Michael Maurice Balint

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MICHAEL MAURICE BALINT

Grupo: Angela Riato Jonh Londerry Mrcia Bortolanza Silvia Navarro Valquiria Gomes

VIDA E OBRA

Nasceu no dia 03/12/1896, em Budapeste, Mihly Maurice Bergsmann Seu pai, Dr. Bergsmann, (Clnico Geral) preocupava-se com a relao mdico /paciente 1914 Matriculou-se na Universidade de Medicina (a pedido de seu pai), namorava Alice 1916 Ferido, como combatente, na Grande Guerra (auto mutilao ou curiosidade inata) 1918 Completou seus estudos de medicina 1919 Frequentou os cursos de Psicanlise dados por Ferenczi (que o 1 professor de Psicanlise do mundo) Casamento com Alice Szkely Kvacs Anlise com Hans Sachs (Berlim) Doutorado em Bioqumica Trabalhava com Otto Warburg no Instituto de Psicanlise de Berlim (situao poltica instvel em Budapeste) 1924 - Retornam a Budapeste. Anlise com Sandor Ferenczi (relatos do encontro com Melanie Klein) 1924 a 1926 escreveu sobre bacteriologia e qumica, de 1925 em diante publicou artigos sobre psicanlise 1931 a 1935 Foi vice diretor do Instituto de Psicanlise de Budapeste (Ferenczi foi diretor em 1930) 1935 a 1939 Foi diretor 1939 - Migraram para a Inglaterra (Manchester) Balint, Alice e o filho 2 guerra mundial Alice morreu (antropologia e educao) 1944 Foi nomeado mdico psiquiatra e diretor de dois centros de orientao infantil / Diploma de Mestrado Casou-se com Edna Oakeshott (separaram-se em 1947) 1945 Foi notificado sobre o suicdio dos pais (evitaram priso nazista) 1946 A Sociedade Inglesa de Psicanlise enviou Balint para Budapeste para estabelecer novos contatos comerciais 1947 Tornou-se cidado ingls 1948 a 1961 Trabalhou na Tavistock Clinic (a equipe da Tavistock comeou cada vez mais a se dedicar transmisso de conhecimentos psicolgicos e treinamento para outros profissionais de diversas reas) 1953 Casou-se com Enid Flora Eicholz, assistente social no Instituto Tavistock de Relaes Humanas. Iniciou com ela os Grupos de Discusso, depois chamados Grupos Balint 1961 Aposentou-se aos 65 anos na Tavisctock Trabalhou no Hospital da Escola Mdica do University College (Londres) 1967 A convite de Abram Eksterman e Danilo Perestrello, veio ao Brasil como Presidente de Honra da I Reunio Nacional de Medicina Psicossomtica na Academia Nacional de Medicina, Rio de Janeiro 1968 Presidente da Sociedade Britnica de Psicanlise 1970 Morreu em Londres, 31 de dezembro Enid e Balint trabalharam rigorosamente juntos. Foram autores de uma srie de livros:

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O mdico, seu paciente e a doena (1957) Psychotherapeutic Techinques in Medicine (1961) Study of Doctors(1966) Training as an Impetus do Ego Development (1967) A Falha Bsica (1968) What is Psychoanalysis? (1968) Focal Psychotherapy (1972) Faire Shares and Mutual Concern (1972)

Balint era um esportista. Remava no Danbio, patinava no gelo no Parque Municipal de Budapeste, esquiava nos arredores da cidade, passava frias na ustria com famlia e amigos. Acreditava que a psicanlise era um dos campos mais significativos ao servio do homem e da humanidade. Era muito trabalhador e um leitor voraz. Tinha verdadeiro entusiasmo pela cincia e pela pesquisa.

Muito curioso, mais inspirava do que ensinava. Boa sade, embora tivesse diabete (forma branda). No final de sua vida, sofreu duas intervenes cirrgicas devido a um glaucoma. Teve dois infartos do miocrdio. Era bondoso, humano, compreensivo e dotado de compaixo..

