Aftosa
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CARACTERSTICAS DA DOENA
Doena Notificvel: Doena transmissvel que possui potencial para uma disseminao sria e rpida, ultrapassando fronteiras nacionais e que causa srios prejuzos scio econmicos ou de sade pblica, afetando fortemente o comrcio internacional de animais ou produtos de origem animal
FEBRE AFTOSA
ETIOLOGIA
FAMLIA: Picornaviridae GNERO: Aphtovirus Virus icosadrico 23 nm de dimetro Ausncia de envelope RNA SOROTIPOS :possui sete sorotipos e vrios subtipos
PRO
FEBRE AFTOSA
Esquema do Genoma do Vrus da Febre Aftosa
EITB elisa
FEBRE AFTOSA
VP1 Mais importante antigenicamente Anticorpos neutralizantes onde se encontram a maior diferena entre sorotipos Est localizada nos vrtices do icosaedro
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FEBRE AFTOSA
A grande capacidade de variao do vrus ocorre devido: Alta taxa de mutao durante a replicao viral Recombinao entre diferentes cepas Presso seletiva do sistema imune Semelhana entre cepas medida por teste de FC e neutralizao
PRO
FEBRE AFTOSA
SOROTIPOS : A , O , C , SAT1 , SAT2, SAT3 SIA1 Ausncia proteo cruzada SUBTIPOS: Variabilidade antignica menor dentro de um mesmo sorotipo Proteo cruzada varivel PRO
FEBRE AFTOSA
Resistncia do Vrus
Resistncia varia com grau de proteo (matria orgnica), durao da exposio e temperatura. Na maioria das condies inativado a 50C. O vrus sobrevive por longos perodos, de semanas a meses em ambientes contaminados. PRO
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O vrus inativado por cidos ou lcalis, como o cido actico, carbonato de sdio e hidrxido de sdio, sendo resistente a maioria dos desinfetantes comuns. O vrus inativado no msculo esqueltico aps o rigor mortis devido a diminuio do pH pelo acmulo de cido lcteo. Mas o vrus sobrevive na medula ssea, linfonodos, e vsceras. Estas propriedades influenciam na regulao do comrcio de produtos de origem animal.
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Sobrevivncia do vrus
Em pH timo (7,2-7,6) 4C = 1 ano 22C = 8-10 semanas 37C = 10 dias 56C = < 30 minutos
PRO
FEBRE AFTOSA
Sobrevivncia do vrus
Produtos contaminados com sangue e secreo: mais de 1 ano Em roupas: 10 12 semanas Trato respiratrio humano: 1 a 2 dias Cabelos: 1 ms Feno: 20 semanas Pelo de vaca: > 4 semanas (18-20C) Fezes seca: > 14 dias Solo: lama: 6 m no inverno 3 dias no vero 28 dias no outono
PRO
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Sobrevivncia do vrus Desinfetantes hidrxido de sdio a 2% carbonato de sdio a 4% cido citrico a 0.2% Resistente aos iodofores, amnia quartenria, hipoclorito e fenol, especialmente na presena de matria orgnica
PRO
Hospedeiros (animais biungulados) Bovidae (bovinos europeu e zebunos, bfalos, yaks) Sunos Ovinos Caprinos Todos os ruminantes e suidaes selvagens Camelidae (camelos, dromedrios, llamas, vicunhas) tem baixa suscepitibilidade PRO
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Vias de Transmisso
Transmisso se d por contato direto e/ou indireto Suno so amplificadores do vrus Vrus pode ser disseminado pelo vento. Em condies favorveis at 100 Km
PRO
Vias de eliminao Todas excrees podem conter vrus antes do aparecimento ou aps o desaparecimento dos sinais clnicos Perodo de mxima infectividade: Ruptura de vesculas da boca ou ps, contendo lquido com vrus em altos ttulos PRO
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Fontes de Infeco Animais podem ficar portadores, eliminando o vrus Animais vacinados portadores + infeco natural
Animais selvagens podem ser reservatrio Animais vivos ou produtos derivados da carne
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Vias de Transmisso
Entre rebanhos: movimento de animais infectados, de pessoas contaminadas e pelo vento
FEBRE AFTOSA
Transmisso por aerossol Sunos liberam grandes quantidades de vrus por aerossol mas so menos susceptveis infeco por esta via Bovinos eliminam pouco vrus por via area mas so muito susceptveis a infeco por esta via
Deposio de gotculas contendo o vrus no trato respiratrio de susceptveis Partculas grandes - 6 um - deposita nas narinas Partculas mdias - 3-6 um - faringe traquia e brnquios Partculas pequenas - < 3 um - bronquolos e alvolos
Transmisso pela rota oral Necessita maior quantidade de vrus que rota nasal Suno (10 000 a 100 000) bovino (100 000 a 1 000 000)
PRO
Altos ttulos do vrus infeccioso em secrees e excrees de animais infectados antes do aparecimento de sinais clnicos Vrus sobrevive por longo perodo no ambiente
PRO
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FEBRE AFTOSA Portador Definio So aqueles animais em que o vrus pode ser isolado aps 28 dias da infeco. Bovinos: at 3,5 anos Caprinos e ovinos: j foram detectados portadores Sunos: no foram detectados portadores Bfalo africano: mais de 5 anos, de 50-70% ficam portadores
