Teorias Basicas
Teorias Basicas
Teorias Basicas
Página
3 INÍCIO E HISTÓRIA
8 CONCEITO DE T’CHI
9 YIN E YANG
14 AS ENERGIAS HUMANAS
18 PATOLOGIA BÁSICA
19 CINCO MOVIMENTOS
24 ENTES VITAIS
26 PLANOS ENERGÉTICOS
32 PONTOS DE COMANDO
38 VIAS ENERGÉTICAS
44 VASOS REGULADORES
49 OS TRÊS TESOUROS
53 AS 14 ENERGIAS
61 AS BARREIRAS
62 TERAPÊUTICA BÁSICA
63 BIBLIOGRAFIA
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I. INÍCIO E HISTÓRIA
Acus = agulha
Puntura = picada
Moxa = artemísia vulgaris (fitoterápico)
Bustão = queima
A acupuntura foi conhecida pelos jesuítas que estiveram na China no início do século XVII e lhe
deram este nome, mas só começou a ser ensinada no ocidente no início do século XX por Soulié de
Morant. É geralmente utilizada conjuntamente com a moxabustão, daí o nome mais adequado ser:
Acupuntura e Moxabustão.
Um dos escritos mais antigos que registram a acupuntura e que serve como referência
cronológica é o Nei Jing – ou o livro chamado: Os Princípios (ou Clássico) de Medicina
Interna do Imperador Amarelo. Este livro sintetiza as experiências de tratamento e as teorias
até então, contadas em um diálogo entre o curioso Imperador Amarelo e um Mestre Taoísta
chamado Qibo.
Existem várias versões deste clássico. Conta-se que um dos exemplares mais completos deste
livro era de posse do Dr. Van Nghi, médico vietnamita que veio a estudá-lo e traduzi-lo. Este
exemplar conteria comentários de dois médicos da dinastia Tang, passagens que teriam sido
retiradas posteriormente e que tornavam o restante da obra praticamente indecifrável.
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Enquanto isso, na China, a medicina chinesa foi progressivamente deslegitimizada e até
perseguida pelo governo de Chang Kai-Shek no começo do século XX.
A partir de 1949 teria sido reabilitada pelo governo da República
Popular da China, porém sofrendo expurgos na sua cosmologia (visão de
mundo, de homem, de saúde-doença) e em certas práticas por não se
coadunarem com o pensamento científico pretendido pelo regime
comunista chinês. Desde processo surgiu a hegemônica escola
“Tradicional Chinese Medicine” praticada e exportada atualmente, na qual
certos ensinamentos da medicina clássica chinesa foram omitidos por
serem considerados “místicos”, “metafísicos” ou “supersticiosos” e na qual
a mistura com conceitos médicos ocidentais muitas vezes fez perder sua
natureza essencial.
Essas lacunas, e a reserva de mercado que existe atualmente na China para proteger o que
resta da medicina chinesa e sua rentável exportação de produtos e conhecimentos, são preenchidas
pelo conhecimento de grandes mestres como Van Nghi e seus alunos que, fora da China,
continuaram de posse de conhecimentos e clássicos milenares, transmitindo e dando
desenvolvimento a esta tradição.
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II. FUNDAMENTOS DAS MEDICINAS ENERGÉTICAS
1) A corrente Mecanicista, que contempla o ser humano como uma mera máquina formada
pela soma de vários mecanismos. Esta medicina tem duas bases claras de atuação:
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Por isso em MTC o diagnóstico e o tratamento são baseados numa análise global de sinais e
sintomas, como: observação, ausculta e olfação, interrogatório, tomada de pulso e palpação, à luz
das teorias da MTC para se ter uma boa idéia de: causa, natureza, localização de uma doença,
relação entre os fatores patogênicos e a energia vital; sumariando-as em uma síndrome (Zheng) de
determinada natureza. A partir desta informação podemos determinar o método terapêutico
correspondente. Esta compreensão da MTC implica que:
- Podemos tratar uma mesma doença com tratamentos diferentes (quando têm síndromes
diferentes) / SÍNDROMES DIFERENTES TRATADAS DE MANEIRAS DIFERENTES
- Podemos tratar diferentes doenças (que têm a mesma síndrome em natureza) com um
mesmo tratamento (mesmo método) / SÍNDROMES IGUAIS TRATADAS DE MANEIRA
SEMELHANTE.
Tudo isso porque estaremos focados menos na DOENÇA e mais no DOENTE, ou seja, mais
na pessoa do que nos sintomas, sendo que estes são como pistas para desvendarmos o
desequilíbrio energético global.
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III. GRANDES AXIOMAS DAS TERAPIAS ENERGÉTICAS
AXIOMA: proposição que se admite como verdadeira porque dela se podem deduzir as
proposições de uma teoria ou de um sistema lógico ou matemático
2) A doença uma vez instaurada leva a um processo evolutivo que, por seguir leis pré-
estabelecidas, se pode determinar ou prever
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IV. CONCEITO DE ENERGIA (T´Chi)
Este ideograma representa um recipiente sobre o fogo, como uma panela na qual está
fervendo água sobre uma chama. Este ideograma é ideal para representar o T’Chi, já
que assim como a água ele pode estar em vários estados. É uma metáfora da
transformação poderosa que o T’Chi pode sofrer.
“Podemos dizer que tudo o que existe no universo, orgânico e inorgânico, é composto e
definido por seu T’Chi, que pode ser pensado como matéria a ponto de se tornar energia ou como
energia a ponto de se tornar matéria. Só que para os chineses essa questão conceitual não se
coloca; o T’Chi é percebido funcionalmente – pelo que faz”.
Marcelo Gleiser, físico moderno, dá uma maravilhosa definição de energia: “Energia não é
uma substância, não é visível u invisível. A definição que eu considero mais adequada é que energia
é uma medida de transformação, que pode ser aplicada ao movimento, à luz, ao som, ao
magnetismo, às reações químicas (como a digestão de alimentos ou a queima de gasolina), enfim, a
qualquer processo natural que envolva alguma mudança ou a possibilidade de uma mudança. (...)
Durante o século XIX ficou claro que a energia tem uma propriedade fundamental: a sua
conservação. Energia não pode ser criada ou destruída, apenas transformada. Em qualquer
processo natural a quantidade total de energia é a mesma antes e depois, mesmo que ela tenha se
transformado completamente. (...) Esta visão de perpétua transformação na natureza é, a meu ver,
profundamente bela. Tudo o que observamos, e mesmo o que é invisível aos nossos olhos e
sentidos, reflete, de alguma forma, uma transformação de energia.”
O visível e o invisível, são diferentes aspectos de manifestação do T’Chi. A energia é uma e
múltipla, em função de suas manifestações. A estes opostos os chineses chamaram Yin Yang. É
somente através deles que conseguimos apreender e conhecer o mundo:
“Só temos consciência do belo
Quando conhecemos o feio.
Só temos consciência do bom
Quando conhecemos o mau
Porquanto o Ser e o Existir
Se engendram mutuamente
O fácil e o difícil se completam
O grande e o pequeno são complementares
O alto e o baixo formam um todo
O som e o silêncio formam a harmonia
O passado e o futuro geram o tempo (...)”
(Tao Te Ching)
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V. YIN YANG
Pequeno Yang;
Yang dentro do Yin;
Princípio da
destruição e da Yang
mudança
Pequeno Yin;
Yin dentro do Yang;
Yin
Princípio da
destruição e da
“Uma vez yin, uma vez Yang, eis o Tao.” mudança
Estes termos significam literalmente: o lado da montanha que fica na sombra (Yin) e o lado da
montanha que fica virada para o sol (Yang). A montanha é a mesma, mas possui as duas
qualidades: claridade e sombra / figura e fundo / positivo e negativo.
No sentido primitivo se encontra a idéia de polaridade, de oposição, onde o Yang expressa o
papel ativo, dinâmico e masculino e o Yin o papel passivo, estático e feminino.
