Biografia de Geerhardus Vos (1862-1949) WTS

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Journal: Westminster Theological Seminary Volume: WTJ 40:2 [Spring /1978]: Geerhardus Vos [1862-1949]: Um Esboo Biogrfico Ttulo Original: Geerhardus Vos [1862-1949]: A Biographical Sketch Traduo: Presb. e Missionrio Almir Macario Barros; Porto Velho, Rondnia, 11/dez/2011 JORNAL: WESTMINSTER THEOLOGICAL JOURNAL VOLUME: WTJ 40:2 (PRIMAVERA DE 1978) ARTIGO: GEERHARDUS VOS (1862-1949): UM RESUMO BIOGRFICO AUTOR: RANSOM LEWIS WEBSTER I. PRIMEIROS ANOS DE FORMAO

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Em 14 de maro de 1862 nasceu em Heerenveen, na Holanda algum destinado a se tornar um devotado servo do Reino de Deus e defensor do Cristianismo histrico, Geerhardus Vos [1862-1949]. Ele nasceu em um meio de intensa atividade crist, e seu pai era um pastor na Igreja Crist Reformada [De Nederlandsch Hervormde Kerk Igreja Reformada Holandesa]. Esta denominao tinha comeado em 1834, como resultado de um cisma da antiga igreja Reformada Holandesa [De Nederlandsch Hervormde Kerk], a qual remonta ao tempos da Reforma. A diviso foi um protesto contra o Racionalismo e Liberalismo dominantes na Igreja do Estado. Em contraste, a nova igreja sustentava firmemente a posio do conhecido Snodo de Dort [1619]. Os primeiros anos de G. Vos na Europa: Tambm os pais de G. Vos eram comprometidos com a f crist histrica. Eles nasceram em Graafshap, Germnia, e eram descendentes dos huguenotes franceses, identificados pelo sobrenome Vosse que tinham fugido da Frana para Alemanha para escapar da severa perseguio ali promovida. Apesar de nada sabermos acerca de detalhes da infncia de G. Vos, podemos acertadamente ter que admitir que seus pais o instruram fielmente nos princpios do Cristianismo e das Confisses. Os primeiros anos da vida de G. Vos serviram como um preldio para toda a sua vida. O perodo no qual ele cresceu foi cheio de controvrsias teolgicas. O predomnio de ento, da Perspectiva Liberal sobre a Ortodoxia, foi a mesma situao que G. Vos encontrou posteriormente em sua vida. Foi durante a sua juventude que Abraham Kuyper conduziu o conflito contra as foras do Liberalismo. Em 1880, Dr. Kuyper fundou a Universidade Livre de Amsterdam Holanda [Free University of Amsterdam] uma instituio destinada a prover a educao na tradio crist. Alm de um amor f, G Vos era dotado com uma grande habilidade de erudio. Ele estudou nos ginsios de Schiedam e Amsterdam, graduando-se posteriormente, em 1881, com honras. G. Vos e sua famlia se mudam para os EUA: Vos continua seus estudos em Princeton: Na primavera do mesmo ano seu pai recebeu e aceitou um convite para pastorear a Igreja Reformada em Grand Rapids, Michigam, EUA. Deste modo, sua famlia, incluindo G. Vos, se mudou para Amrica. G. Vos iniciou seus estudos para o ministrio na Faculdade Teolgica da Igreja Crist Reformada da Holanda, em Grand Rapids, EUA. Ele permaneceu ali por dois anos, at 1883. Durante o seu segundo ano, ele serviu como estudante monitor. Depois, G. Vos continuou seus estudos no Seminrio Teolgico de Princeton, onde conquistou um lugar na Associao hebraica [Hebrew Fellowship] com uma tese intitulada: The Mosaic Origin of the Pentateuchal Code [A Origem Mosaica do Cdigo do Pentateuco]. Aps G. Vos completar seus estudos em Princeton, EUA, passa 3 anos na Europa, onde recebe vrios convites para ensinar, mas prefere voltar para ensinar nos EUA: Depois de completar seus estudos em Princeton em 1885, G. Vos passou trs anos de estudos na Europa; um ano na Universidade de Berlim e os outros dois anos na Universidade de Estrasburgo. Em 1888, com 26 anos de idade, recebeu o ttulo de Doutor em Filosofia por Estrasburgo. Logo, os talentos de erudio de G. Vos comearam a atrair a ateno. Enquanto ele permaneceu na Europa, lhe foi oferecido o cargo de professor da primeira cadeira no Antigo Testamento na Universidade Livre de Amsterdam. Ele estava impedido de tal compromisso, pois j tinha aceitado convite para ensinar na Faculdade de Teologia de Grand Rapids. Deste modo, no mesmo ano que ele recebeu seu doutorado, ele retornou aos EUA e se tornou professor de Teologia Sistemtica e Exegtica na citada Faculdade em Grand Rapids, servindo ali por cinco anos, at 1893. Devido aos seus excelentes servios no campo dos estudos teolgicos, a Faculdade Lafayette lhe conferiu o ttulo honorrio de Doutor em Divindade em 1893. G. Vos aceito o convite para ensinar Teologia Bblica, cadeira recm-criada em Princeton, onde ensina por 39 anos, de 1893 a 1932: Depois de ter recebido dois convites independentes, G. Vos aceitou o apelo para ocupar a recm criada Cadeira de Teologia Bblica no Seminrio de Princeton, o prprio Seminrio que ele estudou. Ali ele assumiu seus compromissos em 1893, permanecendo em Princeton por 39 anos. O ttulo de seu discurso inaugural foi: The Idea of Bblical Theology as Science and as a Theological Discipline [A Idia de Teologia Bblica como Cincia e como uma Disciplina Teolgica]. Neste perodo, Princeton estava no apogeu de sua reputao, permanecendo como lder e fornecendo suporte s instituies irms Presbiterianas. A unio de N. York e McCormick de

