamos na final e estamos tranquilos. Mas temos de pensar j no campeonato
Oscar Cardozo o Fenerbahe

O CANAL 15 DA SUA TELEVISO JOO GALAMBA FRANCISCO MENDES DA SILVA

44 | DESPORTO | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

STEFAN WERMUTH/REUTERS

Breves
Inglaterra

Vtor Pereira atira a toalha ao cho e fala em campeonato sujinho, sujinho

Futebol Manuel Assuno
Treinador do FC Porto no acredita que o ttulo escape ao Benfica e volta a falar de arbitragens antes da viagem ao Funchal
Continuam as trocas de golpes entre FC Porto e Benca. Ontem, na conferncia de imprensa de Vtor Pereira para a anteviso do jogo com o Nacional, que se disputar amanh, os temas dominantes voltaram a ser o Benca-Sporting de h duas semanas e as arbitragens. Gostava que fosse limpinho, limpinho, limpinho, mas um campeonato que ca manchado e passa a sujinho, sujinho, sujinho, por um jogo inadmissvel h duas jornadas atrs, referiu o tcnico portista, citado pela agncia Lusa. Pelo meio, Vtor Pereira atirou a toalha ao cho e considerou que o ttulo j no escapar ao rival Benca. O FC Porto j no depende de si prprio e o seu treinador sugere que as guias no perdero pontos nas recepes a Estoril e Moreirense. O Estoril pode exibir-se num grande nvel, mas de uma forma ou de outra os trs pontos vo l car, referiu Vtor Pereira. O que o treinador reconheceu foi que FC Porto e Benca se destacam dos restantes 14 clubes da Liga em termos de resultados, regularidade e qualidade de jogo. H duas jornadas, diria, com legitimidade, que o ttulo ia ser discutido at ao m, mas, neste momento, e depois das duas ltimas rondas, j no acredito nisso. Vtor Pereira pode no ser favorito para revalidar o ttulo, mas mostrouse orgulhoso com o seu trabalho e com o estilo da equipa. H gente que gosta de muitos golos e desde que marque mais golos do que o adversrio no se importa de sofrer muitos. Eu no sou assim. Gosto de um futebol de domnio com bola, no gosto que a minha equipa passe a maior parte do tempo a correr atrs da bola e isso uma identidade deste FC Porto: domina o adversrio, domina com bola e retira-lhe a iniciativa. E Vtor Pereira prosseguiu nos mritos da qualidade do seu plantel: Muitos golos marcados, muitos poucos golos sofridos e muito mais posse de bola do que os adversrios. Amanh, os azuis e brancos deslocam-se ao Funchal, onde s um triunfo lhes interessa na perspectiva de manter possibilidades de chegar ao tricampeonato. Se, pelo contrrio, no somarem qualquer ponto, deixam o ttulo merc do Benca j nesta 28. jornada. Pereira reala a diculdade que os clubes visitantes costumam encontrar no Estdio da Madeira, casa do Nacional. Vamos encontrar um adversrio difcil, num campo difcil, que possui jogadores de qualidade, mas vamos para honrar o nosso trabalho, a nossa qualidade de jogo e conquistar os trs pontos. De outro modo, no seria admissvel, sublinhou. Alex Sandro a grande dvida dos portistas para esta deslocao Madeira. No treino de ontem, o lateral esquerdo brasileiro, que teve de ser substitudo no intervalo do jogo do FC Porto com o Vitria de Setbal, no trabalhou a 100%.
JOS MANUEL RIBEIRO/REUTERS

Villas-Boas satisfeito com possvel regresso de Mourinho

David Luiz marcou um dos golos do Chelsea em Londres

O ainda campeo europeu regressa a uma final

Liga Europa Manuel Assuno
O Chelsea voltou a bater os suos do Basileia e vai disputar a final da Liga Europa com o Benfica, em Amesterdo
O Chelsea j disputou duas nais da extinta Taa das Taas e depois duas nais da Liga dos Campees, mas agora vai estrear-se no jogo do ttulo da Liga Europa. Ser tambm a primeira nal dos blues contra uma equipa portuguesa. No dia 25, o clube de Londres vai perder o seu reinado de campeo europeu, mas pelo menos ontem colocou-se em posio de vencer outra prova da UEFA, depois de voltar a derrotar o Basileia, desta vez em casa e por 3-1. Mas ter de ultrapassar o Benca para o conseguir. Victor Moses e o ex-benquista David Luiz, autores dos golos do triunfo na Sua na primeira mo (1-2 ), voltaram a facturar, j depois de Fernando Torres ter anulado a vantagem do Basileia, que tinha inaugurado o marcador atravs do egpcio Mohamed Salah no nal da primeira metade. Apesar do resultado agregado favorvel de 5-2 na meia-nal, a eliminatria chegou a estar lanada durante uma parte do jogo em Stamford Bridge, em Londres. O campeo suo entrou melhor no encontro e logo aos 51 segundos o capito Marco Streller cou em posio de colocar os visitantes na frente, mas chutou precipitadamente quando poderia preparar melhor o remate. As equipas dividiram as oportunidades no primeiro tempo, embora o nico lucro tenha sido do Basileia. Aos 9, Torres assistiu Frank Lampard, mas o internacional ingls acertou no poste da baliza defendida por Yann Sommer. Depois foi o prprio espanhol que, aps uma boa combinao com o belga Eden Hazard, rematou para uma boa interveno do guarda-redes suo. Streller, na sequncia de um cruzamento de Markus Steinhfer, disparou forte de primeira, com a bola a sair um pouco ao lado. E aos 30, na rea visitante, foi Ramires, outro jogador que vai reencontrar o Benca, quem desperdiou um lance que comeou com um toque de calcanhar soberbo de Hazard. Depois o perigo passou para a baliza de Petr Cech, que aos 39 teve de se aplicar perante Salah. O egpcio, contudo, no falhou na prxima oportunidade: servido por Valentin Stocker, atirou a contar nos descontos (45+1). O Basileia tinha de marcar pelo menos mais uma vez, mas a formao de Rafa Bentez, que j disputou (e ganhou) uma nal da Taa UEFA em 2003-04 ao servio do Valncia, valeu-se de uma entrada forte aps o intervalo para evitar surpresas. Torres, aos 50 e numa recarga depois de um remate de Lampard, marcou pela stima vez nos ltimos seis jogos europeus. Dois minutos depois, foi Moses que aproveitou um primeiro remate de Torres para bater Sommer. E no muito depois (57) surgiu a melhor nalizao da noite: David Luiz rematou de fora da rea com o p esquerdo e fez um grande golo. O Chelsea tornou-se o primeiro campeo europeu em ttulo a apurar-se para a nal da Liga Europa.

O portugus Andr VillasBoas, treinador do Tottenham, defendeu ontem que seria espectacular o regresso a Inglaterra de Jos Mourinho, actual tcnico do Real Madrid, lembrando que o compatriota tem uma histria fantstica neste campeonato britnico. T-lo de volta seria espectacular e uma grande aquisio para a Premier League, onde tem uma histria fantstica, sustentou VillasBoas. Iro

Toni admite abandonar o Tractor no final desta poca

Toni, treinador portugus do Tractor, dever abandonar o clube iraniano no final da poca, depois de ter praticamente assegurado o terceiro lugar no campeonato e a qualificao para a Liga dos Campees asitica de futebol. Ontem, o tcnico admitiu Lusa antecipar o regresso a Portugal, apesar de sublinhar que ainda no recebeu qualquer carta de despedimento. Espanha

Suspeita aps goleada ofende tcnico do Deportivo

O treinador do Deportivo da Corunha, Fernando Vsquez, disse ontem que o deportivismo est ofendido perante as suspeitas levantadas na goleada de 4-0 ao Levante, cujo jogo estar sob investigao da Liga de futebol. No fizemos nada de especial, referiu o treinador da equipa galega, na qual jogam os portugueses Pizzi, Bruno Gama, Slvio, Nlson Oliveira, Andr Santos, Diogo Salomo e Z Castro.

