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Resistncia dos Materiais Aplicada a Saneamento

Wildemberg Raiol de Assuno

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA PAR


Campus Belm

Belm - PA 2012

Presidncia da Repblica Federativa do Brasil Ministrio da Educao Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Par Este caderno foi elaborado em parceria entre o Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Par Campus Belm e a Universidade Federal de Santa Maria para a Rede e-Tec Brasil.
Equipe de Elaborao Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Par IFPA-Belm Reitor Edson Ary de O. Fontes/IFPA-Belm Direo Geral Darlindo Maria Pereira Veloso Filho/IFPA-Belm Coordenao Institucional Erick Alexandre de Oliveira Fontes/IFPA-Belm Coordenao de Curso Wuyllen Soares Pinheiro/IFPA-Belm Professor-autor Wildemberg Raiol de Assuno/IFPA-Belm Equipe Tcnica Carlos Lemos Barboza/IFPA-Belm Fabiano Darlindo Veloso/IFPA-Belm Gisely Regina Lima Rebelo/IFPA-Belm Oscar Jesus Choque Fernandez/IFPA-Belm Equipe de Acompanhamento e Validao Colgio Tcnico Industrial de Santa Maria CTISM Coordenao Institucional Paulo Roberto Colusso/CTISM Coordenao Tcnica Iza Neuza Teixeira Bohrer/CTISM Coordenao de Design Erika Goellner/CTISM Reviso Pedaggica Andressa Rosemrie de Menezes Costa/CTISM Francine Netto Martins Tadielo/CTISM Marcia Migliore Freo/CTISM Reviso Textual Eduardo Lehnhart Vargas/CTISM Lourdes Maria Grotto de Moura/CTISM Vera da Silva Oliveira/CTISM Reviso Tcnica Marcos Vaghetti/CT-UFSM Ilustrao Gabriel La Rocca Cser/CTISM Marcel Santos Jacques/CTISM Rafael Cavalli Viapiana/CTISM Ricardo Antunes Machado/CTISM Diagramao Cssio Fernandes Lemos/CTISM Leandro Felipe Aguilar Freitas/CTISM

Setor de Processamento Tcnico Biblioteca IFPA Campus Belm

INSTITUTO FEDERAL
RIO GRANDE DO SUL

Apresentao e-Tec Brasil


Prezado estudante, Bem-vindo ao e-Tec Brasil! Voc faz parte de uma rede nacional pblica de ensino, a Escola Tcnica Aberta do Brasil, instituda pelo Decreto n 6.301, de 12 de dezembro de 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino tcnico pblico, na modalidade a distncia. O programa resultado de uma parceria do Ministrio da Educao, por meio das Secretarias de Educao a Distncia (SEED) e de Educao Profissional e Tecnolgica (SETEC), as universidades e escolas tcnicas estaduais e federais. A educao a distncia no nosso pas, de dimenses continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso educao de qualidade e ao promover o fortalecimento da formao de jovens moradores de regies distantes dos grandes centros geogrfica e ou economicamente. O e-Tec Brasil leva os cursos tcnicos a locais distantes das instituies de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino mdio. Os cursos so ofertados pelas instituies pblicas de ensino, e o atendimento ao estudante realizado em escolas-polo integrantes das redes pblicas municipais e estaduais. O Ministrio da Educao, as instituies pblicas de ensino tcnico, seus servidores tcnicos e professores acreditam que uma educao profissional qualificada integradora do ensino mdio e da educao tcnica, capaz de promover o cidado com capacidades para produzir, mas tambm com autonomia diante das diferentes dimenses da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, poltica e tica. Ns acreditamos em voc! Desejamos sucesso na sua formao profissional! Ministrio da Educao Janeiro de 2010
Nosso contato [email protected]

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Indicao de cones
Os cones so elementos grficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual. Ateno: indica pontos de maior relevncia no texto.

Saiba mais: oferece novas informaes que enriquecem o assunto ou curiosidades e notcias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossrio: indica a definio de um termo, palavra ou expresso utilizada no texto. Mdias integradas: sempre que se desejar que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mdias: vdeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes nveis de aprendizagem para que o estudante possa realiz-las e conferir o seu domnio do tema estudado.

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Tecnologia da Informtica

Sumrio
Palavra do professor-autor Apresentao da disciplina Projeto instrucional Aula 1 Consideraes gerais 1.1 Conceito 1.2 Objeto de estudo 1.3 Sistemas de unidades 1.4 Correlao entre as vrias cincias 1.5 Esttica tcnica 1.6 Conceitos diversos 1.7 Leis de Newton 1.8 Estudo de foras coplanares 1.9 Momento 1.10 Princpios fundamentais 1.11 Equilbrio de foras Aula 2 Equilbrio de corpos rgidos 2.1 Equilbrio de um corpo rgido 2.2 Objetivos da resistncia dos materiais 2.3 Definies bsicas 2.4 Esforos externos ativos 2.5 Tipos de apoios ou vnculos 2.6 Aes 2.7 Reaes de apoio Aula 3 Trao e compresso 3.1 Materiais slidos x solicitaes 3.2 Solicitao 3.3 Tenso 3.4 Trelias isostticas 3.5 Estudo de trao no ao 9 11 13 15 15 16 17 18 18 19 19 20 21 22 25 35 35 36 37 37 38 39 41 47 47 47 47 49 54

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Referncias Currculo do professor-autor

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Palavra do professor-autor
Ol! Para poder transformar a natureza, o homem precisa de ferramentas e tecnologias. Para criar tecnologia, precisa de teorias que correspondam sistematizao de conhecimentos e descoberta de leis naturais que orientam seu trabalho. Depois de criar uma srie de teorias, algumas das quais superam e substituem outras, o homem procura sistematiz-las dando-lhe nomes, delimitando suas validades e estabelecendo um grau de hierarquia entre elas. Do estudo das estruturas (casas, pontes, veculos, etc.) surge a resistncia dos materiais. Professor Wildemberg Raiol de Assuno

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Apresentao da disciplina
Desde a antiguidade, quando o homem iniciou a arte e a cincia de construir, h a necessidade de se obterem conhecimentos da resistncia dos materiais. Foi observado que apenas com tais conhecimentos haveria a possibilidade de gerar regras, padres e procedimentos para determinar quais dimenses seriam seguras para atuar como elementos em dispositivos e estruturas. As civilizaes mais antigas da humanidade j haviam se lanado no estudo dos materiais. Os egpcios inegavelmente j possuam grandes conhecimentos dessa rea, pois sem eles seria impossvel serem construdas as pirmides do Egito. Logo frente, os gregos trariam mais um avano na construo, criando e utilizando princpios de esttica, a qual corresponde a base da resistncia dos materiais. Arquimedes (287-212 a.C.) deu uma enorme prova a respeito de condies de equilbrio, ao utilizar uma alavanca, esboando mtodos de verificao de centro de gravidade dos corpos. Aplicou tambm sua teoria na construo de grandes dispositivos, tais como guinchos e guindastes. O dimensionamento de peas, que o maior objetivo de resistncia dos materiais, se resume em analisar as foras atuantes na pea, para que a sua inrcia continue existindo e para que ela suporte os esforos empregados. Para isso preciso conhecer o limite do material. Isso pode ser obtido atravs de ensaios que, basicamente, submetem a pea ao esforo que ela dever sofrer onde ser empregada, a condies padro, para que se possa analisar o seu comportamento. Esses dados so demonstrados em grficos de tenso x deformao. A tenso em que nos baseamos o limite entre o regime elstico e o plstico. Mas para fins de segurana utilizado um c.s. (coeficiente de segurana) que faz com que dimensionemos a pea para suportar uma tenso maior que a tenso limite mencionada. Tudo isso necessrio para que se obtenha total certeza nos resultados, j que pequenos erros podem acarretar grandes problemas mais adiante, isso se agrava mais ainda se estivermos falando de pessoas que podem ter suas vidas colocadas em perigo por um clculo mal feito. A cincia de resistncia dos materiais tambm muito importante para que no se tenha prejuzos, gastando mais material do que o necessrio e acarretando tambm outro problema que o excesso de peso.