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Chicago tentou desafiar a liderana de Princeton. Eles, entretanto, no puderam se igualar excelente erudio de Princeton e sua Ortodoxia slida. Princeton permaneceu em prol do Calvinismo histrico dos Padres de Westminster. Em 1912, na ocasio da celebrao de seu centenrio, o presidente Francis Landey Patton [1843-1932] [12 presidente de Princeton de 1902 a 1913] entregou um discurso, no qual relembrou aos seus ouvintes que a posio teolgica do Seminrio de Princeton daqueles dias era exatamente a mesma de cem anos atrs1. Assim, G. Vos era participante de um Corpo Docente eminente da Faculdade, composto por homens como B. B. Warfield, C. W. Hodge, Robert Dick Wilson, W. Brenton Greene, e Oswald Allis. Infelizmente, pouco se sabe acerca de G. Vos sobre seus anos em Princeton. Entretanto, ali, ele desenvolveu e produziu o que especialmente conhecido como a Estrutura da Teologia Bblica da Redeno. Um ano depois de ele ter assumido seus deveres no Seminrio foi ordenado Ministro Presbiteriano e no mesmo ano, 1894, casou com Srta. Catherine Francis Smith. O casal teve trs filhos [Johannes, Bernardus e Geerhardus Jr.] e uma filha.

Ned B. Stonehouse, J. Gresham Machen [Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1955], p. 61.

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Geerhardus Vos se tornou bem conhecido por sua piedade pessoal e devoo Bblia como Palavra de Deus. Este expresso devocional se percebia no apenas em suas atividades formais de ensino e escritos, mas tambm em sua vida familiar. Visitantes e hspedes em sua casa eram invariavelmente convidados a participar das oraes da famlia; assim, a Senhor Vos lia as Escrituras com comentrios dinmicos para as crianas e do Dr. G. Vos conduzia as oraes2. Dr. Cornlio Van Til, que teve G. Vos como seu aluno por trs anos e como seu colega por um ano, comentou sobre ele, e disse que Vos era um homem de mais qualidades que ele tinha conhecido. G. Vos apreciava caminhadas, era extremamente bem informado, amava a poesia e as artes. Ele prprio escreveu alguns poemas. Ele era quieto e reservado, capaz de controlar seu humor e temperamento, mesmo durante algumas reunies do corpo docente em encontros em Princeton tendo para fazer com a intruso do Liberalismo. G. Vos e Van Til reuniram, possuam um excelente senso de humor. Em certa ocasio, o co de estimao de um certo aluno seguir G. Vos at a sala de aula, e ali G. Vos comentou: Por favor, fechem a porta, em alguns lugares devemos colocar limites.... Van Til tambm falou da bondade de G. Vos. Quando um estudante no respondia satisfatoriamente um questo, Vos formulava a mesma de tal maneira que praticamente fornecia a resposta3. Outros ensaios sobre G. Vos foram produzidos pelo Dr. J. Gresham Machem, tambm um aluno seu e mais tarde membro do corpo docente da Instituio. Nesta manh, ns tivemos um dos mais excelentes sermes expositivos que j ouvi. Foi pregado no Seminrio pelo professor de Teologia Bblica, Dr. G. Vos, irmo do Dr. Hopkins Vos; eu fui surpreendido com isto. Ele geralmente, em vez de demasiadamente teolgico nas manhs de domingo. Porm, home ele foi nada menos que inspirador. O Dr. Vos difere dos outros professores de teologia em que ele tem uma reverncia que mostra um impacto bem maior4. G. Vos foi um homem de muitos aspectos a serem considerados, uma pessoa de muita energia e muito profundo. Ele era algum muito zeloso e com muitas aspiraes, e um indivduo muito srio e enrgico; algum que muitos podiam encontrar dificuldade em apreciar. Contudo, aqueles que o entendiam, encontravam nele um homem muito caloroso e humano.

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The Princeton Seminary Bulletin, Vol. XLIII, no. 3 (Winter, 1950), 45. O material de todo este pargrafo foi contribuio do Dr. Van Til, durante uma entrevista pessoal com o autor deste artigo em 1973. 4 Stonehouse, op. cit., p. 72.