Vtor Pereira acredita que o ttulo j no ir escapar ao rival Benfica

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 45

JOS SARMENTO MATOS

SBADO

Ricardo Santos estreia-se em 11. na China

Golfe Rodrigo Cordoeiro
Portugus esteve em bom plano no primeiro dia, com uma volta inaugural de 70 pancadas no Volvo China Open
Ricardo Santos comeou a sua participao no Volvo China Open em bom plano, com uma volta inaugural de 70 pancadas ao campo Binhai Golf Club (Par 72), em Tianjin, 130 quilmetros a sudeste de Pequim. O que lhe deu o 11. lugar, empatado com 14 jogadores. Quatro pancadas separam-no do lder isolado o holands Robert-Jan Derksen (66) e apenas duas do trio de segundos classicados, composto pelo tailands Kiradech Aphibarnrat, o francs Raphal Jacquelin e o australiano Brett Rumford, todos com 68. O portugus, que ocupa a 31. posio na Corrida ao Dubai, a ordem de mrito do European Tour, procura regressar aos bons resultados depois de ter falhado o cut nos seus ltimos trs torneios em Nova Deli, Malsia e Valncia. A volta de ontem um primeiro passado nesse sentido. A jogar as duas primeiras voltas num grupo com o australiano Mark Brown (75 a abrir) e o chins Yi Cao (78), Santos teve um bom incio, com birdies nos buracos 2, 3 e 6 que o deixaram com 3 abaixo do par. No entanto, jogou o resto do percurso em 1 acima do par, com dois bogeys (no 9 e no 13) contra s mais um birdie (18). Robert-Jan Derksen, o comandante, no consegue nenhum top 10 h mais de dois anos e no vence h mais de oito, ele que soma dois triunfos no circuito europeu Dubai Desert Classic de 2003 e Open da Madeira de 2005. No seu encalo directo, Raphal Jaquelin e Brett Rumford mostram-se em grande forma, tendo o primeiro vencido o Open de Espanha h duas semanas e o segundo o Ballantines Championship (Coreia do Sul) domingo passado. Uma das atraces do Volvo China Open o chins Wo-cheng Ye, que, com 12 anos e 242 dias, tornouse ontem o mais novo de sempre a competir numa prova do European Tour, superando assim o seu compatriota Tianlang Guan, com 13 anos e 177 dias.

fugas.publico.pt Disponvel em formato digital Publico.pt/digital/assinaturas

Capa

Gasto Elias vai agora defrontar o suo Stanislas Wawrinka

Elias tambm quarto-finalista no Portugal Open

Tnis Pedro Keul
Jogador portugus eliminou o uzbeque Denis Istomin, 50. do ranking mundial, em pouco menos de duas horas
Joo Cunha Silva (em 1992), Nuno Marques (1995), Frederico Gil (2006, 2008 e 2010), Rui Machado (2010), Joo Sousa (2012) e Gasto Elias. O tenista nascido h 22 anos nas Caldas da Rainha o sexto tenista portugus a atingir os quartos-denal do Portugal Open. Ao obter a segunda vitria consecutiva sobre um top 50 no Jamor, Elias conrmou igualmente o estatuto de nmero um portugus no prximo ranking ATP; no torneio luso, ainda quer mais. Sem dvida que um orgulho muito grande fazer parte desse leque de portugueses a chegar aos quartos. Tenho de aproveitar a onda e tentar ir mais longe, frisou Elias (113. ATP) aps eliminar o uzbeque Denis Istomin (50.), por 3-6, 6-1 e 6-4, em pouco menos de duas horas. Aps um primeiro set dominado por Istomin, o tenista portugus aproveitou o maior nmero de apoiantes nas bancadas para reagir e soltar o seu tnis. Tudo estava bem encaminhado quando, no terceiro set, liderou por 4-3, cometeu duas duplas-faltas e sofreu o break, mas emendou de imediato e serviu para fechar. Comecei um pouco nervoso, no to agressivo, ao contrrio do Denis. No segundo set, o primeiro jogo foi muito importante, pois recuperei de 0-40 e esse talvez tenha sido o ponto de viragem. A partir da, tive o controlo dos pontos e do jogo. Mesmo quando perdi o servio no nal do set, estive conante porque sabia que tinha o ascendente no encontro, esclareceu Elias, para quem os recentes resultados esto assentes na melhoria do seu jogo defensivo. Saa dos pontos muito rapidamente e como estou mais forte sicamente, aguento-me mais tempo no ponto, explicou. Hoje, s 13h50, Elias defronta o segundo jogador mais cotado do torneio, o suo Stanislas Wawrinka (16.) que se estreou ontem no Portugal Open cou isento da ronda inicial com uma dura vitria sobre o espanhol Albert Ramos (57.), s concretizada ao m de uma hora e 45 minutos: 1-6, 6-3 e 6-4. Vamos ver se desta que ele paga um jantar. um pouco forreta, brincou Pedro Sousa. Nem o nmero trs portugus nem Frederico Gil puderam acompanhar a exibio do compatriota, pois estavam a discutir um lugar nas meias-nais de pares com Fabio Fognini e Daniele Bracciali. Mas Fognini desequilibrou o encontro a favor dos italianos, que venceram, por 6-3, 6-4. A fechar a jornada, o nmero trs da lista de favoritos, o italiano Andreas Seppi (18.) ganhou o primeiro encontro no Jamor, derrotando o colombiano Alejandro Falla (65.), por 6-4, 6-0. No torneio feminino, Anastasia Pavlyuchenkova (19.) deu um passo importante rumo nal ao vencer a tambm russa Elena Vesnina (28.), por 6-3, 6-7 (3/7) e 7-6 (7/3). A adversria de hoje (10h25) da pupila de Martina Hingis a sua Romina Oprandi (53.).

Animao turstica Lisboa e Porto como nunca as tnhamos visto antes

Passeio

Vila Velha do Rdo Portas e varandas do Tejo Epic Sana Algarve Um pico na natureza algarvia
Dormir

46 | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Os artigos publicados nesta seco respeitam a norma ortogrfica escolhida pelos autores

ESPAOPBLICO
EDITORIAL

Bons exemplos, contas amargas

A Europa continua presa no labirinto da sua indeciso e a evitar estratgias consequentes
como se os lderes europeus tivessem aderido a uma nova religio: a do crescimento e do combate ao desemprego. A homilia faz-se ouvir em todos os horizontes do continente. Em Bruxelas, o novo primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, ouviu uma resposta meramente consoladora do presidente da Comisso Europeia, Duro Barroso, aos seus apelos para uma estratgia europeia contra o pesadelo do desemprego jovem. Em Lisboa, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, honrou a sua reputao de homem de dilogo ao aplaudir ao mesmo tempo a austeridade de Passos Coelho e a defesa do crescimento de Antnio Jos Seguro. Somos o bom exemplo, disse Rompuy. Na prxima fase todos teremos que pensar mais no

crescimento e no emprego, acrescentou. Onde ca a prxima fase? Ningum sabe. Porque as belas frases parecem colidir continuamente na barreira das contas amargas. Letta regressou a Roma para encontrar um relatrio preocupante da OCDE sobre a economia italiana. Passos Coelho prepara-se para apresentar hoje mais cortes. E aos belos gestos parece estar reservado um destino idntico. Mario Draghi, presidente do BCE, anunciou a descida para um novo mnimo histrico das taxas de juro. Mas o prprio Draghi teme que a medida no venha a ter efeitos reais na economia. Tal como os apelos ao crescimento que no se traduzem em estratgias efectivas, tambm esta mexida nas taxas de juro no chega para reanimar a economia. E a pergunta continua a ser a mesma: por que no segue o BCE o exemplo de outros bancos centrais, como a Reserva Federal norte-americana? Noutra dimenso, poder-se-ia perguntar: por que que uma preocupao comum com o desemprego no se traduz em polticas concretas? E por quanto tempo poder a Europa permanecer bloqueada no labirinto das suas indecises?