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Palavra instrucional Projeto do professor-autor


Disciplina: Resistncia dos Materiais Aplicada a Saneamento (carga horria: 60h). Ementa: Esttica tcnica. Estudo de foras coplanares. Equilbrio de foras. Equilbrio de corpos apoiados. Equilbrio de corpos suspensos. Trao e compresso. Tenso normal. Lei de Hooke. Estudo de trelias isostticas. Estudo de trao no ao. Diagrama: tenso x deformao. Tipos de carregamento. Vigas isostticas. Diagrama de esforo cortante e momento fletor. Tenso na flexo. Cisalhamento na flexo.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Compreender a resistncia dos materiais. Identificar os principais conceitos referentes resistncia dos materiais, desde a esttica tcnica e estudo de foras coplanares. Analisar o estudo do equilbrio de foras. Compreender as estruturas do dia a dia, da natureza, de concreto simples, armado e outros. Identificar os corpos rgidos. Analisar o equilbrio de corpos apoiados, equilbrio de corpos suspensos e o equilbrio de corpos apoiados e suspensos. Compreender o comportamento de materiais slidos submetidos a solicitaes mecnicas de trao e compresso. Identificar as formas de combate s solicitaes em peas estruturais atravs da tenso normal, Lei de Hooke, estudo de trelias isostticas. Analisar o estudo de trao no ao, diagrama: tenso x deformao, tipos de carregamento, vigas isostticas, diagrama de esforo cortante e momento fletor, tenso na flexo, cisalhamento na flexo.

AULA

MATERIAIS
Ambiente virtual: plataforma Moodle. Apostila didtica. Recursos de apoio: links, exerccios.

CARGA HORRIA (horas)

1. Consideraes gerais

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2. Equilbrio de corpos rgidos

Ambiente virtual: plataforma Moodle. Apostila didtica. Recursos de apoio: links, exerccios.

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3. Trao e compresso

Ambiente virtual: plataforma Moodle. Apostila didtica. Recursos de apoio: links, exerccios.

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Aula 1 Consideraes gerais


Objetivos
Compreender a resistncia dos materiais. Identificar os principais conceitos referentes resistncia dos materiais, desde a esttica tcnica e estudo de foras coplanares. Analisar o estudo do equilbrio de foras.
equilbrio Estado ou condio de um sistema sob ao de duas ou mais foras que se anulam entre si, o que resulta em sua estabilidade, se no houver ao de novas foras; estabilidade de um corpo em sua postura normal; iIgualdade entre duas ou mais foras opostas; equiparao; proporcionalidade. deformao Ao ou resultado de deformar-se, de mudar de forma; perda da forma original; alterao. estabilidade Firmeza, equilbrio, solidez, segurana; propriedade pela qual um sistema (mecnico, eltrico, aerodinmico) retorna ao estado de equilbrio depois de sofrer alguma perturbao. estrutura Modo como se dispem ou articulam as partes que formam um todo, seja concreto, seja abstrato; a parte que constitui o elemento de sustentao de um todo e de sua resistncia a cargas, presses, etc.; obra construda pela juno ou articulao de partes; o conjunto de elementos bsicos que do sustentao a uma obra.

1.1 Conceito
A resistncia dos materiais um ramo da mecnica que estuda as relaes entre cargas externas aplicadas a um corpo deformvel e a intensidade das foras internas que atuam dentro do corpo com abrangncia no clculo da deformao do corpo e no estudo da estabilidade do corpo quando ele est submetido a foras externas. Exemplo Vamos supor que se pretenda assentar uma pea de grande peso sobre uma estrutura de suporte (prancha) que, por sua vez, se assente sobre dois apoios, A e B (Figura 1.1).

Figura 1.1: Estrutura biapoiada


Fonte: Hibbeler, 2000

Aula 1 - Consideraes gerais

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esforo Aplicao, mobilizao de fora (fsica ou mental, ou moral), energia, empenho, pertincia, etc., para realizar ou alcanar um objetivo.

A estrutura receber essa carga e sofrer com isso uma srie de esforos, deformando-se. A resistncia dos materiais determinar tais esforos e a lei da deformao dessa viga. Conhecendo o material com que se construiu a estrutura-suporte, saberemos: Se com o material usado no suporte e em face de suas dimenses, exemplo espessura, a estrutura ou resiste solicitao ou se rompe. As deformaes que ocorrero.

1.2 Objeto de estudo


A resistncia dos materiais procura estudar: Estruturas que possam ser associadas a barras de eixo retilneo. Estruturas que obedeam a uma lei, segundo a qual: se uma barra for submetida a uma carga q ela se deformar x e se a carga for 2q a deformao dever ser 2x. A importncia dessa lei, chamada Lei de Hooke, ser demonstrada neste curso.

1.2.1 Situaes de pequenas deformaes


A resistncia dos materiais aqui estudada fornecer os fundamentos para a compreenso e o estudo das seguintes estruturas: Do dia a dia. Da natureza. De pedra, de taipa e de alvenaria. De ao, de alumnio, etc. De concreto simples e armado. De equipamentos. De outras.

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1.3 Sistemas de unidades

Aula 1 - Consideraes gerais

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1.4 Correlao entre as vrias cincias

rgido Que resistente a presso, flexo, toro; concebido e/ou feito com exatido e rigor; que no flexvel, malevel, que exato.

Figura 1.2: Correlao entre as vrias cincias


Fonte: CTISM, adapatado de autor

1.5 Esttica tcnica


O estudo da esttica compreende a ao de foras exteriores sobre um corpo rgido, em posio de repouso. As foras grupam-se em sistemas que recebem denominaes segundo a posio relativa que guardam entre si. Temos assim sistemas de foras concorrentes, paralelas e quaisquer direes. Qualquer desses sistemas pode ser coplanar ou espacial. Todo sistema pode ser substitudo pela ao de duas foras que, em relao a um ponto qualquer, venham produzir o mesmo efeito que o sistema dado. Esses efeitos so a resultante e o momento resultante.

A finalidade da esttica, como j foi dito em outras palavras, estudar os sistemas em equilbrio, isto , onde so nulos os movimentos de translao e rotao. A esttica trata do clculo das foras externas que atuam em corpos rgidos em equilbrio. A determinao das tenses e deformaes internas envolve uma anlise das caractersticas do material em questo. Essa anlise feita no contexto da mecnica dos corpos deformveis que deve seguir o estudo da esttica.

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A resultante a soma vetorial das projees das foras do sistema, portanto, capaz de produzir translao segundo a direo do seu suporte. O momento a soma vetorial dos momentos das foras do sistema, portanto, capaz de produzir rotao.

1.6 Conceitos diversos


1.6.1 Mecnica
o ramo das cincias fsicas associadas com o estado de repouso ou de movimento de corpos submetidos ao de foras.

vetorial Segmento de reta com mdulo, direo e sentido, que se relaciona aos vetores, diz-se, tambm, da anlise que estuda as noes relativas aos campos de vetores (clculo vetorial), diz-se da funo que assume valores em um espao vetorial; diz-se da grandeza fsica cuja definio exige valor numrico, direo e sentido, diz-se do processador arritmtico de alto desempenho usado para clculo vetorial.