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Mesmo antes de se ter tornado participante da Presbyterian Church [Igreja Presbiteriana], o Liberalismo j havia iniciado a se fazer sentir ali. Este movimento enganoso cresceu em vigor ao longo dos anos, fazendo profundas incurses. Casos como os de Fosdick, de Van Dyke, e das declaraes de Auburn serviram para levar o Presbiterianismo e o Seminrio de Princeton a uma situao de crise. Participao de G. Vos como Defensor da F com duas obras: Vos participou como defensor da f, principalmente atravs de seus escritos, artigos e livros, como [Primeira Obra] The Teaching of Jesus Concerning the Kingdom and the Church [O Ensino de Jesus concernente ao Reino de Deus e Igreja] e [Segunda Obra] The Self-Disclosure of Jesus [A Auto Revelao de Jesus]5. Sobre a Primeira Obra: The Teaching of Jesus Concerning the Kingdom and the Church: The Teaching of Jesus Concerning the Kingdom and the Church foi primeiramente apresentado em 1903, e ento publicado pela American Tract Society. Esta obra foi republicada por William B. Eerdmans Publising Company em 1951 e pela Editora Presbiteriana e Reformada em 1972. O trabalho originalmente foi o segundo de uma srie de volumes editados sobre Jesus, sob a editorao do Dr. John H. Kerr, com o propsito de apresentar as perspectivas da vida e ensino do Senhor tal como sustentada pela erudio conservadora. O Liberalismo tinha estado muito ocupado produzindo um grande nmero de interpretaes acerca de Jesus partir de seu prprio ponto de vista. Este livro, sem dvida, vem em tempo oportuno. De todas as obras de G. Vos, esta, talvez, seja a mais popular e menos tcnica. Entretanto, no significa que ela seja elementar ou rudimentar. Sendo mais especfico, o livro um esforo para definir a Doutrina de Jesus com respeito ao Reino de Deus conforme sua funo no amplo campo da Revelao, e tambm no campo do seu ensino considerado sob ponto de vista histrico. Do incio ao fim, a obra desenvolvida buscando reproduzir a perspectiva do prprio Senhor, mantendo a argumentao estritamente em torno da mesma6. Neste obra, G. Vos afirma que Jesus no foi fundador de nenhuma religio; em lugar disto, ele veio realizar aquilo que j tinha sido previamente tornado conhecido [revelado no AT] em sua forma ideal. O detalhe considerado por Vos que existe uma unidade histrica entre os ensinos de Jesus e a Revelao do AT com respeito ao Reino de Deus. A essncia do Reino de Deus consiste na Supremacia de Deus na esfera do poder soteriolgico e no estado de bem aventurana humana. Se no fosse por Jesus, no poderia haver nenhum estado de bem aventurana para o homem sem a condio prvia do reinado de Deus. Para G. Vos, a relao do Reino de Deus com a Igreja resumido nas seguintes palavras: A Igreja uma forma que o Reino assume em conseqncia do novo estgio que a Messianidade de Jesus entra com a Sua morte e Ressurreio7. neste ponto que G. Vos sofre crticas. Para ele, a igreja no necessariamente a nica expresso externa do Reino. Em qualquer tempo, qualquer esfera [por exemplo, a Cincia, a Arte, a famlia] que estiver sob o controle da glria divina, ali o Reino de Deus se torna manifesto. Semelhante viso coloca uma posio incmoda de estabelecimento da igreja no mesmo nvel da esfera da Cincia, etc. Entretanto, a despeito disto, G. Vos alcanou sucesso em produzir um viabilidade bblica perspectiva do Liberalismo sobre o Reino de Deus. Sobre a Segunda Obra: The Self Disclosure of Jesus: Esta segunda obra de G. Vos na defesa da f foi publicada pela primeira fez em 1926. J. Gresham Machen [1881-1937] teve um papel muito importante em sua publicao original, pois ele usou sua influncia para persuadir a Companhia de George H. Doran para produzir o trabalho. A obra foi reescrita e editado pelo filho de G. Vos, o Rev. Johannes Vos. A reviso foi publicada pela Eerdmans em 1954. O contexto histrico do livro era formado por um ataque liberal contra a Ortodoxia Crist, especialmente sobre a integridade da Pessoa e Obra de Cristo como tradicionalmente concebidos. Machen teve conflito atravs do seu famoso livro The Origin of Pauls Religion [A Origem da Religio de Paulo] com a A Escola de Teologia de Tubingen; esta por sua vez, com sua abordagem Hegeliana ao NT, exerceu grande influncia conduzindo a uma reavaliao da funo de Jesus no esquema da Redeno, especialmente com respeito prpria auto - avaliao e auto Revelao de Jesus. A Teologia Protestante Liberal do sculo vinte se tornou, com isto, profundamente interessada em Cristologia. O
Uma bibliografia complete dos escritos de G. Vos pode ser encontrada no Westminster Theological Journal [Jornal Teolgico de Westminster], XXXVIII [1975 - 1976], pp. 350-367. 6 Geerhardus Vos, um retrospect de Geerhardus Vos, The Teaching of Jesus Concerning the Kingdom and the Church; The Princeton Theological Review II [1904], p. 335f. 7 Geerhardus Vos, The Kingdom of God and the Church, [Nutley, N. Jersey: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1972], pp. 8586.
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conceito histrico de Cristo foi deixado de lado e perspectivas modernas surgiram, as quais, em geral, tendiam a ver o Salvador como um ser humano falvel, algum a quem ns teramos que reverenciar, porm no muito. Vos reagiu s insistentes tentativas racionalistas de explicar a natureza divina e a misso de Jesus. Ele afirmou que devemos nos esforar seno em aceitar e receber o Senhor conforme ele se apresenta a si mesmo, sem question-lo8. Ele declara que ningum pode ter um salvador em seu corao num sentido absolutamente inapropriado e que constitui a glria da f religiosa, se no fundo de sua mente persiste a idia que seu salvador no conseguiu entender a si mesmo9. Vos percebia que as sementes da destruio do Cristianismo so disseminadas no momento em que forado sobre Jesus uma funo outra daquela que ele sustm de fato [isto , a funo ensinada nas Escrituras]. G. Vos relaciona cinco tentativas de negar a Cristo a sua conscincia messinica essencial: 1. A posio de completa negao de qualquer auto conscincia messinica de Jesus. 2. A viso agnstica que recusa se comprometer com o assunto. 3. A Teoria de um messianismo prospectivo [futuro]. 4. A hiptese de uma conscincia messinica desenvolvida gradualmente, e 5. A viso de que o messianismo foi um estado formal, no de fato relativo a essncia do significado de Jesus como centro do Cristianismo. Vos trata longamente com a obra The Messianic Secret de William Wrede. Wrede tentou depreciar o Evangelho de Marcos, que ele afirmava ser o mais antigo documento dos evangelhos. Assim fazendo, ele desacreditava simultaneamente dos Evangelhos de Mateus e de Lucas, os quais, basicamente seguiam o esboo de Marcos. O resultado da viso de Wrede com respeito a toda Tradio dos Evangelhos foi um ceticismo absoluto. Na defesa da posio Ortodoxa, o mtodo de Vos consistiu em tomar os vrios ttulos dados da Jesus [nas Escrituras] tais como: Cristo, O Senhor, O Filho de Deus, fazendo exegese deles no respectivo contexto de cada um, e em relao ao AT. Sua concluso foi a de que, desde o princpio, Jesus manteve uma interpretao messinica de sua morte ainda por acontecer. Vos afirmou que deve se deixar claro que interpretao encerrava um significado soteriolgico. Ele deu interpretao messinica a todo o ministrio do Senhor. Seu livro, apesar de til em sua apresentao de uma exposio sistemtica de como Jesus via a si mesmo, est desatualizado. provvel que atualmente, poucos tenham lido o seu livro. G. Vos falava de uma controvrsia como pertencendo aos anos da dcada de 1920, a qual apresentava uma completa negao de Jesus e de sua Messianidade. Entretanto, estudos modernos ignoram este tipo de argumentao. O conflito agora est sendo travado em um nvel diferente. A Neo Ortodoxia percebeu o vcuo religioso criado pela negao de tudo aquilo de relevncia central para f. Porm, enquanto por um lado continua negando o Cristianismo histrico, por outro, agora est buscando ser mais criativamente positivo.

