Olhar Sobre o Patrimonio - Relatorio
Olhar Sobre o Patrimonio - Relatorio
Olhar Sobre o Patrimonio - Relatorio
Concurso Cidades Criativas
2007/2008
Um Olhar sobre o Património
Blog: www.umolharnopatrimonio.blogs.sapo.pt
‐ António Alexandre Valdez
‐ Jorge Costa
‐ Marlene Lopes
‐ Leibonísio Landim
‐ Gabriel Zsurkis
Professor: Alfredo Garcia
Índice
Introdução 1
Amadora, o passado e o agora 3
Conhecendo as freguesias e o respectivo 5
património Histórico e Arqueológico da
cidade da Amadora
Freguesia de Alfornelos 5
Quinta dos Lilazes 5
Freguesia de Alfragide 6
Quinta Grnde de Alfragide 6
Quinta do Meio 6
Freguesia da Brandoa 7
Quinta Grande da Brandoa 7
Quinta da Paiã 7
Freguesia da Buraca 8
Quinta do Torres 8
Quinta do Outeiro 8
Freguesia da Damaia 9
Quinta Grande da Damaia 9
Freguesia da Falagueira 9
Quinta do Assentista 10
Chafariz da Porcalhota 10
Vila Romana 10
Freguesia da Mina 11
Mina de água 11
Necrópole de Carenque 12
Freguesia da Reboleira 12
Freguesia de São Brás 13
Casal da Fonte Santa 13
Mães d’Água 13
Freguesia da Venda Nova 14
Portas de Benfica 14
Freguesia da Venteira 14
Casa Aprígio Gomes 15
Recreios Desportivos da Amadora 15
Ponte Filipina 16
Parque Delfim Guimarães 16
Conclusão 17
Bibliografia 18
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2007/2008
Introdução
Iniciado o ano lectivo, o que poderão cinco jovens curiosos, aventureiros e
exploradores, escolher como tema para a disciplina de Área – Projecto? Resposta: Concurso
Cidades Criativas. 1
A ideia surgiu de parte do nosso professor de Área – Projecto que, conhecendo‐nos bem,
lançou‐nos o desafio: “Porque não participarmos todos no C.C.C.?”. Aceitámos logo! Porquê?
Eis a explicação:
Espanha, França, Inglaterra, tudo, menos Portugal. Imagine‐se fora do país, de repente
ouve o hino nacional, lembra‐se do rio Tejo e dos descobrimentos marítimos portugueses.
Agora já não é o hino, parece‐lhe que está ouvir o som do Fado, é então, quando sente que um
arrepio no seu corpo lhe está a fazer voltar à sua terra natal. A seguir, ouve nas notícias que, o
Mosteiro dos Jerónimos ardeu. Você fica apreensivo, acha, possivelmente, que deveria haver
mais responsabilidade da parte das autoridades com aquilo que faz de nós sermos quem
somos, talvez, diria mesmo “isto é uma vergonha!”…
Agora, imagine que, surge o seguinte destaque: “Quinta do Meio demolida” … E você
pergunta, onde raio fica a Quinta do Meio!? Seguidamente vem a descobrir a sua localização:
Amadora. Você, talvez, ficaria surpreendido, pois não está a reconhecer a importância desta
quinta. Talvez, se a notícia se prolonga mais que o desejável, você, muda de canal, porque
quintas há muitas e, para si, tanto faz que seja a do meio, a da direita ou a da esquerda.
Foi por essa razão que aceitámos o desafio do nosso professor e decidimos participar no
Concurso Cidades Criativas. Nós sentíamos que sabíamos muito pouco sobre a cidade da
Amadora. Para mais, não nos interessava fazer um trabalho monótono. Queríamos aventura,
trabalho de campo e acção, por isso posemos mãos à obra!
Após a inscrição no C.C.C. criámos um blog, norma do concurso. Começámos por
divulgar a História da Amadora e algumas curiosidades.