Nos EUA a loucura das armas continua

ma menina foi morta a tiro pelo irmo, em Cumberland, Kentucky. No foi nenhuma vingana nem um ajuste de contas, porque a menina tinha dois anos e o rapaz cinco (ver pg. 23). Foi aquilo a que o mdico legista resolveu chamar um acidente estpido como tantos outros. Mas o mdico legista no escolheu bem as palavras. Se o menino tivesse recebido de presente uma bicicleta ou mesmo uma arma de plstico, a irm estaria viva. Mas recebeu uma arma verdadeira. E estava carregada. E ele, naturalmente, quis experiment-la. mais um episdio inominvel na velha saga americana da posse de armas a todo o custo. Mesmo com acidentes destes, os americanos continuam a incentivar a posse de armas a menores. H at espingardas cor-de-rosa para as meninas e nada garante que uma qualquer delas no sirva para matar, certamente noutro acidente estpido, mais crianas. Abriro algum dia os olhos os fanticos do armamento?

CARTAS DIRECTORA
Ftima Felgueiras???
Fiquei indignado, confesso, quando soube que o PS convidou Ftima Felgueiras para ser candidata Assembleia Municipal de Felgueiras para as eleies autarquicas de 2013. No h dvida de que para o PS, como para os outros, a honestidade, a rectido, o carcter, o amor verdade, a existncia de escrpulos, o ser incorruptvel e a no-fuga justia (no esquecer que Ftima Felgueiras fugiu para o Brasil) so valores que nada valem. Ftima Felgueiras at j foi expulsa do PS, mas para o PS, como agora se v, a lgica da poltica igual do futebol mais mesquinho, isto , o importante ganhar, sem levar em considerao os mtodos utilizados. Como que a pensar desta forma ser possvel ao PS, uma vez governo, valorizar os valores das pessoas e colocar Portugal a ser governado por pessoas honestas e tecnicamente capazes? Pobre Portugal! Infelizmente, no tens ningum que seja capaz de te governar com verticalidade. Os que o seriam no tm coragem nem esto dispostos para tal, ou por medo ou, principalmente, porque a politica tem estado entregue, h vrios anos, aos incompetentes e, por tal facto, no querem comparaes. Manuel Morato Gomes Senhora da Hora a nota, devolvia o troco e isto repetido e executado com tal mestria que no m abandonava o estabelecimento com o artigo e com mais dinheiro com que entrara. No pensem que o meu lamento no vos poder ensinar a habilidade, pois apesar de atravessarmos uma poca de necessidades, sei que quem me l seria incapaz de cometer tal desonestidade. O que me fez recordar tal habilidade simplesmente a situao que pensionistas e funcionrios pblicos estarem sujeitos a uma safadeza semelhante. que o Governo, em to pouco tempo, inventou o subsdio de Natal em duodcimos e logo de seguida converteu-o em duodcimos mas de frias. Como se no bastasse, so as mudanas contnuas no calendrio de acordos concertados e as ameaas de alteraes com efeitos retroactivos em direitos adquiridos, fazendo-me temer o pior. Ou seja, tal como o comerciante do incio desta carta, antevejo que no m, e com as contas j fechadas, o mais certo ser sermos tambm vtimas de tanta trapalhice. Ser que esta gente tem prazer em castigar quem no merece? Jorge Morais, Porto

O PBLICO ERROU
No trabalho publicado ontem com o ttulo Enfermeiros querem ser os primeiros a avaliar utentes nos centros de sade, o actual rcio de um enfermeiro e meio por cada mdico em Portugal (como est no grco) e no cinco, como se refere no artigo, por erro. Alm disso, a localidade dos Aores onde arrancou uma experincia-piloto de criao de gura de enfermeiro de famlia Vila Franca do Campo e no Vila do Campo.

As cartas destinadas a esta seco devem indicar o nome e a morada do autor, bem como um nmero telefnico de contacto. O PBLICO reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos no solicitados e no prestar informao postal sobre eles. Email: [email protected] Contactos do provedor do Leitor Email: [email protected] Telefone: 210 111 000

Finrios
Gostaria imenso de contar aqui uma habilidade que ouvi h muitos anos e que resumidamente, pois no me consigo lembrar com exactido mas tratava-se de um indivduo que entrava num estabelecimento e no acto de pagamento dava uma nota ao comerciante, recebia o troco, voltava a devolver o artigo, recebia

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 47

Desaparece, idiota, disse Sarkozy...

Quem conta um conto

de Eon constitua uma interferncia na sua liberdade de expresso, mas que estava prevista na lei e era legtima, j que visava proteger a reputao de terceiro, pelo que s havia que apurar se tal interferncia era necessria numa sociedade democrtica. E para o TEDH aquilo que para as instncias nacionais francesas constitua a prova da culpabilidade de Eon o facto de ser um militante poltico que dias antes fora derrotado na sua luta em defesa de uma famlia turca era, pelo contrrio, a prova do carcter poltico da expresso utilizada e da desnecessidade da sua supresso numa sociedade democrtica. Sendo certo que Eon ao utilizar a expresso em causa tinha optado por exprimir a sua crtica sob a forma de uma impertinncia satrica; e a stira, como forma de comentrio social e de expresso artstica, dada a deformao e o exagero que a caracterizam, visa exactamente provocar e agitar, pelo que qualquer interferncia na mesma deve ser analisada com especial cuidado, de forma a evitar um efeito dissuasor sobre tais intervenes que podem ter um importante papel numa sociedade democrtica. E, assim, o TEDH considerou que a condenao penal de Eon, embora numa pequena multa, constitua uma violao da liberdade de expresso consagrada na CEDH.

