Interação Farmaco Nutriente Marcelo Gastaldi
Interação Farmaco Nutriente Marcelo Gastaldi
Interação Farmaco Nutriente Marcelo Gastaldi
Interao X Incompatibilidade
Interao: toda alterao provocada pela ao
de dois ou mais frmacos ocorrida no interior do indivduo. (reao in-vivo)
Incompatibilidade
Fsica, aquela que gera uma alterao que pode ser vista a olho nu. Ex. cor, turbidez e etc.
Qumica, aquela que ocorre produzindo alteraes imperceptveis a olho nu. Ex. oxidao de um produto, alterao da estrutura quaternria de uma protena.
Incompatibilidades
Fsicas
So aquelas que promovem uma alterao indesejvel quando duas ou mais substncias so associadas. Geralmente visveis a olho nu. Algumas vezes podem ser to sutis que necessitaro do auxlio de algum equipamento para ser evidenciada.
Incompatibilidades
Fsicas
PRINCIPAIS ALTERAES Precipitao
Alterao na viscosidade / consistncia Coalescncia Floculao
Separao de fase
Incompatibilidades
Fsicas
Fatores que afetam a estabilidade
pH - Temperatura Reaes qumicas: Ction-nion, cido-base, Oxireduo, complexao Concentrao Alteraes do equilbrio farmacotcnico Tempo Ordem de aditivao Material de envase
Soluo contendo:
Aminocidos (vrios tipos e pHas, com caractersticas
tamponante)
Glicose (em concentraes de 5 a 25%), Eletrlitos (catinicos sdio, potssio, magnsio, clcio,
etc e aninicos sulfatos, acetatos, cloretos, fosfatos, etc),
Vitaminas (lipo e hidrossolveis, bsicas e cidas), Micronutrientes (zinco, selnio, cobre, etc), Lipdeos (de cadeia longa e/ou mdia)
Portanto, a N.P. muito sensvel aos fatores que afetam a estabilidade ...
Concentrao
Intimamente relacionado a Solubilidade.
massa
Kps
pH Temperatura Solvente
volume
Ordem de aditivao
Dois produtos podem ser incompatveis ou tornarem-se compatveis em funo da ordem em que forem aditivados.
[ ] Kps pH Temperatura Solvente
volume
cido/Base - pH - Temperatura
Normalmente, quanto maior a temperatura de um solvente, maior ser sua capacidade de dissolver solutos. [ ]
cido/Base - pH - Temperatura
Normalmente, quanto maior a temperatura de um solvente, maior ser sua capacidade de dissolver solutos. Exceo para as solues de fosfato.
HA
No ionizado
A +
Ionizado
pKa = 4,4
cido/Base - pH - Temperatura
K H2PO4 mais solvel ( Dicido, Monobsico) 1800 mg/ dL menos solvel 30 mg/ dL
K2 HPO4
K+
H+
HPO 4 --
cido/Base - pH - Temperatura
Associado a estabilidade e solubilidade dos produtos Fenitona sdica e fenobarbital sdico precipitam em pH cido. Sais de clcio, precipitam em meio alcalino penicilina estvel por 24 h a pH 6,5; porm se degrada em poucos minutos em pH 3,5.
Eletrlitos
Clcio x Fsforo
precipitao ?
Fatores que favorecem :
concentrao de Ca/P
pH e tempo de infuso
Oxi-Reduo
Vitaminas
principalmente do complexo B
Maillard
ocorrido entre a glicose e aminocidos
Complexao
Reaes que ocorrem envolvendo o agente, alterando suas caractersticas fsicoqumicas Tetraciclina com sais de Clcio
(alcalinos terrosos)
EMULSO LIPDICA
COALESCNCIA
SEPARAO DE FASES
ESTABILIDADE
ANLISE DE ESTABILIDADE Estabilidade da Emulso Lipdica na Formulao de NP
IDENTIFICAR POSSIBILIDADE DE DESESTABILIZAO DA E.L. FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR A ESTABILIDADE DA E.L.:
CONCENTRAO FINAL DE AMINOCIDO CONCENTRAO FINAL DE GLICOSE CONCENTRAO FINAL DE LIPDEOS PROPORO ENTRE MACRONUTRIENTES CONCENTRAO DE ELETRLITOS ORDEM DE ADIO PH FINAL DA MISTURA VOLUME FINAL DA MISTURA TEMPERATIRA DE ARMAZENAMENTO
Driscoll D.F.ASHP 52: 623,34, 1995 Triessel, L.12thEd. Hand Book of Inj.Drugs, 2003
VERIFICAR O FATOR QUE ESTA INFLUENCIANDO NA DESESTABILIZAO: CONCENTRAO FINAL DE AA CONCENTRAO FINAL DE GLI
*Hardy G., HICKS W.,RINPE, 19(3) 144-51, 2001 Prinzivali, M. JPEN: Nov-Dec 1999 Costello I.,Powell G.,ADC: 73, F44-45, 1995 Devlieger, H. e cols.Clin.Nut. 12 :277-81, 1993 Raupp, p. e cols.JPEN 15 (4) 469-73, 1991
Material de envase
Principais problemas:
Adsoro Cesso de elementos para soluo Permeabilidade a gases Partculas Esterilidade Integridade
Material de envase
PVC, no adequado a NPT
contm DHEP
Aditivao a N.P.