Entrámos em contacto com vários organismos da Câmara Municipal da Amadora e obtivemos
resposta do Museu Municipal de Arqueologia da Amadora. Pretendíamos saber qual era a
melhor maneira de realizar este trabalho e quais os pontos de interesse Histórico e
Arqueológico existentes na cidade da Amadora.
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No museu Municipal de Arqueologia da Amadora, tivemos uma conversa informal com a Drª
Gisela Encarnação. Ficámos confusos e surpreendidos, porque não sabíamos que a Amadora
tinha um património tão vasto que se poderia abordar e divulgar durante o nosso trabalho.
Fizemos recolha de informação em livros, em sites na internet, na biblioteca da escola
e num CD interactivo para sabermos mais sobre o património Histórico e Arqueológico da
cidade da Amadora. A informação recolhida, tratámo‐la, e foi divulgada no nosso blog.
Fizemos uma visita guiada pela cidade da Amadora, para sabermos mais sobre o seu
património (Histórico e Arqueológico) e a forma como este é preservado.
2
Fizemos uma entrevista a um jovem, que pertenceu a um projecto chamado T.O.C.A.
que tinha como principais objectivos aproveitar um edifício Histórico para fins culturais.
Elaborámos mil desdobráveis para distribuir pela estação de comboios da Amadora e
por Lisboa. Para isso mobilizámos a nossa escola para nos apoiar em termos materiais.
Criámos um Web Site para colocarmos a informação que tínhamos no blog de uma
forma mais organizada e interessante, de modo a ser mais prático aceder à informação sobre o
património Histórico e Arqueológico da nossa cidade, e motivarmos os alunos do professor
António Morais para o estudo do património, sua preservação e divulgação. Fruto dessa
motivação, os alunos do professor António Morais fizeram uns cartazes sobre o património e
criaram um clube relacionado com este tema.
Demos uma aula na disciplina de Cidadania e Mundo Actual, turma do Professor
António Morais, onde divulgámos o património Histórico e Arqueológico existente na nossa
cidade.
Entrevistámos o Presidente da Câmara Municipal da Amadora, para descobrirmos qual
seria a posição da Câmara Municipal da Amadora relativamente ao património Histórico e
Arqueológico existente na nossa cidade. Pretendíamos, também, saber quais os projectos
futuros relativamente ao património Histórico e Arqueológico.
Mobilizámos a Câmara Municipal da Amadora, a nossa escola e os nossos professores
para a importância do património Histórico e Arqueológico da cidade da Amadora,
organizando uma apresentação pública do nosso trabalho. Para a apresentação se tornar ainda
mais cativante, sensibilizámos a Câmara Municipal da Amadora, para nos ceder um autocarro
para que fosse possível levar a plateia a conhecer o património da Amadora.
Agora que, terminámos o nosso trabalho, também queremos levá‐lo a conhecer um
pouco mais sobre a nossa cidade. Por isso, mergulhe nesta aventura, e passe para a próxima
página!
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Amadora, o passado e o presente
O Município da Amadora foi criado a 11 de Setembro de 1979. Este Município foi o
primeiro a ser criado após o 25 de Abril de 1974, deixando de ser nessa data, uma freguesia do
Concelho de Oeiras, ao qual pertencia desde 1916.
A Cidade da Amadora fica situada na Área Metropolitana de Lisboa. Localiza‐se mesmo ao lado
da nossa capital (Lisboa) e é uma cidade bastante grande. É limitada pelos conselhos de Oeiras,
Sintra, Odivelas e Lisboa.
Possui 11 freguesias, Alfornelos, Alfragide, Brandoa, Buraca, Damaia, Falagueira, Mina,
3
Reboleira, São Brás, Venda Nova e Venteira e é uma das cidades mais populosas do nosso país
(com cerca de 175 872 habitantes, em 2001).
As principais actividades económicas desenvolvidas na Amadora são as do sector terciário, a
construção civil e a indústria transformadora e inserem‐se na Amadora grandes superfícies
comerciais como o IKEA.