A filosofia chinesa desenvolveu e generalizou estes termos a toda natureza, mostrando que o
princípio de oposição se encontra em todas as partes e que é, por assim dizer, a origem de toda
manifestação, manifestação esta que por sua vez contém, em proporções variáveis ambos os
princípios, dos quais um deles se sobressai, se destaca, porém só temporariamente, para dar lugar
ao predomínio do contrário.
A mutação dos fenômenos naturais mostra a alternância Yin Yang e mostra também o
mecanismo que opera em seu interior:
Yang contém o Yin, Yin contém o Yang. Cada um tem o seu oposto dentro de si. O oposto
crescerá lentamente até destruir o seu hóspede: Yin haverá se transformado em Yang e vice-versa.
E neste momento o processo inverso já começa a ocorrer.
Meio dia
Yang no Yin no
Yang Yang Pôr do sol Nascer do sol
Yin no Yang
Nascer do sol Yin no Yin
Meia-noite
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O Yin e o Yang “são como os lados diferentes mas inseparáveis de uma moeda, os pólos de um
magneto ou a pulsação e o intervalo em qualquer vibração. Não existe a possibilidade final de um
dos dois lados vencer o outro, pois assemelham-se mais a amantes em embate corporal do que
inimigos em luta. Contudo, é difícil, com a nossa lógica, perceber que ser e não-ser são
mutuamente geradores, pois o incomensurável e ilusório terror do homem ocidental está em que o
nada seja o fim permanente do universo. É difícil para nós, perceber que o vazio é criativo, e que o
ser provém do não ser, assim como o som provém do silêncio e a luz do espaço”.
Ter em mente que esta idéia de oposição Yin/Yang NÃO é maniqueísta (Maniqueísmo:
doutrina que se funda em princípios opostos, bem e mal).
A compreensão do Tao passa pela aceitação dos opostos no mundo dos fenômenos, SEM
ATRIBUIÇÃO DE VALOR, apenas como um atributo da mutação. O que é bom ou mau não é
Yin ou Yang, mas o equilíbrio ou desequilíbrio que podem existir entre eles.
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VI. SISTEMA ZANG FU E CANAIS DE ENERGIA
Fu: são as “oficinas”, onde se fabrica e cria a energia a partir de aportes externos. As
vísceras tem a função de manter a homeostase com o meio, proteger o órgão (acoplado) do
elemento climatológico correspondente, degradar alimento e gerar energia que vai aos órgãos
(zang). São em geral ocas e muito ativas. E por todas essas características são consideradas “Yang”.
São elas:
Zang: são os órgãos “tesouro”, também denominados armazéns, onde a energia fornecida
pelas vísceras é recepcionada, administrada e metabolizada pra a função que lhe é própria. Os Zang
regem a estrutura psico-física através da sua energia específica (Qi). Em relação com as vísceras
tem função de natureza “Yin”. São eles:
Fígado (Gan)
Coração (Xin)
Mestre do Coração (Xin bao) – também denominado Pericárdio ou Circulação-Sexo
Baço-Pâncreas (Pi)
Pulmão (Fei)
Rim (Shén)
Cada um deles tem ao longo do corpo humano trajetos energéticos aos quais regem e levam
seu nome, são os Canais (ou Meridianos de energia) e os Colaterais.
Mas o movimento não é possível sem a união yin-yang, portanto a todo yang lhe
corresponde um yin para que possa acontecer o movimento e a mutação. Assim os órgãos e
vísceras se combinam em pares yin-yang, também chamados de “acoplados”:
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Através do acoplamento yin-yang surgem os Cinco Movimentos que serão vistos mais adiante.
A circulação energética seguirá a ordem de um a outro, de um Yin a um Yang que o complementa, e
daqui a outro movimento, cumprindo os princípios de alternância energética.
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VII. O HOMEM ENQUANTO TRANSFORMADOR DE ENERGIA
Evolução da
enfermidade
Acupuntura, homeopatia Energética
e técnicas energéticas
Farmacopéia e Bioquímica
fitoterapia
Cirurgia Orgânica
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VIII. AS ENERGIAS HUMANAS
São as que o indíviduo já possui antes do nascimento e que determinam sua espécie e raça.
FORMAÇÃO DE ZHONG
O T’CHI Origem
(O um)
Espermatozóide Óvulo
Yang Yin
Bipolarização
+ - (O dois)
Dinamização
(O três)
Transformação
(Os 10.000 seres)
O2
Alimento
+ -
MC MC Meridianos
+ + + Rong
E +- +- +-
BP P CO2
-
- -
ID Insulina H2O
OBS: De cada reação resultam três substâncias diferentes, um Thin (+) ou energia livre que
vai ao Mestre do Coração, um Tinh (+ - ) ou “vapor”, e um Jing (-) ou uma material. Thin,
thin e jing são três gradações, sendo thin mais yang e jing mais yin. O tinh é toda substância
que ainda é passível de metabolização (energia e matéria mistas).
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- características: yin, densa, alimentar
- função : nutrir todos os sistemas, circular pelos meridianos principais impulsionando o
sangue a fim de alimentar todo o organismo.
- circulação: circula nos 12 Canais Principais com horários de máxima atividade em cada
meridiano a cada 2 horas, de acordo com o seguinte esquema
P IG E BP C ID B R CS TA VB F
03 05 07 09 11 13 15 17 19 21 23 01 03
Essa circulação da energia Rong permite elaborar um valioso princípio para o diagnóstico,
já que as síndromes de plenitude em um órgão ou víscera pioram no momento de sua máxima
atividade. Ao contrário, toda síndrome de vazio melhorará neste horário.
E como o máximo energético de uma unidade corresponde ao mínimo energético no horário
exatamente oposto, toda síndrome de plenitude melhorará no horário oposto ao de máxima
atividade, e toda síndrome de vazio piorará.
b) Wei (defensiva)
MC (+)
(-)
MC (+)
MC (+) MC (+)
ID (+ -) R (+ -) F WEI (Yin)
(+ -)
(-) (-)
(-)
MC (+) MC (+)
MC (+)
(+ -)
IG B VB WEI (Yang)
(+ -) (+ -)
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3) Conceito de MC e TA em relação à formação de energia defensiva e nutrícia
O Triplo aquecedor não corresponde a nenhuma estrutura física definida. Ele é uma função
de regulação fundamentalmente Yang, e tem a ver com o controle de formação da energia. É
dividido em três níveis: superior (P/MC/C), médio (E / BP) e inferior (ID-IG / R-B / F-VB). Nos
três aquecedores são formadas as energias de Céu Posterior.
O Mestre do Coração também corresponde a uma função, mas neste caso de natureza Yin.
Ele coleta e recebe as energias metabolizadas pelas unidades energéticas e recebe informação
endógena através dos Meridianos Distintos (uma rede interna de canais semelhante a um sistema
linfático energético). Através destas informações o Mestre do Coração induz reações adaptativas
rápidas e lentas e regula a psique, assegurando a sobrevivência.
A energia Rong circula nos Meridianos Principais e é fundamentalmente yin. A energia Wei
circula nos meridianos Tendino-musculares, e á considerada mais yang por estar mais
externalizada e também ser menos densa do que a energia Rong.
A energia Wei (+) emerge para fora do corpo através de um ponto localizada no alto da
cabeça que é considerado o ponto de convergência dos canais Yang do corpo, o VG20 (Baihui =
Cem reuniões). A partir desde ponto ela forma uma manto em volta do corpo, caminhando até os
pontos Ting localizados nas pontas dos dedos das mãos e dos pés. Este manto é chamado de Halo
Indutivo.
A partir dos pontos ting, a energia wei penetra nos canais tendino-musculares de onde fica
emanando ao exterior através de pequenas ramificações na pele, denominadas sun luo. Esta
radiação constante que forma uma barreira neutralizante contra as energias perversas exógenas se
chama Halo Radioativo. O halo radioativo e o halo indutivo são garantidos pela presença da
energia Rong que circula mais profundamente nos canais principais e que é de natureza yin (-). O
yin atrai o yang e impede que se dispense de forma contínua, mantendo-o sempre como uma aura
protetora e neutralizante em volta do corpo.