CONTRIBUIES DE MICHAEL BALINT Psicanlise

Ferenczi, critico tcnica psicanaltica de Freud; Considerado o pai da Psicanlise contempornea, inovou na tentativa de tratar casos difceis que resistiam ao mtodos clssicos de associao livre e de interpretao do desejo do desejo recalcado; Ferenczi e novos mtodos: Tcnica ativa (1919 a 1926), relaxamento, neocartase (1930), transferncia (1909), o lugar do analista (1928) e anlise mutua (Dirio Clnico). Faleceu quando realizava estas experincias (1873-1933). Michael Balint manteve uma relao clinico-teoricas com a obra Ferencziana, foi analisando, discpulo e amigo de Ferenczi. Aps sua morte ficou encarregado de alguns pacientes (casos difceis) de Ferenczi, pode obter informaes de primeira mo a respeito dos efeitos destas inovaes tcnicas. Balint tambm foi crtico tcnica psicanaltica clssica, pensava que no cabia ao paciente curva-se aos rigor da anlise, mas sim que era preciso inventar novos mtodos teraputicos para responder as necessidades e as capacidades do maior nmero de pacientes. Concebe o seu trabalho como um desenvolvimento do legado de Ferenczi e lana bases tericas que mais tarde ir se constituir o terceiro grupo ou Grupo Independente (os outros dois grupos so os freudianos e os kleinianos); Levantou questes corajosas sobre o pensamento psicanaltico e de como poderia ser aplicado a outros campos: como a atividade em grupos de discusso com mdicos (medicina geral), tratamento com crianas, pacientes somticos e a psicoterapia. Buscava equilbrio entre as contribuies da biologia e das cincias sociais para a psicanlise transpor as diferenas nas construes tericas para as diferenas de perspectivas, de expectativas e de vocabulrio (Balint). Nos seus primeiros trabalhos, teve a participao de sua esposa Alice e sua linha de pesquisa estava voltada para o desenvolvimento da funo sexual individual, bem como o desenvolvimento das relaes humanas (Teoria das relaes de Objeto precoces). Todas as nossas ideias, no importa quem as tenha tido primeiramente, eram apreciadas, testadas e investigadas durante as nossas interminveis discusses. Muitas vezes, era o acaso que decidia qual de ns dois deveria publicar determinada ideia. Alm da psicanlise, os principais interesses de Alice eram a antropologia e a educao e os meus, a biologia e a medicina, e frequentemente isso decidia quem deveria

escrever o trabalho. Publicamos apenas um em conjunto, embora a maioria deles poderia ter sido impressa com ambos nossos nomes. Na realidade, nosso desenvolvimento foi entrelaado (Balint). Os trabalhos sobre a relao de objeto precoces permeava as produes psicanalticas da poca (Melanie Klein). Balint se situava ento na linha de pensamento de seu mestre Ferenczi, para quem biologia e psicologia devem ser consideradas como dois aspectos de uma mesma realidade fundamental. Sobre a relao de objeto que Balint elaborou o conceito de amor primrio para caracterizar as relaes primitivas do beb como seu meio. Em 1937, prope uma interessante anlise crtica das concepes clnicas predominante nas sociedades:

Vienenses, organizados em torno da ortodoxia O beb funcionaria freudiana defendida por Anna Freud narcisicamente e regulado pela dinmica do prazer e desprazer, de modo que no incio da vida no haveria, para o sujeito, nenhuma relao de objeto, nenhuma sintonia ou troca psquica com o meio materno. Londrinos (Melanie Klein), o pensamento clnico era: Desde o incio da vida j existiam processos de diferenciao e inter-relao entre o sujeito e o mundo, organizados pelas fantasias extremamente complexas que caracterizavam as posies esquizo-paranide e depressiva. O beb nasceria imerso em complexa relaes objetais, mas estas seriam concebidas como prioritariamente intrapsquicas, na medida em que eram vividas em um mundo interno construdo, basicamente, por projees das pulses de vida e de morte que cada sujeito traz, desde seu nascimento, de modo constitucional. Distingue-se da Vienense, por considerar a existncia de relao de objeto desde o incio da vida psquica e da Londrina, ao considerar que tal relao no seria complexa, mas simples, alicerada na relao de dependncia harmoniosa entre me e filho e que ainda no existiria qualquer diferenciao dos dois parceiros.

