15 Março - Público

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EDIO LISBOA SEX 15 MAR 2013

psilon

HOJE Srie psilon Novos Talentos da Realizao (2. vol):

Old Joy, de Kelly Reichardt Por + 1,99


FUMO FOI TO NEGRO QUE GASPAR SAIU CHAMUSCADO
O INIMIGO PBLICO

DEOLINDA DEIXA O BAIRRO E FAZ-SE AO MUNDO


MSICA

Prazo para Estado cortar quatro mil milhes na despesa alargado at 2015
Agravamento da recesso levou a troika a recuar em algumas exigncias. O corte de quatro mil milhes ser aplicado at 2015 e os objectivos do dce para este ano e para os prximos foram exibilizados Economia, 18/19
ALESSANDRO BIANCHI/REUTERS

TAP contorna cortes e est muito perto de travar a greve


Fernando Pinto apresenta hoje aos sindicatos proposta que elimina impacto dos cortes salariais p20

O PRIMEIRO DIA DO PAPA FRANCISCO SENTIDO DE HUMOR, GESTOS SIMPLES E PALAVRAS SRIAS
Sofia Lorena, em Roma Destaque, 2 a 8

EDUCAO MINISTRIO QUER QUE ALUNOS DO 4. ANO FAAM EXAMES FORA DAS SUAS ESCOLAS
Portugal, 15

Empresa que vendeu blindados PSP acusa o Governo


A empresa Milcia acusa o Governo de retaliao poltica aps ter perdido a sua licena p12

Ano XXIV | n. 8374 | 1,60 | Directora: Brbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Snia Matos

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2 | DESTAQUE | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

O NOVO PAPA

Sentido de humor, gestos simples e palavras srias


Se no confessamos a Jesus Cristo, tornamo-nos uma ONG piedosa, mas no a Igreja, disse, de improviso, aos cardeais. Foi o primeiro dia do Papa que escolheu chamar-se Francisco, um nome que um vnculo e quase uma denncia
Sofia Lorena, em Roma
eleio chegou como uma surpresa para os cardeais que escolheram o novo Papa, confirmou o p o r t u g u s D. Jo s Policarpo, e para os is que tantos quem? repetiram quando o cardeal Jean-Paul Tauran apareceu na varanda e disse Jorge Mario em italiano. Foi uma surpresa, mas uma com que muitos tinham sonhado, incluindo tantos dos que nos ltimos dias passaram pela Praa de So Pedro com palavras como simples, prximo das pessoas normais, caloroso ou despojado debaixo da lngua. Logo depois de se apresentar, Francisco pediu s pessoas normais que o abenoassem (Rezem por mim, disse aos peregrinos), antes mesmo de as abenoar. Ainda na primeira noite, vestido de branco por ter recusado outras vestes, falou de si como bispo de Roma, no como Papa. Agora, comeamos este caminho: bispo e povo. Ontem, no seu primeiro dia como bispo de Roma, foi como dizem que . Simples, espontneo, decidido. Tambm foi como tantos esperam que seja: atravessou uma rua a p, andou entre as pessoas, cumprimentou-as, lembrou-se de que tinha uma conta para pagar e tratou de o fazer. Francisco partilhara com os peregrinos que iniciaria o seu caminho em Santa Maria Maior, a rezar a Nossa Senhora para que abenoe toda a cidade de Roma, e assim fez. Poucos minutos depois das 8h chegou baslica mariana, num carro da polcia do Vaticano e sem cortejo. L dentro, durante meia hora, re-

Ser capaz de romper


Patriarca de Lisboa diz que est tudo preparado para haver mudanas se o Papa as quiser fazer

o dia em que entrou cardeal e saiu Papa da Capela Sistina, Jorge Mario Bergoglio esteve muito sereno todo o tempo, contou D. Jos Policarpo a um grupo de jornalistas portugueses no Vaticano. Eu brinquei com ele, a pginas tantas ele mudou de cor, descreveu, entre risos, o cardeal-patriarca de Lisboa, um dos eleitores a quem coube escolher o sucessor de Ratzinger. Entre os 115, calhou a Policarpo prestar o juramento de silncio a seguir a Bergoglio. J em conclave, estiveram sentados ao lado um do outro. Quando o nome do argentino foi pronunciado, houve palmas. Foi tudo muito simples, ele um homem muito caloroso, descreveu o cardeal portugus na conferncia de imprensa. Policarpo comentou a obrigao de segredo e sugeriu que um dia o juramento deixar provavelmente de existir. At l, cada cardeal encontra maneira de falar do que viveu sem sentir estar a quebrar o juramento. Timothy Dolan, de Nova Iorque, contou que o momento em que ficou claro que o arcebispo de Buenos Aires tinha os 77 votos (dois teros) no deixou ningum indiferente: Houve um grande aplauso e soubemos aqui est o homem.

Depois, quando foi anunciada a contagem final, houve mais aplausos, e ainda mais quando ele aceitou a eleio, afirmou. No acredito que houvesse um nico par de olhos secos na sala. No me pareceu nada atrapalhado. Antes pelo contrrio, quando ficou vestido de branco ficou ainda mais vontade, descreveu, por seu turno, Policarpo. Nem ele sabe onde se meteu A estrutura onde ele vai meterse enorme, continuou o patriarca de Lisboa. Ontem, no fim de ele se vestir de branco, surgiu a estrutura, quer dizer Cercaram-no de tal maneira, e eu disse, pronto, j est. Mas ele foi capaz de romper No fez aquilo que eles mandaram, fez aquilo que ele achava que devia fazer. Policarpo espera que o agora Papa Francisco continue a fazer aquilo que entender uma batalha difcil, mas na qual ter muitos apoiantes. Penso que a grande promessa deste Pontificado uma simplificao da vida da Igreja, das suas estruturas, da sua maneira de estar no mundo, disse. Ele entra como Papa num momento em que est tudo preparado para se ele quiser fazer grandes mudanas. H oito anos no estava. S.L., em Roma

zou junto ao altar maior, na Capela Paulina, deixou ores no altar onde Incio de Loyola, fundador da sua ordem dos jesutas, celebrou pela primeira vez missa, rezou ainda na Capela Sistina e deteve-se depois diante do tmulo de Pio V. Antes de sair, voltou a pedir aos presentes para rezarem por ele. Depois, atravessou-a e saudou os estudantes que o aguardavam. No caminho de regresso, pediu ao motorista para fazer um desvio e quis parar na Casa do Clero, perto da Piazza Navona, onde esteve hospedado nas semanas antes do conclave. Saudou quem l trabalha, trouxe o que l deixara e pagou a conta, contou aos jornalistas o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano. Os responsveis da segurana esto ao servio do Papa e sabem-no. Procuram interpretar o que que o Papa quer e adaptar o seu estilo ao estilo pessoal do Papa sabendo que no so eles a ditar o jogo, mas o Papa, explicou Lombardi.

A primeira missa
tarde, o santo padre celebrou missa na Capela Sistina, acto que encerra o conclave, entre os cardeais. Sem cruz no somos discpulos do senhor, somos mundanos, bispos, padres, cardeais, mas no somos discpulos do senhor, disse aos que o elegeram, antes de lhes pedir uma Igreja a pregar os valores de Cristo e em movimento. Primeiro, as leituras e o Evangelho: Isaas, o Salmo Responsorial e a Primeira Carta de So Pedro Apstolo. Depois, a homilia. Estas trs leituras tm uma coisa em comum: o movimento. Na primeira, o movimento o caminho; na segunda est na edicao da Igreja; na terceira, no Evangelho, o movimento

est na consso, armou o Papa Francisco. Caminhar, edicar, construir, confessar, enumerou. Mas no assim to fcil. No caminhar, no construir, no confessar, s vezes h movimentos que no so movimentos no caminho, mas movimentos que nos puxam para trs, avisou. Ns podemos caminhar como queremos, podemos construir muitas coisas, mas se no confessamos a Jesus Cristo, algo est errado. Tornamo-nos uma ONG piedosa, mas no a Igreja, armou o Papa, de improviso as missas, pelo menos as primeiras, anunciou o Vaticano, sero em italiano, tal como os discursos, mas sero de improviso, pelo que no haver textos nem tradues distribudos previamente. Francisco continuou a improvisar e pediu aos cardeais que sejam todos discpulos do senhor: Eu gostaria que todos ns, depois destes dias de graa, tivssemos a coragem de caminhar na presena do Senhor, com a cruz do Senhor, de construir a Igreja no sangue do Senhor, derramado

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ALESSANDRO BIANCHI/REUTERS

de uma inclinao do sumo pontce que nunca antes tinha sido vista na loggia de So Pedro. E a prova maior desta humildade pessoal unida na ambio da mudana vem na escolha do nome, que nenhum Papa tinha ousado pronunciar para si como sucessor de Pedro: Francisco. Um nome que um projecto e um vnculo para o ponticado, quase a denncia programtica da necessidade de um gesto extremo, de um regresso s origens, ao Evangelho, ao Anncio, misso de uma Igreja desencarnada do poder e da sua pompa, escreve o director do La Repubblica, Ezio Mauro, no texto a que chamou Uma revoluo em So Pedro.

A gae dos italianos


Agora, preciso esperar. Pelas prximas missas e pelos prximos gestos, pela visita prometida a Ratzinger, em Castel Gandolfo, pela escolha do secretrio de Estado. preciso esperar at para ver se o novo Papa capaz de no perder o sentido de humor, o que o fez dizer aos peregrinos que os cardeais tiveram de o ir buscar quase at ao m do mundo, o que o fez dizer, ao jantar, aos cardeais: Que Deus vos perdoe pelo que zeram. Ontem, soube-se ainda que depois de eleito aceitou os cumprimentos de p, recusando sentar-se na cadeira preparada para o momento. Depois, fez o caminho at residncia de Santa Marta no mesmo autocarro em que seguiram os outros 114 cardeais, recusando o carro preparado para o levar. Hoje, Francisco vai voltar a estar com os cardeais, recebendo-os numa audincia informal. Amanh, falar aos jornalistas na Aula Paulo VI uma sala onde cabem 12 mil pessoas , esperando-se que aproveite para concretizar a sua agenda de mudana. Domingo ser dia de rezar o Angelus; na tera-feira chega a missa que inaugura ocialmente o novo ponticado. A tudo isto estaro atentos catlicos em todo o mundo e o clero italiano. A surpresa da escolha deste Papa cou bem assinalada pela gae na noite da eleio, o comunicado da Conferncia Episcopal Italiana a congratular-se pela eleio de Angelo Scola. Scola, arcebispo de Milo, era o favorito, mas s 20h23, quando o comunicado foi enviado, j o argentino Jorge Mario Bergoglio estava h dez minutos na varanda central de So Pedro. O erro foi corrigido 50 minutos depois.

OSSERVATORE ROMANO/AFP

O Papa circulou em Roma num carro do Vaticano, mas sem cortejo A orao em Santa Maria Maior foi o acto inaugural do primeiro dia do bispo de Roma

na cruz, e confessar a nica glria, Cristo crucicado. E assim a Igreja caminhar. Desejo a todos ns que o Esprito Santo, a orao de Maria, nossa me, nos conceda esta graa: caminhar, edicar e confessar a Jesus Cristo crucicado, concluiu.

Os puristas choram
Os cardeais ouviram como, na vspera, quando se acotovelavam nas varandas laterais da Baslica de So Pedro, o tinham ouvido descrever a humanidade como uma grande irmandade ou grande fraternidade. O argentino que escolheu chamarse Francisco f-lo, soube-se ontem, para assim homenagear Francisco de Assis passou o seu primeiro dia enquanto Papa a provar merecer um nome que no precisa de ser seguido por numerao romana. Faz a homilia sem notas escritas no altar e prega por cinco minutos improvisando em italiano. A nova liturgia avana e os puristas choram, comentou no Twitter o vaticanista italiano Paolo Rodari.

Ontem, muitos fiis passaram por So Pedro para rezar pelo novo Papa, incluindo muitos do que na vspera o tinha ouvido dizer Peovos um favor, rezem por mim, e depois se calaram em unssono enquanto ele baixava a cabea, e assim se mantiveram enquanto ele no a reergueu.

Uma revoluo
Recordando as primeiras palavras Agora, comeamos este caminho: bispo e povo , o dirio La Repubblica (esquerda) descrevia ontem em editorial um pedido quase juvenil, tantos anos depois, uma oferta de majestade comunidade crist. Neste convite insistente e convicto orao da praa e do mundo pelo Papa, nesta sugesto de colegialidade, pedia Francisco para os crentes no o deixarem sozinho, para lhe darem aquela fora que, para quem cr, deriva de Deus, mas tambm da convico e da fraterna participao do povo cristo, escreveu o jornal. Depois, Francisco calou-se e curvou-se, na humildade

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O NOVO PAPA
Uma agenda sobre-humana para um homem que se anuncia evangelizador
O Papa Francisco conquistou a Praa de So Pedro e a imprensa mundial com a sua simplicidade sapiente, como resumiu nas pginas do Corriere della Sera o historiador da Igreja Alberto Melloni. A modstia e a escolha radical de um nome que homenageia a pobreza de So Francisco de Assis fazem prever um Papa mais prximo do povo, evangelizador e mais predisposto a partilhar a mesa do que a sentar-se num trono. Mas a Igreja em crise e os desafios que enfrenta so tantos e to urgentes que a tarefa se apresenta sobre-humana.
DYLAN MARTINEZ/REUTERS

separa o Vaticano da sociedade ocidental seria preciso abrir o dilogo em matrias intocveis para uma Igreja que considera inviolvel a vida, da concepo morte, e insubstituvel a famlia tradicional. Outros pontos h muito reclamados por sectores reformistas como a ordenao de mulheres ou o fim do celibato obrigatrio para os padres so improvveis, mas apesar da oposio dos mais conservadores admitem-se inflexes, seja sobre a contracepo seja sobre a permisso para que os divorciados que voltam a casar possam comungar.

Limpar a Cria
a mais urgente, e talvez a mais esgotante, tarefa que aguarda o 266. Papa e aquela que faz deste um momento histrico, no sentido em que nunca como agora os podres do governo do Vaticano estiveram to vista de todos o Vatileaks mostrou ao mundo as lutas de poder e a corrupo na Cria, perante um Bento XVI fragilizado pela idade. Francisco tem de agradecer velha guarda, mudar os homens, escolher uma equipa slida e impecvel, nomear um secretrio de Estado incontestvel, resumiu o jornal francs Le Monde, sublinhando a necessidade de encontrar um nome que seja o oposto do muito contestado Tarcisio Bertone. O vaticanista Sandro Magister escreveu no LEspresso que o conclave que elegeu o novo Papa espera que ele intervenha de imediato e de forma decisiva para pr na ordem a Cria e recordou que a primeira (e muito elogiada) deciso de Joo XXIII foi a nomeao de um muito vlido secretrio de Estado: Do novo Papa espera-se o mesmo. O padre Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse ontem que no ficar surpreendido se houver uma renovao de cargos na Cria, durante os prximos dias. Mas mais do que uma mudana de nomes, pede-se uma reforma de uma estrutura

Purificao
A imagem do cristianismo baseia-se no exemplo, no bom exemplo, escreveu o El Pas. Mas nos ltimos anos falou-se mais de escndalos do que da aco social da Igreja e nenhum escndalo corroeu tanto a sua reputao como o da pedofilia. Desvalorizados por Joo Paulo II, os crimes inominveis cometidos por padres foraram Bento XVI a pedir desculpa s vtimas, a ordenar inquritos mais rpidos para punir abusadores e exigir aco aos bispos. Muitos esperam mais do novo Papa. A Igreja deve fazer uma limpeza a partir do topo. E isso implica afastar figuras proeminentes da Cria com passados dbios e os bispos que encobriram os abusos, pedia ontem o Irish Times.

opaca, composta por dicastrios (ministrios) que no comunicam entre si. A soluo, coincidem bispos e observadores, ser inverter a centralizao de poderes, pondo em prtica a colegialidade prevista pelo Conclio Vaticano II: um princpio a aplicar dentro da Cria, com a realizao de conselhos de ministros regulares entre o Papa e os prefeitos da Congregaes, e sobretudo na relao do Vaticano com as Igrejas nacionais e os snodos. Os recentes escndalos, escreveu o El Pas, mostraram a impossibilidade de uma nica pessoa, o Papa, levar as rdeas de uma instituio to complexa. Ser necessria uma maior participao dos bispos nas decises do Vaticano, adianta o jornal espanhol.

depsitos mas, mesmo depois da abertura iniciada pelo ltimo Papa, continua a no cumprir os critrios de transparncia internacionais. De Francisco espera-se, no mnimo, que imponha ao Banco do Vaticano a tica que tem exigido finana mundial no plpito de Buenos Aires, e ponha fim suspeita de que a instituio continua a servir para a lavagem de dinheiro. Alguns, como a influente revista Famiglia Cristiana, pedem mais. Pedem o encerramento do IOR ou a sua transformao num banco para o desenvolvimento. A instituio, escreveu Magister, um desses ferros-velhos sem o qual a Igreja seria muito mais livre.

Evangelizao
Se a reforma a mais urgente das prioridades, esta dever ser a maior do novo Papa, a quem chegam de todos os continentes apelos para que seja sobretudo um pastor. Uma tarefa ainda mais desafiadora porque Francisco no presidir a uma Igreja homognea, mas

Transparncia
Inscreve-se nas reformas que esperam o novo Papa e o expoente mximo da falta de transparncia que urge sanar. O Instituto das Obras Religiosas (IOR) gere qualquer coisa como sete mil milhes de euros em

a uma comunidade de crentes diversa, com necessidades distintas que o jornal Le Figaro resumia assim: Na Europa, h um envelhecimento acelerado do clero e uma queda na prtica religiosa, em frica o catolicismo est em expanso, mas tambm o Islo, na Amrica Latina precisa-se de um segundo flego para retirar a iniciativa aos evanglicos, na Amrica do Norte preciso um recomeo depois da longa crise dos padres pedfilos e no Mdio Oriente preciso apoiar o cristianismo histrico de um Islo agressivo e numericamente superior. Todos esperam que o novo Papa seja capaz de compreender a f e anunci-la de forma atractiva e descomplicada, disse ao New York Times o cardeal Edward Egan, arcebispo emrito de Nova Iorque, antes do conclave. O prprio Bergoglio sublinhou, numa entrevista em 2012 ao La Stampa, que preciso evitar a doena espiritual de uma Igreja que se fecha no seu prprio mundo, indo ao encontro dos fiis onde eles se encontram. Mas para estreitar o fosso que

Dilogo
Se o dilogo com as outras religies crists e com o judasmo sobretudo de ordem teolgica, o dilogo com o Islo necessita de uma viso clara do que est em jogo na geopoltica e nos equilbrios internacionais, escreveu o Le Monde, apontando para o delicado exerccio entre a aproximao religio irm e a defesa das comunidades crists, em frica e sobretudo no Mdio Oriente. Ana Fonseca Pereira

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O Papa no precisa de divises


de p perante o Papa, como o aluno perante o professor, diz Klaus Ziemer, director do German Historical Institute em Varsvia. A linguagem corporal era muito importante, porque mostrava quem era o verdadeiro lder da Polnia e qualquer polaco conseguia ver isso. Nessa altura j Reagan tinha sido eleito. Os dois estabeleceram uma poderosa aliana para pr m Guerra Fria. O Papa no precisava de divises. Joo Paulo II trouxe a Igreja de volta ao palco do mundo, escreve Sandro Magister, jornalista italiano e grande conhecedor da Santa S, em 2005. Ningum pode car surpreendido por ver os trs ltimos Presidentes dos Estados Unidos ajoelharem-se perante o seu corpo na Baslica de So Pedro. Os lderes de quase todo o mundo estiveram presentes no funeral do chefe de Estado do Vaticano, o mais pequeno Estado do mundo, cujo soft power nenhum deles pode ignorar. Reagindo eleio do novo Papa Francisco, a porta-voz do Ministrio dos Negcios Estrangeiros chins disse ontem que a China estava disponvel para trabalhar com o novo Papa. E avisou: O Vaticano tem de parar de interferir nos assuntos internos da China. O mundo deslocou-se para o Oriente. A escolha do novo Papa deslocou, ainda, a Igreja Catlica para o Ocidente. Na primeira metade do sculo XX, quando a Europa por duas vezes sofreu a tragdia de uma guerra civil de repercusses mundiais, a voz do Papa mal se fez ouvir para l dos seus is. A sua neutralidade entre as potncias tinha associada a sua irrelevncia, diz Juan Pablo Somiedo, professor da Universidade Autnoma de Madrid. Bento XV denunciou a primeira guerra mundial como uma matana intil. A Santa S esteve ausente das negociaes de paz de Versalhes. Pio XI condenou o nazismo. Pio XII preferiu o silncio. Tambm contou pouco na denio dos novos termos da partilha da Europa. Pio XII fez do combate ao comunismo a sua principal tarefa poltica. Foi o primeiro Papa da Guerra Fria. Aliou-se com os Estados Unidos para incentivar a integrao da Europa Ocidental, incluindo a Alemanha. Adenauer, Di Gasperi, Schumann eram homens da Igreja. Em 1963, Joo XXIII alterou radicalmente a poltica do Vaticano. Na Pacem inTerris, h precisamente 50 anos, o comunismo no sequer mencionado. quase impossvel pensar que, na era atmica, a guerra possa ser usada como um instrumento para a justia, disse o Papa bom. Defendeu o desarmamento nuclear. Quis uma Igreja da mediao e do dilogo que contribusse para o desanuviamento. Alinhou a poltica do Vaticano com a Ostpolitik do chanceler alemo Willy Brandt. Paulo VI seguiu-lhe as pisadas. A Igreja participou activamente na Conferncia de Helsnquia, cuja Acta Final (1975) pede o respeito dos direitos humanos em toda a parte, incluindo na Europa de Leste, mas reitera o princpio da no ingerncia. Foi o primeiro Papa a dirigir-se Assembleia Geral das Naes Unidas (1965), onde proclamou a Igreja como especialista da Humanidade. Em 1973, recebeu no Vaticano os lderes dos movimentos de libertao das colnicas portuguesas. A Igreja tinha uma poltica externa. Que haveria de mudar radicalmente, no contedo e na forma, com a inesperada eleio, em 1978, de
REUTERS

Anlise Teresa de Sousa


uando lhe zeram chegar os protestos da Igreja Catlica contra a perseguio dos cristos na Unio Sovitica, Estaline respondeu com uma frase que cou clebre: Quantas divises tem o Papa? O Papa no tem divises. E, no entanto, quase ningum questiona o papel fulcral de Joo Paulo II no derrube da Cortina de Ferro. Em 1978, a sua eleio foi uma tremenda surpresa. Vinha do lado de l do muro que dividia a Europa, quebrando a milenar tradio dos papas italianos. Karol Wojtyla no esperou muito tempo para mostrar ao que vinha. Em 1979, na sua primeira deslocao Polnia, perante as multides que o saudavam, disse a frase que haveria de desencadear os acontecimentos que conduziram a 1989 e derrocada quase pacca dos regimes comunistas da Europa de Leste. No tenhais medo. Tinha escolhido essa frase para saudar a multido na Praa de So Pedro, quando foi eleito Papa. Repetiu-a aos polacos, uma e outra vez. Vocs no so quem eles dizem que vocs so. Deixemme lembrar-vos de quem vocs so. O destino da Polnia depende de vocs. Menos de um ano depois, nascia o Solidariedade. Mesmo que a visita de Joo Paulo II Polnia possa revigorar e inspirar a Igreja Catlica, no ameaa a ordem poltica do pas ou da Europa de Leste, escreveu o New York Times. Ronald Reagan ainda no estava na Casa Branca. Voltou em 1983, com a lei marcial j em vigor e os lderes do Solidariedade na priso. Encontrou-se com o general Jaruselski e com Lech Walesa. Voltou a galvanizar os polacos, exortando-os a ser solidrios. Lembro-me de fotograas que mostravam um tristonho general

um Papa que vinha do Leste. Com o m da Guerra Fria e o incio da era da globalizao, Joo Paulo II no hesitou em criticar a superpotncia solitria que passava a reinar sobre o mundo. Condenou a primeira guerra do Iraque (1991) e ainda mais veementemente a segunda. Mas legitimou a guerra no Afeganisto, em nome do princpio da legtima defesa. A sua interpretao da guerra justa levou-o a apoiar a doutrina da ingerncia humanitria, defendendo-a como um imperativo moral. Na Bsnia e no Kosovo, para proteger as populaes islmicas. No Haiti, em Timor e nos Grandes Lagos, onde aconteceu uma das maiores catstrofes humanitrias sem que o Ocidente interviesse. Muita gente pensou que o seu sucessor devolveria a Igreja a uma dimenso geopoltica menor. No foi exactamente assim. Joo Paulo tinha um desgnio geopoltico especco desde o incio do seu papado: a queda do comunismo. Bento tem um desgnio mais geocultural, quer provocar uma crise de conscincia num Ocidente fechado f, escreve Andrea Riccardi, da Comunidade de Santo Egdio. Denunciou o novo totalitarismo que via crescer na Europa: o relativismo moral. A Europa foi o seu grande fracasso mas no deixou de percorrer o mundo, de fustigar o capitalismo sem regras, de desaar os muulmanos para o aggiornamento da razo. Conseguiu transformar um incidente diplomtico (o seu discurso de Ratisbona, em 2006) numa oportunidade de aproximao ao Islo. Foi o Papa do ps-11 de Setembro, mas no chegou a ser o Papa do ps-crise nanceira global. Sem o carisma de Joo Paulo II e sem a sua poderosa intuio, virado para a razo e a sua compatibilidade com a f, perdido numa Cria em decadncia, Bento XVI decidiu partir, num gesto que assinala uma nova ruptura na relao da Igreja Catlica com o mundo. E o mundo visto de forma muito diferente quando olhado do Sul.

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O NOVO PAPA
Argentina v no Papa um homem do povo com uma sombra no seu passado
Do lado de l do Atlntico, Bergoglio visto como o cardeal que viaja de metro e denuncia as desigualdades, mas as suas relaes com a ditadura de Videla so alvo de controvrsia
Ana Dias Cordeiro
a mesma catedral de Buenos Aires onde centenas de is festejaram a escolha do primeiro Papa da Argentina e de toda a Amrica Latina ainda ecoavam ontem as palavras do arcebispo eleito sumo pontce, lho de imigrantes italianos. O cardeal Jorge Bergoglio, agora eleito representante mximo da Igreja Catlica, valorizava nas suas homilias o sentido de ptria e a importncia das instituies, a ateno a dar aos mais vulnerveis e a defesa dos valores mais tradicionais da Igreja. Entre os que lembram o seu percurso na Argentina, nas pginas de jornais e blogues argentinos ou latino-americanos, tambm se recorda que a sua ascenso coincidiu com o perodo mais obscuro da ditadura militar entre 1976 e 1983. Um prncipe pobre no luxo do Vaticano, escolhe para ttulo o jornal brasileiro O Globo. Uma pessoa, como se lhe refere o jornal argentino La Nacin, que tanto pode cuidar dos doentes com sida nos hospitais como cativar as pessoas num grande auditrio, que tanto pode falar de teologia com Bento XVI como se mistura com o povo na rua. Era o que escolhia fazer. Recusava ser conduzido num carro com motorista, uma vez que a maioria da populao andava a p ou de transportes. Preferia o metro ou o autocarro, usando, sempre que possvel, vestes discretas. Vivia at aqui num apartamento simples num edifcio da Cria, junto catedral. Afastava luxos e protagonismos e distanciava-se do centro do poder, evitando, sempre que podia, deslocar-se ao Vaticano. Apreciador de Dostoievski e Borges, tambm gosta de tango e de futebol, escreve o La Nacin, que se refere s anidades escondidas mas signicativas do cardeal Bergoglio nesse campo: adepto do San Lorenzo de Almagro e conserva com muita estima uma camisola autografada por todos os jogadores.

EZEQUIEL PONTORIERO/REUTERS

em temas como o direito ao aborto ou ao casamento homossexual mas tambm algumas sombras. Embora moderado e dialogante, no desistiu de travar, como dizia, a guerra de Deus contra o casamento homossexual, mobilizando sacerdotes e organizando viglias em defesa da unidade familiar. No sejamos ingnuos: no se trata de uma simples luta poltica, dizia, falando antes de uma inteno de destruir o plano de Deus. Saiu vencido. Em 2010, a Argentina tornou-se o primeiro pas da Amrica Latina a legalizar o casamento e a adopo de crianas por casais homossexuais. O cardeal Bergoglio tambm tentou, sem sucesso, impedir que o aborto fosse permitido em casos de violao e perigo de vida para a me ou para o beb. Foram duas lutas na mesma frente que o opuseram ao casal Kirchner: Nstor, que morreu em 2010, foi Presidente entre 2003 e 2007, e chegou a acus-lo de ser o verdadeiro representante da oposio. Cristina, sua mulher e sucessora na presidncia, est actualmente a cumprir o segundo mandato.

A ditadura e a Igreja
Foi o casal Kirchner que impulsionou os julgamentos relativos a crimes cometidos durante a ditadura, no sem manchar a Igreja Catlica, escreve o jornal argentino La Vanguardia. E nessa ligao que alguns acusam o jesuta Jorge Bergoglio arcebispo de Buenos Aires entre 1998 e 2012 e presidente da Conferncia Episcopal argentina entre 2001 e 2011 de cumplicidade com a ditadura de Jorge Videla. Dizem que o sacerdote tinha conhecimento do Plano Sistemtico de roubo de bebs e que, por outro lado, nada fez para salvar dois sacerdotes jesutas, perseguidos pelo regime e sequestrados, a quem retirou a licena eclesistica. O Plano Sistemtico no qual os bebs que nasciam nos centros de deteno e tortura eram roubados s mes, dadas como desaparecidas, e entregues a militares ou seus familiares valeu ao ditador Jorge Videla uma condenao a 50 anos de priso. Na memria de muitos argentinos esto tambm as iniciais ESMA referentes Escola Superior de Mecnica da Armada, que foi, nos anos da ditadura, o maior e mais emblemtico centro clandestino de deteno e tortura de opositores. tambm o nome por que conhecido o caso judicial para condenar os respons-

O plano de Deus
A imprensa argentina enche-se desses ecos, lembranas e relatos de episdios que traam um perl com contornos bem denidos de homem humilde e solidrio, prximo do povo e rme nos seus propsitos, sem medo de enfrentar o poder poltico quando se tratava de combater a excluso ou, como dizia, de no destruir o plano de Deus

A Presidente Cristina Kirchner com Jorge Bergoglio, ento arcebispo de Buenos Aires

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | DESTAQUE | 7 O Presidente da Repblica, Cavaco Silva, anunciou ontem que estar presente na cerimnia de entronizao do Papa Francisco, dia 19, em Roma
veis por violaes e crimes contra a humanidade durante a ditadura e aquele que agora foi ressuscitado para lembrar que, em 1976, Jorge Bergoglio retirou a licena eclesistica aos sacerdotes Orlando Yorio e Francisco Jalics, mais tarde sequestrados e identicados por celebrarem missa em povoaes pobres. O jornal Tiempo Argentino recorda pormenorizadamente o episdio numa notcia de 2010, na qual dizia que Bergoglio se mostrou reticente em colaborar com a Justia: reconheceu que tinha conhecimento da gravidade das prticas exercidas pelo terrorismo do Estado, mas nunca se apresentou Justia para testemunhar contra os responsveis no banco dos rus, diz o jornal. Ele nega e diz que tentou interceder para salvar pessoas. O socilogo Fortunato Mallimacci, ex-decano da Faculdade de Cincias Sociais da Universidade de Buenos Aires, diz, por seu lado, citado no site de notcias Comunidadk.com: A histria condena-o: revela-o como algum que se ops a todas as experincias inovadoras da Igreja e, sobretudo, na poca da ditadura, mostra-o como muito prximo das foras armadas durante os anos de chumbo. No mesmo site l-se que tambm h quem defenda que o novo Papa ajudou muitas pessoas a escapar represso militar. E mais recentemente, em 2001, preocupado com a violncia policial contra os protestos a pedir a demisso do ento Presidente Fernando de La Ra, ter telefonado ao ministro do Interior a pedir um maior cuidado da polcia de choque nas manifestaes. A relao distante que manteve com o casal Kirchner no impediu o cardeal Jorge Bergoglio de rezar uma missa na catedral publicamente, pedindo a todos para porem de lado todo o tipo de posio antagnica e referindo-se ao defunto Presidente como ungido pelo povo e merecedor da orao de todos. Essa relao por vezes conturbada tambm no impediu Cristina Kirchner de o felicitar, por comunicado, assim que a notcia da eleio correu mundo. E de anunciar que estar presente na missa de inaugurao do ponticado no dia 19. Tambm os argentinos Maradona e Messi, deuses do futebol, como diz a imprensa argentina, saudaram o novo Papa atravs do Twitter. E houve quem desse voz ao orgulho sentido pela Argentina por ter um Papa com estas palavras: Maradona, Messi e agora Bergoglio!

Jesutas querem um pontfice que chegue a todos


Brbara Wong
expulsado a ordem, que foi recuperada 25 anos depois. A missionao foi o primeiro papel que assumiram. Incio de Loyola enviou os seus companheiros para os quatro cantos do mundo. Francisco Xavier, durante 15 anos, andou pela ndia, Goa, Japo e morreu s portas da China; outros seguiram para frica; e foi ainda em vida de Loyola que os primeiros jesutas chegaram Amrica Latina, de onde, quatro sculos e meio depois, sai o primeiro Papa. So homens que dizem no impor a sua f, mas que respeitam a cultura dos outros. esta caracterstica de missionao que os jesutas esperam de Francisco. O novo Papa precisa de tomar conscincia e assumir as consequncias de o cristianismo estar a descentralizar-se da Europa para a sia e Amrica. O grande desao ouvir esses cristos, resume Miguel Almeida, responsvel pelo Centro Universitrio Padre Antnio Vieira, em Lisboa, para quem preciso abrir o dilogo com os muulmanos e dar mais importncia ao papel dos leigos na Igreja. A espiritualidade jesuta muito prtica. ajudar as pessoas a encontrar-se com Deus na realidade concreta das suas vidas, dene Kevin OBrien, capelo da universidade de Georgetown Reuters. Simon Bishop, capelo da Universidade de Oxford, diz que os jesutas so construtores de pontes. Por isso, do novo Papa espera que seja uma ponte entre a pobreza e os corredores do poder. Adolfo Nicols escreve: Desde o primeiro momento em que ele apareceu perante o povo de Deus, deu um testemunho visvel da sua simplicidade, da sua humildade, da sua experincia pastoral e da sua profundidade espiritual. Alberto Brito espera que Francisco permita uma maior abertura da Igreja ao mundo. Pedro Arrupe [penltimo superior-geral] dizia O mundo muda mesmo sem ns, de ns depende que mude connosco. essa capacidade de resposta que espero [do Papa], conclui.
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stes so tempos de novidade para a Igreja Catlic a. Primeiro, Bento XVI resigna, abrindo as portas a uma situao que no era vivida h seis sculos. Segundo, o conclave foi buscar o Papa ao m do mundo como disse Jorge Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, quando surgiu, pela primeira vez, na varanda da Baslica de So Pedro j entronizado Papa Francisco. Terceiro, Bergoglio jesuta, o primeiro da histria a sentar-se na cadeira de So Pedro, desde que a ordem foi fundada por Incio de Loyola em 1534. Ontem, o superior-geral Adolfo Nicols congratulava-se com a escolha do conclave: Em nome da Companhia de Jesus, dou graas a Deus pela eleio do nosso novo Papa, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, sj [as iniciais em latim para Companhia de Jesus, e que vo sempre frente do nome dos seus membros], que abre a Igreja a um caminho cheio de esperana, escreveu. No comum os jesutas chegarem a lugares cimeiros na Igreja por uma simples razo: prometem no aceitar dignidades eclesisticas ou civis, ou seja, no pretendem ter cargos de poder. Contudo so, por vezes, acusados de ser uma igreja dentro da Igreja, devido importncia que adquiriram foram conselheiros e tutores reais. Ento como agora, nas reas da educao e da cultura que se destacam. Bill Clinton, Jacques Delors ou Fidel Castro passaram pelas suas escolas. S nos EUA tm 28 universidades, como a de Georgetown, em Washington. So cerca de 20 mil, em mais de 120 pases. Mas no s o ensino de elites que os caracteriza, a dimenso social e assistencial tambm.

Francisco, o missionrio
A Companhia de Jesus surgiu como resposta ao protestantismo, no sculo XVI, e colocou-se imediatamente disposio do Papa. O pior momento da relao dos jesutas com o Vaticano foi quando Clemente XIV extinguiu a ordem por presso de Portugal, Espanha e Frana, depois destes pases terem

Nmero Nacional/Chamada Local

8 | DESTAQUE | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

O NOVO PAPA
Algo no vai bem na Igreja, dizia h um ms o cardeal Bergoglio
A mensagem de Fevereiro dedicada Quaresma e foi dirigida a sacerdotes, pessoas consagradas e a laicos da arquidiocese de Buenos Aires

Livro do cardeal que defendia um novo conclio traduzido


Lurdes Ferreira
aps a sua morte. Nela, o profeta da delidade criativa e de equilbrio entre as margens, nas palavras de Manuel Morujo, referia que a Igreja est cansada e que se atrasou 200 anos em relao ao seu tempo. A frase dessa entrevista ao Corriere della Sera que mais eco deixou recordada nas pginas de introduo por Frei Bento Domingues, recordando a gura controversa de Martini: A Igreja est cansada, na Europa do bem-estar e na Amrica. A nossa cultura envelheceu, as nossas igrejas so grandes, as nossas casas religiosas esto vazias e a burocracia da Igreja aumenta, os nossos ritos religiosos e as vestes que usamos so pomposos. Mas ser que tudo isto exprime aquilo que somos hoje? Em Tomados de Assombro, que rene desde textos de homlias com um ritmo marcado pela progresso da doena a uma reexo sobre a comunicao na Igreja, o ex-arcebispo da maior diocese da Europa construiu um testamento espiritual, segundo o padre Tolentino Mendona, director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) e vice-reitor da Universidade Catlica Portuguesa. E como a obra de um telogo nem sempre reconhecida na sua vertente cultural, Tolentino Mendona defende o papel cultural da teologia, sobretudo com o legado de Martini, um caso muito srio de comunicao
THOMAS COEX/AFP

C
AFP

Papa Francisco, eleito no Vaticano na quartafeira, deixou h um ms uma mensagem dedicada Quaresma no site da Arquidiocese de Buenos Aires, na qual avisa para algo que no vai bem na sociedade e na Igreja. Hoje somos novamente convidados a empreender um caminho pascal para a vida, caminho (...) que ser incmodo mas no estril. Somos convidados a reconhecer que algo no vai bem em ns mesmos, na sociedade ou na Igreja, somos convidados a mudar, a converternos, armava o ento cardeal Jorge Mario Bergoglio na mensagem divulgada a 13 de Fevereiro. O documento, dirigido a sacerdotes, pessoas consagradas e a laicos da arquidiocese, comeava por pedir que se rasgue o corao e no as roupas e lembra que as pessoas se habituaram a ver e ouvir atravs dos meios de comunicao a histria negra da sociedade contempornea, apresentada quase com alegria perversa. A Quaresma apresenta-se como um grito de verdade e de esperana que vem responder que sim, que possvel no disfararmos e desenhar sorrisos de plstico como se nada se passasse, prosseguia. Sim, possvel que tudo seja novo e diferente, porque Deus continua a ser rico em bondade e misericrdia, sempre disposto a perdoar e que nos faz continuar uma e outra vez, acrescentou. No entanto, defendeu o Papa eleito na quarta-feira, o drama est na rua, no bairro, na nossa casa e, porque no, nos coraes de cada um. Os nossos erros e pecados en-

J esto a ser concebidos artefactos com a figura do novo Papa quanto Igreja no esto fora deste grande cenrio. Os egosmos mais pessoais, justicados mas nem por isso mais pequenos, a falta de valores ticos na sociedade que representa uma metstase das famlias, da dos bairros, vilas e cidades, mostram-nos as nossas limitaes, as nossas fraquezas e a nossa incapacidade de transformar esta lista inndvel de realidades destrutivas, disse. O ento cardeal questionava-se, na mesma mensagem, se vale a pena tentar mudar esta realidade, j que, quando cai uma mscara, aparece a verdade, mas volta a aparecer o pecado. Ainda assim, Jorge Mario Bergoglio convidou todos sem excepo a seguir a rasgar o corao e no as roupas para que a mudana no seja uma penitncia articial. O cardeal argentino jesuta Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, foi eleito Papa na quarta-feira pelos 115 cardeais reunidos em Roma, assumindo o nome de Francisco, sucedendo a Bento XVI. o 266. Papa da Igreja Catlica. Lusa

arlo Maria Martini defendia um terceiro conclio do Vaticano que enfrentasse as questes difceis como o papel da mulher na Igreja e na sociedade, a sexualidade e o lugar das famlias reconstrudas a partir do divrcio. O sonho, como o cardeal e jesuta chamava, de levar a Igreja para um novo conclio foi evocado ontem, em Lisboa, no lanamento da traduo portuguesa do livro Tomados de Assombro, que rene textos inditos do nal de vida do cardeal que veio a falecer em Agosto do ano passado, depois de uma dcada a padecer de Parkinson. O padre Manuel Morujo, portavoz da Conferncia Episcopal Portuguesa e tambm jesuta, lembra que Martini dizia que a Igreja precisava de um novo conclio porque precisava de respostas que apenas um conclio tem capacidade de responder e resolver. Martini, o sbio em Escritura e em teologia, foi arcebispo de Milo vrios anos e chegou a ser dado como forte candidato sucesso de Joo Paulo II. Um dia depois da eleio de um novo Papa, Francisco, tambm ele jesuta e sobre o qual recai uma forte expectativa de mudanas, o apelo de Martini voltou a ouvir-se, sobretudo o que disse nos ltimos anos de vida, como na entrevista, divulgada logo

Algo no vai bem em ns mesmos, na sociedade ou na Igreja, somos convidados a mudar, a converter-nos
Jorge Mario Bergoglio Cardeal

Carlo Maria Martini era o profeta da fidelidade criativa

*por semana

Saiba mais em http://assinaturas.publico.pt

10 | PORTUGAL | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Presidente da RTP coloca nos trabalhadores o nus das poupanas


TV pblica tem de baixar os custos com pessoal de 76,2 milhes de euros em 2013 para 55,2 milhes em 2014. O perodo para rescises amigveis comea hoje e o presidente diz que j tem 50 interessados
MIGUEL MANSO

Comunicao social Maria Lopes


Cada trabalhador da RTP representa para a empresa, em mdia, um encargo total de 45 mil euros por ano. Um gasto elevado, considera o presidente da administrao, Alberto da Ponte, tendo em conta a actual situao do pas e tambm usando como termo de comparao o seu prprio salrio. Eu levo para casa 4300 euros por ms e os meus colegas de administrao levam cada um 3300 euros. Por isso, eu tenho legitimidade para dizer que 45 mil euros por trabalhador, em mdia, um gasto elevado. E lembrou que esta administrao no pediu o regime de excepo nos salrios. Mas para alm dos salrios temos 800 mil euros em ajudas de custo, 400 mil euros em subsdios de deslocao, outros 400 mil em subsdios de conduo e 1,8 milhes de euros em trabalho extraordinrio, enumerou ainda Alberto da Ponte ontem, na Comisso de tica, onde foi, a pedido dos deputados da maioria, apresentar o Plano de Desenvolvimento e Redimensionamento da RTP. Mas as contas que o PBLICO fez com os dados nanceiros includos no plano, a que teve acesso, so diferentes: tendo em conta que os gastos com pessoal em 2012 foram de 78,62 milhes de euros e que em Fevereiro deste ano haveria 2027 trabalhadores, a mdia no de 45 mil euros, mas de cerca de 38.800 euros. O presidente da RTP usou estes nmeros para justicar a reduo que necessrio fazer nos custos com pessoal, que tm de passar dos 37% dos gastos gerais para os 28% e no 28% dos recursos humanos, como o ministro Miguel Relvas chegou a admitir na mesma comisso, anteontem. necessrio baixar os custos com pessoal dos 76,2 milhes de euros este ano para os 55,2 em 2014. Para isso, comea hoje um perodo de trs meses para as rescises amigveis, que termina a 15 de Maio. E prometeu que a empresa no se endividar mais do que os 30 milhes de euros necessrios para o plano de rescises. Anteontem, Relvas recusou entrar em pormenores sobre o plano, remetendo os deputados para o presidente da RTP. Mas, apesar da insistncia da oposio, Alberto da

Alberto da Ponte apresentou ontem no Parlamento o plano de reestruturao da RTP

Directores que falhem objectivos arriscam exonerao


ameaa foi clara: os directores da RTP que repitam duas vezes o mesmo erro e no cumpram os objectivos estabelecidos arriscam perder o cargo. Alberto da Ponte justificou este ultimato com a filosofia que, disse, aplica a si prprio. O presidente falava sobre a responsabilizao que ter de ser assacada devido s fracas audincias da RTP assunto que tentara desviar e argumentou que a grelha lanada em Janeiro foi construda pressa porque tinham planificado, durante meses, os programas para um s canal. Mas prometeu uma nova grelha para Outubro. As pessoas que tm cargos de direco tm que cumprir objectivos e

responsabilizar-se por eles, insistiu. A audincia de Alberto da Ponte ficou marcada por dois episdios incomuns. O presidente e os administradores Luiana Nunes e Antnio Beato Teixeira entraram e saram pela porta de servio da sala, que est sempre fechada, evitando questes dos jornalistas. A sala fora alterada em cima da hora da audio. Alm disso, a administrao era acompanhada pelo assessor de comunicao, da empresa Cunha Vaz, apresentado como representante da direco de programas. Sentou-se mesa com a administrao e os deputados e s uma hora depois o PS questionou a sua identidade e funes, e o erro foi admitido.

Ponte tambm no foi muito especco. Questionado sobre quantos trabalhadores tero de sair, disse que isso depender das rescises amigveis. Mas adiantou j ter 50 pessoas interessadas. O presidente garantiu que a sua administrao convive muito mal com o despedimento na RTP, e convive muito mal com o desemprego em Portugal. Prometeu procurar evitar a todo o custo as rescises que no sejam voluntrias. S em ltimo recurso recorreremos ao despedimento colectivo e neste momento nem sequer se equaciona. Alberto da Ponte tambm advertiu que far, ao mesmo tempo, redues noutras reas, como as contrataes de trabalho externo, onde acredita que conseguir fazer poupanas superiores s que esto previstas. At enumerou algumas reas onde agradecia que a tutela lhe desse uma folga, como os oito milhes de euros com que a RTP tem que nanciar o cinema ou os 2,7 milhes de euros transferidos para a Sociedade Portu-

guesa de Autores. Cada 45 mil euros poupados um trabalhador a menos que tem que sair, acrescentou. J quanto ao futuro dos centros regionais dos Aores e da Madeira, o presidente admitiu que poder fechar delegaes regionais, mas ainda no sabe quantas e quais sero. Mas prometeu que a comisso de trabalhadores (CT) ser a primeira a ser informada. Sobre as receitas disse que concorda que a RTP no receba indemnizao compensatria, cando apenas com os cerca de 45 milhes de euros de receitas comerciais e os 140 milhes de euros da contribuio para o audiovisual. Mas a RTP far um estudo para saber se os portugueses estaro dispostos a pagar mais, e se aumenta a taxa j em 2104. Se no, haver aumento de 2,25 para 2,29 euros em 2016. Sobre as crticas da CT de que este plano seria ilegal porque ainda no tem o seu parecer, Alberto da Ponte disse que tem recebido sempre a CT e que tudo foi feito dentro dos prazos e da lei.

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | PORTUGAL | 11

Zorrinho retira-se do debate sobre a reforma do Estado


Governo Filipa Dias Mendes
Ao perceber que a iniciativa tinha origem no Governo, o lder parlamentar do PS excluiu-se do ciclo de conferncias do ISCSP
O lder parlamentar do PS cancelou a sua presena num debate sobre a reforma do Estado, no Instituto Superior de Cincias Sociais e Polticas (ISCSP), a 14 de Maio, aps tomar conhecimento de que a iniciativa poltica, sendo patrocinada pelo Ministrio das Finanas. Esta posio foi transmitida por Carlos Zorrinho numa carta que enviou ao presidente do ISCSP, Manuel Meirinho. Esse debate o quarto de uma srie de seis conferncias que arranca j na segunda-feira e que ser aberta ocialmente pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sobre o tema Sociedade Aberta e Global: das Funes do Estado e Polticas Pblicas Administrao Pblica. Nesse primeiro dia de discusso participam personalidades da direita e da esquerda, como Adriano Miranda, Correia de Campos, Lus Amado, Diogo Leite Campos, Lus Fontoura e Guilherme dOliveira Martins. Na carta, divulgada pela Lusa, Carlos Zorrinho refere que foi h algumas semanas convidado para participar num debate sobre a reforma do Estado promovido pelo ISCSP. No foi a primeira vez que recebi convites deste teor do ISCSP e por vrias vezes participei em iniciativas que mantiveram o seu contexto acadmico. Neste convite no fui em nenhum momento informado de que a organizao no era uma iniciativa acadmica, mas uma iniciativa poltica patrocinada pelo Ministrio das Finanas, justica o presidente do grupo parlamentar do PS. Carlos Zorrinho diz que vericou na comunicao social que o Governo, atravs do Ministrio das Finanas (com a conivncia aparente do ISCSP), fez um aproveitamento lamentvel da sua boa-f e vontade de participao e cidadania. Neste quadro informo que retiro a minha disponibilidade para participar no referido ciclo de debates, acrescenta. A agenda das conferncias foi ontem divulgada e prev a participao de vrios ex-governantes da rea do PS como Antnio Figueiredo Lopes, Alberto Costa, Rui Pereira e Bruto da Costa, alm de Lus Amado e Correia de Campos. A agenda das conferncias tem a chancela do ISCSP e do INA Direco-Geral da Qualicao dos Trabalhadores em Funes Pblicas. O encerramento est previsto para o dia 18 de Junho, pelo Presidente da Repblica, Cavaco Silva.
Lei da limitao de mandatos a nica mudana positiva do sistema poltico recente, diz Marques Mendes

Breves
Partido a votos

Denncias de venda de armas portuguesas para o Iro datam de 1980


Camarate Nuno Ribeiro
Director do Portugal Hoje no recorda os factos. A investigao ter sido do jornalista Celestino Amaral, j falecido
As primeiras denncias de venda de armas portuguesas para o Iro comearam em 1980. Na edio de 11 de Novembro daquele ano, o dirio Portugal Hoje titulava: Uma hiptese que compromete a neutralidade do nosso pas, armas portuguesas para o Iro. O trco de armas para aquele pas agora apontado como um dos motivos da sabotagem do Cessna que em 4 de Dezembro de 1980 caiu em Camarate. O alvo do atentado seria o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, que se opunha queles negcios. O primeiro-ministro Francisco S Carneiro encontrou a morte porque, ltima hora, escolheu aquele aparelho para rumar ao Porto. A Assembleia da Repblica foi ontem palco da mais breve reunio da X comisso parlamentar de inqurito tragdia de Camarate: durou pouco mais de 15 minutos. Durou apenas uma ronda de perguntas a audio de Joo Gomes, director do Portugal Hoje. No sei rigorosamente nada, talvez tenha sido de um jornalista baixo que foi para o Expresso e j morreu, disse o antigo director. Mais tarde, ao ser pronunciado o nome de Celestino Amaral, Joo Gomes atribuiu-lhe a autoria. A deputada socialista Isabel Oneto, em 1980 estagiria do jornal, recordou que a notcia de venda de armas para o Iro foi um trabalho de vrios meses. H 33 anos, o jornal no apurou nada de concreto. Deixou perguntas ao Governo quanto existncia de pareceres, a possvel participao de capital estrangeiro na Explosivos da Trafaria ou sobre a passagem de avies da African Air Charters por Portugal. Na edio seguinte, a 12 de Novembro, uma nota conjunta dos ministrios dos Negcios Estrangeiros e da Defesa Nacional, cujos titulares eram, respectivamente, Freitas do Amaral e Amaro da Costa, referia que o Governo no tinha autorizado nem iria autorizar qualquer venda de armas ou munies ao Iro. Naquela reaco, o executivo liderado por Francisco S Carneiro assegurava que nenhuma entidade estrangeira tomaria posies na sociedade portuguesa de explosivos e que no seria autorizado o trnsito de avies militares de qualquer procedncia transportando armamento ou munies com destino ao Iro. A resposta no satisfez o jornal, que avanou com a presena de armas portuguesas no Iro atravs de interposta pessoa. O dirio sublinhou a existncia de interesses estrangeiros, designadamente israelitas, que teriam levado a conversaes e pareceres sobre a indstria portuguesa de armamento.