HALO INDUTIVO
+ + + Energia Wei
+ + +
HALO RADIOATIVO
Pele
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IX. PATOGÊNESE BÁSICA
1) Os 4 demônios (Xie)
2) O Zheng
É a Energia Verdadeira, ou seja, a soma de todas as energias (yuan, zhong, rong, wei, qi,
thin). É o que se opõe continuamente aos quatro xie.
3) Vazio-Plenitude/Xu-Shi
Representa a dialética zheng-xie, a dialética entre o fator patogênico e a energia vital (luta
entre as 4 energias e os 4 demônios).
b) Zheng forte, Xie forte = Shi, plenitude (luta entre patógenos e antipatógenos =
hiperatividade)
Por isso em MTC nem sempre sintomas agudos são considerados mau prognóstico, já que
podem representar um zheng forte em luta contra o xie. Enquanto a cronicidade implica uma
energia vital fraca por parte do organismo.
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X. LEI DOS CINCO MOVIMENTOS (OU A GRANDE REGRA)
Os Cinco Movimentos (ou Cinco Elementos) são símbolos tomados da natureza que
representam o equilíbrio e a interrelação que existe em tudo que está entre o Céu e a Terra, relação
existente tanto no micro quanto no macrocósmico.
No homem enquanto microcosmo, proporciona um esquema para a compreensão da
fisiologia, as relações orgânicas, viscerais, psíquicas, etc. E também as suas relações com o
macrocosmo, ou seja, a influência das estações, sons, cores, movimentos cósmicos, etc.
FOGO
MADEIRA TERRA
ÁGUA METAL
Por abstração as cinco categorias foram e são até hoje então utilizadas para explicar e
sistematizar o universo todo e inserido a ele o Homem.
“Seu princípio de ordem era o da correlação por analogia. Sua teoria subjacente
era que coisas da mesma espécie energizam umas às outras. (...) Não havia necessidade
de pressupor um criador por trás da manifestação. A visão era orgânica; dentro de cada
coisa em si mesma está sua vida, seu tao energizante. E, como por ressonância,
influências mútuas tocavam os princípios vitais atuantes de todas as coisas, de maneira
que em todo o universo ressoava uma maravilhosa harmonia cujas leis, como as da
música, poderiam ser descobertas e experienciadas com admiração”.
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Madeira Fogo Terra Metal Água
Zang-Fu F/VB C/ID, CS/TA BP/E P/IG R/B
Sabor Ácido, azedo Amargo Doce Picante Salgado
Direção Leste Sul Centro Oeste Norte
Cor Verde Vermelha Amarela Branca Azul escuro,
preto
Período do dia Amanhecer Manhã Meio-dia Tarde Noite
Estação do ano Primavera Verão Estio Outono Inverno
Clima Vento Calor Úmido Seco Frio
Horário 23-03 h 11-15h, 19-23h 7-11h 3-7h 15-19h
Órgão dos Olhos Língua Boca Nariz Orelhas
sentidos
Sentido Visão Tato e Palavra Paladar Olfato Audição
Energiza Músculos Circulação Tecido Pele Ossos
sanguínea Conjuntivo
Nutre Unhas Tez Carne Pêlos Cabelo
Secreção fluída Lágrima Suor Saliva Liq. Nasal Liq. Auditivo
Liq. Sinovial
Liq. Raquideano
Aspecto mental Houn Thân Yi Po Zi
Valor espiritual Imaginação Consciência Reflexão Otimismo Vontade
Desejo Palavra Ponderação Vitalidade Determinação
Competitividade Conhecimento Seriedade Sensibilidade
Estratégia Alegria Alma sensitiva Carisma
Valentia
Perturbação Ira Labilidade Obsessão Tristeza Medo
Cólera Logorréia Ansiedade Melancolia Cuidados
Irritabilidade Emotividade Manias Apatia Insegurança
Agressividade descontrolada Preocupações
Tipo de Ansiedade pela Quadros Ansiedade pelo Depressão vital Fobias
depressão posse depressivos controle Autofagia
maiores
Cheiro Rançoso Queimado Perfumado Cárnico Pútrido
sintomático
Perturbação Grito Divagação Choro Soluço Gemido
Fase Geração Maturação Colheita Queda Degradação
Ciclo vital Nascimento Crescimento Maturidade Declive Êstase
São ciclos que garantem o equilíbrio do sistema, ou seja, permitem que todos os
movimentos vivam harmoniosamente. Para isso é preciso que sejam alimentados para que cresçam
e também que sejam controlados, para que não cresçam em excesso prejudicando os outros.
Fg
Md Te
SHENG
Ag Mt
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Ao ciclo que controla chamamos de Ciclo de Controle, Dominação ou Inibição (Ciclo Ke),
ou ainda Avô-Neto:
Fg
Md Te
KE
Ag Mt
Fg
Md Te
Ag Mt
O Movimento que está excessivo também pode, por outro lado, controlar de uma maneira
inversa ao Movimento que deveria estar controlando a ele mesmo. Então ocorre uma inversão,
onde o Movimento dominado se volta contra aquele que o domina, inibindo-o patologicamente.
Por isso se chama Ciclo de Inversão (ou Ciclo Wu).
Exemplo: Fogo em excesso contradomina Água
Fg
Md Te
Ag Mt
Os dois ciclos fazem com que progressivamente todo o sistema entre em desarmonia e esses
desequilíbrios vão sendo transferidos de um a outro Movimento no decorrer do tempo.
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d) Ciclos patológicos menores (Muzi e Zimu)
Os Ciclos Patológicos menores são menos porque seus efeitos são menos progressivos e
mais temporários do que nos ciclos patológicos maiores. Eles se referem a distúrbios na relação
Mãe-Filho (ou seja, no Ciclo Sheng).
O ciclo Mu-Zi indica que a enfermidade da mãe atinge o filho.
Exemplo: Alteração em Água se propaga a Madera
Fg
Md Te
Ag Mt
O Ciclo Zi-Mu indica que a enfermidade do filho vai atingir a mãe, gerando estancamento
(Yü). Exemplo: Alteração em Madeira atingindo Água
Fg
Md Te
Ag Mt
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Exemplo para uma situação de vazio:
C-Id C-Id
C-Id
A - Vazio de Coração (1) que provoca plenitude relativa de Intestino Delgado (2).
B – Vazio de Coração que gera vazio em Baço-Pâncreas pois não alimenta (5) e Fígado pois a mãe
Fígado se esvazia ajudando ao filho Coração (6).
C – Vazio de Coração que acarreta plenitude relativa de Pulmão, já que este que deveria ser
dominado se volta contra o dominante (3), e de Rim que domina excessivamente (4)
Neste caso o elemento debilitado permite o contradomínio (Wu) por parte do Pulmão e o
sobredomínio (T’cheng) por parte do Rim; não pode alimentar seu filho e esgota à sua mãe.
Em este exemplo e em outros podemos perceber que uma mesma sintomatologia básica pode
relacionar-se com diversos agentes etiológicos. Daí se deduz que:
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XI. ENTES VITAIS
Princípio de Lao-Tsé
O Um: é a singularidade inicial (T´Chi), princípio universal primário. Matéria e energia são
uma mesma coisa com diferentes estruturas moleculares (quando mais peso molecular, mais yin;
quanto menos peso molecular, mais yang). Matéria e energia são a mesma coisa em diferentes
estados de concentração, isso permitiu criar a bomba atômica, permitiu usar energeticamente a
matéria.
O Dois: o Um ou se manifesta, ou está em estado latente (energia cinética ou potencial,
movimento ou repouso). A unidade se manifesta na dualidade, pois só conhecemos através de
comparação, do reconhecimento dos opostos, ou da dualidade: yin yang.