1.6.2 Massa
a medida da inrcia de um corpo que, por sua vez, sua resistncia mudana de velocidade. Massa tambm pode ser entendida como a quantidade de matria em um corpo. De maior importncia em esttica, massa tambm uma propriedade de todos os corpos. Atravs dela eles experimentam atrao mtua com outros corpos.

1.6.3 Fora
uma consequncia da ao de um corpo sobre outro. Uma fora tende a mover o corpo no qual ela est aplicada, na direo de sua linha de ao. A ao de uma fora caracterizada por sua intensidade ou mdulo, sua direo e por seu ponto de aplicao. Fora uma quantidade vetorial.

1.6.4 Corpo rgido


Um corpo considerado rgido, quando um movimento relativo entre suas partes desprezvel. Por exemplo, o clculo das tenses em um cabo que suporta a lana de um guindaste mvel submetida a um carregamento no substancialmente afetado pelas pequenas deformaes que ocorrem nos elementos estruturais da lana. Dessa forma, para a determinao das foras externas que atuam na lana, considera-se, para todos os propsitos, a lana um corpo rgido.

1.7 Leis de Newton


Isaac Newton foi o primeiro a estabelecer corretamente as leis bsicas que governam o movimento de uma partcula, assim como a demonstrar sua validade (Quadro 1.1). Adaptadas terminologia moderna, essas leis podem ser enunciadas da seguinte forma:

lana de um guindaste A parte mais identificvel de qualquer guindaste a lana. Trata-se do brao de ao no guindaste que suporta a carga. Saindo de trs da cabine de comando do operador, ela a pea essencial de um guindaste, permitindo que a mquina eleve cargas a grandes alturas.

Aula 1 - Consideraes gerais

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Assista a vdeo aula Fsica Leis de Newton, que traz numa abordagem em forma de aulas uma explicao das trs leis de Newton. Acesse: http://www.youtube.com/wat ch?v=v1EVhAp49vI&feature= related

Primeira lei uma partcula permanece em repouso, ou continua a mover-se em linha reta com uma velocidade constante, se no existir nenhuma fora agindo sobre ela. Segunda lei a acelerao de uma partcula proporcional fora resultante que age sobre ela e possui a mesma direo. Terceira lei as foras de ao e reao entre dois corpos que interagem entre si so iguais em intensidade, colineares e de sentidos opostos. Unidade a mecnica lida com quatro grandezas fundamentais: comprimento, massa, fora e tempo.
Quadro 1.1: Grandeza, unidade e smbolo
Grandeza Massa Comprimento Tempo Fora Fonte: autor Smbolo dimensional M L T F Unidade quilograma metro segundo newton Smbolo kg m s N

1.8 Estudo de foras coplanares


Fora a ao exercida por um corpo sobre outro. Os efeitos de uma fora sobre um corpo so: a) Movimento ou alterao de movimento do corpo. b) Deformao do corpo. Uma fora representada por um vetor (Figura 1.3).

Figura 1.3: Representao de uma fora por vetor


Fonte: autor

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As caractersticas de uma fora so: a) Direo posio da linha de ao. b) Intensidade o valor da fora. Exemplo: 3 kN, 800 N, 1250 kgf. c) Sentido de A para B, indicado pela seta (Figura 1.3). d) Ponto de aplicao local onde a fora atua.

1.9 Momento
O momento a intensidade de uma fora pela distncia do ponto linha de ao da mesma. O ponto O chamado centro de momento, e o eixo Y, em torno do qual o momento atua, perpendicular ao plano (Figura 1.4).

Figura 1.4: Momento


Fonte: autor

A representao do momento feita por uma flecha dupla, ou por uma flecha circular orientada (Figura 1.5).

Aula 1 - Consideraes gerais

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Figura 1.5: Representao de um momento


Fonte: autor

1.10 Princpios fundamentais

1.10.1 Princpio de igualdade da ao e da reao


A toda ao corresponde uma reao igual e contrria, 3 Lei de Newton (Figura 1.6), Isaac Newton, 1687.

Figura 1.6: Ao e reao


Fonte: autor

1.10.2 Princpio de Stevin


Quando duas foras atuam sobre um mesmo ponto, seus efeitos so os mesmos como se atuasse uma fora nica, de intensidade, direo e sentido definidos pela diagonal do paralelogramo construdo sobre as duas foras (Figura 1.7). Lei de Stevin, Simon Stevin, final do sculo XVI.

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Figura 1.7: Princpio de Stevin


Fonte: autor

O princpio de Stevin pode ser estendido a um nmero maior de foras (Figura 1.8).

Figura 1.8: Princpio de Stevin com maior nmero de foras


Fonte: autor

1.10.3 Teorema de Varignon


Em um sistema de foras concorrentes em um ponto O, o momento resultante dessas foras em relao a um ponto O, igual ao momento da resultante do sistema (Figura 1.9). Tese de Varignon, Pierre Varignon, 1687.

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Figura 1.9: Teorema de Varignon


Fonte: autor

1.10.4 Conjugado binrio


O momento produzido por duas foras iguais, opostas e paralelas conhecido como conjugado ou binrio (Figura 1.10).

Figura 1.10: Conjugado binrio


Fonte: autor

O vetor momento perpendicular ao plano que contm as duas foras (Figura 1.11).

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Figura 1.11: Vetor momento


Fonte: autor

1.11 Equilbrio de foras


1.11.1.1 Decomposio

1.11.1 Sistemas planos de foras concorrentes


A decomposio de uma fora ocorre em dois eixos ortogonais (Figura 1.12).

Figura 1.12: Decomposio


Fonte: autor

Para um sistema plano de foras concorrentes, decompem-se cada fora e, por somatria, obtm-se a resultante das projees em cada eixo (Figura 1.13).

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Figura 1.13: Decomposio de um sistema de foras concorrentes


Fonte: autor

1.11.1.2 Reduo
Um sistema plano de foras concorrentes num ponto nico redutvel a uma resultante, passando pelo ponto de concorrncia (Figura 1.14).

Figura 1.14: Resultante


Fonte: autor

Para se obter o valor da resultante do sistema, decompem-se as foras dadas segundo um sistema de eixos ortogonais X e Y, em seguida fazem-se.

Posio da resultante (Figura 1.15).

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Assista aos vdeos Novo Telecurso Ensino Mdio Fsica Aula 07 (1 de 2) e Novo Telecurso Ensino Mdio Fsica Aula 07 (2 de 2), que traz numa abordagem em forma de aulas com uma explicao simples sobre fora, momento e equilbrio de foras. Acesse: http://www.youtube.com/ watch?v=xXEupGV0NM&feature=related http://www.youtube. com/watch?v=cun8qvL9aI&feature=related

Figura 1.15: Posio da resultante


Fonte: autor

1.11.1.3 Condies de equilbrio

1.11.2 Sistemas planos de foras concorrentes


1.11.2.1 Reduo
Este sistema de foras reduz-se a uma fora resultante R e, a um momento resultante em relao a um ponto arbitrrio O (MRO) (Figura 1.16).

Figura 1.16: Sistema de foras no concorrentes


Fonte: autor

Aula 1 - Consideraes gerais

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1.11.2.2 Condies de equilbrio


As condies de equilbrio dos sistemas planos de foras no concorrentes expressam-se por trs equaes (duas de projeo e uma de momento).

Ou ainda por trs equaes de momentos, em relao a trs pontos no colineares.