CDS marca comisso poltica com congresso na agenda


O lder do CDS-PP, Paulo Portas, convocou uma reunio da comisso poltica para dia 23, sbado, em Lisboa. Na agenda esto as eleies autrquicas e a marcao do congresso, numa altura em que se cumprem os dois anos de mandato para que foram eleitos os rgos nacionais. A reunio magna do partido tem de ser marcada com uma antecedncia de dois meses, podendo acontecer em Maio. A comisso poltica acontece uma semana depois da divulgao dos resultados da stima avaliao da troika. Desencontros esquerda

Ontem, no ISCSP, foi a reforma do sistema poltico que esteve em cima da mesa. Lus Marques Mendes, expresidente do PSD, lembrou a lei de limitao de mandatos autrquicos como um passo muito importante na reforma do sistema poltico. No entanto, considerou que tudo o resto continua por mudar. Manuel Meirinho, ex-deputado independente pelo PSD e dirigente do ISCSP, lembrou que os indicadores de conana na poltica portuguesa caram para nveis de 20% e a militncia nos partidos apresenta hoje quebras entre 70% e 80%. Neste cenrio, o politlogo considerou que a reforma do sistema eleitoral s ser concretizada por via das elites ou por via da cidadania. No entanto, avanou que no temos uma sociedade participativa e no temos tido elites polticas.

PS no aceita discutir demisso do Governo, PCP recusa coligaes


O lder parlamentar do PCP revelou ontem que o PS recusou a proposta dos comunistas para a realizao de um encontro sobre a necessidade de demitir o Governo e afastou qualquer hiptese de aliana autrquica dos dois partidos. O PS acabou de nos responder que no v razes para que esse encontro se realize, afirmou Bernardino Soares em declaraes aos jornalistas no Parlamento. O PS enviou na segunda-feira ao PCP e ao BE uma carta a propor reunies para discutir coligaes. O BE admitiu reunir-se com o PS.

Matos Rosa presidiu reunio


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12 | PORTUGAL | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Empresa que vendeu blindados perde licena e fala em retaliao poltica


Milcia interps providncia cautelar contra o Estado para reverter situao e saber motivos em segredo de Estado que levaram ao cancelamento da licena. Governo explica deciso com juzo negativo do GNS
FERNANDO VELUDO/NFACTOS

Justia Pedro Sales Dias


A Milcia, a empresa que vendeu dois blindados ao Estado para a PSP usar durante a Cimeira da NATO em Lisboa, em 2010, est proibida de exercer o comrcio de armamento e negociar bens e tecnologias militares. A empresa de Vila Nova de Gaia, que se envolveu numa polmica com o Ministrio da Administrao Interna quando o Governo decidiu denunciar o contrato e rejeitar a compra dos restantes quatro blindados, perdeu a licena no seguimento de um parecer negativo do Gabinete Nacional de Segurana (GNS). A deciso foi depois tornada denitiva pelo ministro da Defesa Nacional, Jos Pedro Aguiar-Branco, num despacho recentemente publicado em Dirio da Repblica. A renovao da licena pedida de trs em trs anos. O proprietrio da Milcia, Antnio Amaro, cou surpreendido com a deciso, que demorou dois anos a chegar, e acusa o Governo de retaliao poltica. Nada explicaram sobre as verdadeiras razes que esto na origem da deciso. No GNS, disseram-me que no podem dizer porque est sob segredo de Estado, critica Amaro, para quem isto est relacionado com a polmica dos blindados. Na altura, coloquei uma aco contra o Estado e a minha atitude beliscou a sensibilidade de muitos militares e polticos que esto no centro destas decises. Antnio Amaro j interps uma providncia cautelar contra a deciso no Tribunal Administrativo de Lisboa e promete intentar uma aco contra o Estado exigindo uma indemnizao pelos danos causados. Como que possvel que uma deciso deste tipo seja tomada sem ser explicado o motivo? O meu cliente no arguido em nenhum processo e eu vejo-me na obrigao de o defender perante acusaes desconhecidas, disse ao PBLICO o advogado Tiago Rodrigues Bastos. Segundo o causdico, os defensores do Estado continuam a alegar em tribunal o segredo. O tribunal, se quiser saber os motivos, ter de obrigar o Estado a revelar o que est por detrs do segredo de Estado, disse ainda. A Milcia continua a operar na venda de fardamento, botas e outros materiais fora da

Alm de blindados, a empresa Milcia vende diverso equipamento para as foras de segurana

esfera do armamento. Sou broker (intermedirio) e posso negociar armamento desde que ele no passe depois pela Europa, explica Amaro, dando conta das consequncias da perda de licena em Portugal. De acordo com o decreto-lei que dene as condies de acesso ao negcio de armas, a revogao da licena pode ocorrer quando o Estado considerar que no possui idoneidade quem tenha comprovadamente tido envolvimento no trco ilcito de armas ou de outros bens e tecnologias militares, na violao de embargos, tenha sido condenado no pas ou no estrangeiro por crimes de furto, roubo, burla, extorso e corrupo. No sou arguido em nenhum processo, no tenho dvidas Segurana Social ou Finanas e to-pouco tenho uma multa de trnsito para pagar, acusa Amaro, lembrando que o Governo d a licena a empresas que esto em estado de insolvncia, mas recusa a mesma a uma empresa que tem 20 funcionrios e que conseguiu ultrapassar diculdades enormes precisamente colocadas pelo Estado. A Milcia mantm ainda hoje, numa fbrica do Canad, os quatro blindados que nunca chegaram PSP. Hoje valem 700 mil euros. Tive de pagar com juros o milho de euros que pedi ao banco e quase pedimos insolvncia, confessa o empresrio. Em 2010, no mbito de um acordo com o Estado, a Milcia retirou a queixa e recebeu 300 mil euros pelos dois veculos entregues. O director-geral do GNS, almirante Torres Sobral, para quem o Ministrio da Defesa remeteu todas as questes, no quis prestar declaraes. J o gabinete do primeiro-ministro, sob cuja dependncia directa funciona o GNS, no comentou o recurso ao segredo de Estado e explicou apenas que a Autoridade Nacional de Segurana [que dirige o GNS] emitiu um juzo negativo renovao da credenciao de segurana da empresa, fundamentado na apreciao concreta das informaes remetidas ao GNS por vrios departamentos do Estado. O Governo referiu ainda que a Milcia pode apresentar-se a concursos de aquisio que vierem a ser realizados para material que no conste da Lista Militar Comum da UE, que no requer uma credenciao de segurana.

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | PORTUGAL | 13


Combate a incndios vai custar 78,5 milhes
Proteco civil
O combate aos incndios orestais vai custar este ano 78,5 milhes de euros, o que reecte um aumento de quase 5% em relao a 2012, revelou ontem o ministro da Administrao Interna. Miguel Macedo, que presidiu a reunio do Conselho da Proteco Civil que aprovou o Dispositivo Especial de Combate a Incndios Florestais (DECIF) para 2013, salientou o acrscimo de quatro milhes de euros no montante global para o combate a incndios. O governante assinalou tambm o reforo em 11% das verbas destinadas s corporaes de bombeiros, que totalizar 2,3 milhes em 2013. Miguel Macedo referiu ainda que sero despendidos 1,3 milhes de euros para a aquisio de rdios, a serem distribudos pelas corporaes de bombeiros de todo o pas, que vo passar a dispor de seis aparelhos, em vez dos trs do ano passado. A constituio de dez grupos de reforo de ataque ampliado, denominados GRUATA, a utilizao de mquinas de rastos, no apoio s aces de combate a incndios orestais, e a cooperao com a Fora Area Portuguesa, que disponibiliza o avio C-295M, so outras das alteraes signicativas no DECIF para 2013. Miguel Macedo apresentou ainda o programa de integrao de reclusos em aces de preveno e vigilncia dos incndios orestais, na primeira das trs fases do sistema de combate. Alm de realar a inteno de se aprofundar a formao especializada do dispositivo, o ministro da Administrao Interna referiu-se instalao de um sistema de apoio e monitorizao de incndios orestais, um projecto-piloto no Parque Natural da Peneda-Gers, com 13 sistemas com tecnologia nacional para a deteco de fumo. O DECIF consagra quatro fases de perigo, cujo perodo crtico a fase Charlie decorre de 1 de Julho a 30 de Setembro, com um total de 237 postos de vigia, 1172 equipas, 1976 veculos e um total de 9337 operacionais, distribudos por equipas de vigilncia (676), de vigilncia e ataque inicial (396) e de combate (1102). Durante as fases Bravo (15 de Maio a 30 de Junho), Charlie e Delta (1 a 31 de Outubro), sero utilizados 45 meios areos, no total, juntando-se os helicpteros com brigadas e o helicptero Allouete III e o C-295M da Fora Area.

Isaltino pondera apresentao de nova reclamao junto do Tribunal Constitucional


Justia Jos Antnio Cerejo
Defesa do autarca diz que ainda tem um recurso pendente no Supremo Tribunal de justia
O novelo constitudo pelo processo em que Isaltino Morais est condenado a dois anos de priso poder estar ainda longe de se deslindar. Apesar de anteontem ter sido conhecida mais uma deciso do Tribunal Constitucional (TC) desfavorvel s teses do arguido, os seus advogados continuam convencidos de que o Tribunal de Oeiras no poder, por enquanto, ordenar a sua priso. De acordo com Rui Eli, um desses advogados, a defesa dispe agora de dez dias para analisar a deciso sumria proferida pelo TC. At ao nal deste prazo vamos ponderar o meio de reaco, sendo certo que a lei prev, para estes casos, a possibilidade de reclamar para a conferncia do TC, explica Rui Eli. O mandatrio de Isaltino, porm, no se pronuncia sobre se tal reclamao impede, ou no, o trnsito em julgado da condenao e a emisso de mandados de captura contra o seu cliente. A defesa do autarca sustenta que o acrdo condenatrio, de 2010, ainda no transitou em julgado, o que signica que ele no pode ser preso enquanto isso no acontecer. O Ministrio Pblico, todavia, entende que isso j aconteceu h mais de um ano e meio e que a juza j devia ter mandado prender o arguido. Para l da reclamao que venha a apresentar sobre a ltima deciso do TC, Rui Eli arma que est ainda pendente um recurso extraordinrio para xao de jurisprudncia no STJ. Este recurso tem a ver com a existncia de dois acrdos da Relao que so contraditrios no que se refere ao facto de a condenao j ter, ou no, transitado em julgado. O advogado tambm nada diz quanto aos efeitos da pendncia deste recurso na execuo da sentena, embora, ao longo do tempo, Isaltino tenha sempre sustentado que enquanto houver recursos pendentes ele no poder ser preso. No entanto, o facto de se tratar de um recurso extraordinrio signica, em princpio, que no impede a execuo da sentena. Rui Eli nega, por outro lado, que o TC, na sua ltima deciso, se tenha negado a apreciar o recurso apresentado por ele no preencher os requisitos legais , garantindo que isso sucedeu apenas em relao a uma parte, mas no em relao a outra nada mais adiantando.

14 | PORTUGAL | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Prevenir suicdios prioritrio em 48 concelhos e junto da populao idosa


Estudo apresentado ontem na Amadora diz que cada portugus que pe m vida representa um custo elevado: 300 mil euros, s em custos tangveis. Coordenador da sade mental contesta clculos
ADRIANO MIRANDA

Sade Andreia Sanches


Na primeira metade da dcada de 80 havia uma mdia anual de 236 suicdios declarados na populao com mais de 65 anos. No perodo 2005-2009, a mdia anual superou os 400 bitos por ano. Um aumento de 76% (quando na populao em geral foi de 11%). So nmeros como este que levam o coordenador portugus da Aliana Europeia contra a Depresso, Ricardo Gusmo, a dizer que a populao idosa deve ser alvo de ateno particular. O suicdio uma complicao mdica das doenas mentais, em particular da depresso, mas o psiquiatra acredita que muitas destas pessoas no passam sequer pelo sistema de sade. Ricardo Gusmo tambm defende que h um grupo de concelhos do pas 48 que devem ser considerados prioritrios em matria de preveno do suicdio. Localizam-se, essencialmente, no Litoral Norte e Centro do pas, na regio de Lisboa e no interior do Alentejo. Concentram 55% da populao. E registam mais de metade das mortes provocadas por suicdio declarado (cerca de mil/ano em todo o pas) e por causas violentas indeterminadas (mil, tambm, que em 75% dos casos, estima o psiquiatra, escondero suicdios). As recomendaes foram feitas ontem, na Amadora, durante a apresentao do OSPI, um projecto que junta investigadores de dez pases para criar um modelo de preveno do suicdio na Europa. O OSPI est a ser testado na Alemanha, Hungria, Irlanda e Portugal onde foi aplicado na Amadora ao longo de 18 meses com um resultado que Ricardo Gusmo considera signicativo: uma reduo das tentativas de suicdio em 23%. Mas alguns dados deste estudo levantam dvidas. O director do Programa Nacional de Sade Mental, que tambm coordena a equipa que est a preparar o plano de preveno do suicdio que ainda este ms ser entregue ao Ministrio da Sade, acha excessivo, por exemplo, que se diga que cada portugus que se suicida representa um custo de 300 mil euros, s em despesas tangveis, tal como o relatrio do OSPI refere

Governo quer dar ateno a reclusos, agentes das foras de segurana e pessoas com orientao sexual diversa

Certides de bito electrnicas

director-geral da Sade, Francisco George, no falou directamente dos nmeros da discrdia: o estudo apresentado pelo psiquiatra Ricardo Gusmo diz que em cada ano morrem 2000 pessoas por suicdio, contabilizando mortes violentas por causa indeterminada, para alm dos suicdios oficiais. No frum de apresentao dos dados, Francisco George preferiu falar do Sistema de Informao dos Certificados de bito (SICO) que se encontra em fase de experimentao em vrios zonas do pas (nomeadamente no Norte e no Centro e, desde Fevereiro, no Funchal). No

registo em papel, h muitas vezes subtraco da causa de morte. Esse tempo acabou, afirmou. O sistema que ser usado por unidades de sade, institutos de medicina legal, e todos os que trabalham na certificao de bitos acabar por ser generalizado a todo o pas. O secretrio de Estado da Sade, Leal da Costa, admite, no entanto, que o problema da subnotificao do suicdio tambm tem a ver com a presso das famlias para que este no seja declarado seja por questes relacionadas com o estigma, seja por causa de problemas com seguros, por exemplo.

e o PBLICO ontem noticiou. Esta armao agura-se manifestamente excessiva, sobretudo tendo em conta que a mais elevada taxa de suicdio nos idosos, cuja esperana de vida e situao econmica (na sua maioria pensionistas) comprometem tal projeco, diz lvaro de Carvalho. O valor includo no estudo foi calculado por David McDaid, da London School of Economics. McDaid defende que os custos do suicdio devem ser calculados de forma a constituir uma motivao adicional para que se faa um esforo de preveno destas tragdias. lvaro de Carvalho contesta ainda que se diga que 75% das mortes por causas violentas indeterminadas so suicdios escondidos. Faltam estudos que digam que isso rigoroso. E diz que vai esperar o relatrio nal do OSPI para esclarecer outras dvidas.

O secretrio de Estado adjunto do ministro da Sade, Fernando Leal da Costa, tambm no subscreve os dados apresentados difcil saber se 75% das mortes indeterminadas so mesmo suicdios. Mas elogiou o projecto que envolveu, na Amadora, centenas de pessoas, com aces de formao, de padres a mdicos, e constituio de grupos de autoajuda. A poucos dias de ser conhecido o plano nacional de preveno do suicdio, prometeu que idosos, pessoas com orientao sexual diversa, membros de fora de segurana e reclusos sero alvo de ateno especial. E quando tanto se fala na crise econmica do pas, diz que prematuro analisar um eventual efeito nos nmeros do suicdio. Garante, contudo, que h instrumentos para analisar o impacto das polticas do Governo na sade da populao.

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | PORTUGAL | 15

Alunos do 4. ano no faro exames nas respectivas escolas


RUI GAUDNCIO

Mais de 300 crianas recorreram Linha SOS devido situao financeira dos pais
Crise Rita da Nova
Desde que bem gerida, a crise pode ter impactos positivos no crescimento das crianas, dizem psiclogos
Mais de 300 crianas preocupadas com a situao econmica dos pais ligaram para a Linha SOS Criana, do Instituto de Apoio Criana (IAC), durante o ano passado. So crianas entre os 10 e os 12 anos que comeam a perceber que o dia-a-dia delas pode no continuar a ter a mesma estabilidade e ligam para acalmar angstias e ansiedades, explica Manuel Coutinho, psiclogo clnico e secretrio-geral do IAC. O nmero de chamadas deste tipo aumentou quase 8% em 2012 face ao ano anterior e traduzem, segundo Manuel Coutinho, situaes em que a crise ainda est no plano terico. Estes casos, desde que no sejam de privao real, ajudam-nas a ser adultos preparados, mais estruturados e que sabem gerir melhor os seus recursos, adianta. positivo que as crianas falem destes assuntos, mas a crise deve ser-lhes explicada sem alarmismos, ressalva. A abordagem correcta junto destas crianas no passa, para o psiclogo Eduardo S, por criar uma realidade positiva, estilo corde-rosa. Segundo o psiclogo, o que se lhes deve dizer a verdade, porque elas percebem o que se est a passar sua volta desde o primeiro momento. Na faixa etria dos 10 aos 12 anos, as crianas j tm capacidade de verbalizar aquilo que as preocupa e tomam estas iniciativas [de pedir ajuda a terceiros] junto de quem sabem que poder ajudar as famlias, adianta Eduardo S, cujo trabalho se centra em questes relativas a crianas e a famlias. Situaes de fragilidade econmica e nanceira no seio das famlias, por exemplo quando ambos os pais esto desempregados, podem causar casos de ansiedade e sofrimento nos mais pequenos. Contudo, Eduardo S considera que esta conjuntura pode no ter implicaes negativas no desenvolvimento e na formao destas crianas enquanto futuros adultos. O sofrimento, quer queiramos quer no, empurra-nos para um crescimento precoce e se isso for bem gerido pelos pais no necessariamente mau, conclui. As estatsticas elaboradas pelo Instituto de Apoio Criana revelam ainda que foram apoiadas 6872 crianas durante o ano passado, 2760 delas atravs da linha telefnica SOS Criana. Dessas, 608 necessitaram de encaminhamento especco. Embora se chame SOS Criana, a linha tambm recebe chamadas de adultos, nomeadamente com o propsito de denunciar situaes de negligncia, maus tratos fsicos e psicolgicos ou abusos sexuais a menores. Em 2012, foram contabilizados cerca de 2300 contactos feitos por adultos. Ao todo, desde a sua criao em 1988, a Linha SOS Criana j recebeu mais de 77 mil chamadas; 2004 foi o ano em que se registaram mais pedidos de ajuda por esta via. Tambm possvel contactar com o IAC atravs de um endereo de email, mas as estatsticas indicam que, entre 2011 e 2012, houve um decrscimo de apelos relativos a situaes de crianas e jovens a precisar de apoio usando deste meio. No ano passado, 389 pessoas enviaram pedidos de ajuda SOS Criana atravs de correio electrnico, enquanto durante 2011 tinham sido registados quase 700.

Educao Graa Barbosa Ribeiro


Ministrio est a dar indicaes s direces escolares para que congreguem o maior nmero possvel de alunos
O Ministrio da Educao e Cincia (MEC) est a avisar os directores escolares de que devero congregar no mesmo espao, nomeadamente nas escolas sede dos respectivos agrupamentos, o maior nmero possvel de alunos do 4. ano que, em Maio, vo fazer os exames nacionais de Matemtica e Portugus. Albino Almeida, da Confederao das Associaes de Pais (Confap), critica a medida, que vai perturbar as crianas de nove anos e o trabalho das escolas que as acolhem, mas admite que ela inevitvel. Talvez o Governo perceba, de uma vez por todas, que a confuso, a perturbao e at a despesa provocadas pelas provas nacionais do 4. ano esto longe de corresponder aos benefcios, disse. Apesar de considerar criticvel que os alunos sejam deslocados para a escola sede para fazer os exames de m do 1. ciclo, que este ano se realizam pela primeira vez, o representante dos pais admite que no seria fcil fugir-lhe. Deveremos ter cerca de 100 mil crianas no 4. ano. Mesmo juntando-as nas escolas sede, estamos a falar de uma gigantesca operao logstica, tendo em conta que as provas tero de ser entregues, no prprio dia, por militares da GNR, como acontece nos casos de exames nacionais realizados noutros nveis de ensino, lembrou. O MEC justica a opo pelas maiores exigncias de segurana e equidade a que este novo gurino das provas obriga, de forma a garantir que a avaliao se realize nas melhores condies.

Associaes de pais criticam deciso do MEC sobre exames Os dirigentes das duas associaes de directores de escolas, Manuel Pereira e Filinto Lima, no tinham, ontem, recebido ainda a noticao da Direco-Geral dos Estabelecimentos Escolares. Frisaram, contudo, que a concentrao dos alunos que tm provas de Portugus e de Matemtica no nal do 1. ciclo do ensino bsico, a 7 e 10 de Maio, respectivamente, levanta inmeros problemas. O que que eu fao nesses dias aos alunos que tm aulas na escola sede? Mando-os para casa?, questiona Filinto Lima, dirigente da Associao Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Pblicas (ANDAEP). Manuel Pereira, da Associao Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), disse querer saber quem vai pagar e assegurar o transporte das crianas. Director do agrupamento de escolas de Cinfes, lembra que h alunos que vivem a 35 quilmetros da escola sede, que tero de ser percorridos por estradas em mau estado de conservao. No caso nico: a situao semelhante das restantes localidades do interior do pas, frisou, quando contactado pelo PBLICO. No ofcio que est a chegar s escolas, a administrao escolar sublinha que para que a organizao e acompanhamento do servio possam ocorrer no respeito pelas normas e orientaes do Jri Nacional de Exames, importa conhecer urgentemente a rede de escolas onde se iro realizar as provas. Pede-se que as informaes sejam fornecidas, impreterivelmente, at 18 de Maro de 2013. Recorda ainda que a vigilncia dos exames dever ser assegurada por dois professores, escolhidos de entre os que no leccionam o 1. ciclo e os que no pertencem a um grupo de docncia da disciplina sobre a qual incide a prova. Para alm disso, ter ser criado um secretariado de exames residente no estabelecimento onde estas efectivamente tm lugar, frisa. Neste primeiro ano em que os alunos fazem exames no nal do primeiro ciclo, est estipulado que os alunos do 4. ano que chumbarem na primeira fase tero a possibilidade de repetir as provas a 9 e 12 de Julho. Quem estiver nesta situao ter um perodo de acompanhamento extraordinrio, j depois do nal do ano lectivo. Este apoio no tem carcter obrigatrio.

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16 | LOCAL | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Homem morreu soterrado mas salvou filha com um abrao


Deslizamento de terras na ilha de So Miguel fez trs vtimas mortais. Quem sobreviveu ao trambolho descreve um cenrio desolador. Na Terceira, h dois feridos e 30 desalojados por causa das inundaes
RUI SOARES

Aores Tolentino de Nbrega


O temporal abateu-se anteontem sobre o lugar de Burguete, na freguesia do Faial da Terra, em So Miguel, como um sopro. Em pouco tempo, um deslizamento de terras deixou soterradas trs casas. Numa delas vivia um homem, com 50 anos, que morreu na cama abraado lha, de cinco. Assim protegida, a menina sobreviveu. O pai, Antnio Americano, estava numa posio de proteco da lha, contou ao PBLICO o presidente da Cmara da Povoao, Carlos vila. Coberta de lama e com ramos e terra na boca, segundo relataram os vizinhos Lusa, a criana estava viva e foi retirada de casa, juntamente com a me e as irms de oito e 16 anos, ilesas. O homem estava j morto quando os bombeiros chegaram, pouco depois da meia-noite. Mas no era o nico. Na casa ao lado, que cou completamente soterrada, moravam dois irmos com cerca de 30 anos, que no conseguiram escapar. Segundo o autarca, os dois irmos viviam sozinhos e eram portadores de decincia, o que ter dicultado a fuga. Os dois homens tinham passado o dia no centro de apoio da Santa Casa da Misericrdia da Povoao, como habitualmente, e regressaram a casa ao nal da tarde. Foram apanhados pela derrocada e as equipas de socorro apenas conseguiram recuperar os corpos ao incio da manh de ontem.

As equipas de socorro s conseguiram recuperar os corpos das vtimas mortais ao incio da manh de ontem

Trinta desalojados na Terceira

Um lme de terror
Os vizinhos que se salvaram descrevem um cenrio assustador. Foi como um sopro, em segundos estava tudo destrudo, conta Joo Silva, de 47 anos. Faltava pouco para a meia-noite quando o homem ouviu um vento estranhamente forte. Conseguiu fugir, com a mulher, Nomia, a lha e a neta de quase dois anos, saindo por uma janela. A famlia est agora abrigada na Casa do Povo de Faial da Terra, tal como cerca de dez famlias da zona, cujas casas caram danicadas. A casa onde viviam, arrendada ao Governo Regional, cava mesmo na base de uma enorme encosta cheia de rvores que, durante a noite, deslizou, lanando lama, pedras e

a vila de Porto Judeu, na ilha Terceira, duas pessoas foram hospitalizadas, 30 desalojadas e 23 habitaes inundadas devido chuva forte que assolou o arquiplago dos Aores. Os desalojados foram acolhidos por familiares. Em So Miguel, o presidente do Governo dos Aores, Vasco Cordeiro, afirmou ontem que os servios regionais de apoio social e habitao esto a ajudar as famlias afectadas pela derrocada no Faial da Terra, Povoao. Segundo Vasco Cordeiro, que falava aos jornalistas no local onde ocorreu a derrocada, o Laboratrio Regional de Engenharia Civil

esteve a avaliar a zona e as construes e, consoante essa avaliao, depois sero tomadas as decises em conformidade. Os trabalhos de remoo dos escombros e limpeza da zona foram interrompidos s 9h30 (10h30 em Lisboa), por questes de segurana, aps ter sido resgatado o terceiro corpo. Entretanto, o Instituto Portugus do Mar e da Atmosfera (IPMA) passou os avisos de mau tempo para sete ilhas dos Aores de vermelho para laranja, prolongando-os at ao incio desta madrugada. As ilhas das Flores e Corvo, estavam sob aviso amarelo, por causa do vento.

rvores em cima de trs habitaes. Roberto Santos, 38 anos, vive um pouco mais abaixo, no centro da freguesia, a 300 metros do local do deslizamento, onde chegou meianoite e cinco, depois de ter ouvido o trambolho. Os dois irmos que morreram eram seus primos, um deles no tinha uma perna. Olha para as casas destrudas e lembra-se de um lme de terror, mas j sabe que, quando h uma derrocada assim, depois de dias a o de muita chuva, arranca tudo, no h perdo. As casas destrudas, apesar de terem cem anos, segundo o presidente da Cmara de Povoao, estavam recuperadas. A causa do deslizamento, disse Lusa, foi a enorme quantidade de chuva que caiu nos ltimos dias. Por outro lado, a zona propcia a isso, por ser muito montanhosa e a inltrao da chuva originar estes movimentos de vertente.

Mas h quem diga que nem sempre foi assim. lvaro Tavares, padrinho de um dos irmos que morreram, chegou ao local com o nascer do dia e lembra que na freguesia do Faial da Terra j viveram 2000 pessoas, estando hoje a populao reduzida a 200. Nesses tempos, antes da emigrao macia, todas aquelas encostas estavam cultivadas com vinha, diz, e os terrenos eram menos movedios. Depois, com o abandono dos campos, o mato e as rvores tomaram conta de toda a zona. Enquanto os homens observam os trabalhos dos bombeiros, as mulheres preferem o abrigo da Casa do Povo. Entre conversas, lgrimas e tambm j alguns sorrisos, vo ouvindo Nomia contar que esta a segunda derrocada que lhe atinge uma casa e sempre sobreviveu. Acredita que acontecer o mesmo quando vier a terceira. com Marisa Soares e Lusa

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | LOCAL | 17


DANIEL ROCHA

Centro de sade da Rua Luz Soriano fecha por estar em risco de desmoronamento
Lisboa
Unidade com 9 mil doentes tem funcionado em condies degradantes. Presidente da ARS disse-se chocado com o que l viu
O Centro de Sade da Rua Luz Soriano, no Bairro Alto, em Lisboa, vai fechar por estar em risco de ruir. O servio, cujos utentes protestam h muito contra as condies em que funciona, passar para outro edifcio, junto Praa da Ribeira. A deciso foi ontem conrmada agncia Lusa pelo presidente da Administrao Regional de Sade de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Lus Cunha Ribeiro, que, depois de uma visita ao centro de sade, se mostrou chocado com as condies degradantes em que os doentes ali tm estado a ser atendidos. Cho levantado, beto mostra, paredes gastas e pedaos de tectos a cair so visveis naquele centro de sade, onde esto inscritos mais de nove mil utentes. O edifcio tem quatro pisos, mas apenas o primeiro e o segundo esto a funcionar, porque os de cima tiveram de ser encerrados por perigo de carem. Pedimos um relatrio aos nossos engenheiros e Proteco Civil, que conrmaram a necessidade urgente de encerrar o edifcio, que est em risco de ruir e representa um grande perigo para as pessoas que aqui esto, disse Cunha Ribeiro. Tendo como alternativa distribuir os mdicos e utentes pelos centros de sade prximos ou transferir todos os servios para um edifcio em condies, o presidente da ARSLVT decidiu-se pela segunda e escolheu o antigo centro de assistncia aos tuberculosos, inactivo h mais de dois anos, junto Praa da Ribeira. Est em excelentes condies. Tem rede de telefones, informtica, rampa para decientes, ar condicionado, tem tudo. Precisa apenas de uma limpeza, alguma pintura e est pronto, armou Cunha Ribeiro. Para o presidente da ARSLVT, esta foi a melhor opo, porque vai implicar um baixo investimento, cerca de 20 mil euros, e as obras sero de curta durao, prevendo-se que esteja a funcionar no nal de Abril. Ciente de que os utentes do Centro de Sade Luz Soriano so na maioria idosos que ali acorrem h vrios anos, Cunha Ribeiro mostrou-se disposto a aceitar alternativas. Se preferirem ir para outros centros de sade que sejam mais perto de casa, tudo bem. E se for um grupo grande, at se transfere para l um mdico. Estou aberto a todas as opes para que as pessoas se sintam bem, mas aquele centro de sade vai mesmo fechar, concluiu.

Projectos para o porto de Lisboa criticados pelos vereadores

Autarcas da AML acusam Governo de inrcia no caso da Vimeca


Transportes Ins Boaventura
Vereadores da Mobilidade tambm se pronunciaram contra o projecto de instalao de um terminal de contentores na Trafaria
Os vereadores da Mobilidade e dos Transportes da rea Metropolitana de Lisboa (AML) pronunciaram-se unanimemente contra a deciso da empresa Vimeca de deixar de aceitar os passes intermodais nos seus autocarros, armando que se trata de um atentado ao direito mobilidade que vai prejudicar milhares de utentes. Os autarcas querem ser recebidos pelo secretrio de Estado de Transportes, que acusam de inrcia e aparente alheamento. Esta posio foi transmitida ao PBLICO por Joaquim Santos, coordenador do grupo de vereadores da Mobilidade e dos Transportes, que ontem se reuniu em Lisboa. Na ordem de trabalhos esteve, alm da denncia da participao nos passes intermodais pela Vimeca, a reestruturao do Porto de Lisboa. Joaquim Santos diz que a deciso da Vimeca, que tambm abrange a Scotturb, de elevada gravidade, pelo impacto que vai ter junto dos utentes, mas tambm porque vai contribuir para uma desarticulao no sistema de transportes metropolitano. mais um passo para a destruio dos passes sociais intermodais, acusa o vereador da Mobilidade do municpio do Seixal, lembrando que a Fertagus no aceita esses ttulos e que o Metro Sul do Tejo s o faz a troco do pagamento de um complemento de cerca de dez euros. O coordenador do grupo de vereadores critica tambm a transportadora por recusar reunir-se com os autarcas da Amadora, Cascais, Odivelas, Oeiras e Sintra, que lhe zeram um pedido nesse sentido. As crticas sadas da reunio de ontem dirigem-se igualmente ao secretrio de Estado dos Transportes, Srgio Monteiro, e Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa, pela sua ausncia de aco. Este assunto tambm tem merecido a ateno de vrios grupos parlamentares. Anteontem Os Verdes dirigiram vrias perguntas sobre ele ao Ministrio da Economia, semelhana do que o Bloco de Esquerda j tinha feito em Fevereiro (relativamente Vimeca) e no incio de Maro (sobre a Scotturb). O partido continua espera de respostas. Ainda na reunio dos vereadores da Mobilidade foram analisadas as linhas gerais anunciadas pelo Governo para a reestruturao do Porto de Lisboa. Joaquim Santos lamenta que as cmaras da regio no tenham sido informadas das intenes governamentais e que nada lhes tenha sido dito sobre o diagnstico da situao actual ou sobre a avaliao dos impactos das medidas previstas. E condena o facto de os municpios de Lisboa e Almada, os mais afectados, no terem sido auscultados. Os vereadores pronunciaram-se contra a instalao de um terminal de contentores na Trafaria, por violar o Plano Director Municipal de Almada, pelo impacto ambiental fortssimo que ter no esturio do Tejo e por considerarem que este equipamento iria entrar em competio com o terminal de Sines.

O SECUNDRIO SAIU DE CENA? AGORA QUE A AO VAI COMEAR..


M ar Ma ri is sa a Pe er rez e
(a un (al una n d da a UA AL L) )

Jo oo o Cajud aj jud da
(al a un uno no n o da da UA AL) L)

Candidaturas abertas Licenciaturas 2013/2014


Administrao de Unidades de Sade Administrao e Gesto Desportiva Arquitetura (Mestrado Integrado) Cincias da Comunicao Engenharia Informtica Economia Gesto Gesto e Administrao Pblica Informtica de Gesto Direito Histria Psicologia Relaes Internacionais
* para candidatos via 12 ano com mdia final de candidatura igual ou superior a 13 valores. Campanha vlida at 30 de setembro de 2013.
No dispensa a consulta das condies de campanha em www.ual.pt

WWW.UAL.PT | 808 29 29 29

18 | ECONOMIA | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Cortes permanentes da despesa podem ser feitos at ao final de 2015


Mais tempo para cortar na despesa e reduzir o dce pblico so os principais resultados da stima avaliao da troika. Medidas concretas dos cortes no sero apresentadas hoje por Vtor Gaspar
Avaliao da troika Sofia Rodrigues, Srgio Anbal e Raquel Martins
A troika parece ter-se assustado com o agravamento da recesso em Portugal e recuou, durante a stima avaliao do programa de ajustamento, em algumas das suas principais exigncias de austeridade. Aceitou que o pacote de cortes de despesa de 4000 milhes seja posto em prtica at 2015 e que as medidas concretas a tomar no sejam j anunciadas. Permitiu ainda uma exibilizao acentuada nos objectivos do dce para este ano e para os prximos. A apresentao dos resultados da avaliao da troika ser feita, hoje de manh, pelo ministro das Finanas em conferncia de imprensa. Para esta avaliao, a grande expectativa estava centrada nas medidas de reduo permanente da despesa que o Governo tinha prometido e que representariam uma poupana global de 4000 milhes de euros, conseguida at ao nal de 2014. No entanto, apurou o PBLICO, apesar de este ter sido um dos temas centrais das conversas entre Governo e troika durante os 18 dias que durou a avaliao, Vtor Gaspar no ir anunciar hoje quais as medidas concretas que foram escolhidas para cumprir esse objectivo. Em vez disso, o discurso do ministro das Finanas ir focar-se no facto de o plano de poupanas poder agora ser aplicado at ao nal de 2015, dispersando a conteno da despesa e as medidas de austeridade por um perodo de tempo mais largo. O alargamento do prazo para executar os cortes na despesa estrutural do Estado era uma pretenso que vrios responsveis do CDS zeram questo de manifestar publicamente nas ltimas semanas, mas tambm era apoiada por outros ministros do PSD. O que os partidos da maioria e do Governo vo querer salientar agora que, apesar de haver mais tempo para concretizar os cortes na despesa do Estado, o objectivo avanar mesmo com a reforma do Estado. E salientar que, mais do que o nmero dos 4000 milhes, o essencial reduzir a despesa estrutural do Estado. O CDS nunca fez nca-p neste nmero e preferia sublinhar a necessidade de reestruturar o Estado, fazendo poupanas. No PSD, este nmero, que foi anunciado pelo ministro das Finanas como a barreira a atingir, tambm agora desvalorizado. O facto de hoje, no serem, como estava previsto, apresentadas medidas concretas para o plano de cortes da despesa uma prova desta mudana de perspectivas.

Forte reviso dos dces


Numa primeira fase, o que se previa era que os cortes tivessem logo este ano um impacto de 800 milhes de euros, cando os restantes 3200 milhes reservados para 2014. Era assim que o Governo planeava atingir as metas de dce de 4,5% para este ano e de 2,5% no prximo. No entanto, tal como j tinha sido revelado no incio desta semana pelo presidente da Comisso Europeia, Duro Barroso, tambm as metas do dce foram revistas nesta avaliao. E de forma acentuada e j para este ano, revelar hoje o ministro das Finanas. O objectivo passar de 4,5% para um valor prximo dos 5%, o que permitir acomodar os efeitos do desempenho econmico mais negativo e evitar que tenham de ser postas em prtica ainda mais medidas oramentais de contingncia. A Comisso Europeia, nas previses econmicas apresentadas em Fevereiro, apontava para um dce pblico de 4,9% durante este ano. Na prtica, em termos nominais, o dce deste ano praticamente no ser corrigido. O que apenas ir acontecer que o Governo ter de compensar em termos oramentais o facto de a economia se voltar a contrair e a inexistncia de receitas de carcter extraordinrio, como aconteceu em 2012. Alis, muito provvel que a incluso das receitas provenientes da venda da concesso aeroporturia ANA nem venha

Governo ir anunciar hoje que a meta do dfice para este ano passar de 4,5% para perto dos 5%

Troika aceita rever indemnizaes


Contratos a termo baixam para 18 dias, contratos permanentes para 12
corte das indemnizaes por despedimento vai mesmo avanar a 1 de Janeiro de 2014, mas no ser igual para todas as situaes e os contratos a termo sero salvaguardados. O PBLICO apurou que a soluo final prev a existncia de dois escales. O primeiro reduz as indemnizaes de 20 para 18 dias de salrio, nos trs primeiros anos, e afectar os contratados a prazo. O segundo dirige-se aos novos trabalhadores com contratos permanentes, que tero uma indemnizao calculada com base em 12 dias de salrio por cada ano de servio. Este foi o resultado das

negociaes com a troika ao longo das ltimas semanas e que permitiu acomodar as reivindicaes da UGT, central sindical que ameaou romper o acordo de concertao, caso os 12 dias avanassem sem qualquer modulao. Assim, os trabalhadores com contratos a prazo ou que estejam no quadro h menos de 360 dias e que sejam despedidos tero direito a uma indemnizao calculada com base em 18 dias de salrio nos primeiros trs anos. J para os trabalhadores admitidos aps 1 de Janeiro de 2014, a indemnizao baixar mesmo para 12 dias. Joo Proena, secretrio-geral

da UGT, considera que a resposta encontrada responde a uma das principais reivindicaes da UGT, ao prever uma indemnizao maior visando os contratos a prazo. Globalmente, as respostas so positivas, mas que no respondem a todas as preocupaes da UGT. No estamos nada satisfeitos que para os contratos permanentes a indemnizao baixe para 12 dias, destacou em declaraes ao PBLICO. Esta medida s justificvel se for encarada como uma cedncia troika, face aos erros cometidos pelo Governo que, em Novembro de 2011, colocou no memorando que as indemnizaes deviam baixar

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | ECONOMIA | 19

4,9% 2%
Previso da Comisso Europeia para o dfice pblico este ano. A meta, que estava em 4,5%, foi novamente revista pela troika durante a stima avaliao
MIGUEL MANSO

Valor aproximado da nova previso para a contraco do PIB portugus este ano que sair da stima avaliao da troika ao programa

a ser aceite pelas autoridades estatsticas como vlida para reduzir o dce pblico, uma deciso que est quase a ser tornada pblica. Para 2014, a meta ambiciosa de corte para 2,5% ser completamente abandonada. A troika aceitou que o Governo no casse novamente obrigado a um esforo oramental to signicativo num ano em que se tem como objectivo (ou mesmo obrigao face ao crescendo de presses polticas e sociais) o regresso a taxas de crescimento positivas. O dce permitido no car muito longe do valor de 2013. Para 2015 e 2016, tambm sero feitas revises aos objectivos.

Excesso de austeridade explica derrapagem do programa de ajustamento da Grcia


Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas
Um excesso de austeridade explica por que que o programa de ajustamento grego est a dar resultados muito piores do que irlands, arma uma associao internacional de bancos num estudo em que deixa implcito que o ritmo acelerado de ajustamento oramental imposto a Atenas no teve em conta a especicidade da sua economia. O estudo, da autoria do IIF (Institute of International Finance), que h um ano negociou em nome de 400 bancos uma reestruturao da dvida grega, arma que a dose de austeridade imposta aos gregos excessiva e muito superior dos irlandeses, tendo provocado uma contraco de 20% da economia desde 2008 e uma exploso do desemprego para 26% da populao activa. Esta concluso poder servir de alerta para Portugal cuja economia est mais prxima da grega do que da irlandesa. O estudo alerta, alis, para que trs anos depois do incio da crise [da dvida europeia] e com contraces preocupantes da economia em Itlia, Espanha e Portugal, as diferentes experincias da Irlanda e da Grcia oferecem lies teis. Sedo seu programa de ajustamento que impe uma consolidao oramental adicional equivalente a 7,4% do PIB em 2013 e 2014, dos quais dois teros este ano, o que provocar uma nova contraco do PIB de 4 a 5 pontos e um agravamento da dvida em 9 a 10 pontos percentuais do PIB. Para quebrar este circulo vicioso e tornar a dvida grega mais sustentvel, o IIF conclui que a sua economia ter de voltar a crescer, o que s poder acontecer num cenrio de reajustamento das metas oramentais do seu programa para incorporar o til exemplo da Irlanda. Atenas precisar assim de mais tempo para reduzir o seu dce oramental para menos de 3% do PIB face data prevista de 2015 (o mesmo ano da Irlanda). Este tempo adicional conjugado com os fundos estruturais da Unio Europeia poder relanar o investimento pblico e converter uma espiral viciosa num crculo virtuoso, arma o IIF. Mais tempo para o ajustamento oramental poder signicar um nanciamento adicional por parte da zona euro e do FMI, reconhece o IIF, que considera, no entanto, que este custo ser muito menor do que aquele que poder vir a ser necessrio se a economia continuar a cair e as dvidas sobre a sustentabilidade da dvida permanecerem enraizadas.

Convergncia nas penses


Apesar da exibilizao das metas oramentais e do adiamento da apresentao de medidas concretas para o corte de 4000 milhes, na stima avaliao da troika avanouse na aplicao de vrias medidas. Uma das principais foi a convergncia entre os sistemas de penses, que ser acelerada. O assunto esteve em cima da mesa durante a stima avaliao e ter efeitos sobretudo no clculo das penses dos funcionrios pblicos mais antigos, reduzindo-as. Os trabalhadores que entraram no Estado at 31 de Agosto de 1993 tm uma penso calculada com base em duas parcelas. A primeira tem como referncia o salrio de 2005, revalorizado com base nos aumentos salariais dados funo pblica, enquanto a segunda calculada com base na mdia entre 2005 e o momento em que se reformar. O peso da primeira parcela poder baixar ou desaparecer, reduzindo a penso e atenuando a diferena face ao sistema privado. A convergncia entre a Segurana Social e a Caixa Geral de Aposentaes no nova. Os passos mais recentes entraram em vigor no incio desde ano e passaram por um aumento da idade da reforma na funo pblica para os 65 anos (o que s deveria acontecer em 2015) e por mudanas na frmula de clculo. Mas a troika exige mais, nomeadamente o Fundo Monetrio Internacional, que defende a existncia de um sistema nico. Esta soluo poder facilitar a vida ao Governo, porque no ter implicaes constitucionais e at o PS defende que deve haver uma convergncia entre os sistemas, partido que quando estava no Governo iniciou o processo.

Grcia serve de alerta a Portugal gundo o IIF, enquanto o ajustamento na Grcia representou 5,2% do PIB por ano entre 2010 e 2012, na Irlanda no chegou a 1% anual. Esta diferena resulta nomeadamente dos multiplicadores oramentais (o impacto da conteno oramental na economia) que, na Grcia, foram superiores ao dobro da Irlanda sobretudo porque a sua economia menos exportadora e mais vulnervel a quebras do consumo interno. Para agravar as coisas, a Grcia (cujas negociaes com a troika foram ontem interrompidas) est em risco de sofrer uma nova deteriorao da situao devido aos termos

para 8 a 12 dias e, em Novembro de 2012, assumiu que seriam 12 dias, acrescentou. Se a proposta suficiente para evitar que a UGT denuncie o acordo assinado na Concertao Social de Janeiro do ano passado, s na quarta-feira se saber, depois da reunio do secretariado nacional da organizao. Mas Joo Proena considera que no se justifica quebrar esse acordo. O Governo ter de alterar, em conjunto com os deputados, a proposta que j est no Parlamento (que prev a descida das indemnizaes para 12 dias por cada ano de casa) ou ento retirar o diploma e apresentar um novo. Raquel Martins

Cimeira europeia sem solues para a crise


Os lderes da Unio Europeia (UE) multiplicaram ontem os qualicativos para descrever a gravidade da situao do desemprego em vrios pases, sobretudo entre os jovens, embora sem conseguirem avanar aces concretas para o combater. Jean-Claude Juncker, primeiroministro do Luxemburgo, alertou chegada cimeira para os riscos de uma rebelio social nos pases mais afectados pelo desemprego, considerando que h duas possibilidades: Ou ignoramos os movimentos de rua e as manifestaes [de ontem] em Bruxelas e nas semanas anteriores em vrios pases, ou levamos a srio as reivindicaes que so fundadas. Em sua opinio, preciso encontrar uma nova interseco entre as polticas de consolidao oramental e as polticas de crescimento econmico. Duro Barroso, presidente da Comisso Europeia, sublinhou, por seu lado, que o fardo do desemprego sobre os cidados, sobretudo nos pases sob programa de ajustamento ligado ajuda externa, insuportvel. Apesar destas constataes, os lderes terminaram o primeiro dia de trabalhos da cimeira, consagrada situao econmica, sem qualquer soluo para o problema. O crescimento e o emprego no so algo que se possa comprar, [mas] um resultado para o qual temos de lutar, armou Herman van Rompuy, presidente do Conselho Europeu que presidiu aos trabalhos. Angela Merkel, chanceler alem, insistiu sobretudo na necessidade de os governos continuarem as reformas das suas economias, mesmo se os resultados em termos de crescimento e emprego demoram tempo. Merkel citou o exemplo do seu pas no incio dos anos 2000 e dos pases escandinavos durante a crise dos anos 1990, considerando que as boas prticas de uns governos podero servir de exemplo para os outros. Merkel defendeu ainda um grau de exibilidade do mercado de trabalho igual para os trabalhadores jovens e para os mais velhos, que, segundo armou, beneciam de regras mais rgidas. I.A.C., Bruxelas

20 | ECONOMIA | PBLICO, SEX 15 MAR 2013


PS no acredita que Pais Antunes aceite presidir Autoridade da Concorrncia
Concorrncia Cristina Ferreira
Pais Antunes no vai estar vontade para regular sectores de empresas s quais prestou servios, diz Baslio Horta
Para o PS, o convite a Pais Antunes para liderar a Autoridade da Concorrncia vai acabar por cair, enquanto o Bloco de Esquerda nota que a nomeao do dirigente socialdemocrata e advogado da PLMJ para liderar a entidade de regulao o PSD no seu pior. A eventual nomeao de Lus Pais Antunes para liderar a Autoridade da Concorrncia (AdC) comeou j a gerar controvrsia, mas o ministro da Economia ainda no anunciou ocialmente a sua escolha para substituir Manuel Sebastio frente da autoridade de regulao. Em causa est o facto de o nome em cima da mesa ser de um dirigente do PSD e scio de um escritrio de advocacia de negcios, a PLMJ, com clientes a operar em sectores regulados pela instituio, o que poder abrir a discusso sobre o eventual conito de interesses. J esta semana, Manuel Sebastio, actual presidente da AdC, veio conrmar que vai deixar a presidncia da entidade reguladora no nal deste ms. Para o substituir o ministro da Economia, lvaro Santos Pereira, que tutela o organismo, convidou Pais Antunes. Inquirido sobre esta possibilidade, o visado no a negou, mas recusou coment-la. Achamos estranho que se venha a conrmar a nomeao, pois o prprio dr. Pais Antunes no se sentir vontade para regular sectores onde esto empresas s quais prestou, ou ainda presta, servios prossionais de natureza jurdica, disse o deputado independente do PS, Baslio Horta, ex-presidente do Aicep, concluindo: Por isso, no acreditamos que o convite se conrme. o PSD no seu pior, refere Joo Semedo, deputado do Bloco de Esquerda (BE), que lembrou que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, fez campanha eleitoral a exigir grande iseno e transparncia nas nomeaes. O lder do BE diz mesmo que caso se conrme a nomeao de Pais Antunes para substituir Manuel Sebastio na presidncia da AdC, ento, a contradio ainda maior, pois, por maioria de razo, frente da entidade de regulao no deveriam estar pessoas ligadas a partidos. Para o deputado do BE a situao ainda mais grave, pois para alm de scio da PLMJ, Pais Antunes advogado de negcios, pelo que h fortes probabilidades de haver conito de interesses. Confrontado com as incompatibilidades entre a sua actividade enquanto advogado da PLMJ e a eventual presidncia da AdC, Pais Antunes desdramatiza. Essa uma realidade com a qual me confronto enquanto advogado. uma realidade com a qual vivo h muito anos e no algo que me preocupe, disse ontem de manh no nal de um debate sobre o Estado Social promovido pela Juventude Social Democrata. Pais Antunes, responsvel na PLMJ pela rea das telecomunicaes e tecnologias da informao, garantiu: se voltar a exercer funes pblicas, irei naturalmente respeitar o regime de incompatibilidades e impedimentos legalmente aplicvel, como sempre z no passado.
Pais Antunes dever ser o prximo presidente da AdC, em substituio de Manuel Sebastio

TAP dever conseguir travar a greve com proposta que mitiga cortes salariais impostos no OE
NELSON GARRIDO

Empresas pblicas Raquel Almeida Correia


Presidente da companhia convocou sindicatos para propor reposio das remuneraes retiradas e congeladas no passado
muito provvel que a greve convocada pelos sindicatos da TAP seja cancelada. O presidente da companhia convocou os representantes dos trabalhadores para uma reunio, que ocorrer hoje s 11h. No encontro, Fernando Pinto ir apresentar uma proposta, j articulada com o Governo, que permitir eliminar o impacto dos cortes salariais impostos no Oramento do Estado (OE) para 2013, atravs da reposio de algumas rubricas que tinham sido retiradas no passado. O PBLICO apurou que a administrao da transportadora area conseguiu encontrar uma forma de atenuar a reduo de vencimentos a que estava obrigada, depois de os regimes de adaptao que lhe foram concedidos em 2011 e 2012 terem sido eliminados este ano. A proposta que hoje ser apresentada aos sindicatos prev a reposio de componentes remuneratrias que foram eliminadas ou congeladas nos ltimos trs anos. Esta reposio permitir compensar por completo os cortes que o OE impe (entre 3,5 e 10%, isentando apenas os salrios inferiores a 1500 euros por ms). A soluo foi encontrada em estreita articulao com o Governo. Tal como o PBLICO noticiou ontem, Fernando Pinto esteve reunido com trs secretrios de Estado na passada tera-feira. Este encontro, que decorreu no Ministrio das Finanas, serviu para encontrar caminhos alternativos, que permitissem evitar a instabilidade laboral, sem ferir as regras do OE para 2013. Do lado do executivo, estiveram presentes o secretrio de Estado dos Transportes (Srgio Monteiro), a secretria de Estado do Tesouro (Maria Lus Albuquerque) e o secretrio de Estado da Administrao Pblica (Hlder Rosalino). E, alm do presidente da TAP, esteve tambm no encontro o ex-director de recursos humanos do grupo e actual responsvel pela rea de relaes laborais, Rocha Pimentel. O caso da CGD serviu de base soluo encontrada para a companhia de aviao porque o banco

Se a paralisao no for cancelada, j h servios mnimos fixados pblico conseguiu evitar uma dupla penalizao dos trabalhadores. Apesar de ter efectuado os cortes previstos no OE, ir repor as remuneraes variveis que cortou nos ltimos dois anos, por fora do regime de adaptao que lhe foi concedido. Alm da TAP e da CGD, tambm a SATA beneciou deste estatuto. handling e o dos tcnicos de manuteno, bastar uma deciso da direco. Apesar de a greve s ter sido convocada para se iniciar na prxima quinta-feira, o anncio dos protestos j causou fortes impactos na operao da TAP. Fonte ocial da companhia adiantou ontem ao PBLICO que j se registaram mais de 28 mil cancelamentos desde que o pr-aviso foi entregue. A transportadora area teve diculdades em realocar os passageiros em novos voos, programados para datas que no coincidam com a greve, porque a procura grande nesta poca do ano, o que faz com que haja pouca margem para transferncias. Caso a paralisao no seja cancelada, j h servios mnimos xados para os trs dias, que correspondem a apenas 13,4% da operao normal da TAP. O tribunal arbitral do Conselho Econmico e Social decretou como obrigatrios 114 voos, quando a companhia realiza diariamente cerca de 860 ligaes. Ficaram garantidos todos os voos de e para a Madeira e os Aores, bem como ligaes a alguns destinos internacionais. o caso de Angola, Brasil, Frana, Sua e Guin, por exemplo.