Vantagens:
Poupa acessos venosos Permite diluio, sem aumento da volemia Minimiza manipulao do cateter Colabora na administrao contnua
Aditivao a N.P.
Problemas
Se feita fora da tcnica assptica, pode gerar contaminao. Impede alteraes no fluxo da administrao. Pode acarretar reaes com os elementos da formulao.
Caracterstica da aditivao
ATENO
Qualquer produto colocado na N.P. ao mesmo tempo se submete as suas condies e pode alter-las.
ATENO
Cada nova aditivao deve ser analisada individualmente em relao a caracterstica da soluo que ir compor, garantindo a compatibilidade com a mesma, mantendo a qualidade de ambas no final.
Incompatveis em solues
Drogas sedativas: Meperidina (3x1), Fenitona, Morfina
Antiulcerosos: Ranitidina (3x1)
Compatveis em solues
Drogas sedativas: Meperidina (2x1), Morfina Drogas vasoativas: Dopamina,
Antiulcerosos: Cimetidina
Lembre-se
Parece ser inadequado utilizar-se de frmacos que possam requerer variaes na velocidade de infuso ao longo do perodo de administrao da NPT.
Administrao em Y
Vantagem
utilizar-se de uma mesma via de
Administrao em Y
Desvantagem
poder ocorrer incompatibilidades na luz dos
equipos ou cateteres
Compatveis em solues em Y
Sedativas: Meperidina, Fentanila, Diversos: Dopamina, Furosemida, Antiemticos: Metoclopramida Antibiticos: Cefalosporinas, Cloranfenicol, Vancomicina, Gentamicina, Oxacilina, Penicilina G, Piperacilina. Bloqueadores H2: Cimetidina, Ranitidina
Incompatveis em solues em Y
Drogas sedativas: Haloperidol, Fenobarbital, Morfina (15 mg/ml), Midazolan Drogas vasoativas: Dopamina, Antiemticos: ondasentron Antibiticos: Imipinem+Cilastina, Metronidazol, Sulfametoxazol + Trimetropin Gancyclovir, Acyclovir, Anfotericina.
Recomendaes
S se utilize de Aditivaes (em Y ou no), se outra via no for disponvel. Uma avaliao minuciosa necessria antes da utilizao em Y.
Neste Caso....
Suspenda, temporariamente, a infuso da NP; Faa uma limpeza da linha a ser utilizada, com soluo fisiolgica ou glicosada; Administre a medicao; Faa uma nova limpeza da linha; Reinicie a parenteral.
ATENO
Muitas incompatibilidades podem no ser totalmente previsveis com base nas regras ou frmulas generalistas.
Cuidados na
Incompatibilidade Fsica
Ocorre quando a mistura de um frmaco com NE resulta em alteraes fsicas como:
Precipitao Aumento da viscosidade Separao emulso
INCOMPATIBILIDADE FSICA
Alterao fsica da frmula ou medicamento Nutrio Parenteral Precipitao Separao de fases Nutrio Enteral Coagulao Alterao da viscosidade ou consistncia
Incompatibilidade Fsica
Conseqncia: Obstruo do acesso enteral
As frmulas com maior contedo de nitrognio no parecem ser mais susceptveis a incompatibilidades fsica do que as normoproticas O contedo em fibras ou diluio da NE parecem no interferir na compatibilidade fsica.