Escola de Budapeste, ocupa posio intermediaria

Relao de Objeto

Em Balint, a relao de objetos vai se traduzir por aquilo que conjuga uma necessidade com um objeto, o qual por sua vez satisfaz essa necessidade; O objeto antes de tudo objeto de satisfao; As relaes de objeto so sempre libidinais, seja por parte do beb ou da me, e primordiais para o desenvolvimento do psiquismo, que sempre depender da resposta do ambiente (ao e reao do objeto). A construo de Balint, se deduz e sustenta na observao das relaes me-beb, a saber, no resultado da relao, no primary love ou amor primrio A ideia (relao de objeto) a de que onde falta um objeto, outro buscado para que nada falte, para que se mantenha um estado de completude. Essa ideia dar consistncia para o que se define na relao contratranferencial, pois vemos que assim, como o objeto que pode complementar (ou completar). O terapeuta ocupa um lugar que na maioria das vezes o paciente espera, ou seja ocupa o lugar desse objeto que pode ouvir, falar e corresponder at. Balint aponta a importncia do mdico em ocupar esse lugar, mesmo como objeto. Balint descreve trs modalidades de relao com os objetos: Amor Primrio, a Ocnofilia e o Filobatismo.

Amor Primrio
Para Balint, o indivduo nasce em um estado de intensa relao com seu entorno, tanto biolgica quanto libidinalmente, e a fase mais primitiva da vida mental extra-uterina, embora passiva, j dirigida a objetos. A Expresso amor objetal passivo, foi utilizada por Ferenczi, para descrever a primeira relao do indivduo com o meio: ser amado de forma incondicional e absoluta, sem a obrigao de qualquer tipo de gratido Posteriormente, Balint abandona essa terminologia, passou a empregar amor objetal primrio. Amor corresponde relao de objeto. O amor primrio no se caracteriza pela satisfao pulsional de descarga, trata-se de uma relao de interdependncia amorosa entre o recm-nascido e o entorno (figura materna). Interdependncia (tanto o beb depende da me quanto a me depende do beb), na mesma medida cada um satisfaz a si prprio por meio do outro, sem obrigao de retribuio. O que bom para um agradvel para o outro (Balint). A ideia de um relacionamento mutuamente satisfatrio, com uma coincidncia entre desejos do beb e da me. Em virtude da imaturidade e dependncia do beb em relao aos cuidados primrios, so os interesses dos objetos cuidadores que precisam ser adaptados aos interesses do indivduo. Aqui existe uma relao dessimtrica e desmedida de amor, uma vez que o beb requer satisfao incondicional das suas necessidades.

Amor Primrio:
Preciso ser amado e cuidado em tudo por todos e s no que me interessa, sem que ningum possa exigir qualquer esforo ou compensao por isso. O que importa so apenas meus prprios desejos, interesses e necessidades; ningum que seja importante para mim pode ter quaisquer interesses, desejos e necessidades diferentes dos meus

e, se tiver, precisa subordin-los aos meus, sem nenhum ressentimento ou solicitao; na verdade, seu prazer e alegria devem estar de acordo com os meus desejos (Balint).

O amor de objeto primrio, seria os primeiros vnculos afetivos do indivduo com os objetos primordiais correspondem ao desejo de ser amado sem restries; desejo que advm da dependncia do beb humano de outrem para se constituir e sobreviver.

Amor Adulto

O amor adulto equivale a passagem do amor de objeto passivo, caracterstico do amor primrio, para o amor objetal ativo e corresponde a descoberta da externalidade do mundo. Com o passar do tempo, o objetivo da me deixa de ser a satisfao das demandas do filho e a preservao da harmonia, de modo que ela comea a buscar outras fontes de satisfao e a se interessar novamente pelo mundo. Paralelamente a isso, ocorre o desenvolvimento emocional da criana para lidar com as inevitveis falhas maternas, bem como a ampliao de seus necessidades. Inicia-se assim, o processo de abandono da passividade amorosa com a introduo de um sentido de realidade, ou seja, a exigncia de amor condicional cede lugar a uma relao de reciprocidade amorosa.