O Correio da Manh j noticiou que Pais Antunes foi advogado at h bem pouco tempo da Vodafone, que opera num sector regulado. Por seu turno, o Jornal de Negcios noticiou que a Zon Multimdia (em processo de fuso com a Optimus, cujo resultado necessita de um parecer da AdC) e o Barclays (envolvido na investigao por suspeita de cartelizao com mais 14 bancos a operar em Portugal) so alguns dos clientes da PLMJ. O Jornal de Negcios lembra ainda que a PLMJ tambm j teve clientes visados em processos movidos pela AdC, onde se incluem a Eurest e a Glintt. Entre 2002 e 2005, Pais Antunes assumiu as funes de secretrio de Estado do Trabalho dos governos encabeados por Duro Barroso e por Santana Lopes, sendo actualmente scio do escritrio de advocacia liderado por outro social-democrata, Jos Miguel Jdice. Nos anos 1990 foi director da Direco-Geral da Concorrncia e Preos, depois de ter passado pelo Tribunal Europeu e Comisso Europeia. com Raquel Martins

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mil reservas da TAP j foram canceladas desde que os sindicatos anunciaram a greve de trs dias, em perodo de frias escolares da Pscoa A proposta que hoje ser apresentada por Fernando Pinto dever chegar para que os sindicatos decidam cancelar a greve de trs dias, convocada para 21, 22 e 23 de Maro. Mas, para que tal acontea, ser necessrio que os sindicatos dos pilotos e dos tripulantes agendem uma assembleia geral para discutir o levantamento da paralisao com os associados. Para os restantes sindicatos, como o dos operadores de

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | 21


Mota Engil emitiu 175 milhes em obrigaes
Empresas Rosa Soares
Montante inicial da operao foi reforado em 100 milhes de euros, e ainda assim teve uma procura 3,29 vezes a oferta
A Mota Engil concluiu ontem e com xito a emisso de um emprstimo obrigacionista no montante de 175 milhes de euros, dirigido a investidores privados, a uma taxa de juro bruta de 6,85%. O grupo construtor reforou o montante inicialmente anunciado com mais 100 milhes de euros, elevando a operao a 175 milhes de euros, e, ainda assim, foi registada uma procura de 3,9 vezes a oferta. A emisso tem um prazo de trs anos, e foi subscrita por mais de 16 mil investidores, 98% dos quais domsticos. A Mota Engil foi a primeira empresa nacional a emitir dvida este ano, e eleva o total emitido por empresas e clubes de futebol nacionais desde 2010 a 2350 milhes de euros. S no ano passado, sete grandes empresas recorreram a este modo de nanciamento. Apesar de ainda no serem conhecidas outras emisses, a expectativa que mais empresas, especialmente de grande dimenso, venham a recorrer a este instrumento, como forma de colmatarem as diculdades de acesso ao nanciamento bancrio. Paula Carvalho, economista-chefe do BPI, partilha desta expectativa. Em declaraes ao PBLICO lembra que a banca portuguesa est condicionada pelas novas exigncias de rcios de crdito/depsitos de 120%, o que, na ausncia de uma crescimento signicativo dos depsitos, s pode ser conseguido pela reduo na concesso de crdito. As limitaes da banca nacional impelem as empresas a encontrar solues de nanciamento alternativas, defende Paula Carvalho, considerando que as taxas de juro a que esto a ser feitas estas emisses so aceitveis, e o prazo confortvel para as empresas. Na sesso de apuramento da emisso, e citado pela Lusa, o presidente do conselho de administrao do grupo, Antnio Mota, adiantou que a empresa vai tentar ganhar algumas concesses no Qunia, no Uganda e na Zmbia.

COMO LIDAMOS COM O ERRO

Bolsas
O DIA NOS MERCADOS
Dinheiro, activos e dvida
Divisas Valor por euro
Euro/Dlar Euro/Libra Euro/Iene Euro/Real Euro/Franco Suo 1,3001 0,8622 124,87 2,5635 1,2312

Dirio de bolsa
Portugal PSI20
6300 6050 5800 5550 5300

DOMINGO

ltimos 3 meses

Taxas de juro
Euribor 3 meses Euribor 6 meses 0,204% 0,326%

Aces
PSI20 Euro Stoxx 50 Dow Jones 2,55% 1,48% n.d.

Euribor 6 meses
0,43 0,375 0,350 0,325 0,300

Variao dos ndices face sesso anterior

Mais Transaccionadas
BCP BES EDP PT Sonae

Volume
45.319.303 12.211.687 10.828.787 5.049.334 2.608.766

IMIGRANTES ESCOLHERAM PORTUGAL E NEM A CRISE OS AFASTA


Como que cidados estrangeiros qualicados olham para a crise e para a forma como devemos sair dela?

ltimos 3 meses

Mercadorias
Petrleo Ouro 109,07 1590,3

Melhores
Sonaecom SGPS Altri SGPS SA Zon Multimdia

Variao
5,7% 4,49% 4,32%

Preo do barril de petrleo e da ona, em dlares

Obrigaes
OT 2 anos OT 10 anos 3,104% 5,918%

Piores
ES Financial Banif SA Semapa

Variao
-1,5% 0% 0,9%

Obrigaes 10 anos
7,75 7,25 6,75 6,25 5,75

Europa Euro Stoxx 50


2750 2700 2650 2600 2550

ltimos 3 meses

ltimos 3 meses

PSI-20
Nome da Empresa Var% Fecho ltima Sesso Volume Abertura Mximo Mnimo Performance (%) 5 dias 2012

PERSONAGENS DE FICO
2,55 6221,320 4,49 0 1,21 1,83 1,76 1,29 3,39 -1,5 1,21 1,87 1,38 3,82 3,65 2,02 0,9 2,000 0,132 1,173 0,111 0,983 0,550 2,440 4,040 5,180 12,140 15,785 1,910 4,161 2,840 2,272 6,860 1,668 0,610 0,727 3,527 87421050 6074,260 6221,320 6074,260 1093997 1031353 1758545 45319303 12211687 28532 10828787 1276858 112536 1726867 721649 283316 5049334 302085 221220 84464 1934782 316933 2608766 510036 1,916 0,132 1,162 0,110 0,970 0,550 2,360 3,955 5,259 11,995 15,550 1,899 4,035 2,715 2,220 6,799 1,585 0,595 0,700 3,364 2,000 0,132 1,184 0,111 0,994 0,551 2,440 4,047 5,259 12,140 15,785 1,914 4,181 2,840 2,272 6,897 1,668 0,610 0,728 3,529 1,914 0,131 1,159 0,109 0,967 0,545 2,351 3,923 11,995 15,510 1,882 4,015 2,715 2,216 6,700 1,583 0,595 0,700 3,364 1,62 -1,49 10,01 -9,59 4,36 25,94 -1,36 24,39 1,87 48,00 5,69 2,45 1,86 0,43 0,46 1,77 9,83 -6,62 6,55 1,15 -1,89 3,23 8,12

CAVACO SILVA NUM PERFIL INVENTADO POR RUI CARDOSO MARTINS

PSI-20 INDEX ALTRI SGPS SA BANIF SA BPI SA BCP BES COFINA SGPS EDP ES FINANCIAL GALP ENERGIA J MARTINS SGPS MOTA ENGIL PT PORTUCEL REN SEMAPA

EDP RENOVVEIS 2,36

5,180 -0,38

O FUTURO DA CRISE A CRISE DO FUTURO


Para o socilogo Immanuel Wallerstein, o capitalismo est condenado porque rejeitado pelas vtimas do capitalismo mas tambm pelos prprios capitalistas

-3,53 21,89 3,73 10,99 -0,87 24,56 -1,46 10,56 2,53 20,56 3,34 0,14 -1,02 12,63 5,82 18,75 1,19 24,74

SONAECOM SGPS 5,7 SONAE INDSTRIA 2,35 SONAE 4,15 ZON MULTIMDIA 4,32

A Revista 2 est disponvel em formato digital (publico.pt/digital/assinaturas)

22 | ECONOMIA | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Resultados dos concursos para dirigentes do Estado vo ser pblicos


A CRESAP comeou ontem a divulgar os nomes dos candidatos seleccionados para presidirem a organismos pblicos, tal como j acontece com as avaliaes dos gestores das empresas do Estado
RUI GAUDNCIO

Nomeaes Raquel Almeida Correia e Raquel Martins


Os resultados dos concursos para nomear dirigentes do Estado vo passar a ser divulgados, semelhana do que j acontece com os pareceres sobre candidatos a gestores de empresas pblicas. Os primeiros processos divulgados de acordo com estas novas orientaes foram publicados ontem no site da Comisso de Recrutamento e Seleco da Administrao Pblica (CRESAP). Este organismo, presidido por Joo Bilhim, vai passar a fazer a divulgao, no site, dos nomes dos trs candidatos que passaram ltima fase dos concursos e que foram enviados ao Governo, a quem cabe a palavra nal. Do grupo de trs nalistas indicado pela CRESAP, o executivo escolhe apenas um para o cargo sujeito a concurso. Ontem foram j publicados os primeiros resultados dos concursos para o corpo dirigente do Instituto Portugus da Qualidade e do Instituto Portugus de Acreditao. A divulgao obrigatria da lista de nomes seleccionados pelos peritos surge depois de a comisso ter decidido, em Fevereiro, publicar todos os pareceres que emite sobre os candidatos que o executivo prope para a administrao de empresas, hospitais e institutos pblicos. Tal como o PBLICO noticiou nessa altura, a CRESAP, criada em Maro de 2012, tomou a deciso de divulgar estes pareceres, tendo enviado um ofcio a todos os ministrios a dar conta da alterao. Na missiva, impunha-se como obrigatria a assinatura de uma declarao por parte dos candidatos a autorizarem a publicao dos pareceres. Desde ento, a comisso deixou de analisar propostas do Governo que no se zessem acompanhar dessa declarao. A necessidade de tornar pblicas as avaliaes sobre os candidatos a dirigentes da administrao pblica e a gestores de empresas, hospitais e institutos do Estado tornou-se mais premente perante o facto de, at Janeiro deste ano, apenas terem sido divulgados oito dos pareceres dados pela CRESAP desde Maro de 2012. E, dentro Governo, comearam a

Do grupo de trs finalistas indicado pela CRESAP, liderada por Joo Bilhim, o executivo escolhe um

surgir presses no sentido de tornar todas as informaes pblicas. A ausncia de pareceres no site da comisso tinha precisamente a ver com a questo da autorizao dos candidatos. Quando o organismo presidido por Joo Bilhim entrou em funcionamento, no estava sequer prevista a divulgao dos pareceres, mesmo que autorizados. S em meados do ano passado que passou a existir essa possibilidade, depois de as nomeaes para a Metro do Porto terem gerado polmica porque dois dos gestores propostos pelo executivo para a administrao da transportadora pblica foram inicialmente chumbados. Quando a comisso tomou esta deciso, Joo Bilhim armou ao PBLICO que sempre foi inteno fazer a divulgao pblica dos pareceres, mas o passo foi sendo adiado porque, quando se comea a fazer um caminho para a transparncia, rompendo com hbitos do passado, preciso faz-lo paulatinamente. O antigo presidente do Instituto Superior de Cincias Sociais e Polticas disse ainda que chegou a um ponto em que preciso ter um grau de exigncia mais elevado. Desde que entrou em funes, a CRESAP lanou 60 concursos para dirigentes da administrao pblica. Destes, 30 j foram concludos. No que diz respeito a gestores, os conselheiros para o recrutamento emitiram at agora 194 pareceres, a grande maioria para hospitais e empresas do Estado. Apenas 12 destes tiveram avaliaes negativas, que, apesar de no serem vinculativas, o Governo acabou por seguir, optando por no nomear candidatos que foram chumbados. Apesar de a avaliao de gestores pblicos ter sido, at agora, mais preponderante, a principal misso do organismo a realizao de concursos para a nomeao de dirigentes para a administrao pblica. At Dezembro de 2013, a CRESAP ter que analisar as candidaturas para 800 cargos superiores dos servios do Estado. A seleco dos trs nomes a propor aos ministrios que tutelam os servios passa por uma hierarquizao automtica em funo do perl denido para o cargo, uma prova de competncias e, posteriormente, uma entrevista de 30 minutos com o jri.

24 | MUNDO | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Dois anos depois, a guerra na Sria atinge novos nveis de destruio


Relatrios da ONU e de organizaes no governamentais do conta de uma gerao perdida e de uma infncia debaixo de fogo. Amnistia Internacional nota aumento de abusos cometidos pela oposio
JM LOPEZ/AFP

Mdio Oriente Alexandre Martins


Inas, dois anos; Heba, oito; Rama, cinco; Nizar, seis; Taha, 11 meses; Mohammad, 18 meses. Foram todos mortos. Porqu? Seis crianas, todas da mesma famlia. Morreram num ataque com bombas de fragmentao numa rea residencial de Alepo, a segunda maior cidade da Sria, h apenas duas semanas. A lista continua. Com nomes e idades, para custar mais a digerir: As minhas lhas, Isra, Amani e Aya, de quatro, seis e 11 anos; o meu marido; a minha me; a minha irm Nour, de 14 anos; e os trs lhos da minha outra irm, Ahmad, Abdallah e Mohammad, de 18 meses, de trs anos e de quatro anos. Todos mortos. O que me resta nesta vida?, pergunta Sabah, 31 anos, a funcionrios da Amnistia Internacional, que ouvem outras histrias como esta todos os dias. Muitas histrias como esta, todos os dias. A histria maior comeou h dois anos, no dia 15 de Maro de 2011, com manifestaes contra o regime de Bashar al-Assad, estilhaos da Primavera rabe que eclodira no ano anterior na Tunsia. Desde ento, o nmero de civis srios que foram mortos ou obrigados a procurar refgio em pases vizinhos tem impressionado at os mais experientes responsveis das Naes Unidas, como o brasileiro Paulo Pinheiro, presidente da comisso de inqurito sobre a Sria. Se os actores nacionais, regionais e internacionais no conseguirem encontrar uma soluo para o conito e pr m agonia de milhes de civis, o resultado ser a destruio poltica, econmica e social da Sria e da sua sociedade, com implicaes devastadoras para a regio e para o mundo, armou Paulo Pinheiro no incio da semana, na apresentao do mais recente relatrio sobra a situao no pas. Dezenas de milhares mortos e mais de um milho de refugiados. Mais de 5000 morrem por semana. E so apenas as contas que se podem fazer. Muitos outros nomes no chegam a entrar em nenhuma das listas ociais, como em qualquer outra guerra. Para alm destes invisveis, h outras vtimas que no entram nestas

JOSEPH EID/AFP

Civis mortos na guerra continuam a ser largados no rio Quweiq para depois aparecerem a boiar, em Alepo. Os vivos tentam identificar os mortos Bushra foi registada como o refugiado srio nmero 1.000.000 pela ONU. Vive com os filhos num quarto alugado em Trpoli, no Lbano. O marido desapareceu na guerra Um membro do Exrcito Livre da Sria chora junto sepultura do pai em Deir el-Zor

REUTERS

listas, mas que tm nome. E idade. Fazem parte da gerao perdida da Sria, como lhe chama a Unicef, num relatrio divulgado tambm esta semana. Tm a infncia debaixo de fogo, segundo as palavras da organizao no governamental Save the Children. As crianas da Sria esto a ser mortas e mutiladas num nmero cada vez maior, em bombardeamentos realizados por foras governamentais. Muitas delas viram os seus pais, os seus irmos e os seus vizinhos a serem feitos em pedaos. Esto a crescer expostas a horrores inimaginveis, alerta Ann Harrison,

vice-directora do Programa para o Mdio Oriente e Norte de frica da Amnistia Internacional. So crianas como Yasmine, de 12 anos, cujo testemunho pode ser lido no relatrio Infncia debaixo de Fogo O Impacto de Dois Anos de Guerra na Sria, da organizao Save the Children. ramos 13 num nico quarto. No samos do quarto durante duas semanas. Havia muito barulho. Ento o meu pai saiu. Vi o meu pai a sair e vi-o a ser morto porta de casa. Desatei a chorar, estava to triste. Tnhamos uma vida normal, tnhamos comida suciente. Agora, dependemos de outros. Toda a minha vida mudou nesse dia. So crianas como Nidal, de seis anos. Uma vez, fomos perseguidos por homens armados. Dispararam e os tiros bateram no cho, perto do meu p, e eu saltei. (...) Depois chegmos a uma parede e no conseguimos continuar a correr. No seu mais recente relatrio, a Aministia Internacional salienta que as foras governamentais continuam a bombardear civis indiscriminadamente, muitas vezes com armas banidas internacionalmente, mas deixa outro alerta, partilhado pela comisso de inqurito da ONU. No terreno, evidente o aumento galopante de abusos cometidos por grupos armados da oposio. Ou, como descreve Paulo Pinheiro, a violncia na Sria atingiu novos nveis de destruio e ambos os lados mostram-se cada vez mais imprudentes em relao aos civis. O impasse no Conselho de Segurana chega aos ouvidos de Ara, me de trs crianas, a ltima das quais nascida em casa devido destruio de hospitais e centros de sade um pouco por toda a Sria. Falou com os colaboradores da organizao Save the Children j fora do seu pas, de onde fugiu apenas com o recmnascido Tenho mais lhos, quem me dera ter conseguido traz-los. Mas no consegui e eles tiveram de fugir sozinhos. A pergunta de Ara tenta passar por cima de todos os nmeros e de todas as listas ociais, mas ainda no chegou aos ouvidos do Conselho de Segurana: As crianas que ainda esto na Sria esto a morrer. Parece que ningum est a ajudar, nada est a mudar. Por que no as ajudam?

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | MUNDO | 25

Israel tem finalmente Governo mas Benjamin Netanyahu teve de fazer grandes concesses
GALI TIBBON/AFP

Breves
Venezuela

Atentados em Bagdad matam 25 pessoas


Iraque
A violncia inter-religiosa tem aumentado e os analistas dizem que j tambm um reflexo da guerra civil na Sria
Uma srie de ataques coordenados com carros-bomba matou ontem pelo menos 25 pessoas no centro de Bagdad, a capital do Iraque, muito perto da chamada Zona Verde, onde esto localizados centros mdicos, esquadras de polcia, alguns ministrios e embaixadas estrangeiras. De acordo com as informaes recolhidas em Bagdad pela estao de televiso Al-Arabyia, dois carros explodiram junto do Ministrio da Justia (no bairro alauta). Um terceiro rebentou no Ministrio da Justia o motorista do carro, bombista suicida, e segundo as testemunhas, entrou com o veculo para dentro do edifcio, tendo-o feito explodir de seguida. Entre os mortos h mdicos, polcias (sete) e civis (15). O atentado no foi reivindicado mas a Al-Arabyia explica que uma srie de ataques semelhantes tm sido realizados por militantes sunitas que pretendem derrubar o Governo. Trata-se de um executivo em que xiitas (os alautas so um ramo xiita) partilham o poder com sunitas, mas o primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, xiita; trata-se de um Governo paralisado devido divergncia e violncia no pas. A violncia inter-religiosa est a aumentar no Iraque, tendo-se intensicado desde Janeiro alguns analistas dizem que um reexo do conito na vizinha Sria, onde a guerra civil entre o regime e a oposio armada tambm um conito entre uma maioria sunita e uma minoria alauta a que pertencem os governantes , expondo a fragilidade da segurana no pas.
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Israel Clara Barata


O Likud ficou sem a Educao, Finanas e a gesto dos colonatos. Obama chega a Telavive sem um plano de paz
Cinco partidos, com opes polticas diferentes para a poltica israelita e para a questo palestiniana, vo compor o Governo de Israel. O acordo de coligao foi anunciado ontem por aquele que ser primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu (do Likud, direita), tendo o entendimento sido alcanado quase no limite do prazo (16 de Maro) dado pela Constituio para a formao de um executivo depois desta data, o Presidente Shimon Peres teria que indigitar outro poltico para formar governo. Alm da aliana Likud-Beiteinu de Netanyahu e do ex-ministro dos Negcios Estrangeiros, Avigdor Lieberman, no Governo estaro representados o Yesh Atid (centrista, laico e liberal), do ex-jornalista de televiso Yair Lapid; a Casa Judaica (extrema-direita), do milionrio Naftali Bennet; e o partido centrista de Tzipi Livni, que j foi responsvel pela diplomacia. Previa-se que a grande coligao fosse formalizada, atravs da assinatura de um acordo, ainda ontem, garantindo a Netanyahu o apoio de 68 dos 120 deputados do Knesset (Parlamento), diz a agncia Reuters. A tomada de posse est marcada para segunda-feira, dois dias antes da chegada do Presidente dos Estados Unidos da Amrica, Barack Obama, a Telavive a primeira visita deste Presidente a Israel. Obama visitar a Igreja da Natividade, o Parlamento e Jerusalm Ocidental no ser uma visita de relanamento de um plano de paz, diziam os jornais americanos.

Corpo de Hugo Chvez poder no ser embalsamado


Os planos para embalsamar o corpo do ex-Presidente da Venezuela, Hugo Chvez, podem no se concretizar. Numa anlise preliminar, os especialistas concluram que o processo poder ser muito difcil, admitiu o Presidente interino, Nicols Maduro. A inteno de embalsamar o corpo de Chvez foi anunciada dois dias aps a sua morte, que ocorreu a 5 de Maro. O objectivo era que o corpo tivesse o mesmo tratamento que tiveram os cadveres de Lenine, Mao Zedong e Ho Chi Min. Maduro disse que a deciso deveria ter sido tomada muito mais cedo. Hungria

Governo liderado por Netanyahu vai tomar posse segunda-feira Os partidos ultra-ortodoxos, aliados tradicionais de Netanyahu, caram de fora. Esto em completa oposio ao Yesh Atid e Casa Judaica relativamente aos benefcios sociais e ao direito dos ortodoxos no cumprirem servio militar. Uma anlise da Reuters explicava que a Uma das maiores cedncias de Netanyahu foi na atribuio do Ministrio da Educao, que coube ao Yesh Atid foi uma batalha ideolgica, explica o El Pas, pois este partido quer reformar o modelo educativo do ensino pblico e intervir nos programas das escolas de ortodoxos nanciadas pelo Estado. O lder deste partido, Yair Lapid, dever car tambm com o Ministrio das Finanas, num Governo que os analistas dizem que car solidamente ancorado direita em termos econmicos e sociais. O tambm muito disputado (e poderoso) Ministrio do Interior car nas mos do Likud, e Netanyahu car com a pasta dos Negcios Estrangeiros podendo pass-la a Avigdor Lieberman, caso este seja ilibado de um caso de corrupo em que est envolvido. Casa Judaica coube o Ministrio da Habitao, que tem a responsabilidade dos colonatos. O ministro dever ser Uri Ariel, nmero dois do partido. A Casa Judaica dever controlar tambm a Comisso de Finanas do Parlamento, que tem um papel importante no nanciamento dos colonatos, diz a AFP.

Uma das maiores cedncias foi o Ministrio da Educao uma batalha ideolgica ganha pelo liberal e laico Yesh Atid
expectativa da populao grande em relao a esta gigantesca coligao que pode, de facto, mudar o rumo da governao que, segundo muitos dos cidados ouvidos por esta agncia, se aproximara demasiado da linha ultra-ortodoxa. A questo ser, agora, gerir interesses distintos Tzipi Livni foi a nica candidata que, durante a campanha das legislativas, defendeu o regresso das negociaes com os palestinianos.

Viktor rban rejeita crticas da Unio Europeia


O primeiro-ministro Viktor rban rejeitou vigorosamente as crticas internacionais sobre as recentes mudanas da Constituio hngara, afirmando ontem em Bruxelas que esta se mantm conforme aos valores europeus. Quem pode apresentar uma nica prova, factos diria eu, que possam apoiar a ideia de que aquilo que decidimos contrrio democracia?, perguntou rban aos jornalistas. A Hungria no est isolada na UE, disse o poltico de direita.

26 | MUNDO | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Reabre hoje o Parlamento italiano sob o signo da decomposio poltica


Comea o primeiro teste ao quadro poltico sado das eleies de Fevereiro. No se vislumbra, neste momento, qualquer pacto poltico que assegure uma maioria governamental. E a crise nanceira espreita ra a indigitao do primeiro-minis- nadores eleitos do Povo da Liberda- A aliana com ciria o chefe eleito da oposio, Itlia tro. Com a actual composio parla- de (PdL, de Berlusconi) zeram na num momento crtico para a Itlia. Grillo divide ao mentar um salto no escuro. segunda-feira uma manifestao no A todos pede que tenham o sentido Jorge Almeida Fernandes tribunal de Milo. Marcaram uma meio o Partido dos limites. Escrevem analistas italianos que a Os olhos de Berlusconi manifestao para Roma, no dia 23, Dramas do PD estabilidade e o equilbrio das ins- A legislatura comea sob o signo de com a palavra de ordem Todos com Democrtico. tituies so uma necessidade im- um puzzle de crises. Silvio Berlusco- Silvio, contra a opresso scal, buro- O sistema Nem s Berlusconi agita a Itlia. periosa sob pena de risco de dis- ni fechou-se num hospital a tratar crtica e judicial. Ameaaram boiO PD tem maioria na Cmara dos soluo econmica e social. No en- uma inamao nos olhos. Conse- cotar o novo Parlamento, alegando continua refm Deputados mas est em minoria tanto, o sistema poltico continua a guiu adiar por alguns dias a leitura que os juzes vermelhos preten- do comediante da no Senado. O seu lder, Pier Luigi tender para a decomposio. A sua da sentena de um tribunal de Milo dem fazer de Berlusconi um novo Bersani, excluu qualquer hiptese desintegrao objectivo declarado num processo de alegada prosti- Craxi antigo primeiro-ministro antipoltica de entendimento com Berlusconi e
do vencedor das eleies de 24 e 25 de Fevereiro, o Movimento 5 Estrelas (M5S), de Beppe Grillo, porta-voz da antipoltica. O Parlamento inaugura hoje a nova legislatura. Amanh devero ser eleitos os presidentes do Senado e da Cmara dos Deputados. Em tempos normais, os dois cargos seriam rapidamente preenchidos atravs de acordos partidrios, de modo a abrir, a 21 de Maro, as consultas patuio de menores (caso Ruby). O ministrio pblico de Npoles investiga outra acusao, a de suborno de dois deputados para fazer cair o antigo governo de Romano Prodi. H uma campanha para pedir o levantamento da sua imunidade parlamentar. O Partido Democrtico (PD, centro-esquerda) declarou que se houver factos no se opor. Beppe Grillo, aplaudiu os juzes. Em resposta, os deputados e sesocialista que se exilou na Tunsia, em 1994, durante a operao judicial contra a corrupo. O Presidente Giorgio Napolitano, cujo mandato expira a 15 de Maio, faz de mediador em todas as frentes. Fez esta semana cinco comunicaes. Explicou a Berlusconi que a Justia independente. Mas dividiu a magistratura ao considerar aberrante a hiptese de manobras para colocar fora de jogo por via judiFILIPPO MONTEFORTE/AFP

Silvio Berlusconi fechou-se num hospital para adiar a leitura de uma sentena

optou por uma aliana com Grillo. No entanto, o M5S continua a declarar-se indisponvel para alianas. Na Cmara, o PD prope-se eleger um presidente grillino em troca do apoio do M5S ao seu candidato no Senado. Chegou a altura de o M5S fazer opes. Amanh ser o primeiro teste. O problema de Bersani pode agravar-se se os grillini no zerem uma abertura: muitos deputados do PD, que se opem ao acordo com o M5S, podero recusar-se a votar no candidato de Grillo. Matteo Renzi, rival de Barsani nas primrias do PD, tambm se ope a essa aliana. Inversamente, os novos turcos do PD apostam no acordo com Grillo e querem esquerdizar a linha do partido. Os centristas de Mario Monti no votaro no candidato de um movimento que quer que a Itlia saia do euro. Napolitano explicou a Bersani que no investir um executivo minoritrio, dependente de acordos pontuais. O PR teria em mente uma alternativa uma grande coligao, envolvendo esquerda, centro e direita, sob a presidncia de uma gura nacional independente, para rever a lei eleitoral e promover eleies a mdio prazo. Com a actual lei ser intil votar porque continuaria a haver um parlamento ingovernvel, dizem os politlogos. Neste quadro, difcil prognosticar quando haver governo. Nenhum pacto vivel est vista. Outro grande teste comear a 15 de Abril, com a convocao do colgio eleitoral para eleger o novo Presidente deputados, senadores e 58 delegados da regies. A revista alem Der Spiegel qualica Grillo como o homem mais perigoso da Europa. Mas em Itlia, vrias guras pblicas continuam a aplaudi-lo como nico e ecaz executor da partidocracia italiana.

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | 27


SUSANA VERA/REUTERS

SBADO

Xi Jinping j oficialmente Presidente da China


Sucesso
O Parlamento chins elegeu ontem Xi Jinping para a presidncia da repblica, uma formalidade para o novo lder do Partido Comunista Chins (PCC), que encerra o perodo de transio iniciado em Novembro de 2012. Anuncio que o camarada Xi Jinping foi escolhido como Presidente da Repblica Popular da China, declarou Liu Yunshan, um alto responsvel do PCC, que presidiu sesso da Assembleia Nacional Popular (Parlamento), transmitida em directo pela televiso estatal. Aos 59 anos, Xi Jinping sucede a Hu Jintao e ter como primeiroministro Li Keqiang (que sucede a Wen Jiabao) e como vice-presidente Li Yuanchao, um dirigente com reputao de reformista. Escolhido para liderar o PCC durante o 18. congresso do partido, relaizado em Novembro do ano passado, Xi Jinping cou automaticamente designado como sucessor de Hu Jintao a votao de ontem foi um acto cerimonial. sua frente tem a liderana da segunda potncia mundial durante os prximos dez anos. A primeira viagem ao estrangeiro de Xi Jinping enquanto Presidente da Repblica est prevista para daqui a um ms com uma visita ocial a Moscovo, seguida de um priplo pelo continente africano que inclui uma passagem pela frica do Sul. Os dez anos de mandato de Xi Jinping so considerados pelos analistas, dentro e fora da China, ao mesmo tempo perigosos e cruciais. Recebeu a misso de manter o poder nas mos exclusivas do partido, assegurar o crescimento econmico e encontrar uma frmula para a estabilidade social. Primeiro dirigente da China nascido aps a fundao do regime por Mao Zedong em 1949, Xi Jinping lho de um heri revolucionrio e considerado um prncipe vermelho da nomenklatura chinesa. A sua personalidade confunde-se com a carreira de um homem do aparelho que soube galgar com habilidade e prudncia os escales da hierarquia comunista. Ao assumir as suas funes na liderana do PCC, Xi Jinping reconheceu que a nova equipa de dirigentes enfrenta enormes responsabilidades e tem graves desaos. O principal o da corrupo galopante, que ameaa matar o partido e, por arrasto, o regime.

fugas.publico.pt Disponvel em formato digital Publico.pt/digital/assinaturas

Capa

Membros do movimento Stop Desahucios em Madrid

O Alentejo um grande parque de diverses para descobrir em famlia

Lei dos despejos ilegal e abusiva, diz tribunal da UE


Espanha Flix Ribeiro
Sentena do Tribunal de Justia da Unio Europeia decreta que lei hipotecria em Espanha viola a proteco do consumidor
A lei hipotecria espanhola que regula os despejos abusiva e ilegal, de acordo com a sentena do Tribunal de Justia da Unio Europeia conhecida ontem. O tribunal argumenta que a lei espanhola ilegal por violar a directiva europeia de 1993 que estabelece a proteco do consumidor e abusiva por no considerar o desequilbrio de foras entre as instituies de crdito e quem entra em incumprimento. Mesmo que um despejado, em Espanha, conteste as clusulas dos emprstimos habitao, alegando que estas, por alguma razo, so abusivas, os processos de despejo no se interrompem. De acordo com o El Pas, esta foi a principal razo do veredicto desta quinta-feira do tribunal europeu. A directiva europeia de 1993 determina que a execuo de um despejo s pode acontecer depois de ser conhecida a sentena de um tribunal sobre as alegadas clusulas abusivas denunciadas pelo despejado. Nos casos em que provado que uma clusula do emprstimo , de facto, abusiva, o contraente do emprstimo receber uma indemnizao do banco, explica o El Pas. No entanto, mesmo que o abuso seja provado, o despejo j est executado. A sentena do Tribunal de Justia da Unio Europeia dirige-se tambm a este aspecto, armando que uma indemnizao num caso de despejo incompleta e insuciente. Mas o Tribunal de Justia da Unio Europeia declara tambm que a lei hipotecria espanhola abusiva. Isto porque no tem em considerao o importante desequilbrio de foras entre o banco que ordena o despejo e o contribuinte que pediu o emprstimo.

PP tem nova lei preparada


A jurisprudncia criada pela sentena do tribunal europeu estende-se a toda a UE. No entanto, os Estadosmembros no so obrigados a alterar a sua lei hipotecria caso esta viole os mesmos princpios que o tribunal europeu identicou na sentena conhecida nesta quinta-feira. Em Espanha, porm, o Governo de Mariano Rajoy j tem preparada uma nova lei dos despejos, que ser em breve apresentada ao Parlamento espanhol e que dever ter em conta as recomendaes do Tribunal de Justia da UE. Os casos de despejos tm-se multiplicado vertiginosamente em Espanha, desde que a taxa de desemprego espanhola disparou nos anos que seguiram ao eclodir da crise econmica, em 2008. O movimento popular criado para dar resposta ao crescente nmero de despejos, o Stop Desahucios, apresentou j trs propostas para incorporarem a nova lei: a paralisao de todos os despejos, permitir o pagamento retroactivo de prestaes em atraso e, terceiro ponto, criar uma bolsa de habitaes sociais para albergar os afectados pelos despejos, As propostas contavam com 1,5 milhes de assinaturas a 6 de Maro.

Viagem

Bali para alm do surf e das praias E que tal um retiro na Costa Rica?
Ioga

28 | MUNDO | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Sul
O Banco Mundial ou o Conselho de Segurana da ONU tornaram-se anacrnicos face ao estertor dos pases do Norte e ascenso meterica dos pases do Sul. Eis o mundo em 2013, sob o olhar dos especialistas do Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
Natlia Faria

Bem-vindos ao

e dvidas houvesse quanto recongurao mundial a que estamos a assistir, o relatrio do desenvolvimento humano de 2013, divulgado ontem pelo Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) bastaria para dissip-las: os pases do Sul esto a desenvolver-se a uma velocidade e escala sem precedentes, resgatando centenas de milhes de pessoas da pobreza e levando-as a integrar uma nova classe mdia mundial. Nunca, na Histria, as condies de vida e as perspectivas de futuro de tantos indivduos mudaram de forma to considervel

e to rapidamente, l-se no documento intitulado A Ascenso do Sul: Progresso Humano num Mundo Diversicado, apresentado ontem na cidade do Mxico, pela administradora do PNUD Helen Clark, e pelo presidente do Mxico, Enrique Pea Nieto, e que, entre declaraes superlativas face ao crescimento dos pases do Sul, fala de um reequilbrio global sem precedentes. Acentuado pelo facto de, no lado oposto do globo, o diagnstico mostrar os pases do Norte com a sua paz social ameaada por uma crise em que as polticas de austeridade e a ausncia de crescimento econmico dicultam a vida de milhes de pessoas desempregadas e privadas de benefcios. Apelando a uma nova ordem mundial, o PNUD sublinha que a ascenso meterica do Sul poder car comprometida, se a recuperao dos Estados Unidos titubear e

se a Europa no for capaz de superar o actual abatimento econmico e social, copiando at, se preciso for, algumas das receitas de sucesso adoptadas pelos pases do Sul e que apelam a uma maior interveno do Estado. No mesmo pargrafo em que apontam o baixo crescimento econmico, as altas taxas de desemprego e as medidas de austeridade como ameaa ao desenvolvimento humano nos pases do Norte, os autores do relatrio subscrevem que, tanto no Norte como no Sul, as elites dirigentes no podem permitirse ignorar tais ameaas incluso e ao bem-estar social e a crescente demanda por justia e responsabilidade dos governantes exigida pelos cidados. O aviso, alis, surge bem claro: A histria da Humanidade est repleta de rebelies populares contra Governos indolentes, escrevem os autores do documento, admitindo

que muitas das sociedades estejam prximas do ponto de no retorno. E isso valido tanto para os pases do Norte como do Sul. que tambm aqui os cidados esto a mudar. So mais educados, esto mais bem informados. Exigem ser tratados com respeito. Querem trabalho. Estes Estados tm que estar atentos e criar condies para a estabilidade social, sublinhou Khalid Malik, o autor principal do relatrio.

80% da classe mdia em 2030


Pela primeira vez, em muitos sculos, o Sul, no seu conjunto, o motor do crescimento econmico global e das mudanas societais, introduz o relatrio. Que deixa claro que este fenmeno de crescimento vai muito para alm dos chamados BRIC pases de rendimento mdio frequentemente representados pelo Brasil, Rssia, ndia e China, havendo pelo menos

40 pases cujo desenvolvimento registou progressos em matria de desenvolvimento humano muito superiores ao previsto. Os exemplos concretos citados no documento so abundantes. A China e a ndia duplicaram o seu produto per capita em menos de 20 anos um ritmo duas vezes mais rpido do que o vericado durante a Revoluo Industrial na Europa e na Amrica do Norte. E, como enfatizou Khalid Malik, a Revoluo Industrial foi vivida, provavelmente, por uma centena de milhes de pessoas, mas o fenmeno a que hoje assistimos protagonizado por milhes de milhes de pessoas. Acresce ainda que at 2020 em menos de oito anos, portanto , o produto combinado das trs principais economias do Sul (China, ndia e Brasil) ultrapassar o produto agregado dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Frana, Itlia e

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | MUNDO | 29


RUI GAUDNCIO

certo que no ndice de desenvolvimento humano, os pases do Norte continuam a preponderar. A Noruega surge frente, Portugal em 43. lugar (estava em 41. no anterior relatrio). Mas, numa anlise escala macro, so pormenores, porque o que os autores do relatrio sublinham a actual inadequao das instituies mundiais face ao que qualicam como mudana tectnica do Sul. Exemplos? A China, segunda maior economia mundial e detentora das maiores reservas cambiais do mundo, possui apenas uma quota de 3,3% no Banco Mundial, menos do que os 4,3% da Frana. Por outro lado, a ndia no detm um assento permanente no Conselho de Segurana das Naes Unidas.

Nem tudo cor-de-rosa


Apesar da vantagem relativamente aos pases do Norte, nem tudo cor-de-rosa no hemisfrio Sul. A pobreza, por exemplo, continua a afectar 612 milhes de pessoas na ndia. E o relatrio sustenta que o Sul enfrenta desaos de longo prazo nos quais inclui presses ambientais, desigualdades sociais e a desadequao entre a preparao dada pela instruo e as oportunidades de emprego. So problemas que clamam por solues nacionais e globais. A ausncia destas, e particularmente a inaco ao nvel dos problemas ambientais e das alteraes climticas, poder travar ou inverter os progressos conseguidos no desenvolvimento humano dos mais pobres. O nmero de pessoas em situao de pobreza extrema poder atingir os trs mil milhes de pessoas at 2050, caso as catstrofes ambientais no sejam evitadas por meio de uma aco coordenada a nvel mundial, escrevem os autores do relatrio, insistindo na ideia de que a ascenso do Sul desaa hoje as instituies mundiais existentes a mudar. No s por causa das alteraes climticas. A regulao dos uxos migratrios, do comrcio e das nanas globais tambm clamam por mudanas nas actuais instituies governativas, desenhadas para um mundo que procurava reerguer-se aps a II Guerra Mundial. O Sul carece de uma maior representao na governao global, o que pressupe igualmente a assumpo de maiores responsabilidades, dizem, apelando a um pluralismo mais coerente e convocao de uma nova Comisso para o Sul, onde os pases em desenvolvimento possam liderar e sugerir novas abordagens a uma governao global ecaz. Governao cuja legitimidade depender sempre da capacidade para estabelecer vnculos com as comunidades e as redes de cidados. Sob risco de colapsar.

Canad. Mas nem preciso esperar por 2020. Actualmente, e pela primeira vez em 150 anos, a produo combinada do Brasil, da China e da ndia praticamente igual ao PIB combinado das potncias industriais mais consolidadas do Norte: Canad, Frana, Alemanha, Itlia, Reino Unido e Estados Unidos. Esta situao signica um reequilbrio impressionante do poder econmico mundial. Em 1950, Brasil, China e ndia juntos representavam apenas 10% da economia mundial. Face melhoria dos padres de vida em grande parte daquela zona do globo, a percentagem de pessoas em situao de pobreza extrema caiu de 43% em 1990 para 22% em 2008. S na China mais de 500 milhes de pessoas foram resgatadas da pobreza naquele perodo. Resultado prtico imediato: entre 1990 e 2010, a participao dos pases do Sul na classe mdia mundial aumentou de

26% para 58%. Em 2030, espera-se que mais de 80% da classe mdia do mundial viva no hemisfrio Sul. O mesmo grupo de pases era responsvel em 2010 por 47% do comrcio mundial de mercadorias 25% em 1980. Por outro lado, e alm de prever que as relaes comerciais entre os pases do Sul vo ultrapassar muito rapidamente as existentes entre as naes desenvolvidas, o relatrio lembra que o Sul est cada vez mais interdependente e interconectado. Os telemveis com ligao Internet so cada vez mais comuns entre a maioria das famlias na sia e na Amrica Latina, bem como na maior parte de frica sendo que a maioria desses smartphones so produzidos por empresas sedeadas no Sul. O Brasil, a China, a ndia, a Indonsia e o Mxico possuem hoje um trfego dirio mais elevado nos media sociais do que qualquer outro pas, excepo dos Estados Uni-

At 2020 em menos de oito anos, portanto , o produto combinado das trs principais economias do Sul (China, ndia e Brasil) ultrapassar o produto agregado dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Frana, Itlia e Canad

dos, l-se ainda no documento, que lembra que as interligaes no so apenas virtuais: a migrao entre os pases em desenvolvimento ultrapassou recentemente a migrao lquida do Sul para o Norte. Chaves para o sucesso registado: Um investimento muito sustentado na educao, nos cuidados de sade e nos programas sociais, bem como um relacionamento mais aberto com um mundo cada vez mais interligado, aponta o PNUD, que atribui a vrias das principais naes do Sul a autoria de polticas sociais inovadoras que so cada vez mais estudadas e seguidas em todo o mundo. Os programas de transferncia condicionada de rendimentos no Brasil, na ndia e no Mxico, que ajudaram a estreitar as acentuadas diferenas de rendimento e a melhorar a sade e a educao das comunidades pobres, so um dos exemplos desse pioneirismo.

30 | CULTURA | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Mais Portugal em
FOTOS: DR

O escultor Rui Chafes e o cineasta Pedro Costa sero representantes de Cuba


Vanessa Rato
Portugal escolheu a exuberncia de Joana Vasconcelos, Cuba car com a densidade de Rui Chafes e Pedro Costa, entre outros artistas de vrias nacionalidades. 55 edio, o modelo tradicional das representaes nacionais na Bienal de Veneza, a mais antiga e importante bienal de artes plsticas do mundo, um puzzle feito dos estilhaos de um conceito que comea a quebrar-se. Apresentar artistas como representantes de um pas ou do que nele h de mais tradicional ou castio uma ideia retrgrada, diz o escultor Rui Chafes. Em 1995, aos 29 anos, Chafes foi um dos trs representantes portugueses em Veneza, numa mostra conjunta com Jos Pedro Croft e Pedro Cabrita Reis. Desde ento foi tambm representante nacional na Bienal de So Paulo (2004), com a bailarina e coregrafa Vera Mantero a ocupar uma das suas esculturas negras de grandes formatos. O novo convite para Veneza partiu da exposio Entrada pela porta estreita, que em 2011 apresentou em Matera, Sul de Itlia. O italiano Giacomo Zaza, comissrio desse projecto de ocupao de quatro igrejas rupestres do Convicinio de Santo Antnio, um dos curadores do Pavilho de Cuba em Veneza. Faz dupla com o cubano Jorge Fernndez Torres, director do Centro de Arte Contempornea Wilfredo Lam, em Havana. Nunca houve personagem to incerto como a arte, escrevem os comissrios num texto para Veneza 2013, a decorrer entre 1 de Junho e 24 de Novembro (inauguraes, por convite, a 29, 30 e 31 de Maio) e na qual tambm a Alemanha escolheu fazer-se representar por artistas de outros pases. Trs: o conhecido dissidente chins Ai Weiwei, o sulafricano Santu Mofokeng e a indiana Dayanita Singh exporo com Romuald Karmakar, francs nascido na Alemanha. E exporo no pavilho de Frana: para sublinhar o questionamento do conceito de nacionalidade, os dois pases trocaram de pavilho Anri Sala, o conhecido artista albans que representa Frana, estar, assim, no pavilho alemo. Numa bienal com 88 participaes nacionais, 10 das quais estreias (ver caixa), Cuba optou por apresentar sete artistas cubanos em contraponto com outros sete internacionais. Rui Chafes (n. 1966) e Pedro Costa (n. 1959), que em 2009 foi um dos nomes ponderados para representar Portugal, surgiro ao lado de nomes to conhecidos como o do austraco Hermann Nitsch (n. 1938), um dos Accionistas Vienenses, do italiano Gilberto Zorio (n. 1944), ligado Arte Povera, do malaio H. H. Lim (n. 1954), do chins Wang Du (n. 1956), radicado em Frana desde os anos 1990 e um dos nomes da arte chinesa mais divulgados nos circuitos ocidentais antes de Ai Weiwei, e da pintora Francesca Leone, lha do realizador Sergio Leone. Antonio Eligio Fernndez (n.1958), Glenda Len (n. 1976), Sandra Ramos (n. 1969), Lzaro Saavedra (n. 1964) e as duplas Magdalena Campos & Neil Leonard e Liudmila & Nelson so os artistas cubanos. Juntos ocuparo o plo veneziano do Museu Nacional de Arqueologia, na emblemtica Praa de So Marcos. A estaturia e outros objectos das coleces greco-romanas, egpcias e assrias caro nos seus lugares, nas salas e corredores. Os representantes de Cuba ocuparo os vazios entre elas, devendo por isso apresentar obras de pequenos ou mdios formatos. Chafes participar com esculturas de 2012 da srie Perfume (Vertiginoso e Obscuro). Pedro Costa apresentar duas peas que estiveram at dia 10 no museu Hara, de Tquio, na exposio que fez com Chafes, a segunda, depois de Fora! (Serralves, 2006) Minino macho, minino fmea, um vdeo para dois monitores lmado no antigo Bairro das Fontainhas, e Ventura, uma projeco feita a partir de lmagens no Casal de S. Brs, na Amadora. O meu trabalho [como o espao expositivo] tambm uma parte de arqueologia, de trabalho no terreno e no passado, diz Pedro Costa. O ttulo da exposio declaradamente programtico: A Perverso do Clssico: Anarquia das Narrativas.

