Topo Data
Topo Data
Topo Data
ENGENHEIROS E ARQUITETOS
Manaus
Agosto/1999
SUMRIO
1 HISTRICO ........................................................................................... 1
2 TOPOGRAFIA ....................................................................................... 3
2.1 Levantamento topogrfico ................................................................. 4
A. Expedito ....................................................................................... 4
B. Comum ......................................................................................... 5
C. Preciso ........................................................................................ 5
2.2 Divises da Topografia ..................................................................... 6
A. Topometria ................................................................................... 6
A1. Planimetria ........................................................................... 6
A2. Altimetria ............................................................................. 6
B. Topologia ..................................................................................... 6
2.3 Partes de um trabalho de Topografia ................................................ 6
2.3.1 Parte Matemtica ..................................................................... 6
2.3.2 Parte Interpretativa .................................................................. 6
2.3.3 Parte Artstica .......................................................................... 6
2.4 Unidades de Medida ......................................................................... 8
2.4.1 Medida de distncia ................................................................. 8
2.4.2 Medida de superfcie ................................................................ 9
2.4.3 Medida de volume .................................................................. 10
2.4.4 Medida de massa .................................................................... 10
2.4.5 Medida de ngulo ................................................................... 11
A. Sistema Centesimal de diviso de reas .......................... 11
B. Sistema sexagesimal de diviso de arcos ......................... 11
C. Radiano ............................................................................ 11
D. Milsimo .......................................................................... 12
2.5 Medio de ngulos ......................................................................... 13
1 HISTRICO
Os instrumentos e processos utilizados para cadastramento de
propriedades rurais nos foram passados pelos egpcios, gregos e rabes.
Plantas, cartas militares e geogrficas, organizadas nos primrdios da
Topografia, so mencionadas por Laussedat em sua obra Histria da
Topografia( Espartel, 1978 ).
Segundo Espartel ( op.cit. ), o desenvolvimento da Matemtica e da
Fsica nos ltimos sculos, possibilitaram a passagem da topografia do
empirismo s bases de uma autntica cincia. O primeiro trabalho
topogrfico realizado com tcnica e estilo prprio, foi a Carta da Frana
compilada pelo cartgrafo italiano Cassini e publicada no incio do sculo
XIX pela Academia Francesa.
O progresso dos mtodos desenvolvidos pela Topografia teve
contribuio eficiente do engenheiro suio Henrique Wild, do geodesista
italiano Ignazio Porro, de Carl Zeiss e outros, cujos estudos resultaram na
introduo dos aperfeioamentos da mecnica de preciso nos instrumentos
topogrficos. Ademais, os apefeioamentos na parte tica dos instrumentos,
por Kepler, Porro, Zeiss e Wild; os avanos nas tcnicas de medida direta
das distncias, por Porro, Bessel e Jderin; melhorias na preciso da leitura
de ngulos, devidas a Vernier, Nonius, Zeiss e Wild; os progressos nos
levantamentos topogrficos devidos a Pothnot, Snellius, Hansen e na
avaliao mecnica das reas devidas aos aparelhos Amsler, Coradi e
outros, deram Topografia o valor que ela tem como cincia e como
tcnica no levantamento topomtrico preciso do terreno e na representao
grfica equivalente, servindo como apoio de qualquer trabalho de
Engenharia e Agrimensura ( Espartel, op. cit.). Assim, o projeto de
qualquer obra de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, tem como
subsdio o prvio levantamento topogrfico do lugar onde ser implantada.
das
diversas
atividades
antrpicas,
que
exigem o
2 TOPOGRAFIA
Etimologicamente o significado da palavra TOPOGRAFIA
descrio do lugar. Segundo Mesquita ( 1969 ), a topografia pode ser
considerada um captulo de uma rea de conhecimento mais geral, a
GEODSIA, cujo objetivo o estudo da forma e dimenses da Terra. A
Geodsia se ocupa dos processos de medida e especificao para o
levantamento da superfcie de um Estado ou de um Pas, projetada sobre
uma superfcie de referncia que a de um Elipside de Revoluo. Este
Elipside, girando em torno de seu eixo menor, a forma geometricamente
definida por dois parmetros, mais prxima da figura da Terra
( Figura 01a ). As dimenses adotadas para o Elipside Internacional de
Referncia so:
a = 6.378.388m ( semi-eixo maior ); b = 6.356.911,946m ( semi-eixo
menor )
2a + b
ab
1
= 6.371.229m ( raio mdio ); f =
=
= achatamento
3
a
297
NBR 13133/94
Execuo dos Levantamentos
Topogrficos
2.2 Divises da Topografia
A - Topometria
B - Topologia
A - Topometria: compreende o conjunto de operaes necessrias a
obteno de elementos indispensveis a representao grfica do terreno.
A topometria se divide em duas partes:
A.1 Planimetria, e
A.2 Altimetria
d
, onde: E = Escala; d = dimenso grfica; D = Dimenso real.
D
A razo
d
usualmente utilizada nos clculos para resoluo de
D
(E )2 =
a
v
ou (E )3 = , onde :
A
V
1
ou E = 1:250, o que significa que cada centmetro no papel
250
10
Nano = 10-9
Pico = 10-12
Femto = 10-15
Atto = 10-18
Hecto = 102
11
Kilo = 103
Mega = 106
Giga = 109
Tera = 1012
Peta = 1015
Exa = 1018
10 = 60
1 = 60
12
S
, onde S = comprimento do arco de circunferncia subentendido pelo
R
13
14
para
sua
medida,
classificam-se
em
AZIMUTAIS
GONIOMTRICOS.