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Geerhardus Vos: The Self Disclosure of Jesus [N. York: George H. Doran Co., 1926], p. 14. Ibid.

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Alm de seu labor apologtico, G. Vos, tambm, deu importantes contribuies no campo dos estudos teolgicos. The Pauline Eschatology de G. Vos, obra de referncia indita para Teologia Reformada: Uma dessas contribuies foi sua obra: The Pauline Eschatology [A Escatologia Paulina]. Esta obra foi primeiramente publicada em 1930 pelo prprio autor, G. Vos, e impresso na Imprensa Universitria de Princeton. Foi republicada em 1952 pela Eerdmans. Apesar de o ttulo poder levar algum a esperar um tratamento especfico das ltimas Coisas, Vos pretendia algo mais. A obra uma interpretao magistral do Apstolo Paulo que visto como um telogo cuja Escatologia sua Teologia. Conforme o prprio autor declara: Explicar a Escatologia do Apstolo significa interpretar sua Teologia como um todo10. De nada adiante ler esta obra de modo superficial na esperana de se obter algo mais da grande erudio de Vos que lhe permitiu condensar grande quantidade de conhecimento dentro de cada pargrafo. Vos apresenta um trabalho de abrangncia ampla, apresentando a Escatologia Paulina dentro de uma estrutura totalmente bblica. Talvez, o segredo do vigor desta obra repousa em sua exegese insupervel. Passagens como 1 Co. 15.35-50 e 2 Co. 5.1-8 so tratadas cuidadosamente e dispostas para produzir uma riqueza de idias. tese de Vos que em Paulo existe uma estrutura com elementos entrelaados de Escatologia e Soteriologia dentro de toda uma construo doutrinria. Destes elementos, quatro so examinados por Vos, pelos quais ele testa a sua tese: 1. A idia da Ressurreio; 2. A idia da prpria Salvao; 3. A Doutrina do Julgamento versus Justificao, e 4. O Conceito do Esprito Santo. Ele tambm examina os trs principais termos empregados por Paulo com respeito Segunda Vinda: 1. Parousia; 2. Revelao, e 3. O Dia [com suas variaes]. Em seu tratamento abordagem do ltimo Dia, Vos desenvolve o que equivale filosofia da histria da Igreja, na qual certos elementos so visto como significando um movimento fixo e gradual em direo ao objetivo do Advento [Segunda Vinda], quatro destes elementos abaixo relacionados: 1. Que o tempo breve, de maneira que a vida deve ser vivida em conformidade com o mesmo; 2. Que a reconciliao a ser recebida pela maioria dos judeus incrdulos deve ser realizada; 3. Que a sujeio dos inimigos de Cristo est sendo cumprida, e 4. Que uma apostasia se tornar cada vez mais evidente. Para Vos a Ressurreio corprea de crentes significa de fato o evento transformador mais radical e mais abrangente da experincia do crente com respeito a salvao. equivalente a se tornar Nova Criao...11. A exegese de Vos das passagens citadas a seguir traz luz uma abundncia de material til. Vos examina as quatro passagens que tratam com os crentes encontrados vivos no momento da Parousia, e a sua exegese destas passagens, citadas a seguir, fornece uma abundncia de material til. I Ts. 4.15-17. [Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto ns, os vivos, os que ficarmos at a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. 16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descer dos cus, e os mortos em Cristo ressuscitaro primeiro; 17 depois, ns, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor ] 1 Co. 15.51-53. [Eis que vos digo um mistrio: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, 52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da ltima trombeta. A trombeta
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Geerhardus Vos: The Pauline Eschatology [A Escatologia Paulina] [Princeton, N. Jersey: publicada pelo autor, 1930], p. 11. Op. cit., p. 150.