O Três: os opostos geram “vento”, ou seja dinamização, movimento, transformação, mudança.
Vento frio gera umidade. Vento quente gera secura. Umidade e a secura darão origem aos 10.000
seres.
1
Singularidade inicial
10.000 seres
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Os 10.000 seres
b) Entes não vitais: aqueles que não tem capacidade de homeostase com o meio, tem energia
potencial mas não manifestam, por exemplo os minerais.
c) Entes mistos: vírus, que não tem capacidade vital se não parasitam, ou seja, por si só não são
entes vitais, se tornam vivos quando absorvem energia da célula. Para a MTC o vírus não é um
microorganismo, ele é uma substância não vital que adquire características vitais parasitando o
organismo vivo.
As 5 energias do cosmos
Wai qi é o nome que se dá a qualquer energia externa que incide sobre o organismo. Se são
energias climaticas, se denominam Liu qi. São elas: calor, umidade, frio, vento, secura.
Quando essas energias penetram a camada defensiva, se transformam em Liu xie, um corpo
estranho ao sistema.
Liu Xie é nome que se dá às energias climatológicas (calor, umidade, frio, vento, secura) que
penetram no interior, sendo uma energia estranha ao corpo e que deverá ser metabolizada,
aproveitada ou excretada. O homem tem uma estrutura de canais de energia que absorve e
neutraliza esta influência na tentativa de manter a homeostase.
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XII. PLANOS ENERGÉTICOS
Meridianos principais
São em número de 12, bilaterais (1 para cada unidade energética, zang ou fu). Existem 6
meridianos yin (que sobem) e 6 yang (que descem), de cada lado do corpo (energeticamente o
corpo é simétrico).
Os canais se organizam através dos planos energéticos (união de mesma polaridade) ou dos
acoplados (união de polaridade oposta).
Um “plano energético” é formado pela união de dois meridianos de mesma polaridade, ligando
o alto e o baixo. Existem 6 planos energéticos no total: Tai Yang, Shao Yang, Yang Ming (3 yang) e
Tai Yin, Jue Yin, Shao Yin (3 yin).
YANG YIN
Parte superior Parte inferior
Exterior Interior
Costas Abdômem
Aspecto lateral das extremidades Aspecto medial das extremidades
Planos energéticos
– o plano é uma linha que vai do pé à cabeça unindo 2 meridianos de mesma polaridade
– os planos energéticos yang descem e os yin sobem
– os planos energéticos yang se encontram na face
– os planos energéticos yin se encontram no tórax
– a energia tem que circular, se não circula, o sangue não circula
– energia (yang) e sangue (yin) configuram o “tao humano”: onde não há energia não há sangue,
onde não há sangue não se produz energia (por isso se diz que o sangue é a mãe do qi, e o qi é o
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golpe que impulsiona o xue).
Planos biocósmicos (Yang)
Estes planos são formados pelos meridianos relacionados às Vísceras. São planos mais
externos, encarregados de neutralizar as energias exógenas (liu qi).
Os planos yang são formados pela união de canais de mesma polaridade (yang-yang),
unindo o alto e o baixo, como segue:
(Lembrando, as vísceras são encarregadas de proteger, ou seja, uma de sua funções é a de
manter a homeostase com o meio geocósmico, de proteger o órgão acoplado do elemento
climatológico que lhe é nocivo. Em cada estação do ano uma das vísceras está mais ativa para
neutralizar a energia do meio externo.)
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Planos bioquímicos (Yin)
1) Tai yin: P – BP
Regem o tecido externo (pele e tecido conjuntivo), produzem energia que enviam ao Yang Ming
(através dos acoplados) para que estes mantenha sua função de proteção contra a umidade e a
secura evitando que estes fatores penetrem a nível orgânico. É o menos yin (-), ou menos profundo.
3) Shao Yin: C – R
Tem relação com os vasos e os ossos, ou seja, tecidos profundos, e envia energia ao Tai Yang para
que se oponham ao frio e o calor, protegendo o interior. É o mais yin (---).
BP1 F1 R1
pé pé pé
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Esquema dos planos energéticos e acoplados
Tsou Zu PLANOS
(mão) (pé) (Unem alto e baixo)
ID B Tai Yang superficial
TA VB Shao Yang
ACOPLADOS
(unem exterior IG E Yang Ming
e interior)
P BP Tai Yin
CS F Jue Yin
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CIRCULAÇÃO DE ENERGIA RONG
MÃO
ID1 C9
TA1 CS9
IG1 P11
ID19
TA23
IG20
CABEÇA
VB1
B1 E1
CS1 C1
P1
TÓRAX
BP21 F14 R27
E45 BP1
VB44 F1
B67 R1
PÉ
Planos Yang Planos Yin
Mais superficial Mais profundo
P IG E BP C ID B R CS TA VB F
03h 05h 07h 09h 11h 13h 15h 17h 19h 21h 23h 01h 03h
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XIII. ESTRUTURA GERAL DE UM MERIDIANO PRINCIPAL
E ÁREAS DE COMANDO
C
A B
D
TING HO PPMD
Dedos dos pés Joelho ou Ombro ou
ou da mão cotovelo bacia
ZANG (nos canais yin)
ou FU (nos canais yang)
1) Áreas
– A: trajeto de comando, onde se localiza a imensa maioria dos pontos que se usa
normalmente, fica entre os dedos das mãos e os cotovelos ou os dedos dos pés e os joelhos.
– B: trajeto secundário que vai das articulações proximais (joelho e cotovelo) às grandes
articulações (ombro e coxo-femural/bacia).
– C: trajeto distal, que vai para a cabeça nos meridianos yang e ao tórax nos meridianos yin.
– D: trajeto interno, que parte do Ponto de Partida do Meridiano Distinto (na bacia ou ombro)
levando ao interior do organismo.
2) Trajeto de comando
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IX. PONTOS DE COMANDO
1) Pontos Shu-antigos
– são símbolos que explicam a intensidade de saída da energia, a energia se acumula nas pontas
mais distais (ou seja, nos pontos ting). Os pontos Shu Antigos são também chamados Nascente
(Ting), Riacho (Iong), Córrego (Iu), Rio (King), Mar (Ho), numa analogia da energia com a água.
– Por que há 5 pontos shu antigos? Porque há 5 movimentos. Os pontos Shu Antigos fazem com
que seja possível interferir nos 5 Movimentos a partir de cada um dos canais, onde estão refletidos.
Nos canais Yin, se o Ting é Madeira, Iong é Fogo, Iu é Terra, King é Metal e Ho é Água:
Iong
Ho King
Nos canais Yang, se o Ting é Metal, Iong é Água, Iu é Madeira, King é Fogo e Ho é Terra:
King
Canais Iu Canais Ho
Yang Yang
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d) Ponto dominante, estacional ou transmissor
– é o ponto correspondente ao próprio elemento a que pertence o canal em questão (Madeira da
madeira, Água de água, etc.).
– possibilita que o cinco movimentos estejam representados em cada um dos 12 canais principais
(já que ele transmite sua energia a todos o pontos Shu Antigos semelhantes de todos os outros
movimentos).