Analisando o património Histórico e Arqueológico da cidade da Amadora, podemos
verificar que, a Amadora ao longo dos tempos tem sido ocupada por pessoas diferentes e tem
assumido papéis distintos no espaço e no tempo. Existem, na Amadora, vestígios da civilização
Romana bem como da Pré‐História.
Da Pré‐História à Idade Média, ao longo do território da Amadora, encontram‐se
vestígios como a Barragem Romano, que nos indica que houve uma ocupação Romana e a
Necrópole de Carenque, indicando que houve uma fixação de grupos populacionais no período
Neolítico.
Dos Séculos XV a XVII, assiste‐se a uma colonização lenta do território, tendo
começado a surgir aldeias em função do crescimento da cidade de Lisboa e das suas crescentes
necessidades de abastecimento.
Dos séculos XVII ao XIX, a área onde se insere o município da Amadora era
caracterizada, pelos grandes campos de trigo e as casas apalaçadas que existiam. Podemos
dizer que, a Amadora era umas das áreas da periferia de Lisboa, que abasteciam a capital com
produtos agrícolas sendo as profissões, portanto, maioritariamente constituídas por padeiros,
agricultores e almocreves.
Neste período, caracterizado de grande desenvolvimento para a Região da Amadora, foi
inaugurado o Aqueduto das Aguas Livres, que passa pela Amadora, e foi construída a Ponte
Filipina, que une actualmente a Amadora a Queluz.
Na primeira metade do século XX, pessoas de várias camadas sociais como operários, artistas,
comerciantes, funcionários públicos e industriais levados pelo conceito de progresso aliado ao
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modernismo, pretendem construir, se assim podemos referir uma “cidade jardim” criando
uma interligação entre a natureza e o estilo urbano. Fixam‐se algumas fábricas como a de
Espartilhos Santos Mattos & Companhia.
Em 1914, é inaugurado o edifício principal dos Recreios da Amadora, equipamento cultural e
desportivo, concebido e organizado por uma classe burguesa florescente, dinamizadora da
vida social local. Em Junho de 1933, o Chefe de Estado, Marechal Carmona, visita a Amadora
para presidir à inauguração do Parque Delfim Guimarães. Na década de 30, assistiu‐se à
primeira fase de crescimento demográfico da Amadora, que se manteve até aos anos 50.
4
Surgem novos loteamentos, mais casas e edifícios. Verifica‐se um desenvolvimento ao nível
industrial, fundamentalmente da indústria metalomecânica, com o consequente
desenvolvimento das infra‐estruturas de transporte da região.
De 1950 a 1970, dá‐se um crescimento demográfico com pessoas oriundas de Cabo‐
Verde, Lisboa, Alentejo, Beiras, e zonas do centro do país. Grande parte deste crescimento
deve‐se à melhoria das infra‐estruturas. No entanto, este crescimento também veio a provocar
o surgimento de Bairros Clandestinos (como por exemplo a Cova da Moura).
Mapa da cidade da Amadora dividido por freguesias
Brasão da cidade da Amadora
Freguesia de
Alfornelos
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Conhecendo as freguesias e o respectivo património Histórico e Arqueológico
da cidade da Amadora
o Freguesia de Alfornelos
A freguesia de Alfornelos foi fundada em 1997. Actualmente, nesta freguesia habitam
aproximadamente 20 mil habitantes, e as principais actividades económicas desenvolvidas
nesta área são a construção civil, mas nem sempre foi assim. Há bem pouco tempo, em 1911,
esta freguesia possuía cerca de 32 habitantes e era uma zona rural, que por se encontrar 5
bastante próxima da cidade de Lisboa certamente abastecia a capital com produtos agrícolas e
pecuários. Existe, também, referência a uma festa designada por “Festa das Ervas e Plantas
Medicinais” onde os lisboetas, segundo se sabe, iriam à procura de ervas terapêuticas.
Dos registos mais antigos que existem da autoria de Alexandre Herculano em “Portugaliae
Monumenta Historica” esta freguesia era designada por “Alfornel”. Talvez esteja aqui a razão
pelo qual mais tarde esta freguesia veio a chamar‐se Alfornelos.