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soar, os mortos ressuscitaro incorruptveis, e ns seremos transformados. 53 Porque necessrio que este corpo corruptvel se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade]. 2 Co. 5.1-5. [Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifcio, casa no feita por mos, eterna, nos cus. 2 E, por isso, neste tabernculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitao celestial; 3 se, todavia, formos encontrados vestidos e no nus. 4 Pois, na verdade, os que estamos neste tabernculo gememos angustiados, no por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. 5 Ora, foi o prprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Esprito]. Fp. 3.20-21. [Pois a nossa ptria est nos cus, de onde tambm aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 21 o qual transformar o nosso corpo de humilhao, para ser igual ao corpo da sua glria, segundo a eficcia do poder que ele tem de at subordinar a si todas as coisas]. Vos dedica um captulo inteiro questo do Milnio, tratando primeiramente com os mtodos exegticos dos pr milenistas, apresentando em seguida suas objees referida perspectiva. Em certo momento, Vos revela seu desapontamento com a atitude dos Milenistas em relao ao seu Amilenismo: No uma experincia rara, nos dias de hoje algum expressar desacordo com o Quiliasmo e ser questionado se ele no cr na Segunda Vinda12. Talvez a maior dificuldade com esta obra seja o seu estilo. Ela muito cansativa para qualquer leitor. Um captulo resumido seria til, no qual Vos poderia reformular sua opinio. Contudo, a obra extremamente importante e deveria permanecer como paradigma em seu campo para as futuras geraes. A negligncia da erudio Reformada corrigida pela produo de G. Vos de uma Teologia Bblica que enfatizava a histria da Revelao: A maior contribuio de Vos para o mundo da erudio bblica consiste na sua formulao e apresentao de uma abordagem bblico teolgica Reformada Ortodoxa, abrangente e sem paralelo s Sagradas Escrituras. At o seu tempo, a Teologia Reformada tinha dedicado muito pouca ateno a um mtodo interpretativo que enfatizasse a histria da Revelao Especial. Podemos relacionar algumas obras publicadas antes de Geerhardus. Vos [1862-1949]: 1. Em 1918, G. C. Aalders publicou uma obra sobre os Profetas: De Profeten ds Ouden Verbonds [Os Profetas da Antiga Aliana]. 2. Do mesmo autor, em 1932, sobre a Revelao divina em Genesis, captulos 1 a 3: De Goddelijke Openbaring in de eerste drie hoofdstukken van Genesis [Revelao Divina nos Primeiros Trs Captulos de Genesis]; 3. Do mesmo autor, em 1933 com uma obra sobre a restaurao de Israel segundo os Profetas: Het Herstel van Israel volgens het Oude Testament [A Restaurao de Israel de acordo com o Antigo Testamento]. 4. ,Do mesmo autor, em 1935: um estudo geral breve: The Old Testament handbook [Manual do Antigo Testamento], mas esta obra tinha apenas 36 pginas. 5. O Dr. Jan Ridderbos13 [1879-1960] publicou, em quatro volumes, de 1930 a 1941, um longo trabalho sobre a Revelao Proftica no Antigo Testamento intitulada: Het Godswoord der Profeten [A Revelao de Deus atravs dos Profetas]. Sobre o Novo Testamento foi publica a obra: 1. Pelo Dr. F. W. Grosheide, em 1918: De eenheid der Nieuw Testamentische Gods openbaring [A Unidade da Revelao divina no Novo Testamento]14; RAZO SUGERIDA PELA QUAL O MEIO REFORMADO TEM ESQUECIDO G. VOS E SUA TEOLOGIA: Uma razo sugerida para esta negligncia da parte da erudio reformada [e da erudio conservadora em geral] foi que o mtodo como inicialmente empregado estava entrelaado com pressuposies racionalistas que fazia
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Op. Cit., p. 227. Nota do Tradutor: Jan Ridderbos [1879-1960], pai de Herman N. Ridderbos [1909-2007]; J. Ridderbos foi ministro ordenado pela Igreja Reformada da Holanda, comentarista bblico e Professor de AT na Faculdade Teolgica de Kampen, Holanda. 14 G. C. Aaders, History of Special Revelation [Histria da Revelao Especial], Free University Quarterly[Peridico da Free University], Novembro, 1950, vol. I, n. 1, pp. 80-81.
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dele um instrumento inevitvel e que podia ser usado para a negao da origem divina e da unidade das Escrituras15.A Teologia Bblica foi desenvolvida em crculos liberais, a qual sustentava uma perspectiva evolucionista da religio bblica. Contudo, a erudio conservadora reconhecia a necessidade da busca desta disciplina, mas dentro de uma estrutura que honrasse a Bblia como Palavra revelada de Deus, e no como um produto da religio natural do homem. Uma nova gerao de estudos teolgicos com a obra magna de Vos, pioneira no mtodo histrico redentor: Biblical Theology: Old and New Testaments: G. Vos, atravs de sua grande obra, Biblical Theology, Old and New Testaments [Teologia Bblica, Antigo e Novo Testamentos], acrescentou um novo captulo ao estudo da Teologia Bblica a partir de uma perspectiva conservadora e Reformada. Naquele tempo, quando outros estudiosos ortodoxos sustentavam um mtodo puramente histrico para a apresentao da Teologia Bblica, G. Vos seguiu o mtodo heilsgeschichtliche [termo alemo: histria da Salvao ou da Redeno16]. Vos compreendeu que Deus, Agente Ativo, revelou a Si mesmo nos eventos bblicos e na interpretao dos mesmos. Os atos redentores de Deus na histria constituem o ncleo, a essncia, o mago da Revelao. A Revelao dada segundo um processo desenvolvido organicamente17. G. Vos negava o conceito de que a Bblia meramente um depsito de declaraes doutrinrias abstratas e subjetivas, e tambm que o desenvolvimento histrico resultava em que a revelao anterior tinha se tornado absoleta com a vinda das revelaes posteriores. Pelo contrrio, ele sustentava que todos os eventos bblicos concretizados formavam um todo. Conseqentemente o AT no tem significado em separado do NT, e o NT requer o AT como seu fundamento factual firmemente estabelecido. Em outras palavras, Vos declarava a unidade da Revelao bblica. Vos observava a teologia em seu modo usual, como estando dividida em quatro departamentos: 1. Exegtica; 2. Histrica; 3. Sistemtica, e 4. Prtica. De maneira geral, Vos via a Teologia Exegtica como estando restrita apenas a Exegese, mas, tambm, como includa entre os outros elementos da Teologia Bblica. Ele definiu Teologia Bblica como o ramo da Teologia Exegtica que trata com o processo da auto-Revelao de Deus depositada na Bblia18. bastante proveitoso notar, nesta altura, que a organizao do material da Teologia Bblica no emprestado da Teologia Sistemtica, mas antes, pelo contrrio, agrupada em torno dos eventos centrais da histria da Redeno. Ainda que Vos tivesse grande preferncia pelo nome histria da Revelao Especial do que pelo ttulo Teologia Bblica, ele usou este ltimo termo, dando como razo para isto que difcil...mudar um ttulo que tem j tem ampla aprovao de uso19. As objees de Vos ao termo Teologia Bblica eram as seguintes:

