Analise Da Biomecanica Do Agacho
Analise Da Biomecanica Do Agacho
Analise Da Biomecanica Do Agacho
SÃO PAULO
2002
Análise biomecânica do agachamento
SUMÁRIO
Página
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................v
RESUMO ................................................................................................................................vii
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................1
2 OBJETIVOS........................................................................................................................3
7 REFERÊNCIAS................................................................................................................51
Análise Biomecânica do Agachamento v
LISTA DE FIGURAS
Página
FIGURA 1. APROXIMAÇÃO INVERSA EM CORPOS RÍGIDOS DINÂMICOS (VAUGHAN, 1999). ............... 5
FIGURA 2. DIAGRAMA DE CORPO LIVRE (ADAPATADO DE NIGG & HERZOG, 1994)...................... 8
FIGURA 3. DETERMINAÇÃO ANALÍTICA DAS FORÇAS MUSCULARES E ARTICULARES (MODIFICADO DE
ALLARD ET. AL., 1995). ..................................................................................................... 12
FIGURA 4. VARIÁVEIS BIOMECÂNICAS NA OBTENÇÃO DAS EQUAÇÕES DO MOVIMENTO.................. 13
FIGURA 5. ILUSTRAÇÃO DO MOVIMENTO RELATIVO (ADAPATADO DE MERIAN, 1997)................... 14
FIGURA 6. VISÃO ANTERIOR DO JOELHO COM O CÔNDILO FEMURAL MEDIAL À DIREITA E CÔNDILO
FEMURAL LATERAL À ESQUERDA. O TENDÃO DO QUADRÍCEPS FOI DIVIDIDO E A PATELA FOI
RETRAÍDA DISTALMENTE. AS ESTRUTURAS ENUMERADAS SÃO: 1. LIGAMENTO CRUZADO
POSTERIOR, 2. LIGAMENTO COLATERAL LATERAL, 3. LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR 4.
LIGAMENTO CORONAL, 5. MENISCO MEDIAL, 6. LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL, 7.
RETINACULO PATELAR LATERAL, 8. RETINÁCULO PATELAR MEDIAL. ADAPTADO DE NORDIN ET
AL. 2001........................................................................................................................... 16
FIGURA 7. VISÃO DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO NO PLANO SAGITAL. DIAGRAMA DAS FORÇAS QUE
ATUAM NA ARTICULAÇÃO DO JOELHO. (STEINKAMP ET AL. 1993). ................................... 17
FIGURA 8. DIGRAMA PARA PREDIÇÃO DA FORÇA PATELO FEMORAL APARTIR DO ÂNGULO DO JOELHO
(α), ÂNGULO ENTRE AS FORÇAS (β) E DA FORÇA DO MÚSCULO QUADRÍCEPS (FQ). (ADAPTADO
DE MATTHEWS, 1977).................................................................................................... 22
FIGURA 9. DIAGRAMA DE CORPO LIVRE UTILIZADO POR REILLY E MARTENS EM 1972.............. 23
FIGURA 10. FASES DO AGACHAMENTO BURPEE. ........................................................................ 26
FIGURA 11. ÂNGULO DO JOELHO DURANTE A EXECUÇÃO CORRETA (PRIMEIRO GRÁFICO) E ERRADA
(SEGUNDO GRÁFICO) DO AGACHAMENTO BURPEE. DURAÇÃO EM SEGUNDOS E ÂNGULO EM
GRAUS (º) ......................................................................................................................... 33
FIGURA 12. VELOCIDADE ANGULAR DO JOELHO EM GRAUS POR SEGUNDO DURANTE A EXECUÇÃO
CORRETA (PRIMEIRO GRÁFICO) E ERRADA (SEGUNDO GRÁFICO) DO AGACHAMENTO BURPEE.
Resumo
1 Introdução
A busca de um estilo de vida mais ativa nos dias atuais mostra claramente
uma nova tendência da nossa sociedade. Devido ao avanço das pesquisas e a
grande velocidade de propagação das informações, os benefícios que a atividade
física trás atinge com mais facilidade as pessoas da sociedade, levando-as a
procurar instituições onde essa prática seja possível. Comprovação desse fato é o
crescente número de academias e seus alunos. Para tornar suas aulas mais
atraentes, as academias implantam diversos programas que tendem a misturar
departamentos antes isolados dentro da mesma. É o caso da musculação, das lutas,
das ginásticas de solo e das danças, que antigamente possuíam aulas distintas e
hoje, tendem a serem englobadas na mesma aula. Surge então as famosas aulas de
Body Pump, Boby Combat, Aero-axé, Aero-capoeira, entre outras. A preocupação
perante as possíveis lesões ganha ainda mais lugar no meio cientifico, portanto, o
controle da postura durante a prática do exercício tem sido pesquisado intensamente.