1.11.3 Sistemas planos de foras paralelas

Figura 1.17: Sistema de foras paralelas


Fonte: autor

1.11.3.1 Reduo
Reduz-se a uma fora resultante R e a um momento resultante M em relao a um ponto arbitrrio O.

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Figura 1.18: Fora resultante R e momento resultante M


Fonte: autor

1.11.3.2 Posio da resultante

Figura 1.19: Posio da resultante


Fonte: autor

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1.11.3.3 Condies de equilbrio

Figura 1.20: Condies de equilbrio


Fonte: autor

As equaes de equilbrio desses sistemas de foras podem ser expressas por duas equaes de momentos.

Resumo
O dimensionamento de peas, objetivo de maior relevncia na resistncia dos materiais, se resume em analisar as foras atuantes na pea, para que a sua inrcia continue existindo e para que ela suporte os esforos empregados. As foras agrupam-se em sistemas que recebem denominaes segundo a posio relativa que guardam entre si. As condies de equilbrio dos sistemas planos de foras no concorrentes expressam-se por trs equaes (duas de projeo e uma de momento), Fix = 0, Fiy = 0 e Mo = 0 ou ainda por trs equaes de momentos, em relao a trs pontos no colineares, Mo1 = 0, Mo2 = 0 e Mo3 = 0.

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Atividades de aprendizagem
1. Determinar Rx e Ry, para o sistema de foras concorrentes que segue: F1 = 15 kN F2 = 20 kN

Exerccio 1.1: Sistema de foras concorrentes


Fonte: autor

2. O corpo sobre o plano inclinado est sujeito fora vertical mostrada na figura. Determine os componentes da fora ao longo dos eixos X e Y.

Exerccio 2.1: Plano inclinado


Fonte: autor

3. A chapa quadrada mostrada composta de quadrados de 1 m de lado. Uma fora F = 10 kN est em um ponto A na direo mostrada. Calcular o momento MB de F em torno do ponto B. Adotar = 45.

Aula 1 - Consideraes gerais

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Exerccio 3.1: Chapa quadrada


Fonte: autor

4. Para erguer o mastro a partir da posio mostrada, a trao T no cabo deve fornecer um momento de 72 kN m, em torno do ponto O. Determinar T.

Exerccio 4.1: Trao T no cabo de fora


Fonte: autor

5. Calcule os valores de Va, Vb e Ha, para que os sistemas de foras da figura abaixo estejam em equilbrio.

Exerccio 5.1: Sistema de foras


Fonte: autor

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6. A trao T no cabo vertical igual ao peso do caixote. Calcular os componentes Tt e Tn, nas direes da lana e normal a ela, respectivamente, da fora T aplicada pelo prprio caixote lana em A.

Exerccio 6.1: Trao T no cabo vertical


Fonte: autor

7. Calcule os valores de Ra e Rb, para que o sistema de foras se mantenha em equilbrio nas figuras Exerccio 7.1 e 7.2.

Exerccio 7.1: Sistemas de foras


Fonte: autor

Exerccio 7.2: Sistemas de foras


Fonte: autor

Aula 1 - Consideraes gerais

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Aula 2 Equilbrio de corpos rgidos


Objetivos
Compreender as estruturas do dia a dia, da natureza, de concreto simples, armado e outras. Identificar os corpos rgidos. Analisar o equilbrio de corpos apoiados, equilbrio de corpos suspensos e o equilbrio de corpos apoiados e suspensos.

2.1 Equilbrio de um corpo rgido


Na aula anterior foi referido que as foras exteriores atuantes num corpo rgido podem ser reduzidas a um sistema equivalente fora/binrio. Quando a fora e o binrio so nulos, o corpo rgido est em equilbrio. Dessa forma as condies necessrias e suficientes para o equilbrio de um corpo rgido estando ele apoiado ou suspenso sero:

Onde: F = soma de todas as foras que atuam sobre o corpo M = soma dos momentos de todas as foras em relao a um ponto qualquer Estabelecendo-se um sistema de coordenadas x, y, z com origem no ponto O, os vetores fora e momento podem ser decompostos em componentes ao longo dos eixos de coordenadas, e as duas equaes anteriores podem ser escritas em forma escalar.

Aula 2 - Equilbrio de corpos rgidos

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Sistema coplanar de foras:

Se o ponto O for a origem das coordenadas, ento os momentos sero sempre direcionados ao longo do eixo de z, que perpendicular ao plano que contm as foras conforme a Figura 2.1.

Figura 2.1: Equilbrio de um corpo deformvel


Fonte: Beer; Johnston, 1995

A resistncia dos materiais um ramo da mecnica que estuda as relaes entre cargas externas aplicadas a um corpo deformvel e a intensidade das foras internas que atuam dentro do corpo, com abrangncia no clculo da deformao do corpo e no estudo da estabilidade do corpo, quando ele est submetido a foras externas.

2.2 Objetivos da resistncia dos materiais


A Resistncia dos materiais tem como objetivos bsicos, determinar os esforos internos de um corpo slido submetido a ao dos esforos externos conhecidos (Quadro 2.1), e consequentemente verificar a sua estabilidade e dimension-los.

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Quadro 2.1: Esforos externos conhecidos


Tenses internas Deformaes no corpo slido Produzidas pelos esforos externos. (ESTADO DE TENSO). Devido ao deslocamento dos ns provocados pelas tenses. (ESTADO DE DEFORMAO). Escolher a forma do slido, com base nos esforos internos resistentes e/ou nas deformaes ocorridas, para que no ultrapassem os limites admissveis. Para garantir que os estados de tenso e deformao provocados pelos esforos internos resistentes no ultrapassem limites admissveis.

Dimensionamento

Estabilidade Fonte: autor

2.3 Definies bsicas


Quadro 2.2: Definies bsicas
Viga ou barra Seo transversal Eixo longitudinal todo slido que apresenta uma das dimenses (comprimento), bem maior que qualquer outra. a figura plana cujo movimento de translao origina uma barra. o lugar geomtrico (linha) dos baricentros de todas as sees transversais da barra. o slido gerado pelo movimento de translao de uma figura plana, em trajetria retilnea. Caracteriza-se pelo eixo longitudinal reto, e pelas sees transversais iguais. o sistema, formado por uma ou mais barras interligadas entre si e seus apoios, destinado a suportar esforos. So as cargas que atuam diretamente sobre as barras de uma estrutura. Podem ser externos ou internos, ativos ou reativos.

Barra prismtica

Estrutura Esforos Fonte: autor

2.4 Esforos externos ativos


So as cargas concentradas, distribudas e momentos que agem sobre as barras (estrutura) mostradas na Figura 2.2.

Figura 2.2: Tipos de carregamentos


Fonte: autor

Aula 2 - Equilbrio de corpos rgidos

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2.5 Tipos de apoios ou vnculos


2.5.1 Apoio simples
Impede o movimento de translao na direo perpendicular base do apoio. Por isso s aparece uma reao (Figura 2.3). chamado, tambm, de rolete.

Figura 2.3: Apoio simples


Fonte: autor

2.5.2 Apoio duplo


Impede o movimento de translao na direo perpendicular e na paralela base do apoio. Podem aparecer, por isso, at duas reaes (Figura 2.4).

Figura 2.4: Apoio duplo


Fonte: autor

2.5.3 Engaste
Impede dois tipos de movimento, dois de translao e um de rotao. Com isso podem aparecer at trs reaes (Figura 2.5).

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Figura 2.5: Engaste


Fonte: autor

2.6 Aes
Aes toda influncia exercida sobre um corpo capaz de produzir um estado de tenso ou modificar o estado j existente. Carregamento o conjunto de aes que atuam simultaneamente para a determinao dos esforos solicitantes num sistema estrutural. Os carregamentos podem ocorrer devido s: Aes ativas foras ou momentos aplicados na estrutura. Aes reativas foras ou momentos devidos s reaes de apoio.