Richard Birch Gaffin, Jr., Ressurrection and Redemption [Ressurreio e Redeno] [A Study in Pauline Soteriology] [Um Estudo na Soteriologia Paulina], [Dissertao de Doutorado no publicada, Westeminter Theological Seminary, 1969], p. 3. Nota do tradutor: Para pesquisas, necessrio informar que este termo histria da Redeno ou da Salvao constitui o principal elemento do mtodo histrico redentor da Teologia Bblica Reformada cujo criador, G. Vos, considerado o Pai da Teologia Bblica Reformada [Vide B. Warfield, Scott Clark, e outros]. A partir das obras de G. Vos [tais como: Biblical Theology... e Pauline Eschatology], a abordagem histrico redentora foi sendo desenvolvida; este desenvolvimento se deu dentro da tradio Reformada com telogos histrico redentores da mesma tradio. Esta Escola oposta a Escola da Alta Crtica e constitui uma refutao eficaz mesma. Ela no se ocupa em criticar esta ou aquela linha teolgica, mas em construir no sentido positivo e objetivo uma Teologia Bblica que enfatiza a histria da Revelao Especial. A Teologia Reformada Clssica da Aliana ou Teologia Federal constitui a coluna vertebral da Escola Histrico Redentora. A estrutura da Teologia Federal apresentada nos livros: O Cristo dos Pactos[O. Palmer Robertson, Ed. Cultura Crist] e Criao e Consumao, vol. 1 [Gerard Van Groningen, Ed. Cultura Crist]. O tradutor deste artigo, Almir Macrio Barros, Professor de Teologia Bblica do AT e NT no ITEPRAM, Amazonas, Manaus, elaborou para os seus alunos um grfico estrutural bastante prtico, no qual resume a estrutura da Teologia da Aliana, usando inclusive termos mais compreensivos ao leitor. Tal grfico fundamental e indispensvel para a compreenso das obras de G. Vos e de todas as obras de Teologia Bblica [de linha histrico redentora] subseqentes. 17 Gaffin, op. cit., p. 3. 18 Geerhardus Vos, Biblical Theology, Old and New Testaments [Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1954], p. 13. 19 Op. Cit., p. 23.
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Journal: Westminster Theological Seminary Volume: WTJ 40:2 [Spring /1978]: Geerhardus Vos [1862-1949]: Um Esboo Biogrfico Ttulo Original: Geerhardus Vos [1862-1949]: A Biographical Sketch Traduo: Presb. e Missionrio Almir Macario Barros; Porto Velho, Rondnia, 11/dez/2011 1.