Do património Histórico existente nesta freguesia destaca‐se a Quinta dos Lilases, de
arquitectura romântica.
A Quinta dos Lilases é um edifício tipo chalé de arquitectura romântica, datado do final
do século XIX inicio do século XX.
A quinta, implantada num terreno de socalcos, dispunha de um bom equipamento de regadio,
incluindo um tanque com água corrente que ainda existe.
Existia também nesta quinta um moinho cujas ruínas foram adaptadas à “habitação”. Podem
ver‐se uns degraus e umas mesas construídas, provavelmente, a partir das mós do moinho aqui
existente.
Actualmente esta quinta encontra‐se degradada.
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o Freguesia de Alfragide
O território que constitui hoje a freguesia de Alfragide pertencia no início do século XX
ao conselho de Oeiras.
Este é um dos pontos onde se destaca mais a fixação da indústria. Possuímos vários exemplos
como, a Fábrica de Cabos Eléctricos Diogo D’Ávila e a Fiat, dos anos 50. E, mais recentemente
o centro comercial Alegro e a superfície comercial IKEA.
Apesar de actualmente, e até no século passado, ser um dos pontos mais importantes
da indústria da Amadora, esta freguesia era muito pouco ocupada. Sabe‐se que foi ocupada
6
por um grupo populacional no período do Paleolítico e do Calcolitico.
Destaca‐se, em termos de valor patrimonial, a Quinta Grande de Alfragide.
Outro ponto que, já não existe, mas que tinha algum valor patrimonial era a Quinta do Meio.
A Quinta Grande de Alfragide fica bastante próxima dos Moinhos de Alfragide. Esta
construção do século XVIII encontra‐se em grande parte, hoje, ocupada por uma
urbanização, restando apenas o edifício principal que recentemente foi recuperado.
Diogo D’Ávila, a estrada nacional 117 e o Bairro do Alto do Moinho. Esta quinta foi demolida
A Quinta do Meio situava‐se em Alfragide, na proximidade da Fábrica Cabos Eléctricos
para dar lugar à superfície comercial IKEA.
Esta quinta era uma unidade pecuária composta por edifícios com anexos e jardim,
provavelmente do início do século XVIII.
Uma das salas estava decorada com frescos, representando uma paisagem.
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o Freguesia da Brandoa
A freguesia da Brandoa foi criada em 1979. Actualmente as actividades económicas
predominantes nesta freguesia são o comércio e os serviços.
Do passado Histórico desta freguesia sabe‐se que teve uma ocupação bastante
irregular. A Brandoa foi ocupada no período do Paleolítico pois encontram‐se nesta zona
jazidas Arqueológicas desse período. Mas, posteriormente, sabe‐se que esta área era
essencialmente rural.
Apesar de ser pouco precisa a História de duas tradições existentes nesta freguesia, estes
7
actualmente não deixam de ser um grande atractivo para as populações locais: a feira da
Brandoa e a festa em honra da Santa Teresinha.
Do património Histórico destacamos a Quinta da Paiã e a Quinta da Brandoa.
A Quinta Grande da Brandoa situa‐se no segundo quarteirão à esquerda da Rua do
Município.
É um edifício do século XIX e parte do seu terreno foi ocupado com construções
urbanas. Ao que se sabe, esta quinta era habitada por pessoas pertencentes à nobreza.
Actualmente o edifício encontra‐se degradado, tendo sido adquirido pela Câmara
Municipal da Amadora para o requalificar. Futuramente este espaço tornar‐se‐á um local inter‐
geracional.
A Quinta da Paiã situa‐se junto à CRIL e à velha estrada que ligava a pontinha a A‐da‐ Beja.
O edifício principal é datado do século XIX.
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o Freguesia da Buraca
A freguesia da Buraca foi fundada em 1979. Situa‐se na zona sul da Amadora e possui
cerca de 15 mil habitantes (2001).
Actualmente é uma freguesia que tem como principais actividades económicas os
serviços e o comércio.