Em cima: pormenor do projecto A Remote Whisper, de Cabrita Reis. Ao lado: Perfume (Vertiginoso e Obscuro) V, de Chafes. Em baixo os dois artistas e o realizador Pedro Costa

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | 31

Veneza
Pedro Cabrita Reis ocupa o Palazzo Falier com a exposio A Remote Whisper
Vanessa Rato
Lord Byron, o poeta romntico ingls, escreveu no sculo XIX a tragdia de Marino Falier, um doge de Veneza que, em 1354, aps anos a combater Gnova e a Hungria pelo domnio do mar Adritico, foi feito duque e acabou condenado morte no ano seguinte, depois de liderar uma revolta plebeia cujo objectivo seria o assassnio da nobreza local para uma entrega do poder ao povo. O seu palcio, o Palazzo Falier, existe ainda, virado para o Grande Canal, entre a Ponte da Academia e o Palcio Grassi, hoje sede da Fundao Pinault. Os cerca de 700 metros quadrados do andar nobre deste peculiar edifcio de janelas ogivais de traa gtica sero inteiramente ocupados por uma interveno de Pedro Cabrita Reis (n. 1956), uma iniciativa que recebeu o selo da bienal como Collateral Event aps uma candidatura pela Secretaria de Estado da Cultura portuguesa. Cabrita Reis, que em 1995 foi representante de Portugal na bienal com Jos Pedro Croft e Rui Chafes, voltou a Veneza em 1997, a convite do ento comissrio geral, Germano Celant. Voltou tambm em 2003, de novo como representante portugus, dessa vez a solo. Esta ser, assim, a sua quarta participao na bienal, com apoio das suas vrias galerias internacionais a Peter Freeman, de Nova Iorque, a Nelson Freeman, de Paris, a Mai 36, de Zurique, a Magazzino dArte Moderna, de Roma, e a Ivory Press, de Madrid. A curadoria de A Remote Whisper (um murmrio remoto) assumida por Sabrina van der Ley, actual directora de arte contempornea do Museu Nacional de Arte, Arquitectura e Design de Oslo, Noruega, que em 2009 comissariou para o Hamburger Kunsthalle One after another, a few silent steps, a maior retrospectiva alguma vez dedicada obra de Cabrita Reis e cuja itinerncia internacional acabou em 2011 no Museu Berardo, em Lisboa, apresentando mais de 300 obras. O projecto uma nica pea que contamina todo o espao, passando de sala em sala e absorvendo todo o territrio com uma linguagem mnima de luz, alumnio e cabos pretos, explica o artista, que refere uma tenso muito grande entre o entorno e a pea. Esse entorno extraordinrio, para Veneza, explica tambm: o Palazzo Falier em tons terra, com o cho em mrmore vermelho, mas sem os rudos que habitualmente preenchem os palcios venezianos. No tem frescos, por exemplo. A Remote Whisper surge como um percurso de luz e planos cromticos ao longo de salas e corredores desenho ou pintura no espao expandido do palcio. Dando continuidade ao seu recente regresso pintura

A dupla Paiva/ Gusmo volta


epois de em 2009 terem sido os mais jovens artistas de sempre a representar Portugal, Joo Maria Gusmo e Pedro Paiva voltam a Veneza com uma srie de filmes na exposio colectiva da bienal no Pavilho Central do Arsenal. O Palcio Enciclopdico o ttulo de um percurso pelo ltimo sculo com obras de 150 artistas. Ontem, Paiva e Gusmo estavam em Moambique, a filmar para esta mostra, que ser sobre obsesses e o poder transformador da imaginao. V.R.

A Remote Whisper um percurso de luz e planos cromticos ao longo das salas e corredores do palcio do duque condenado morte no sculo XIV por liderar uma revolta plebeia contra a nobreza veneziana
sobre tela, Cabrita Reis apresentar tambm uma srie de monocromos negros. Correspondem, segundo Cabrita Reis, ao desenvolvimento das paisagens gurativas que tem vindo a fazer nos ltimos dois anos. Inscrevem-se tambm no processo de pesquisa para uma obra de pintura inspirada nas 14 telas abstractas da emblemtica srie The Stations of The Cross, que Barnett Newman completou em 1958 sobre a Paixo de Cristo. Nas igrejas faz-se um percurso, refere Cabrita Reis, aludindo aos corredores que levam ao altar, numa referncia, tambm, aos passos de Cristo, at cruz. Na sua exposio de Veneza o trabalho [mental, da visita] tambm se faz caminhando.

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Dois pontos: desencanto, m-lngua, spleen e matria subversiva


:Os Maias a aula que trs professores no-colocados, dois actores e a equipa do Teatro Experimental do Porto encenaram a partir do romance de Ea de Queirs que obrigatrio ler no 11. ano
JOS MARTINS

Teatro Ins Nadais


H anos que Os Maias, de Ea de Queirs, fazem parte do programa do 11. ano e, por contgio, do Teatro Experimental do Porto (TEP). Recm-chegado direco artstica da companhia (ver caixa), Gonalo Amorim no quis interromper essa prtica de aproximao ao pblico escolar, mas tambm no quis dar s mais uma aula sobre o romance falhado de Maria Eduarda e Carlos da Maia. Na nova aula sobre Os Maias do Teatro Experimental do Porto, que esteve em cena at ontem apenas para as escolas e que de hoje at ao prximo dia 27 faz uma carreira para o pblico em geral, a intriga principal do romance ca entre parntesis, abreviada em benefcio da crnica de costumes (E no que eles eram irmos? E no viveram felizes para sempre?), e trs professores no-colocados (Andreia Figueiredo, Michelle Domingos e Paulo Silveira) juntam-se aos actores Carlos Marques e Soa Dinger para uma reexo sobre o (mau) estado do pas, das artes e do ensino. Sumrio, ateno de quem quiser tomar apontamentos: desencanto, m-lngua, spleen e matria subversiva. Na sua abertura s expectativas e s angstias dos professores que o sistema no consegue processar, e que so as expectativas e as angstias de uma parte cada vez mais substancial do pas, alunos do secundrio includos, :Os Maias inaugura uma nova relao do TEP com a escola. Queremos que os professores no se dirijam ao TEP apenas duas vezes por ano para ver Os Maias e o Felizmente H Luar, as obras do programa. A ideia substituir essa lgica da visita de estudo por uma lgica mais interactiva, em que a escola esteja no centro do que acontece em cena. Ter connosco trs professores desempregados permitiu-nos, por um lado, que eles participassem no processo criativo e, por outro, sublinhar um diagnstico de paralelismo entre a precariedade no ensino e a precariedade nas artes, explica o encenador. Parte desse fracasso est, de res-

Uma companhia em reconstruo

A nova aula sobre Os Maias do Teatro Experimental do Porto pode ser vista at ao prximo dia 27

Habituados a ensinar Os Maias a alunos que no lem o livro e fazem questo de dizer que no o vo ler, Andreia e Paulo aceitaram entrar no espectculo porque acreditam que tanto a escola como o teatro podem transformar as conscincias

to, no prprio romance de Ea de Queirs um romance sobre uma gerao de vencidos da vida num pas dependente de emprstimos estrangeiros que caminha alegremente para a bancarrota. Mas tambm est nos textos que cada um dos intrpretes construiu para a pea (uns mais confessionais, outros mais a apontar para o stio onde se acha que o verniz devia estalar) e no manifesto sobre o pas (Um texto poltico mas potico, uma espcie de utopia disfrica, descreve Gonalo) que aparecem entre os episdios do Jantar no Hotel Central ou das educaes paralelas de Carlos da Maia e Eusebiozinho.

Transformar as conscincias
Habituados a ensinar Os Maias a alunos que no lem o livro e fazem questo de dizer que no o vo ler, Andreia Figueiredo e Paulo Silvei-

ra aceitaram entrar no espectculo porque acreditam que tanto a escola como o teatro podem transformar as conscincias conquistando para a leitura (Os nossos recursos na sala de aula nem se comparam: aqui como se nos tivessem oferecido uma caixa de ferramentas nova, diz Paulo) ou mesmo para formas mais activas de participao. Como eles, eu ainda no sou o que quero ser. Tenho 27 anos. Dei aulas durante dois anos. Tenho dois mestrados. Quando que vou voltar a dar aulas? O texto que escrevi para a pea muito poltico porque eu sou muito poltica. Acho que j no podemos perder mais tempo, j chega de deriva, acrescenta Michelle. Para ela como para outros, no m da carreira de :Os Maias, entre formaes e outras porcarias pro bono, a vida continuar como dantes: precria.

o incio deste ano, o TEP passou oficialmente a ser dirigido por Gonalo Amorim, encenador e actor que neto do primeiro presidente da assembleia geral da companhia fundada em 1950, o advogado Orlando Juncal. Embora o programa para os prximos quatro anos esteja dependente dos resultados do concurso de apoio ao teatro, que a Direco-Geral das Artes adiou para o prximo dia 22, o novo director artstico do TEP adianta que a estratgia reconstruir a companhia como espao de experimentao, retomando a matriz fundadora de uma estrutura qual se deve a modernizao do teatro portugus no ps-guerra, em parte sob o impulso de Antnio Pedro. A preferncia por textos contemporneos ser acompanhada por um investimento em escrita original (o dramaturgo Rui Pina Coelho continuar a ser um colaborador privilegiado), partilhado por uma equipa artstica que ter uma lgica semipermanente. Embora Gonalo Amorim assuma tambm as funes de encenador residente, o plano que uma das quatro produes anuais do TEP seja assumida por um encenador vindo de fora, fazendo da companhia uma plataforma de dilogo artstico com outros criadores. A prxima criao do TEP ser uma parceria com As Boas Raparigas. Duas Senhorinhas Rumo ao Norte, original de Pierre Notte em traduo de Regina Guimares, ser, diz Gonalo Amorim, o seu primeiro espectculo optimista: um texto lcido mas ldico. Vai ser um grande desafio para mim. I.N.

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PBLICO, SEX 15 MAR 2013 CLASSIFICADOS 33


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2. Juzo
Maria da Glria P. Brbara
Agente de Execuo Cdula Prossional n. 2650 Processo: 47/09.1TBLLE Exequente: Banco de Investimento Imobilirio, S.A. Executado: Maria Helena Guerreiro Palma Justo e outros. VALOR: 169.543,29 Euros Proc. Interno PE/6/2009

CEREALPLUS - ORGANIZAO DE PRODUTORES DE CERAIS, S.A.


SEDE: Avenida de Roma, nmero 15, 2. Esquerdo S. Joo de Deus, Lisboa Capital Social: 50.000 (Cinquenta mil euros) Nmero de Pessoa Colectiva - 507 380 347 Conservatria do Registo Comercial de Lisboa n. 14288

CONVOCATRIA
ASSEMBLEIA ANUAL DE PARTICIPANTES DO EXPLORER I FUNDO DE CAPITAL DE RISCO
Nos termos do Regulamento de Gesto do EXPLORER I - Fundo de Capital de Risco convocam-se os titulares de unidades de participao para se reunirem em Assembleia Anual de Participantes, a realizar no prximo dia 17 de Abril de 2013, pelas 11.00 horas, no Hotel Ritz Four Seasons Lisboa, sito em Lisboa, na Rua Rodrigo da Fonseca, n. 88, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto Um: Deliberar sobre o relatrio de actividades e as contas do exerccio do Fundo, reportadas a 31 de Dezembro de 2012; Ponto Dois: Prestao de esclarecimentos aos titulares de unidades de participao e apreciao geral da situao do Fundo e da poltica de investimentos prosseguida durante o exerccio ndo em 31 de Dezembro de 2012. Nos termos do disposto no artigo 18. do Regulamento, tm direito a estar presentes nas Assembleias de Participantes, e a discutir e votar, os titulares de unidades de participao que disponham de pelo menos um voto. A cada unidade de participao corresponde um voto. Os titulares de unidades de participao podem, mediante carta dirigida ao Presidente da Mesa, fazer-se representar por terceiro nas Assembleias de Participantes. Lisboa, 12 de Maro de 2013 Pela Sociedade Gestora Explorer Investments - Sociedade de Capital de Risco, S.A.

CONVOCATRIA
ASSEMBLEIA ANUAL DE PARTICIPANTES DO EXPLORER II FUNDO DE CAPITAL DE RISCO
Nos termos do Regulamento de Gesto do EXPLORER II - Fundo de Capital de Risco convocam-se os titulares de unidades de participao para se reunirem em Assembleia Anual de Participantes, a realizar no prximo dia 17 de Abril de 2013, pelas 11.30 horas, no Hotel Ritz Four Seasons Lisboa, sito em Lisboa, na Rua Rodrigo da Fonseca, n. 88, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto Um: Deliberar sobre o relatrio de actividades e as contas do exerccio do Fundo, reportadas a 31 de Dezembro de 2012; Ponto Dois: Prestao de esclarecimentos aos titulares de unidades de participao e apreciao geral da situao do Fundo e da poltica de investimentos prosseguida durante o exerccio ndo em 31 de Dezembro de 2012. Nos termos do disposto no artigo 18. do Regulamento, tm direito a estar presentes nas Assembleias de Participantes, e a discutir e votar, os titulares de unidades de participao que disponham de pelo menos um voto. A cada unidade de participao corresponde um voto. Os titulares de unidades de participao podem, mediante carta dirigida ao Presidente da Mesa, fazer-se representar por terceiro nas Assembleias de Participantes. Lisboa, 12 de Maro de 2013 Pela Sociedade Gestora Explorer Investments - Sociedade de Capital de Risco, S.A.
TRIBUNAL JUDICIAL DE SESIMBRA
Seco nica

CONVOCATRIA
Nos termos legais e Estatutrios, ca(m) V. Exa(s) por este meio convocado(s) para a Assembleia Geral Ordinria da Sociedade Annima denominada CEREALPLUS - Organizao de Produtores de Cereais, S.A., com sede na Avenida de Roma, n. 15, 2. Esq., freguesia de S. Joo de Deus, concelho de Lisboa, com o capital social de cinquenta mil euros, matriculada na Conservatria do Registo Comercial de Lisboa sob o n. 14288, pessoa colectiva n. 507 380 347, assembleia essa a realizar no prximo dia 19 de Abril de 2013 pelas 11.00 horas, nas instalaes da sede social. A assembleia deliberar sobre a seguinte ORDEM DO DIA: PONTO UM: Apreciao, discusso e votao do Relatrio de Gesto e Contas do Exerccio do ano de 2012; PONTO DOIS: Apreciao, discusso e votao da Proposta de Aplicao de Resultados; PONTO TRS: Apreciao geral da Administrao e Fiscalizao da Sociedade; PONTO QUATRO: Deliberar sobre a aquisio e alienao de aces prprias; PONTO QUINTO: Raticao das deliberaes do Conselho de Administrao de excluso da condio de accionistas. O Relatrio de Gesto e Contas relativos ao exerccio de 2012 encontram-se disposio dos accionistas, na Sede da Sociedade, para exame e consulta. Os representantes dos accionistas que comparecerem devero ser portadores de Carta Mandadeira, emitida pelos accionistas que representam, conferindo-lhes poderes para intervir na assembleia geral. Lisboa, 11 de Maro de 2013 O PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA Joo scar de Oliveira Fardilha ANNCIO VENDA POR NEGOCIAO PARTICULAR Administrador de Insolvncia: Dr. Antnio Seixas Soares Processo n. 2651/11.9TCLRS Insolvente: Paula Cristina Gonalves Gomes Nos autos acima identicados, nos termos do artigo 164. do CIRE, procede-se venda por negociao particular do imvel apreendido no mbito dos processos acima identicados e que constam da relao de bens integrados na massa insolvente que abaixo se descreve: 50% Fraco autnoma designada pela letra X, correspondente ao dcimo andar direito, destinada a habitao, com a rea de 87,50m2; arrecadao no rs-do-cho, com a rea de 7,50m2, do prdio urbano afecto ao regime de propriedade horizontal, sito na Rua do Alecrim, n.s 9, 9-A, 9-B e 9-C, da freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra, descrito na Conservatria do Registo Predial de Sintra, sob o n. 190/20080407 e inscrito na repsectiva matriz urbana sob o artigo n. 4429-X; O valor mnimo de venda dos bens de 30.000,00 que se encontra nos autos esse ser fornecido a quem o solicitar; As propostas sero abertas na semana seguinte. As propostas devero ser formuladas por escrito, em carta registada dirigida ao Exmo. Sr. Administrador de Insolvncia Dr. Antnio Francisco Cocco Seixas Soares, para a morada: Av. Visconde Barreiros, 77, 5. andar, 4470151 Maia at ao dia 01 de Abril de 2013 e devero conter a identicao completa do proponente, acompanhadas de fotocpias do bilhete de identidade e carto de contribuinte scal e/ou certido comercial da empresa. Nos termos do artigo 897. do CPC os proponentes devem juntar sua proposta como cauo, um cheque visado ordem da massa insolvente de Paula Cristina Gonalves Gomes, no montante correspondente a 20% do valor de venda imediata dos bens, ou garantia bancria do mesmo valor. Contactos ou informaes pelo telefone 927 822 360 O Administrador de Insolvncia - Antnio Seixas Soares ANNCIO VENDA POR NEGOCIAO PARTICULAR Administrador de Insolvncia: Dr. Antnio Seixas Soares Processo n. 3565/12.0TBMAI Insolvente: Hugo Jorge Magalhes dos Santos Nos autos acima identicados, nos termos do artigo 164. do CIRE, procede-se venda por negociao particular do imvel apreendido no mbito dos processos acima identicados e que constam da relao de bens integrados na massa insolvente que abaixo se descreve: Frao Autnoma designada pela letra AB, correspondente ao primeiro andar centro, destinada habitao, Bloco B Tipo T2 Duplex, com entrada pelo n. 4495, com aparcamento automvel na cave, designado pela letra AB1 sito na Rua D. Afonso Henriques n.s 4467 a 4531, freguesia de guas Santas, Maia, descrito na Conservatria do Registo Predial da Maia sob o nmero 3738-AB, da dita freguesia, e inscrito na respetiva matriz urbana sob o artigo 7370-AB; O valor-base de venda dos bens de 90.823,53 e o valor mnimo de venda dos bens de 77.200,00 que se encontra nos autos esse ser fornecido a quem o solicitar; As propostas sero abertas na semana seguinte. As propostas devero ser formuladas por escrito, em carta registada dirigida ao Exmo. Sr. Administrador de Insolvncia Dr. Antnio Francisco Cocco Seixas Soares, para a morada: Av. Visconde Barreiros, 77, 5. Andar, 4470-151 Maia at ao dia 01 de Abril de 2013 e devero conter a identicao completa do proponente, acompanhadas de fotocpias do bilhete de identidade e carto de contribuinte scal e/ou certido comercial da empresa. Nos termos do artigo 897. do CPC, os proponentes devem juntar sua proposta como cauo, um cheque visado ordem da massa insolvente de Hugo Jorge Magalhes dos Santos, no montante correspondente a 20% do valor de venda imediata dos bens, ou garantia bancria do mesmo valor. Contactos ou informaes pelo telefone 927 822 360 O Administrador de Insolvncia - Antnio Seixas Soares

ANNCIO
Nos autos acima identicados foi designado o dia 16/04/2013, pelas 12.10 horas, no Tribunal Judicial da Comarca de Loul, para a abertura de propostas, que sejam entregues at esse momento, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem imvel: Fraco autnoma designada pela letra D, 1. Andar, Direito, do prdio urbano localizado na Rua Joaquim Rasquinho, n. 3, freguesia de So Clemente, concelho de Loul, inscrito na matriz sob o artigo 8516 e descrito na C. R. Predial de Loul sob o n. 5272/19960906 da freguesia de So Clemente, correspondente a um apartamento do tipo T3, destinado a habitao - 116,39 m2 e trs varandas - 14,80 m2. Valor patrimonial tributrio determinado no ano de 2008: 110.493,75 Euros. Penhorado em 04/11/2011. Valor-base para a venda do imvel: 70% de 158.000,00 Euros (Cento e cinquenta e oito mil euros). Obs.: O exequente apresentou proposta no valor de 111.780,00 Euros, requerendo a adjudicao do imvel, nos termos do artigo 875. e seguintes do CPC. Fiel Depositrio: A executada: Maria Helena Guerreiro Palma Justo. Modalidade de Venda: PROPOSTAS EM CARTA FECHADA Art. 889. n. 1 do CPC. OBS.: Os proponentes devem juntar sua proposta, como cauo, um cheque visado, ordem da Agente de Execuo no montante correspondente a 20% do valor anunciado para a venda, ou garantia bancria no mesmo valor. As propostas enviadas pelo correio devero conter fotocpia do bilhete de identidade de cidado nacional e nmero de contribuinte do proponente ou do seu legal representante, bem como nmero de telefone ou contacto, sob pena de as propostas no serem consideradas. A Agente de Execuo - Maria da Glria P. Brbara Rua Bartolomeu Dias, Lote 9, r/c C - Cerro Alagoa - Apartado 2408, 8201-918 ALBUFEIRA Telf./Fax: 289 502 472 - e.mail: [email protected] Horrio atendimento 9h-11h Pblico, 15/03/2013 - 1. Pub.

TRIBUNAL JUDICIAL DE MATOSINHOS


5. Juzo Cvel
Manuel Pratinha
Agente de Execuo Cdula n. 3228 N. Processo: 7522/11.6TBMTS Exequente: Caixa Geral de Depsitos, S.A. Executados: Paulo Jorge Pires Teixeira; Lus Miguel Cerdeira Lima; Carla Soa Pires Teixeira Lima e Sidnia Edite Teixeira Gonalves PE-209/2011

ANNCIO
MANUEL PRATINHA Agente de Execuo designado nos autos de processo supra-referido, informa os eventuais interessados que so aceites propostas de aquisio do seguinte bem penhorado: BEM A VENDER: 1/2 da Fraco autnoma designada pelas letras DS, destinada a habitao, tipo T2, correspondente ao 4. andar Dt., que faz parte do prdio urbano situado na Rua de Sousa Carvalho, n. 115, freguesia de S. Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 4581-DS e descrito na CRP de Matosinhos sob o n. 01975-DS/S. Mamede de Infesta. O valor mnimo das propostas aceite de 70% (setenta) do valor atribudo ao bem, sendo o valor-base atribudo de 30.000,00 euros (trinta mil euros). LOCAL E DATA-LIMITE PARA APRESENTAO DAS PROPOSTAS: As propostas de compra devero ser apresentadas em carta fechada, at s 14,00 horas do dia 18 de Abril de 2013, na Secretaria do Tribunal Judicial de Matosinhos, sito na Rua Augusto Gomes, em Matosinhos, devendo os proponentes, nos termos do n. 1 do art. 897. do CPC, juntar sua proposta, como cauo, um cheque visado, ordem do Agente de Execuo, no montante correspondente a 5% do valor, ou garantia bancria no mesmo valor. As propostas sero abertas no dia e hora indicados, no sendo obrigatria a presena dos proponentes. el depositrio do bem, o executado Paulo Jorge Pires Teixeira, com domiclio na Rua Sousa Carvalho, 115, 4. direito, concelho de Matosinhos, freguesia de S. Mamede de Infesta, obrigado a mostrar o bem a quem pretenda examin-lo, mas pode xar as horas em que, durante o dia, facultar a inspeco, tornando-as conhecidas do pblico por qualquer meio. O Agente de Execuo - Manuel Pratinha
Av. Mouzinho de Albuquerque, 102 - 1. Andar S/14 4490-409 PVOA DE VARZIM Tel.: 252 627 274, Fax. 252 627 274, e.mail: [email protected]

CONVOCATRIA
ASSEMBLEIA ANUAL DE PARTICIPANTES DO EXPLORER III FUNDO DE CAPITAL DE RISCO
Nos termos do Regulamento de Gesto do EXPLORER III - Fundo de Capital de Risco convocam-se os titulares de unidades de participao para se reunirem em Assembleia Anual de Participantes, a realizar no prximo dia 17 de Abril de 2013, pelas 12.30 horas, no Hotel Ritz Four Seasons Lisboa, sito em Lisboa, na Rua Rodrigo da Fonseca, n. 88, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto Um: Deliberar sobre o relatrio de actividades e as contas do exerccio do Fundo, reportadas a 31 de Dezembro de 2012; Ponto Dois: Prestao de esclarecimentos aos titulares de unidades de participao e apreciao geral da situao do Fundo e da poltica de investimentos prosseguida durante o exerccio ndo em 31 de Dezembro de 2012. Nos termos do disposto no artigo 18. do Regulamento, tm direito a estar presentes nas Assembleias de Participantes, e a discutir e votar, os titulares de unidades de participao que disponham de pelo menos um voto. A cada unidade de participao corresponde um voto. Os titulares de unidades de participao podem, mediante carta dirigida ao Presidente da Mesa, fazer-se representar por terceiro nas Assembleias de Participantes. Lisboa, 12 de Maro de 2013 Pela Sociedade Gestora Explorer Investments - Sociedade de Capital de Risco, S.A.

Manuel Vaz de So Payo


Agente de Execuo Cdula 3611

TRIBUNAL DO TRABALHO DE MATOSINHOS


2. Juzo

ANNCIO
Processo: 287/12.6TBSSB Execuo Comum Exequente: BARCLAYS BANK PLC Executado: ROSENDO MANUEL SILVA DAVID Publicita-se que nos autos acima identicados, e no decorrer dos trmites processuais da venda por negociao particular, foi oferecido para compra da fraco abaixo identicada o valor de 92.900,00 , pelo que convida-se todos os potenciais interessados a apresentarem as suas melhores propostas acima deste valor at ao dia 25.03.2013. As propostas devero ser remetidas por escrito para a Rua do Conde de Redondo, 61, 1. C, 1150-102 Lisboa, fax 213570184 ou endereo de e-mail: 3611@ solicitador.net. Tipo de bem: Imvel Descrio: Fraco autnoma designada pela letra B que corresponde ao r/c e 1. andar, composto de sto esquerdo, destinado a habitao, do prdio urbano sito na Rua Nossa Senhora do Cabo, lote 590, Boa gua 1, freguesia da Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, inscrito na matriz sob o art. urbano 12491 com o valor patrimonial de 118.764,39 euros e descrito na Conservatria do Registo Predial de Sesimbra sob n. 7368, da mencionada freguesia, penhorada em 06/07/2012. O Agente de Execuo Manuel Vaz de So Payo
Rua Bernardim Ribeiro, n. 20 - 2. 1150-071 Lisboa. Tlfs. 21 314 03 63. Fax: 21 357 01 84. [email protected] Pblico, 15/03/2013 - 2. Pub.

ANNCIO
Processo: 1152/11.0TTMTS Ao de Processo Comum Autora: Maria Manuela Semblano Andrade R: Mailcircuit - Recolha e Entrega de Documentos, Lda. Nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando a R: Mailcircuit - Recolha e Entrega de Documentos, Lda., domiclio: Rua 30 de Junho, Armazm Mms, Quinta da Vrzea, 2620-030 OLIVAL DE BASTO, com ltima residncia conhecida na morada indicada, para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a aco, com a cominao de que a falta de contestao importa a consso dos factos articulados pela autora sendo logo proferida sentena a julgar a causa conforme for de direito e que em substncia o pedido consiste, que em face da justa causa da resoluo do contrato do autor, este pede a condenao da r, a pagar-lhe a indemnizao no montante de 1.450 euros, correspondente a um ano completo de trabalho e outros montantes, conforme tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. Deve, com a contestao, juntar os documentos, apresentar o rol de testemunhas e requerer quaisquer outras provas. Fica advertido de que obrigatria a constituio de mandatrio judicial. Matosinhos, 06-03-2013 A Juza de Direito Dr. Maria Luzia Carvalho O Ocial de Justia Jos Jacinto Pblico, 15/03/2013 - 1. Pub.

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Setbal Maria Isabel Guerreiro Rua Bairro Afonso Costa, 1 a 5 - 2910-414 Tel. 265 546 400

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34 CLASSIFICADOS PBLICO, SEX 15 MAR 2013


TRIBUNAL JUDICIAL DE BENAVENTE 2. Juzo
JOS MARIA SOARES Agente de Execuo Cdula 2616

TRIBUNAL JUDICIAL DE TORRES VEDRAS


2. Juzo
HELENA CHAGAS Agente de Execuo Cdula 2621

TRIBUNAL DE FAMLIA, MENORES E COMARCA DE VILA FRANCA DE XIRA 3. Juzo Cvel


Proc. 1899/07.5TBVFX-A - Praceta da Justia - Vila Franca de Xira Execuo para pagamento de quantia certa sob a forma comum - Valor: 5.218,08 Exequente(s): Maria Irene Pereira Fernandes Esteves e Hlio Fernando Alves Esteves Executado(s): Jos Jesus Ferreira Veloso

TRIBUNAL DE FAMLIA, MENORES E COMARCA DE VILA FRANCA DE XIRA 3. Juzo Cvel


Proc. 550-A/2000 - Praceta da Justia - Vila Franca de Xira Execuo para pagamento de quantia certa sob a forma comum Valor: 118.320,86 Exequente(s): Futebol Clube de Alverca Executado(s): Equisistemas - Racionalizao e Sistemas, Lda.

TRIBUNAL DO TRABALHO DE SETBAL


Seco nica Processo: 469/11.8TTSTB

Processo: 1928/07.2TBBNV Exequente: Caixa Geral de Depsitos, S.A. Executados: Jos Manuel Cabrita Azevedo e Ana Maria Pinto da Silva

Processo 1769/10.0TBTVD Exequente: Caixa Geral de Depsitos, S.A. Executados: Manuel Domingos Loureno Frade e Maria Arlete da Costa Soares Frade

ANA MARIA SILVA RUCHA


Agente de Execuo Cdula 2769

ANA MARIA SILVA RUCHA


Agente de Execuo Cdula 2769

ANNCIO
Venda mediante Propostas em carta fechada
Nos autos acima identicados, encontra-se designado o dia 04 de Abril de 2013, pelas 09.00 horas, neste Tribunal para a abertura de propostas, que at esse momento sejam entregues no referido 2. Juzo, do Tribunal Judicial de Benavente, pelos interessados na compra dos seguintes bens imveis: Verba 1 constante do auto de penhora elaborado em 16/07/2008: Prdio urbano composto por edicio de cave, rs-do-cho e primeiro andar, destinado a habitao, sito em urbanizao Quinta de So Jos, lote n. 27, freguesia e concelho de Benavente, descrito na Conservatria do Registo Predial de Benavente, sob a cha 2975/19980625, da freguesia de Benavente, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o art. 5623. O bem ser adjudicado a quem melhor preo oferecer, acima de 70% do valor-base de 175.000,00 euros (cento e setenta e cinco mil euros), ou seja, 122.500,00 euros (cento e vinte e dois mil e quinhentos euros). So is depositrios os executados Jos Manuel Cabrita Azevedo e Ana Maria Pinto da Silva, que a pedido o devem mostrar. O(s) proponente(s) deve(m) juntar sua proposta, como cauo, cheque visado, ordem do Agente de Execuo, no montante correspondente a 5% do valor anunciado para a venda. O Agente de Execuo Jos Maria Soares Rua Alberto Serpa, 19-A 2855-126 St. Marta do Pinhal Tel.: 212532702 Fax.: 212552353 E-mail: [email protected] Pblico, 15/03/2013 - 2. Pub.

ANNCIO Venda mediante Proposta em Carta Fechada


Nos autos acima identicados, encontrase designado o dia 08 de Abril de 2013, pelas 14.30 horas, neste Tribunal para a abertura de propostas, que at esse momento sejam entregues no referido 2. Juzo do Tribunal Judicial de Torres Vedras pelos interessados na compra do seguinte bem imvel: Verba 1: Prdio misto, na parte rstica composto por pomar de cerejeiras, cultura arvense e oliveiras, e na parte urbana por casa de rs-do-cho e primeiro andar, com arrecadao e logradouro, destinada a habitao, sito em Louriceira de Cima, Casal da Horta e Galega, freguesia de Arranh, concelho de Arruda dos Vinhos, descrito na Conservatria do Registo Predial de Arruda dos Vinhos, sob a cha 1955/20000321, da freguesia de Arranh, e inscrito nas respectivas matrizes prediais rsticas 69 e 70, seco Q e na matriz predial urbana sob o art. 455 Verba 2: Prdio urbano composto por casa de rs-do-cho, com arrecadao e logradouro, destinado habitao, sito em Sabugos, freguesia de Santo Quintino, concelho de Sobral de Monte Agrao, descrito na Conservatria do Registo Predial de Sobral de Monte Agrao, sob a cha 1457/19900403, da freguesia de Santo Quintino, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o art. 2450. Verba 1: 148.000,00 euros (cento e quarenta e oito mil euros), ou seja, 103.600,00 euros (cento e trs mil e seiscentos euros). Verba 2: 92.000,00 euros (noventa e dois mil euros), ou seja, 64.400,00 euros (sessenta e quatro mil e quatrocentos euros). So is depositrios os executados Manuel Domingos Loureno Frade e Maria Arlete da Costa Soares Frade, que a pedido o devem mostrar. O(s) proponente(s) deve(m) juntar sua proposta, como cauo, cheque visado, ordem da Agente de Execuo, no montante correspondente a 5% do valor anunciado para a venda. A Agente de Execuo Helena Chagas Rua Alberto Serpa, 19-A 2855-126 St. Marta do Pinhal Tel.: 212532702 Fax.: 212552353 E-mail: [email protected] Pblico, 15/03/2013 - 1. Pub.

EDITAL
CITAO DE AUSENTE EM PARTE INCERTA - (Artigos 244 e 248 do CPC) A CITAR: JOS JESUS FERREIRA VELOS OBJECTO E FUNDAMENTAO DA CITAO: COMINAO EM CASO DE REVELIA: Caso no Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo se oponha execuo consideram-se confessados 248. e ss. do Cdigo de Processo Civil (CPC), cor- os factos constantes do requerimento executivo, rem ditos de 30 (trinta) dias, contados da data da seguindo-se os ulteriores termos do processo. segunda e ltima publicao do anncio, citando o PAGAMENTO, DESPESAS E HONORRIOS: Poausente JOS JESUS FERREIRA VELOSO, com lti- der efectuar o pagamento da quantia exequenda ma residncia conhecida na Rua Maria Pia, n. 618, mediante o levantamento de guia de depsito no 1. na freguesia de Santo Condestvel, concelho e escritrio da signatria nos dias e horas constantes comarca de Lisboa, para no prazo de 20 (vinte) dias, do rodap. decorrido que seja o dos ditos, pagar ou deduzir Pode solicitar, a qualquer momento, na secretaria oposio execuo supra referenciada e, no mes- do tribunal, ainda que, verbalmente, guias para demo prazo, penhora, nos termos do artigo 813 n. psito da parte lquida ou j liquidada do crdito do exequente que no estejam solvidos pelo produto da 1 e 2 do CPC. Nos termos do n. 6 do artigo 864 do CPC, no prazo venda ou adjudicao de bens. da oposio e sob pena de condenao como liti- quantia exequenda acrescem, para alm dos juros gante de m f, nos termos gerais, deve indicar os di- calculados nos termos do pedido, a taxa de justia reitos, nus e encargos no registveis que recaiam inicial no montante de 24,00 e os honorrios e sobre o bem penhorado, bem como os respectivos despesas do Agente de Execuo, que nesta data titulares, podendo requerer a substituio dos bens ascendem a 500,00. penhorados ou a substituio da penhora por cau- Este edital encontra-se axado na porta do ltimo doo, nas condies e nos termos da alnea a) do n. miclio conhecido do citando, na Junta de Freguesia respetiva e no Tribunal Judicial da Comarca. 3 e do n. 5 do artigo 834. do CPC. O duplicado do requerimento executivo e a cpia So tambm publicados dois anncios consecutivos dos documentos e o auto de penhora encontram-se no jornal Pblico. Os prazos comeam a contar da disposio do citando na secretaria do 3. Juzo publicao do ltimo anncio. Cvel do Tribunal de Famlia, Menores e de Comarca A Agente de Execuo - Ana Maria Silva Rucha de Vila Franca de Xira ou no escritrio da Agente de Largo Jos Vaz Monteiro, n. 1, r/c Esq. Execuo indicado em rodap. MEIOS DE OPOSIO: Nos termos do disposto no 2630-248 ARRUDA DOS VINHOS artigo 60. do CPC e tendo em considerao o valor Telf. 263 978 086 - Fax. 263 978 652 do processo, para se opor execuo (a apresentar E-mail: [email protected] no Tribunal supra-identicado), no obrigatria a Horrio de Atendimento: Dias teis - das 16 h s 18 horas Pblico, 15/03/2013 - 1. Pub. constituio de Advogado.

EDITAL
CITAO DE AUSENTE EM PARTE INCERTA - (Artigos 244 e 248 do CPC) A CITAR: ALIU DJALO na qualidade de liquidatrio da sociedade Equisistemas - Racionalizao e Sistemas, Lda. OBJECTO E FUNDAMENTAO DA CITAO: Nos COMINAO EM CASO DE REVELIA: Caso no termos e para os efeitos do disposto no artigo 248. se oponha execuo consideram-se confessados e ss. do Cdigo de Processo Civil (CPC), correm di- os factos constantes do requerimento executivo, tos de 30 (trinta) dias, contados da data da segunda seguindo-se os ulteriores termos do processo. e ltima publicao do anncio, citando o ausente PAGAMENTO, DESPESAS E HONORRIOS: PoALIU DJALO na qualidade de liquidatrio da socie- der efectuar o pagamento da quantia exequenda dade Equisistemas - Racionalizao e Sistemas, mediante o levantamento de guia de depsito no Lda, com ltima residncia conhecida na Rua Febo escritrio da signatria nos dias e horas constantes Moniz, n. 15, C/V na freguesia dos Anjos, concelho do rodap. e comarca de Lisboa, para no prazo de 20 (vinte) Pode solicitar, a qualquer momento, na secretaria dias, decorrido que seja o dos ditos, pagar ou do tribunal, ainda que, verbalmente, guias para dededuzir oposio execuo supra-referenciada e, psito da parte lquida ou j liquidada do crdito do no mesmo prazo, penhora, nos termos do artigo exequente que no estejam solvidos pelo produto da 813 n. 1 e 2 do CPC. venda ou adjudicao de bens. Nos termos do n. 6 do artigo 864 do CPC, no pra- quantia exequenda acrescem, para alm dos juros zo da oposio e sob pena de condenao como calculados nos termos do pedido, a taxa de justia litigante de m-f, nos termos gerais, deve indicar inicial no montante de 22,25 e os honorrios e os direitos, nus e encargos no registveis que despesas do Agente de Execuo, que nesta data recaiam sobre o bem penhorado, bem como os res- ascendem a 500,00. pectivos titulares, podendo requerer a substituio Este edital encontra-se axado na porta do ltimo dodos bens penhorados ou a substituio da penhora miclio conhecido do citando, na Junta de Freguesia por cauo, nas condies e nos termos da alnea a) respetiva e no Tribunal Judicial da Comarca. do n. 3 e do n. 5 do artigo 834. do CPC. So tambm publicados dois anncios consecutivos O duplicado do requerimento executivo e a cpia dos documentos e o auto de penhora encontram-se no jornal Pblico. Os prazos comeam a contar da disposio do citando na secretaria do 3. Juzo publicao do ltimo anncio. A Agente de Execuo - Ana Maria Silva Rucha Cvel do Tribunal de Famlia, Menores e de Comarca de Vila Franca de Xira ou no escritrio da Agente de Largo Jos Vaz Monteiro, n. 1, r/c Esq. Execuo indicado em rodap. 2630-248 ARRUDA DOS VINHOS MEIOS DE OPOSIO: Nos termos do disposto no Telf. 263 978 086 - Fax. 263 978 652 artigo 60. do CPC e tendo em considerao o valor E-mail: [email protected] do processo, para se opor execuo (a apresentar Horrio de Atendimento: Dias teis - das 16 h s 18 horas no Tribunal supra-identicado), no obrigatria a Pblico, 15/03/2013 - 1. Pub. constituio de Advogado.

ANNCIO
Acidente de Trabalho (F. Contenciosa/Petio) Sinistrado: Renam Pereira Alves Entidade responsvel: Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A. e outro(s)... Nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando o(a) r(u) Entidade Patronal: Francilio Antnio Campos Escumalha, NIF - 159403243, domiclio: Prct. Fernando Pessoa, N. 8, R/c Esq., 2900-364 SETBAL, com ltima residncia conhecida na morada indicada para, no prazo de 15 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a aco, com a cominao de que a falta de contestao importa a consso dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substncia o pedido consiste, tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. Deve, com a contestao, juntar os documentos e requerer quaisquer outras provas. Fica advertido de que No obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/ Referncia: 875918 Setbal, 06-03-2013. A Juza de Direito Dr. Patrcia Alves A Ocial de Justia Ana Paula Castelo Pblico, 15/03/2013 - 2. Pub.

COMARCA DA GRANDE LISBOA - NOROESTE


Amadora - Juzo de Famlia e Menores - 2. Seco Processo: 972/12.2T2AMD

TRIBUNAL DO TRABALHO DE CALDAS DA RAINHA


Seco nica Processo n. 415/12.1TTCLD

TRIBUNAL DE FAMLIA E MENORES E DE COMARCA DE LOURES


1. Vara de Competncia Mista Processo: 25770/11.7T2SNT

TRIBUNAL DO TRABALHO DE LISBOA


1. Juzo - 2. Seco Processo n. 131/13.7TTLSB

TRIBUNAL DO TRABALHO DE LISBOA


1. Juzo - 1. Seco Processo n. 4670/12.9TTLSB
Ao de Processo Comum Autora: Amanda Larisse Domingos Silva Ru: Cores e Ca - Restaurao, Lda. e outro(s)... Nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando a R Cores e Ca - Restaurao, Lda., NIF - 504637908, domiclio: Rua da Indstria Corticeira, n. 57, Fraco K, 2870-281 Montijo, com ltima residncia conhecida na morada indicada, para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo. a ao que lhe move Amanda Larisse Domingos Silva, e que em substncia o pedido consiste em ser declarado ilcito o despedimento da Autora e, por via disso, ser a R condenada a pagar Autora as retribuies que a mesma deixou de auferir desde os 30 dias anteriores propositura da ao at deciso transitada, incluindo as frias, subsdio de frias e de Natal, que entretanto se vencerem at nal e cujos valores, data de 2211-2012, se calculou em 700,00, bem como indemnizao que mesma data se contabiliza na quantia de 3.150,00; pagar Autora a quantia de 408,33 de proporcionais de frias do trabalho prestado em 2012 e juros de mora taxa legal no montante de 4,47, tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio da citanda. Deve, com a contestao, juntar os documentos, apresentar o rol de testemunhas e requerer quaisquer outras provas. Fica advertido de que obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/Referncia: 5024782 Lisboa, 14-03-2013 O Juiz de Direito Dr. Antnio Marques Ribeiro O Ocial de Justia Nuno Miguel Castro

TRIBUNAL JUDICIAL DO CARTAXO


1. Juzo Processo n. 735/12.5TBCTX

COMARCA DA GRANDE LISBOA - NOROESTE


Sintra - Juzo do Trabalho - Juiz 2 Processo n. 1090/13.1T2SNT

TRIBUNAL DO TRABALHO DE LISBOA


1. Juzo - 1. Seco Processo: 1686/12.9TTLSB

ANNCIO
Divrcio Sem Consentimento do Outro Cnjuge Autora: Maria de Ftima Baptista Clemente Pinto Monteiro Ru: Daniel Jacinto Monteiro Nos autos acima identicados. correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando o(a) r(u) Daniel Jacinto Monteiro, com ltima residncia conhecida em domiclio: Rua Elias Garcia, 317, 5. Dt., Amadora, 2700-323 Amadora, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a presente aco, com a indicao de que a falta de contestao no importa a consso dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substncia o pedido consiste, tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. Fica advertido de que No obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/ Referncia: 21030170 Amadora, 07-03-2013. O Juiz de Direito Dr. Helder Francisco Saramago O Ocial de Justia Antnio Leito Pblico, 15/03/2013 - 2. Pub.

ANNCIO
Ao de Processo Comum Autor: Steve Roger Assuntiana Wislet R: Maria Jos Faria Flix Timteo Nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando a R: Maria Jos Faria Flix Timteo, NIF - 165796901, com domiclio prossional na Rua Eng. Pedro, n. 35, Boavista, 2540-574 ROLIA BBR, com ltima residncia conhecida na morada indicada, para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a ao, tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. Deve, com a contestao, juntar os documentos, apresentar o rol de testemunhas e requerer quaisquer outras provas. Fica advertido de que obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/Referncia: 540037 Caldas da Rainha, 05-03-2013 A Juza de Direito Dr. Maria Clara Loureno dos Santos A Ocial de Justia Ana Bela Leite S. O. Cordeiro Pblico, 15/03/2013 - 2. Pub.

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Ao de Processo Comum Autor: Paulo Nuno de Ramos Fernandes Ru: Upl - Padarias de Lisboa, Lda. Nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando o Ru: Upl - Padarias de Lisboa, Lda, domiclio: Rua Sebastio Saraiva Lima, n. 5 A, 1170-343 Lisboa, com ltima residncia conhecida na morada indicada, para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a ao, com a cominao de que a falta de contestao importa a consso dos factos articulados pelo autor sendo logo proferida sentena a julgar a causa conforme for de direito e que em substncia o pedido consiste, ser declarada lcita a resciso do contrato e consequentemente ser a r condenada a pagar indemnizao que se contabiliza na quantia de 9.475,00; no pagamento da quantia de 4.396,88 conforme ao art. 15. da PI; Juros de mora taxa legal, conforme art. 16. da PI no montante de 57,82 tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. Deve, com a contestao, juntar os documentos, apresentar o rol de testemunhas e requerer quaisquer outras provas. Fica advertido de que obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/Referncia: 5017293 Lisboa, 12-03-2013 O Juiz de Direito Dr. Antnio Vieira da Silva Parreira Cabral Infante de La Cerda A Ocial de Justia Ana Ornelas

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Divrcio sem consentimento do outro Cnjuge Autor: Ral Carlos Alves da Silva R: Carmen San Seidi Alves da Silva Nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando a r, Carmen San Seidi Alves da Silva, com ltima residncia conhecida na Rua Jacinto Batista, n. 5, c/v A, Casal So Brs, 2700-894 Amadora, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a presente aco, com a indicao de que a falta de contestao no importa a consso dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substncia o pedido consiste na dissoluo do casamento entre autor e r, tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. Fica advertido de que obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/Referncia: 2476477 Cartaxo, 08-03-2013 A Juza de Direito Dr. Carla Gonalves Soares A Ocial de Justia Cludia Pereira Pblico, 15/03/2013 - 1. Pub.

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Ao de Impugnao Judicial da Regularidade e Licitude do Despedimento Autora: Rosria Marano Marques Maravilha e outro(s)... Ru: Bibijoca - Creche, Jardim Infantil Tempos Livres, Lda. Nos autos acima identicados, correm ditos citando o(a) r(u) Bibijoca - Creche, Jardim Infantil Tempos Livres, Lda., com ltima residncia conhecida em domiclio: Rua Vereador Correia Andrade, Lote 22, 2735000 Rio de Mouro, para comparecer pessoalmente neste Tribunal no dia 08-04-2013, s 14.00 horas, a m de se proceder audincia de partes. Em caso de justicada impossibilidade de comparncia, deve-se fazer representar por mandatrio judicial com poderes de representao e os especiais para confessar, desistir ou transigir - art. 98.F CPT. Se a falta audincia for julgada injusticada ca sujeito s sanes previstas no CPC para a litigncia de m-f (n. 2 do art. 98.G do CPT e 456. CPC). S obrigatria a constituio de advogado, aps a audincia das partes, com a apresentao de articulados - art. 98.B do CPT. O duplicado da petio inicial encontra-se nesta secretaria, disposio do citando. N/Referncia: 21095860 Sintra, 11-03-2013 A Juza de Direito Dr. Eugnia Maria Guerra A Ocial de Justia Anabela Brs Pblico, 15/03/2013 - 1. Pub.

ANNCIO
Ao de Processo Comum Autor: Quintino Mendes Ru: Jos Antnio Lopes Rodrigues Nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando o Ru Jos Antnio Lopes Rodrigues, domiclio: Estrada Nacional, N. 8-6, N. 97, Pedra Redonda, 2475-037 Benedita, com ltima residncia conhecida na morada indicada para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a ao, que lhe move Quintino Mendes, com domiclio na travessa da Madalena, n. 16 - 1. Dt., 1100-327 Lisboa, e que em substncia o pedido consiste no pagamento ao Autor da quantia global de 3.561,25 e os respectivos juros de mora taxa legal, no montante de 70,25 em 19-04-2012, tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. Deve, com a contestao, juntar os documentos, apresentar o rol de testemunhas e requerer quaisquer outras provas. Fica advertido de que obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/ Referncia: 5018160 Lisboa, 12-03-2013. O Juiz de Direito Dr. Antnio Marques Ribeiro O Ocial de Justia Nuno Miguel Castro Pblico, 15/03/2013 - 2. Pub.

ANNCIO
Ao Ordinria - Paternidade/Maternidade Autor: Ministrio Pblico Ru: Jorge Miguel Agostinho Pereira Nos autos acima identicados, correm ditos de 30 dias, contados da data da segunda e ltima publicao do anncio, citando o Ru: Jorge Miguel Agostinho Pereira, lho de Joaquim Jorge Marques Pereira e de Maria de Lurdes Agostinho Pereira, nascido em 23-05-1991, BI - 13953978, com ltima residncia conhecida na Av. Jos Afonso, 10 - 2 B - Quinta Fonte, Apelao, 2680-274 Loures, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos ditos, contestar, querendo, a ao, com a cominao de que a falta de contestao no importa a consso dos factos articulados pelo autor e que em substncia o pedido consiste na declarao de que Diego dos Santos Fernandes lho do Ru Jorge Miguel Agostinho Pereira e que se ordene os correspondentes averbamentos no registo de nascimento da meno relativa sua paternidade e respectiva avoenga paterna, tudo como melhor consta do duplicado da petio inicial que se encontra nesta Secretaria, disposio do citando. O prazo continuo suspendendo-se, no entanto, nas frias judiciais. Fica advertido de que obrigatria a constituio de mandatrio judicial. N/ Referncia: 16289236 Loures, 06-03-2013. O Juiz de Direito Dr. Antnio Pedro Ferreira da Hora A Escriv Adjunta Snia Mascarenhas Pblico, 15/03/2013 - 2. Pub.

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Sede: Av. de Ceuta Norte, Lote 15, Piso 3 Quinta do Loureiro, 1300-125 Lisboa - Tel.: 21 361 04 60/8 - Fax: 21 361 04 69 - E-mail: [email protected] Delegao do Norte: Centro de Dia Memria de Mim - Rua do Farol Nascente, N. 47A - R/C, 4455-301 Lavra - Tel.: 229 260 912 / 226 066 863 E-mail: [email protected] Delegao Centro: Rua Marechal Antnio Spnola, Loja 26 (Galerias do Intermarch) - Pombal, 3100-389 Pombal - Tel.: 236 219 469 E-mail: [email protected] Delegao da Regio Autnoma da Madeira: Avenida do Colgio Militar, Complexo Habitacional da Nazar, Cave do Bloco 21 - Sala E, 9000-135 FUNCHAL - Tel. e Fax: 291 772 021 - E-mail: [email protected] Ncleo do Ribatejo: R. Dom Gonalo da Silveira N. 31 -A, 2080-114 Almeirim - Tel.: 24 300 00 87 - E-mail: [email protected] Ncleo de Aveiro: Santa Casa da Misericrdia de Aveiro - Complexo Social da Quinta da Moita - Oliveirinha, 3810 Aveiro - Tel.: 23 494 04 80 E-mail: [email protected]

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 CLASSIFICADOS 35


MINISTRIO DA SADE

TRIBUNAL DE FAMLIA E MENORES E DE COMARCA DE VILA FRANCA DE XIRA


1. Juzo Criminal - Processo n. 69/05.1F2LSB

CENTRO HOSPITALAR Pvoa de Varzim / Vila do Conde, E.P.E.