FEBRE AFTOSA
TRANSMISSO - Resumo
Animal doente elimina o vrus: Saliva Aerossis Leite Smen Leses Embries Carcaas: Carne Ossos
PRO
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Infeco Perodo de Incubao Multiplicao primria Clulas epiteliais da parte dorsal do palato mole, do teto da faringe e tonsila
(epitlio escamoso estratificado especial que no cornificado e tem clulas vivas da camada basal at a superfcie)
Distribuio para os linfonodos regionais Disseminao atravs de sistema linftico e sangue (viremia) Multiplicao secundria Epitlio escamoso cornificado estratificado especialmente da pele e o epitlio da lngua e boca amplificao do vrus Sinais clnicos Resposta imune
FEBRE AFTOSA Excreo: Todas as secrees e excrees se tornam infecciosas durante o curso da doena. Saliva, fluido nasal e lacrimal, leite, smen e ar expirado podem conter vrus na fase prodrmica. Urina e fezes tem pouco vrus. O pico de excreo pelo ar coincide com a fase virmica aps alguma leses generalizadas ocorreram. Excreo pelo ar mxima coincide com a formao das primeiras vesculas e com a fase virmica. PRO
FEBRE AFTOSA
Patogenia da Febre Aftosa
1. Inalao do vrus 2. Infeco das clulas da cavidade nasal, faringe e esfago 3. Replicao do vrus 4. Disseminao do vrus para vasos sg e linfticos 5. Infeco de ndulos linfticos e outras glndulas 6. Infeco das clulas da cavidade oral, patas, bere e rmen da febre 8. Aparecimento de vesculas na cavidade oral, patas, bere e rmen 9. Salivao, descarga nasal e claudicao 10. Ruptura de vesculas e aumento dos sintomas 11. Final da febre 12. Final da viremia e comeo da produo de anticorpos
7. Comeo
24 72 h
72 96 h
120 h
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Patogenia da Febre Aftosa
15. Desaparecimento gradual do vrus nos tecidos e lquidos 16. Aumenta a produo de anticorpos 17. Cura completa; vrus pode persistir na faringe
Desde o 15 dia
15 dias
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FEBRE AFTOSA
Animais que se recuperam da doena vo estar imunes para a doena com mesmo sorotipo? * Sim por muitos meses at um ano. A imunidade aps vacinao tem a mesma durao que a infeco natural? * No. Ela mais curta. Depende do tipo de vacina e o nmero de revacinaes. Vacinao ou recuperao da doena causada por um sorotipo proteje contra os outros? * No. A proteo tipo especfica.
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FEBRE AFTOSA Sinais Clnicos - Bovinos PI - 2 a 12 dias, animais que entraram em contato com infectados geralmente desenvolvem sinais em 3 a 5 dias Morbidade de 100% e mortalidade de 2% em adultos e 20% em bezerros Queda brusca e drstica da produo de leite
Febre Aborto e infertilidade Alta mortalidade em animais jovens Podem apresentar doena aguda com problemas cardacos Identificao da idade das vesculas pode ser til em investigao epidemiolgica Os animais se recuparam em 2 semanas
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Vesculas interdigitais
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Bezerro morto
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Vescula em tetos
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FEBRE AFTOSA
Leses Ps-Mortem
PRO
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FEBRE AFTOSA Sinais Clnicos Sunos Anorexia, depresso Relutncia em andar, laminite Leses de casco mais severas que em bovinos Vesculas na banda coronria, calcanhar, espao interdigital Leses nos focinhos so mais comuns que na cavidade oral Perda da unha do casco Alta mortalidade em leites (miocardite) PRO
PRO
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FEBRE AFTOSA
7. SINAIS CLNICOS E LESES
FEBRE AFTOSA
7. SINAIS CLNICOS E LESES
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Ovinos e Caprinos (sinais leves) Pequenas vesculas na gengiva Laminite Cordeiros: sndrome aguda
PRO
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FEBRE AFTOSA
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FEBRE AFTOSA
2 dias
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FEBRE AFTOSA
2 a 3 dias
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3 dias
4 dias
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10 dias
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2 dias
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3 dias
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12 dias
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FEBRE AFTOSA Sinais Clnicos Bovinos (lngua) Sunos (patas) PI 2-6 dias