C
iong
iu
ting
F BP
ho king
R P
33
Exemplo do ponto dominante num canal Yang:
king
iu ho
ID
iong ting
VB E
B IG
Ting
P MC C
Ting
BP F R
34
Canais yang da mão:
IG TA ID
Ting
E VB B
Ting
2) Pontos Luo-Yuan
35
pele
P MTM
P
M Luo Longitudinal ting
D
ho Canal principal
king LUO iu iong
Canal principal
YUAN Luo Transversal acoplado
Luo: Luo:
E42 BP3 F3 VB40
C5 ID7
Luo: Luo:
MC6 TA5 R3 B64 IG4
P9
PONTOS TING
- nos canais yang da mão são os primeiros (porque o yang desce)
- nos canais yang do pé são os últimos (porque o yang desce)
- nos canais yin do pé são os primeiros (porque o yin sobe)
- nos canais yin da mão são os últimos (porque o yin sobe)
PONTOS IONG
- são sempre os seguintes aos ting (posteriores ou anteriores)
PONTOS IU
- são sempre os seguintes ao iong (posteriores ou anteriores), e há uma exceção no VB41
PONTOS YUAN
- nos canais yin é o mesmo que o IU
- nos canais yang é o seguinte ao IU
PONTO XI
- ocupa o numeral que esteja livre, mais próximo ao ponto TING (Exceções: BP8, E34)
37
X. VIAS ENERGÉTICAS
1) Circulação Principal:
- é onde se encontram os pontos de acupuntura (além de Du Mai e Ren Mai que também possuem
pontos próprios). Consiste em:
– 12 x 2 (bilaterais) = 24 canais principais, onde circula Rong
– 12 x 2 (bilaterais) = 24 Luo Transversais (que comunica os acoplados) onde circula Rong
Luo Longitudinais
pele
P MTM
P
M Luo Longitudinal ting
D
Canal principal
Canal principal
Luo Transversal acoplado
– são as vias internas imuno defensivas, neutralizam os fatores dietético emocionais sendo a
defesa do interior do corpo.
– Nestas vias circula 25% de energia Rong e 75% de energia Wei (são de circulação mista
defensivo-nutrícias)
4 bilaterais e 4 unilaterais
– circula energia Zheng (a energia verdadeira, essencial)
– tem pontos de amplo espectro terapêutico que não devem ser usados indiscriminadamente
para preservar o Zheng
38
39
XI. PROCESSO DE PENETRAÇÃO DA ENERGIA PERVERSA
As 4 Capas e 12 Portas
O processo de penetração de energia perversa (liu qi) no organismo segue 4 etapas: WEI
(colaterais), QI (vísceras), JING (órgãos), XUE (sangue).
As capas Wei e Qi são as mais externas (yang), e as capas Jing e Xue as internas (yin)
Cada capa tem 3 portas, como segue:
1) Capa Wei
– tem 3 portas; meridianos tendino musculares, luo longitudinais, meridianos distintos
2) Capa Qi
– tem 3 portas: tai yang (equilíbrio térmico), shao yang (equilíbrio dinâmico), ming yang
(equilíbrio hídrico)
3) Capa Jing
– tem 3 portas: tai yin (estrutura externa – pele e tecido conjuntivo), jue yin (estrutura média –
músculos e tendões), shao yin (estrutura profunda – vasos e ossos)
4) Capa xue
– também tem 3 portas: células vermelhas (trofismo), plaquetas (homeostase), células brancas
(imunidade)
4 CAPAS 12 PORTAS
- Meridianos tendino-musculares
WEI - Luo longitudinais
- Meridianos distintos
- Tai Yang
QI - Shao Yang
- Yang Ming
- Tai Yin
JING - Jue Yin
- Shao Yin
- Células vermelhas
XUE - Plaquetas
- Células brancas
40
As patologias geralmente progridem seguindo as portas, a energia perversa entra a partir da
capa Wei em direção ao Xue.
O processo de evolução da enfermidade segue uma ordem lógica que se pode diagnosticar e
prever.
– o organismo está constantemente emitindo energia para fora através dos MTM e dos sun luo
(halo indutivo e radioativo).
– há duas homeostases básicas no homem: a interna (encarregada de neutralizar o fator
emocional e outros fatores já internos) e a externa (encarregada de neutralizar o fator climático
ambiental).
– Ao penetrar no sun luo o liuqi se tranforma em liuxie, ou seja, um corpo estranho, gerando uma
reação do organismo.
– Alterações dos sun luo geram coceira, dormência, fisgadas, sensação de descarga elétrica que
são rapidamente extintas.
– Caso a energia alcance os Meridianos tendino musculares a reação é mais intensa, já que os
MTM funcionam em grupos de 3 e podem geram dor.
41
pelos MTM até chega ao ponto TING.
– O ponto TING é a única entrada de energia perversa no corpo, não há outro a não ser que se
provoque.
– Pelo ponto TING a energia perversa pode alcançar o Meridiano Principal.
– O ponto TING é o ponto mais energético do corpo, por ser o mais distal (“princípio das
pontas”). É one há mais acúmulo de WEI e RONG. A energia WEI capta a perversa e a transporta
ao ponto TING (analogia da lâmpada e inseto: o inseto é atraído pela luz, mas não consegue
penetrar nesta pois está protegida pelo vidro).
– A energia é atraída até o ponto TING onde é drenada para fora (importância do contato com a
terra, com materiais naturais, para drenar energia perversa).
– O ponto ting está fechado pois contém uma energia muito densa, a energia RONG (yin), é uma
porta com muito “peso” para ser aberta. Se a energia perversa for forte o suficiente para penetrar
no MP inicia-se um processo novo, já que se abriu a primeira porta das 12, a porta do MTM
(evolução da energia perversa).
– a energia perversa entra no Ponto ting (primeira barreira neutralizante) e vai avançando pelo
meridiano principal até chegar ao ponto king, também chamado ponto de desembarque (a segunda
barreira dispersante), a nível dos pulsos e tornozelos. Essa dispersão de energia perversa é causa de
múltiplas doenças reumáticas e articulares das mãos e tornozelos.
– Depois de ultrapassar a segunda barreira a energia perversa chega ao ponto luo que deriva esta
energia ao Luo Longitudinal
– o que resta de energia perversa no MP segue até o ponto Ho (terceira barreira dispersante)
(origem de dores no joelho e cotovelo)
– o que ainda resta de energia perversa no Luo Longitudinal e no MP chega ao Ponto de Partida
do Meridiano Distinto (nas grandes articulações) onde se produz a quarta e última barreira
dispersante (que gera patologias locais) a partir deste ponto a energia é encaminhada ao interior do
corpo.
– Em qualquer uma das barreiras pode se dar umas das três possibilidades: remissão,
estancamento ou evolução.
42
ESQUEMA DE PENETRAÇÃO DA ENERGIA PERVERSA ATÉ O PONTO PPMD
– é o MD que faz a ligação da periferia com o sistema central (as unidades energéticas).
– do PPMD chegam 3 vias (MTM, LL e MP) e saem 3 vias.
43
– via A: trajeto interno do Luo Longitudinal (possui 25% de wei)
– via B: trajeto interno do Meridiano Principal (possui 0% de wei)
– via C: Trajeto Infra-Orgânico do Meridiano Distinto (possui 75% de wei)
– o Trajeto Infra-Orgânico do meridiano distinto é uma armadilha para a energia perversa pois é
mais permeável, oferece menos resistência, portanto a energia perversa tende a caminhar aí. É uma
via defensiva endógena que puxa a energia levando à unidade energética (Zang ou Fu).
– A energia perversa que chega à unidade energética causa uma reação à presença do corpo
estranho e uma síndrome de plenitude (luta entre o Zheng forte e o Xie). A drenagem da energia
perversa da Unidade energética é feita pelo MC (processador, que regula toda a energia do
organismo), e existe uma via que comunica a UE ao MC chamada de Trajeto Orgânico do
Meridiano Distinto.
– Do MC a energia perversa é reprocessada, o que é benéfico é enviado ao C, o que não é benéfico
é expulso pelos pontos Janela do Céu. A via que leva a energia do MC aos Pontos Janela do Céu se
chama Trajeto Supra-Orgânico do Meridiano Distinto.
– Se o UE não consegue processar o fator perverso, gera-se com o tempo uma deficiência, com
progressivo enfraquecimento da UE, chamada “Síndrome de latência”. Há uma latência enquanto
houver equilíbrio de forças (Zheng e Xie), mas cada vez que há uma invasão de fatores patógenos
os sintomas reaparecem (Força Xie maior que o Zheng) gerando quadros crônicos (cistites,
gastrites, dispepsias, alterações intestinais crônicas, etc.)