Esta freguesia esteve ocupada por grupos populacionais do período Paleolítico e da Idade do
Ferro, prova disso são as jazidas Arqueológicas encontradas.
8
Na zona Norte desta freguesia passa o Aqueduto das Água Livres num percurso
semisubterrâneo.
Desta freguesia destacam‐se em termos de património Histórico a Quinta do Outeiro e a
Quinta do Torres.
A Quinta do Torres é uma construção aproximadamente dos séculos XVII/XVIII. Ao que se sabe
vivia um casal nesta quinta.
Esta quinta possui locais de grande beleza, como os bancos, os muros decorados com cacos de azulejos e
as suas cinco fontes decoradas, também, com azulejos.
A Quinta do Outeiro é uma construção do século XVIII. Possui uma capela em honra da Nossa
Senhora dos Prazeres com um altar forrado em talha dourada e um estilo Barroco/ Neoclássico. O
edifício principal detém um conjunto de azulejos representativos do campo, do sermão de Stº António
aos peixes e de São Francisco de Assis recebendo os estigmas.
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o Freguesia da Damaia
A freguesia da Damaia foi fundada em 1979. Tem cerca de 30 mil habitantes e é uma
zona com grande densidade urbana.
Da sua História, sabemos que, a freguesia da Damaia foi ocupada na Pré – História devido às
jazidas Arqueológicas encontradas. Além disso, antes do crescimento demográfico sentido na
cidade da Amadora, esta freguesia era essencialmente rural. Prova disso são as várias quintas
que nesta zona existiam. Hoje, grande parte destas deu lugar a prédios ou viram reduzidas a
sua extensão devido à pressão urbana. 9
Do património Histórico existente, salienta‐se a Quinta Grande da Damaia.
A Quinta Grande da Damaia foi construída no século XVIII. Do que se sabe actualmente,
esta era uma casa de campo, onde provavelmente membros da nobreza iriam repousar ou
passar férias.
Esta casa tem uma pintura cor‐de‐rosa e uns azulejos representativos das quatro
estações do ano e dos sete pecados capitais.
Actualmente, encontra‐se em reconstrução, sendo apenas possível a visualização da
fachada.
o Freguesia da Falagueira
A freguesia da Falagueira tem cerca de 17 mil habitantes numa área com
aproximadamente 1,80 Km2 sendo esta freguesia o resultado do desmembramento com a
freguesia da Venda Nova em 1997.
Em termos de jazidas arqueológicas esta freguesia possui duas de dois períodos históricos
distintos: o Calcolítico e Romano.
Esta zona encontra‐se habitada desde o reinado de D. Afonso III com a única diferença de que
na altura a área da Falagueira era conhecida como Casal da Falagueira.
Os monumentos de maior destaque nesta freguesia são: o Chafariz da Porcalhota e a Quinta
do Assentista e, mais recentemente foi descoberta uma villa Romana.
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Quinta do Assentista também conhecida como a Quinta dos Intendentes é um bom
exemplo das imensas quintas que outrora existiram na Amadora. Este edifício foi edificado em
1746. Em termos de corrente artística existe uma pequena mistura.
Temos nesta quinta um muro e um pátio fechado por um portão Joanino, neste mesmo muro
podemos ainda encontrar um frontão barroco com uma estátua da Nossa Sra. da Saúde. Uma
decoração sóbria muito característica do século XVII. No seu interior temos um jardim com
diversas espécies vegetativas.
10
O Chafariz da Porcalhota foi construído em 1850. O facto da população da Porcalhota e
da Falagueira (antigos pontos da Amadora) sentirem necessidade de água, e situar‐se nesta zona
um troço do Aqueduto das Águas Livres, fez mobilizar a população local no sentido de reivindicar
o direito à água transportada pelo Aqueduto das Águas Livres. Este direito que, não era
concedido devido à grande necessidade de água também sentida na cidade de Lisboa. Este
chafariz pode ser visto, mesmo em frente à igreja da Falagueira.
