Imprinting Genômico e Dissomia Uniparental

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IMPRINTING GENÔMICO E

DISSOMIA UNIPARENTAL
 Processos relacionados à epigenética  acima dos genes, algo que sobrepõe a função
genética.

 Epigenética trabalha, principalmente, na regulação de genes.


 Quanto mais reguladores, mais complexa a célula.
 O ser humano tem 2% de DNA codificante, o resto são praticamente
reguladores.

 IMPRINTING GENÔNIMO: 1% dos genes autossômicos são transmitidos de modo


ativo por apenas 1 dos progenitores (o outro fica desativado)

 DISSOMIA UNIPARENTAL: o par de cromossomos provém do mesmo progenitor.

IMPRINTING GENÔMICO

 É um processo biológico NORMAL, onde um gene ou grupo de genes é marcado


bioquimicamente com informações sobre sua origem parental.
 Haverá marcação específica mostrando se é de origem materna ou paterna.
 Assim, deve ser expresso ou não a fim de manter um funcionamento celular
normal.
 Há genes ativos que tem que ser de linhagem materna e outros que tem que ser
de linhagem paterna.
COMO É FEITO?
 Marca covalente: Metilação do DNA (CH3)
 Ocorre naturalmente na região promotora do gene.
 Grupos metila são adicionados a certas regiões dos cromossomos.
 Impede a ligação dos fatores de transcrição, cessando a expressão daquele
gene.
 Ilhas CPG são as regiões mais metiladas
 Como o processo não altera as sequencias de bases do DNA, é considerado um evento
EPIGENÉTICO.
 O processo está relacionado com a especializada maquinaria enzimática
nuclear, que mantém essas marcar mesmo durante os ciclos de divisão celular.
 Assim, as células filha carregam o mesmo imprinting que as céls mães, como
se fosse uma epigenética hereditária.
 Quando é feito?
 Durante o desenvolvimento dos gametas ocorre a desmetilação do genoma.
 Após a maturação destas células, ocorre a metilação “de novo”.
 O processo enzimático não está totalmente esclarecido, mas se sabe da
existência de um Centro de Imprinting (IC).

 Durante a embriogênese, os alelos dos genes imprintados são mantidos em um


dos estados epigenéticos: imprintado ou não imprintado.

 Essa marcação resulta na ativação ou na inativação da expressão de um certo


gene/conjunto de genes.
 Assim, há uma quebra da regra usual, que diz que ambos os alelos são
expressos.
 No imprinting, apenas um dos alelos será expresso, enquanto o outro será
silenciado.
 Causa uma espécie de “haploidismo uniparental”
 Na verdade, só de um dos progenitores tem a expressão a cada par de gene,
mas há genes que expressão os dois)

 Consequência funcional:
 Funcionalmente, esses genes são haploides.
 Gene A = apenas expressão materna, com o alelo paterno inexpressivo.
 Gene C = apenas expressão paterna, com o alelo materno inexpressivo.
 O produto que ambos é o normal e suficiente para o funcionamento correto da
célula.
 Gene B = expressão de ambos os alelos, tendo produto normal para o
funcionamento correto da célula da mesma maneira.

 Há diferenças se o genoma vem do pai ou da mãe:


 Certos genes vêm “desligados” nos SPTZ e só vem “ligados” no óvulo.
 O contrário também ocorre, gerando essa diferença de características.

 Comparação com inativação do X


 Formação do corpúsculo de Barr, na célula feminina, não é um exemplo de
imprinting.
 Isso porque, é um processo aleatório que ocorre nas células do feto feminino.

 Para que codificam os genes imprintados?


 A maioria codifica proteínas, mas outros codificam para transcritos de RNA
não traduzido.

 Principais locais de imprinting:


 Conhece-se, hoje, cerca de 60 genes que sofram esse processo.
 Estima-se que existam cerca de 200.
 Região 15q11-q13: braço longo do cromossomo 15, banda 1 a 3 
relacionado às síndromes de Prader Willi (paterno) e Angelman (materno)
Alterações gênicas que causam as síndromes de Prader Willi
e de Angelman

 Identificações básicas:
 Prader Willi = obesidade é bem característico.
 Angelman = riso e choro sem motivo, com atraso de desenvolvimento
neurológico. Parece que indivíduo está sempre sorrindo.

SÍNDROME DE PRADER WILLI


 Deleção 15q11-q13 do cromossomo de origem PATERNA (70%)

 Dissomia uniparental (20-30%)  ocorre erro na disjunção da meiose, com dois


representantes de um progenitor, no caso, fica com dois genes maternos e ausência do
paterno.

 Deleção do centro de imprinting (2-5%)  alelos maternos estão “imprintados” e os


paternos deveriam expressar a informação genética. Não há informação gênica, ou
seja, não há transcrição.
SÍNDROME DE ANGELMAN
 Deleção 15q11-q13 do cromossomo de origem materna (60-7%)
 Dissomia uniparental (2-3%)
 Deleção do centro de imprinting (2-5%)
 Mutação do gene UBE3A (5-10%)
 Os alelos estrão imprintados e os maternos deveriam expressara informação genética
 sem informação gênica, sem transcrição.
DELEÇÃO DE CENTRO DE IMPRINTING
DISSOMIA UNIPARENTAL
 Erro na meiose, que faz com que dois cromossomos homólogos migrem para a mesma
célula filha.
 O resultado no zigoto é uma trissomia para aquele cromossomo (duas cópias
homólogas de um dos pais e um cromossomo homólogo de outro)

 Porém, às vezes, o zigoto consegue eliminar um dos 3 cromossomos que desequilibra


o conjunto diploide.

 Quando os dois cromossomos que ficam após essa eliminação são do mesmo
progenitor, chamamos de Dissomia Uniparental!
SÍNDROME DE PRADER WILLI

 Hipotonia – fraqueza muscular acentuada, dificuldade inclusive de deglutir


(sobremaneira, ao nascer)

 Dificuldades alimentares

 Hipogonadismo

 Atraso psicomotor

 Hiperfagia – obesidade, vontade enorme (por vezes, incontrolável) de comer. Na


ausência de comida convencional, comem o que estiver perto, mesmo não sendo algo
comestível.

 Baixa estatura

 Atraso mental moderado


SÍNDROME DE ANGELMAN

 Retardo mental

 Ataxia – as vezes, dificuldade no equilíbrio.

 Risadas paroxísticas – riso sem motivo

 Epilepsia

 Ausência de fala

 Mandíbula proeminente

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