Francisco Teixeira da Mota Escrever direito

stvamos em Fevereiro de 2008. Nicolas Sarkozy era Presidente da Repblica Francesa e estava numa visita ocial ao Salo da Agricultura. Como todos os polticos que se prezam, ia distribuindo sorrisos e apertos de mo. Um dos visitantes recusou apertarlhe a me e disse-lhe: No me toques. Sujas-me! (Ne me touche pas, tu me salis!). Sarkozy rosnou: Desaparece, idiota ! (Casse-toi alors, pauvre con!). Este curto dilogo poltico entre governante e governado foi lmado e correu mundo na altura. Passados cinco anos, ganhou, de novo, actualidade, graas ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH), que se debruou, no passado dia 14 de Maro, sobre esta rplica de Sarkozy na sua deciso no caso Eon c. Frana. Herv Eon era um cidado francs que, cerca de seis meses depois da breve troca de palavras referida, decidiu aproveitar a ida de Sarkozy a Laval para exibir um pequeno cartaz sua passagem com a mesma expresso: Casse toi povcon!. Foi imediatamente interpelado por polcias e, posteriormente, levado a julgamento pelo Ministrio Pblico, pelo crime de ofensa ao Presidente da Repblica. Foi julgado pelo Tribunal de Grande Instncia de Laval que, na sentena, fez as seguintes consideraes: (...) No dia da visita do Presidente (...) Eon ( ... ) achou uma boa ideia exibir um cartaz em que estava escrita uma cpia, servida a frio, de uma clebre rplica e inspirada por uma afronta imediata. Se o ru no tivesse tido a inteno de ofender, mas apenas a inteno de dar uma lio de boa educao incongruente, no teria deixado de, no cartaz, fazer preceder a frase Desaparece, idiota! por uma frmula do tipo No se diz:.

E acrescentou o tribunal de Laval: Ao fazer estritamente sua a rplica, o ru no pode validamente sustentar que no tinha a inteno de ofender. A questo de dois pesos, duas medidas, evidentemente subjacente, no se coloca, j que a lei protege a funo de Presidente da Repblica e o senhor Eon no pode ter a pretenso, como simples cidado, de ser tratado de igual para igual. O crime de ofensa ao Presidente da Repblica est assim perfeitamente caracterizado. E Eon, dados os seus 450 euros de rendimento mensal, foi condenado numa pena de multa de 30 euros, suspensa na sua aplicao. Nem Eon nem o Ministrio Pblico caram contentes, tendo ambos recorrido para o Tribunal de 2. Instncia de Angers, que, no entanto, conrmou a sentena da 1. instncia. Para este tribunal de recurso, dvidas no existiam do carcter ofensivo da expresso em causa, sendo certo que Eon no podia invocar qualquer boa-f, j que era um militante socialista de longa data que tinha perdido, dias antes, a luta que travara em defesa de uma famlia turca que se encontrava em Frana em situao irregular e que acabara por ser expulsa. No entender do tribunal de recurso, estes factos e a prpria natureza da expresso utilizada no cartaz revelavam uma premeditao incompatvel com a falta de inteno de ofender ou qualquer boa-f. Acrescia, ainda, o facto de Eon se ter recusado a pedir desculpas. O caso foi parar ao TEDH. Eon queixouse de ter sido violada a sua liberdade de expresso consagrada na Conveno Europeia dos Direitos Humanos (CEDH). O Estado francs, pelo seu lado, defendeu a justeza da condenao de Eon, j que ofendera o Presidente da Repblica com expresses que em nada contribuam para um debate de interesse pblico e a condenao tinha sido extremamente moderada. O TEDH considerou que a condenao

O debate politico tambm inclui a stira e a provocao

Miguel Esteves Cardoso Ainda ontem

omearam ontem a circular as novas notas de cinco euros. Vm mesmo a calhar. Estvamos todos fartos das velhas, a que antigamente chamvamos notas de um conto de ris. Simpaticamente, o Banco de Portugal emitiu um PDF aliciante chamado Fique a conhecer a nova nota de 5 euros. Pouparam-nos um ponto de exclamao, graas conteno. Gastou-se uma fortuna no s a desenhar como a imprimir as novas notas de conto. Parece que se est a falar de um papel ertico: Toque e sinta a nota. O papel rme e ligeiramente sonoro. Ou de uma obra de arte: Observe a nota contra a luz. Torna-se visvel uma imagem esbatida, que apresenta os algarismos representativos do valor da nota e uma janela. Note-se que estas dez ltimas palavras reduzem-se a um nico carcter: 5. Nos Elementos novos gaba-se que no lete de segurana da nova nota v-se o smbolo do euro (), ao passo que no lete de segurana das notas da primeira srie gura a palavra EURO. Vejam s, que selvagens e literais que ns ramos. E no s: Na nova nota, o holograma inclui tambm um retrato da Europa e uma janela. lindo. Mais: O nmero brilhante no canto inferior esquerdo apresenta um efeito luminoso de movimento ascendente e descendente. Dependendo do ngulo de observao, o nmero tambm muda de cor, passando de verde-esmeralda a azulescuro. como o mar, descrito por um mau crtico de arte, a nova nota de conto. S pena no dar para comer um bitoque.

Advogado. Escreve sexta-feira [email protected]

BARTOON LUS AFONSO

48 | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Nem consenso, nem dissenso, isto mais sonsenso

Jos Manuel Fernandes Extremo Ocidental
Em Portugal procuram-se acordos sem querer discutir nada de essencial. Talvez porque no se sabe o que mesmo essencial
o se preocupem. Anal estamos todos de acordo. O que preciso dar prioridade ao crescimento e ao emprego. A austeridade uma coisa do passado, ou quase do passado. No fossem alguns teimosos a Merkel, o Gaspar e j estaramos de novo no paraso. At o Cavaco voltaria a ser bem-amado. Numa altura em que tanto se fala de consenso, este o consenso vigente. Basta ler os jornais e olhar para as televises. S no se percebe por que continuam todos a gritar uns com os outros, a trocar cartas de amor e desamor e a dar murros na mesa. Talvez porque as aparncias iludem, e porque todo este discurso sobre o consenso no passa de uma iluso. De uma dupla iluso. Primeiro, a de que sabemos do que falamos quando falamos de crescimento e emprego. Depois, a de que o melhor da poltica a convergncia, a unio, o sermos todos muito amigos e estarmos todos de mos dadas. UM DOS PRIMEIROS alapes do consenso sobre o crescimento e o emprego a ideia de que se houver mais crdito na economia haver mais investimento e mais desenvolvimento. esse o ponto comum entre as propostas do ministro da Economia e as apresentadas no Congresso do PS. um consenso simptico, no magoa ningum, mas que esbarra em duas diculdades. Por um lado, Portugal teve crdito abundantssimo durante os dez anos sem crescimento que antecederam a crise. Nessa altura no foi por falta de dinheiro que no houve bons investimentos, antes foi por abundncia de dinheiro que se realizaram investimentos desastrosos e se estimulou o consumo at nveis que levaram aos actuais nveis de endividamento pblico e privado. Por outro lado, os bancos, cujo negcio emprestarem dinheiro, tm referido que faltam boas propostas de investimento, e ainda no os vi serem desmentidos. Ou seja, h consensos que pouco nos adiantam, pois seguem o caminho fcil de tentar agradar a todos. So consensos moles que no levam a parte alguma, ou ento levam de regresso aos hbitos desastrados das ltimas dcadas. So consensos que no nos servem. H UM OUTRO TIPO de consenso que tambm tem vindo a fazer o seu caminho. o que coloca a resoluo de boa parte dos nossos problemas no em Lisboa, mas em Berlim e em Bruxelas. o consenso que diz que no est nas nossas mos a soluo dos problemas que enfrentamos, mas sim nas mos daqueles com quem temos de renegociar os nossos compromissos. Se olharmos para as propostas sadas do congresso do PS, vericamos que a maioria delas depende ou da boa vontade dos nossos credores ou de mudanas radicais e pouco provveis de polticas europeias. Uma parte do discurso do Presidente no 25 de Abril tambm foi por esse caminho e o PS at o teria aplaudido se no tivesse reagido de forma to sobreexcitada rearmao por Cavaco daquilo que devia ser uma evidncia para todos os actores polticos: que ele no interromper a legislatura enquanto houver um governo com maioria parlamentar. Esta forma de criar consensos e fazer poltica no deixa de ser curiosa. Face s agruras do presente, promete-se um amanh radioso que no depende de ns mas de quem nos empresta o dinheiro de que continuamos a necessitar para salrios e penses. Tudo sem sequer tentar perceber se Berlim ou Bruxelas mostram a mais pequena vontade de nos fazer a vontade. um consenso fcil, sem custos polticos. MAS O MAIS ANGUSTIANTE em todo este debate sobre o consenso que ningum parece preocupado com o facto de no existirem sequer bases para construir esses desejados consensos. Nem para o consenso sobre o crescimento e o emprego, reivindicado pelo PS, nem para o consenso sobre a reforma do Estado, pedido pela maioria. No existem bases para os desejados consensos porque, na verdade, nem sequer conhecemos os pontos de partida, isso , as plataformas negociais do Governo e das oposies. No domnio das polticas de crescimento, por exemplo, de um lado e do outro parece existir acordo em que no ser possvel baixar os impostos num horizonte
DANIEL ROCHA