ANNCIO

ANNCIO
Nos termos do n. 2 do artigo 130. do Decreto-Lei n. 18/2008, de 29 de janeiro, torna-se pblico que se encontra aberto o procedimento por concurso pblico, cujo objeto se indica no n. 2 deste anncio. 1. Entidade Adjudicante - Centro Hospitalar Pvoa de Varzim/Vila do Conde, E.P.E., Largo da Misericrdia, 4490-421 Pvoa de Varzim, Telefone 252 690 603; Fax 252 611 028; Correio eletrnico: [email protected]. 2. Objecto do procedimento:
N. CONCURSO 11000113 DESIGNAO DO CONCURSO Aquisio de Reagentes Imunoqumica c/ Colocao de Equipamento e Consumveis DATA/HORA ENTREGA PROPOSTAS At s 23.59 horas do dia 20-04-2013 DATA/HORA ABERTURA PROPOSTAS Pelas 10:00 horas do dia 30-04-2013

MDICOS (m/f)
O Centro Hospitalar Tondela - Viseu, EPE, pretende admitir Mdicos para a categoria de Assistente, para as seguintes especialidades e postos de trabalho de Cardiologia Peditrica - 1 e Medicina Fsica e Reabilitao - 1. As publicaes integrais dos procedimentos concursais foram efetuadas no Dirio da Repblica, 2. Srie, N. 47, de 7 de maro de 2013, atravs dos Avisos n. 3372/2013, 3190/2013, respetivamente. estipulado o prazo de 10 dias teis, contados a partir da data de publicao dos avisos no Dirio da Repblica, para apresentao de candidatura. Os postos de trabalho das reas hospitalares apresentadas a concurso possuem o contedo funcional estabelecido no artigo 11. do Dec.-Lei 176/2009 de 4 de agosto e na clusula 10. do acordo coletivo de trabalho, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego n. 41 de 8 de novembro de 2009, celebrado entre o Centro Hospitalar de Coimbra EPE e outros e a Federao Nacional dos Mdicos e outro. Envie-nos a sua candidatura, para: Centro Hospitalar Tondela - Viseu, EPE a/c Exm. Sr. Presidente do Conselho de Administrao Av. Rei D. Duarte 3504-509 VISEU Telef.: 232 420 500
MINISTRIO DA AGRICULTURA, DO MAR, DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITRIO

3. Condio para a obteno do programa, caderno de encargos e cheiro executvel - Sem custo a. Os interessados podem solicitar a disponibilizao das peas concursais atravs da Plataforma Compras Pblicas, atravs do endereo: https://www.compraspublicas.com 4. As propostas sero entregues conforme quadro do n. 2, atravs da Plataforma Compras Pblicas - endereo: https://www.compraspublicas.com, dirigidas ao CENTRO HOSPITALAR Pvoa de Varzim/Vila do Conde, E.P.E., Servio de Aprovisionamento e Logstica, Largo da Misericrdia, 4490-421 Pvoa de Varzim. 5. O anncio integral foi publicado na II Srie do Dirio da Repblica de 8 de maro de 2013, n. 48. O Servio de Aprovisionamento e Logstica, Dra. Ldia Freitas - Responsvel

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO E FISCAL DE ALMADA


ANNCIO
Faz-se saber que neste Tribunal corre a aco administrativa especial n. 1121/12.2BEALM, em que so autores os Municpios de Palmela, Sesimbra e Setbal e rus o Ministrio da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Territrio, a Agncia Portuguesa do Ambiente, I.P., o Ministrio da Economia e do Emprego e, como contra-interessada, a SECIL - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A., em que se pede a anulao dos seguintes actos relacionados com a co-incinerao de produtos industriais perigosos na fbrica de cimento da Secil, S.A., sita no Outo, concelho de Setbal: a) 2. Aditamento de 19.06.2009 Licena Ambiental n. 37/2006 de 20.10.2006, denominado 1. aditamento licena n. 37A. 1/2006 de 30.05.2008, da autoria da Sub-Directora do ora Instituto Pblico Agncia Portuguesa do Ambiente I.P., Fernanda Santiago; b) 2. Averbamento de 1.07.2009 licena de explorao n. 10/2006/ INR de 27.10.2006 (...) da autoria da Sub-Directora do ora Instituto Pblico Agncia Portuguesa do Ambiente I.P., Lusa Pinheiro; c) 3. Averbamento de 3.02.2010 Licena de Explorao n. 10/2006/INR de 27.10.2006 da autoria da Sub-Directora do ora Instituto Pblico Agncia Portuguesa do Ambiente I.P., Lusa Pinheiro; d) Licena de Instalao n. 2/201 1/DOGR de 26.10.2011 da autoria da Sub-Directora do ora Instituto Pblico Agncia Portuguesa do Ambiente l.P., Lusa Pinheiro; e) Licena de Explorao n. 4/201 1/DOOR de 26.10.2011 da autoria da Sub-Directora do ora Instituto Pblico Agncia Portuguesa do Ambiente I.P., Lusa Pinheiro; f) 1. Averbamento de 27.03.2012 Licena de Explorao n. 4/201 1/DOGR da autoria da Sub- Directora do ora Instituto Pblico Agncia Portuguesa do Ambiente I.P., Ins Diogo. Atravs do presente anncio e em cumprimento do disposto no art. 15. da Lei n. 83/95, de 31 de Agosto, que regula o regime do direito de aco popular, cam CITADOS todos os titulares dos direitos sade pblica, ao ambiente e qualidade de vida que se sintam lesados, para, querendo e no prazo de dez dias a contar da publicao do presente anncio, intervirem, a ttulo principal, na referida aco e para declararem se aceitam ou no ser representados pelos autores ou se, pelo contrrio, se excluem dessa representao, valendo a sua passividade como aceitao dessa representao, conforme previsto no mencionado art. 15.. Devem deduzir, de forma articulada, toda a matria relativa defesa e juntar os documentos destinados a demonstrar os factos cuja prova se propem fazer. obrigatria a constituio de Advogado - art. 11., n. 1 do CPTA. O prazo acima indicado contnuo e, terminando em dia em que os Tribunais estejam encerrados, o seu termo transfere-se para o primeiro dia til seguinte. Almada, 18 de Fevereiro de 2013 O Juiz de Direito - Jorge Pelicano A Escriv Adjunta - Teresa Cristina Campos Pblico, 15/03/2013

Anncio - Consulta Pblica Avaliao de Impacte Ambiental


Projecto: Campo de Golfe da Herdade da Abrunheira Proponente: Herdade da Abrunheira - Projectos Desenvolvimento Turstico Imobilirio, Lda. Licenciador: Cmara Municipal de Portalegre
O projecto acima mencionado est sujeito a um procedimento de Avaliao de Impacte Ambiental, conforme estabelecido na alnea f) do n. 12 do Anexo II do DecretoLei n. 69/2000, de 3 de Maio, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 197/2005, de 8 de Novembro. Este projecto localiza-se na freguesia de Urra, pertencente ao concelho de Portalegre. Nos termos e para efeitos do preceituado nos n.s 1 e 2 do art. 14. e nos art.s 22., 23., 24., 25. e 26. do Decreto-Lei n. 69/2000, de 3 de Maio, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 197/2005, de 8 de Novembro, a Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional do Alentejo, enquanto Autoridade de Avaliao de Impacte Ambiental, informa que o Estudo de Impacte Ambiental, incluindo o Resumo No Tcnico, se encontra disponvel para Consulta Pblica, durante 20 dias teis, de 14 de Maro a 11 de Abril de 2013, nos seguintes locais: Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional do Alentejo Av. Eng. Arantes e Oliveira, n. 193 - 7004-514 vora Agncia Portuguesa do Ambiente Rua da Murgueira, 9/9-A - Zambujal - 2611-865 Amadora Cmara Municipal de Portalegre Rua Guilherme Gomes Fernandes, 28, 7300-186 Portalegre O Resumo No Tcnico pode ainda ser consultado na Junta de Freguesia da Urra, Concelho de Portalegre e no Servio Sub-Regional de Portalegre da Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional do Alentejo, encontrando-se tambm disponvel na Internet (www.ccdr-a.gov.pt). No mbito do processo de Consulta Pblica, sero consideradas e apreciadas todas as opinies e sugestes apresentadas por escrito, desde que relacionadas especicamente com o projecto em avaliao. Essas exposies devero ser dirigidas ao Presidente da Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional do Alentejo at data do termo da Consulta Pblica. O licenciamento do projecto s poder ser concedido aps Declarao de Impacte Ambiental Favorvel ou Condicionalmente Favorvel, emitida pelo Senhor Secretrio de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Territrio, ou decorrido o prazo para a sua emisso. A Declarao de Impacte Ambiental dever ser emitida at 15/07/2013. vora, 7 de Maro de 2013 O Presidente - Antnio Costa Dieb

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Para julgamento em processo comum, e com interveno do Tribunal Singular, o Ministrio Pblico acusou: Anabela S, solteira, vendedora ambulante, nascida a 01.05.1966, lha de Manuel S e de Maria Natlia, natural do Fundo. residente na Estrada da Circunvalao - Junto aos Cantoneiros, n. 9, Santa Maria dos Olivais, em Lisboa Imputando-lhe a prtica, em autoria material, e na forma consumada, de um crime de venda, circulao ou ocultao de produtos ou artigos, previsto e punvel pelo art. 324., do Cdigo da Propriedade Industrial, em concurso real com um crime de fraude sobre mercadorias, previsto e punvel pelo art. 23. do Decreto-Lei n. 28/84, de 20 de Janeiro. A arguida no apresentou contestao, nem arrolou testemunhas. Procedeu-se a julgamento, com observncia do formalismo legal, como da respectiva acta consta. Mantm-se os pressupostos de validade e regularidade da instncia, no existindo nulidades, questes prvias ou incidentais de que cumpra conhecer e que obstem apreciao do mrito da causa. Produzida a prova e discutida a causa resultaram os seguintes FACTOS PROVADOS: 1. No dia 19 de Novembro de 2005, pelas 10.15 horas, no Mercado Semanal de Alverca, a arguida transportava na viatura automvel de matrcula 39-82-PH, com vista sua exposio e venda no mercado, a seguinte mercadoria, no valor total de 1.030 (mil e trinta euros); 38 (trinta e oito) sweat-shirts que ostentavam, nos lugares prprios e habituais, os dizeres da marca Timberland, no valor aproximado, no mercado interno, de 380 (trezentos e oitenta euros); 4 (quatro) tnis que ostentavam, nos lugares prprios e habituais, os dizeres da marca Puma, no valor aproximado, no mercado interno, de 80 (oitenta euros); 5 (cinco) botas que ostentavam, nos lugares prprios e habituais, os dizeres da marca Timberland, no valor aproximado, no mercado interno, de 100 (cem euros); 44 (quarenta e quatro) plos que ostentavam, nos lugares prprios e habituais, os dizeres da marca Puma, no valor aproximado, no mercado interno, de 440 (quatrocentos e quarenta euros); 3 (trs) plos que ostentavam, nos lugares prprios e habituais, os dizeres da marca Timberland, no valor aproximado, no mercado interno, de 30 (trinta euros); 2. Tais mercadorias foram adquiridas pela arguida com o conhecimento de que, aquando da sua produo, lhe haviam sido apostos os smbolos e referncias das marcas supra-referidas, de forma que em tudo se tornavam semelhantes s verdadeiras marcas; 3. Mais sabia que todas as marcas se encontravam registadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial e que, assim, no as podia comercializar sem que para tal estivesse autorizada pelo respectivo detentor das marcas ou pelo respectivo representante legal em Portugal, como no estava; 4. Quer os smbolos quer os materiais daqueles artigos de vesturio e calada no so das marcas Puma e Timberland, nem foram fabricadas com o conhecimento e/ou com autorizao dos respectivos proprietrios; 5. Os plos que ostentavam os smbolos e dizeres da marca Puma so diferentes dos originais porque no fazem parte de nenhuma coleco da marca Puma; no ostentam a etiqueta com o logo da Puma que deve ser colocado no interior; ostentam uma etiqueta de composio txtil, instrues de lavagem, e origem de fabrico colocada no local errado; no ostentam etiqueta de carto; no ostentam etiqueta de segurana ou de autenticidade, que distribuda pela Puma Internacional e obrigatria em todos os produtos originais da Puma; foram fabricados num material e com o tipo de acabamentos e bordado que no correspondem aos padres de qualidade exigidos pela marca Puma: e no se encontram embalados como os originais da marca Puma; 6. Os tnis que ostentam os smbolos e dizeres da marca Puma so diferentes do modelo original Future Cat da Puma porque no possuem etiqueta de tamanho como os originais da marca; o logo da Puma colocado frente dos tnis apresenta algumas imperfeies no bordado; no ostentam a etiqueta de carto; no ostentam etiqueta de segurana ou de autenticidade, que distribuda pela Puma Internacional e obrigatria em todos os produtos originais da Puma; o rebordo interior da embalagem diferente do original; foram fabricados num material e com um tipo de acabamentos e bordado que no correspondem aos padres de qualidade exigidos pela marca Puma; 7. Os plos que ostentam os smbolos e dizeres da marca Timberland so diferentes dos originais porque ostentam etiquetas diferentes das utilizadas pela marca Timberland; no respeitam os padres de qualidade da marca e no possuem as embalagens caractersticas da marca; 8. As botas que ostentam os smbolos e dizeres da marca Timberland so diferentes dos originais porque tm costuras visveis nas solas, ao contrrio das originais da marca; os componentes gerais das botas so diferentes dos originais da marca; ostentam etiquetas de papel que no so utilizadas pela marca Timberland; nas solas no utilizado o sistema europeu de atribuio de tamanhos; 9. Os smbolos referidos e as semelhanas dos modelos e dos tecidos eram susceptveis de sugestionar o pblico consumidor de, ao compr-los, estar a adquirir vesturio e calado das verdadeiras marcas; 10. A arguida tinha conhecimento de que aqueles artigos eram mera imitao das marcas Timberland e Puma; 11. A arguida pretendia retirar dessa actividade vantagens patrimoniais a que sabia no ter direito, ciente de que o fazia em prejuzo do pblico consumidor, bem como dos proprietrios das marcas supra-referidas; 12. A arguida, porque tinha conhecimento de que as marcas em questo ostentavam marcas no correspondentes s verdadeiras, aceitou receb-las para comrcio sem qualquer factura ou guia de remessa, por no lhe ter sido passada nem por si exigida, apesar de saber que no permitida a circulao de tais mercadorias, mesmo de origem nacional, sem estarem acompanhadas das facturas ou guias de remessa contendo a data, nome e residncia dos vendedores e compradores e suas assinaturas, e meno da sua origem ou procedncia, qualidade, quantidade, marcas e nmeros, cores e quaisquer outros sinais de diferenciao; 13. A arguida tinha conscincia de que, sem tais documentos, lhe estava vedada a deteno, transporte e exposio para venda desses produtos, assim como que a lei lhe impunha a obrigao de identicar o vendedor a quem adquiriu as mercadorias; 14. A arguida actuou sempre de forma deliberada, livre e consciente, bem sabendo que as suas descritas condutas eram proibidas e punidas por lei; Mais se apurou que: 15. A arguida reside com um lho e trs netos, menores, numa habitao do tipo barraca; 16. Actualmente, e desde h cerca de trs anos, no exerce qualquer actividade prossional, subsistindo dos proventos que o seu lho aufere com a venda ambulante de calado; 17. Anteriormente, exercia a venda ambulante de roupa em feiras, actividade a que se dedicou desde criana, e da qual retirava os seus proventos; 18. No sabe ler nem escrever, nunca tendo frequentado a escola: 19. Confessou parcialmente os factos de que vem acusada e demonstrou arrependimento; 20. No lhe so conhecidos antecedentes criminais. Factos no provados: No se vericaram factos no provados. MOTIVAO DA DECISO DE FACTO: O Tribunal fundou a sua convico com base na conjugao dos meios de prova produzidos e examinados em audincia de julgamento, depois de sujeitos respectiva anlise crtica. Concretamente, teve o Tribunal em considerao as declaraes da arguida, que admitiu transportar para venda, no Mercado de Alverca, os artigos de vesturio e calado supra-referidos. Referiu ainda que desconhecia que a venda dos artigos em causa fosse proibida, por no saber que se tratava de produtos de marca. No entanto, tal verso (do desconhecimento da proibio de comercializar ou transportar tais produtos) agurou-se desconforme s regras normais da experincia, segundo as quais o cidado mdio - e, em especial, quem se dedica comercializao de artigos de vesturio, como era o caso da arguida - jamais pode desconhecer a proibio em causa, e ainda que se tratava de marcas protegidas. Desta forma, no obstante a verso trazida pela arguida, a mesma no mereceu, em parte, credibilidade, razo pela qual o Tribunal deu como provados todos os factos supra-descritos. As declaraes da arguida, bem como a apreciao que delas fez o Tribunal, nos termos supra-explanados, foram devidamente conjugadas, e conrmadas, pelo teor dos relatrios de peritagem de s. 88 a 91, 194 e 195 e 202. Para a prova das condies pessoais e de vida da ar-

guida atendeu-se s declaraes que a mesma, a tal respeito, prestou em julgamento e, quanto ausncia de antecedentes criminais, atendeu-se ao teor do c.r.c. que consta dos autos, a s. 342. ENQUADRAMENTO JURDICO DOS FACTOS: Da imputao objectiva: Vem a arguida acusada da prtica, em autoria material e na forma consumada, de um crime de contrafaco, imitao e uso ilegal de marca, previsto e punvel pelo art. 324. do Cdigo da Propriedade Industrial, e, em concurso real, de um crime de fraude sobre mercadoria, previsto e punvel pelo art. 23. do Decreto-Lei n. 28/84, de 20 de Janeiro. Estabelece o preceito contido no art. 324., do Cdigo da Propriedade Industrial, com a redaco anterior introduzida pelo Decreto-Lei n. 36/2003, sob a epgrafe venda, circulao ou ocultao de produtos ou artigos que: punido com pena de priso at um ano ou com pena de multa at 120 dias quem vender, puser em circulao ou ocultar produtos contrafeitos (...). Por sua vez, no 23., n. 1, do Decreto-Lei n. 28/84, de 20 de Janeiro, sob a epgrafe Fraude sobre mercadorias, vem disposto que: 1. Quem, com inteno de enganar outrem nas relaes negociais, fabricar, transformar, introduzir em livre prtica, importar, exportar, reexportar, colocar sob um regime suspensivo, tiver em depsito ou em exposio para venda, vender ou puser em circulao por qualquer outro modo mercadorias: a) Contrafeitas ou mercadorias pirata, falsicadas ou depreciadas, fazendo-as passar por autnticas, no alteradas ou intactas; b) De natureza diferente ou de qualidade e quantidade inferiores s que armar possurem ou aparentarem; Ser punido com priso at um ano e multa at 100 dias, salvo se o facto estiver previsto em tipo legal de crime que comine pena mais grave. Para a delimitao dos elementos tpicos dos crimes pelos quais a arguida se encontra acusada importa considerar, em primeiro lugar, os bens jurdicos tutelados por cada uma das normas penais transcritas, sendo certo que por essa via que se aferir do eventual concurso real de incriminaes j referido. Assim, no caso do referido artigo do Cdigo da Propriedade Industrial (C.P.I.), incriminada, nomeadamente, a venda de mercadorias com marca contrafeita. Por seu turno, o art. 23., n. 1, al. a), do Decreto-Lei n. 28/84, de 20 de Janeiro. pretende defender a boa-f nas relaes comerciais, sendo o interesse protegido, aqui, o do consumidor. Com efeito, pune-se quem, nas relaes negociais, puser em circulao mercadorias contrafeitas, falsicadas ou depreciadas, fazendo-as passar por autnticas - cfr. Ac. da Relao de Coimbra, de 9 de Fevereiro de 2000, in C.J., Tomo I, pg. 51. O bem jurdico protegido por esta norma penal , assim, directamente, a conana do consumidor/comprador e, reexamente, o seu interesse patrimonial - neste sentido, v. Antnio Augusto Tolda Pinto e Jorge Manuel Almeida dos Ramos Bravo, in Colectnea de Legislao Penal Extravagante - Direito Penal Econmico e Am, Coimbra Editora, 1998, pgs. 80 e segs. Ora, atendendo a que so diferentes os bens jurdicos protegidos por uma e outra das incriminaes, patente que haver cometimento, em concurso efectivo, de um crime de fraude sobre mercadorias (art. 23., n. 1, al. a), do Decreto-Lei n. 28/84) e de um crime de venda, circulao ou ocultao de produtos ou artigos, quando se transacciona mercadoria contrafeita ostentando uma marca registada que , tambm, contrafeita (art. 324. do C.P.I.) - neste sentido, Ac. Rel. do Porto, de 5-2-2003, in C.J., t. I, pp. 217 e ss. e Ac. Rel. de Coimbra, de 9-22000, in C.J., t. I, pp. 49 e ss. Por outro lado, quanto ao elemento objectivo do tipo de ilcito identicado no art. 324. do C.P.I., basta, para o seu preenchimento, que o agente comercialize produto com marca contrafeita. O elemento objectivo do tipo incriminado pelo art. 23., n. 1, al. a), do Decreto-Lei n. 28/84 car preenchido se o agente, designadamente, vender mercadorias contrafeitas, fazendo-as passar por autnticas, com inteno de enganar outrem nas relaes comerciais. Ora, dvidas no subsistem de que se encontram objectivamente preenchidos, pela conduta da arguida, os tipos de crimes de que vem acusada. Na verdade, a mesma detinha na sua posse, com o intuito de vender a um conjunto indeterminado de compradores, plos e tnis das marcas Timberland e Puma, no se encontrando autorizada, para tal, pelas entidades titulares do direito de uso das referidas marcas. Para alm do mais, ao colocar em circulao tais produtos, sendo os mesmos contrafeitos, com o intuito de obter lucro econmico e sabendo que tal induziria em erro, acerca da sua genuinidade, os seus compradores, inequivocamente preencheu os tipos objectivos dos ilcitos de que vem acusada. Da imputao subjectiva: Nos termos do art. 324. do C.P.I., o agente ter que conhecer o facto a descrito - a venda de produto contrafeito -, actuando com vontade de o realizar. Exige-se, pois, o conhecimento e a actuao dolosa do agente na colocao venda produtos com marca contrafeita. Ora, atendendo factualidade provada, no h dvidas de que a arguida sabia que transportava com vista venda os produtos em apreo, os quais eram contrafeitos, tendo querido, sempre, proceder desse modo. O art. 23., n. 1, do Decreto-Lei 28/84, por sua vez, exige o dolo especco de enganar outrem nas relaes negociais relativas a mercadorias contrafeitas, devendo o agente pretender enganar quem, consigo, vai contratar. Atendendo ao que cou demonstrado, patente que a arguida, sabendo que os produtos contrafeitos que transportava com vista sua comercializao induziriam em erro os seus compradores, no que respeita genuinidade das marcas e qualidade dos materiais utilizados nas referidas mercadorias, tendo-se aproveitado desse facto para lograr atingir os seus objectivos comerciais, actuou dolosamente, nos termos requeridos pelo preceito penal incriminador mencionado. Inexistem causas que excluam a ilicitude da conduta da arguida. A culpabilidade do agente pressupe a conscincia tica do agir em desconformidade norma, redundando num juzo de censura e reprovabilidade que a ordem jurdica estabelece em relao aos infractores dos valores jurdicos vigentes. A liberdade de aco e de deciso da arguida, no momento da prtica dos factos ilcitos, determina que se estabelea, em relao conduta que praticou, um juzo tico-jurdico de censurabilidade, pelo que agiu com culpa. DA FIXAO DAS PENAS E SUA DETERMINAO EM CONCRETO O tipo de ilcito praticado pela arguida, contido no art. 324., do C.P.I., comporta a aplicao, em alternativa, de pena de priso at um ano ou de pena de multa at 120 dias. Quanto ao crime que lhe imputado por via do art. 23., n. 1, do Decreto-Lei n. 28/84, o mesmo punvel com priso at um ano e multa at 100 dias. Do tipo de ilcito do art. 324., do C.P.I.: Nos termos do art. 70., n. 1, do Cdigo Penal (C.P.), se ao crime forem aplicveis, em alternativa, pena privativa e pena no privativa da liberdade, o tribunal d preferncia segunda sempre que esta realizar de forma adequada e suciente as nalidades da punio. O art. 40. do C.P. estabelece como ns das penas criminais, a proteco de bens jurdicos e a reintegrao do agente na sociedade, podendo armar-se que o desgnio do legislador penal ser prosseguido na medida em que o restabelecimento da paz jurdica, afectada pela prtica do crime, se concilie com as necessidades de preveno geral e especial que o caso impem. No tocante preveno geral, importa ter em conta que o direito penal, ao proibir ou impor um determinado comportamento humano, arma o desvalor do comportamento social em desconformidade com o preceito jurdico, manifestando a vontade de que no se pratiquem factos contrrios aos valores merecedores de tutela penal, desincentivando o incumprimento das normas atravs da imposio de sanes - assim, Germano Marques da Silva, Direito Penal Portugus. Parte Geral, Introduo e Teoria da Lei Penal, Tomo I, Editorial Verbo. 1997, pp. 35 e 36. Esta vertente da preveno geral, tambm denominada de preveno geral negativa, ou de intimidao, visa afastar os restantes membros da sociedade da prtica de crimes, concretizando-se atravs da ameaa repressiva da sano penal, actuando em termos psquicos sobre a vontade de agir dos cidados abrangidos pelo jus imperii punitivo do Estado. No que concerne preveno geral positiva, ou de integrao, a aplicao das sanes penais servir para reforar a conana da comunidade na validade e fora de vigncia das normas que compem o ordenamento jurdico-penal e que visam a tutela de bens jurdicos. Nesta perspectiva, a funo do direito penal, concreti-

zando-se em termos pedaggicos, procura rearmar os valores assumidos pela colectividade e inuir positivamente na sua disposio para cumprir as normas jurdicas, projectando-se no foro ntimo de cada indivduo como um contributo necessrio na manuteno da paz jurdica e da liberdade necessrias subsistncia de um Estado de direito democrtico. Na sua vertente de preveno especial, a pena constituir um instrumento de intimidao do agente no cometimento de novos crimes (preveno especial negativa ou de neutralizao), devendo assumir ainda como propsitos a ressocializao do delinquente e a preveno da sua reincidncia (preveno especial positiva ou de integrao). Assim, atendendo aos princpios da necessidade e da interveno mnima do direito penal, em articulao com as nalidades de reparao do crime e de (re)insero social do seu agente que se deve pautar a determinao do tipo de pena a aplicar e da sua medida em concreto. Essa determinao em concreto feita, ainda, em funo da culpa do agente e das aludidas exigncias de preveno, devendo o tribunal atender a todas as circunstncias que, no fazendo parte do tipo de crime, deponham a favor do agente ou contra ele (art. 71. do C.P.), no podendo em caso algum a pena ultrapassar a medida da culpa (art. 40. n. 2). Quanto ao tipo de pena a aplicar, perante o art. 324. do C.P.L.I., tendo em ateno os altos ndices de criminalidade vericada por este tipo de ilcito, o qual , actualmente, de ocorrncia cada vez mais frequente, de concluir que se mostram elevadas as necessidades de preveno geral, positiva e negativa. Relativamente s necessidades de preveno especial, as mesmas aguram-se-me reduzidas, atendendo a que a arguida no apresenta antecedentes criminais. No caso em apreo, aplicando-se em alternativa, nos termos do art. 324., do C.P.I., pena de priso e pena de multa, e obedecendo ao critrio estabelecido no art. 70. do Cdigo Penal, h que dar preferncia pena no privativa da liberdade, agurando-se-me que esta realiza, de forma adequada e suciente, as nalidades da punio concretamente sentidas, sendo de esperar que a condenao em pena de multa inibir a arguida de praticar futuramente o mesmo tipo de ilcito. Quanto determinao da medida concreta da pena, h que atentar no grau de ilicitude do facto, o qual assumiu dimenso elevada, dentro da danosidade ao bem jurdico tutelado, que a proteco de marca registada, bem como no dolo, algo intenso, com que actuou, na modalidade de dolo directo. Importa do mesmo modo considerar que a arguida no possui antecedentes criminais. Por conseguinte, agura-se-me que a culpa da arguida, sendo limite inultrapassvel da medida da pena, no se pode considerar reduzida, antes se aproximando de um grau mdio, pelo que julgo adequada a aplicao de uma pena de 60 (sessenta) dias de multa, pela prtica do crime p. e p. no art. 264., n. 2, do C.P.I. Atendendo s condies econmicas da arguida, agura-se-me equilibrada a xao da taxa diria de tal multa em 5 (cinco euros), nos termos do disposto no art. 47., n. 2, do Cdigo Penal (na redaco anterior que lhe foi introduzida pela Lei n. 59/2007, de 4 de Setembro, pois que era a que vigorava data da prtica dos factos, mostrando-se o seu contedo, concretamente, mais favorvel arguida - art. 2., n. 4, 1. parte, do mesmo diploma). Assim, a referida pena de multa perfaz o montante global de 300 (trezentos euros). Quanto ao crime p. e. p. pelo art. 23., n. 1, al. a), do Decreto-Lei n. 28/84: Relativamente ao tipo de ilcito contido no art. 23., n. 1, do Decreto-Lei n. 28/84, sendo o mesmo punvel com pena de priso at 1 ano e com pena de multa at 100 dias, importa estabelecer a medida concreta das penas a aplicar, atendendo ao j considerado relativamente s nalidades de preveno geral e especial das penas criminais, bem como aos antecedentes criminais da arguida. No tocante culpa da arguida, ao grau da ilicitude do facto e intensidade do dolo com que actuou, agura-se-me que no pode o sistema punitivo do Estado deixar de exercer censura jurdico-penal sobre a mesma, embora a necessidade de tutela dos bens jurdicos violados, no caso concreto, no se agure muito elevada, porquanto sero raros os compradores de produtos contrafeitos que no se apercebem das vicissitudes apresentadas pela mercadoria transaccionada. Nesta conformidade, e atendendo aos j referidos critrios de determinao da medida da pena criminal, e tendo em conta que o tipo contido no art. 23., n. 1, do Decreto-Lei n. 28/84, estabelece uma punio cumulativa de priso e multa, considero adequado xar em 1 (um) ms a pena de priso a aplicar arguida e em 40 (quarenta) dias a pena de multa. No tocante ao quantitativo dirio da multa, xa-se a mesma taxa supra-determinada de 5 (cinco euros). Nos termos do artigo 43., n. 1, do Cdigo Penal, o tribunal deve substituir a pena de priso aplicada em medida no superior a 1 ano, por pena de multa ou por outra pena no privativa da liberdade, excepto se a execuo da priso for exigida pela necessidade de prevenir o cometimento de futuros crimes. Nos termos do disposto no art. 6., n. 1, do DecretoLei n. 48/95, de 15 de Maro, diploma que alterou o CP e se mantm em vigor, enquanto vigorarem normas que prevejam penas cumulativamente de priso e multa, sempre que a pena de priso for substituda por multa ser aplicada uma s pena equivalente soma da multa directamente imposta e da que resultar da substituio da priso. Ora, tendo em conta o comando estabelecido por tal norma, e agurando-se que, em face da ausncia de antecedentes criminais conhecidos arguida, adequada a substituio da pena de um ms de priso por 30 dias de multa, mesma dever ser aplicada uma pena nica, de multa, correspondente soma da que directamente lhe foi imposta e da que resultou da substituio, quanto ao crime p. e. p. pelo art. 23., n. 1. al. a), do DecretoLei n. 28/84: Assim, a pena nica que cabe arguida, por tal crime, xa-se em 50 (cinquenta) dias, apontada taxa diria de 5 (cinco euros), o que perfaz o total de 250 (duzentos e cinquenta euros) de multa. Do cmulo jurdico das penas de multa: Nos termos do art. 78., n. 1, do Cdigo Penal, quando algum tiver praticado vrios crimes antes de transitar em julgado a condenao por qualquer deles, condenado numa pena nica, sendo considerados, na medida da pena, em conjunto, os factos e a personalidade do agente. Ora, atendendo ao que j cou referido quanto ilicitude e culpa da arguida, aos seus antecedentes criminais, bem como censura penal que merece em face dos valores protegidos pela ordem jurdica, entendo aplicar arguida, em cmulo jurdico, a pena nica, de multa, de 100 (cem) dias, j xada razo diria de 5 (cinco euros), o que perfaz o quantitativo total de 500 (quinhentos euros). DECISO: Em face do exposto, condeno a arguida, Anabela S: 1. Pela prtica, em autoria material, de um crime de venda, circulao ou ocultao de produtos ou artigos, previsto e punvel pelo art. 324. do Cdigo da Propriedade Industrial, na pena de 60 (sessenta) dias de multa, taxa diria de 5 (cinco euros); 2. Pela prtica, em autoria material, de um crime de fraude sobre mercadoria, previsto e punvel pelo art. 23., n. 1, al. a), do Decreto-Lei n. 28/84, de 20 de Janeiro, na pena de 1 (um) ms de priso, substituda por 30 (trinta) dias de multa, e na pena de 40 (quarenta) dias de multa, o que perfaz a pena nica de multa de 50 (cinquenta) dias; 3. Em cmulo jurdico das penas parcelares referidas em 1. e 2, condeno a arguida na pena nica de 100 (cem) dias de multa, taxa diria de 5 (cinco euros), o que perfaz o montante global de 500 (quinhentos euros). Vai tambm a arguida condenada no pagamento das custas criminais, xando em 2 UC a taxa de justia devida, no pagamento dos honorrios ao seu ilustre defensor ocioso, segundo a legal tabela, e no pagamento de 1% da taxa de justia, nos termos do Decreto-Lei n. 423/91 de 30 de Outubro. Nos termos do art. 109., n.s 1 e 3, do Cdigo Penal, e 23., n. 3, do Decreto-Lei n. 28/84, de 20 de Janeiro, declaro perdidas a favor do Estado as mercadorias apreendidas arguida e determino que, aps trnsito em julgado desta sentena, se proceda sua destruio. Nos termos do art. 23., n. 4, do Decreto-Lei n. 28/84, de 20 de Janeiro, ordeno a publicao da presente sentena, aps o seu trnsito em julgado, em jornal de circulao nacional; Deposite. Aps trnsito em julgado: - Envie boletins ao registo criminal: (Processei em computador e revi - art. 94., n. 2, do C.P.P.) Vila Franca de Xira, 12 de Outubro de 2012 A Juza de Direito - Tnia Loureiro Gomes Pblico, 15/03/2013

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FICAR
CINEMA
Enter the Void Viagem Alucinante Ttulo original: Enter the Void De: Gaspar No Com: Nathaniel Brown, Paz de la Huerta, Cyril Roy FRA, 2009, 161 min. TVC2HD, 22h00 Oscar e Linda (Nathaniel Brown e Paz de La Huerta) so dois irmos a viver em Tquio. Ele toxicodependente e tracante de cidos; ela, stripper num bar de reputao duvidosa. Quando, durante uma rusga, ele morto a tiro pela polcia, o seu esprito, recusando-se a aceitar a morte, ca preso promessa feita a Linda de nunca a abandonar. Assim, com a alma a alucinar entre dois mundos, ele encontra o momento onde o passado, o presente e o futuro se fundem num s. Sete anos aps Irreversvel, o lme-choque de 2002, Gaspar No regressou aos cinemas em 2009, num registo psicadlico e onrico. O lme teve a sua estreia na edio desse ano do Festival de Cannes, onde surpreendeu pblico e crtica. Rambo A Fria do Heri FOX Movies, 22h00 Oportunidade para rever (ou conhecer) o primeiro lme da saga Rambo, de Ted Kotche. Depois do Vietname, John Rambo (Sylvester Stallone) foi agraciado como um heri de guerra. Mas, na verdade, ele um homem emocionalmente instvel que acaba por ser detido pelas autoridades de uma pequena cidade por estar a pedir boleia. A partir da foge e inicia uma guerra solitria contra tudo e todos. Battleship Batalha Naval [Battleship] TVC1HD, 21h30 Uma frota internacional em exerccio naval no Pacco surpreendida com a sbita viso de uma nave extraterrestre que emerge do oceano. Os aliengenas depressa revelam um objectivo especco, decididos a destruir tudo o que se lhe atravesse pelo caminho. Quem so aqueles estranhos seres? Quais as suas intenes? H quanto tempo estaro escondidos nas profundezas do oceano? A bordo do vaso de guerra norteEnter the Void Viagem Alucinante americano USS John Paul Jones, o jovem ocial Alex Hopper e o almirante Shane tero de pr de parte as suas quezlias pessoais e, com o apoio de toda a frota, encontrar uma forma de destruir o inimigo antes que nada mais possa ser feito. Realizado por Peter Berg (O Reino, Hancock), baseado no clssico jogo de batalha naval da Hasbro. Entre o elenco, Liam Neeson, Taylor Kitsch, Alexander Skarsgrd e Rihanna. Edtv [Edtv] Hollywood, 21h30 Ed Pekurny (Matthew McConaughey) assina, de livre vontade, um contrato para tornar a sua vida num reality show para a estao norte-americana True TV. Conhecido pelos seus documentrios de qualidade, o canal, dirigido por Cynthia Topping (Ellen DeGeneres), decidiu mostrar a vida de uma pessoa comum, ao vivo. Uma luta pelas audincias durante 24 horas por dia, sem guies, sem argumentos, sem cortes. E tambm uma luta dos americanos pelo protagonismo do pequeno ecr, num pas em que ningum quer ser ningum. De Ron Howard. Nada a Declarar [Rien Dclarer] RTP2, 22h00 Durante a poca de abolio das fronteiras europeias, nos anos 1990, Ruben (Benot Poelvoorde), um guarda fronteirio da cidade belga de Koorkin, e Mathias, um seu homlogo francs da cidade de Courquain, tentam lidar com o triste facto de as suas funes serem suprimidas. Ruben, para alm de perfeccionista e excessivamente zeloso, odeia franceses e tudo o que o possa lembrar Frana. Por seu turno, o colega Mathias (Dany Boon), considerado inimigo desde sempre, vive um romance secreto com a sua irm. Assim, o apaixonado rapaz est decidido a casar com a namorada mesmo ciente de que, para o poder fazer, ter de se sujeitar ao irmo dela. Para isso, oferece-se para

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Quarta-feira, 13
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Mlaga x FC Porto Dancin' Days Destinos Cruzados Fina Estampa Louco Amor
FONTE: CAEM

TVI 22,7 SIC 16,0 TVI 15,1 SIC 14,1 TVI 12,5

42,6 30,8 29,8 28,8 31,2

RTP1 2: SIC TVI Cabo

12,4% % 2,3 21,7 27,8 26,0

fazer uma viagem de trabalho que se tornar absolutamente inesquecvel... De Dany Boon. Brick [Brick] Mov, 23h25 Um adolescente, Brendan ( Joseph Gordon-Levitt), inltrase no grupo de tracantes de droga da sua escola secundria, na Califrnia, para descobrir o paradeiro da sua ex-namorada, que temia pela sua vida e que poder ter sido assassinada. O grupo em que Brendan precisa de ser aceite para descobrir a verdade formado por guras que parecem no passar de esteretipos: Laura, menina rica e mimada, dedicada a reinar; Tugger, rapaz ameaador; Dode, sempre drogado; Kara, sedutora por natureza; Brad, o popular; e, acima de tudo, Pin (Lukas Haas), o capataz, que nem estudante mas que controla tudo e todos. A auxili-lo na investigao, o seu amigo Brain (Matt OLeary). Distinguido em muitos festivais, venceu o Prmio Especial do Jri de Sundance (para drama).

DOCUMENTRIOS
No Tempo do Cinema RTP2, 16h00

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Televiso
[email protected]

AXN, 21.30 Era Uma Vez

Um documentrio de 58 minutos sobre a vida do escritor, professor, pensador e cinlo Joo Bnard da Costa (1935-2009). Com realizao de Jos Carlos Santos, inclui testemunhos do prprio e depoimentos oriundos de vrios quadrantes da sociedade Vasco Pulido Valente, Alberto Seixas Santos, Joo Mrio Grilo, Jorge Silva Melo, Guilherme d Oliveira Martins e tambm dos seus quatro lhos, Joo Pedro, Mnica, Soa e Ana. Entrevistas e guio de Cristina L. Duarte. Serpente do Mar Odisseia, 17h00 Especial Grandes Rpteis. Tudo comeou com um vdeo que circula na Internet, captado por um entusiasta. As imagens mostram um peixe enorme moribundo, uma espcie de serpente marinha conhecida como peixe-remo ou rei-dosarenques. As semelhanas com criaturas lendrias do imaginrio popular ou da literatura fantstica so surpreendentes: a forma, o tamanho, a cor. Estaremos perante o animal presente nos contos dos marinheiros dos tempos antigos? Com a ajuda de imagens de arquivo, testemunhos vindos de vrias partes do mundo e de diversos especialistas, o Odisseia procura as respostas. Em Declive Histria, 22h45 Em Desao abaixo de Zero, Hugh e Rick deparam-se com um obstculo que bloqueia a estrada de gelo e o primeiro decide abrir outro caminho. Entretanto, Alex v num carro estacionado um grande perigo e Maya a Tony recolhem mercadoria abandonada.

RTP1
6.30 Bom Dia Portugal 10.00 Praa da Alegria 13.00 Jornal da Tarde 14.15 ramos Seis 15.14 Portugal no Corao 18.00 Portugal em Directo 19.08 O Preo Certo 20.00 Telejornal - Inclui 360 21.00 Sexta s 9 - Directo 21.31 AntiCrise 22.00 Sinais de Vida 22.51 Portugueses Pelo Mundo - Boston 23.42 5 Para a Meia-Noite - Directo. Nilton convida Jos Roquete 0.54 Ossos - 7. srie 1.43 Perseguio - 1. srie 2.26 O Direito de Nascer

Recuperao 20.00 Tucker e Dale Contra o Mal 21.30 Battleship - Batalha Naval 23.45 Crnica 1.10 Mudana de Jogo

FOX LIFE
13.25 Clnica Privada 14.10 90210 14.56 Parenthood 15.40 Anatomia de Grey 16.26 Ben & Kate 16.48 No Meio do Nada 17.10 Uma Famlia Muito Moderna 17.32 Parenthood 18.17 90210 19.01 Agente Dupla 19.50 Scandal 20.38 Anatomia de Grey 21.25 So You Think You Can Dance 23.10 No Meio do Nada 23.35 Uma Famlia Muito Moderna 0.00 Anatomia de Grey

DESPORTO
Futebol: Primeira Liga SPTV1, 20h00 Directo. Jogo da 23. jornada da I Liga do Campeonato Nacional de futebol. O Gil Vicente, em 13., recebe o Sporting de Braga, 3. na tabela. Na primeira volta, os arsenalistas venceram por 3-1.

FOX MOVIES
11.04 O Rochedo 13.16 6 Dias 7 Noites 14.55 O ltimo Castelo 17.02 Os Flintstones 18.32 Space Jam 19.58 O Chacal 22.00 Rambo - A Fria do Heri 23.36 Procurado 1.24 Spawn - O Justiceiro das Trevas

MAGAZINES
Sociedade Civil RTP2, 14h00 Ser que os consumidores conhecem todos os seus direitos e como os exigir? Em Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o Sociedade Civil, sob orientao de Eduarda Maio, prope-se a esclarecer sobre os melhores instrumentos que os consumidores tm ao seu servio.

DISNEY RTP2
7.00 Zig Zag 13.06 National Geographic: Teste o seu Crebro 14.00 Sociedade Civil - Direitos do consumidor 15.32 Consigo 16.00 RTP Premium - No Tempo do Cinema 16.57 Zig Zag 18.00 A F dos Homens 18.34 Portugueses Pelo Mundo 19.17 A Entrevista de Maria Flor Pedroso 19.50 Zig Zag 21.08 National Geographic: Teste o seu Crebro 22.00 24 Horas - Sumrio 22.07 Cinco Noites, Cinco Filmes - Nada a Declarar 0.00 24 Horas - Directo 0.04 Portugal Selvagem 1.32 A Entrevista de Maria Flor Pedroso 2.05 Euronews

HOLLYWOOD
12.25 Aposta de Risco 14.25 Rpida e Mortal 16.10 Um Golpe em Itlia 18.00 O Caa Polcias 3 19.45 Babylon A.D. 21.30 Edtv 23.45 A Intrprete 2.00 Gothika

15.20 Casper O Fantasminha 15.45 Rekkit Rabbit 16.10 Timon e Pumba 16.57 Wheres My Water? Underground Adventures 6 17.00 Phineas e Ferb 17.50 Monster High 17.55 Wasabi Warriors 19.10 Lab Rats 19.35 Par de Reis 20.00 16 Desejos

AXN
14.46 Mentes Criminosas 15.36 Investigao Criminal 17.16 A Firma 18.06 Mentes Criminosas 19.46 O Mentalista 20.36 The Mob Doctor 21.30 Era Uma Vez 22.26 Castle 23.20 Mentes Criminosas 0.15 Perseguio 1.10 Alerta Cobra

DISCOVERY
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INFANTIL
Harry Potter e Os Talisms da Morte Parte 2 TVC3HD, 12h15 O m da saga do pequeno feiticeiro criado por J.K. Rowling, com a segunda parte do derradeiro captulo. Harry, Ron e Hermione (Daniel Radclie, Rupert Grint e Emma Watson) prosseguem a sua demanda por encontrar e destruir os Horcruxes de Voldemort que o tornam imortal ao mesmo tempo que tm de escapar s garras dos implacveis Devoradores da Morte e ainda manter os elos que os unem. Enquanto isso, a luta entre as foras do bem e do mal d origem a uma batalha sem precedentes no mundo mgico que culminar num ltimo duelo entre Lord Voldemort (Ralph Fiennes) e Harry Potter. Mas este desfecho no ser simples e vir a revelar alguns segredos bem guardados durante quase duas dcadas.

SIC
7.00 Edio da Manh 10.15 Querida Jlia - Especial Aniversrio 13.00 Primeiro Jornal 14.25 Querida Jlia - Especial Aniversrio 19.10 Fina Estampa 20.00 Jornal da Noite 21.50 Dancin Days 22.50 Avenida Brasil 23.50 Pginas da Vida 0.35 Mentes Criminosas - 7. srie 1.35 Mentes Criminosas: Conduta Suspeita - 1. srie 2.40 Volante 3.05 Podia Acabar o Mundo

AXN BLACK
14.38 Filme: O Esconderijo 16.23 Sobrenatural 17.09 Chuck 17.56 A Rainha das Sombras 18.43 Chuck 19.30 Boardwalk Empire 20.32 The Killing: Crnica de um Assassinato 21.35 Inadaptados 22.28 Filme: Um Polcia de Trazer por Casa 0.03 Inadaptados 0.56 A Rainha das Sombras

HISTRIA
17.00 Caadores do Pntano: Isto Pessoal 17.50 Restauradores: Pela Route 66 18.15 Restauradores: Uma Bicicleta Clssica 18.40 Os Maus da Histria: Gengis Khan 19.30 Aliengenas: O Mistrio de Puma Punku 20.15 Msica negra: Ep. 1 21.05 Msica Negra: Ep. 2 22.00 As Estradas dos Andes: O Rei da Estrada 22.45 Desafio Abaixo de Zero: Em Declive 23.35 Desafio Abaixo de Zero: Basta de Gentilezas 0.25 O Preo da Histria: O Lingote de Ouro

AXN WHITE TVI


6.30 Dirio da Manh 10.08 Voc na TV! 13.00 Jornal da Uma 14.45 Ningum Como Tu 15.15 Tempo de Viver 16.00 A Tarde Sua - Directo 18.09 Doce Fugitiva 19.15 Doida Por Ti 20.00 Jornal das 8 21.44 Euromilhes 22.00 Destinos Cruzados 23.11 Louco Amor 0.00 Equador 1.09 Apanha-me Se Puderes 2.50 Filme: A Floresta de Bronze 4.23 Amanhecer 4.57 a Vida Alvim! 14.11 Las Vegas 14.57 Filme: Sensibilidade e Bom Senso 17.12 Pquer de Rainhas 17.39 A Vida Secreta de uma Teenager Americana 18.28 Pequenas Mentirosas 19.17 Pquer de Rainhas 20.11 Las Vegas 21.00 Descobrindo Nina 21.50 Filme: Jerry Maguire 0.10 Descobrindo Nina 0.57 Lasko: O Punho de Deus

INFORMAO
Sexta s 9 RTP1, 21h00 Foi construdo para ser um hospital, mas depois da privatizao dos Hospitais Privados de Portugal (empresa da Caixa Geral de Depsitos) o edifcio cou sem destino. E, agora, quem vai pagar a obra? O programa prope-se a responder s questes.