A Vila Romana fica localizada na Quinta da Bolacha (mais precisamente na Falagueira,
junto ao Lidl). A vila é constituída por alguns vestígios da civilização Romana. Foi descoberta em
1981 e foram realizadas novas sondagens em 1997.
Dos
vestígios que foram encontrados desta vila destacam‐se: Parte de um tanque em opus
signinum, a que estavam associados uma canalização de chumbo e um dreno; uma parede que
se prolonga para oeste no sentido das restantes estruturas encontradas. Foram também
achados materiais arqueológicos como: Pratos, lucernas, púcaros e algumas moedas de bronze.
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o Freguesia da Mina
A freguesia da Mina foi criada em 1979 sendo esta constituída por duas zonas
distintas: Uma zona urbana localizada no centro urbano da Amadora e uma outra localizada no
antigo núcleo rural de Carenque.
Em 1997 com a criação da freguesia de São Brás a Mina perdeu parte do seu território,
como o núcleo rural de A da Beja e o Casal da Fonte Santa.
Esta freguesia tem um total de 33 mil habitantes num espaço de 786.9 ha, sendo que,
as principais actividades económicas realizadas nesta freguesia são o comércio e os serviços. 11
Quanto à origem do nome este provém da nascente ou mina de água que foi
descoberta no século XIX que se situa no jardim da Mina. A água desta mesma mina foi
descoberta e comercializada por Cardoso Lopes.
Mina de água
No actual Jardim da Mina é ainda possível ver a gruta onde está a mina de água. Foi
inaugurado em 1913 e, outrora, este jardim era um parque arborizado, mas devido ao
crescimento urbano é agora um parque “confinado” em paredes de betão.
Tendo sido Cardoso Lopes o autor da descoberta, este não perdeu tempo e pediu a
concessão da mina de água de forma a comercializar a água. Este, também, urbanizou a área
em redor.
Segundo Martinho Simões no livro “Concelho de Oeiras e Freguesia da Amadora”:
“A agua de Sintra é fresca,
A de Caneças é fina,
É gostosa a de Sabuga,
Mas a melhor é da Mina.”
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A Necrópole de Carenque é um complexo funerário composto por três sepulturas
designadas de este para oeste. Estas sepulturas foram descobertas em 1932 por Manuel Heleno
em trabalhos arqueológicos realizados na zona de Carenque.
As estruturas apresentam uma morfologia comum: um corredor que comunica com
uma câmara funerária através da um portal (entre os dois); E a câmara apresenta uma planta
sub‐circular possuindo em cima desta uma clarabóia aberta na rocha.
Foram achados diversos materiais arqueológicos como Lâminas, pontas de seta e 12
machados.
Um dos aspectos interessantes deste complexo funerário é o facto de estes estarem
construídos em forma de útero que, possivelmente, poderia estar relacionado com a crença de
uma vida para além da morte. Para mais, os mortos eram enterrados numa posição fetal. Mais
um “símbolo” desta possível crença.
o Freguesia da Reboleira
A freguesia da Reboleira tem cerca de 20 mil habitantes numa área de 73,5 hectares no
centro do município.
Uma vez mais, nesta freguesia destacam‐se as actividades do sector terciário como as
actividades predominantes nesta freguesia (ou seja comercio e serviços).
A actual Reboleira é o resultado da expansão dos anos 60, tendo sido desvirtuado o
seu objectivo e função de cidade jardim.
A origem do nome está provavelmente ligada ao cavaleiro Vasco Martins de Rebola da ordem
de Santiago e proprietário do Casal da Falagueira de Baixo que habitou numa das zonas da
actual Reboleira por volta do século XIV.
o Freguesia de São Brás
Criada a 20 de Junho de 1997, São Brás é uma das freguesias mais recentes do município
da Amadora.
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Esta freguesia delimita a Amadora a Norte possuindo 30 mil habitantes.
Foram nesta zona descobertos alguns vestígios arqueológicos de grande importância pois
levaram à conclusão que este era um local onde se procediam a cultos e ritos funerários.