temporal curto, quando o acordo devia ser exactamente o contrrio, ou seja, que sem baixa da carga scal ser sempre difcil estimular o crescimento econmico, pelo que a discusso devia ser sobre como tornar possvel a descida de impostos. Mas no: com base na esperana de que o crescimento permita aumentar as receitas e, depois, diminuir os impostos, no se tomam as nicas medidas capazes de possibilitar esse mesmo crescimento. Isto sim uma espiral recessiva. MAIS SIGNIFICATIVO o que se passa com o tema da reforma do Estado. Na retrica, todos esto de acordo. Governo e oposio. Colunistas e senadores de todos os matizes. Mas muito poucos, ou nenhuns, dizem o que entendem por reforma do Estado. Apenas cruzam acusaes sobre o Estado mnimo e o Estado social. Em Portugal (mas no s, no s) h a ideia de que tudo um problema tecnocrtico ou, ento, um problema de abusos. De que os problemas dos sistemas de ensino ou de sade se resolvem com uma melhor gesto ou com o m dos privilgios. esquerda ou direita poucos pem em causa os modelos existentes e quase ningum diz aquilo que devia ser bvio: sem questionarmos esses modelos no seremos capazes de realizar os cortes estruturais na despesa que todos parecem reclamar at mesmo os que barafustam contra o m do Estado social. QUANDO FALAMOS de questionar os modelos existentes falamos de discutir o actual equilbrio entre o que responsabilidade do Estado e o que responsabilidade dos cidados e das famlias. No nosso modelo actual existe a ideia subjacente de que tudo responsabilidade do Estado. E o que ainda no (como a compra de medicamentos

ou de livros escolares), um dia h-de ser. No custa a perceber que assim a despesa pblica em funes sociais s pode continuar a subir de forma exponencial. Mesmo os melhores gestores do mundo s conseguiriam conter esse crescimento, no invert-lo. Reformar o Estado tem pois de passar por saber que peso e funo deve ter o Estado em todas as reas sociais. E onde deve haver um maior envolvimento dos cidados e das famlias. Quer atravs de mais liberdade de escolha, quer de novos sistemas de nanciamento das funes sociais. No entanto, qual a posio do PSD sobre, por exemplo, a liberdade de escolha na Educao? E a do PS? E o que pensam esses partidos de seguros de sade inspirados no modelo da ADSE? Nada. Quando muito pensam o que pensa o responsvel do momento para essa rea. O mesmo podemos dizer de 99% dos comentadores que enxameiam o espao pblico. Todos pedem a reforma do Estado, ningum diz o que entende por isso. Por medo, por ignorncia ou por conformismo. NUMA DEMOCRACIA menos histrica do que a nossa no estaramos a discutir o consenso. Ou pelo menos no discutiramos o consenso pelo consenso. Estaramos, isso sim, a negociar e a tentar chegar a acordos equilibrados. Os partidos negociariam a partir de posies que lhe conheceramos com antecedncia. Cederiam numas coisas, ganhariam noutras. Fariam compromissos algures a meio caminho porque conheceriam o seu ponto de partida. Mas no. O nico ponto de partida dos partidos portugueses o de agradarem ao maior nmero possvel de eleitores, por isso tudo o que aceitarem em tempos difceis ser para eles uma perda. De votos. E depois de lugares. Neste quadro, o consenso acaba facilmente por se transformar na razo de dissenso. Basta pensar no discurso do Presidente. Antes de comear a falar, as bancadas da maioria tremiam de ansiedade; quando comeou a falar, percebeu-se que, sempre que dava uma no cravo, acrescentava outra na ferradura, mas s estas eram recebidas com palmas; no nal, as palmas de uma maioria antes ansiosa tinham irritado a tal ponto o PS que este decretou o m do consenso exactamente quando o Presidente o tentava. E este, que enviara recados em todas as direces, ainda no deve ter percebido bem o que lhe aconteceu. Tudo isto mostra at que ponto a retrica do consenso antes de tudo o mais fruto de tempos que mais propriamente poderamos chamar de sonsenso. Ou de sonsice. Jornalista. Escreve sexta-feira [email protected]

Algum conhece as propostas sobre a reforma do Estado do PS, do PSD ou do CDS? Ento querem consensualizar o qu?

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | 49

O Dia do Trabalhador

oi, realmente, o dia dos desempregados. Porque provvel que, nas manifestaes da UGT e da Intersindical, houvesse mais desempregados, que vivem nas maiores diculdades e muitas vezes com fome, do que trabalhadores. E isto no s em Lisboa mas por todo o pas. A insensibilidade moral deste malfadado Governo, cada vez mais indiferente ao povo, cujos ministros, agarrados ao poder, como as lapas s rochas, no podem sair rua, apesar de rodeados de seguranas, sem serem vaiados, uma situao verdadeiramente alarmante, intolervel e a que nunca tnhamos assistido antes. Que pensam o primeiro-ministro e os ministros e secretrios de Estado quanto ao futuro? Certamente julgam que vo poder fugir para o estrangeiro, porventura bem providos com o dinheiro que amealharam, enquanto o tiraram ao povo? Ao mesmo tempo, foram conscientemente destruindo a classe mdia. O Paulinho das feiras pensar que to responsvel ou mais do que os outros ministros do Governo a que pertence, que pode voltar a dar beijinhos s peixeiras e a fazer-lhes promessas? Julgar que as mulheres dos mercados e das feiras so parvas? E que continuaro a acreditar nele, quando aceitou todas as humilhaes que o primeiro-ministro lhe fez e nunca teve coragem para se demitir do Governo? Porque as ameaas so palavras. No so actos, e, esses, nunca teve coragem de os praticar... No dia em que os desempregados e os trabalhadores se manifestaram em nome das duas centrais sindicais, o primeiroministro, com a desfaatez absoluta que o caracteriza, falava televiso, acusando os seus adversrios de demagogia. Ele, o grande demagogo, que cada vez que fala diz coisas diferentes e que tem prometido tudo e o seu contrrio, ignorando os milhares de portugueses mulheres

