Recursos e Estratégias para o Ensino de Pessoas Com Cegueira e Baixa Visão
Recursos e Estratégias para o Ensino de Pessoas Com Cegueira e Baixa Visão
Recursos e Estratégias para o Ensino de Pessoas Com Cegueira e Baixa Visão
Deficincia Visual
O que deficincia visual? O que baixa viso? O que cegueira? Alunos com o mesmo diagnstico apresentam o mesmo desempenho visual? Os recursos pticos e no-pticos so os mesmos para todos os alunos com baixa viso? Toda pessoa com baixa viso necessita de recursos pticos? Os alunos com cegueira tm o mesmo potencial de desenvolvimento e de aprendizagem das outras crianas que enxergam? O Sistema Braille suficiente para a alfabetizao de crianas com cegueira? Assim como o tato, a viso suficiente para a definio e a compreenso das caractersticas e funes de um objeto? Existem mtodos de ensino para pessoas cegas? Quais as melhores estratgias de ensino para pessoas com cegueira? Como se d o processo de formao de conceitos pela pessoa cega?
Deficincia Visual
H tambm que se considerar o aspecto social da falta da viso, que implica atitudes e crenas vindas do imaginrio coletivo, ao longo da histria da humanidade, reeditadas nos mitos familiares que identificam o modo como o cego visto por aqueles que enxergam e qual o lugar que ele ocupa no discurso instaurado, quer no mbito pessoal, quer no social.
(ORMELEZI, 2000, p. 21)
Cegueira Congnita
Se a criana se torna deficiente visual aps os cinco anos de idade, ela j ter desenvolvido praticamente todo seu potencial visual, poder conservar imagens e memria visual. As crianas que nascem cegas ou perdem a viso muito cedo tero suas necessidades de aprendizagem diferentes daquelas das demais crianas. (BRASIL, 2005, p. 13)
Contexto Educacional
Quais os Obstculos que Dificultam o Processo de Ensino e Aprendizagem dos Alunos com Deficincia Visual?
Vermelho como o Cu
Anos 70. Mirco (Luca Capriotti) um garoto toscano de 10 anos que apaixonado pelo cinema. Entretanto, aps um acidente, ele perde a viso. Rejeitado pela escola pblica, que no o considera uma criana normal, ele enviado a um instituto de deficientes visuais em Gnova. L descobre um velho gravador, com o qual passa a criar estrias sonoras.
No processo educacional de alunos cegos, a utilizao de estratgias de ensino deve considerar: O grau de aceitao da condio de ser cego As implicaes decorrentes da cegueira As caractersticas e o funcionamento prprios de cada sentido tato, olfato, audio, paladar Instrumentos e recursos didticos disponveis (SILVA, 2006)
Sala de Aula
Contedo curricular deve ser o mesmo para todos os alunos O professor deve primar para que as explicaes sejam descritivas e concretas e, sempre que possvel, possibilitar que o aluno cego manipule objetos e materiais que sejam os mais prximos possveis do real e que facilitem a compreenso e participao nas atividades. No necessrio apenas que se deixe o aluno escutar, cheirar, tocar e explorar as coisas, os objetos, mas que o ensine a ouvir, a cheirar, a tocar, para o qual imprescindvel a educao destes sentidos. Isto importante para todas as crianas, porm adquire maior relevncia no caso das crianas cegas ou com baixa viso devido utilidade dos sentidos remanescentes na relao com os objetos, coisas e pessoas.
(SILVA, 2006)
Recursos Didticos
indispensvel que os recursos didticos possuam estmulos visuais e tteis que atendam s diferentes condies visuais. O material deve apresentar cores contrastantes, texturas e tamanhos adequados para que se torne til e significativo. A confeco de recursos didticos para alunos cegos deve se basear em alguns critrios muito importantes para a eficincia de sua utilizao Fidelidade da representao que deve ser to exata quanto possvel em relao ao modelo original. Alm disso, deve ser atraente para a viso e agradvel ao tato. A disponibilidade de recursos que atendam ao mesmo tempo s diversas condies visuais dos alunos pressupe a utilizao do Sistema Braille, de fontes ampliadas e de outras alternativas no processo de aprendizagem. (S, CAMPOS e SILVA)
Firirim Finfin
Autora: Elizete Lisboa Editora Paulinas
Reglete e puno
Sorob
Cela braille
Celinha braille
Caixa de nmeros
Baralho
Resta-um
Jogo da velha
Caixa de vocabulrio
Recursos Tecnolgicos
DOSVOX: sistema operacional desenvolvido pelo Ncleo de Computao Eletrnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui um conjunto de ferramentas e aplicativos prprios alm de agenda, chat e jogos interativos. Pode ser obtido gratuitamente por meio de download a partir do site do projeto DOSVOX: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox VIRTUAL VISION: um software brasileiro desenvolvido pela Micropower, em So Paulo, concebido para operar com os utilitrios e as ferramentas do ambiente Windows. distribudo gratuitamente pela Fundao Bradesco e Banco Real para usurios cegos. No mais, comercializado. Mais informaes no site da empresa: http://www.micropower.com.br JAWS: software desenvolvido nos Estados Unidos e mundialmente conhecido como o leitor de tela mais completo e avanado. Possui uma ampla gama de recursos e ferramentas com traduo para diversos idiomas, inclusive para o portugus. (S, CAMPOS e SILVA)
Baixa Viso
A Incluso do Aluno com Baixa Viso no Ensino Regular Orientaes Bsicas Ministrio de Educao
Eu percebi que o que me incomodava no era a cegueira. O que me incomodava era a dependncia. Eu acho dependncia pior que a cegueira. Ser dependente humilha, arrasa, acaba com a pessoa. Ser cego no.
(Antony Moraes Documentrio: Sentidos Flor da Pele, 2008
Referncias
AMIRALIAN, Maria Lcia Toledo Moraes. Compreendendo o Cego: uma viso psicanaltica da cegueira por meio de desenhos-estrias. So Paulo: Casa do Psiclogo, 1997. BRASIL. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Especial. Educao Infantil Saberes e Prticas da Incluso: dificuldades de comunicao e sinalizao: deficincia visual. V.8. Braslia: MEC, 2005. ORMELEZI, Eliana Maria. Os Caminhos da Aquisio do Conhecimento e a Cegueira: do universo do corpo ao universo simblico. 273 f. Dissertao (Mestrado em Psicologia e Educao). So Paulo: Universidade de So Paulo Faculdade de Educao, 2000. S, Elizabet Dias de S; CAMPOS; Izilda Maria de; SILVA, Myriam Beatriz Campolina Silva. Atendimento Educacional Especializado: deficincia visual. So Paulo: MEC/SEESP, 2007.