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Considerando que todas as teologias, em tese, deveriam ser bblicas, apropriar-se do predicado bblico para apenas uma disciplina seria presuno. 2. O termo bblico parece implicar em que um mtodo peculiar usado, ou seja, algum mtodo de reproduo da verdade em sua forma bblica original com transformao subseqente, e isto no verdade para a Teologia Bblica, embora, de fato, faa o material passar por uma transformao. 3. O uso do termo bblico [em ingls: biblical] com o final em al, faz com que a mesma parea um quinto departamento da Teologia em vez de uma subdiviso da primeira das disciplinas usuais dos quatro departamentos20. Apresentao da obra de Vos: Bblical Theology of Old and New Testaments: A obra de Vos, Bblical Theology of Old and New Testaments, foi publicada em 1948. Conforme tinha sido observado, at aquele momento, a Teologia Reformada no tinha fornecido uma historia completa da Revelao Especial. Certamente que foram feitos estudos sobre o assunto, porm nenhum empreendimento com uma abordagem abrangente sobre o tema. Originalmente, a obra estava na forma de notas de sala de aula preparadas para os alunos de Vos. Um dos filhos do autor, o Rev. Johannes Vos, tendo acesso aos arquivos privados de seu pai, revisou, anotou e incluiu ndice obra para publicao. Neste trabalho, Geerhardus Vos excelente. Ainda que o seu estilo seja pesado, e muitas vezes tcnico, a compreenso do autor sobre a matria, alm da perfeio e complexidade de seus argumentos, torna a obra uma contribuio notvel para a literatura teolgica. Diviso do livro de Teologia Bblica de G. Vos: O livro dividido em trs partes, a seguir: 1. Perodo Mosaico de Revelao; 2. Perodo Proftico de Revelao, e 3. Perodo da Teologia Bblica no NT. Perodo Mosaico da Revelao na Teologia Bblica de Vos: Na primeira parte, da Revelao Mosaica, Vos trata com a Revelao Geral e Especial, esboando as distines entre cada uma delas. Ele prossegue considerando estes dois tipos de Revelao primeiramente anterior e separados do pecado, e em seguida sob o regime do pecado. Depois apresenta a Revelao Especial no relacionamento com Ado e No, a tabela de naes, a torre de Babel, os Patriarcas, e Moiss encerrando a primeira seo. Perodo Proftico da Revelao na Teologia Bblica de Vos: Em seguida, Vos trata com o Perodo Proftico de Revelao. Sua posio que foi concedido aos Profetas a tarefa de manter o reino de Israel como um verdadeiro representante do Reino de Yahweh. O ofcio de Profeta, tambm, deve ser includo no princpio de continuidade da Revelao na confirmao do passado, e estabelecimento do futuro. Perodo da Revelao do NT na Teologia Bblica de Vos: Nesta terceira parte de sua obra, Vos explora a estrutura da Revelao do NT que se centraliza no prprio Cristo. Vos contempla a natividade de Jesus, Joo Batista, e finalmente o ministrio pblico do Salvador. A obra termina abruptamente. Ao lermos a obra, ficamos na expectativa que o autor tenha acrescentado mesma, sees tratando com o livro de Atos dos Apstolos, com as Epstolas e com Apocalipse. Porm o livro termina abruptamente. Apesar deste fator, esta obra de Vos representa um grande passo nos estudos bblicos conservadores.

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Ibid.