Sendo assim, fica necessário entender o movimento humano, suas causas e
conseqüências. É onde entra a Biomecânica, ela é uma ciência que busca explicar
como as formas de movimento dos corpos de seres vivos acontecem na natureza a
partir de parâmetros cinemáticos e dinâmicos (ZERNICKE, 1981).
medidas diretas são extremamente invasivas, a medição direta das forças internas
raramente é viável.
Neste estudo foi escolhido o agachamento Burpee para ser analisado, já que
ele é um exercício largamente utilizado em academias. Sua particularidade é que ele
não é feito com cargas adicionais e sim somente o peso do indivíduo. Neste sentido,
as séries possuem alto número de repetições e baixa carga.
Análise Biomecânica do Agachamento 3
2 Objetivos
3 Revisão de Literatura
Forças e momentos
articulares
Equações de
movimento
Antropometria dos
segmentos Deslocamento Forças de reação
esqueléticos segmentar do solo
conceito usado para simbolizar interações entre um sistema e o que lhe está em
redor, um diagrama de corpo livre é um desenho simplificado sobre o qual as forças
externas que influem no sistema são indicadas por setas. Essas setas representam
as forças como vetores (ENOKA, 2000). Portanto, de acordo com NIGG & HERZOG
(1994), iremos adotar o diagrama de corpo livre para um segmento genérico como
descrito na Figura 2.
xi-xi(i-1) xi(i+1)-xi
Fi(i+1)y
Mi(i+1)z
Ji(i+1)=(x i(i+1),yi(i+1))
Fi(i+1)x
FEy
yi(i+1)-yi
rCMi=(xi,yi) E FEx
mig
yi-yi(i-1)
y
Fi(i-1)x
x
Ji(i-1)=(x i(i-1),yi(i-1))
Mi(i-1)z
Fi(i-1)y
São três os tipos de força que atuam no corpo humano e são representados
no diagrama de corpo livre para cada segmento: as forças de gravitação, as forças
externas e as forças intersegmentares.
(linear), φi , θ i , ψ i (angular); a velocidade por: x& , y& , z& (linear), φ&i ,θ&i ,ψ&i (angular); e a
aceleração por: &x&, &y&, &z& (linear), φ&&i ,θ&&i ,ψ&&i (angular); temos o mesmo esquema anterior de
forma mais matemática, como é mostrado na Figura 4.
Análise Biomecânica do Agachamento 13
DESLOCAMENTO
parâmetros parâmetros forças
x, y , z geométricos inerciais externas
φi , θ i , ψ i
VELOCIDADE
Portanto, com essa ferramenta fica possível a predição das forças internas de
modo viável.
(a) (b)
a
Y Y y
a
-ma
m m x
ΣF ΣF
X X
Figura 5. Ilustração do Movimento Relativo (Adaptado de Merian, 1997).
aA = aB + arel
ΣF = m(aB + arel)
Figura 6. Visão anterior do joelho com o côndilo femoral medial à direita e côndilo
femoral lateral à esquerda. O tendão do quadríceps foi dividido e a patela foi
retraída distalmente. As estruturas enumeradas são: 1. ligamento cruzado
posterior, 2. ligamento colateral lateral, 3. ligamento cruzado anterior 4. ligamento
coronal, 5. menisco medial, 6. ligamento colateral medial, 7. retináculo patelar
lateral, 8. retináculo patelar medial. Adaptado de NORDIN et al. 2001.
diminuir novamente, com isso, a força do músculo quadríceps tem que aumentar
para manter um mesmo torque.
O método de redução será nossa ferramenta neste trabalho para o cálculo das
forças internas, já que esse tem sido utilizado na determinação de forças no joelho
(MORRISON, 1970) e tornozelo (PROCTER & PAUL, 1982) durante o agachamento.
Neste método, é feito uma série de simplificações funcionais e anatômicas para
reduzir o número de estruturas agentes de força cruzando uma articulação. Músculos
com funções similares ou com inserções e orientações anatômicas comuns podem
ser agrupados juntos. No método de redução geralmente se analisa sistemas
articulares isolados, a ação biarticular de certos músculos, tais como o reto femoral,
Análise Biomecânica do Agachamento 20
Sabendo que quando a radiação gama passa através de uma substância ela
se torna mais fraca, Zatsiorsky e Seluyanov incidiram os raios gamas sobre os
segmentos analisados medindo sua intensidade antes e depois de passar pelo corpo,
assim, a massa dos tecidos sob a ação dos raios pôde ser avaliada pela intensidade
de absorção. Durante o experimento, os sujeitos foram escaneados. O dado na
densidade da superfície (massa por unidade de superfície, g/cm2) e os limites dos
segmentos foram colocados em um computador e analisados. A dose de radiação
não ultrapassou 10 milirads (50 vezes menor que a dose máxima permitida; 20 vezes
menor que a dose obtida por um paciente durante um exame simples de raio-X da
região do tórax).
Onde:
4 Material e Métodos
(1) Posição inicial do movimento, indivíduo está na posição ereta com as pernas
semi-afastadas
(3) Apoio das mãos à frente e extensão do joelho, levando o pé para trás
(5) Posição final do movimento, o indivíduo volta para a posição ereta (posição 1).