Debate 1. de Maio Mrio Soares

e homens que tm fome e alguns, infelizmente, so obrigados a ir buscar alimentos aos caixotes do lixo e outros a emigrarem, em busca de trabalho, as crianas que tm fome, quando no vo s escolas, os doentes que no tm dinheiro para chegar aos hospitais que restam e para pagarem o que agora lhes impem? Em que pas vive este homem que ignora as pessoas, s sabe e mal falar de dinheiro e s diz aos portugueses coisas contraditrias em que j ningum de bom senso acredita? Ser que, sendo assim, ainda algum responsvel o pode respeitar ou sequer tomar a srio quanto ao que diz? No provvel. Faa o que lhe gritou o povo: Est na hora, est na hora, de o Governo se ir embora. Enquanto tempo. Tenha vergonha! A nica pessoa que lhe disse para car e ao seu desacreditado ministro das Finanas foi o Presidente da Repblica que nunca gostou de si, nem o Senhor dele, como toda a gente sabe... No ignora, seguramente, que o seu partido, na sua esmagadora maioria, no gosta de si e no esquece isso, porque muitos o dizem continuamente e sem medo. Os seus ministros no se entendem entre si, como se tem visto ultimamente. Comeam alguns a dizer isso, abertamente, e sem medo. Sabem que o Senhor no tem ningum, com um mnimo de crdito,

DANIEL ROCHA

provvel que, nas manifestaes da UGT e da Intersindical, houvesse mais desempregados, que vivem nas maiores dificuldades e muitas vezes com fome, do que trabalhadores

para os substituir. Por isso s foi capaz de mudar alguns secretrios de Estado, porque pensam que o ttulo lhes dar algum prestgio. So jovens e ingnuos. o contrrio que os vai marcar, com um ferrete ignbil... O Governo est paralisado h muito tempo. No tem rumo nem sabe o que quer e o que faz. Passos Coelho, agora, diz que a alternativa abandonar o euro. Quem tal diria? O ministro das Finanas, Vtor Gaspar, prepara-se para destruir mais 208 mil empregos at ao prximo ano. Para qu? Ao que parece, para agradar troika, da qual depende. Ao que diz o jornal PBLICO, o Governo prepara-se para lanar em 2014 o maior corte na despesa social de que h registo.

de loucos. E h quem pense que este Governo, anticonstitucional, est a destruir o pas, o Estado social e a democracia, como evidente, legtimo porque foi eleito. Esquecer, essa luminria, que Hitler e Mussolini tambm foram eleitos e isso no os impediu de produzir os estragos que so conhecidos? Como gritou o povo no dia do desemprego: Est na hora de o Governo se ir embora. E nesse dia, que espero, para bem de todos, que no tarde, haver uma exploso de alegria pacca como sucedeu com a Revoluo dos Cravos. Se assim no for, rapidamente, estamos mal... E o Governo, pior. Presidente da Repblica de 1986 a 1996

50 | INICIATIVAS | PBLICO, SEX 3 MAI 2013

Coleco Grandes Vozes Americanas. Dos EUA para o mundo

DR

Msica
Louis Armstrong Volume 1 Tera-feira, 14 de Maio Por apenas + 3,90

O LBUM
Nascido em Nova Orlees, em 1901, Louis Armstrong considerado como um dos artistas mais influentes em termos musicais no incio do sculo XX. A sua voz nica, o seu carisma em palco e, sobretudo, a forma como tocava o trompete, o seu instrumento de eleio, fizeram com que se tornasse num figura incontornvel no s do jazz mas da msica popular a nvel mundial. No primeiro volume da coleco pode recordar temas como Dream A Little Dream Of Me, La Vie En Rose, When The Saints Go Marching In ou Mack The Knife.

O PBLICO presta homenagem a 16 dos mais famosos artistas americanos de sempre, cujas vozes podiam ser consideradas patrimnio da humanidade
Dizia Tony Bennett, que os artistas americanos so os melhores artistas do mundo. A armao est longe de ser imparcial, uma vez que o cantor norte-americano a que dedicado o quinto volume da coleco Grandes Vozes Americanas bem conhecida, mas o certo que de facto, no incio do sculo passado os Estados Unidos, serviram de bero a um conjunto de cantores que conquistaram um lugar de destaque na histria da msica e cuja voz pode ser quase considerada patrimnio de humanidade. A coleco, que o PBLICO agora edita, presta pois homenagem a 16 desses artistas. Cada volume da coleco composto por um booklet com textos de jornalistas e crticos de msica que relembram episdios da vida pessoal e prossional de cada intrprete, reectindo sobre as inuncias musicais que os ajudaram a compor sua obra, bem como por um CD que recupera al-

AGENDA
Sbado, 4 Gerao 25 Abril, 3 vol, ep. 5 e 6 10 artistas nascidos depois do 25 de Abril, em 5 livros/DVD inditos Quarta, 8 14. vol., Arame Farpado na Pradaria Coleco Lucky Luke 15 lbuns das primeiras e mais emblemticas aventuras do heri. Sexta, 10 10. DVD, Os Famosos e os Duendes da Morte, por Esmir Filho Coleco psilon, Novos Talentos da Realizao 10 DVD com grandes filmes de uma nova gerao de realizadores.

guns dos maiores sucessos de cada artista, extrados dos seus lbuns mais emblemticos. Louis Armstrong, o Sr. Jazz, intrprete de temas como What a Wonderful World, Stardust e La Vie en Rose, foi o msico escolhido para inaugurar a coleco mas nesta dream team seleccionada pelo PBLICO no poderiam faltar ainda artistas como Tony Benett, Fred Astaire, Bing Crosby, Nat King Cole e

os membros do famoso Rat Pack: Dean Martin, Sammy Davis, Jr. e, claro, Frank Sinatra, o homem a que a imprensa denominou como The Voice. Mas no s de vozes masculinas se faz esta coleco. A Sassy Sarah Vaughan a primeira cantora chamada ao palco no terceiro volume da coleco mas todas as grandes senhoras do jazz e da cano americana marcam presena no seu

alinhamento desde Billie Holiday a Judy Garland, passando por Nina Simone, Etta James, Anita ODay, Dinah Washington ou Ella Fitzgerald, the First Lady of Song. A coleco Grandes Vozes Americanas , pois, uma compilao nica que passeia pela vida e obra dos grandes artistas clssicos americanos, que com sua voz, sensibilidade e talento ajudaram a redenir a histria da msica.

Ganadeiros e agricultores incendeiam a pradaria

PONTOS DE VENDA
Lojas PBLICO Lisboa Edifcio Diogo Co Doca de Alcntara-norte 1350-352 Lisboa (Junto ao Museu do Oriente) horrio: Seg. a Sex., das 9h s 19h, sb., das 11h s 17h Telf: 210 111 010 Centro Comercial Colombo Piso zero. Horrio: seg. a dom., das 10h s 24h Avenida das ndias, junto Praa Central Mulembeira II Centro Comercial Portela, Lj 33, 2685 Loja online http://loja.Publico.Pt/ /

Banda Desenhada
Arame Farpado na Pradaria 14 lbum da coleco Lucky Luke Quarta-feira, 8 de Maio Por apenas + 4,95

Felps um agricultor que est empenhado em ver crescer vegetais nas suas terras. Cass Casey um criador de gado que se entretm a conduzir as suas manadas atravs dos campos cultivados. a luta aberta entre ganadeiros e agricultores pela hegemonia da terra no Oeste americano. Furioso, Felps pede a Lucky Luke que o proteja do seu adversrio. Entretanto, o conito sobe de tom quando decide erguer arame

farpado em torno das suas terras, um gesto que considerado como a suprema provocao pelos criadores de gado e vaqueiros. O clima de guerra aberta entre as duas faces e o heri ter de usar toda a sua diplomacia para reconciliar os dois bandos. Arame Farpado na Pradaria , com argumento de Ren Goscinny e desenho de Morris, o 14 lbum da coleco Lucky Luke, que estar venda na prxima semana. Esta histria surgiu pela primeira vez na revista Spirou no ano de 1965, tendo sido publicada em lbum no ano imediatamente a seguir.