2.6.1 Classificao
As aes so classificadas em: Foras. Momentos. Estticas ao esttica na estrutura. Dinmicas ao varivel na estrutura. Diretas cargas permanentes, cargas variveis e cargas acidentais. Indiretas deformaes impostas, retrao, fluncia, protenso, deslocamento dos apoios.

Aula 2 - Equilbrio de corpos rgidos

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Acidentais ao espordica na estrutura, constituda em funo do uso da estrutura. Permanentes constituda pelo peso prprio e pelas sobrecargas dos elementos construtivos e instalaes permanentes. Concentradas ao com extenso de aplicao pequena em relao ao tamanho da estrutura (Figura 2.6).

Figura 2.6: Carga concentrada


Fonte: autor

Distribudas ao distribuda em parte da extenso da estrutura. Pode ocorrer de duas formas: uniformemente distribuda (Figura 2.7) e carga no uniformemente distribuda (Figura 2.8).

Figura 2.7: Carga uniformemente distribuda


Fonte: autor

Figura 2.8: Carga no uniformemente distribuda


Fonte: autor

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2.7 Reaes de apoio


As reaes de apoio so responsveis pelo vnculo da estrutura ao solo ou a outras partes da mesma, de modo a ficar assegurada sua imobilidade, apesar dos pequenos deslocamentos devidos s deformaes. Nos sistemas planos, existem trs tipos de movimentos. A Figura 2.9 mostra os trs movimentos em relao ao plano XY: o de translao no eixo X, o de translao no eixo Y e o de rotao no eixo Z.
vnculo Aquilo que liga ou ata duas ou mais coisas; lao; liame.

Figura 2.9: Sistema de plano (x, y e z)


Fonte: autor

2.7.1 Vnculos
Os vnculos podem ser classificados em funo do nmero de movimentos que impedem. Portanto temos apoios com trs graus de liberdade: vnculo simples, vnculo duplo e vnculo triplo.

2.7.1.1 Vnculo simples


Apoio mvel impede apenas um movimento, normalmente o de translao, no eixo y (Figura 2.10).

Aula 2 - Equilbrio de corpos rgidos

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Figura 2.10: Vnculo simples


Fonte: autor

2.7.1.2 Vnculo duplo


Apoio fixo impede dois movimentos de translaes nos eixos x e y, permitindo apenas o de rotao em torno do eixo z (Figura 2.11).

Figura 2.11: Vnculo duplo


Fonte: autor

2.7.1.3 Vnculo triplo


Engastamento impede os trs movimentos, os dois de translao nos eixos x e y e o de rotao em torno do eixo z (Figura 2.12).

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Figura 2.12: Vnculo triplo


Fonte: autor

2.7.2 Apoios e conexes


Apoios e conexes so elementos de uma estrutura onde as foras de superfcie se desenvolvem. A Figura 2.13 ilustra os tipos de apoios mais encontrados em problemas bidimensionais.

Figura 2.13: Tipos de apoios


Fonte: Beer; Johnston, 1995

2.7.2.1 Apoio do 1 gnero


o apoio que impede o movimento na pea em apenas uma direo (vertical), movimento de translao (Figura 2.14).

Aula 2 - Equilbrio de corpos rgidos

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Figura 2.14: Smbolo do apoio do 1 gnero


Fonte: autor

2.7.2.2 Apoio do 2 gnero


Impede o movimento de translao da pea em duas direes (Figura 2.15).

Figura 2.15: Smbolo do apoio do 2 gnero


Fonte: autor

2.7.2.3 Apoio do 3 gnero ou engastamento


Assista ao vdeo Esforos em vigas, que traz uma explicao simples sobre como calcular reaes provenientes de carregamentos em vigas. Acesse: http://www.youtube.com/watc h?v=jrivGRgW28Q&feature=r elatede

Impede trs movimentos: dois movimentos de translao (HA e VA) e um movimento de rotao da pea (MA), conforme Figura 2.16.

Figura 2.16: Smbolo do apoio do 3 gnero


Fonte: autor

Resumo
As condies necessrias e suficientes para o equilbrio de um corpo rgido, estando ele apoiado ou suspenso sero: F = 0 (soma de todas as foras que atuam sobre o corpo); M = 0 (soma dos momentos de todas as foras em relao a um ponto qualquer). Os carregamentos podem ocorrer devido: s aes ativas foras ou momentos aplicados na estrutura, s aes reativas foras ou momentos devido s reaes de apoio. As reaes de apoio so responsveis pelo vnculo da estrutura ao solo ou a outras partes da mesma, de

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modo a ficar assegurada sua imobilidade, apesar dos pequenos deslocamentos devidos s deformaes. Os vnculos podem ser classificados em funo do nmero de movimentos que impedem. Portanto, temos apoios com trs graus de liberdade: vnculo simples, vnculo duplo e vnculo triplo.

Atividades de aprendizagem
1. Para as vigas simplesmente apoiadas representadas nas figuras a seguir, determine as reaes RVA e RVB nos apoios, de modo a respeitar as condies de equilbrio da esttica.

Exerccio 1.1: Viga simplesmente apoiada 1


Fonte: autor

Exerccio 1.2: Viga simplesmente apoiada 2


Fonte: autor

Exerccio 1.3: Viga simplesmente apoiada 3


Fonte: autor

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Exerccio 1.4: Viga simplesmente apoiada 4


Fonte: autor

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Aula 3 Trao e compresso


Objetivos
Compreender o comportamento de materiais slidos submetidos a solicitaes mecnicas de trao e compresso. Identificar as formas de combate s solicitaes em peas estruturais atravs da tenso normal, Lei de Hooke, estudo de trelias isostticas. Analisar o estudo de trao no ao, diagrama: tenso x deformao, tipos de carregamento, vigas isostticas, diagrama de esforo cortante e momento fletor, tenso na flexo, cisalhamento na flexo.

3.1 Materiais slidos x solicitaes


Materiais slidos tendem a deformar-se (ou eventualmente se romper) quando submetidos a solicitaes mecnicas. A resistncia dos materiais um ramo da engenharia que tem como objetivo o estudo do comportamento de elementos construtivos sujeitos a esforos, de forma que eles possam ser adequadamente dimensionados para suport-los nas condies previstas de utilizao.

3.2 Solicitao
Solicitao todo esforo ou conjunto de esforos exercidos pelas aes sobre uma ou mais sees de um elemento da estrutura. As solicitaes provocam na estrutura tenses que podem ser: Tenses normais podendo ser de trao ou de compresso. Tenses de cisalhamento.

3.3 Tenso
a grandeza fsica definida pela relao entre a fora atuante em uma superfcie e a rea dessa superfcie, ou seja, tenso igual fora dividida pela rea.

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3.3.1 Classificao
3.3.1.1 Tenso normal
ocasionada pela ao da fora normal (N) que representa a soma algbrica de todas as foras contidas no plano YX, portanto, perpendicular seo transversal, produzindo no plano YZ tenses normais. Consideramos a fora normal como trao (+) (Figura 3.1), se esta dirigida para fora do corpo ou compresso (-) (Figura 3.2), se esta dirigida para dentro do corpo.

perpendicular Que forma um ngulo reto com outra linha ou plano.

Figura 3.1: Trao


Fonte: autor

Trao caracteriza-se pela tendncia de alongamento do elemento na direo da fora atuante.

Figura 3.2: Compresso


Fonte: autor

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Compresso a tendncia uma reduo do elemento na direo da fora atuante.