1 2 3 4 5
A perna de apoio foi o único segmento que tocou a plataforma de força em todo
o experimento. Os pontos que foram analisados estão em vermelho no esquema
acima, sendo assim, durante o movimento, os devidos cuidados foram tomados para
evitar que nenhuma marca refletiva (pontos vermelhos do esquema), fosse
encoberta.
4.4.1 Cinemetria
Para a análise e aquisição dos dados de cinemetria, será utilizada uma câmera
de vídeo modelo JVC GR DVL 9800 e softwares específicos. Com essa informação,
podemos utilizar softwares específicos que nos permite calcular as variáveis
cinemáticas de interesse.
Análise Biomecânica do Agachamento 28
4.4.2 Dinamometria
Sendo que:
mi : massa do segmento i;
Para que os cálculos da dinâmica inversa sejam confiáveis, foi necessário que
existisse uma sincronização dos dados da câmera com os dados da plataforma. Para
esse detalhe, foi desenvolvido um sincronizador que emitia dois sinais ao mesmo
tempo, o primeiro era captado pelas câmeras e o segundo pela plataforma. Esse
sincronizador era composto de uma lâmpada e resistores que, quando o interruptor
era acionado, ao mesmo tempo que a luz acendia, uma descarga de 10 volts era
enviada para a borneira que retransmitia o sinal para o computador de aquisição.
Com isso, os dados foram alinhados da seguinte forma: quando a lâmpada era vista
acesa (dado cinemático), significava que este instante coincidia com um pico de 10
volts nos dados cinéticos (plataforma), portanto esse ponto era tomado como marco
de sincronização entre os dois dados.
1 n 2
∑σ i
n i =1
CV = × 100(% )
1 n
∑ xi
n i =1
Onde:
Análise Biomecânica do Agachamento 31
n = número de intervalos
a) quanto à cinemetria:
b) quanto à cinética:
5 Resultados
5.1.1 Ângulo
Indivíduo 1
Certo
Errado
Figura 11. Ângulo do joelho durante a execução correta (primeiro gráfico) e errada (segundo
gráfico) do agachamento Burpee. Duração em segundos e ângulo em graus (º)
Nota-se por esse gráficos que durante a execução errada, o ângulo do joelho
alcançou valores muito maiores (110º) do que na execução correta (80º) durante a
Análise Biomecânica do Agachamento 34
fase 3. Outro detalhe são os valores apresentados no eixo das ordenadas, os quais
são sempre maiores que 180 graus. Isso de deve à convenção do softer utilizado
para essa análise. Neste gráfico, 180 graus corresponde a 0 graus na convenção
deste trabalho, o qual coincide com a posição em pé do indivíduo.
Análise Biomecânica do Agachamento 35
5.1.2 Velocidade
Indivíduo 1
Certo
Errado
5.1.3 Aceleração
Indivíduo 1
Certo
Errado
Indivíduo 1
700
certo
600 errado
FRSz (N)
500
400
300
200
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Duraçao(%)
Figura 14. Média e desvio padrão da FRSz na execução correta (linha azul) e
errada (linha vermelha) do agachamento Burpee para 10 tentativas.
5.3.1 Tornozelo
Indivíduo 1
ForçaHorizontal
Força horizontal no tornozelo
no Tronozelo
80
60
certo
Força Horizontal (N)
40 errado
20
-20
-40
-60
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Duraçao (%)
Indivíduo 1
-200
Força Vertical (N)
-300
-400
-500
-600 certo
errado
-700
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Duraçao (%)
5.3.2 Joelho
Indivíduo 1
Força
Força horizontal
Vertical no joelho
no Tornozelo
certo
errado
Força horizontal (N)
50
-50
-100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Duraçao (%)
Indivíduo 1
600
Força Vertical (N)
certo
500 errado
400
300
200
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 10
Duraçao(%)
5.4.1 Tornozelo
Indivíduo 1
-20
Torque (Nm)
-40
-60
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
certo Duraçao (%)
errado
5.4.2 Joelho
Indivíduo 1
60
certo
40 errado
Torque (Nm)
20
-20
-40
-60
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Duraçao (%)
6 Discussão e Conclusão
Com o gráfico de força horizontal no joelho (Figura 17) nota-se que na execução
errada, essa força se manteve mais próxima no valor nulo do que na execução
correta. Além disso, na posição 3 o pico na execução errada foi cerca de 20N e na
certa 45N, indicando assim que essa variável vista isolada mostra-se muito maior
(mais de 100%) na execução correta, gerando assim, um torque maior na articulação
do joelho do que no modo errado. Porém, é conveniente lembrar que o pico desta
força é pequena comparada com a força vertical no joelho, contribuindo assim, pouco
na demanda total mecânica na articulação do joelho no movimento de agachamento.
7 Referências
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