Ocnofilia e Filobatismo

O termo ocnofilia derivado do grego okneo, significa agarrar-se ou segurar-se com fora. A denominao de filobatismo proposta em funo da imagem do acrobata, que faz referncia a quem anda na ponta dos dedos, longe da terra firme (Balint). Ocnofilia e filobatismo, so posies subjetivas extremadas frente ao mundo, que se mesclam e se confundem durante a existncia do indivduo, posies cujas as funes consistem em minimizar o perigo decorrente do encontro com o objeto e recuperar o estado de harmonia. Ocnoflico aquele que se alegra na segurana; Busca segurana aproximando-se dos objetos, ao passo que os espaos vazios entre os objetos so arriscados e perigosos. Qualquer ameaa de perda do objeto gera angstia, posto que sem ele o indivduo sente-se perdido e indefeso. O sujeito precisa se agarrar desesperadamente ao outro, como garantia de proteo, tal qual a criana se segura na sua me quando pequena. Instaura-se uma dependncia e supervalorizao das relaes objetais em detrimento do desenvolvimento das potencialidades individuais para lidar com as vicissitudes do mundo. O Objeto ocnofilico assume um suporte vital para o indivduo, smbolo do amor e segurana materna. A demanda pelo objeto absoluta (Balint). O Mundo do filobatismo caracterizado pela distncia e pela viso. O filobata busca segurana distanciando-se dos objetos, pois essa ligao experimentada como imprevisvel e suspeita. O Indivduo sente-se seguro apenas nas expanses sem objetos, longe de qualquer amparo. O sujeito no precisa de nenhum objeto, que por sua vez so considerados com invasivos e incertos. Como consequncia, h um superinvestimento nas prprias habilidades subjetivas para lidar com os riscos, cujo intuito se manter com seus prprios recursos, dispensando o auxlio externo, ou seja assumindo uma Postura Heroica (Balint), diante de si mesmo. O objetivo sentir-se seguro diante da assustadora fragilidade narcsica: o ocnofilico busca segurana se agarrando aos objetos, enquanto o filobata mantm os objetos distncia.

Em ambas as formas defensivas esto presentes amor e dio, confi anas e desconfianas ao mesmo tempo (Balint). Pela suposta confiana filobatas e ocnofilicos buscam restabelecer uma relao de harmonia com o ambiente, condio de possibilidade de abertura ao amor e a diverso. Trata-se de uma necessidade de confiar a qualquer preo (objetos ou em si mesmo, como medida de preveno ante um colapso psquico). Para Balint, a transformao dos objetos em parceiros, se apresenta como nica alternativa possvel para uma vida com sentido. Para tanto filobatas e ocnofilicos precisam experimentar suas novas modalidades de relao objetal, mobilizando sua subjetividade paralisada e confinada. O intuito restaurar a confiabilidade do mundo dos objetos, condio de abertura para o outro. Diante dessas ideias, desponta a crena Balantiana acerca da potencialidade humana de constantemente recomear, atravs da desobstruo dos caminhos fixados pela insegurana e pela inveno de outras possibilidades de encontro.