3.3.1.2 Tenso de cisalhamento ou de corte


ocasionada pela ao da fora cortante (V) que representa a soma algbrica de todas as foras contidas no plano YZ, perpendicular ao eixo da pea, produzindo esforo que tende a deslizar uma seo em relao outra, provocando tenses de cisalhamento (Figura 3.3).

Figura 3.3: Cisalhamento ou corte


Fonte: autor

3.4 Trelias isostticas


3.4.1 Definio
Trelia toda estrutura constituda de barras ligadas entre si nas extremidades. O ponto de encontro das barras chamado n da trelia. Os esforos externos so aplicados unicamente nos ns. Denomina-se trelia plana, quando todas as barras de uma trelia esto em um mesmo plano.

Figura 3.4: Desenho genrico de uma trelia plana


Fonte: Mesquita, 2009

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Para se calcular uma trelia deve-se: a) Determinar as reaes de apoio. b) Determinar as foras nas barras. A condio para que uma trelia de malhas triangulares seja isosttica :

Onde: b = nmero de barras n = nmero de ns v = nmero de reaes de apoio Adotam-se como conveno de sinais: Barras tracionadas positivo (+)

Figura 3.5: Barra tracionada


Fonte: CTISM, adaptado do autor

Barras comprimidas negativo (-)

Figura 3.6: Barra comprimida


Fonte: CTISM, adaptado do autor

Os esforos nas barras das trelias podem ser resolvidos por mtodos grficos e analticos.

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Um dos vrios processos analticos usuais o mtodo do equilbrio dos ns, exemplificado a seguir.

3.4.2 Mtodo do equilbrio dos ns


Inicialmente devem-se identificar os ns e verificar os tipos de reaes de apoio.

Figura 3.7: Trelia isosttica


Fonte: Trautwein, 2005

No caso da trelia da Figura 3.7, no n A tem-se um apoio mvel e no n E, um apoio fixo. Como os apoios mveis restringem somente deslocamentos, nos perpendiculares ao plano do apoio, tem-se uma reao vertical RA. Como os apoios fixos restringem deslocamentos paralelos e perpendiculares ao plano do apoio, tm-se uma reao vertical RE e uma reao horizontal HE. Verificao se a trelia uma estrutura isosttica:

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a) Clculo do ngulo de inclinao das barras

b) Clculo das reaes de apoio Equao de equilbrio das foras na horizontal:

Equao de equilbrio das foras na vertical:

Equao de equilbrio de momentos: Como a estrutura est em equilbrio, a somatria dos momentos em relao a qualquer ponto da estrutura deve ser nula. Tomando-se, por exemplo, o n A como referncia, tem-se:

Substituindo o valor de RE na equao de equilbrio das foras na vertical, tem-se:

c) Clculo das foras nas barras

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Iniciar a resoluo pelo n que tiver no mximo duas foras incgnitas. As foras devem estar tracionando o n (seta que sai). Como no se sabe a priori se as foras nas barras so de trao ou de compresso, considera-se que elas sejam tracionadas. Se o valor determinado for negativo, significa que a barra est comprimida, portanto o sentido da seta deve ser mudado.

Figura 3.8: N A
Fonte: autor

Figura 3.9: N B
Fonte: autor

Figura 3.10: N C
Fonte: autor

Figura 3.11: N D
Fonte: autor

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Figura 3.12: N E
Fonte: autor

Figura 3.13: N F Verificao


Fonte: autor

Como a trelia simtrica, com carregamentos simtricos, os resultados das foras que agem nos ns D e E so iguais aos dos ns B e A, respectivamente. Portanto, no h necessidade de se calcularem as foras nos ns D e E.
Quadro 3.1: Resultados da Figura 3.7
NAB = -100 kN NAF = 0 kN NBC = -50 kN NBF = +70,7 kN NCF = -100 kN NCD = -50 kN NDF = +70,7 kN NDE = -100 kN NFE = 0 kN Fonte: Trautwein, 2005 Compresso Trao Compresso Compresso Trao Compresso Compresso

3.5 Estudo de trao no ao


3.5.1 Tenses e deformaes
Os conceitos de tenso e deformao podem ser ilustrados, de modo elementar, considerando-se o alongamento de uma barra prismtica (barra de eixo reto e de seo constante em todo o comprimento) conforme Figura 3.14. Considera-se uma barra prismtica carregada nas extremidades por foras axiais

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P (foras que atuam no eixo da barra) que produzem alongamento uniforme ou trao na barra. Sob ao dessas foras originam-se esforos internos no interior da barra. Para o estudo desses esforos internos, considere-se um corte imaginrio na seo m-m, normal a seu eixo. Removendo-se, por exemplo, a parte direita do corpo, os esforos internos na seo considerada (m-m) transformam-se em esforos externos. Supe-se que estes esforos estejam distribudos uniformemente sobre toda a seo transversal.

Figura 3.14: Esforos em uma seo transversal


Fonte: Beer; Johnston,1995

Para que no se altere o equilbrio, esses esforos devem ser equivalentes resultante tambm axial de intensidade P. Quando essas foras so distribudas perpendicular e uniformemente sobre toda a seo transversal, recebem o nome de tenso normal, sendo comumente designada pela letra grega (sigma). Pode-se ver facilmente que a tenso normal, em qualquer parte da seo transversal obtida dividindo-se o valor da fora P pela rea da seo transversal, ou seja:

A tenso tem a mesma unidade de presso, que, no Sistema Internacional de Unidades o Pascal (Pa) correspondente carga de 1 N atuando sobre uma superfcie de 1 m, ou seja, Pa = N/m. Como a unidade Pascal muito pequena, costuma-se utilizar com frequncia seus mltiplos: MPa = N/mm = (Pa 106), GPa = kN/mm = (Pa 109), etc. Em outros sistemas de unidades, a tenso ainda pode ser expressa em quilograma fora por centmetro quadrado (kgf/cm), libra por polegada quadrada (lb/in ou psi), etc. Quando a barra alongada pela fora P, como indica a Figura 3.14, a tenso resultante uma tenso de trao; se as foras tiverem o sentido oposto, comprimindo a barra, tem-se tenso de compresso.

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A condio necessria para validar a Equao 3.3 que a tenso seja uniforme em toda a seo transversal da barra. O alongamento total de uma barra submetida a uma fora axial designado pela letra grega (delta). O alongamento por unidade de comprimento denominado deformao especfica, representado pela letra grega (psilon) dado pela Equao 3.4:

Nota-se que a deformao uma quantidade adimensional. de uso corrente no meio tcnico representar a deformao por uma frao percentual (%) multiplicando-se o valor da deformao especfica por 102 ou mesmo at multiplicando-se por 103.

Onde: = deformao especfica = alongamento ou encurtamento L = comprimento total da barra

3.5.2 Diagrama tenso-deformao


As relaes entre tenses e deformaes para um determinado material so encontradas por meio de ensaios de trao. Nesses ensaios so medidos os alongamentos , correspondentes aos acrscimos de carga axial P, que se aplicam barra, at a ruptura do corpo-de-prova. Obtm-se as tenses dividindo as foras pela rea da seo transversal do escoamento e do material da barra e as deformaes especficas, dividindo o alongamento pelo comprimento ao longo do qual a deformao medida. Desse modo obtm-se um diagrama tenso-deformao do material em estudo. Na Figura 3.15 ilustra-se um diagrama tenso-deformao tpico do ao.