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Journal: Westminster Theological Seminary Volume: WTJ 40:2 [Spring /1978]: Geerhardus Vos [1862-1949]: Um Esboo Biogrfico Ttulo Original: Geerhardus Vos [1862-1949]: A Biographical Sketch Traduo: Presb. e Missionrio Almir Macario Barros; Porto Velho, Rondnia, 11/dez/2011 V. ANOS FINAIS

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Geerhardus Vos passou muitos anos felizes e produtivos em Princeton. Mas, veio o tempo em que os ataques do Liberalismo chegou mais e mais perto do Seminrio, at adentrar aos seus muros. De muitas maneiras, a situao para os conservadores fiis ficou extremamente difcil. Princeton nas mos dos Liberais e o nascimento do Westminster Theological Seminary: Em 1929, a despeito da vigorosa oposio de homens como J. Gresham Machen, o Seminrio Teolgico de Princeton foi reorganizado de modo a colocar a Faculdade sob o controle do Liberalismo. A liderana conservadora decidiu estabelecer um novo Seminrio denominado Westminster Theological Seminary [Seminrio Teolgico de Westminster]. Muitos deste novo Seminrio, pois, vieram de Princeton. Alguns poucos que simpatizavam com os conservadores, entretanto, decidiram permanecer na antiga faculdade de Princeton. Entre estes estava Geerhardus Vos. O Dr. Stonehouse escreve a este respeito: Estas decises [de Vos, Armstrong, e Hodge] no so totalmente explicveis, apesar de Machen ter se afligido por meses sobre a inevitabilidade aparente de suas decises e compreendido aqueles homens naquela situao peculiar em que foram colocados. evidente, tambm, que estas decises [de Vos, Armstrong e Hodge] no foram feitas com entusiasmo; antes, parece que o esprito manifesto era de uma resignao pesarosa21. Indiferentemente a esta situao, porm, as convices de Vos permaneciam aquelas do Calvinismo histrico. Anos finais de Geerhardus Vos: Em 1932, Geerhardus Vos na idade de 70 anos se aposentou de suas atividades em Princeton e se mudou para Califrnia. Cinco anos mais tarde, sua esposa, Sra. Vos, morreu. Vos, ento, se mudou para Grand Rapids, Michigan, para viver com sua filha, Sra. William Radius, cujo esposo era professor de latim no Calvin College. Em 13 de agosto de 1949 Vos faleceu e foi sepultado ao lado de sua esposa em Roaring Branch, Pensilvnia. Geerhardus Vos, suas obras e contribuies capitais para o desenvolvimento da Teologia Bblica Reformada tm cado no esquecimento no meio Reformado: Segundo todos os critrios, Geerhardus Vos sempre foi um erudito e ao mesmo tempo um cristo digno e honrado. Ele foi um defensor do Cristianismo histrico que para ele era representado pela F Reformada. Ele nunca evitou uma confrontao com aqueles que se opunham, mas sabendo onde residia seus talentos, ele preferiu assumir sua posio em sala de aula e como escritor/ autor. Vos sustentava a mais elevada forma de inspirao e inerrncia bblica. Para ele a Bblia no necessitava de interpretao; ela necessitava simplesmente ser tomada tal como Deus a transmitiu em termos daquilo que ela , sem questionamentos, a Revelao bsica de um Criador Redentor soberano. algo curioso que com todos as suas obras e contribuies concretas para o avano e manuteno do Reino de Deus, Vos tem sido algum esquecido em grande medida, e suas obras no tm recebido a ateno constante que merecem. Parte do motivo desta negligncia, conforme referido anteriormente devido alta erudio de Vos. As matrculas em sua disciplina no Seminrio sempre foram escassas comparadas aquelas de outros professores de um tipo de disciplina mais popular, por causa da responsabilidade, relevncia e profundidade das leituras de Vos. Alm disso, alguns de seus escritos so de um calibre tal que ainda permanecem alm da capacidade e habilidade do leigo mdio. Seu estilo de erudio era paciente e metdico, cada vez mais fora de sintonia com o esprito impaciente e superficial dos dias de hoje. Tambm, parte do motivo para esta negligncia, j mencionado anteriormente, que algumas das obras de Vos esto fora do uso rotineiro e da prtica dos dias de hoje, necessitando serem revisados de maneira a promover sua relevncia para o contexto teolgico atual. No obstante o comentrio acima, Vos continua a ser um paradigma referencial digno de confiana, algum que citado freqentemente22. Alm disso, suas numerosas monografias nos fornecem uma grande variedade de literatura teolgica slida. importante com respeito a negligncia com respeito a G. Vos, que em seu funeral no houve nenhuma representao oficial do Seminrio Teolgico de Princeton, onde Vos tinha servido fielmente por muitos anos [39 anos]23. Felizmente, existe no Seminrio Teolgico de Westminster um despertamento no interesse em Vos e suas obras. Esperemos que este interesse venha ganhar impulso.

Stonehouse, Op. Cit., p. 450. Como exemplo, George Ladd cita extensivamente a obra de Teologia Bblica j referida de G. Vos [Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, 1974] conforme Herman Ridderbos em Paul [Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, 1975]. 23 Este comentrio procede do Dr. Van Til que pregou um sermo no funeral de Vos. Van Til tambm observa que no havia a presena de nenhum pastor reformado, ainda que ele tivesse prestado tantos servios quela denominao.
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Um dos pontos altos permanentes da F Reformada tem sido que muitos de seus ferrenhos expositores e defensores esto entre os homens mais talentosos, espiritual e intelectualmente falando, com os quais Deus tem agraciado a Igreja de Cristo; Geerhardus Vos foi um destes homens. Que a igreja nunca esquea este homem de Deus. Omaha, Nebraska

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