44
XII. VASOS REGULADORES
(MARAVILHOSOS OU CURIOSOS – (Qi Jin Mai)
Conceito de Rim Yang – (supra-renais) local onde se armazena toda a energia do organismo,
tanto do Céu Anterior quanto do Céu Posterior. Condensa a energia depois do nascimento (a
energia Zheng, ou verdadeira – conjunto das energias). É formado por medula e córtex. Também é
chamado Ming Men. Tem função de assegurar a sobrevivência e a reprodução.
Vasos reguladores:
A energia acumulada no Rim Yang desce até o períneo por um vaso chamado Chong Mai (“Vaso
estratégico”). Este canal vai do Rim Yang ao ponto VC1 no períneo passando pelo Rim e pelo
sistema reprodutor para estimular suas funções. O Chong Mai envolve o útero, as gônadas, as
trompas e o sistema urinário em forma de espiral.
O que sobra vai por duas vias, uma pela frente do corpo e outra por trás, chamadas de Ren Mai
e Du Mai.
O Ren Mai regula os Zang (Mar dos Órgãos) e o Du mais regula as Fu (Mar das vísceras)
Rim
Yang
Chong Mai
VC1
Pontos de Abertura dos VR: BP4 – T’chong Mai, P7 – Ren Mai, ID3 – Du Mai, VB41 – Dae
Mai, R6 – Yin Qiao Mai, MC6 – Yin Wei Mai, TA5 – Yang Wei Mai, B62 – Yang Qiao Mai
Pares de VR: Os VR não atuam separadamente, mas em duplas, sendo que é preciso abrir o canal
e fechá-lo com o ponto de abertura do seu par (que neste caso é chamado de Ponto de
Fechamento). O Ponto de Abertura prepara o terreno levando energia do Rim Yang até ele, e o
Ponto de Fechamento evita o desgaste do sistema, fechando as comunicação. Duplas:
T’Chong Mai (BP4) – Yin Wei Mai (CS6)
Ren Mai (P7) – Yin Qiao Mai (R6)
Du Mai (ID3) – Yang Qiao Mai (B62)
Yang Wei (TA5) – Dae Mai (VB41)
45
Das duplas acimas, T’Chong e Yin Wei, Ren e Yin Qiao são considerados Yin. Du e Yang Qiao, Yang
Wei e Dai Mai são considerados Yang.
46
47
XIII. OS PONTOS ROÉ, OU PONTOS DE AÇÃO ESPECIAL
2) Pontos Roé
– são pontos que são especiais por sua ação comprovada na tradição ou seja, pontos clássicos que
tem uma ação ampla, holística (não uma ação específica).
– São um total de 13 pontos, sendo que em 11 deles existe uma explicação sobre seu efeito e em
dois não há explicação conhecida.
– Também chamados de Canto do Dragão de Jade, pois acupunturistas antigos decoravam
canções com o nome dos pontos para memorizá-los.
– B11 (Gushu) – “shu dorsal dos ossos”, utilizado em todas as patologias que envolvam ossos por
ter uma conexão com o Rim Yin (que rege os ossos).
– VB34 (Yanglingquan) – utilizado em todas as patologias de músculos e tendões por ser o ponto
Ho (Terra). (Existe uma regra clássica que diz que “todas as enfermidades das unidades energéticas
se trata com o ponto Terra do acoplado”. VB34 é ponto Ho, ou seja, ponto Terra, portanto trata
músculos e tendões que são tecidos regidos pelo F, acoplado.
– E37 (Shangjuxu) – ponto de influência em todas as patologias intestinais, pois deste ponto
parte um vaso que comunica-se com o cólon descendente.
– VC12 (Zhongwan) – ponto de influência das vísceras, que estimula toda a atividade de
produção de energia das vísceras. É também ponto Mo (Alarme) do Estômago, daí sua função.
– B17 (Geshu) – Ponto de influência do Sangue, se utiliza em qualquer patologia hepática por sua
influência sobre o diafragma. Aumenta a volemia e interfere no equilíbrio qi-xue (tao vital).
– B39 (Weiyang) – Ponto de influência sobre o TA, importante nos problemas metabólicos,
sobretudo diabetes e problemas endócrinos. Ativa a função dos 3 aquecedores por ter relação com
os pontos VC17, VC12 e VC6 (3 grandes chackas – emocional, metabólico e sexual).
– IG16 (Jugu) e
– VB39 (Juégu) – ambos são pontos de influência sobre as medulas, para problemas
neurológicos ou de medula óssea. Não se conhece a justificativa de ação destes pontos.
48
XIV. TÉCNICA DOS PLANOS (Ponto nó, aceleração e arraste)
1.2) Pontos de aceleração: ID5 (Tai yang), TA6 (Shao yang) e IG5 (Yang ming) (é o ponto Fogo
do ramo inicial do plano energético yang). Deve ser puncionado em sentido favorável à corrente.
1.3) Pontos de arraste: B67 (Tai yang), VB44 (shao yang), E45 (Yang Ming). Puxa a energia
para baixo. É o último ponto da rama inferior, já que o Yang desce.
1.5) Pontos Nó dos nós: pontos de muita concentração de energia da cabeça devido a grande
confluência de meridianos. São 3: Tai Yang, E8, VB8 (formam um triângulo equilátero).
49
1.6) Ponto Nó Geral: VG20
1.7) Ponto Iong (Água) do primeiro ramo, ou neutralizador: ID2 , TA2, IG2
– se usa para patologias internas e patologias por alteração do Shen (mente, espírito, emoções)
– quando um órgão é afetado por uma emoção, acontece um estancamento de energia no órgão,
já que psique e soma formam um conjunto indissolúvel. Nesses casos se usa a técnica de planos
aliada a outras técnicas (ponto Xi, Técnica Shu-Mu, Shu de apoio, etc.)
–
2.1) Ponto acelerador:
– é o ponto fogo da rama inicial, (neste caso, de baixo, já que o yin sobe): BP2, F2, R2
BP2 F2 R2
Acelerador Acelerador Acelerador
BP1 F1 R1
50
XV. OS TRÊS TESOUROS
a) Thin
– o thin de uma UE resulta da união da sua energia própria, da do acoplado, da que vem através
do ciclo de geração e de controle.
– thin é a energia que produz todas as transformações bioquímicas e enzimáticas que vão gerar as
essências dos órgãos e vísceras.
– seu excesso é armazenado no Rim Yang (poupança).
– para que essa energia se forme de maneira equilibrada é preciso que colaborem na sua
formação quatro energias diferentes:
MP próprio MP próprio
Acoplado Acoplado
Unidade
energética Thin Neto
Mãe – geração
Filho
Avô – controle
Rim Yang
OBS: O Termo Tinh pode ser considerado qualquer energia que quando metabolizada, e de acordo
com a necessidade, produz energia livre (Thin) ou matéria (Jing). Ou seja, é um composto
energético material (vapor), uma reserva.
51
b) Qi
– é a energia produzida pelos Zang (Órgãos), que rege a “forma”, ou seja, os tecidos, pois
influencia a produção de líquido intersticial
– é formado pelo Thin (energia livre derivada da função metabólica) do órgão mais os influxos
correspondentes do meio externo que tenham ação sobre o órgão em questão. Ou seja, as
energias provenientes da relação interna e as da relação com o externo.
Por exemplo: o Qi do F seria igual ao Thin do F (que depende do aporte de seu MP, mais o
aporte do seu acoplado - VB, mais o aporte do ciclo de geração - R, mais o aporte do ciclo de
controle - P) somado às energias de ressonância do movimento Madeira, ou seja, a energia
vento, primavera, a energia do sabor ácido, da cor verde, etc.
– Há 5 Qi: vento, calor, umidade, secura e frio
– o Qi se forma através do Thin + as frequências do meio, já que os órgãos são sintonizadores de
freqüências (energias do meio)
– os 5 Qi são enviados ao Rim Yang (poupança), o Rim Yang estimula a função do Rim Yin de
produzir Água Mãe (Shén shui) que vai nutrir o tecido correspondente através de sua
interferência no líquido intersticial. Ou seja, o Qi é a única energia que interatua com o meio
intersticial, estimulando setores tissulares de uma maneira seletiva.