Figura 3.15: Diagrama tenso-deformao


Fonte: Nash,1990

Onde: r = tenso de ruptura e = tenso de escoamento p = tenso limite de proporcionalidade

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Regio elstica de 0 at A as tenses so diretamente proporcionais s deformaes; o material obedece Lei de Hooke e o diagrama linear. O ponto A chamado limite de proporcionalidade, pois a partir desse ponto deixa de existir a proporcionalidade. Da em diante inicia-se uma curva que se afasta da reta A, at que em B comea o chamado escoamento. O escoamento caracteriza-se por um aumento considervel da deformao com pequeno aumento da fora de trao. No ponto A inicia-se a regio plstica. O ponto C o final do escoamento. O material comea a oferecer resistncia adicional ao aumento de carga, atingindo o valor mximo ou tenso mxima no ponto D denominado limite mximo de resistncia. Alm desse ponto, maiores deformaes so acompanhadas por redues da carga, ocorrendo, finalmente, a ruptura do corpo-de-prova no ponto E do diagrama. A presena de um ponto de escoamento pronunciado seguido de grande deformao plstica uma caracterstica do ao, que o mais comum dos metais estruturais em uso atualmente. Tanto os aos quanto as ligas de alumnio podem sofrer grandes deformaes antes da ruptura. Materiais que apresentam grandes deformaes antes da ruptura so classificados de materiais dcteis. Outros materiais como o cobre, bronze, lato, nquel, etc., tambm possuem comportamento dctil. Por outro lado, os materiais frgeis ou quebradios so aqueles que se deformam pouco antes de se romperem como, por exemplo, o ferro fundido, concreto, vidro, porcelana, cermica, gesso, entre outros.

3.5.3 Tenso admissvel


Para certificar-se de que a estrutura projetada no corra risco de runa, levando em conta algumas sobrecargas extras, bem como certas imprecises na construo e possveis desconhecimentos de algumas variveis na anlise da estrutura, normalmente se emprega um coeficiente de segurana (f), majorando-se a carga calculada. Outra forma de aplicao do coeficiente de segurana utilizar uma tenso admissvel ( ou adm), reduzindo a tenso calculada (calc), dividindo-a por um coeficiente de segurana. A tenso admissvel normalmente mantida abaixo do limite de proporcionalidade, ou seja, na regio de deformao elstica do material.

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3.5.4 Lei de Hooke


Os diagramas tenso-deformao ilustram o comportamento de vrios materiais, quando carregados por trao. Quando um corpo-de-prova do material descarregado, isto , quando a carga gradualmente diminuda at zero, a deformao sofrida durante o carregamento desaparecer parcial ou completamente. Esta propriedade do material, pela qual ele tende a retornar forma original denominada elasticidade. Quando a barra volta completamente forma original, diz-se que o material perfeitamente elstico; mas se o retorno no for total, o material parcialmente elstico. Neste ltimo caso, a deformao que permanece depois da retirada da carga denominada deformao permanente. A relao linear da funo tenso-deformao (Figura 3.16) foi apresentada por Robert Hooke em 1678 e conhecida por Lei de Hooke, definida como:

Figura 3.16: Diagrama tenso-deformao


Fonte: Nash,1990

Onde: = tenso normal (kgf/cm ou Mpa), T (trao) ou C (compresso) = deformao unitria (admensional) E = mdulo de elasticidade do material ou mdulo de young (kgf/cm ou MPa)

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O mdulo de elasticidade representa o coeficiente angular da parte linear do diagrama tenso-deformao e diferente para cada material. A Lei de Hooke vlida para a fase elstica dos materiais. Por esse motivo, quaisquer que sejam os carregamentos ou solicitaes sobre o material, vale a superposio de efeitos, ou seja, pode-se avaliar o efeito de cada solicitao sobre o material e depois som-los. Alguns valores de E so mostrados na Tabela 3.1. Para a maioria dos materiais, o valor do mdulo de elasticidade sob compresso ou sob trao so iguais.

Tabela 3.1: Propriedades mecnicas tpicas de alguns materiais


Material Ao Alumnio Bronze Cobre Ferro fundido Madeira Concreto simples Fonte: autor Peso especfico (kN/m) 78,5 26,9 83,2 88,8 77,7 0,6 a 1,2 24,0 Mdulo de elasticidade (GPa) 200 a 210 70 a 80 98 120 100 8 a 12 25,5

Quando a barra carregada por trao simples, a tenso axial = P/A e a deformao especfica = /L. Combinando esses resultados com a Lei de Hooke, tem-se a seguinte expresso para o alongamento da barra:

A Equao 3.5 mostra que o alongamento de uma barra linearmente elstica diretamente proporcional carga e ao comprimento e inversamente proporcional ao mdulo de elasticidade e rea da seo transversal. O produto EA conhecido como rigidez axial da barra.

3.5.5 Coeficiente de Poisson


Quando uma barra tracionada, o alongamento axial acompanhado por uma contrao lateral, isto , a largura da barra torna-se menor enquanto cresce seu comprimento. Quando a barra comprimida, a largura da barra aumenta. A Figura 3.17 ilustra essas deformaes.

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Figura 3.17: Deformaes longitudinais e laterais nas barras


Fonte: Nash, 1990

A relao entre as deformaes transversal e longitudinal constante dentro da regio elstica e conhecida como relao ou coeficiente de Poisson (v) definido como:

Esse coeficiente assim conhecido em razo do famoso matemtico francs S. D. Poisson (1781-1840). Para os materiais que possuem as mesmas propriedades elsticas em todas as direes, denominados isotrpicos, Poisson achou v 0,25. Experincias com metais mostram que o valor de v usualmente se encontra entre 0,25 e 0,35. v 0 a 0,50 Constante regime elstico: 0,25 a 0,35. Variado regime plstico: 0,35 a 0,5.

Exemplos a) Determinar a tenso de trao e a deformao especfica de uma barra prismtica de comprimento L = 5,0 m, seo transversal circular com dimetro = 5 cm e mdulo de elasticidade E = 20.000 kN/cm, submetida a uma fora axial de trao P = 30 kN, conforme Figura 3.18.

Figura 3.18: Barra prismtica


Fonte: autor

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b) A barra da Figura 3.19 constituda de 3 trechos: trecho AB = 300 cm e seo transversal com rea A = 10 cm; trecho BC = 200 cm e seo transversal com rea A = 15 cm e trecho CD = 200 cm e seo transversal com rea A = 18cm; solicitada pelo sistema de foras indicado na Figura 3.19. Determinar as tenses e as deformaes em cada trecho, bem como o alongamento total. Dado E = 21.000 kN/cm.

Figura 3.19: Barra prismtica


Fonte: autor

Figura 3.20: Barra prismtica trecho AB


Fonte: autor

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Figura 3.21: Barra prismtica trecho BC


Fonte: autor

Figura 3.22: Barra prismtica trecho CD


Fonte: autor

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3.5.6 Tenses trmicas


As maiorias das substncias dilatam-se quando se eleva a temperatura e contraem-se quando ela diminui, sendo as dilataes e as contraes proporcionais ao incremento trmico num amplo campo de temperaturas (Figura 3.23). Esta proporcionalidade representada pelo coeficiente linear de dilatao trmica, o qual definido como o aumento que experimenta uma unidade de comprimento, quando a temperatura varia um grau. (ANDRADE, 2010). Se num corpo determinado permitida a expanso ou contrao sem limitaes, ao variar a temperatura, no se originar tenso alguma. Mas quando a elevao da temperatura num corpo homogneo no uniforme, as distintas regies do material no se dilatam igualmente, dando lugar s tenses trmicas. E se a variao trmica num corpo homogneo uniforme e existem limitaes externas dilatao, tambm sero originadas tenses trmicas. (ANDRADE, 2010). Aumento da temperatura Alongamento (trao) Diminuio de temperatura Encurtamento (compresso)

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Figura 3.23: Tenses trmicas


Fonte: autor

Igualando as Equaes 3.7 e 3.8, temos:

Onde: = tenso trmica E = mdulo de elasticidade = coeficiente de dilatao trmica T = variao de temperatura (C)

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Tabela 3.2: Valores tpicos do coeficiente de dilatao trmica


Material Ao Alumnio Magnsio Cobre Concreto Fonte: autor Coeficiente de dilatao trmica (10-6 C-1) 11,7 21,4 a 23,9 26,1 16,7 7,2 a 12,6

Exemplo Uma barra prismtica (Figura 3.24) rigidamente presa nas extremidades submetida a um aumento de temperatura de 20C, ao mesmo tempo em que recebe uma carga P = 30 kN. Determinar as reaes de apoio. Dados: A= 1,5 cm; E = 20.000 kN/cm; = 11,7 10-6 C-1; T = +20C

Figura 3.24: Tenses trmicas


Fonte: autor

Soluo a) Determinao das reaes RA e RB, devido ao aumento de temperatura.