Sem as parvoces dos Dalton, a estupidez de Rantanplan e as confuses provocadas pelos ndios, poderia pensar-se que esta aventura estaria condenada a ser um episdio menor na histria da srie. Para mais, as situaes, , sempre c-

LUCKY COMICS 2013

micas e trepidantes, passadas nos saloons, esto tambm ausentes de facto, s quando a srie transita das ditions Dupuis (editora mais conservadora) para a Dargaud (passando a ser publicada na irreverente revista Pilote) que os autores tero mo livre para as incluir no enredo das histrias. Sem esses recursos, a dupla Goscinny-Morris optou por desenvolver uma srie de situaes divertidas ou dramticas que mantm a dinmica narrativa da primeira ltima pranchas. Arame Farpado na Pradaria revela-se, assim, uma pequena obraprima da BD de humor, cuja leitura ser um prazer para todos.

PBLICO, SEX 3 MAI 2013 | INICIATIVAS | 51

Compre o novo lbum de Mrcia com desconto e oia o Streaming em psilon.pt
DR

Msica
Casulo, de Mrcia Novidade ms de Maio

Foi no Dia da Mulher, 8 de Maro, que Mrcia apresentou a primeira amostra do seu novo lbum Casulo. Em forma de celebrao, disse na altura, uma mo cheia de coisas que deixei nesta cano. Deixa-me ir foi o nome do single e o lbum est pronto a sair nestes primeiros dias de Maio. Com a ajuda do PBLICO. Primeiro, no pode perder o artigo de hoje no psilon nem esquecer-se de ouvir em streaming todas as msicas do novo lbum Casulo que esto exclusivamente no site do seu jornal. Paralelamen-

te, visite o Facebook do PBLICO e habilite-se a ganhar CDs autografados e bilhetes para o concerto de apresentao que acontecer no Cinema S. Jorge, em Lisboa, no dia

14 de Maio pelas 21 horas. Se no quiser perder tempo, pode ainda reservar o seu CD na loja online, por um preo promocional de 9,99 . Nascida Mrcia Santos, a cantora

perdeu o apelido no nome artstico quando encontrou Joo Paulo Feliciano e comeou a cantar nos Real Combo Lisbonense. Ex-estudante de pintura, deixou os pincis para trs e cimentou os conhecimentos de msica com os outros msicos. Na altura, subir para cima do palco era o

que mais a assustava, disse certa vez em entrevista ao jornal i. Acho que no me livro facilmente da timidez; aquela presso de sentir toda a gente a olhar para mim, explicou. Ainda assim, acalmo-me imenso com a minha voz, devo ter comeado a cantar por causa disso. O primeiro EP a solo chegou em 2010, lanado pela Optimus Discos. Numa das faixas do disco faz um dueto com JP Simes A Pele Que H Em Mim (Quando o Dia Entarteceu) que rapidamente se tornou num sucesso de vendas digitais e no YouTube, ultrapassado rapidamente a barreira do meio milho de visualizaes. O lbum surgiu no ano seguindo. Em D, Mrcia deu tudo mas tambm recebeu de volta, incluindo uma nova verso dA Pele Que H Em Mim.

O olhar de uma gerao, no terceiro volume da coleco Gerao 25 de Abril

Documentrio
Filipa Csar e Joo Onofre 3. Volume Episdios 5 e 6 Sbado, 4 de Maio Por apenas + 4,90

Se a coleco Gerao 25 de Abril, que o PBLICO agora edita, procurou reunir 10 olhares diferentes sobre a vida e a arte de 10 artistas nacionais nascidos depois da revoluo dos cravos, o olhar tem tambm um papel central na obra de Filipa Csar, uma das artistas cujo trabalho est em destaque no terceiro volume da coleco. Natural do Porto, cidade onde iniciou os estudos de Belas Artes, Fili-

pa Csar cedo descobriu no cinema um meio fundamental para o seu trabalho. Nos ltimos anos concentrou grande parte da sua pesquisa na relao entre a co e o documentrio, explorando as anidades e limites de ambas. atravs do cinema que aborda a relao entre observador e observado, por vezes atendendo dimenso comportamental no espao pblico, por vezes questionando o ecr-fronteira, arma o guionista Alexandre Melo no booklet do volume. O que so e signicam os olhares? Qual o ponto de vista certo? So algumas das perguntas levantadas pela artista que nos obriga a saber que somos responsveis pelo uso do nosso olhar e que a realidade que

DR

vemos e em que vivemos o produto do trabalho realizado pela nossa imaginao, a partir daquilo que lhe

oferecemos, conclui o guionista. Perante o percurso de Joo Onofre, cuja obra tambm explorada

no terceiro volume da Gerao 25 de Abril, em particular no episdio Ver a Escurido, fcil tambm surgirem perguntas. A primeira: como que com apenas 25 anos, conseguiu realizar a sua primeira exposio individual numa galeria em Chelsea, Nova Iorque? O documentrio Ver na Escurido apresenta algumas obras mais marcantes de Onofre, explorando o seus locais e metodologias de trabalho. Ressalta tambm a importncia que o vdeo assume na sua obra, bem como o cruzamento com uma dimenso performativa, que testa frequentemente os limites fsicos e emocionais dos intervenientes.

A adolescncia no dcimo volume da coleco Novos Talentos da Realizao

DR

Cinema Vera Monteiro

Os Famosos e os Duendes da Morte, por Esmir Filho 10. DVD Sexta-feira, 10 de Maio Por apenas + 1,99

Um jovem de 16 anos, residente numa pequena cidade rural do sul do Brasil, relaciona-se com o resto do mundo atravs da Internet. F de Bob Dylan, refugia-se em blogs e salas de chat, mas a chegada cidade de um misterioso rapaz que se assemelha ao seu dolo f-lo mergulhar

em lembranas e num mundo para alm da realidade. Realizado por Esmil Filho, Os Famosos e os Duendes da Morte baseia-

se no livro homnimo de Ismael Caneppele. Quando o li pela primeira vez, a poesia e a sensibilidade do texto me fascinaram, explica Es-

mir Filho. A histria era incrvel e mostrou-me o verdadeiro sentimento de ser um adolescente nos dias de hoje com o mundo virtual. Repleto de factos autobiogrcos do escritor, o lme desenrola-se no Sul do Brasil, durante o Inverno austral. Fui cidade nata natal [de Canepple] e a tup do se tornou realidade, re acrescenta o acr realizador. rea As persoA nagens nag fortes eae esttica do filme film acabaram por p valer a

Esmir Filhos trs prmios artsticos em festivais da Amrica do Sul, tendo ainda integrado a Seleco Ocial de Berlim, Locarno, So Paulo, Buenos Aires e Rio de Janeiro. Natural de So Paulo, Esmir Filho um bem sucedido realizador de curtas-metragens. A sua curta-metragem Alguma Coisa Assim conquistou o prmio para Melhor Argumento no Festival de Cannes em 2004 e ganhou o prmio para Melhor Filme no Festival de Biarritz. A sua curta-metragem mais recente, Saliva, foi seleccionada para a Semana Internacional da Crtica do Festival de Cannes, em 2007. Os Famosos e os Duendes da Morte a sua primeira longa-metragem.