– O Qi é a energia capaz de se relacionar com a matéria através do único vínculo possível que é a
água. É através da água que se realizam as biotransformações necessárias à nutrição celular. O
Qi de cada órgão determinará um efeito concreto eletro-químico, influenciando assim seu
terreno relacionado (por isso se diz que o qi do BP se estende à carne, o qi do P à pele e assim
sucessivamente)
– O meio intersticial é comum para todas as células, o que é diferente é o aporte energético que
depende do Qi de cada órgão.
Qi do F – nutre músculos e tendões
Qi do C – nutre vasos
Qi do BP – nutre tecido conjuntivo
Qi do P – nutre a pele
Qi do R – nutre os ossos
ZANG
Wai qi
FU
R
Shénshui
B
Tanto o Thin (energia livre produzida pelas vísceras) quando o Qi têm 3 funções básicas:
52
c) Shen
Jingshen + Qi Xin (C) = Shen Thân – Conhecimento, alma do imperador: conecta céu e terra.
NAO
(Cérebro)
Rim
+ Qi Gan = Shen Houn
Yang
+ Qi Xin = Shen Thân
Du Mai ZHONG Ren Mai + Qi Pi = Shen Yi
(Jing Shen + Zhong) + Qi Fei = Shen Po
+ Qi Shén = Shen Zi
VC1
53
– todos os influxos bioenergéticos e informações que recebemos a partir de nossa atividade vital
são coletados pelo MC, inclusive os emocionais (todos os shen se reúnem no MC). O MC trata
de processar os influxos emocionais e enviar o útil ao coração, órgão que rege o Thân
(consciência) e o Xue. Quando o MC está ocupado em neutralizar um excessivo estímulo
emocional acontece uma diminuição na atividade defensiva ou neutralizante dos fatores
exógenos, tornando o indivíduo mais propenso a desequilíbrios e diminuindo sua vitalidade.
C
Consciente
Thân
Houn Yi
MC
Inconsciente
Zi Po
Por exemplo: uma alteração em Baço-Pâncreas seria associada a uma alteração em Fígado e
juntamente em Coração e Mestre do Coração.
54
XVI. AS 14 ENERGIAS BÁSICAS
1) T’Chi – denominação geral de energia, sem diferenciar suas características e origem. O “um”.
7) Tong – Energia torácica ou energia vital, elaborada no Pulmão influencia o ritmo cardíaco e a
circulação de Xue.
8) Rong – Energia nutrícia (Yin), formada a partir de alimentos e líquidos (Gu ou Shui Qi) e ar
(Tian Qi). Circula pelos meridianos principais de acupuntura.
9) Wei – Energia defensiva (Yang), que envolve todo o TA médio e inferior em sua formação.
10) Yuan – Energia da espécie, sopro de vida responsável pela mutação de matéria inerte em
matéria viva.
11) Zhong – Energia ancestral, vínculo de união da família (também denominada Jing Ancestral).
12) Zheng – Energia essencial, ou verdadeira. É a união de todas as elaboradas pelo organismo,
armazenadas e administradas pelo Ming Men (Rim Yang) e pelo Mestre do Coração.
13) Tian – energia do Céu, componente integrante do T’Chi. Integra a formação de Rong.
14) Xie – Energia patógena ou perversa, qualquer fator que possa potencializar a desorganização e
desarmonia do sistema energético humano.
55
XVII. CONCEITO DE TRIPLO AQUECEDOR
Rong + Tong
Xue
Jiao Superior
(Bruma) P C
Jiao Médio
(Caldeirão) E BP
Jiao Inferior
(Pântano) ID R F Wei Yin
IG B VB Wei Yang
56
XVIII. CONCEITO DE MESTRE DO CORAÇÃO
VG20
Pele
MTM
PPMD
TA MP
P–C TING
E – BP
MD
ID R F UE
IG B VB
Rim
Yang
MC 2
1
1 – Reações adaptativas lentas C
2 – Reações adaptativas rápidas
57
XIX. RAIZ YIN E YANG DOS ZANG-FU E PONTOS SHU E MO
– Em resumo o sistema energético humano (energia yuan – espécie) possui energia zhong
(geneticamente determinado), energia rong (que alimenta), energia wei (que defende), e fabrica
Qi (que rege a forma) e Shen (que rege o espírito).
– As vísceras são catabólicas, fragmentando e separando o que vai ser absorvido (trabalho
“pesado”) - tinh, thin e jing
– Os órgãos são anabólicos, vão reordenar os fragmentos para fabricar as energias biológicas,
substâncias com uma função clara e definida (Qi)
– A víscera é eminentemente yang, mas tem uma parte yin; o órgão é eminentemente yin mas
tem uma parte yang: raiz Yin e Yang (raíz orgânica e visceral)
– A Raiz Yin da Víscera recebe substância material que tem substrato energético, faz uma
separação de yin e yang (tinh, thin e jing) e absorve (deixa passa ao interior).
– A Raiz Yang da Víscera faz o transporte, leva sustância energética à raiz Yin do Órgão, leva à
pentacoordenação e aos Meridianos Principais
– A Raiz Yin do Órgão recebe e transforma o que foi separado (a energia “bruta”) numa energia
com sentido biológico (Qi). Ou seja, faz o metabolismo.
– A Raiz yang do Órgão faz o transporte e mobilização da energia, levando à pentacoordenação,
levando aos terrenos próprios por ele regidos, levando ao meridiano principal (“dinheiro”), ao
Mestre do Coração (“conta corrente”) e ao Rim Yang (“poupança”).
– As Raízes Yin e Yang dos zang fu se comunicam com o exterior através de pontos, chamados
Shu Dorsais e Mo.
Pontos Mo:
58
Pontos Shu Dorsais
– São eles:
59
XX. RIM YANG
– há uma estrutura complexa formada pelo Rim com suas duas raízes (yin e yang), mais as
cápsulas supra-renais que são chamadas de Rim Yang, ou também de armazém energético do
organismo (Ming Men – Portão vital).
– O Rim é encarregado do Movimento Água, líquido orgânico, frio. A Raiz Yin do Rim atua em
todo conjunto do movimento Água metabolizando as energias próprias e a Raiz Yang do Rim
atuará impulsionando a energia do elemento Água aos ciclos Sheng (F) e Ke (C), e o conjunto
da energia ao Chong Mai para que através dele se ramifique regulando todas as vias principais e
secundárias.
– O Rim Yang é encarregado da regulação energética geral através dos Vasos Reguladores ou
Curiosos e serve como acumulador orgânico de energia (armazém energético geral).
– Toda a atividade efetuada dos TA envia sua energia excedente ao Rim Yang a fim de evitar o
desgaste da Energia ancestral.
– No Rim Yang está localizado nosso “urânio biológico”, uma energia extremamente condensada.
NAO
Rim
Ren Mai Yang Du Mai
- +
Rim
Chong
Mai
VC1
60
XXI. ÁGUA MÃE (Shén shui), LÍQUIDOS ORGÂNICOS (Yin Ye, Jing)
E SANGUE (Xue)
Shén shui:
– é a água mãe (água base) que em combinação com os diversos compostos elaborados pelas
células formará os humores orgânicos necessários para hidratação e lubrificação de todo
organismo
– o shén shui se forma a nível renal, sendo que o Rim Yang aportaria as energias necessárias para
que o Rim produza este líquido cristalóide, ou solução intersticial a partir do Sangue.
– O Pulmão (“fonte superior de água”) fluidifica o sangue. O Pulmão representa “neve na
montanha” e o Rim representa o manancial (para ter água no manancial é necessária neve na
montanha – tonificar P para alimentar R).
– A água é o solvente biológico universal e é através dela que são transportados os ions que irão
nutrir as células. 60% do corpo humano é formado de água.