FALHA BSICA
Falha bsica tem como definio, adotado por Balint, como sendo a discrepncia entre as necessidades biopsicolgicas do beb na formao do ego e o cuidado, ateno e afeio, material e psicolgica por ele recebido de seus responsveis. Como Balint sempre se dedicou as relaes humanas e dentre todas suas obras, em 1968, escreveu o livro The Basic Fault (a falha bsica), onde desenvolve ideias sobre as primeiras relaes objetais (relaes primrias). Prope o termo falha a partir da sua experincia clnica com pacientes difceis e severamente regredidos. Muitos desses pacientes se referem a uma falha dentro de si que precisa ser corrigida. Trata-se de uma sensao de falha, deficincia ou defeito e no de um conflito intrapsquico. H ainda um sentimento de descuido ou abandono ocasionado por uma experincia de desproteo precoce dos objetos primordiais Balint postula que o ego, contrrio ao que Freud dizia, busca relaes objetais e no satisfaes pulsionais e que o beb se relaciona com o ambiente desde o incio. Estas relaes primitivas, foram denominadas por Balint de primary love ou amor primitivo (principal ou fundamental). Em suas observaes o levaram a supor que, por no serem bem definidas as fronteiras entre o beb e o ambiente, ambos se interpenetram, formando um sistema. Essas desarmonias, constatadas nesse sistema, Balint chamou de basic fault indicando repercusses diretas na estruturao dos padres de relacionamento do indivduo. Pela observao clnica das consequncias das falhas bsicas na organizao mental, levou Balint a propor dois padres fundamentais de relacionamento com o ambiente: o ocnoflico e o filobtico.

NOVO COMEO
Como Balint sempre se dedicou as relaes humanas e dentre todas suas obras, em 1968, escreveu o livro The Basic Fault (a falha bsica), onde desenvolve ideias sobre as primeiras relaes objetais (relaes primrias). Prope o termo falha a partir da sua experincia clnica com pacientes difceis e severamente regredidos. Muitos desses pacientes se referem a uma falha dentro de si que precisa ser corrigida. Trata-se de uma sensao de falha, deficincia ou defeito e no de um conflito intrapsquico. H ainda um sentimento de descuido ou abandono ocasionado por uma experincia de desproteo precoce dos objetos primordiais Balint postula que o ego, contrrio ao que Freud dizia, busca relaes objetais e no satisfaes pulsionais e que o beb se relaciona com o ambiente desde o incio. Estas relaes primitivas, foram denominadas por Balint de primary love ou amor primitivo (principal ou fundamental). Em suas observaes o levaram a supor que, por no serem bem definidas as fronteiras entre o beb e o ambiente, ambos se interpenetram, formando um sistema. Balint postula que o ego, contrrio ao que Freud dizia, busca relaes objetais e no satisfaes pulsionais e que o beb se relaciona com o ambiente desde o incio.

Estas relaes primitivas, foram denominadas por Balint de primary love ou amor primitivo (principal ou fundamental). Em suas observaes o levaram a supor que, por no serem bem definidas as fronteiras entre o beb e o ambiente, ambos se interpenetram, formando um sistema.

Os Grupos Balint

1945 aproximadamente 60 anos vai para Londres Junta-se com Enid, inicia com ela nos grupos de Assistentes Sociais que atendiam famlias, superviso e discusso do que chamavam de case Works Amplia com a participao de mdicos clnicos, que buscavam o entendimento e a superao de dificuldades que encontravam no seu trabalho clnico, por faltar nas escolas mdicas a formao psicolgica. Balint acreditava que a formao psicolgica do mdico ajudaria no desenvolvimento de uma atitude mais sensvel as demandas inconscientes dos pacientes, podendo ajudar no tratamento convencional. Volta-se para a ateno Relao Mdico Paciente e o que se produz dessa relao, fenmeno transferencial Balint d enorme valor a interveno do mdico Aliana teraputica e a Manuteno da tal aliana, o reconhecimento dos efeitos dessa aliana pode produzir respostas teraputicas e mudanas no comportamento do paciente. O Mdico, seu paciente e a doena Balint, procura mostrar que o mdico ocupa em si prprio como uma droga, a mais frequentemente utilizada na clnica ocupa o lugar do objeto bom tratamento.

Bom Tratamento = Bom Objeto


Implica em buscar qualificao para tal, atravs de estudo de casos e superviso Ferramenta para a ao Psicoteraputica Ferramenta Medicamentosa e farmacolgica A discusso dos atendimentos realizada buscando o entendimento da forma como a interveno se d ou ocorreu. Frente a isso, a atitude do mdico, poder sofrer uma modificao, transformao, porque tambm a atitude discutida. Possibilidade para o Mdico de desenvolver uma compreenso de si mesmo como objeto de relao, que pode suportar ou no as demandas do paciente, demandas que segundo a perspectiva balintiana seriam de completude. Balint, considera que o trabalho do mdico sempre comporta uma psicoterapia em que os objetivos so naturalmente limitados.