ODISSEIA
17.00 Serpente do Mar 18.00 Debaixo da Pele do Crocodilo 19.00 O Reino da Suricata IV: Ep. 7 19.30 O Reino da Suricata IV: Ep. 8 20.00 Desportos do Mundo: Surf na Austrlia 20.45 A Aventura da Rota do Ch: Ep. 8 21.00 Cores, s, um Universo para Descobrir: Como Percebemos as Cores? 22.00 A Cara Suja das Cidades: Paris 23.00 0 Assassinos em Srie: Ep. 3 0.00 O Mistrio das Cores

FOX
13.45 Family Guy 14.08 Os Simpson 14.54 Casos Arquivados 15.43 Ossos 17.21 Lei & Ordem: Unidade Especial 18.52 Family Guy 19.43 American Dad 20.08 Os Simpson 20.56 Foi Assim Que Aconteceu 21.26 Casos Arquivados 22.23 Em Contacto 1.01 Fringe

TVC1
12.20 Crnica 13.45 Mudana de Jogo 15.40 Scooby-Doo! Cano do Vampiro (V.O.) 17.00 Intocvel: A Histria de Drew Peterson 18.30 A

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SAIR
CINEMA
Lisboa
CinemaCity Campo Pequeno Centro Lazer Campo Pequeno. T. 217981420 Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 1 - 13h45, 18h35 (2D), 15h55, 21h35, 24h (3D); Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 1 - 21h45, 00h25 (3D); Vigarista Vista M12. Sala 2 - 13h35, 15h50, 17h50, 19h50, 21h50, 23h50; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. Sala 3 - 13h30, 15h30, 17h30, 19h30 (V.P.); Sininho O Segredo das Fadas M4. VIP 4 - 13h50 (V.P.); Aguenta-te aos 40 M12. VIP 4 - 00h10; Oz: O Grande e Poderoso M12. VIP 4 - 13h20, 15h35, 18h50, 21h30; Argo M12. Sala 5 - 13h10; Django Libertado M16. Sala 5 15h30, 18h45, 22h; Quarta Diviso M16. Sala 6 18h55; Lincoln M12. Sala 6 - 15h45, 21h20; Fora Anti-Crime M16. Sala 6 - 00h20; Mam M16. Sala 6 - 13h25; Hitchcock M12. Sala 7 20h, ; Mam M16. Sala 7 - 16h, 18h, 22h05, 00h05; Guia para um Final Feliz M12. Sala 8 - 17h30; Criaturas Maravilhosas M12. Sala 8 - 19h50; Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. Sala 8 - 22h10; Zambzia M6. Sala 8 - 15h40 (V.P.); Comdia Explcita Movie 43 M16. Sala 8 - 00h15; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 8 - 13h10 CinemaCity Classic Alvalade Av de Roma, n 100, Lisboa . T. 218413045 MONSTRA 2013 - Festival de Animao de Lisboa - Vrios horrios; Robot e Frank Sala 1 - 13h35, 15h35, 17h25, 19h15, 21h35, 24h; Seis Sesses M16. Sala 2 - 13h30; Seis Sesses M16. Sala 2 - 13h30; Django Libertado M16. Sala 2 - 23h35; Quarta Diviso M16. Sala 3 - 13h10; Argo M12. Sala 4 - 18h40, 00h25; A Vida de Pi M12. Sala 4 15h45; Guia para um Final Feliz M12. Sala 4 13h25; Django Libertado M16. Sala 4 - 21h10 Cinemateca Portuguesa R. Barata Salgueiro, 39 . T. 213596200 O Caso Paradine Sala Flix Ribeiro - 19h; Desaparecida M16. Sala Flix Ribeiro - 15h30; Difamao M12. Sala Flix Ribeiro - 21h30; Boris Godunov Sala Lus de Pina - 19h30 Medeia Fonte Nova Est. Benfica, 503. T. 217145088 Ferrugem e Osso M12. Sala 1 - 14h10, 16h30, 19h, 21h30; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 2 - 16h45, 21h45; E Se Vivssemos Todos Juntos? Sala 2 14h20, 19h15; Argo M12. Sala 3 - 14h30, 17h; Mam M16. Sala 3 - 19h30, 22h Medeia King Av. Frei Miguel Contreiras, 52A. T. 218480808 A ltima Vez Que Vi Macau + Alvorada Vermelha M12. Sala 1 - 14h40, 16h40, 19h15, 21h45, 00h15; Ferrugem e Osso M12. Sala 2 - 14h15, 16h30, 19h, 21h30, 00h15; Barbara M12. Sala 3 - 14h30, 16h50, 22h, 00h30; Laurence Para Sempre M12. Sala 3 - 18h50 Medeia Monumental Av. Praia da Vitria, 72. T. 213142223 Ferrugem e Osso M12. Sala 4 - Cine Teatro - 14h30, 17h, 19h30, 22h, 00h30; Efeitos Secundrios M12. Sala 1 - 13h20, 15h25, 17h30, 19h40, 21h45, 00h15; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 2 - 16h30, 21h30, 24h; E Se Vivssemos Todos Juntos? Sala 2 - 13h10, 15h15, 17h20, 19h20, 21h30; E Se Vivssemos Todos Juntos? Sala 2 - 14h, 19h; A ltima Vez Que Vi Macau + Alvorada Vermelha M12. Sala 3 - 13h10, 15h15, 17h20, 19h20, 21h30; Branca de Neve M12. Sala 3 - 24h Nimas Av. 5 Outubro, 42B. T. 213574362 Marqus, Anda C Abaixo Outra Vez Sala 1 - 21h30 UCI Cinemas - El Corte Ingls Av. Ant. Aug. Aguiar, 31. T. 707232221 Amor M12. Sala 1 - 14h05; Notas de Amor M12. Sala 1 - 19h15; Fora AntiCrime M16. Sala 1 - 16h45, 21h45, 00h15; Guia para um Final Feliz M12. Sala 2 - 14h05, 19h30; O Mentor M16. Sala 2 16h40, 22h; 00:30 Hora Negra M16. Sala 3 17h30; Django Libertado M16. Sala 3 - 14h15, 21h, 00h10; Mam M16. Sala 4 - 00h25; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. Sala 4 14h, 16h, 18h, 20h (V.Port.); Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 5 - 14h10, 19h10, 00h10 (2D), 16h40, 21h40 (3D); Efeitos Secundrios M12. Sala 6 - 14h05, 16h40, 19h10, 21h35, 00h10; Psycho M12. Sala 7 - 19h20; Criaturas Maravilhosas M12. Sala 7 - 14h, 16h40; Branca de Neve M12. Sala 7 - 21h45, 00h10; Quarta Diviso M16. Sala 8 - 19h; Cidade Dividida M16. Sala 8 - 14h15, 16h35, 21h35, 00h05; Vigarista Vista M12. Sala 9 - 14h10, 16h35, 19h05, 21h40, 24h; Ferrugem e Osso M12. Sala 10 14h05, 16h45, 19h15, 21h55, 00h25; A Vida de Pi M12. Sala 11 - 15h; Lincoln M12. Sala 11 - 18h10, 21h20, 00h20; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 12 - 14h, 19h15, 00h30 (2D), 16h35, 21h50 (3D); Argo M12. Sala 13 - 14h10, 16h40, 19h10, 21h45, 00h20; A Caa M16. Sala 14 - 14h10, 16h35, 19h05, 22h, 00h30 ZON Lusomundo Alvalxia Estdio Jos Alvalade, Campo Grande. T. 16996 As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 15h30, 17h40, 19h50 (V.Port.); Tudo por um beb M12. 22h, 00h20; Oz: O Grande e Poderoso M12. 16h, 18h50, 21h40, 00h30; Django Libertado M16. 16h50, 20h45, 00h10; O Impossvel M12. 16h15, 18h55, 21h35, 00h15; Vigarista Vista M12. 15h50, 18h25, 21h20, 24h; Jack, o Caador de Gigantes M12. 16h20, 18h55, 21h30, 00h10; A Vida de Pi M12. 21h, 23h45; Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. 16h40, 19h, 21h45, 00h05; Mam M16. 16h30, 18h50, 21h10, 23h35; Fora Anti-Crime M16. 16h10, 18h45, 21h25, 23h50; Zarafa M6. 13h25, 15h40, 18h (V.Port.); O Homem das Sombras M16. 16h45, 19h10, 21h50, 00h25 ZON Lusomundo Amoreiras Av. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996 Lincoln M12. 14h, 17h30, 20h50, 24h; Oz: O Grande e Poderoso M12. 13h, 15h40, 18h50, 21h30, 00h20 (3D); Efeitos Secundrios M12. 13h20, 16h, 18h30, 21h10, 23h40; Robot e Frank 12h50, 15h, 17h, 19h10, 21h20, 23h30; Notas de Amor M12. 13h10, 15h50, 18h20 ; Ferrugem e Osso M12. 13h30, 16h10, 19h, 21h40, 00h30; Fora Anti-Crime M16. 21h, 23h50; A Arte de Amar M6. 13h50, 16h30, 22h, 00h10; Branca de Neve M12. 18h40 ZON Lusomundo Colombo Av. Lusada. T. 16996 A Bicharada Contra-Ataca M6. 13h10, 15h25 (V.P.); Aguenta-te aos 40 M12. 12h40, 15h30, 18h25, 21h25, 00h20; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 13h15, 15h55, 18h10 (V.P.); Tudo por um beb M12. 21h05, 23h45; Vigarista Vista M12. 13h05, 15h50, 18h20, 21h20, 24h; Jack, o Caador de Gigantes M12. 12h50, 15h40, 18h35 (2D), 21h30, 00h25 (3D); Argo M12. 17h50, 21h, 23h50; Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. 13h25, 16h10, 18h50, 21h40, 00h10; Oz: O Grande e Poderoso M12. 12h55, 15h45 (2D), 18h40, 21h35, 00h30 (3D); Mam M16. 13h20, 16h05, 18h30, 21h10, 23h40; Snitch - Infiltrado 13h, 16h, 18h45, 21h45, 00h35; Zarafa M6. 13h30, 15h35 (V.P.) ZON Lusomundo Vasco da Gama Parque das Naes. T. 16996 Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12.

Em estreia
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A ltima Vez Que Vi Macau + Alvorada Vermelha De Joo Pedro Rodrigues, Joo Rui Guerra da Mata. Com Joo Pedro Rodrigues, Joo Rui Guerra da Mata, Lydie Barbara. POR/FRA. 2012. 85m. Documentrio. M12. Um homem viaja de Lisboa a Macau, uma das mais multiculturais e labirnticas cidades do mundo, a pedido de uma amiga de longa data, que lhe diz estar a viver coisas estranhas e assustadoras. Ele, que vivera em Macau h muitos anos e ali passara os melhores tempos da sua vida, encara a viagem como um regresso s suas origens e s suas memrias mais felizes. Medeia King e Monumental As Fantsticas Aventuras de Tad De Enrique Gato. Com Meritxell An (voz), scar Barbern (voz), Carles Canut (voz). ESP. 2012. 90m. Animao. M6. Quando era pequenino, o sonho de Tad Jones era ser arquelogo. Mas, apesar de nunca ter abandonado as suas ambies, tornou-se um simples trabalhador da construo civil. At ao dia em que, por um acaso do destino, confundido com um arquelogo e enviado para uma perigosa expedio ao Peru. E assim que, com alguns novos amigos, Tad vai viver a grande aventura da sua vida ao tentar salvar Paititi, a lendria cidade perdida dos Incas. Ferrugem e Osso De Jacques Audiard. Com Marion Cotillard, Matthias Schonaerts, Armand Verdure. FRA. 2012. 120m. Drama, Romance. M12. Alain um homem solitrio que se depara com a necessidade de cuidar sozinho do seu lho de cinco anos. Sem emprego, decide mudar-se para casa da irm, no Sul de Frana. A, consegue trabalho como segurana numa discoteca onde conhece Stphanie, uma bela treinadora de orcas cuja vida parece sada de um conto de fadas. Algum tempo depois ela liga-lhe: um acidente deixou-a paraplgica. Ele vai ajud-la e, entre ambos, acaba por nascer um amor profundo e redentor.

Jack, o Caador de Gigantes De Bryan Singer. Com Nicholas Hoult, Stanley Tucci, Ewan McGregor. EUA. 2013. 89m. Drama, Aventura. M12. Jack um jovem agricultor que abre acidentalmente um portal entre o mundo dos humanos e o dos gigantes. E, quando as terrveis e enormes criaturas se apercebem da oportunidade de se vingarem da raa humana e recuperarem a terra que perderam, nada parece faz-las parar. Assim, forado a lutar contra seres que julgava existirem apenas na imaginao, Jack acaba por se tornar no mais improvvel dos heris. O Homem das Sombras De Pascal Laugier. Com Jessica Biel, Jodelle Ferland, William B. Davis. CAN/EUA/FRA. 2012. 106m. Drama, Thriller. M16. Julia uma jovem viva que vive com David, o seu lho pequeno, na pequena cidade de Cold Rock. A populao, extremamente pobre, vive atormentada por uma srie de raptos de crianas atribudos a uma gura a que chamam de Homem das Sombras. Certo dia, o pequeno David tornase numa das vtimas de rapto e o mundo de Julia colapsa. E depressa se apercebe que toda a cidade se virou contra si. Robot e Frank De Jake Schreier. Com Frank Langella, Susan Sarandon, Peter Sarsgaard (Voz), Liv Tyler. EUA. 2012. m. Comdia. Frank um ladro de jias de memria fraca que, aos 70 anos, apenas quer aproveitar a reforma. Certo dia, considerando a sua idade avanada e perda

de capacidades, o lho decide levar-lhe um rob que, para alm de ajudar nas tarefas do dia-a-dia, est programado para promover o bem-estar geral do seu proprietrio. Indignado com aquela mquina que parece querer manipular toda a sua vida, Frank tenta, a custo, verse livre dela. At se aperceber que ali pode estar a resposta que necessitava para reviver os velhos tempos... Snitch - Infiltrado De Ric Roman Waugh. Com Dwayne Johnson, Susan Sarandon, Jon Bernthal. EUA. 2013. 112m. Thriller, Aco. Dwayne Johnson John Matthews, um pai cujo lho adolescente injustamente acusado de trco de drogas e que se depara com uma pena mnima de dez anos de priso. Determinado a resgatar o lho a todo custo, John faz um acordo com o advogado de acusao para se inltrar no mais perigoso cartel de drogas da cidade e descobrir quem incriminou o rapaz. Porm, est consciente que, ao tentar evitar aquela priso, est a arriscar no s a sua prpria vida, mas tambm a de toda a sua famlia. Vigarista Vista De Seth Gordon. Com Jason Bateman, Melissa McCarthy, John Cho. EUA. 2013. 111m. Comdia. M12. Sandy Patterson recebe um telefonema de uma mulher que o avisa que algum tentou roubar a sua identidade. O que ele no imagina que, enquanto est a fornecer os seus dados, a sua iden identidade partir est a ser roubada. A p desse momento, Diana comea uma vida extravagante em Miami, gastando todo o dinheiro de Sandy. At ao dia pela polcia em que, noticado pe e por extorso de identidade iden pelas dvidas astronmicas, astr decide dec procurar pro a causadora cau do seu infortnio. in Robot e Frank

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | 39


CASA DA MSICA, PORTO

Portugal Restaurant Week


Pela primeira vez, a Restaurant Week ganha dimenso nacional. At 24 de Maro, 151 restaurantes de norte a sul do pas oferecem menus de autor a 20. No mapa, mesas nos distritos de Aveiro, Braga, Bragana, Castelo Branco, Coimbra, vora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Setbal, Vila Real e Viseu. O conceito o mesmo das edies regionais: pretende-se dinamizar a restaurao, democratizando o acesso cozinha de excelncia. Includo est tambm um euro de contribuio solidria, cujo montante total reverter para o Movimento Mulheres de Vermelho e a Associao Coraes com Coroa. aconselhada a reserva antecipada. Mais info: www.sabordoano.com.

16h10, 18h50, 21h40, 24h; Aguenta-te aos 40 M12. 21h30, 00h20; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 13h, 15h15, 17h20, 19h25 (V.Port.); Oz: O Grande e Poderoso M12. 12h40, 15h30, 18h20, 21h20, 00h10; Vigarista Vista M12. 13h10, 15h50, 18h30, 21h50, 00h30; Jack, o Caador de Gigantes M12. 12h50, 15h20, 18h10, 21h10, 23h50 (3D); Zarafa M6. 13h20 (V.Port.); Efeitos Secundrios M12. 13h30, 16h, 18h40, 21h, 23h40

Almada
ZON Lusomundo Almada Frum Estr. Caminho Municipal, 1011 Vale de Mourelos. T. 16996 Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. 13h10, 15h40, 18h05, 21h05, 23h30; Vigarista Vista M12. 13h10, 15h50, 18h35, 21h15, 23h55; Jack, o Caador de Gigantes M12. 13h15, 16h, 18h45, 21h30, 00h15; Oz: O Grande e Poderoso M12. 12h35, 15h30, 18h25, 21h20, 00h20; Efeitos Secundrios M12. 12h50, 15h30, 18h15, 21h20, 23h50; Cidade Dividida M16. 21h15, 23h50; Zarafa M6. 13h30, 16h05, 18h10 (V.Port.); Tudo por um beb M12. 12h45, 15h10, 17h45, 21h50, 00h10; O Homem das Sombras M16. 13h15, 15h45, 18h30, 21h10, 23h40; Criaturas Maravilhosas M12. 21h10, 24h; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 13h25, 15h55, 18h30 (V.Port.); A Bicharada Contra-Ataca M6. 13h20, 15h45, 18h40 (V.Port.); O Impossvel M12. 21h25, 00h15; Mam M16. 13h05, 15h35, 18h05, 21h40, 00h10; Argo M12. 19h; Fora AntiCrime M16. 13h, 15h30, 18h30, 21h20, 00h05; Snitch - Infiltrado 12h55, 15h35, 18h25, 21h30, 00h10; Ferrugem e Osso M12. 12h40, 15h25, 18h15, 21h10, 24h

Grande e Poderoso M12. Sala 2 - 13h50, 19h10 (2D), 16h30, 21h50 (3D), 00h30 (2D); As Fantsticas Aventuras de Tad M6. Sala 3 - 13h50, 15h50, 17h50, 19h50 (V.Port.); O ltimo Desafio M16. Sala 3 21h50, 00h20; Mam M16. Sala 4 - 13h50, 16h10, 18h55, 21h35, 23h55; Ferrugem e Osso M12. Sala 5 - 14h15, 16h40, 19h15, 21h40, 00h10; A Vida de Pi M12. Sala 6 - 14h, 16h35 (3D); O Impossvel M12. Sala 6 - 19h05, 21h45, 00h10; Quarta Diviso M16. Sala 7 - 19h; Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. Sala 7 - 14h10, 16h20, 21h35, 00h05; Criaturas Maravilhosas M12. Sala 8 - 13h50, 16h25; Aguenta-te aos 40 M12. Sala 8 - 19h, 21h45, 00h25; Vigarista Vista M12. Sala 9 - 14h05, 16h30, 19h10, 21h30, 00h15; Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 10 - 13h55, 19h05, 00h05 (2D), 16h20, 21h30 (3D); Efeitos Secundrios M12. Sala 11 - 14h15, 16h40, 19h15, 21h50, 00h20

Barreiro
Castello Lopes - Frum Barreiro Campo das Cordoarias. T. 760789789 Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 2 - 15h30 (2D), 18h20, 21h10, 23h50 (3D); Parker M12. Sala 3 - 15h20, 18h10, 21h40, 23h55; Guia para um Final Feliz M12. Sala 4 - 15h40, 18h30, 21h20, 24h

3 - 21h50; Zambzia M6. Sala 3 - 15h20 (V.Port.); Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 4 - 15h45, 16h05, 18h45, 21h25, 00h05; Criaturas Maravilhosas M12. Sala 5 - 18h30; Aguenta-te aos 40 M12. Sala 5 - 21h30, 00h10; A Vida de Pi M12. Sala 6 15h55, 18h40 (3D); O Impossvel M12. Sala 6 - 00h20; Lincoln M12. Sala 6 - 21h20; Fora Anti-Crime M16. Sala 7 - 19h50; Mam M16. Sala 7 - 15h50, 17h50, 22h, 00h25 Castello Lopes - Frum Sintra Loja 2.21 - Alto do Forte. T. 760789789 Lincoln M12. Sala 1 - 14h40, 18h, 21h40; Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 2 - 15h30, 21h30 (3D), 18h10, 24h (2D); Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 3 - 15h50 (2D), 18h40, 21h50 00h20 (3D); Vigarista Vista M12. Sala 4 - 15h50, 18h20, 21h20, 23h55; A Bicharada Contra-Ataca M6. Sala 5 - 15h10, 18h50 (V. Port.); Aguenta-te aos 40 M12. Sala 5 - 21h, 23h50; Mam M16. Sala 6 - 16h10, 19h, 22h, 00h20; Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. Sala 7 - 16h, 18h30, 21h10, 23h30

(2D), 21h15, 23h45 (3D); Oz: O Grande e Poderoso M12. 12h55, 15h40, 21h10, 23h55 (2D), 18h25 (3D)

Torres Vedras
ZON Lusomundo Torres Vedras C.C. Arena Shopping. T. 16996 Aguenta-te aos 40 M12. 15h40, 18h30, 21h20, 00h10; Mam M16. 21h50, 00h30; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 16h30, 19h (V.P.); Vigarista Vista M12. 16h15, 18h50, 21h45, 00h25; Oz: O Grande e Poderoso M12. 15h30, 18h15, 21h, 24h; Jack, o Caador de Gigantes M12. 16h, 18h40 (2D), 21h30 (3D)

Odivelas
ZON Lusomundo Odivelas Parque C. C. Odivelasparque. T. 16996 Mam M16. 21h, 23h40; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 13h30, 16h, 18h15 (V.Port.); Vigarista Vista M12. 15h30, 18h10, 21h20, 23h50; Jack, o Caador de Gigantes M12. 15h50, 18h20, 21h30, 24h; Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. 15h20, 18h, 21h10, 23h50; Oz: O Grande e Poderoso M12. 15h40, 18h30, 21h15, 24h

Santarm
Castello Lopes - Santarm Largo Cndido dos Reis. T. 760789789 Django Libertado M16. Sala 1 - 15h50, 21h; O Impossvel M12. Sala 2 - 15h20, 18h20, 21h10, 23h40; Vigarista Vista M12. Sala 3 15h40, 18h30, 21h30, 23h50; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 4 - 15h30 (2D), 18h40, 21h20, 24h (3D); A Descida - Parte 2 M16. Sala 5 - 16h10, 18h50, 21h50, 00h15; Cidade Dividida M16. Sala 6 - 16h, 19h, 21h40, 00h10

Oeiras
ZON Lusomundo Oeiras Parque C. C. Oeirashopping. T. 16996 Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. 18h, 21h45, 00h05; Zarafa M6. 13h15, 15h25 (V.Port.); Aguenta-te aos 40 M12. 13h30, 17h15, 21h20, 00h15; Vigarista Vista M12. 13h20, 15h50, 18h30, 21h30, 00h10; Efeitos Secundrios M12. 13h10, 15h45, 18h20, 21h, 23h50; Fora Anti-Crime M16. 21h50, 00h20; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 13h, 15h15, 17h30, 19h40 (V.Port.); Jack, o Caador de Gigantes M12. 12h50, 15h30, 18h10 (2D), 21h10, 23h55 (2D); Oz: O Grande e Poderoso M12. 12h50, 15h40, 18:40, 21h40, 00h30 (3D)

Leiria
CinemaCity Leiria Rua Dr. Virglio Vieira Cunha. T. 244845071 Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 1 15h55, 21h35 (3D), 18h30 (2D); Argo M12. Sala 2 - 19h10; Aguenta-te aos 40 M12. Sala 2 - 21h30; Comdia Explcita - Movie 43 M16. Sala 2 - 00h15; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 2 - 16h (3D), 15h45, 18h25, 21h45, 00h25 (2D); Vigarista Vista M12. Sala 3 - 15h30, 17h40, 19h40, 21h40, 23h55; Criaturas Maravilhosas M12. Sala 5 - 19h35; Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. Sala 5 - 15h40, 17h35, 21h55, 00h05; Mam M16. Sala 5 - 15h35, 19h50, 21h50, 00h10; O ltimo Desafio M16. Sala 5 - 17h45; Fora Anti-Crime M16. Sala 7 23h50; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. Sala 7 - 15h30, 17h30, 19h30, 21h30 (V.P.)

Setbal
Auditrio Charlot Av. Dr. Ant. Manuel Gamito, 11. T. 265522446 Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 1 - 21h30 Castello Lopes - Setbal C. Comercial Jumbo, Loja 50. T. 707220220 Vigarista Vista M12. Sala 1 - 13h20, 15h50, 18h30, 21h30; Sangue Quente M12. Sala 2 - 13h30, 15h40, 18h10, 21h10; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 3 - 13h, 15h30 (2D), 18h20, 21h20 (3D); O Impossvel M12. Sala 4 - 13h10, 15h20, 18h, 21h

Cascais
ZON Lusomundo CascaiShopping CascaiShopping-EN 9, Alcabideche. T. 16996 Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. 13h15, 15h50, 18h20, 21h20, 23h40; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 13h30, 15h40, 17h50, 19h55 (V.Port.); Tudo por um beb M12. 22h, 00h25; Fora Anti-Crime M16. 13h, 15h30, 18h, 21h10, 23h30; Mam M16. 12h40, 15h05, 17h40, 21h50, 24h; Vigarista Vista M12. 13h05, 15h40, 18h20, 21h40, 00h20; Jack, o Caador de Gigantes M12. 12h50, 16h, 18h40 (2D), 21h30, 00h10 (3D)

Miraflores
ZON Lusomundo Dolce Vita Miraflores C. C. Dolce Vita - Av. Tlipas. T. 707 CINEMA Lincoln M12. 21h20; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 15h10, 17h20, 19h20 (V.Port.); Vigarista Vista M12. 15h30, 18h30, 21h40, 00h30; Zarafa M6. 15h, 17h, 19h (V.Port.); Oz: O Grande e Poderoso M12. 15h20, 18h20, 21h30, 00h20

Tomar
Cine-Teatro Paraso - Tomar Rua Infantaria, 15. T. 249329190 O Impossvel M12. Sala 1 - 21h30

Amadora
CinemaCity Alegro Alfragide C.C. Alegro Alfragide. T. 214221030 Hitchcock M12. Cinemax - 13h50; Oz: O Grande e Poderoso M12. Cinemax 15h50, 18h30, 21h30, 00h10; Vigarista Vista M12. VIP Light - 19h30, 21h0, 23h50; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. VIP 1 13h30, 15h30, 17h30 (V.P.); Hansel e Gretel: Caadores de Bruxas Sala 3 - 23h55; Quarta Diviso M16. Sala 3 - 19h; Lincoln M12. Sala 3 - 15h45; Criaturas Maravilhosas M12. Sala 3 - 13h20, 21h25; Sininho O Segredo das Fadas M4. Sala 4 - 13h40 (V.P.); Aguenta-te aos 40 M12. Sala 4 - 15h25, 21h40; Cidade Dividida M16. Sala 4 - 19h20, 00h20; Mam M16. Sala 5 - 13h55, 15h55, 17h55, 19h55, 22h05, 00h15; Guia para um Final Feliz M12. Sala 6 - 17h30; Django Libertado M16. Sala 6 - 22h; Zambzia M6. Sala 6 - 13h45, 15h40 (V.Port.); As Fantsticas Aventuras de Tad M6. Sala 6 - 19h50 (V.Port.); Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 7 - 13h35, 18h35 (2D), 15h45, 21h35, 24h (3D); Argo M12. Sala 8 - 19h35; Die Hard Nunca Bom Dia para Morrer M12. Sala 8 - 21h55, 00h05; Vigarista Vista M12. Sala 8 - 13h35, 15h35, 17h35; Fora Anti-Crime M16. Sala 9 - 00h25; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 9 - 13h30 (2D), 16h10, 18h50, 21h45 (3D); Hotel Transilvnia M6. Sala 10 - 15h50 (V.P.); A Vida de Pi M12. Sala 10 - 18h40 (3D); O Impossvel M12. Sala 10 - 21h20; O ltimo Desafio M16. Sala 10 - 13h40, 23h45 UCI Dolce Vita Tejo C.C. da Amadora, Estrada Nacional 249/1, Venteira. T. 707232221 Django Libertado M16. Sala 1 17h45; Zambzia M6. Sala 1 - 13h50 (V.Port./2D), 15h50 (V.Port./3D); Cidade Dividida M16. Sala 1 - 21h25, 00h25; Oz: O

Montijo
ZON Lusomundo Frum Montijo C. C. Frum Montijo. T. 16996 Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. 13h10, 15h55, 18h10, 21h20, 23h40; Aguenta-te aos 40 M12. 21h, 23h50; Mam M16. 13h, 15h50, 18h05, 21h40, 24h; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 13h20, 16h10, 18h20 (V.Port.); Vigarista Vista M12. 13h15, 15h45, 18h15, 21h30, 00h05; Jack, o Caador de Gigantes M12. 13h30, 16h, 18h30

Faro
SBC-International Cinemas C. C. Frum Algarve. T. 289887212 Cidade Dividida M16. Sala 1 - 00h05; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 1 - 13h, 15h45, 18h30, 21h20; Guia para um Final Feliz M12. Sala 2 - 19h05; Fora Anti-Crime M16. Sala 2 - 14h05, 16h35, 21h40, 00h10; Vigarista Vista M12. Sala 3 - 13h45, 16h10, 18h35, 21h, 23h25; Criaturas Maravilhosas M12. Sala 4 - 23h55; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 4 - 15h40, 18h25, 21h10; Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 5 - 14h (2D), 16h30, 19h, 21h30, 24h (3D); Mam M16. Sala 6 14h05, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25; Snitch - Infiltrado Sala 7 - 16h55, 19h20, 21h45, 00h10; Argo M12. Sala 8 - 19h25; Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. Sala 8 14h55, 17h10, 22h, 00h20; A Vida de Pi M12. Sala 9 - 13h35, 16h20; Lincoln M12. Sala 9 19h05; O ltimo Desafio M16. S. 9 - 22h10, 00h35

Caldas da Rainha
Vivacine - Caldas da Rainha C.C. Vivaci. T. 262840197 Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 1 - 15h30, 18h10, 21h30, 24h; Aguenta-te aos 40 M12. Sala 2 - 15h35, 18h35, 21h20, 00h05; Vigarista Vista M12. Sala 3 - 15h45, 18h25, 21h25, 23h55; Oz: O Grande e Poderoso M12. Sala 4 - 15h40, 18h30, 21h20, 00h10; Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. Sala 5 - 15h40, 18h15, 21h40, 23h50

Torres Novas
Castello Lopes - TorreShopping Bairro Nicho - Ponte Nova. T. 707220220 Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 1 - 12h50, 18h20 (2D), 15h20, 21h30, 24h (3D); Die Hard - Nunca Bom Dia para Morrer M12. Sala 2 - 13h10, 15h40, 18h10, 21h40, 00h10; Vigarista Vista M12. Sala 3 13h, 15h30, 18h30, 21h20, 23h50

Carcavelos
Atlntida-Cine R. Dr. Manuel Arriaga, C. Com. Carcavelos (Junto Estao de CP). T. 214565653 Ferrugem e Osso M12. Sala 1 - 15h30, 21h30; Efeitos Secundrios M12. Sala 2 15h45, 21h45

AS ESTRELAS DO PBLICO
A ltima Vez que Vi Macau Alvorada Vermelha Branca de Neve A Caa Efeitos Secundrios Ferrugem e Osso Laurence para Sempre Oz, o Grande e Poderoso O ltimo Desafio Rob & Frank

Jorge Mourinha

Lus M. Oliveira

Vasco Cmara

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Olho
Algarcine - Cinemas de Olho C.C. Ria Shopping. T. 289703332 Fora Anti-Crime M16. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30, 23h45; Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 2 - 15h20, 18h20, 21h30, 23h45; A Maldio do Vale M18. Sala 3 15h15, 18h15, 21h15

Sintra
CinemaCity Beloura Shopping Est. Nac. n 9 - Quinta Beloura. T. 219247643 Vigarista Vista M12. Cinemax - 15h35, 17h35, 19h35, 21h35, 23h55; Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 1 - 18h35 (2D), 15h40, 21h45, 00h15 (3D); Argo M12. Sala 2 - 21h40, 24h; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. Sala 2 - 15h30, 17h30, 19h30 (V.Port.); Quarta Diviso M16. Sala 3 - 17h10; Guia para um Final Feliz M12. Sala 3 - 19h30; Django Libertado M16. Sala

Portimo
Algarcine - Cinemas de Portimo Av. Miguel Bombarda. T. 282411888 Jack, o Caador de Gigantes M12. Sala 1 -

a Mau mmmmm Medocre mmmmm Razovel mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente

40 | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

SAIR
15h30, 18h, 21h30, 24h; Comdia Explcita Movie 43 M16. Sala 2 - 20h, 21h45, 00h15

ALPIO PADILHA

A Tempestade pelo Teatro Praga

Tavira
Zon Lusomundo Tavira C.C. Gran-Plaza. T. 16996 Aguenta-te aos 40 M12. 12h40, 15h30, 18h20, 21h10, 24h; Mam M16. 21h40, 24h; As Fantsticas Aventuras de Tad M6. 13h05, 15h15, 17h25, 19h30 (V.Port.); Vigarista Vista M12. 13h15, 15h45, 18h15, 21h20, 23h55; Jack, o Caador de Gigantes M12. 13h20, 16h, 18h30 (2D), 21h10, 23h45 (3D); Oz: O Grande e Poderoso M12. 12h50, 15h35, 18h20, 21h05, 23h50

TEATRO
Lisboa
Casa do Artista - Teatro Armando Cortez Estrada da Pontinha, 7. T. 217110890 H Petrleo no Beato Enc. Manuela Passarinho. De 1/3 a 23/3. 6 e Sb s 21h30. Centro Cultural de Belm Praa do Imprio. T. 707303000 A Tempestade Com Andr e. Teodsio, Joana Barrios, Pedro Penim. De 15/3 a 16/3. 6 e Sb s 21h. Centro Cultural de Carnide Rua Rio Cavado, 3A. T. 936140727 Equilibra-te Z! Enc. Mrio Guerra. De 15/3 a 24/3. 6 e Sb s 21h. Dom s 16h. Chapit R. Costa do Castelo, 1/7. T. 218855550 Macbeth Companhia Chapit. Enc. John Mowat. De 24/1 a 17/3. 5 a Dom s 22h Culturgest Rua Arco do Cego. T. 217905155 Melancolia e Manifestaes Enc. Lola Arias. De 14/3 a 16/3. 5 a Sb s 21h30. M/12. Em espanhol, com legendas em portugus. Estrela Hall Rua da Estrela, 10. T. 213961946 The Hostage Enc. Jonathan Weightman. De 7/3 a 23/3. 5 a Sb s 21h. Dom s 17h. Gota TeatroOficina Calada do Correio Velho, 14-16. Ttulo... Qual Ttulo? Enc. Joo Barros. De 7/2 a 6/4. 5 a Sb s 21h15. M/12. Teatro Aberto Praa de Espanha. T. 213880089 H Muitas Razes Para Uma Pessoa Querer Ser Bonita Enc. Joo Loureno. De 21/12 a 31/3. 4 a Sb s 21h30. Dom s 16h. M/16. Teatro da Comuna Praa de Espanha. T. 217221770 A Culpa Enc. Peter Pina. De 14/3 a 31/3. 5 a Sb s 21h30. Dom s 17h. M/16. A Ilha dos Deuses Enc. Filipe Crawford. De 9/3 a 17/3. 6 e Sb s 21h30. Dom s 17h. Teatro da Politcnica Rua da Escola Politcnica, 56. T. 961960281 Por Tudo e Por Nada Enc. Jorge Silva Melo. De 13/3 a 27/4. 3 e 4 s 19h. 5 e 6 s 21h. Sb s 16h e 21h. M/12. Teatro Maria Vitria Av. Liberdade (Parque Mayer). T. 213461740 Humor com Humor se Paga Enc. Mrio Rainho. A partir de 1/11. 5 e 6 s 21h30. Sb s 16h30 e 21h30. Dom s 16h30. M/12. Teatro Municipal de S. Luiz R. Antnio Maria Cardoso, 38. T. 213257650 A Visita da Velha Senhora Enc. Nuno Cardoso. De 7/3 a 27/3. 4 a Sb s 21h. Dom s 17h30. Teatro Rpido Rua Serpa Pinto, 14. T. 213479138 Europa, Ich Liebe Dich De Cludia Lucas Chu. De 1/3 a 1/4. 2, 5, 6, Sb e Dom s 18h20, 18h50, 19h20, 19h50 e

20h25. Dia 27/3 s 21h50 e 22h20 M/12. 15m. Exorcismo: Uma Histria de Amor Enc. Eric L da Silva. De 1/3 a 1/4. 2, 5, 6, Sb e Dom s 18h05, 18h35, 19h05, 19h35 e 20h05. Dia 27/3 s 21h35 e 22h05. M/12. 15m. Folhas, e no Credos Enc. Miguel Ponte, Marcantonio Del Carlo (apoio). De 1/3 a 1/4. 2, 5, 6, Sb e Dom s 18h, 18h30, 19h, 19h30 e 20h. Dia 27/3 s 21h30 e 22h. M/12. 15m. Submersas De 1/3 a 1/4. 2, 5, 6, Sb e Dom s 18h15, 18h45, 19h15, 19h45 e 20h15. Dia 27/3 s 21h45 e 22h15. M/12. 15m. Teatro Taborda Rua da Costa do Castelo, 75. T. 218854190 Finge Enc. Carlos J. Pessoa. De 14/3 a 27/3. 3 a Dom s 21h30. Teatro Tivoli BBVA Avenida da Liberdade, 182. T. 213572025 TOC TOC Enc. Antnio Pires. A partir de 13/3. 5 a Sb s 21h30. Dom s 17h. M/16. Teatro Villaret Av.Fontes Pereira de Melo. T. 213538586 Casa de Campo Enc. Frederico Corado. De 31/1 a 30/3. 5 a Sb s 19h30. Isto Que Me Di! Enc. Francisco Nicholson. De 2/1 a 31/3. 4, 5 e 6 s 21h30. Sb s 16h e 21h30. Dom s 16h. M/12. Teatro-Estdio Mrio Viegas / Companhia Teatral do Chiado Largo do Picadeiro. T. 213257641 Coraes em Festa Enc. Juvenal Garcs. De 8/3 a 30/3. 6 e Sb s 21h. M/12. 80m.

Oeiras
Auditrio Municipal Eunice Muoz Rua Mestre de Aviz. T. 214408411 Esperando Diana Grupo: Centro de Artes Dramticas de Oeiras. Enc. Celso Cleto. De 1/3 a 14/4. 5 a Sb s 21h30. Dom s 16h. M/16.

Olival Basto
Centro Cultural da Malaposta Rua Angola. T. 219383100 Death Cabaret Enc. Lavinia Roseiro. De 15/3 a 17/3. 6 e Sb s 21h45. Dom s 16h15. M/16. Felizmente h Luar! Enc. Jorge Estreia. De 1/3 a 5/5. 6 e Sb s 21h30. Dom s 16h. M/12.

Sintra
Casa de Teatro Rua Veiga da Cunha,20 . T. 219233719 ETC Enc. Jos Gil, Natacha Costa Pereira, Sofia Vinagre. Dia 15/3 s 21h30 (Periferias - Festival Internacional de Artes Performativas em Sintra).

Abrantes
Cine-Teatro de So Pedro Largo de So Pedro. T. 241366321 Bom Apetite Enc. Pepa Diaz Meco. Dia 15/3 s 21h30. M/6. Durao: 75m.

Torres Vedras
Grmio Artstico Torreense Rua lvaro Galro. T. 261322876 A Bela e o Monstro Grupo: Academia de Santo Amaro. Enc. Miguel Dias. De 15/3 a 16/3. 6 e Sb s 15h. Reservas: 910518755/916122132.

Almada
Teatro Municipal Joaquim Benite Avenida Professor Egas Moniz. T. 212739360 Gil Vicente na Horta Enc. Joo Mota. De 14/3 a 17/3. 5 s 10h30 e 15h. 6 s 15h e 21h30. Sb s 21h30. Dom s 16h. M/12. 100m.

EXPOSIES
Lisboa
3 + 1 Arte Contempornea Rua Antnio Maria Cardoso, 31. T. 210170765 Greve De Sara e Andr. De 25/1 a 16/3. 3 a Sb das 14h s 20h. Pintura. Arquivo Fotogrfico Rua da Palma, 246. T. 218844060 Imagem entre Imagens De Alberto Carlos Lima, Antnio Jlio Duarte, Daniel Antunes Pinheiro, Daniel Blaufuks, ente outros. De 14/3 a 11/5. 2 a Sb das 10h s 19h. Sma Chein De Bruno Dias Vieira. De 7/3 a 26/4. 2 a 6 das 09h30 s 17h. Baginski Galeria/Projectos R. Capito Leito, 51/53. T. 213970719 Chama Dupla De Paulo Brighenti. De 23/1 a 16/3. 3 a Sb das 14h s 19h. Pintura. Casino Lisboa Alameda dos Oceanos. T. 218929000 Alouette II De 1/3 a 28/6. 2, 3, 4, 5 e Dom das 15h s 03h. 6 e Sb das 16h s 04h. Centro de Arte Moderna - Jos de Azeredo Perdigo R. Doutor Nicolau Bettencourt. T. 217823474 A imagem que de ti compus - Homenagem a Jlio De 18/1 a 7/4. 3 a Dom das 10h s 18h. Lida Abdul De 18/1 a 31/3. 3 a Dom das 10h s 18h. Plantas e plantas, de Narelle Jubelin De 18/1 a 31/3. 3 a Dom das 10h s 18h. Chiado 8 - Arte Contempornea Largo do Chiado, 8. T. 213237335 Vraum De Gonalo Barreiros. De 1/3 a 10/5. 2 a 6 das 12h s 20h.

Campo Maior
Centro Cultural de Campo Maior Av. Antnio Srgio. T. 268699510 Pagar? Aqui Ningum Paga! Teatro das Beiras. Enc. Gil Salgueiro Nave. Dia 15/3 s 21h30.

Cascais
Teatro Maria Helena Torrado Rua Freitas Reis, 25. T. 913439938 Nada do Outro Mundo Enc. Paulo Matos. De 15/3 a 24/3. 6 e Sb s 21h30. Dom s 18h. Teatro Municipal Mirita Casimiro Avenida Fausto Figueiredo. T. 214670320 Conversas Depois de um Enterro Enc. Renato Godinho. De 1/3 a 17/3. 5 a Sb s 21h30. Dom s 16h.

Faro
Teatro Lethes Rua de Portugal, 59. T. 289820300 Broadway Baby - A Histria do Musical Americano Enc. Henrique Feist. De 15/3 a 16/3. 6 e Sb s 21h30. Musical. M/12. 90m.

Linda a Velha
Auditrio Municipal Lourdes Norberto Largo da Piramide, 3N. T. 214141739 Mais Vale Rir Do Que Chorar Intervalo Grupo de Teatro. Enc. Armando Caldas. De 15/2 a 28/4. 6 e Sb s 21h30. Dom s 16h.

Cristina Guerra - Contemporary Art R. Santo Antnio Estrela, 33. T. 213959559 La Grande Avventura Dello Spazio De Rui Toscano. De 14/3 a 13/4. 3 a 6 das 12h s 20h. Sb das 15h s 20h. Culturgest Rua Arco do Cego. T. 217905155 Esculturas Sonoras 1994-2013 De Rui Toscano. De 8/2 a 19/5. 2, 4, 5 e 6 das 11h s 19h. Sb, Dom e feriados das 14h s 20h. Retrato de Michel Auder De Michel Auder. De 8/2 a 19/5. 2, 4, 5 e 6 das 11h s 19h. Sb, Dom e feriados das 14h s 20h. Espao Brasil (Lx Factory) Rua Rodrigues de Faria, 103. T. 213143399 A Arquitectura Portuguesa pelo trao de Lucio Costa De 21/2 a 21/4. 5 a Sb das 14h s 00h. Dom das 14h s 21h. Espao Cultural da AXA Av. Mediterrneo, Lote 1.01.1.2. T. 213506207 Cinema Transcendental De Ceclia Corujo. De 14/3 a 3/5. 2 a 6 das 12h s 17h. Espao Round The Corner - Porta 9F/9G Teatro da Trindade. T. 213420000 Black Frames De Daniel Gonzlez Coves. De 1/3 a 29/3. 2 a 6 das 13h s 19h. Pintura. Espao Tranquilidade - Projectos Especiais R. Rodrigues Sampaio, 95. T. 213503500 Instructions De Ramiro Guerreiro. De 7/3 a 3/5. 3 a 6 das 12h30 s 19h. Fundao Arpad Szenes - Vieira da Silva Praa das Amoreiras, 56. T. 213880044 Os Desastres da Guerra De Graa Morais. De 31/1 a 14/4. 4 a Dom das 10h s 18h. Vieira da Silva, Agora De 14/3 a 16/6. 4 a Dom das 10h s 18h. Fundao e Museu Calouste Gulbenkian Avenida de Berna, 45A. T. 217823000 360 Cincia Descoberta De 2/3 a 2/6. 3 a Dom das 10h s 18h. Galeria Arte Perifrica Praa do Imprio, CCB, Loja 3. T. 213617100 Dias de Profunda Desconstruo De Moiss Duarte. De 2/3 a 4/4. Todos os dias das 10h s 20h. Pintura. Galeria Belo-Galsterer R. Castilho 71, RC, Esq. T. 213815891 Ar, Parte II De Miguel Branco. De 29/1 a 16/3. 3 a 6 das 12h s 19h. Sb das 10h s 16h. Endgame De Mel O Callaghan. De 29/11 a 16/3. 3 a 6 das 12h s 19h. Sb das 10h s 16h. Galeria das Salgadeiras Rua das Salgadeiras, 24. T. 213460881 Olhar estrangeiro em territrios conhecidos De Luisa Mello. De 9/2 a 16/3. 4, 5 e 6 das 17h s 21h. Sb das 16h s 21h. Galeria Diferena Rua So Filipe Neri, 42 - Cave. T. 213832193 As meninas que habitam em mim De Maria Eugnia Medeiros. De 13/3 a 27/4. 3 a 6 das 14h s 19h. Sb das 15h s 20h. Galeria Filomena Soares Rua da Manuteno, 80. T. 218624122 The Sorrows of Electricity De Antnio Olaio. De 14/3 a 25/5. 3 a Sb das 10h s 20h. Tranquila ferida do sim, faca do no De Rui Chafes. De 14/3 a 25/5. 3 a Sb das 10h s 20h. Escultura. Galeria Joo Esteves de Oliveira Rua Ivens, 38. T. 213259940 A Pele das Nuvens De Jorge Martins. De 31/1 a 15/3. 2 das 15h s 19h30. 3 a 6 das 11h s 19h30. Sb das 11h s 13h30 e das 15h s 19h30. Desenho.

Galeria Lus Serpa - Projectos Rua Tenente Ral Cascais, 1B. T. 213977794 Apanhar Cogumelos uma Atitude Perigosa De Gerard Hemsworth, Andrea Medjesi Jones, Miguel Navas, Pedro Proena, Cindy Sherman, Susanne Themlitz, Inez Teixeira, Robert Wilson. De 9/3 a 26/4. 2 a 6 das 15h s 19h. Fotografia, Desenho, Outros. Galeria Quadrum R. Alberto Oliveira, 52. T. 218170534 Ciclo Budapeste: Rui Mouro De 6/3 a 17/3. 3 a 6 das 10h s 18h. Sb e Dom das 14h s 18h. Vdeo, Instalao. Galeria Ratton R. Academia das Cincias, 2C. T. 213460948 Que Procura Vm De Jlio Pomar. De 7/3 a 3/5. 2 a 6 das 10h s 13h30 e das 15h s 19h30. Azulejo. Galeria Torreo Nascente Av. ndia - Cordoaria Nacional. T. 213646128 Casa De Manuel Vieira. De 21/2 a 7/4. 3 a 6 das 10h s 18h. Olha De Valter Vinagre. De 24/1 a 23/3. 3 a 6 das 10h s 18h. Sb e Dom das 14h s 18h. Fotografia. Institut Franais du Portugal Av. Lus Bvar, 91. T. 213111400 Je suis juste ne femme De Fabienne Forel. De 8/3 a 6/4. 2 a Sb das 08h30 s 21h. Loja da Atalaia Av. Infante D.Henrique, Armazm B, Loja 1 (Cais da Pedra a St.Apolnia). T. 218822578 Displacement 2 De Rita Barros. De 15/3 a 15/4. 3 a Dom das 14h s 20h. Inaugura s 18h. MNAC - Museu do Chiado Rua Serpa Pinto, 4. T. 213432148 Are you still awake? De Joo Pedro Vale, Hugo Canoilas, Joo Tabarra, Alexandre Estrela, Julio Sarmento, Ana Hatherly, Mauro Cerqueira, entre outros. De 13/12 a 28/4. 3 a Dom das 10h s 18h. Arte Portuguesa 1850-1975 De Joo Cristino da Silva, Columbano Bordalo Pinheiro, Joo Marques de Oliveira, Antnio Carneiro, Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Mrio Eloy, entre outros. De 20/2 a 31/12. 3 a Dom das 10h s 18h. Projecto Bidonville De Maria Lusitano. De 21/2 a 7/4. 3 a Dom das 10h s 18h (ltima admisso s 17h45). MUDE - Museu do Design e da Moda Rua Augusta, 24. T. 218886117 Com esta Voz me Visto. O Fado e a Moda De 22/11 a 31/3. 3 a Dom das 10h s 18h (ltima admisso s 17h45). Interiores: 100 anos de Arquitectura de Interiores em Portugal De 20/12 a 28/4. 3 a Dom das 10h s 18h (ltima admisso s 17h45). Made In Portugal - Iberomoldes De 13/12 a 31/3. 3 a Dom das 10h s 18h (ltima admisso s 17h45). Nacional e Ultramarino. BNU e a Arquitectura do Poder: entre o Moderno e o Antigo De 13/12 a 28/4. 3 a Dom das 10h s 18h (ltima admisso s 17h45). nico e Mltiplo. 2 Sculos de Design A partir de 27/5. 3 a Dom das 10h s 18h. Museu Coleco Berardo Praa do Imprio, CCB. T. 213612878 Angela Detanico, Rafael Lain. Amplitude De 20/2 a 28/4. Todos os dias das 10h s 19h (ltima admisso s 18h30). Da Solido do Lugar a um Horizonte de Fugas De Douglas Gordon, ngela Ferreira, Miguel Palma, Eugenio Dittborn, Caetano Dias, Joo Tabarra, Augusto Alves da Silva, Justine Triet, Jimmie Durham. De 19/12 a 28/4. Todos os dias das 10h s 19h (ltima admisso s 18h30). Exposio Permanente do Museu Coleco Berardo (1960-2010) De Vito Acconci, Carl Andre, Alan Charlton, Louise Bourgeois, Jos Pedro Croft, Antony Gormley, Jeff Koons, Allan McCollum, Gerhard Richter, Cindy Sherman, William Wegman, entre outros. A partir de 9/11. Todos os dias das 10h s 19h (ltima admisso s 18h30). No Fly Zone. Unlimited

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | 41

SAIR
Mileage De Paulo Kapela, Yonamine, Kiluanji Kia Henda, Edson Chagas, Binelde Hyrcam, Nstio Mosquito. De 30/1 a 31/3. Todos os dias das 10h s 19h (ltima admisso s 18h30). Museu das Comunicaes Rua do Instituto Industrial, 16. T. 213935000 Casa do Futuro A partir de 1/3. 2 a 6 das 10h s 18h. Sb s 16h. FPC Future Labs 4.0: O futuro infinito De 18/5 a 30/4. 2 a 6 das 10h s 18h. Sb das 14h s 18h. Mala Posta A partir de 1/12. 2 a 6 das 10h s 18h. Sb das 14h s 18h. Vencer a Distncia - Cinco Sculos de Comunicaes em Portugal A partir de 2/5. 2 a 6 das 10h s 18h. Sb das 14h s 18h. Museu das Crianas Estrada de Benfica, 158/160 - Jardim Zoolgico de Lisboa. T. 213976007 Vermelho... Uma Viagem Atravs da Cor De 10/3 a 20/6. 2 a 6 das 10h s 13h30 e das 14h30 s 18h (para escolas, marcao prvia). Sb, Dom e feriados das 10h s 13h30 e das 14h30 s 18h. Museu de Artes Decorativas Portuguesas Largo das Portas do Sol, 2. T. 218814600 i em pessoa De Teresa Gonalves Lobo. De 13/3 a 24/6. 2, 4, 5, 6, Sb e Dom das 10h s 17h. Desenho, Objectos, Outros. Museu de Cincia Rua da Escola Politcnica, 56. T. 213921808 Jogos Matemticos Atravs dos Tempos A partir de 24/4. 3 a 6 das 10h s 17h. Sb e Dom das 11h s 18h. Exposio Interactiva. Museu de So Roque Largo Trindade Coelho. T. 213235065 Exposio Permanente A partir de 20/12. 3, 4, 6, Sb e Dom das 10h s 18h. 5 das 14h s 21h. Museu do Combatente Forte do Bom Sucesso. T. 213017225 A Histria da Aviao Militar A partir de 16/10. Todos os dias das 10h s 17h. Engenharia e Tecnologia Militar na Antiguidade: Catapultas e Mquinas de Cerco De 1/3 a 30/1. Todos os dias das 10h s 17h. Guerra do Ultramar - 50 anos depois A partir de 11/2. 2, 3, 4, 5, 6, Sb, Dom e feriados das 10h s 17h. O Combatente Portugus do Sculo XX A partir de 10/12. Todos os dias das 10h s 17h. Museu do Fado Largo do Chafariz de Dentro, 1. T. 218823470 Com esta Voz me Visto. O Fado e a Moda De 22/11 a 31/3. 3 a Dom das 10h s 18h (lt. admisso s 17h45). Fado De 14/8 a 31/3. 3 a Dom das 10h s 18h (lt. admisso s 17h30). Museu do Fado (1998-2008) De Jos Malhoa, Rafael Bordalo Pinheiro, Constantino Fernandes, Joo Vieira, Jlio Pomar, entre outros. A partir de 2/10. 3 a Dom das 10h s 18h. Museu do Oriente Avenida Braslia. T. 213585200 Cartazes de Propaganda Chinesa - A Arte ao Servio da Poltica De 25/1 a 27/10. 2, 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h. 6 das 10h s 22h (gratuito a partir das 18h). Deuses da sia A partir de 9/5. 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h (lt. admisso 17h30). 6 das 10h s 22h (lt. admisso 21h30) (gratuito 18h s 22h). Do Vasto e Belo Porto de Lisboa De 1/3 a 27/5. 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h. 6 das 10h s 22h (gratuito a partir das 18h). Macau. Memrias a Tinta-da-China De Charles Chauderlot. De 1/2 a 30/6. 2, 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h. 6 das 10h s 22h (gratuito a partir das 18h). O Ch. De Oriente para Ocidente De 8/6 a 31/3. 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h. 6 das 10h s 22h (gratuito a partir das 18h). Presena Portuguesa na sia. O Coleccionismo de arte do Extremo Oriente A partir de 9/5. 3, 4, 5, Sb e Dom das 10h s 18h (lt. admisso 17h30). 6 das 10h s 22h (lt. admisso 21h30) (gratuito das 18h s 22h). Museu Nacional de Arqueologia P. Imprio - Edif. Jernimos. T. 213620000 Antiguidades Egpcias / Tesouros da Arqueologia Portuguesa A partir de 1/1. 3 a Dom das 10h s 18h. Mudana Global - Smbolos e Tecnologia nas Origens do Agro-Pastoralismo no Alto Ribatejo De 21/2 a 14/4. 3 a Dom das 10h s 18h (ltima admisso s 17h45). Museu Nacional de Arte Antiga Rua das Janelas Verdes, 1249. T. 213912800 A Arquitectura Imaginria. Pintura, Escultura, Artes Decorativas De 1/12 a 30/3. 3 das 14h s 18h. 4 a Dom das 10h s 18h. Deambulaes. Desenhadores Franceses em Portugal nos sculos XVIII e XIX De 28/2 a 5/5. 3 das 14h s 18h. 4 a Dom das 10h s 18h. Ilusionismos - Os Tectos Pintados do Palcio Alvor De 8/3 a 26/5. 3 das 14h s 17h30. 4 a Dom das 10h s 17h30. Obra Convidada: Lucas Cranach, o Velho. Judite com a cabea de Holofernes De 24/1 a 28/4. 3 das 14h s 18h. 4 a Dom das 10h s 18h. Pintura e Artes Decorativas do Sculo XII ao XIX A partir de 16/12. 3 das 14h s 18h. 4 a Dom das 10h s 18h. Paos do Concelho Praa do Municpio. Trfico de Mulheres - Escravatura dos Tempos Modernos De 14/3 a 28/4. 2 a 6 das 10h30 s 18h. Padro dos Descobrimentos Av. Braslia . T. 213031950 Fotgrafos do Mundo Portugus 1940 De Mrio e Horcio Novais, Eduardo Portugal, Paulo Guedes, entre outros. De 24/2 a 26/5. 3 a Dom das 10h s 18h. Perve Galeria de Alfama Rua Escolas Gerais, 17/19/23. T. 218822607 13 Aniversrio Perve Galeria De Aldo Alcota, Cruzeiro Seixas, Nadir Afonso, Dieter Roth, Giorgio De Chirico, Man Ray, Pablo Picasso, entre outros. De 15/3 a 20/4. 2 a Sb das 14h s 20h. Inaugura s 18h. Sociedade Nacional de Belas Artes Rua Barata Salgueiro, 36. T. 213138510 Exposio Antolgica: Jaime Silva De 12/3 a 27/4. 2 a 6 das 12h s 19h. Vera Corts - Agncia de Arte Avenida 24 de Julho, 54 - 1E. T. 213950177 Residual Share De Catarina Dias. De 25/1 a 16/3. 3 a Sb das 14h s 19h.