– Por isso se diz que o Rim é fonte da Água e do Fogo (por produzir Shénshui – água – Rim Yin, e
por armazenar a energia congênita e adquirida – Fogo vital – Rim Yang).
Yin Ye:
– os líquidos orgânicos (Yin Ye) podem ser classificados em dois grandes grupos, os fisiológicos e
os patológicos (fleumas, mucosidades e edema). Todos os líquidos orgânicos tem uma origem
comum: shénshui, sendo que o resto são sucessivas transformações que se realizam sob a
influência dos órgãos e das vísceras.
–
– Yin: a ação de cada célula joga no líquido extracelular os compostos obtidos de sua acão
metabólica, formando diversas combinações que tem como componente essencial a água, que é
seu veículo e solvente. Sob a ação específica de cada órgão se formam líquidos pouco densos
que se denominam Yin (ou Jin) relacionados a eles:
F = lágrimas
C = suor
BP = saliva
P = líquido claro nasal
– Ye: o Rim obtém também a partir de sua ação líquidos mais espessos ou densos chamados de
Ye, por exemplo: líquido sinovial, cefalorraquídeano, secreção vaginal/seminal, líquidos
auditivos, etc.
Jing:
– cada uma das unidades energéticas é capaz de elaborar, a partir do Thin o seu próprio Jing, ou
sua essência específica. Assim aparecem:
Jing do F = bile
Jing do C = plasma
Jing do MC = linfa
Jing do BP = insulina
Jing do P = muco
Jing do R = “Shuigu” = semen
O Jing das vísceras correspondem às diversas secreções que se elaboram o interior das mesmas.
61
ZANG - vento
- umidade
Wai qi
FU Qi - secura
- calor
Thin (+) - frio
Thin - F: Lágrima
- + Tinh (+ -) - +
- C: Suor
Jing (-) Secreções Yin - BP: Saliva
secreçõe viscerais - P: Liq. nasal
Shénshui
Ye R
- F: Bile
B
- C: Plasma
Jing - MC: Linfa
- BP: Insulina
- P: Muco
- R: Semen
Xue:
– Da quintessência do Rim (do seu mais auto depuramento) se produz a medula óssea (gushui)
que vai aportar elementos ao sangue.
– A união do Yin, dos Ye, dos Jing, das Medulas, da Água Mãe, mais todos os componentes
bioquímicos gerados pela ação do Qi e da Energia Essencial (Zheng) formam o magma nutrício
ou base da nossa economia que é o Sangue.
– O Sangue é energia materializada, ou seja, o Tao Vital é formado de Qi e Xue (Yin e Yang).
– O Sangue tem como função fundamental nutrir, hidratar e ser o suporte material do espírito
(Shen). Quando se altera sua constituição tanto em qualidade quanto em quantidade se observa
alterações físicas e/ou perturbações mentais.
– O Sangue é o substrato material resultante de todas as funções desencadeadas a nível visceral e
orgânico. Absolutamente toda manifestação energética endógena ou exógena será um fator de
incidência sobre a composição sanguínea.
– Sob o ponto de vista oriental, Sangue e Energia são uma mesma e única coisa, já que o Sangue é
resultado da soma das ações desencadeadas pelo Thin, pelo Qi e pelo Shen, a nível visceral e
orgânico. Ou seja, nos Sangue está a concretização material realizada por toda a bioenergética
humana.
– Absolutamente toda função bioquímica é ativada pela energia Essencial, que por sua vez produz
e concretiza a forma física através de seus múltiplos componentes que são veiculados através do
sangue até a última célula orgânica.
– Assim a Água Mãe (shén shui) tem diversas fases de evolução até chegar a formar o Sangue,
todas dependentes da ação metabolizadora dos Órgãos. Ou seja, na formação e circulação do
Sangue estão implicadas as 12 Unidades Energéticas.
– Portanto o Xue e o Qi tem uma estreita relação, o primeiro depende do segundo para a sua
circulação e o segundo depende do primeiro para sua distribuição, o que origina o princípio que
diz que “o Qi comanda o Xue, o Xue é a mãe do Qi”.
62
XXII. AS BARREIRAS
Já vimos que nas extremidades estão os pontos de comando (Shu antigos, Luo, Luo de
Grupo, etc.). A este nível também estão uma série de barreiras dispersantes naturais como os
pontos Ting, Ho e PPMD, que tratam de diminuir a capacidade de penetração no fator cósmico
dispersando-o, e favorecendo a resposta defensiva.
No tronco se encontram os pontos Shu do dorso, os Mo, ou Pontos Nó Yin, etc.
As relações entre o tronco com as extremidades e a cabeça são de certo modo reguladas por
uma série de pontos que justamente por isso são importantes no manejo da circulação e dos
intercâmbios energéticos entre essas zonas. São os pontos das grandes barreiras, como segue:
2) Barreira pubiana
Série de pontos situados a nível pélvico, que são geralmente Pontos de Partida dos
Meridianos Distintos, se aprofundando a partir daí e penetrando nas respectivas Unidades
Energéticas. Estes pontos têm grande importância enquanto pontes de passagem entre as energias
circulantes nas extremidades e as que circulam no tronco onde estão as 12 unidades energéticas.
Estes pontos se situam praticamente numa linha horizontal a partir do VC2, sendo eles: VC2, R11,
E30, F12, BP12, VB30, B54, B30, B34, VG2.
4) Barreira Diafragmática
O diafragma tem uma importância vital em bioenergética ao ser um elemento limitante
entre o TA Superior que encerra os órgãos nobres (P e C), encarregados da formação de energia
Rong, e o TA Inferior e Médio, responsáveis pela formação de Wei e Xue. O Tao Vital, representado
pelo equilíbrio entre Qi e Xue depende da barreira diafragmática que tratará de compensar ambos
os fatores criando um harmônico intercâmbio. Não é por acaso que o ponto B17 é considerado
Ponto Roé de ação especial sobre o Sangue (e Shu do diafragma) e VC17 é considerado Ponto Roé
de ação especial sobre a Energia (Ponto Shu do Mestre do Coração). No total, a barreira
diafragmática conta com os seguintes pontos: VC17, R23, E17, MC1 , BP18, B46, B17, VG9.
5) Barreira cefálica
Em nível do pescoço, formando uma espécie de colar, possui importância na liberação de
energia perversa através dos pontos janela-do-céu que a compõem. São pontos janela-do-céu na
barreira cefálica: VC22, E9, IG18, ID16, ID17, TA16, B10, VG16. Além destes ainda fazem parte os
pontos VC23 e VB20.
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XXIII. TERAPÊUTICA BÁSICA
– Utilização de um ponto de abertura de Vaso Regulador: ID3-B62 (Du -Yang qiao), BP4-CS6
(Chong - Yin wei), TA5-VB41 (Yang wei - Dai), P7-R6 (Ren – Yin Qiao).
– Utilizar a pentacoordenação (tonificar a mãe para tonificar o filho, sedar o filho para sedar a
mãe, tonificar o avô para sedar o neto, sedar o avô para tonificar o neto)
– Técnica Shu-Mu (para regular uma unidade energética, raiz yin e yang)
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XXIV. BIBLIOGRAFIA
CAMPBELL, Joseph. As máscaras de Deus: mitologia oriental. São Paulo: Palas Athena, 1994.
MARIÉ, Eric. Compendio de medicina china: fundamentos, teoría y práctica. Madrid: Edaf, 1998.
WANG, Bing. Princípios de medicina interna do Imperador Amarelo. São Paulo: Ícone, 2001. pp.
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WATTS, Alan. Tao, o curso do rio: o significado e a sabedoria do taoísmo de acordo com os
ensinamentos de Lao-Tzu, de Chuang-Tzu e de Kuan-Tzu. São Paulo: Pensamento, 1999.
WILHELM, Richard. I ching: o livro das mutações. São Paulo: Pensamento, 1999.
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