Contribuies para a Psicoterapia Breve

Na Psychothrapie focale, Balint observa cuidadosamente que denomina descobertas independentes do paciente, demonstrando igualmente que a diretividade aparente da tcnica no tinha o efeito de acentuar a dependncia do paciente. Pesquisas em psicoterapia breve e focal. O segredo para limitar uma psicoterapia mantendo sua eficcia , segundo Balint, escolher seu objetivo o problema nodal que est no cerne da psicopatologia do paciente e manter-se nele, seja que for o material posteriormente trazido. Isso implica necessariamente em uma atitude bastante ativa por parte do terapeuta e uma boa parcela de diretividade,

visto que este levado a escolher entre as associaes do paciente aquilo que remete ao objetivo focal e a desprezar todo o resto, mesmo tratando-se de elementos muito interessantes.

A atividade do terapeuta deveria alcanar o foco apropriado dentro do que o paciente oferece e aproximar-se desse problema focal somente pela interpretao. Nessa proposta tcnica, o terapeuta utiliza-se da ateno seletiva e da negligncia seletiva. O que no est relacionado com o foco deixado sem interpretao. Balint foi sempre muito crtico com respeito tcnica psicanaltica clssica, censurando-lhe restringir demasiado o nmero de pacientes capazes de se beneficiar de uma anlise. Pensava que no cabia ao paciente curvar-se ante os rigores da anlise, mas sim que era preciso inventar novos mtodos teraputicos que permitissem responder s necessidades e s capacidades do maior nmero possvel de pacientes.

Relao Mdico Paciente Transferencial e Contratransferencial

Renouveau (1932) que datam suas propostas para uma nova tcnica. Descreveu uma fase do tratamento analtico na qual o paciente formula seus pedidos, particularmente de contatos corporais, pedidos que retornam com tanta insistncia que o analista obrigado a se perguntar no somente sobre seu significado, mas tambm sobre o partido a tomar com relao sua eventual satisfao. Esses fenmenos foram descritos, na ltima obra de Balint (1968), sob as expresses: regresso benigna e regresso maligna

Balint, assim como Ferenczi, se defrontou com o problema das gratificaes a serem concedidas ao paciente em anlise, e, em particular, questo da oportunidade dos contatos corporais. (Aqui contatos podem ser gestos de rotina, o que no impede que, em certas circunstncias e com alguns pacientes, assumam todo seu valor simblico). Contudo, as crticas de Balint com respeito tcnica psicanaltica no se reduzem a censur-la por no permitir contatos corporais. a propsito da utilizao da linguagem no tratamento e do recurso interpretao que ele tomou as posies mais originais.

BIBLIOGRAFIA

Gelly, Ren. A Experincia Balint: Histria e Atualidade. So Paulo, Casa do Psiclogo, 1994. Haynal, Andr E.. A Tcnica em Questo: Controvrsias em psicanlise. So Paulo, Casa do Psiclogo, 1995. Mello, Renata, Herzog, Regina. Subjetividade e defesa na obra de Michael BalintRevista Mal-estar E Subjetividade [en lnea] 2008, VIII (Diciembre) : [fecha de consulta: 21 de marzo de 2013] Disponible en:<http://redalyc.org/articulo.oa?id=27111861012> ISSN 1518-6148 Revista Mente e Crebro. Coleo Memria da Psicanlise: Um Futuro Plural, vol. 6 , So Paulo. Revista Mente e Crebro. Coleo Memria da Psicanlise: Sandor Ferenczi. A tica do Cuidado. Vol.3, So Paulo, 2009. Mello Filho, Jlio de. Psicossomtica Hoje Mello, Renata, Herzog, Regina. Subjetividade e defesa na obra de Michael BalintRevista Mal-estar E Subjetividade [en lnea] 2008, VIII (Diciembre) : [fecha de consulta: 21 de marzo de 2013] Disponible en:<http://redalyc.org/articulo.oa?id=27111861012> ISSN 1518-6148

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