Por ultimo o nome. Este advém do Casal de São Brás que por volta do século XIX deu o nome à
freguesia.
Casal da Fonte Santa
Localizado no lugar da Fonte Santa, próxima do núcleo rural de A‐da‐Beja, esta é uma 13
obra que se destaca do seu local circundante de uma forma bela e positiva.
Constituído por varias unidades Habitacionais, um edifício principal que foi provavelmente
restaurado nos anos 30 de uma casa mais antiga e um jardim interno.
Devido à construção da CREL e do nó de acesso à CRIL esta quinta perdeu grande parte
da sua área sendo que, nela estava uma área lúdica com um “castelinho”, uma gruta artificial de
acústica única e um lago artificial. Actualmente, nesta quinta resta um miradouro que dá para
ver a A‐da‐Beja, Carenque, Serra da Silveira e Belas.
Mães de Água
As Mães de Água estão separadas pela ribeira de Carenque, sendo que, a Mãe de Água
velha situa‐se no conselho de Sintra e a Mãe de Água Nova situa‐se na freguesia de São Brás
(Amadora). Relativamente à sua construção, a Mãe de Água Nova foi construída em cantaria e a
Mãe de Água Velha em alvenaria.
A Mãe de Água Nova mede 17 metros de altura desde a câmara interior até à base da lanterna.
É composta por uma clarabóia octogonal. A meio da escada, numa concavidade na rocha, está a
nascente desta mãe de água, cujo líquido, corre por uma calha separada até encontrar com o
aqueduto da mãe de Água Velha.
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o Freguesia da Venda Nova
É uma das mais recentes freguesias a ser formada, sendo que, a criação desta, data de
1997.
Tem 12 mil habitantes e resulta da separação entre o território da Falagueira e o da actual
Venda Nova.
Nesta freguesia há que destacar o parque industrial da Venda Nova no qual se encontram 14
algumas das mais importantes fabricas que impulsionaram economicamente a Amadora.
Por ultimo, há que referenciar que, esta zona subsistia economicamente até ao inicio do
século XX, da agricultura, tendo sido esta uma grande área rural.
Portas de Benfica
Localizada na velha estrada da Circunvalação fiscal de Lisboa (limite da Amadora), este é
um monumento “ex‐líbris” da entrada do município. Este monumento é constituído por um
conjunto de torreões unidos por quatro paredes com portas e janelas.
antigamente utilizada como alfândega para o controle da entrada de mercadorias na
Era
metrópole, sendo que, neste local era cobrado aos mercadores um imposto sobre a mercadoria
transportada, o imposto de barreiras.
Até à abolição do pagamento deste imposto, este local era o pano de fundo para o contrabando
de vários produtos, entre os quais as bebidas alcoólicas
.
o Freguesia da Venteira
Localizado num dos extremos da cidade, forma em conjunto com a zona urbanizada da
Mina o centro urbano da Amadora.
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Tal como muitas outras freguesias, esta também vive do sector terciário como principal
actividade económica.
Há que também referir o contributo de dois factores para o enriquecimento económico e
cultural da amadora, sendo um deles a estação ferroviária e o outro, o legado de notáveis
senhores em diversas áreas, entre eles:
Roque Gameiro, Delfim Guimarães, Azevedo Neves e Santos Matos.
A Casa Aprígio Gomes foi mandada construir por José Aprígio Gomes, negociante 15
lisboeta, em 1903. A casa situa‐se no ângulo entre a rua Luís de Camões e a Rua Gonçalves
Ramos (Freguesia da Venteira).
Esta construção é considerada de grande importância para o município da Amadora
pois foi uma das poucas construções do início do século XX que conseguiu sobreviver às vagas
de urbanização dos anos 60 e 70.
Actualmente, nesta casa encontra‐se o Centro Ciência Viva
da Amadora
O Recreios Desportivos da Amadora situa‐se na Avenida Santos Matos (freguesia da
Venteira). Este edifício foi mandado construir por José Santos Matos e António Correia, sócios e
donos da fábrica Espartilhos Santos Mattos, que se situava na Amadora.