Caractersticas Vesiculas no rompindas, algum fludo presente, sinais iniciais de necrose no epitlio Vesculas no rompidas, fludo enchem as vesculas, necrose do epitlio Vesculas rompidas, eroses presentes com pores do epitlio aderidas a margens da leso Eroses com pouco epitlio aderido as leses, incio da cicatrizao Cicatrizao avanada, presena de tecido fibroso Idade 1 dias (IP 3-7 dias) 1-2 dias (IP 3-8 dias) 1-3 dias (IP 3-9 dias) <7-10 dias (IP 9-16 dias) 7-10 dias (IP 9-16 dias)
FEBRE AFTOSA
Diagnstico laboratorial Programa Nacional de Erradicao da Febre Aftosa possui duas unidades laboratoriais vinculadas ao Departamento de Defesa Animal do MA, localizadas nos circuitos pecurios Norte e Nordeste As provas de rotina so: i. para tipificao do vrus: fixao ELISA; ii. para avaliao dos nveis de anticorpos: prova de ELISA em fase lquida e soro neutralizao; iii. para deteco de atividade viral: provas VIAA, ELISA 3ABC e EITB; iv. para identificao do vrus em lquido esofgico-farngeo: prova PROBANG. de complemento e prova indireta de
Probang portador
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Isolamento viral e cultivo celular ELISA SI (Sandwich indirecto) ou Fixao de Complemento Tipifica o vrus
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Vrus Neutralizao Estima a expectativa de proteo do vrus isolado frente a um banco de soros de bovinos vacinados
PCR / Sequenciamiento Analisa as caractersticas genticas e estabelece relaes de parentesco com outras amostras de campo e vacinais.
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FEBRE AFTOSA Para deteco de anticorpos para estudo de atividade viral (soro) IDGA VIAA: Para deteco de atividade viral, independente do sorotipo ou de animal estar ou no vacinado com menor sensibilidade.
ELISA 3ABC: Para deteco de atividade viral, independente do sorotipo ou de animal estar ou no vacinado
FEBRE AFTOSA Para estudo da eficincia da vacina ( soro de bovino vacinado com vacinas comerciais)
ELISA de competio de fase lquida Faz correlao com a prova de Proteo Podal Generalizada
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EITB
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Animais positivos na prova de ELISA 3ABC Ensaio imunoenzimtico de eletrotransferncia EITB Animais positivos na prova de EITB Teste de PROBANG
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ESTADO DE PORTADOR
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Probang
Coloque o copo probang na boca do animal e cuidadosamente emourre-o at a regio do esfago. Incline a cabea do animal para facilitar a insero.
A posio correta do copo coletor pode ser confirmada pela palpao do copo na faringe. Faa movimentos de raspagem (4 vezes)
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Retire o copo cuidadosamente coletor
Inspecione o lquido (presena de clulas) e misture com igual volume de diluente (meio MEM).
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Enfermidade Morbidade Mortalidade Transmisso Observao
Febre aftosa
Alta 60 100%
Baixa
Persistem em bovinos e bfalos, enfermidade altamente contagiosa Bezerros mais resistentes que adultos, sorotipo new jersey mais virulento que indiana
Estomatite vesicular
Baixa
Alta (25 - 65 %)
Baixa
Mediana a alta
0 20%
IBR
Alta
Baixa
BVD
Alta
Aerossol, smen
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Sinal Vescula e ou eroses na boca Bovino Trauma BVD / MD IBR Estomatite vesicular Lngua Azul Estomatite vesicular Febre catarral maligna Ovino Trauma Ectima Lngua azul Suno Trauma Exantema vesicular Doena vesicular do suno Estomatite vesicular Dermatite fototxica
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Lngua Azul
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Bovino Trauma Variola bovina Mamilite por herpesvrua bovino Febre catarral maligna
Ovino Trauma
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FEBRE AFTOSA
Os anticorpos podem ser detectados 3 dias aps o aparecimento das leses, e sobem at 28 dias Persistem por anos Imunidade cruzada entre sorotipos no existe Entre os subtipos, a imunidade cruzada depende da similaridade antignica Vacinao: Imunidade geralmente dura 4-6 meses
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FEBRE AFTOSA
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Vacinas inativadas:
1- Partcula viral completa: Inativantes fsicos e qumicos. Partcula completa: Vrus: Febre aftosa Diarria bovina a vrus Raiva Bactrias: Leptospirose Clostridioses (bacterinas/toxides) PRO
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Falha Vacinal Adm Correta Via Inapropriada Adm Incorreta Adm a um animal Inativao passivamente vacina atenuada protegido Animal no responde
Animal responde
Animal Amostra Ag infectado errada no protetores Imunizao Imunossuprimido passiva Variao biolgica Vacina inadequada