LEMBRE-SE
OS EXCIPIENTES DAS PREPARAES FARMACUTICAS PODEM SOFRER MODIFICAES OU MESMO SEREM SUBSTITUDOS, O MESMO ACONTECENDO COM AS FORMULAES DE NUTRIO ENTERAL
INCOMPATIBILIDADE FARMACUTICA
Relacionada a modificao da forma farmacutica para possibilitar a administrao pelo acesso enteral.
INCOMPATIBILIDADE FARMACUTICA
Alterao da forma farmacutica
Incompatibilidade Farmacutica
FF liberao prolongada/ proteo gstrica no devem ser trituradas:
Teolong Adalat oros/ retard Slow K Dilacoron SR Pancrease
INCOMPATIBILIDADE FARMACUTICA
Triturao de comprimidos
LEMBRE-SE
MUITAS FORMAS FARMACUTICAS APRESENTAM CARACTERSTICAS PRPRIAS E LOCAIS ESPECFICOS PARA A PERFEITA E CORRETA ABSORO PELO ORGANISMO.
Farmacocintica
A dinmica da:
ABSORO, DISTRIBUIO ELIMINAO
BIOTRANSFORMAO EXCREO
... de um frmaco.
LOCAL DE AO RECEPTORES
LIGADO LIVRE
RESERVATRIOS NO TECIDO
LIVRE LIGADO
Circulao sistmica
Frmaco
ABSORO Frmaco ligado
livre
EXCREO
metablitos
BIOTRANSFORMAO
HA
No ionizado
A +
Ionizado
pKa = 4,4
HA
Plasma
A +
pH = 7,4
HA
A +
SONDAS TRANSNASAIS
ADULTO
SONDAS PERCUTNEAS
NDOSCPICAS
Absoro
Solubilidade do frmaco. Veculo (gua, leo e etc.) Velocidade de dissoluo Concentrao do frmaco Condies do local de absorso Fluxo sangneo Tamanho da superfcie de absorso
Incompatibilidade Farmacocintica
a alterao da biodisponibilidade do frmaco pelos nutrientes da NE e vice-versa
Carbamazepina
INCOMPATIBILIDADE FARMACOCINTICA
Alterao da absoro, distribuio, metabolismo ou eliminao do medicamento por um componente da dieta . Nutrio Enteral Tetraciclina x clcio
INCOMPATIBILIDADE FARMACOCINTICA
Alterao da absoro, distribuio, metabolismo ou eliminao de um componente da dieta por um medicamento. Nutrio Enteral Vitamina D e Clcio x Fenitona
cido Valprico
Incompatibilidade Fisiolgica
Est relacionada a ao dos adjuvantes farmacuticos na tolerncia a NE.
Incompatibilidade Fisiolgica
Causas de diarria durante NE
Infeo bacteriana/viral Intolerncia lactose Uso de antimicrobianos (C. difficile) Uso de anti-cidos contendo Mg++ Solues hiperosmolares Medicamentos contendo sorbitol
Incompatibilidade Fisiolgica
Osmolaridade- Diarria
Administrao solues hiperosmolares
Estmago: Diminui tempo de esvaziamento gstrico Intestino: Afluxo gua e eletrlitos
INCOMPATIBILIDADE FISIOLGICA
Alterao na tolerncia a dieta no estando relacionada a ao farmacolgica dos medicamentos
Nutrio Parenteral Flebite (medicamentos em Y) Nutrio Enteral Diarria (medicamentos hiperosmolares) ou contendo sorbitol
MEDICAMENTOS HIPEROSMOLARES A diluio de um medicamento hiperosmolar para aproximadamente 300mOsm/kg reduz o risco de diarria.
Macere os comprimidos at a obteno de um p fino e dilua com pelo menos 30ml de gua. Administre separadamente os medicamentos e lave com pelo menos 5ml de gua a sonda .
LEMBRE-SE
Safe Use of Automated Componding Devices for the Preparation of Parenteral Nutrition Admixtures
vol 57 n. 14 15 julho 2000
Bibliografia
GANEPO Palestras e conferncias
Dra Gisele R Vieira Dra Maria de Lourdes Teixeira Dr Homero Caramico Dra. Sandra A S Berratari
Associao de Medicamentos - Hansten Contemporary Nutrition Support Practice - Matarese Guia das Interaes medicamentosas - M. Neuman Handbook on Injectable drugs - L. A. Trissel Martindade - The Extra Pharmacopea Parenteral Nutrition - Rombeau - Caldwell Remington - Farmcia - A. R. Gennaro
Obrigado!