O edifício foi inaugurado a 17 de Agosto de 1914. Tinha um campo de ténis e um rink de
patinagem acimentado. Mais tarde foi inaugurado um salão de festas e alteradas algumas das
suas estruturas como o rink de patinagem.
Actualmente este edifício é palco de inúmeras iniciativas de carácter cultural. Pode‐se
assistir a espectáculos de teatro, dança, ballet e cinema.
Este edifício é, também, considerado imóvel de interesse municipal pelo I.P.P.A.R.
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A Ponte Filipina foi construída no século XVII e fica situada na freguesia da Venteira (no
limite entre a Amadora e Queluz). Esta ponte foi construída na antiga estrada LISBOA ‐ SINTRA
(Rua D. Pedro IV).
A ponte tem uma inscrição onde se pode ler o seguinte: " ESTA PONTE FOI MANDADA
CONSTRUIR PELO SENADO DE LISBOA À CUSTA DO REAL DO POVO, 1631".
Na actualidade a ponte serve como uma via rodoviária, onde passam diariamente carros entre a
Amadora e Queluz.
16
Um aspecto interessante desta ponte passa pela sua construção. Segundo o que nos foi
dito
pelo professor António Morais, esta ponte, provavelmente, terá sido construída para
passarem os coches de D. Filipe I que, eram largos de mais para a ponte existente na altura. Por
essa razão a designação de Ponte Filipina.
O Parque Delfim Guimarães foi inaugurado a 27 de Julho de 1937 pelo presidente da
república General Óscar Carmona. O nome deste parque é em homenagem a um poeta (Delfim
Guimarães) que muito lutou pela cidade da Amadora.
Dos pontos mais interessantes do parque, destaca‐se a pérgula central coberta com arvoredo,
constituindo um espaço bastante agradável para todos os visitantes deste parque.
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Um olhar sobre o património
Concurso Cidades Criativas
2007/2008
Conclusão
Do trabalho desenvolvido ao longo do ano descobrimos que na cidade da Amadora
existe um património Histórico e Arqueológico bastante diversificado. Deste, uma parte
encontra‐se preservado pela Câmara Municipal da Amadora e outra parte encontra‐se
descuidado e um pouco danificado. Salienta‐se o facto de alguma parte do património
Histórico e Arqueológico abordado no trabalho pertencer a privados, como acontece na
Quinta do Assentista, fazendo com que muitas vezes seja difícil preservá‐lo. 17
A grande pressão urbanística existente na cidade da Amadora tem levado muitas vezes à
demolição de alguns pontos de interesse como aconteceu com a Quinta do Meio que deu
lugar ao IKEA.
Seria de todo conveniente uma maior sensibilização para o aproveitamento cultural e
juvenil do património Histórico e Arqueológico existente na nossa cidade. Promovendo, como
por exemplo, espectáculos de música, dança e teatro nas quintas existente na Amadora.
Outro aspecto fundamental seria chamar os jovens a estes espaços, dando‐lhes oportunidade
de o “transformarem” num espaço mais apelativo a outros jovens. Uma ideia passaria por
tornar estes espaços em oficinas musicais, dando aos jovens a oportunidade de formarem
nestes pontos as suas bandas.
Na nossa opinião, a concretização deste trabalho foi bastante divertida. Sentimos
bastante entusiasmante em concorrer no concurso “Concurso das Cidades Criativas”. Para
mais, possibilitou a concretização dos nossos objectivos que, eram conhecer mais sobre o
património Histórico e Arqueológico existente na cidade da Amadora e tornarmo‐nos mais
sensíveis à forma como este é preservado e cuidado pelas autoridades.
Escola Secundária de Seomara da Costa Primo
Um olhar sobre o património
Concurso Cidades Criativas
2007/2008
Bibliografia
o CD‐ ROM “Amadora – História e Património”
o http://www.cm‐amadora.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=28347
o http://www.arqa.pt/Museu/museu.htm
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Escola Secundária de Seomara da Costa Primo
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