PAULO MOREIRA

Tiago Bettencourt em Acstico

MSICA
Lisboa
Aula Magna Alameda da Universidade. T. 217967624 A Quinta da Amizade Foco Musical. De 14/3 a 15/3. 6 s 09h30, 11h e 14h (escolas); 19h. Cmara Municipal de Lisboa Praa do Municpio . T. 213236200 Solistas da Metropolitana Dia 15/3 s 13h. Casa Fernando Pessoa Rua Coelho da Rocha, 16. T. 213913270 Solistas da MetropolitanaDia 15/3 s 18h30. Coliseu dos Recreios R. Portas de Santo Anto, 96. T. 213240580 Tiago Bettencourt Dia 15/3 s 21h30. Escola Secundria de Cames Praa Jos Fontana. T. 213190380 Solistas da Metropolitana Dia 15/3 s 19h. Espao Brasil (Lx Factory) Rua Rodrigues de Faria, 103. T. 213143399 Fabiana Cozza Dia 15/3 s 22h30. Fundao e Museu Calouste Gulbenkian Avenida de Berna, 45A. T. 217823000 Coro e Orquestra Gulbenkian 6 s 19h. Galeria Z dos Bois Rua da Barroca, 59. T. 213430205 Syracuse Ear + Arlt + Filipe Felizardo Dia 15/3 s 22h. Hot Clube de Portugal Praa da Alegria, 48. T. 213619740 Tahina Rahary Malagasy Roots De 14/3 a 15/3. 5 e 6 s 22h30. Lux Frgil Av. Infante D. Henrique. T. 218820890 Stardust Balls: Steffi + Virginia + Dexter + Leonaldo de Almeida + Yen Sung s 01h. Museu do Oriente Avenida Braslia. T. 213585200 Eduardo Ramos Dia 15/3 s 21h30.

MusicBox Rua Nova do Carvalho, 24. T. 213430107 MusicBox Heineken Series #16: Nosaj Thing + Ermo + Cpt Luvlace Dia 15/3 s 00h. Palcio Foz P. dos Restauradores. T. 213221200 Cristina Dimitrova e Tatiana Balyuk Dia 15/3 s 18h30 (Festa da Francofonia). Paradise Garage R. Joo Oliveira Miguis, 38. T. 217904080 50 Anos - 50 Cantigas De 9/3 a 31/5. 6 e Sb s 21h. Dom s 16h. S de Lisboa Largo da S. T. 218876628 Srgio Silva Dia 15/3 s 21h30. Teatro do Bairro Rua Luz Soriano, 63. T. 213473358 Fuse Showcase Dia 15/3 s 23h.

Castro Verde
Cine-Teatro Municipal de Castro Verde R. Alexandre Herculano. T. 286322985 Manuel Ferraz Trio Dia 15/3 s 21h30.

Grndola
Cine Granadeiro - Auditrio Municipal Av. Antnio Incio da Cruz. T. 269456440 Algodo Dia 15/3 s 22h.

Loul
Bafo de Baco R. Afonso Albuquerque, 26 . T. 289052952 Jahcoustix Dia 15/3 s 22h.

Sintra
Centro Cultural Olga Cadaval Praa Dr. Francisco S Carneiro. T. 219107110 Sofia Vitria + Lus Figueiredo s 22h.

Vila Viosa
Pao Ducal de Vila Viosa Terreiro do Pao. T. 268980659 Da Flandres. Os azulejos encomendados por D. Teodsio I, 5 Duque de Bragana De 8/3 a 16/6. 3 das 14h30 s 17h30. 4 das 10h s 13h e das 14h s 17h30. 5 e 6 das 09h30 s 13h e das 14h30 s 17h30. Sb e Dom das 09h s 13h e das 14h30 s 18h.

DANA
Torres Vedras
Teatro-Cine de Torres Vedras Avenida Tenente Valadim, 19. T. 261338131 The Trap Coreog. Mariana Tengner Barros. Dia 15/3 s 22h30. M/12.

FARMCIAS
Lisboa Servio Permanente Albano (Rato) - Rua da Escola Politcnica, 59 - Tel. 213426750 Eusil (Alto do Pina) Rua Baro de Sabrosa, 104 - Tel. 218141912 Guimares Morais (Carnide) - Rua Neves Costa, 33 - 35 - Tel. 217140081 Joo XXI (Arreiro - P. de Londre) - Av. Joo Xxi, 16 - A - Tel. 218486462 Marques (Benfica - Igreja) - Estrada de Benfica, 648 - Tel. 217600096 Sacramento (Chelas - Av. Dr. Aug.) - Rua Actriz Palmira Bastos, Castro Lote 42 - Tel. 218590904 Outras Localidades Servio Permanente Abrantes - Ondalux Alandroal - Santiago Maior, Alandroalense Albufeira - Alves de Sousa Alccer do Sal - Misericrdia Alcanena - Correia Pinto Alcobaa - Magalhes, Alves (Benedita), Nova (Benedita) Alcochete - Nunes, Pvoas (Samouco) Alenquer - Nobre Brito, Higiene (Carregado) Aljustrel - Dias Almada Macedo Henriques, Charneca da Caparica (Charneca da Caparica), Torre das Argolas (Costa da Caparica), Feij (Feij) Almeirim - Barreto do Carmo Almodvar - Aurea Alpiara - Aguiar Alter do Cho - Alter, Portugal (Chana) Alvaizere - Ferreira da Gama, Castro Machado (Alvorge), Pacheco Pereira (Cabaos), Anubis (Mas D. Maria) Alvito - Nobre Sobrinho Amadora - Confiana, Dias e Brito, Vidal Reis Ansio - Teixeira Botelho, Medeiros (Avelar), Rego (Cho de Couce), Pires (Santiago da Guarda) Arraiolos - Misericrdia Arronches - Batista, Esperana (Esperana/Arronches) Arruda dos Vinhos - Da Misericrdia Avis Nova de Aviz Azambuja - Central, Miranda Barrancos - Barranquense Barreiro Higinica Batalha - Moreira Padro, Silva Fernandes (Golpilheira) Beja - J. Delgado (S. Joo Batista) Belmonte - Costa, Central (Caria) Benavente - Batista, Central (Samora Correia) Bombarral - Franca Borba - Central Cadaval - Central, Figueiros (Figueiros Cadaval (Jan,Mar,Maio)), Luso (Fev,Abr,Jun) (Vilar Cadaval (Fev,Abr,Jun)) Caldas da Rainha - Caldense Campo Maior - Central Cartaxo - Central do Cartaxo Cascais - Vilar (Carcavelos), DAldeia, So Joo (Estoril) Castanheira de Pera - Dinis Carvalho (Castanheira) Castelo Branco - Pereira Rebelo Castelo de Vide - Freixedas Castro Verde - Alentejana Chamusca - S. Jos Constncia - Baptista Coruche - Almeida Covilh - Pedroso Crato - Saramago Pais Cuba - Da Misericrdia Elvas - Lux Entroncamento - Carvalho Estremoz - Carapeta Irmo vora - Teixeira Faro - Alexandre Ferreira do Alentejo Fialho Ferreira do Zzere - Soeiro Figueir dos Vinhos - Campos (Aguda), Correia Suc. Fronteira - Costa Coelho Fundo Sena Padez (Fatela) Gavio - Gavionense, Pimentel Goleg - Oliveira Freire Grndola - Pablo Idanha-a-Nova - Andrade (Idanha A Nova), Serrasqueiro Cabral (Ladoeiro), Freitas (Zebreira) Lagoa - Lagoa Lagos Ribeiro Lopes Leiria - Antunes (Guimarota) Loul - Miguel Calada, Nobre Passos (Almancil), Pinheiro Loures - Das Olaias, Soares (Sacavm), Santa Iria (Santa Iria da Azoia) Lourinh - Marteleirense, Pacheco (Ribamar) Mao - Saldanha Mafra - Medeiros (Fnzeres), Oceano (Santo Izidoro / Mafra) Marinha Grande - Central Marvo - Roque Pinto Mrtola Nova de Mrtola Moita - Teixeira (Baixa da Banheira) Monchique - Higya Monforte - Jardim Montemor-o-Novo - Central Montijo - Borges da Cruz Mora - Canelas Pais (Cabeo), Falco, Central (Pavia) Moura - Nova de Moura Mouro - Central Nazar - Ascenso, Maria Orlanda (Sitio da Nazar) Nisa - Seabra Odemira - Confiana Odivelas - Nabais Vicente (Espinho), Serra da Luz (Serra da Luz) Oeiras - Branco, Maria, Leal Oleiros - Martins Gonalves (Estreito - Oleiros), Garcia Guerra, Xavier Gomes (Orvalho-Oleiros) Olho - Nobre Sousa Ourm - Ftima, Leito Ourique - Nova (Garvo), Ouriquense Palmela - Centro Farmacutico Lda. Pedrgo Grande - Baeta Rebelo Penamacor - Cunha Gil Peniche - Central Pombal - Paiva Ponte de Sor - Varela Dias Portalegre - Esteves Abreu Lda Portel - Fialho Portimo - Central Porto de Ms - Lopes Proena-a-Nova Roda, Daniel de Matos (Sobreira Formosa) Redondo - Casa do Povo de Redondo Reguengos de Monsaraz - Martins Rio Maior - Candido Barbosa Salvaterra de Magos - Carvalho Santarm - Francisco Viegas Sucrs Santiago do Cacm Barradas So Brs de Alportel - So Brs Sardoal - Passarinho Seixal - Duarte Ramos (Amora) Serpa - Central Sert Patricio, Farinha (Cernache do Bonjardim), Confiana (Pedrogo Pequeno) Sesimbra - da Cotovia, Rodrigues Pata, Lopes Setbal - Fuzeta, Louro Silves - Edite Sines - Atlntico, Monteiro Telhada (Porto Covo) Sintra - Central (Cacm), Idanha (Idanha), Simes Lopes (Queluz), Viva (Rio de Mouro), Crespo (Vrzea de Sintra) Sobral Monte Agrao - Moderna Sousel - Mendes Dordio (Cano), Andrade Tavira - Sousa Tomar - Alfa (Porto da Laje) Torres Novas - Aliana (Lamarosa/Torres Novas) Torres Vedras - Garcia Alves Vendas Novas - Santos Monteiro Viana do Alentejo Viana Vidigueira - Costa Vila de Rei - Silva Domingos Vila Franca de Xira - Botto e Sousa, Eduardo A. Csar, Estevo (Brejo), Higiene Vila Nova da Barquinha - Tente (Atalaia) Vila Real de Santo Antnio Pombalina Vila Velha de Rodo - Pinto Vila Viosa - Duarte

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JOGOS
CRUZADAS 8374
Horizontais: 1. Desordem (fig.). Prestar para. 2. Dcima sexta letra do alfabeto grego. Defeito de viso caracterizado pela dificuldade de distinguir nitidamente as cores dos objectos. 3. Espcie de sapo da regio do Amazonas (Bras.). Impresso para preencher. 4. Chifres. Proco de aldeia. 5. Sistema que no slido nem lquido. Antiga forma de por (arcaico). 6. Aguardente obtida da destilao do melao depois de fermentado. Beber em honra de algum. 7. O qual. Plancie beira de um rio. Idem (abrev.). 8. Interjeio designativa de dor. O que mata e esfola reses. 9. Fazer estar em silncio. Unidade de irradiao absorvida, de smbolo rd (Fsica). 10. Me de Jesus. Que tem dificuldade em compreender ou falar. 11. Pequena pea de artilharia semelhante a um morteiro comprido. Pequeno melo arredondado. Verticais: 1. Estmago (fig.). Massa lquida homognea em que se transformam os alimentos, pela aco dos sucos estomacais. 2. Volta. Nome masculino. Prefixo (afastamento). 3. Osso lacrimal. Sem preparao. 4. Armada Portuguesa (sigla). Possui. Em maior quantidade. 5. Terreno plantado de nabos. Escavao para esgoto ou canalizao de guas. 6. Deus do Amor entre os Gregos. Represa de gua onde se afoga o linho para o curar (regional). 7. Expresso utilizada em sesses chat (Laughing Out Loud). Antiga moeda portuguesa de prata, do reinado de D. Fernando, 1345-1383. 8. Aceitar como ddiva ou em pagamento. Outra coisa (ant.). 9. Planta solnea e venenosa. Equvoco. 10. Agarrar. Poro de cartas do mesmo naipe. 11. Mover os remos. Cada uma das partes articuladas com que terminam as mos e os ps. Depois do problema resolvido encontre o provrbio nele inscrito (5 palavras). Soluo do problema anterior: Horizontais: 1. Bambu. Abafa. 2. Olearia. Cor. 3. Bilina. Jura. 4. Ala. Batom. 5. Ara. Momo. 6. AS. Rasga. 7. Latir. Airar. 8. Pronau. Sete. 9. Carpa. Sua. 10. Caos. Acetal. 11. Aru. Tramar. Verticais: 1. Bobo. Alpaca. 2. Ali. Asar. Ar. 3. Melar. Tocou. 4. BAILARINAS. 5. Urna. Arar. 6. Ia. Ms. Upar. 7. Aa. Boga. Aca. 8. Jamais. Em. 9. Acuto. Resta. 10. Foro. Tatuar. 11. Arame. Real. Ttulo Do Filme: As Bailarinas.

Meteorologia
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TEMPO PARA HOJE


Viana do Castelo 3 14 Braga 2 15 12 Porto 3 14 Viseu 1m Aveiro 4 16 Coimbra 3 15 Leiria 3 17 Santarm 4 17 Lisboa 1 12 Guarda -1 10 Penhas Douradas -4 6 Castelo Branco 3 13 Vila Real 1 13 Bragana -2 11

Portalegre 3 13

BRIDGE
Dador: Oeste Vul: NS NORTE 52 A832 J9 QJ1098 OESTE 874 KQ10976 K6 A3 SUL AKQJ109 AQ1085 K6 ESTE 63 J54 7432 7542 dar os quatro ouros perdentes da mo. Cheleme cumprido. Na realidade, o declarante original decidiu entrar logo com o s de copas, onde baldou um ouro. Destrunfou de seguida e, apresentou o Rei de paus. Mas, Oeste, ciente de que o declarante teria baldado o Rei de paus no s de copas se, o mesmo tivesse seco, no teve dvidas quanto a recuar uma vez o seu s de paus, para entrar na volta seguinte e jogar uma copa que, obrigou o declarante a cortar e a ter de ceder ainda o Rei de ouros. Oeste Norte Este Sul 2*

SUDOKU
Problema 4736 Dificuldade: fcil

6 16 Setbal 4 18 vora 2 15

AMANH

14

Sines 6 17

Beja 3 16

1m Sagres

Soluo do problema 4734

7 16

Faro 7 17 15 0,5-1m

? *- Fraco, seis cartas e 5 a 10 pontos O que marca com a seguinte mo? AJ10 AQ2 K8532 Q10

Aores
Corvo Flores Graciosa S. Jorge Faial

15 4m
Terceira

13 15 15

Oeste Norte 1 passo passo 3ST Todos passam

Este passo passo

Sul 2 6

Leilo: Qualquer forma de Bridge. Carteio: Sada: K. Qual o seu plano de jogo? Soluo: No avance para a primeira vaza sem um plano. Se j tiver posto o s de copas em jogo, pode dizer adeus a este cheleme. Efetivamente, este cheleme imbatvel. A abertura de Oeste no deixa dvidas quanto colocao do Rei de ouros e do s de paus. A boa linha de jogo : copa cortada, trs voltas de trunfo (ou mais se necessrio para acabar de destrunfar) e, por fim, o Rei de paus. Oeste pode recuar uma vez o seu s de paus mas, insistimos com outro pau e, nessa altura, ele ter de fazer o seu s. Qualquer que seja o naipe que volte, a mo ir ficar no morto e, o s de copas e os trs paus firmes que restam sero suficientes, para bal-

Resposta: Uma deciso simples: 2ST. Esta voz promete uma mo com uma distribuio regular, paragem no naipe do adversrio e, uma fora compreendida entre 16 e 18 pontos. O parceiro pode usar o Stayman e os transfers, em resposta. A boa voz: 2ST.

16 3m
S. Miguel

13

15

Pico

13

15
Ponta Delgada

Problema 4737 Dificuldade: muito difcil

4-6m

14 16

Madeira
Porto Santo

Sta Maria

Sol
2,5-3m Nascente 6h48 Poente 18h44

14 19

16

Lua Crescente

Soluo do problema 4735

Funchal
1-1,5m 18

15 19

19 Mar. 17h27

Mars
Leixes
Preia-mar 04h51 17h07 Baixa-mar 10h53 23h13

Cascais
3,3 04h28 3,2 16h43 0,7 10h27 0,7 22h46

Faro
3,3 04h34 3,2 16h49 0,8 10h20 0,9 22h36 3,2 3,1 0,7 0,7

Joo Fanha/Lus A.Teixeira ([email protected])

Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com

Fonte: www.AccuWeather.com

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | 43

PESSOAS
TOBIAS SCHWARZ/REUTERS

Life&Style
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Eva Mendes e a tentao de ser freira


Consegue imaginar este lindo rosto fechado num convento? Ns tambm no, mas Eva Mendes chegou a pensar nisso antes de pensar em ser actriz. Por que razo falamos nisso? Num momento to importante para a Igreja Catlica como a escolha de um novo Papa, um site (news. com.au) decidiu procurar nos arquivos celebridades que pensaram seguir um caminho mais espiritual. (Os conventos seriam sem dvida lugares invulgarmente mais sedutores.) Eva pensou nesse encontro com Deus. Mas quando descobriu que as freiras no recebem ordenado, recuou, disse ela. Anna Hathaway, que este ano recebeu o scar para Melhor Actriz Secundria em Os Miserveis, sonhou ser freira quando era criana. Pensei nisso quando estava a crescer e pensava ser diferentes coisas, mas na verdade quis ser actriz antes de querer ser freira. Tom Cruise, hoje ligado cientologia, estudou num seminrio na adolescncia e um seu amigo revelou que quis ser padre, at ser expulso; Anjelica Huston tambm quis ser freira e contou que quando tinha seis anos disse ao pai que tinha esse desejo e que ele lhe respondeu: Isso maravilhoso, querida. Quando comeas?; Jack White, o vocalista dos White Stripes, que chegou a ser aclito, revelou que esteve muito perto de se tornar um padre catlico; o realizador Michael Moore, que estudou numa escola catlica, garante que tambm pensou o mesmo. Pensar uma coisa, fazer outra. Dolores Hart f-lo. Aos 24 anos. Foi com ela que Elvis Presley deu o seu primeiro beijo no cinema, em Loving You (1957).

Anna Wintour cada vez mais poderosa


A editora chefe da revista Vogue h 25 anos vai alargar a sua inuncia a revistas como a Vanity Fair ou a New Yorker, depois de a Cond Nast ter designado Anna Wintour para directora artstica do grupo de media. quase como ser uma empresa de consultoria de uma s pessoa, ironizou Anna. A britnica ter sob a sua alada as 17 revistas da Cond Nast, grupo onde trabalha h muito tempo. Nos ltimos tempos, especulou-se sobre a possibilidade de Wintour ser embaixadora dos EUA em alguma capital europeia pelo seu apoio a Obama.

Demi acredita que um beb evitaria divrcio


Soa tanto a dj vu quantos j viram a relao acabar mesmo assim mas Demi Moore acredita, disse algum prximo da actriz ao site Radar Online, que um beb teria salvo o seu casamento com Asthon Kutcher. Me de trs lhos, Demi tinha a certeza de que ele seria um bom pai e sabia que o actor queria ter lhos. Ela pensa que se tivessem tido uma criana no se divorciariam. Asthon no teria tempo para festas e no a teria enganado com outras mulheres, refere a mesma fonte. E depois, com que soluo resolveria Demi a falta de amor e de paixo?

HOJE Joaquim de Almeida, actor, 56; D. Augusto Csar, bispo emrito de Portalegre-Castelo Branco, 81; David FAZEM Cronenberg, realizador, 70; Judd Hirsch, actor, 78; Terence Trent DArby, msico, 51; Mark Hoppus, baixista e ANOS vocalista dos Blink 182, 41; Sly Stone, msico, 70; Eva Longoria, actriz, 38; Jos Lus Vidigal, ex-futebolista, 40

44 | DESPORTO | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Tiros de Cardozo no deixaram os passarinhos de Bordus voar


Benca obtm novo triunfo sobre os franceses e a nica equipa portuguesa nas competies europeias. Jorge Jesus vai ter de continuar a gesto de recursos entre o campeonato nacional e a Liga Europa
REGIS DUVIGNAU/REUTERS

Bordus
Diabat 74, Jardel (p.b.) 90+1

Benfica
Jardel 30, Cardozo 75 e 90+2

Estdio Jacques Chaban-Delmas, em Bordus. Espectadores cerca de 30.000 Bordus Carasso, Mariano (Ben Khalfalla, 72 a77), San, Henrique a10, Trmoulinas, Sertic (Poko, 68), Plasil, Saivet, Obraniak a32, MauriceBelay (Sacko, 78) e Diabat. Treinador Francis Gillot Benfica Artur, Andr Almeida, Jardel, Roderick a52, Melgarejo, Matic, Enzo Prez, Nico Gaitn, Salvio (Maxi Pereira, 88 a90), Ola John a83 (Carlos Martins, 84) e Rodrigo (Cardozo, 67). Treinador Jorge Jesus rbitro Ovidiu Hategan (Romnia)

Positivo/Negativo
Cardozo Entrou apenas aos 67, mas ainda foi bem a tempo de marcar dois golos e confirmar o seu estatuto de melhor goleador deste Benfica. Jorge Jesus Fez menos rotao neste jogo, mas continua a estar bem na gesto de recursos para poder manter o Benfica em vrias frentes. Os encarnados no foram brilhantes, mas jogaram o suficiente para dar uma vitria ao treinador na noite em que chegou aos 200 jogos como tcnico do Benfica. Bordus No tem qualidade para estar nesta Liga Europa. Com uma desvantagem mnima, o Bordus s durou 15 minutos e ficou sem reaco aps sofrer o primeiro golo, que resultou de um tremendo erro do seu guarda-redes. Os dois golos que marcou foram quase por acidente e de utilidade nula.

O Benfica foi ao terreno do Bordus derrotar a equipa francesa, que j no perdia em casa, para as competies europeias h 13 jogos

Crnica de jogo Marco Vaza


Se o FC Porto j se pode concentrar apenas no campeonato, depois de eliminado pelo Mlaga na Champions, o Benca vai ter de continuar a dividir os seus recursos entre a Liga portuguesa e a Liga Europa. Pela quarta temporada consecutiva, os encarnados esto nos quartos-denal de uma competio europeia, depois de terem, ontem, eliminado o Bordus da Liga Europa, vencendo os franceses por 3-2, aps triunfo por 1-0, na Luz, h uma semana. O Benca agora a nica equipa portuguesa ainda em prova nas competies da UEFA e saber hoje no sorteio, o prximo adversrio. Jesus tinha dito que queria marcar e lutar pela vitria em Bordus e no apenas segurar a vantagem conquistada em casa, mas foram os france-

ses que entraram dispostos a mudar o rumo da eliminatria. Logo aos 5, o gigante Diabat ganhou uma bola de cabea na pequena rea encarnada mas o remate saiu por cima e aos 13, foi Belay quem ultrapassou a defesa encarnada, obrigando Artur a desviar para canto. O Benca arriscava-se a sofrer um golo e s aos 20 que se aproximou da baliza de Carrasso Gaitn serviu Rodrigo, mas o espanhol permitiu a defesa do internacional francs. Dez minutos depois, Jardel colocou os encarnados praticamente nos quartos-de-nal. Aps canto de Ola John, o central brasileiro aproveitou uma sada em falso de Carrasso e, de cabea, fez o 1-0. As contas cavam muito complicadas para o Bordus, que precisaria agora de marcar trs vezes para seguir em frente. S que os franceses criaram pouco perigo e s aos

REACES

uma vitria que nos coloca nos quartos-definal, contra uma equipa que quiseram desvalorizar em Portugal. H 13 jogos que ningum ganhava em Bordus nas competies europeias. O jogo foi muito intenso, cansativo. At domingo s h tempo para recuperar.
Jorge Jesus Benfica

73 deram sinal de vida, com o golo de Diabat, aps assistncia com as costas de Jardel. A resposta do Benca foi imediata. Um minuto depois de ter sofrido um golo, Cardozo aproveitou uma assistncia de Gaitn e fez o 2-1. J perto do m da partida, Jardel fez um autogolo que oferecia o empate aos franceses, mas a resposta do Benca voltou a ser imediata, com Cardozo a bisar. Das duas equipas que esto na frente, aquela que sair mais cedo da Europa tem mais hipteses de ganhar o campeonato, era o que Jesus dizia antes do Benca ter eliminado o Leverkusen. A gesto do plantel vai mesmo ter de continuar, com o campeonato no topo das prioridades. Mas na prxima ronda j haver equipas bem melhores que estes passarinhos de Bordus, como o presidente do clube francs apelidou os seus jogadores.

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | DESPORTO | 45

Tottenham sobreviveu aos quatro golos do Inter


Manuel Assuno
O Inter Milo esteve perto de conseguir uma recuperao histrica contra o Tottenham nos oitavos-denal da Liga Europa. Depois de ter perdido o primeiro jogo por 3-0, a equipa italiana goleou a de Andr Villas-Boas por 4-1, em Milo, mas foi decisivo o golo de Adebayor no prolongamento, depois de o Inter ter conseguido empatar a eliminatria no tempo regulamentar. O (ainda) campeo europeu Chelsea e o Newcastle, os outros dois representantes ingleses na prova, tambm se qualicaram. O Tottenham apurou-se porque no desempate valeu ouro o golo marcado fora, mas poucos dos seus adeptos pensavam certamente passar por tanto sofrimento, mesmo considerando j a ausncia de Gareth Bale, suspenso. Antonio Cassano (20), Rodrigo Palacio (52) e um autogolo de Gallas (75) colocaram o 3-0 no marcador e o Inter esteve muito perto do apuramento nos instantes nais, mas o remate de Cambiasso saiu um pouco ao lado. O visitante foi mais perigoso no prolongamento e Emmanuel Adebayor, depois de um remate de Dembel, apontou o golo que voltou a fazer pender a eliminatria para o seu lado. O Inter precisava de marcar mais dois golos e ainda fez um, pelo argentino Ricky lvarez, insuciente para seguir em frente. Em Londres, o Chelsea, com golos de Mata, Terry e Torres, ganhou 3-1 ao Steaua, superando a derrota (1-0) de Bucareste. Tambm em Inglaterra, Ciss, aos 90+3, marcou o nico golo da eliminatria entre Newcastle e Anzhi. O Zenit foi o outro clube russo eliminado. O Basileia perdeu 1-0 em So Petersburgo, mas pode agradecer ao seu guarda-redes Yann Sommer por ter defendido um penlti de Roman Shirokov, aos 86. O exbenquista Witsel (30) marcou o golo do Zenit, que tinha perdido 2-0 na primeira mo.

OITAVOS-DE-FINAL
Rubin Kazan-Levante Zenit-Basileia Inter-Tottenham Chelsea-Steaua Fenerbahe-Plzen Bordus-Benfica Newcastle-Anzhi Lazio-Estugarda (0-0) (0-2) (0-3) (0-1) (1-0) (0-1) (0-0) (2-0) 2-0 (a.p.) 1-0 4-1 (a.p.) 3-1 1-1 2-3 1-0 3-1

APURADOS
Liga dos Campees Real Madrid (Esp), Barcelona (Esp), PSG (Fra), Bayern Munique (Ale), Mlaga (Esp), Borussia Dortmund (Ale), Galatasaray (Tur), Juventus (Ita) Liga Europa Benfica (Por), Rubin Kazan (Rus), Basileia (Sui), Tottenham (Ing), Lazio (Ita), Newcastle (Ing), Fenerbahe (Tur), Chelsea (Ing)

Adebayor salvou o Tottenham

46 | DESPORTO | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Clima de crispao no futebol portugus condiciona o negcio


Emanuel de Medeiros, director-executivo da Associao das Ligas Europeias de Futebol Prossional (EPFL), fala do negcio do futebol e alerta os dirigentes portugueses
Entrevista Hugo Daniel Sousa Texto Enric Vives-Rubio Fotografia
O portugus Emanuel de Medeiros o rosto da EPFL, que hoje organiza a sua assembleia geral em Lisboa. Em entrevista ao PBLICO, este aoriano fala das principais questes do futebol europeu, que hoje um grande negcio, mas que precisa de mais transparncia, nomeadamente nas transferncias de jogadores. A EPFL organizou ontem uma conferncia sobre propriedade intelectual. Isso signica que as transmisses televisivas piratas e as apostas ilegais so as maiores preocupaes das Ligas europeias? Sem sombra de dvidas. As receitas provenientes da explorao comercial tornaram-se a fonte primordial de sustento do desporto. graas a esses uxos nanceiros que os organizadores das competies podem organizar as provas, promover a construo de estdios, aperfeioar as estruturas de formao e, alm disso, praticar um sem-nmero de projectos de alcance social. Se continuarmos a assistir a todas essas formas de canibalismo e os direitos e contedos dos organizadores das provas continuarem a saque, na mais absoluta impunidade e perante a insensibilidade do legislador, no h dvida que a viabilidade econmica do desporto ca seriamente comprometida. O que necessitamos de legislao, ao nvel comunitrio e nacional, que possa proteger estes direitos. Tem alguma estimativa de quanto o futebol perde ou no ganha, por causa dessas prticas? Temos algumas estimativas, mas so para consumo interno. Mas so quantias avultadssimas. A prpria Comisso Europeia reconheceu que o nvel de infraco aos direitos de propriedade intelectual alarmante. Estamos a falar em concreto de que infraces? De transmisses no autorizadas de eventos desportivos, designadamente pela Internet, da venda ilegal de bilhetes, de contrafaco, de pirataria digital, do uso no autorizado de contedos para efeitos de apostas desportivas online. A fase mais exigente do fairplay nanceiro entra em vigor no nal da poca. A UEFA ter coragem de sancionar os clubes, mesmo que sejam emblemas ricos, como o PSG ou o Manchester City? No tenha dvida de que a UEFA ser intransigente e rigorosa na aplicao dos seus regulamentos, independentemente da grandeza desportiva ou do poderio comercial dos emblemas que estiverem em questo. As regras foram aprovadas na sequncia de um longo processo de consulta e discusso com todas as partes interessadas. O conceito do fair-play nanceiro foi aprovado por unanimidade, por todos os sectores, cientes das consequncias do seu incumprimento. Os clubes devem adoptar as medidas necessrias para uma gesto mais prudente das suas nanas. Os estudos mostram que mais do que um problema de receitas, o futebol tem um problema de custos. O fair-play nanceiro ajudar a resolver isso? verdade, embora haja excepes, como o caso de Portugal, onde h fontes de receitas que esto subexploradas. Mas isso implica uma viso estratgica e uma convergncia por parte de todos os interessados para explorar de forma mais cabal essas potenciais fontes de receita. Quanto ao fair-play nanceiro, no a bala de prata que vai matar todos os males e pr cobro a todas as prticas de risco, mas estou convencido de que uma oportunidade nica de pr em prtica um conjunto de mecanismos para que os clubes sejam geridos de forma sustentvel

PERFIL
Emanuel Medeiros Portugal o meu pas e os Aores a minha casa. Este o mote de Emanuel de Medeiros, advogado que dirige desde 2005 a EPFL. Nascido em 1969, em So Miguel, Emanuel de Medeiros estudou Direito em Lisboa e iniciou a carreira como advogado na PLMJ, sem qualquer ligao ao desporto. O futebol apareceu em 1993, quando foi convidado para ser o directordelegado do Boavista em Lisboa. Foi depois director do departamento jurdico do clube do Bessa. Entre 2000 e 2006, foi secretrio-geral da Liga, cargo que lhe abriu caminho para a direcoexecutiva da EPFL.

e assegurem a sua longevidade. Infelizmente, em Portugal temos muitos exemplos de clubes que entraram numa espiral de declnio nanceiro alarmante. Esta medida traduz uma resposta espiral despesista por que os clubes enveredaram a partir de meados da dcada de 1990 e que tem como principais responsveis a massa salarial e as verbas pagas em transferncias de jogadores, incluindo as comisses pagas aos empresrios. O futebol tem conseguido aumentar receitas em tempo de crise, mas diz que no futebol portugus h receitas subexploradas. Quais so? As principais fontes de receita hoje em dia so a explorao de direitos e contedos, como direitos televisivos e outras plataformas, que so sempre possveis de continuar a desenvolver. Veja-se o caso da Premier League. Mesmo em contraciclo, acaba de anunciar contratos de 3000 milhes de libras em trs anos s para os direitos nacionais e agora esto

a vender escala internacional. A Premier League representa um volume de negcios de 6000 milhes de libras e isto tem a ver com a estratgia de grupo seguida desde 1992, com uma postura agressiva no mercado internacional. A rea das apostas desportivas tambm est por explorar. Alm disso, temos de ver que a populao mundial est a aumentar, a esperana mdia de vida tambm, o tempo para o lazer tambm aumenta, tal como a predisposio para consumir entretenimento. Todos estes factores concorrem no sentido de dizer que o potencial de crescimento do futebol est longe de estar esgotado. A Liga portuguesa no tem a imagem internacional da inglesa. E tambm no h unidade, pois os direitos de TV so negociados individualmente. Isso deve mudar? Todos os intervenientes esto a par das vantagens e desvantagens da actual situao

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | DESPORTO | 47

Desporto
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Apostas online
Bom exemplo francs
omos pioneiros. O modelo francs um exemplo para a Europa. assim, sem falsa modstia, que o responsvel pelo departamento jurdico da Liga francesa, Jrme Perlemuter, fala sobre a legislao aprovada em Maio de 2010 pelo Governo francs, que regulou as apostas online. O diploma entrou em vigor mesmo a tempo do Mundial 2010. No primeiro ms foram criadas 1,2 milhes de novas contas de utilizador nos sites dos operadores legalizados, e foram apostados 83 milhes de euros. Os resultados esto vista: uma actividade que movimentava 50 milhes de euros saltou para os 700 milhes, s no que diz respeito s apostas online. A nvel global (apostas desportivas, em competies equestres e pquer online), os nmeros so ainda mais impressionantes foi ultrapassada a barreira dos dez mil milhes de euros. Em conversa margem da conferncia internacional sobre proteco dos direitos de propriedade intelectual no desporto organizada ontem em Lisboa pela Associao das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL, na sigla original inglesa), Perlemuter sublinhou que todos esto contentes com a lei: A Liga est satisfeita, os clubes recebem mais e as operadoras de apostas no pagam uma quantia assim to grande: 1% do montante das apostas. Regular as apostas uma necessidade, vincou o mesmo responsvel. O desporto pertence a todos: adeptos, espectadores, pblico em geral. O paradoxo que os organizadores tm de financiar o desporto por si prprios. Temos de tornar privado o que pertence ao pblico e, por isso, parecemos os maus da fita. Sim, o desporto pertence a todos, mas para assegurar o futuro a longo prazo temos de salvaguardar os direitos em causa, concluiu. T.P.

Os clubes empobrecem e algum est a lucrar


Quer regular a actividade dos empresrios? Os ltimos dados disponveis revelam que no ano passado, em transferncias internacionais, foram movimentados 2500 milhes de dlares, dos quais 700 milhes foram comisses pagas a empresrios. Isto signica que, se os clubes esto a empobrecer a olhos vistos, algum est a lucrar. E por isso que, na FIFA, apresentei um conjunto de propostas que visam reformar os regulamentos em matria de actividade de agentes de jogadores e de transaces nanceiras. Que medidas so essas? O que se conclui que em 70% a 75% das transferncias internacionais no h interveno de agentes licenciados. Ou porque no houve ningum a intermediar essa operao ou porque foram utilizados indivduos que no possuem a necessria licena. Isso implica um conjunto de consequncias negativas. O actual sistema fracassou. H que ter coragem de o dizer. Mas a soluo tambm no desregular, como algumas vozes procuraram anunciar. As Ligas europeias batem-se contra essa possibilidade e assumimos a responsabilidade de apresentar propostas alternativas. Um clube e um jogador podem escolher os prossionais que bem entenderem para os auxiliar nas contrataes, mas esses indivduos no podem estar margem do sistema. Tm de ser registados nas federaes ou ligas onde pretendem operar, tm de aceitar a jurisdio das autoridades do futebol e cumprir um conjunto de obrigaes deontolgicas. Quer transferir o registo da FIFA para as federaes? A FIFA, enquanto rgo de governo mximo, tem papel de superviso e regulao, que se traduz na denio de critrios mnimos. Esses critrios devem ser acolhidos e, eventualmente, desenvolvidos pelas federaes nacionais e devem ser respeitados pelos agentes no acto do seu registo. Tambm preconizamos a criao das chamadas cleaning houses, que em Portugal se convencionou chamar casa das transferncias, porque entendemos que vital que se saiba com segurana jurdica quem paga, quanto e a quem. No pode haver transaces nebulosas e operaes por baixo da mesa. Tudo tem de ser feito s claras, com rigor. Estes mecanismos esto a funcionar bem em Inglaterra e devem ser olhados como experincias inspiradoras e devem levar as federaes e as ligas europeias a introduzi-las. Qualquer pagamento de uma comisso, feito por um clube ou jogador, a um empresrio deve ser feito atravs desses organismos, para se garantir que uma situao transparente. Isto implica tambm a reformulao do FIFA Transfer Market System [Sistema de Certicao de Transferncias], para abranger estes aspectos. As regras vo ser pormenorizadas na prxima reunio com a FIFA, mas no deve haver pagamento de comisses em qualquer aspecto com menores. Esses agentes no podem fazer apostas desportivas, porque tm informao privilegiada. As federaes e ligas devem ainda divulgar anualmente o volume agregado de compensaes pagas por clubes e jogadores a empresrios. E deve ser publicitado que clubes e jogadores cada agente representa. At para evitar potenciais conitos de interesse.

e de outros modelos. verdade que a realidade demogrca e econmica de Portugal no a mesma de Inglaterra, mas julgo que o clima de crispao que se vive no futebol portugus um forte condicionador de todas as estratgias de desenvolvimento. O que digo aplica-se a qualquer pas. necessrio haver convergncia estratgica entre os principais responsveis: Liga. federao, sindicatos e clubes. E tambm os governos tm de perceber que o desporto e o futebol so factores de desenvolvimento, geradores de riqueza e de emprego. Se houver essa convergncia estratgica, tenho a certeza de que todo o potencial de crescimento ir ter resultados evidentes. Mas se se continuar a assistir em alguns pases, como em Portugal, a um ambiente de crispao e de conitualidade permanente, no h negcio que possa prosperar. No preciso ter percorrido os escaparates da biblioteca de Alexandria para perceber que a unio faz a fora.

Fim dos fundos s daqui a quatro ou cinco anos


A UEFA quer proibir fundos de jogadores. uma opo certa? uma medida que tem sido debatida com muita emoo, muitas vezes com base em rumores. A realidade no uniforme escala mundial. Mesmo em Portugal h diferentes tipos de fundos em vigor. Nas Liga e nos clubes, no existe unanimidade. H quem entenda que essas prticas minam a transparncia e colocam os clubes na dependncia de entidades terceiras e tornam o futebol permevel a uma certa opacidade, que em boa verdade existe neste domnio, na medida em que no se sabe quem so esses terceiros que detm direitos econmicos de jogadores. Muitos esto em oshores e no se sabe quem so os destinatrios ltimos dessas transaces nanceiras. Do outro lado da barricada, temos quem entende que a proibio no a melhor forma, mas sim encontrar formas de regular essas prticas, no sentido de preservar a transparncia, sabendo-se quem so esses fundos e que jogadores representam. Outra das medidas que tm sido estudadas estabelecer um mnimo de jogadores que podem ser detidos por terceiros. Mas a UEFA est a seguir o caminho de proibio, aberto pelas Ligas inglesa e francesa... semelhana das Ligas inglesa, francesa e polaca, a UEFA est determinada em regular este fenmeno para as suas competies, e isso implica a proibio. Mas isso, a acontecer, ser objecto de regulamentao, a preparar por um grupo de trabalho, em que, em princpio, estarei includo. Esse grupo de trabalho ter mandato entre seis meses e um ano e depois de aprovado o regulamento entrar em vigor volvido que seja um perodo transitrio de, pelo menos, trs pocas. Estamos a falar de algo para daqui a quatro ou cinco anos? Sim, at porque os clubes precisam de tempo para proceder aos necessrios ajustamentos desportivos e nanceiros. Estas alteraes obrigam os clubes a maiores gastos. Entretanto, a FIFA est a fazer um estudo escala mundial para perceber exactamente qual a situao, quais os problemas e quais os aspectos jurdicos, nomeadamente responder se uma proibio dessas prticas podia atentar contra algum princpio consagrado no tratado da Unio Europeia.

48 | DESPORTO | PBLICO, SEX 15 MAR 2013


Vieirinha convocado para a dupla jornada de Portugal com vista ao Mundial de 2014
Futebol
A estreia de Vieirinha e os regressos de Paulo Machado e Carlos Martins so as principais novidades na lista de convocados divulgada por Paulo Bento, com vista dupla jornada de qualicao para o Mundial de 2014, em Israel e no Azerbaijo. Entre as ausncias, o destaque vai para Nani e der, lesionados, subsistindo tambm a dvida sobre a recuperao de Joo Moutinho. O seleccionador portugus justica a chamada de Vieirinha com a qualidade do mdio do Wolfsburgo: evoludo do ponto vista tcnico e apresenta caractersticas diferentes dos outros extremos que temos. Entendemos, por aquilo que o seu momento, o seu rendimento, trazlo para esta convocatria, assinala Paulo Bento. Sereno, defesa do Valladolid, tambm uma das surpresas, tendo o tcnico elogiado a polivalncia do jogador (tanto pode jogar a central como a lateral). A grande incgnita, nesta altura, prende-se com a utilizao de Joo Moutinho, que saiu ao intervalo do jogo Mlaga-FC Porto com problemas fsicos. Vendo aquilo que possa acontecer no domingo e as condies em que se possa apresentar na segunda-feira, tomaremos uma deciso sobre o que vai ser, ou no, a permanncia dele, nota Paulo Bento, lembrando que h um contacto regular com o departamento mdico dos azuis e brancos. Jogue quem jogar, o objectivo o de sempre, ganhar. A qualicao matematicamente alcanvel, insiste o seleccionador de Portugal, que est consciente da importncia de vencer em Telavive (22 de Maro) e em Bacu (26) para se aproximar do primeiro lugar do grupo F (partilha com Israel o segundo lugar, a cinco pontos da Rssia).
DANNY MOLOSHOK/REUTERS

Breves
Golfe

Ricardo Santos arranca mal no Avantha Masters


No foi feliz o regresso de Ricardo Santos competio no European Tour, aps uma paragem de quatro semanas por motivos de calendrio. Concluiu a primeira volta do Avantha Masters, em Nova Deli, ndia, com 74 pancadas, 2 acima do par do Jaipee Green Golf Club, o que lhe deu um lugar entre os 127.s classificados (competem 156 jogadores). O cut est fixado em 1 abaixo do par e, para seguir em frente para o fim-desemana, o portugus o mais cotado da prova na Corrida ao Dubai (ordem de mrito do European Tour), em 16. precisa de fazer bem melhor na jornada de hoje. O tailands Chinnarat Phagundsil comanda, com 61 pancadas. Xadrez Rafael Nadal bateu ontem Ernests Gulbis por 4-6, 6-4 e 7-5

Nunca Federer e Nadal se enfrentaram to cedo


Tnis Pedro Keul
Em Indian Wells, Andy Murray e Juan Martn del Potro tambm vo discutir entre si um lugar nas meias-finais
Exactamente um ano depois, Roger Federer e Rafael Nadal voltam a defrontar-se e, novamente, no BNP Paribas Open. Ser o 29. duelo de uma rivalidade que comeou em 2004 e que Nadal lidera por 18-10 (o suo comanda por 6-5 em hardcourts como os de Indian Wells), mas pela primeira vez os dois vo jogar um contra o outro nuns quartos-de-nal. No passado, este encontro costumava ser numa nal, lembrou Federer, depois de derrotar o compatriota Stanislas Wawrinka, por 6-3, 6-7 (4/7) e 7-5. Penso que somos um pouco suspeitos, por isso, acho que vai ser um embate interessante, frisou o suo, referindo-se ao momento actual dos dois. Federer ganhou apenas quatro dos ltimos dez embates com adversrios do top 10, enquanto Nadal ganhou os dez que disputou desde que foi eliminado pelo suo nas meias-nais deste torneio. Mas o espanhol retomou a competio em Fevereiro, aps sete meses de paragem, e h um ano que no jogava em courts duros. No oitavo dia do primeiro ATP Masters 1000 do ano, Federer serviu para fechar o encontro a 5-4 do segundo set, mas sofreu um break em branco antes de perder o tie-break. Mas a 5-6 da partida decisiva, Wawrinka no conseguiu manter o nvel de jogo e o nmero dois do ranking obteve o break fatal, ao m de duas horas e 20 minutos. Ele geralmente joga muito bem comigo. Ok, podia ter fechado no segundo set, mas ele esteve bem em manter-se no encontro. No nal, no sei o que me fez ganhar, talvez seja experincia ou talvez esteja mais calmo nestes momentos, no tenho a certeza. Hoje [Ontem], acho que tive um pouco de sorte, admitiu Federer. Nadal precisou de mais 13 minutos que o seu rival para se superiorizar ao leto Ernests Gulbis, por 4-6, 6-4 e 7-5. Gulbis fechou a primeira partida ao concretizar o primeiro breakpoint do encontro, mas Nadal elevou o nvel do seu tnis e dominou os sets seguintes. Frente a Ernests sempre muito difcil, ele um jogador muito agressivo com um grande servio. No joguei o meu melhor no set inicial, mas passei e isso o mais importante, frisou o actual n. 5 do ranking. J Novak Djokovic s concluiu a vitria sobre Sam Querrey, por 6-0, 7-6 (8/6), 1h52 de quinta-feira. Seguese Jo-Wilfried Tsonga, que eliminou Milos Raonic, por 4-6, 7-5 e 6-4. Outro quarto-de-nal apetecvel ser protagonizado por Andy Murray e Juan Martin del Potro. O escocs bateu Carlos Berlocq, por 7-6 (7/4), 6-4, enquanto o argentino venceu Tommy Haas, com os parciais de 6-1, 6-2. No torneio feminino, Maria Kirilenko est, pela primeira vez em dez presenas, nas meias-nais em Indian Wells e continua a fazer vtimas. A ltima foi Petra Kvitova, que contribuiu com 13 duplas-faltas para a vitria da russa, por 4-6, 6-4 e 6-3. Kirilenko defronta a compatriota Maria Sharapova, que eliminou Sara Errani 7-6 (8/6), 6-2.

Magnus Carlsen parte ao assalto do ttulo mundial


Comea hoje, em Londres, o torneio de candidatos, a prova que ir decidir quem ser o pretendente ao ttulo de campeo mundial, que desde 2007 est na posse do indiano Viswanathan Anand. Neste evento, sobressai o nome de Magnus Carlsen, o genial noruegus de 22 anos, nmero um do ranking e que no pra de bater recordes. Mas a oposio ser feroz. Da Rssia chega um trio de fortssimos adversrios. Vladimir Kramnik, o antecessor de Anand no trono, Alexander Grischuk, campeo mundial na modalidade de partidas rpidas, e ainda Peter Svidler, o detentor da taa do mundo. O armnio Levon Aronian outro potencial vencedor, tal como o azerbaijano Teimour Radjabov. A fechar o elenco, os dois veteranos, o ucraniano Vassily Ivanchuk (43 anos) e o vice-campeo mundial, o israelita Boris Gelfand (44).