Figura 3.25: Tenses trmicas soluo


Fonte: autor

b) Ao se aplicar a carga P = 30 kN no ponto C, o trecho AC sofrer um alongamento exatamente igual ao encurtamento no trecho CB, portanto AC = BC. Assim,

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Fazendo o equilbrio de foras, tem-se:

Logo:

Portanto:

Figura 3.26: Tenses trmicas soluo


Fonte: autor

Como se trata de uma estrutura trabalhando no regime elstico, vale a superposio de efeitos, ou seja, os efeitos da temperatura na barra e da carga P:

Resumo
Materiais slidos tendem a deformar-se (ou eventualmente se romper) quando submetidos a solicitaes mecnicas. Solicitao todo esforo ou conjunto de esforos exercidos pelas aes sobre uma ou mais sees de um elemento da estrutura. As solicitaes provocam na estrutura tenses normais, podendo ser de trao ou de compresso e tenses de cisalhamento.

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As relaes entre tenses e deformaes para um determinado material so encontradas por meio de ensaios de trao. Nesses ensaios so medidos os alongamentos correspondentes aos acrscimos de carga axial P, que se aplicam barra, at a ruptura do corpo-de-prova. Obtm-se as tenses dividindo as foras pela rea da seo transversal da barra e as deformaes especficas, dividindo o alongamento pelo comprimento ao longo do qual a deformao medida. Desse modo obtm-se um diagrama tenso-deformao do material.

Atividades de aprendizagem
1. Determine a fora em cada barra da trelia ilustrada (Exerccio 1.1). Indique se cada barra est tracionada ou comprimida.

Exerccio 1.1: Trelia


Fonte: autor

Respostas: FAB = FDE = FBG = FDI = 0 FAF = FCH = FEJ = 400 N C (compresso) FBC = FCD = 800 N C (compresso) FBF = FDJ = 849 N C (compresso) FBH = FDH = 283 N T (trao) FFG = FGH = FHI = FIJ = 600 N T (trao) 2. A um tubo de ao se aplica uma carga axial de 200 kN por meio de uma placa rgida (Exerccio 2.1). A rea da seo transversal do cilindro de ao 20 cm2. Determinar o acrscimo de temperatura T para o qual a carga

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Conhea o livro Resistncia dos materiais, de Hibbeler (2010). O livro, alm de apresentar problemas na forma de exemplos ilustrativos, figuras tridimensionais e exerccios, traz problemas propostos em diferentes nveis de dificuldade. Para completar, situaes reais so usadas com o objetivo de estimular o interesse do estudante pelo assunto, bem como sees que orientam a soluo de problemas diversos. Leia, tambm, o livro Resistncia dos materiais, de Johnston Jr. & Ferdinand Beer (1995), que apresenta os conceitos bsicos sobre a mecnica dos materiais, mostrando como projetar estruturas de engenharia e componentes mecnicos.

externa seja equilibrada pelos esforos que aparecem nos cilindros de ao e cobre. Dados: E ao = 21.000 kN/cm; ao = 11,7 10-6 C-1

Exerccio 2.1: Tubo de ao


Fonte: autor

Resposta: T = 40,7C 3. Uma barra de 3 m de comprimento tem seo transversal retangular de 3 cm por 1 cm. Determinar o alongamento produzido pela fora axial de 60 N, sabendo-se que E = 200 GPa. 4. Uma barra de 6 m de comprimento tem seo transversal de 6 cm por 3 cm. Determinar o alongamento produzido pela fora axial de 110 N, sabendo-se que E = 210 GPa. 5. Uma barra prismtica est submetida trao axial. A rea da seo transversal 6,25 cm2 e o seu comprimento, 3,6 m. Sabendo-se que o alongamento de 2,31 mm e que corresponde fora de 6,5 kN, determine o mdulo de elasticidade do material. 6. Uma barra de lato com S = 937,5 mm est submetida s foras axiais indicadas na figura Exerccio 6.1. Sendo E = 104 GPa, qual o valor de L?

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Resistncia dos Materiais Aplicada a Saneamento

Exerccio 6.1: Barra de lato


Fonte: autor

Aula 3 - Trao e compresso

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Referncias
ANDRADE, Fbio Emanuel Garcia. Obteno de materiais com propriedades trmicas extremas. 2010. Dissertao (Mestrado em Engenharia Mecnica) Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Coimbra, 2010. Disponvel em: <https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/20373/1/F%C3%A1bio_Andrade_2003 115108_MAN_02.pdf>. BEER, F. P.; JOHNSTON JR., E. R. Resistncia dos materiais. 3. ed. Makron Books, 1995. GERE, J. M. Mecnica dos materiais. 5. ed. So Paulo: Pioneira Thomson Learning LTDA, 2003. GORFIN, B.; OLIVEIRA, M. M. Estruturas isostticas. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1982. HIBBELER, R. C. Resistncia dos materiais. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. HIBBELER, R. C. Resistncia dos materiais. 7. ed. Editora Pearson, 2010. MESQUITA, Lus M. R. Equilbrio de corpos rgidos. In: _____. Mecnica aplicada I. Instituto Politcnico de Bragana, Portugal, 2009. cap. 4. Apostila. NASH, W. Resistncia dos materiais. 3. ed. So Paulo: Editora Mc Graw Hill, 1990. RILEY, W. F.; STURGES, L. D.; MORRIS D. H. Mecnica dos materiais. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. TIMOSHENKO, S. P. Resistncia dos materiais. Rio de janeiro: LTC, 1982. TRAUTWEIN, Leandro M. Resistncia dos materiais. 2005. Notas de aulas.

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Currculo do professor-autor
Wildemberg Raiol de Assuno Engenheiro Civil graduado pela UFPA (2005), Especialista em Engenharia de Seguranca do Trabalho pela UFPA (2007), Mestrando em Engenharia do Ambiente pela UTAD-PT (inicio, 2012). Professor do quadro permanente do Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico, do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia (IFPA Campus Belm), atuando na rea de saneamento urbano, agrimensura, construo civil e segurana do trabalho. Tambm foi coordenador do Curso Tcnico em Edificaes do Trabalho (2008-2009) e do Curso Tcnico em Segurana do Trabalho (20092010) na mesma Instituio. Consultor tcnico na rea da construo civil e segurana do trabalho. Coordenador de projetos de ensino e extenso na rea do saneamento urbano, construo civil e segurana no trabalho. Autor de projetos na rea de arquitetura, instalaes eltricas e hidrulicas, estruturas e combates a incndio.

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