S S N :

SEX 3 MAI 2013

ESCRITO O que tem sido acreditado por todos, e sempre, e em toda a parte, tem toda a probabilidade NA PEDRA de ser falso Paul Valery (1871-1945), poeta e ensasta francs

Uma parceria pblico-privada do sculo XVI

Casa da Moeda descoberta em Beja um antepassado das modernas PPP Local

O Inimigo Pblico Para passar a nova nota de 5 euros a escudos basta pr no micro-ondas

E se o Papa Francisco Governo quer reduzir no conseguir perdas de 500 mudar o Vaticano? milhes em swaps
Em entrevista, Eric Frattini diz que os primeiros sinais no so bons p28/29 Negociaes com trs bancos podem estender-se at segunda-feira p16

OPINIO

SOBE E DESCE
Oscar Cardozo
Ao marcar o segundo e o terceiro golos do Benfica na Luz, o avanado paraguaio abriu caminho nona presena dos encarnados numa final europeia. Cardozo foi decisivo primeiro ao desfazer a igualdade no jogo, aps o penalty convertido pelo Fenerbahe, e depois ao colocar o Benfica na frente da eliminatria. Foi o instrumento da reaco da equipa de Jorge Jesus que a conduziu a um mais do que merecido apuramento. (Pg. 42/43)

Como de costume
o desespero que o nosso melanclico atraso inspirava a toda a gente e a fria com que se tratavam os sucessivos partidos do liberalismo. Isto levou primeiro Repblica e, a seguir, a Salazar. Infelizmente, nada mudou substancialmente com a experincia. A Repblica preferiu fazer uma guerra intil contra a Alemanha e Salazar achava a pobreza um dom do Altssimo. Qual a razo ltima desta desgraa? O simples facto de que Portugal no tinha, e no tem, capital e um mercado domstico capaz de absorver e fundar uma expanso a srio. Mesmo o progresso supercial da segunda metade do sculo XIX (estradas, comboios, algum melhoramento dos portos) foi pago pela Inglaterra e a Frana e criou uma dvida colossal, que iria explodir
MIGUEL MANSO

Vasco Pulido Valente

o h ningum em Portugal que no pea crescimento: da direita esquerda e extremaesquerda. Mas, desde o m do sculo XVIII at hoje, e tirando uns 15 anos no m da Ditadura, a economia no cresceu ou no cresceu tanto como se esperava e era preciso. O pblico informado atribua geralmente a culpa desse perptuo fracasso organizao poltica do pas. Basta ler o que se escreveu sobre o assunto de 1820 para diante para constatar

em 1891-92. Resultado: a indstria portuguesa acabou por se refugiar em cantinhos protegidos pelo desinteresse internacional: tecidos de m qualidade, como por exemplo a chita, a construo civil e, em muito menor escala, as conservas de Setbal. E na agricultura, fora os cereais que o Estado indirectamente subsidiava e, como de costume, o vinho, a misria continuava. Nenhum destes negcios (e a mercearia por grosso) chegava infelizmente para sustentar aventuras de outra dimenso. Em 2013, a situao bsica permanece. Falta o capital no Estado, na banca e tambm na esmagadora maioria de empresas, que a custo sobreviveram crise. O mercado interno est na agonia, por causa do programa de austeridade que o Governo nos resolveu aplicar. E, como se isto no bastasse, a dvida aumenta e os juros so excessivamente altos. Coisa que no impede os peritos de recomendar, como alis sempre se recomendou, que se recorra putativa ajuda, aos fundos da Europa, ao BEI e, de quando em quando, mozinha caridosa do BCE. No se percebe que fruto traro estas patticas manigncias, excepto o de alimentar fraudulentamente a esperana dos portugueses. Depois do som e da fria da democracia, da sua ensima modernizao, Portugal voltou ao seu velho e lgubre destino.

Mario Draghi
Numa Europa sem respostas para a crise, o presidente do Banco Central Europeu continua a remar contra a mar. A deciso de baixar as taxas de juro para um novo mnimo histrico um testemunho dessa determinao, mas tudo indica que ser insuficiente. Ao BCE pedem-se medidas mais fortes. Draghi ter que demonstrar que est disposto a cumprir a promessa de agir. (Pg. 18/19)

Gasto Elias
O tenista das Caldas da Rainha juntou-se ontem ao clube restrito dos portugueses que j conseguiram chegar aos quartos-de-final do Estoril Open, onde figuram nomes como Cunha Silva, Nuno Marques ou Frederico Gil. Aps derrotar o uzbeque Denis Istomin (50. do ranking mundial), o tenista portugus enfrenta hoje uma das principais figuras do torneio, Stanislas Wawrinka. Chegar s meiasfinais j um triunfo para Gasto Elias, que quer contrariar o favoritismo do suo. (Pg. 45)

Herman Van Rompuy

O presidente do Conselho Europeu conhecido como um excelente construtor de consensos. Provou-o nesta visita a Portugal, ao encontrar pontes entre as posies de Passos e de Seguro. Mas essa capacidade de ligar o que parece antagnico tem um reverso. Se bem que Herman Van Rompuy tenha feito a defesa do crescimento e anunciado polticas para o emprego, no descola um milmetro do discurso da austeridade e mantm uma posio ambgua. (Pg. 6)

Contribuinte n. 502265094 | Depsito legal n. 45458/91 | Registo ERC n. 114410 | Conselho de Administrao - Presidente: ngelo Pauprio Vogais: Antnio Lobo Xavier, Cludia Azevedo, Cristina Soares, Miguel Almeida, Pedro Nunes Pedro E-mail [email protected] Lisboa Edifcio Diogo Co, Doca de Alcntara Norte, 1350-352 Lisboa; Telef.:210111000 (PPCA); Fax: Dir. Empresa 210111015; Dir. Editorial 210111006; Agenda 210111007; Redaco 210111008; Publicidade 210111013/210111014 Porto Praa do Coronel Pacheco, n 2, 4050-453 Porto; Telef: 226151000 (PPCA) / 226103214; Fax: Redaco 226151099 / 226102213; Publicidade, Distribuio 226151011 Madeira Telef.: 934250100; Fax: 707100049 Proprietrio PBLICO, Comunicao Social, SA. Sede: Lugar do Espido, Via Norte, Maia. Capital Social 50.000,00. Detentor de mais de 10% do capital: Sonae Telecom, BV Impresso Unipress, Travessa de Anselmo Braancamp, 220, 4410-350 Arcozelo, Valadares; Telef.: 227537030; Lisgrfica - Impresso e Artes Grficas, SA, Estrada Consiglieri Pedroso, 90, Queluz de Baixo, 2730-053 Barcarena. Telf.: 214345400 Distribuio Logista Portugal Distribuio de Publicaes, SA; Lisboa: Telef.: 219267800, Fax: 219267866; Porto: Telef.: 227169600/1; Fax: 227162123; Algarve: Telef.: 289363380; Fax: 289363388; Coimbra: Telef.: 239980350; Fax: 239983605. Assinaturas 808200095 Tiragem mdia total de Abril 41.267 exemplares Membro da APCT Associao Portuguesa do Controlo de Tiragem
PUBLICIDADE

Agora tambm no seu quiosque!

venda nas lojas Continente com 50% de desconto em carto.