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | 49

Os artigos publicados nesta seco respeitam a norma ortogrfica escolhida pelos autores

ESPAOPBLICO
EDITORIAL

A valorizao da palavra Sul


Primeiro no Vaticano, depois no desenvolvimento mundial, Sul anda a par com uma certa euforia

m dia depois da eleio, no Vaticano, de um papa do Sul ( Jorge Mario Bergoglio, argentino), eis que o novo relatrio do PNUD vem conrmar a ascenso meterica dos pases do Sul em matria de crescimento econmico global. E os termos em que o faz so quase gongricos: Nunca, na Histria, as condies de vida e as perspectivas de futuro de tantos indivduos mudaram de forma to considervel e to rapidamente. Simbolicamente apresentado na Cidade do Mxico (primeiro pas da Amrica Latina a tornar-se membro da Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico, OCDE, em 1994), o documento consagra a ideia de que o crescimento do Sul um fenmeno imparvel: em 2020, calculam os especialistas do PNUD, o

produto combinado das trs principais economias do Sul (China, ndia e Brasil) vai ultrapassar o produto agregado dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Frana, Itlia e Canad. Mesmo hoje, segundo o documento, pela primeira vez em 150 anos a produo combinada do Brasil, da China e da ndia quase igual ao PIB combinado das potncias industriais mais consolidadas do Norte: Canad, Frana, Alemanha, Itlia, Reino Unido e Estados Unidos. A continuar assim, em 2030 ser no Sul que viver 80% da classe mdia mundial. E isto signica uma inverso dos velhos paradigmas que contabilizavam duas superpotncias, um punhado de pases ricos e um universo de pobreza concentrado no chamado Terceiro Mundo. Claro que, a par do Sul que cresce e que rejubila com isso (embora tenha ainda uma enorme parcela de pobres, 620 milhes s na ndia), h um outro Sul que sofre em silncio a sua no-evoluo: frica. Se a crise econmica afecta hoje, em particular, os ricos de outrora, diversos fenmenos podero contribuir para que, em 2050, a pobreza extrema atinja uns 3 mil milhes de pessoas em todo o planeta. A euforia, bom no esquecer, tambm tem um lado negro.

O impasse srio
assam hoje dois anos sobre o dia em que pela primeira vez os srios saram em massa rua para contestar o regime de Bashir al-Assad. Ao contrrio de outros autocratas derrubados pela Primavera rabe, como Mubarak e Ben Ali, o Presidente srio no hesitou em recorrer violncia mais atroz e cobarde para se manter no poder. Assad no pode vencer, mas est decidido a no perder. E os mortos acumulamse aos milhares neste ocaso teimoso e sangrento. A comunidade internacional assiste impotente destruio de um pas. E sabe que o preo dessa abdicao ser uma tragdia porventura ainda maior. Um pas desfeito no centro do Mdio Oriente, um novo ninho para o extremismo e a Al-Qaeda. Estes sero os nicos a ganhar com o impasse, enquanto o Exrcito Livre da Sria no tiver apoio internacional. A destruio que devasta a Sria poder no car contida nas suas fronteiras. O impasse srio um buraco negro que se est abrir perante os nossos olhos e ameaa engolir o Mdio Oriente. H cada vez menos tempo.

CARTAS DIRECTORA
Consumos e espaos
O consumo interno bruto representa 65% do produto interno bruto, armam especialistas. Silva Peneda conclui que a actividade das empresas depende do consumo interno. O salrio mnimo pago a perto de quatrocentos mil portugueses, que dinamizam o mercado interno, com os seus gastos. Um penedo impede Passos Coelho de concluir que o aumento de 15 euros no salrio mnimo aumentaria o consumo interno, ou seja, as empresas venderiam mais. As vendas no atingindo as expectativas das empresas conduzem dispensa de trabalhadores, fazendo aumentar o desemprego e o pagamento de subsdios, a tal esmola que o Estado d a coberto de um contrato social. Contrato social unilateral, j que decidido pelo Estado sem consultar os interessados. De vez em quando l se renem os tais parceiros sociais e alguns banqueiros consultores, mais parecendo um jogo do Monoplio, com as casas e os dados viciados. Um jogo de nmeros em que os trabalhadores aprendem a dividir, o Estado a somar, os banqueiros a multiplicar e a troika a subtrair. Os alemes tentaram obter o espao vital. No o conseguindo, obtiveram juros e prazos de pagamentos vitais, com os parceiros americanos na rectaguarda. Foram tratados como reis. Acometidos de uma crise de amnsia em relao a esses tempos tratam de Portugal e da Grcia como se estivessem a vingar alguma batalha perdida. Berlim tem Estalinegrado, agora So Petersburgo atravessado. Foi a que o espao vital se desmoronou, para no citar a entrada sovitica em Berlim, onde foram cometidas as maiores atrocidades dos vencedores sobre os vencidos. Assim como o Tribunal de Nuremberga. So essas as contas que falta saldar? Falta saber se com ou sem juros. Ademar Costa, Pvoa de Varzim

O PBLICO ERROU
Na notcia de anteontem Manifesto pela democratizao do regime defende primrias e listas eleitorais nominais era referido que a apresentao pblica seria dia 19, na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa. Tal foi comunicado ao PBLICO por um porta-voz da iniciativa que, no entanto, ontem precisou ter sido um erro a indicao daquele lugar, no estando ainda denido o local para a conferncia de imprensa. Na edio de ontem, por lapso do autor, no artigo Os lhos da praga cinzenta (pg. 54) escreveu-se que o deputado Carlos Peixoto (PSD) usara a designao praga cinzenta para se referir ao peso que signicam para os jovens de hoje as reformas e aposentadorias quando, na verdade, a designao utilizada pelo deputado foi textualmente peste grisalha. Aqui ca a correco.

As cartas destinadas a esta seco devem indicar o nome e a morada do autor, bem como um nmero telefnico de contacto. O PBLICO reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos no solicitados e no prestar informao postal sobre eles. Email: [email protected] Contactos do provedor do Leitor Email: [email protected] Telefone: 210 111 000

50 | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Estou farto desta nossa mania de acreditar nas falcias do pensamento mgico
Jos Manuel Fernandes Extremo Ocidental
Agora todos querem crescimento, mas ningum explica como. Pior: a era do crescimento pode estar a acabar?
nmeros hipotticos e projectava-os no futuro, acreditando que se pode repetir o passado e regressar a ritmos de crescimento interessantes, mesmo que distantes dos conhecidos no nico perodo em dois sculos em que a economia portuguesa cresceu a srio, a dcada de 1960 e o incio da dcada de 1970. Nada menos seguro. At porque necessrio ver o que se est a passar na Europa e nos Estados Unidos. DURANTE MUITOS milnios a economia mundial quase no cresceu, e mesmo os surtos de desenvolvimento localizados, como o associado ao Imprio Romano, incorporaram taxas de crescimento hoje negligenciveis (0,2% ao ano). As coisas s comearam a mudar com a Revoluo Industrial, mas nas primeiras dcadas depois da mquina a vapor no faltaram as guras ilustres que, mesmo reconhecendo o aumento da riqueza, previam que nove dcimos da populao iriam continuar a viver na misria mais extrema, a misria to bem descrita nas obras de Dickens. Neste ponto tanto convergiam guras como Malthus e Marx, como David Ricardo e John Stuart Mill. S no m do sculo XIX um outro economista, Alfred Marshall (que seria mais tarde professor e patrono de Keynes), associou o desenvolvimento tecnolgico e do comrcio ao crescente bem-estar das populaes. A evoluo da higiene e da cincia mdica proporcionaram, ao mesmo tempo, uma extraordinria evoluo na esperana de vida, e a populao mundial comeou a crescer como nunca antes sucedera. Entre o apogeu do Imprio Romano e a viagem de Colombo o nosso planeta ganhou mais 200 milhes de habitantes hoje acrescenta 200 milhes todos os trs anos. E tem-no feito dando mais qualidade de vida aos que vo chegando. Falta saber at quando. NO INCIO do sculo XX outro economista, Schumpeter, identicou o segredo que sustentava a mquina do progresso: a inovao, e a destruio criativa que ela gera nas sociedades abertas. Foi a inovao que permitiu o constante aumento de produtividade de economias que serviam sociedades
NFACTOS/FERNANDO VELUDO

mais eciente, a alem, no se esto a registar. O que nos obriga a colocar a pergunta que ningum coloca: no ser a actual crise nanceira apenas um sintoma da crise mais global de mquinas de criar riqueza que emperraram? O QUE SE EST a passar no nosso pas um bom exemplo de alguns destes problemas. Primeiro, porque muito visvel como difcil, seno impossvel, fazer recuar os nveis de vida colectivos. Se lermos apenas os jornais e virmos as televises, camos a saber que o pas est beira da imploso social, que h misria por todo o lado e que recumos dcadas (esta semana li mesmo algures que teramos recuado aos nveis da I Repblica). O ambiente pesado e o pessimismo asxiante. As queixas so generalizadas e no sou ningum para as desmentir s proponho coloc-las em perspectiva: consultando as sries da Pordata, veriquei que em 2012 os nveis do PIB, do PIB per capita, do consumo pblico e do consumo privado recuara para patamares que oscilam entre os registados em 2002 e 2004, uma poca em que ningum dizia estarmos a viver qualquer apocalipse. Em contrapartida, o que caiu mesmo foi o investimento e a poupana, o que mostra que estamos com os nveis de consumo de h dez anos, mas com muito menos capacidade de investir para voltar a crescer. E como para investir necessrio haver poupana (ou ento h mais dvida), difcil ver como estmulos ao consumo possam fazer mais do que aquelas aspirinas que mascaram as doenas mais graves mas nada curam. MUITO FCIL falar de crescimento. Todos esto de acordo. At porque somos criaturas de sociedades habituadas ao crescimento. muito mais difcil dizer como se faz crescer o pas por caminhos obrigatoriamente diferentes dos seguidos na ltima dcada. Para alm de que h dois temas tabu. Um tem a ver com a nica receita que se tem mostrado ecaz no combate estagnao econmica, a baixa de impostos, pois ela implica cortes permanentes na despesa pblica, e esses ningum quer, como se viu nos ltimos meses. O outro tem a ver com a crise da inovao e do crescimento em todo o mundo desenvolvido, uma crise que nos devia fazer pensar em novos consensos sociais mais sustentveis no tempo. Em Portugal prefere-se, em alternativa, o pensamento mgico e demasiada gente se sente com direito a almoos grtis. uma tragdia, mas assim. Somos assim. P.S. Francisco? S posso dizer que gosto. Muito. Jornalista. Escreve sexta-feira [email protected]

nal parece que estamos todos de acordo. Com crescimento econmico resolvem-se os nossos problemas. Diminui o desemprego, diminui o dce e paga-se a dvida. Perfeito. S estranho porque no se lembraram disso mais cedo. Ou talvez no. H no debate pblico em Portugal uma tendncia para o pensamento mgico: diz-se o que era bom que acontecesse e espera-se que acontea mesmo. Mesmo que se faa exactamente o oposto do necessrio. A redescoberta do crescimento como mezinha para todos os males apenas a mais recente manifestao desta doena cognitiva que confunde desejos com realidade. Ora a realidade muito mais dura e intratvel do que os desejos. At porque o crescimento no apenas uma quimera portuguesa, est a tornar-se num problema em todo o mundo desenvolvido.

PORTUGAL tem h muito um problema de crescimento. Na primeira dcada do euro, antes de estoirar a crise e chegar a troika, o nosso pas registou mesmo o terceiro pior crescimento de todo o mundo. Pior do que ns s o Zimbabwe de Mugabe e a Itlia de Berlusconi. Nessa primeira dcada do euro houve em abundncia tudo aquilo que os novos arautos do crescimento hoje esto a pedir: crdito bancrio abundante, consumo esfusiante, investimento pblico abundante e muitos e variados estmulos economia. Isto, para alm de um Estado social a crescer e de uma dvida (tanto a pblica como a privada) a caminho da estratrosfera. Insistir nessas frmulas, com estmulos ao consumo ou programas de investimento pblicos, e esperar que desta vez dem resultado, apenas a forma mais desesperada e mais luntica de pensamento mgico. No a nica. A SEMANA PASSADA o secretrio de Estado do Oramento, Lus Morais Sarmento, foi ao Parlamento dizer que o Governo espera que a dvida pblica regresse ao tecto dos 60% do PIB l para 2040, e isto se o crescimento nominal do PIB anual for de 3,3%. Ouvi, e nem soube se havia de rir ou de chorar. Mais uma vez um economista pegava em

Podemos estar a viver um curto intervalo de progresso na histria da humanidade e temos de nos preparar para outros paradigmas

cada vez mais numerosas e mais auentes. Nessa altura, em Inglaterra, o PIB crescia ao ritmo de 1% ao ano por pessoa. Cinquenta anos depois chegaria a crescer ao ritmo de 2,5% ao ano e por pessoa nos Estados Unidos. Isto signicava que a riqueza duplicava em cada gerao, um ritmo alucinante que agora est a ser ultrapassado pela China mas que se perdeu h dcadas no mundo desenvolvido. H algumas semanas a The Economist dedicava a sua capa, o seu editorial e o dossier de abertura precisamente a este tema e interrogava-se se a mquina de ideias que proporcionou o milagre global dos ltimos dois sculos no se esgotou. a pergunta pertinente, to ou mais pertinente quanto os problemas ambientais e climticos tambm colocam srios problemas lgica do crescimento innito. AO FIM DE QUASE 70 anos de paz e de algumas dcadas de saltos inimaginveis na qualidade de vida na Europa e nos Estados Unidos, as nossas sociedades parecem ter desaprendido de viver sem crescimento. Criaram sistemas de proteco social que s so sustentveis com ritmos de crescimento relativamente elevados muito mais elevados do que os que conhecemos na ltima dcada, mesmo antes da crise. Todos os modelos econmicos de sustentabilidade das nanas pblicas, dos sistemas de penses ou dos seguros de doena pressupem na Europa como nos Estados Unidos taxas de crescimento da economia semelhantes s dos modelos de Lus Morais Sarmento. Taxas de crescimento que mesmo na mais inovadora das economias ocidentais, a dos Estados Unidos, ou na

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | 51

O Papa anda de autocarro


ortugal: Andava de transportes pblicos em Buenos Aires. Itlia: Lausterit leggendaria, a Buenos Aires gira in autobus. Estados Unidos: Francis is humble leader who takes the bus to work. Frana: Jorge Mario Bergoglio est connu pour la vie simple quil a mene Buenos Aires, voyageant en mtro et en bus. Espanha: Es considerado como el cardenal del pueblo, se mueve en autobus. Poupo-vos ao alemo, ao grego, ao diche e ao chins, mas suponho que por estes dias haja autocarros a circular em todas as lnguas pelas pginas dos jornais dedicadas ao perl do novo Papa. Assim se comea a delinear a imagem que durar um ponticado: a de um Papa simples e humilde, prximo das pessoas e dos mais pobres, com a vocao missionria que prpria dos jesutas, ao qual acresce um nome triplamente perfeito. Francisco, designao indita (um feito ao m de 265 papados) para uma Igreja que precisa de um novo arranque. Francisco, como Assis, o mais humilde entre os humildes. Francisco, como Xavier, o jesuta patrono dos missionrios. Simples, prximo e missionrio. No se pode dizer que a Igreja no saiba fazer o seu trabalho: adeus, Bento XVI; ol, Joo Paulo II (outra vez). impossvel saber se Bergoglio ser, como Ratzinger certamente aspirava e no se cansava de sublinhar, o homem que ir repor a ordem no Vaticano e combater aquilo a que ele prprio chamou, com muito conhecimento bblico e muito pouca subtileza, os javalis que entraram na vinha do Senhor. Mas do que parece no haver dvidas, tendo em conta o perl e as primeiras palavras de Francisco, que o distanciamento intelectual do papado entrar, juntamente com Bento XVI, para

Mais um bom Papa


Mas sero s eles? Bem vistas as coisas, h qualquer coisa de milagroso no facto de uma Europa secular continuar de olhos postos numa minscula chamin, espera de fumo, quando tantos acreditam que a religio se esfumou de vez das nossas vidas. Se Christopher Hitchens estivesse entre ns, certamente escreveria algum texto brilhante sobre o tema, mas na argumentao ateia da actualidade, aquilo que se v nas nossas televises d mais razo ao Alain de Botton de Religio para Ateus do que ao Hitchens de Deus no Grande: por muito que se deteste a Igreja e o Vaticano, a sede espiritual permanece nas nossas vidas. E em tempos to atribulados como os nossos, um Papa humilde que anda de autocarro uma narrativa demasiado boa para poder ser ignorada. Jorge Mario Bergoglio foi eleito um dia depois de o seu compatriota Lionel Messi ter despachado o Milo com quatro a zero e virado uma eliminatria que quase todos davam como perdida. J que os catlicos gostam de olhar para as coincidncias como manifestaes annimas de Deus, eu concluo com um desejo muito simples, em forma de orao laica: que Francisco consiga fazer pelo Vaticano aquilo que Messi fez pelo Barcelona.

Joo Miguel Tavares O respeitinho no bonito

um prudente retiro monstico. Bergoglio iniciou o seu consulado com uma piada vocs sabem que o dever de um conclave dar um bispo a Roma; parece que os meus irmos cardeais foram buscar-me quase at ao m do mundo , o que no deixa de ser promissor, e impensvel de ouvir da boca de Bento XVI. Mas o que extraordinrio nessa frase a semelhana com as palavras escolhidas por Joo Paulo II em Outubro de 1978, quando tambm ele se dirigiu em italiano multido: Os cardeais escolheram um novo bispo para Roma. Eles chamaram-no de uma terra distante. Os devotos de Joo Paulo II, que nunca engoliram o cerebral Bento XVI o que, na minha sondagem pessoal, devem ser para a dois teros dos catlicos , com certeza que acordaram na quinta-feira com um sorriso nos lbios, certos de o Esprito Santo ter mergulhado a pique sobre os cardeais. Um Papa argentino que j danou tango, gosta de futebol e tira todos os meses o passe L123 tudo aquilo com que o catolicismo sonhava desde 2005. Francisco tem 76 anos? Sim, tem 76 anos. E, segundo consta, falta-lhe um pulmo, o que no coisa que costume fazer bem sade. Mas no stio onde ele est, ter carisma o melhor facelifting. E bastaram cinco minutos varanda para percebermos que o que lhe falta em alvolos lhe sobra em panache. E isso, de facto, absolutamente fundamental em 2013, porque aquilo de que a maior parte dos catlicos se sente rf no de pensamento teolgico mas de liderana carismtica. Na quarta-feira noite, as televises mostravam uma mulher incapaz de conter as lgrimas no momento em que saiu fumo branco do tecto da Capela Sistina. Naquela altura, ela no podia saber quem era o novo Papa. Se era jovem ou velho, europeu ou americano, conservador ou progressista. Mas chorava na mesma. E chorava porque quem enche a Praa de S. Pedro sente uma necessidade imensa de exemplos inspiradores e de lderes espirituais.

Bastaram cinco minutos varanda para percebermos que o que lhe falta em alvolos lhe sobra em panache

Miguel Esteves Cardoso Ainda ontem


uase ia acertando no novo Papa. Disse ao meu melhor amigo argentino que iria ser um argentino ou um italiano. Fui enganado, como tantas vezes antes, pela Wikipedia, que anunciava, s 18h55m, que o cardeal Giovanni Battista Re era o novo Papa. Fotografei as palavras enganadoras, entretanto retiradas: And on March 14, he was elected Pope. A vrgula escusada, o And a abrir a frase e o facto de a frase ser a ltima da biograa deveriam ter-me avisado de que se tratava de uma treta. O mal (e o bem) da Wikipedia que pode ser sempre revista. Mas mais um mal do que um bem. Para quem tem a sorte (e teve o trabalho e a despesa) de ter uma boa biblioteca, a Wikipedia serve para fazer de entretanto enquanto no sai um jornal ou um livro vel. J o Twitter, se for bem usado seguindo o mundo inteiro a falar do new pope em vez de nos limitarmos a quem seguimos , tem muita palha mas, no meio de tanta palha, acham-se boas graas, escritas com a pressa e a coragem de minutos apenas. Jorge Mario Bergoglio parece um Papa porreiro. um performer de primeira: comear com o Buona Sera de Louis Prima e depois continuar com a excelente piada de ter sido preciso ir at ao m do mundo para achar um bispo para Roma um sinal seguro de respeitar o pblico. bom ele ser jesuta. bom ter nascido pobre e lembrar-se de toda a gente que continua a ser. Parabns ao Colgio de Cardeais: achamos que escolheram bem. Viva (bem) o Papa Francisco!

Jornalista [email protected]

BARTOON LUS AFONSO

52 | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Regresso a 1913
LISI NIESNER/REUTERS

O consumidor portugus e a crise: o que mudou?

m 1989, na sequncia da queda do Muro de Berlim, Franois Mitterrand disse ao primeiro-ministro portugus que a unicao da Alemanha signicaria o regresso a 1913. No tinha razo. Seis meses depois, o Presidente francs tinha trocado o seu apoio reunicao pela moeda nica, suposta servir como uma forma de amarrar denitivamente a Alemanha integrao europeia e como um instrumento para conter a sua ressurgncia. A ironia dessa troca desigual tornou-se aparente vinte anos depois, quando a crise sistmica do euro revelou o momento unipolar da Alemanha com uma excessiva nitidez. A crise europeia, por sua vez, serve para justicar o pessimismo proftico de Jean-Claude Juncker. No passado dia 11 de Maro, o primeiroministro do Luxemburgo retomou o mote do Presidente da Repblica francesa numa entrevista ao Spiegel, onde insiste nos paralelismos entre as circunstncias da Europa em 2013 e h cem anos: em 1913, muitos acreditavam que nunca mais haveria uma guerra na Europa. De facto, em 1910, Norman Angell tinha publicado um livro de sucesso, com um ttulo fatal The Great Illusion , em que explicava como a interdependncia econmica entre as potncias europeias tornava a guerra irracional e obsoleta e muitos acreditaram nessa verso da histria, antes de os exrcitos partirem para a Grande Guerra, aclamados pelo entusiasmo delirante das massas, em Agosto de 1914. Mas Jean-Claude Juncker no tem razo. As iluses dos liberais so sempre as mesmas, mas a realidade das circunstncias europeias radicalmente diferente. As grandes potncias europeias, desde logo, j no o so e as democracias europeias perderam tanto a fria nacionalista, como, em geral, a vontade de fazer a guerra. No mesmo sentido, deixaram de existir os ressentimentos irredutveis que opunham a Repblica francesa e o Imprio alemo, como a questo da Alscia Lorena, e parece improvvel que a Repblica federal queira recuperar a Silsia, os Sudetas ou Konigsberg. Bem entendido, no se devem ignorar as ressurgncias nacionalistas e populistas: Beppe Grillo um mau momento na poltica italiana, a Frente Nacional um vcio detestvel da democracia francesa, a Aurora Dourada grega uma contrapartida horrenda dos Verdadeiros Finlandeses e outros racismos nrdicos, mas nenhum desses movimentos tem fora para prejudicar a continuidade democrtica.

Debate Crise europeia Carlos Gaspar

As (velhas) democracias europeias esto imersas numa crise profunda: a entropia dos regimes democrticos acentua os problemas de legitimao poltica, as crises scais impem polticas de austeridade insustentveis, o crescimento das desigualdades anuncia uma crise social prolongada e a perda de competitividade internacional da Unio Europeia mina a conana dos agentes econmicos e sociais. A crise europeia demasiado sria para poder ser minimizada, mas nem por isso deixa de ser incomparavelmente menos grave do que as crises de 1913 ou de 1933. As condies de segurana estratgica e de estabilidade democrtica esto, no essencial, asseguradas no contexto europeu. Nenhum responsvel pode deixar de admitir que os perigos de guerra entre as democracias europeias so inexistentes e, at data, com excepo das penltimas eleies gregas, em Maio de 2012, as democracias europeias responderam a uma crise prolongada com uma demonstrao impressionante da sua resilincia. H, porm, um trao de continuidade entre 1913 e 2013. Em ambas as circunstncias, os sinais de medo, por vezes de pnico, de uma parte dos responsveis europeus contriburam para piorar as circunstncias da crise e tornar mais difcil uma resposta rme e realista aos problemas concretos. Em 2013, tal como em 1989, o catastrosmo uma irresistvel tentao das elites que no souberam antecipar, nem resolver, a crise europeia.

Debate Direitos do Consumidor Mafalda Ferreira


oje celebra-se o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor. A data, instituda por John F. Kennedy, em 1962, tem assumido uma importncia diferente ao longo dos tempos. Mas, nunca, como hoje, se falou tanto do consumidor e da alterao dos padres de consumo. Importa, por isso, perceber, no cenrio atual, o que efetivamente mudou. O clima de crise econmica e nanceira caracterizado pela instabilidade e incerteza, aumento do desemprego e consequente reduo do oramento disponvel na maioria dos agregados familiares est a ter um forte impacto na vida das famlias, apresentando efeitos diretos no comportamento dos consumidores. Os portugueses esto a recorrer menos ao pagamento com carto (quebra de 10,9 por cento no ltimo ms de janeiro), pesquisam e compram mais on-line (em 2012, 13,3 por cento da populao adquiriu produtos atravs da Internet) e esto permanentemente atentos aos descontos (24 por cento da faturao do retalho decorre em ambiente de promoo). Do perl deste novo consumidor emerge um outro dado relevante: frequenta, cada vez mais, espaos de venda de artigos em segunda-mo, onde adquire, sobretudo, roupa, livros e acessrios. Uma dimenso importante na anlise relaciona-se com as expectativas das pessoas perante a crise. O ndice de Conana do INE regista uma quebra sistemtica desde outubro de 2009. Este ndice, que atingiu o mnimo histrico em outubro de 2012 (-61,2 por cento), mantm-se em terreno negativo (-52,8 por cento em fevereiro de 2013). Na verdade, assistimos proliferao de um sentimento generalizado de desesperana face ao futuro. Do ponto de vista do consumo, assistimos, genericamente, a quebras signicativas

Em 2013, tal como em 1989, o catastrofismo uma irresistvel tentao das elites que no souberam antecipar, nem resolver, a crise europeia

na maioria dos sectores de atividade. Ser desnecessrio enumerar todos eles para constatar o que j evidente: o comportamento do consumidor mudou. A questo que importa colocar tem a ver com a forma como so encaradas estas mudanas pelos consumidores. Ser que estamos perante uma alterao de paradigma? Ser que a mudana conjuntural e tudo voltar a ser como dantes? Neste clima, no menos importante perceber, de igual modo, quais so as expectativas que os consumidores desenvolvem face s marcas. Desde logo, esperam que os conheam e surpreendam, que respeitem os seus valores, que sejam conveis. Esperam, de igual modo, que lhe proporcionem experincias de consumo satisfatrias e, se possvel, ter o mesmo ou mais com menos custos associados. As marcas tm de comunicar com os consumidores de forma transparente, de corresponder s suas expectativas, e de saber criar vnculos emocionais. Tm de ser capazes de corresponder aos seus desejos e necessidades de forma inovadora, demonstrando uma preocupao genuna com as pessoas. Provavelmente, estamos a assistir a uma mudana sem retorno. Depois de um enorme foco no consumo, em que o ter se encontrava no centro dos processos de deciso, estamos hoje mais orientados para o ser, para a experienciao, para a procura de novos modelos de satisfao. Ser o back to basics?

Estamos a assistir a uma mudana dos paradigmas de consumo sem retorno vista

Directora da licenciatura em Cincias do Consumo do IPAM The Marketing School


PEDRO CUNHA/ARQUIVO

Instituto Portugus de Relaes Internacionais (IPRI-UNL)

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | 53

O Estado ao ataque...
ENRIC VIVES-RUBIO

Conceito de democracia
t prova em contrrio, a destruio do sistema de democracia representativa no tem alternativa sria que se recomende, escreveu Miguel Sousa Tavares num excelente artigo no Expresso de 2-32013. Convm acrescentar ...representativa dos cidados... que, em democracia, so quem tem o poder e, portanto, escolhem quem desejam para neles delegar o poder de legislar e governar. Um sistema em que os eleitores s podem escolher quem foi nomeado candidato por meia dzia de cidados e em listas com ordem xa! ditadura. Isso era o que eu mais detestava na anterior ditadura, pois considero mais grave a limitao dos direitos de cidadania que no ter eleies livres do que aquela estpida e at pouco ecaz censura, pois quase tudo se sabia sempre, por outras vias, daquilo que tinha sido cortado. claro que eu no quero censura mas, como disse, considero essa limitao menos grave que os candidatos a deputados que o podiam ser e agora no podem! alm de terem certas limitaes, terem os resultados manipulados de forma a ser eleita apenas a lista que a ditadura desejava. Agora no necessrio manipular resultados, pois no h o perigo de ser eleito algum autntico independente e a meia dzia de chefes dos partidos tem a garantia de que s sero deputados os candidatos nomeados por eles. E, repito, em listas com ordem xa! Por isso eu quero, para a eleio dos deputados, alm de crculos uninominais, normas idnticas s que existem para eleger o Presidente da Repblica, as nicas democrticas em Portugal. Se a maioria dos portugueses no gosta deste Presidente e sei que h por a muitos que pedem que ele lhes d o que a Constituio no lhe permite dar por que no elegeram outro melhor? Tinham toda a liberdade de o fazer.

Francisco Teixeira da Mota Escrever direito


Os recursos dos autarcas para o Tribunal Constitucional vo desaparecer. So caros e vo ser inteis
funcionamento da justia criminal portuguesa vai modicar-se radicalmente com as leis penais que vo entrar em vigor para a semana. Em primeiro lugar, a prescrio, to habitual no nosso panorama judicial criminal, vai praticamente desaparecer. A partir de agora, os prazos de prescrio do procedimento criminal suspendem-se a partir da sentena condenatria em 1. instncia. Suspenso que pode ir at cinco anos, e em casos de excepcional complexidade do processo, esse prazo ser de 10 anos. Mas h mais: no caso de recurso para o Tribunal Constitucional, estes prazos so elevados para o dobro. O que quer dizer que aps a sentena da 1. instncia, o prazo de prescrio poder estar suspenso vinte anos, ndos os quais a contagem do tempo de prescrio ser retomada. caso para dizer que os recursos dos autarcas para o Tribunal Constitucional vo desaparecer. Porque alm de caros, passaro a ser absolutamente inteis. A medida claramente positiva, embora os novos prazos sejam excessivamente longos e quase eliminem o instituto da prescrio. Verdadeiramente revolucionria em termos de alterao da losoa do sistema o facto de as declaraes dos arguidos prestadas nas fases iniciais do processo passarem a ser consideradas na fase de julgamento, desde que tenham sido prestadas perante uma autoridade judiciria juiz ou ministrio pblico e na presena de advogado. O que quer dizer que, se o arguido se recusar a prestar declaraes no julgamento, o tribunal poder aproveitar aquilo que declarou antes no processo. No poder considerar tais declaraes como uma consso integral e sem reservas, prescindindo da restante prova, mas o tribunal poder darlhes o valor que entender, o que quer dizer que vamos ter muito mais condenaes do que at aqui. Esta alterao cirrgica vai ao corao do nosso sistema penal, j que acaba com o princpio essencial de que a prova a ser considerada na sentena a que for produzida em julgamento. Uma alterao que exige muitos cuidados: espera-se que no haja dvidas que as declaraes

Debate Representatividade Miguel Mota

O Estado muito cioso do seu poder de punir e s confia nos seus prprios tribunais quando condenam, mas no quando absolvem...

prestadas perante os funcionrios do Ministrio Pblico no sejam consideradas como prestadas perante uma autoridade judiciria. Esperase que antes de prestar essas declaraes e como a lei passa a impor, os arguidos sejam devidamente informados que, se no exercerem o seu direito ao silncio, tudo o que declararem pode vir a ser utilizado contra eles, mesmo que faltem ou no prestem declaraes no julgamento. Espera-se tambm que a Ordem dos Advogados chame a ateno de todos os advogados para a importncia e gravidade desta alterao legal e para a necessidade de os advogados conferenciarem sempre com o seus clientes antes de qualquer interrogatrio, esclarecendo-os sobre as consequncias das declaraes que vo prestar. At agora, as declaraes prestadas no processo antes do julgamento no tinham qualquer valor, pelo que se os arguidos nada declarassem em julgamento, apesar de terem confessado a prtica do crime porque estavam acusados em fase anterior, se no houvesse qualquer outra prova, eram absolvidos. Outra medida cirrgica a que impe que a maior parte dos processos-crime em caso de agrante delito sejam julgados em processo sumrio, com a natural

diminuio dos direitos de defesa dos arguidos. No sero julgados no prazo de 48 horas, como alguns pretendiam, mas no prazo de cerca de um ms. Esta medida dicilmente ser exequvel dado o grau de empanturramento dos nossos tribunais criminais de 1. instncia, que no conseguiro escoar tantos processos. Muito provavelmente, as inevitveis resistncias sistmicas e a prpria realidade acabaro por impor-se lei... Graves e lamentveis so as alteraes da lei que, por um lado, acabam com a possibilidade de recurso para o Supremo Tribunal de Justia de condenaes dos tribunais da Relao que apliquem penas de priso inferiores a cinco anos e, por outro, permitem o recurso para o mesmo Supremo de absolvies dos tribunais da Relao, se na 1. instncia tiver havido condenao em pena superior a cinco anos. O Estado muito cioso do seu poder de punir e s cona nos seus prprios tribunais quando condenam, mas no quando absolvem... Por ltimo, os furtos de bens ocorridos em estabelecimentos comerciais de coisas expostas para venda ao pblico de valor inferior a 102,00 e que sejam recuperadas passam a crimes de natureza particular, no bastando aos comerciantes apresentarem queixa, tendo de constituir advogado no processo e promover o andamento do mesmo em vez de, como actualmente, andarem a reboque do Ministrio Pblico. So os clssicos processos de furtos nos supermercados que tanta exposio meditica tm tido e que agora passam a ser parcialmente suportados pelos queixosos. Estas alteraes das leis penais tm aspectos positivos e negativos, mas seguramente vo mudar a vida de muitos portugueses. Advogado. Escreve sexta-feira [email protected]

As normas para eleger o Presidente da Repblica so as nicas democrticas em Portugal g

Investigador coordenador e professor catedrtico, jubilado

54 | INICIATIVAS | PBLICO, SEX 15 MAR 2013

Venha conhecer a cidade dos pssaros com o PBLICO na tera-feira


Animao Vera Monteiro
Zambzia Tera-feira, 19 de Maro Por + 9,95 euros

AGENDA
Quarta, 20 7. Vol., Corrida para o Oklahoma Coleco Lucky Luke 15 lbuns das primeiras e mais emblemticas aventuras do heri. Quinta, 21 9. Vol., Lo Ferr Coleco Chanson Franaise 15 livros+CD com o melhor da msica de expresso francesa. Sexta, 22 3. DVD, Old Joy, de Kelly Reichardt Coleco Novos Talentos da Realizao 10 DVD com grande filmes de uma nova gerao de realizadores.

O novo filme de animao o dos mais pequenos vai ser r editado com o seu jornal. Mas a aventura s acaba no Jardim Zoolgico, com m 2 entradas grtis, que vm includas no DVD
A vida de Kai muda quando conhece Non. A cegonha tenta transportar trs crias em segurana at Zambzia. Onde? Zambzia, a cidade dos pssaros! Kai nem quer acreditar que h uma cidade onde todos os pssaros so bem-vindos! Ele nunca saiu da sua terra, por excesso de zelo do pai. Mas determinado a tornar-se um Furaco, a elite de aves que pro-

tege a Zambzia dos perigosos predadores, Kai abandona o pai e a pe as penas em p direco cidade. d um pssaro do campo com sonhos ca grandes, lembragr lhe uma viajante. lh Mas a viagem ma mais difcil do que o jo jovem falco tinha planeado. Depois de pla conhecer uma srie con de personagens p diferentes de si, depresrent sa d descobre que viver em e comunidade pode ser ainda mais complicado com do que sobreviver aos perigos sobre na selva. se E quando a cida cidade est sob uma ameaa real que ele vai amea entender que a vida, seentend ja nos melhores ou piores momentos, mo s vale a pena q quando partilha-

da com os seres que amamos. Realizado e escrito pelo sul-africano Wayne Thornley, Zambzia um lme de animao para toda a famlia. Esta edio do PBLICO, para alm do lme original, tem tambm locuo com as vozes de Francisco Areosa, Ins Castel-Branco, Jos Diogo Quintela, Pedro Granger e Manuel Marques. Entre os extras do DVD contamse o making of, entrevistas feitas ao elenco, karaoke e ainda o trailers e os spots televisivos promocionais. Mas como nada melhor do que ver os animais do lme em tamanho real, cada DVD inclui ainda uma entrada grtis para as crianas entre os 3 e os 11 anos de idade, no Zoo de Lisboa, e uma outra no Zoo Santo Incio, em Vila Nova de Gaia. Zambzia o novo lme de animao, totalmente feito na frica do Sul, que tem cativado as crianas nos cinemas portugueses: j conta com mais de 100 mil espectadores. Um lme muito divertido que leva toda a famlia numa incrvel aventura pelas alturas.

A colonizao do Oeste prossegue e Lucky Luke participa nela


PONTOS DE VENDA
Lojas PBLICO Lisboa Edifcio Diogo Co Doca de Alcntara-Norte 1350-352 Lisboa (junto ao Museu do Oriente) Horrio: seg. a sex., das 9h s 19h, sb., das 11h s 17h Telf: 210 111 010 Centro Comercial Colombo Piso zero. Horrio: seg. a dom., das 10h s 24h Avenida das ndias, junto Praa Central Loja online http://loja.publico.pt/ / O acontecimento histrico que Goscinny e Morris parodiam em Corrida para Oklahoma, stimo album da coleco Lucky Luke, ocorreu ao meio-dia e cinco minutos de 16 de Setembro de 1893. Cem mil pessoas, que se tinham concentrado na fronteira do territrio comprado aos ndios cherokee, arrancaram deslada logo que foi dado o sinal de partida. Objectivo: instalarem-se nos terrenos nunca antes ocupados por homens brancos, marcarem-nos e, em seguida, reivindicar o respectivo ttulo de propriedade. Comeou assim a colonizao de cerca de 800

Banda desenhada
Corrida para Oklahoma 7 lbum da coleco Lucky Luke Quarta-feira, 20 de Maro Por apenas + 4,95

mil hectares de terra produtiva. Este apenas um dos numerosos episdios histricos da epopeia do Oeste americano a que a dupla Goscinny-Morris deita mo para situar e desenvolver as aventuras de Lucky Luke. Junta-se, assim, a episdios que evocam, por exemplo, a saga do Poney Express, a instalao do telgrafo atravs da Amrica, a visita

Entrada grtis
Aos sbados, entre 9 e 23 de Maro, recorte o cupo publicado na contracapa do jornal e obtenha uma entrada GRTIS para a exposio A Arquitectura Imaginria, patente no Museu Nacional de Arte Antiga.

do grande-duque Alexis da Rssia ou a ligao das duas zonas costeiras pelo caminho-de-ferro. volta do heri, os dois criadores dispem um leque de personagens emblemticas do universo do western malfeitores um deles directamente inspirado no actor suo Michel Simon , batoteiros, tracantes de lcool, advogados sem escrpulos, cangalheiros com intenes sinistras, proprietrios de bares, etc. com todos estes ingredients que constroem mais uma divertida e consistente aventura que, como sempre, acabar com o heri a caminho do sol poente depois de ter cumprido a sua misso.

O LBUM
A aquisio dos vastos territrios do Oklahoma aos ndios est na base de uma histrica corrida s melhores terras que pode transformarse num desastre social. Lucky Luke incumbido de estabelecer regras mnimas que sejam respeitadas por todos. Quando os primeiros colonos chegam fronteira do territrio, a tenso aumenta. No dia D a confuso total e a cidade de Boomville, fazendo jus ao nome, surge do nada em pouco tempo, trazendo mais problemas misso j nada fcil de Lucky Luke... Corrida para o Oklahoma o stimo lbum da coleco Lucky Luke, com argumento de Ren Goscinny e desenho de Morris.

LUCKY COMICS 2013

PBLICO, SEX 15 MAR 2013 | INICIATIVAS | 55


O fim dos ideais utpicos no terceiro volume dos Novos Talentos da Realizao
Cinema
Old Joy, por Kelly Reichardt 3. DVD Sexta-feira, 22 de Maro Por apenas + 1,99 euros

Kurt (Will Oldham) e Mark (Daniel London) so dois amigos de longa data que se reuniram para acampar nas montanhas do Oregon durante um m-de-semana. Se para Mark a ocasio um escape das responsabilidades da vida adulta, para Kurt tratase apenas de mais uma aventura. Filmei-o como se fosse um western, disse a realizadora Kelly Reichardt. Em vez de as personagens provarem que so duras, antes uma batalha sobre as fraquezas. Costumava classic-lo como

um western new age e depois de o Brokeback Mountain ter sado tive a certeza. Produzido por Todd Haynes e com msica original dos Yo La Tengo, Old Joy foi, segundo o New York Times, um dos melhores lmes americanos do ano. Estreou-se em Sundance e ganhou a distino mxima no Festival de Cinema Internacional de Roterdo e depois o Producers Award no Independt Spirit Awards. Este lme foi um regresso s longas-metragens. O primeiro lme de Kelly Reichardt saiu para os ecrs em 1994, mas foi s em 2006 que Old Joy foi estreado. A histria adaptada de um conto de Jonathan Raymond, um autor de Portland, que homenageia o m dos ideais utpicos: uma perda consequente com o avanar

da idade. Para isso, Reichardt decidiu fazer o lme de forma privada. Ou pelo menos to privado quanto um lme pode ser. O elenco era reduzido e a equipa tambm. Todos amigos. Tnhamos de nos conhecer bem para que nos sentssemos tristes e frustrados com o mundo, [mas todos ao mesmo tempo]. No algo fcil de conseguir com estranhos. Difcil foi tambm a preparao. Vivi cinco anos sem um apartamen-

to, saltando de sof em sof apenas com um saco para sentir que conhecia bem o Kurt, explicou. Essa li-

berdade podia ter sido romntica a certo ponto, diz, mas, quando chegas a meados dos 30, torna-se assustadora e tens a noo que os teus amigos julgam a tua maneira de viver de maneira diferente. Kelly Reichardt nasceu na Florida, rapariga numa famlia de polcias. Desde cedo manifestou o seu interesse pela fotograa, ao usar a cmara que o pai usava para fotografar as cenas de crime. Estudou na Universidade de Letras de Boston. River of Grass foi a primeira longa-metragem da realizadora, tendo-se seguido Old Joy. Os anos que se seguiram foram profcuos para a realizadora da Florida, tendo-se seguido Wendy and Lucy, uma outra adaptao de uma histria de Jon Raymond, que valeu uma nomeao para a actriz Michelle Williams. Vera Monteiro

Ferr, o erudito popular no nono volume da coleco Chanson Franaise


Msica
Lo Ferr Volume 9 Quinta-feira, 21 de Maro Por + 6,95 euros

Sugestes Dia do Pai


A MSICA
Com texto de Gonalo Frota, o nono volume da coleco Chanson Franaise dedicado a Lo Ferr e rene alguns dos seus maiores xitos como La Vie dartiste; La Chanson du scaphandrier; Le bateau espagnol; Monsieur Tout-Blanc; Les temps des roses rouges; La femme adultre; Monsieur William; Linconnue de Londres; Lle Saint-Louis; Saint-Germain-des-Prs; Les forains; Le flamenco de Paris; Barbarie; Lesprit de famille; La chambre; Judas; Paris canaille; Notre amour; Martha La Mule; Les grandes vacances; Les cloches de Notre-Dame; Le Point Mirabeau;Et des clous; Vitrines; e Le parvenu.
Venha s lojas PBLICO e encontre o que procura

Apesar de desde muito cedo ter revelado interesse pelas artes, foi aos 10 anos que o monegasco Lo Ferr percebeu que faria da msica a sua vida. Aluno interno de vrios colgios religiosos, encontrou na msica um escape para a sua infelicidade e, um dia, enquanto escutava a Quinta Sinfonia de Beethoven percebeu que s este poderia ser o seu caminho. No perdeu tempo. Com 11 anos criou uma melodia para um poema de Paul Verlaine e, em 1930, ento com 14 anos, comps uma missa para trs vozes intitulada Kyrie. distncia do tempo, curioso olhar para estas duas composies que j prenunciavam tanto a dedicao de Ferr ao poetas como msica clssica. E foi de facto pela msica clssica que Lo Ferr tentou inicialmente a sua sorte, mesmo contra as exigncias do pai, que o obrigou a frequentar primeiro o curso de Direito e depois de Cincias Polticas em Paris. Ferr aproveitaria a estadia na Cidade da Luzes para perseguir as suas primeiras apaixonadas, ir ao cinema e sobretudo estudar piano de forma autodidacta. Ainda que nunca deixe de compor sobretudo msica clssica, na realidade s depois de ser dispensado do Exrcito em 1940 que Lo Ferr decide dedicar-se verdadeiramente

msica. De volta a Paris, aps uma breve passagem pelo Mnaco durante o perodo da II Guerra Mundial, e j separado da sua primeira mulher, Odette Schunk, actua em vrias casas nocturnas parisienses e encontra as vozes de Ren Lebas, Catherine Sauvage, Yvette Giraud, dith Piaf e Juliette Grco que popularizam algumas das suas canes como Lhomme, La chambre, Les amants de Paris ou Jolie Mme. tambm nesta altura que se aproxima dos ideais anarquistas que conservar at ao m da vida.

Reconhecido como autor, Ferr precisava de se armar como intrprete. Com a ajuda da sua segunda mulher, Madeleine Rabereau, consegue libertarse do piano e mudar a sua postura em palco. Pouco a pouco, conquista o pblico dando voz poesia de autores clssicos como Charles s Baudelaire, Louis Aragon e Rimbaud, tornando-se numa a gura incontornvel da channson franaise.

Encontrar uma prenda altura do melhor pai do mundo nem sempre fcil, por isso, este ano o seu jornal resolveu dar-lhe uma ajuda e nas lojas PBLICO disponibiliza um conjunto de produtos que sero de certeza o presente ideal. Em tempos de crise nada melhor do que soltar uma boa gargalhada. As coleces Monty Python, Fawlty Towers e The Oce renem os episdios de trs das mais famosas sries de humor britnicas. Se em vez de humor, o pai for mais dado aco, nada melhor do que optar pelas aventuras de James Bond em Casino Royale e Quantum of Solace ou do ocial do exrcito americano Blueberry, num verdadeiro clssico da BD. Centrada numa das guras polticas mais marcantes do pas, a coleco Mrio Soares tambm uma opo para todos os que se interessem pela nossa histria recente. Guias para conhecer as regies vincolas nacionais, os Cadernos do Vinho so tambm uma das propostas do PBLICO e podem ser acompanhados pelos vinhos Quinta das Bageiras, Quinta do Monte DOyro e Blandys Alvada a preos especiais. Todos os produtos podem ser encontrados nas lojas PBLICO no Centro Comercial Colombo, piso zero, junto Praa Central, ou no Edifcio Diogo Co, na Doca Alcntara Norte, em Lisboa. Se preferir, poder ainda adquiri-los online em https://loja.publico.pt.

SEX 15 MAR 2013


ESCRITO Qual a nica aptido comum a todos os homens? a aptido de mudar NA PEDRA Lancelot Andrewes (1555-1626), prelado e escritor ingls

S S N :

Prevenir suicdios Desenvolvimento prioritrio em idosos humano: beme em 48 concelhos vindos ao Sul
Apresentado projecto para criar modelo de preveno do suicdio na Europa p14 Pases do Sul esto a resgatar centenas de milhes de pessoas da pobreza p28/29

Guerra na Sria Presidente da RTP atingiu novos nveis pe nos funcionrios de destruio nus das poupanas
Foi h dois anos, com manifestaes, que a situao comeou a agravar-se p24 Alberto da Ponte diz que j tem 50 interessados na resciso amigvel p10

OPINIO

SOBE E DESCE
Rui Chafes/Pedro Costa
Portugal no vai s ter Joana Vasconcelos na bienal de Veneza (e Pedro Cabrita Reis numa exposio que tem o selo da bienal como Collateral Event), a mais importante do mundo no sector das artes plsticas. Cuba decidiu juntar aos seus sete artistas nacionais outros sete internacionais, onde se incluem os portugueses Rui Chafes e Pedro Costa. Um convite significativo que junta escultor e cineasta a nomes conhecidos. (Pg. 30)

Fantasmas
com certeza do nazismo de Hitler, com um Estado policial e o plano de conquistar a Europa, incluindo a Rssia, pela guerra e exterminao. Ele sabia com certeza que a Alemanha, sem a fora econmica e o poder militar de 1939, no iria longe contra a oposio conjunta da Amrica e da URSS e tambm da Inglaterra (com um exrcito no Reno) e da Frana, que De Gaulle armara com um arsenal nuclear. E, no entanto, custa a admitir que Schmidt falasse por falar ou s para impressionar Belmiro de Azedo, que nunca ningum tomou por um homem muito impressionvel. De resto, a semana passada, Jean Claude Juncker, uma das grandes personagens de Bruxelas e antigo presidente do Eurogrupo, avisou o mundo que a situao actual arrepiantemente parecida
ADAM BERRY/AFP

Vasco Pulido Valente

a entrevista que deu domingo a este jornal, Belmiro de Azevedo contou uma histria interessante. Um dia, Helmut Schmidt, quando era ainda (suponho) chanceler da Alemanha, resolveu deixar as coisas claras: Vocs, disse ele, no andam depressa No tenham dvidas de que o nazismo na Alemanha est em hibernao. E acrescentou que a Alemanha precisava de ser integrada na Europa custasse o que custasse. De que nazismo falava Schmidt? No

com a de 1913 e que quem julgar que a eterna questo da guerra e da paz na Europa j no um risco se engana redondamente. E o prprio chefe do grupo parlamentar do SPD (Partido Socialista da Alemanha), Bernhard Rapkay, se indigna quando v cartazes com a sra. Merkel de uniforme nazi. Ainda mais revelador, em Portugal, Rui Rio achou conveniente prevenir que h fantasmas que dormem e recomendou as maiores cautelas. Que signica isto? Signica que desde o m do sculo XIX existiram duas correntes no imperialismo alemo: uma, donde veio o nazismo, que favorecia a construo de um imprio clssico fundado na fora; outra que preferia um imprio econmico, que a Alemanha regeria atravs de Estados clientes, embora aqui e ali com uma ocasional interveno armada. A primeira hiptese acabou com a hegemonia absoluta da Amrica, da Rssia e, agora, da China. A segunda, dentro de certos limites, continua a ser em 2013 uma possibilidade na Europa e os sinais no so confortadores. Basta pensar na Grcia, na Irlanda, em Portugal e no papel do sr. Monti em Itlia. E, sobretudo, na deslocao da poltica externa de Barack Obama da Europa para a sia e no desinteresse (temporrio?) de Putin pelo Ocidente. Que suceder aos 27 sem a tutela dos grandes?

Benjamin Netanyahu
Aps um longo processo negocial que se arrastou por vrias semanas, Benjamin Netanyahu conseguiu finalmente formar um governo, em cima do prazo legal para o fazer e a poucos dias da primeira visita de Obama a Israel. Mas ao reunir cinco partidos com opes polticas muito diferentes e aps ter sido obrigado a fazer inmeras concesses, Bibi pode falar em tudo menos em vitria. (Pg. 25)

Mariano Rajoy Oscar Cardozo


O Benfica desde ontem a nica equipa portuguesa que se mantm nas competies europeias desta poca. Ao marcar o primeiro golo no jogo de ontem, o Benfica tornou muito fcil a contenda em Bordus e nunca vacilou, nem mesmo quando o adversrio marcou. Cardozo fez dois golos, um dos quais permitiu nova vitria sobre os franceses, e foi a figura da partida. (Pg. 44) Tm sido constantes os despejos em Espanha motivados pelo incumprimento dos emprstimos habitao, e a lei hipotecria que os permite , para o Tribunal de Justia da UE, abusiva e ilegal. Ilegal, porque viola uma directiva europeia, abusiva, porque, na correlao de foras, privilegia o banco. O Governo de Rajoy podia ter evitado uma sentena deste tipo, se tivesse agido mais cedo com alteraes lei. (Pg. 27)

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Com capa de Fernando Vicente, ca a conhecer todos os pormenores da sua biograa e uma breve contextualizao histrica. No CD encontre as canes inesquecveis que marcaram esta poca.
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