15
16
N
2
Quadrantes topogrficos:
R1,2
3
1
R2,3
N
IV (NW)
I (NE)
E
III (SW)
II (SE)
S
EXEMPLOS
N
N
C
20
A
RA,B=20 (NE)
35
D RC,D=35 (SE)
B AZIMUTES
Azimutes so os ngulos formados entre o alinhamento e a linha
Norte - Sul, medido a partir do Norte em sentido horrio e variando de 0
360 e representado por Az. Quando a linha Norte-Sul a verdadeira ou
geogrfica, temos os azimutes verdadeiros ou geogrficos; quando a
magntica, temos os azimutes magnticos.
17
Az a,b
e
c
Az e,f
Az c,d
Az 1,2
N
CAz1,2 = Az 2,1
CAz = Az 1,2+180
1
18
2 Quadrante (SE)
3
CAz = Az 3,4+180
4
3 Quadrante (SW)
N
5
CAz = Az 5,6-180
6
4 Quadrante ( NW )
N
N
8
CAz = Az 7,8-180
7
Quando o azimute de um for menor que 180 o
CAz ser Az+180. Quando o Azimute for
maior que 180 o CAz ser o Az 180.
19
EXERCCIOS
1 ) Transformar em Rumos (R) os Seguintes Azimutes (AZ)
a-)Az1,2 = 451020
R: R1,2 = 451020 1 Quadrante (NE)
b-)Az2,3 = 90
R: R2,3 = 90 (E)
c-)Az3,4 = 360
R: R3,4 = 0
d-)Az4,5 = 22540
R: R4,5 = 22540 180 = 4540 3 Quadrante (SW)
e-)Az5,6 = 270
R: R5,6 = 90 (W)
f-) Az6,7 = 3053020
R: R6,7 = 542940 4 Quadrante (NW)
2 ) Calcular os Contra Azimutes (CAz) dos azimutes dados abaixo:
a-) Az1,2 = 402010
R: CAz = Az + 180 = 402010+180 = 2202010
b-) Az2,3 = 360
R: CAz = Az 180 = 360 180 = 180
c-) Az3,4 = 1811020
R: CAz = Az 180 = 1811020 180 = 11020
d-) Az4,5 = 0
R: CAz = Az + 180 = 0 + 180 = 180
3 ) A leitura de um azimute efetuada com um teodolito graduado em
radianos, foi de 5 rad. Qual seria a leitura em graus, minutos e segundos?
4 ) O leito carrovel de uma rodovia tem a largura de 7.000mm. Qual a
sua largura em km, hm, dam e metro?
5 ) O ngulo de uma rampa de 30o 5045. Qual o ngulo desta rampa em
grados?
20
21
A. FLEXO
o ngulo formado entre dois alinhamentos consecutivos e varivel
de 0 360.
Exemplo:
1
3
2
2
B. DEFLEXO
d2
d2
22
Aberta
Fechada
Apoiada
1
2
6
5
23
Az12
d3
1
Az23=?
Az12
Az12
180
Az2,3=Az1,2
= 180 2Az23 =
Az23 =Az12 (180 2)
Az23 = Az12 180 +
24
EXERCCIO
Calcular os Az e R das linhas que formam a poligonal a seguir:
2720507
401505
1524020
G
2102503
R A,B=603010
RBA=603010(NW)
Az
B
1192950
401505
RB,C
RAB=603010(SE)
RBC = RB,A-401505
RBC = 201505 (SE)
AzAB= 180 - RAB = 180 603010 = 1192950
AzBC= 180 - RBC = 1594455
851020
25
AzCD
1524020
C
RCD
180
AzBC = 1594455
RCD
AzDE
F
RDE
180
C
2102503
AzDE = AzCD (
= 2102503 180 = 302503 = )
AzDE = AzCD = 1322515 302503 = 1020012
RDE = 180 - AzDE = 775948 (SE)
26
2720507
AzEF
E
RED
REF
AzEF = + AzDE (
= 2720507 180 = 920507 = )
AzEF = AzDE + = 1020012 + 920507 = 1940519
REF = AzEF 180 = 140519(SW)
2.5.4.1 FRMULA GERAL DOS AZIMUTES
A. Frmula Geral para ngulos de Flexo
Az1,2
Az2,3
2
Az1,2
Az3,4
3
Az2,3
4
3
Az2,3 = Az1,2
= 180 2
27
Az3,4 = Az2,3 +
= 180 - 3
Azimute da
linha anterior
ngulo de flexo no
vrtice inicial da linha
em questo
28
Az3,4
Az1,2
Az1,2
3
d3
Az2,3
4
d2
Az2,3 = Az1,2 d2
Az3,4 = Az2,3 + d3
Azn = Azn-1 + dn
29
EXERCCIO
Calcule os azimutes das linhas poligonais abaixo.
2804218
754512
1405308
1
3
9430
5
4
6
892035
10215
311503
Az0,1 = 735030
Az1,2 = 735030 754512 = 3580518
Az2,3 = 3580518 1405308 180 = 371210
Az3,4 = 371210 2804218 + 180 = 6130 + 360 = 2962952
Az4,5 = 2962952 + 892035 180 = 2055027
Az5,6 = 2055027 + 311503 = 2370530
Az6,0 = 2370530 + 10215 180 = 1592030
30
Linhas
Az
CAz
01
735030
12
23
371210
34
45
2055027 Az-180=255027
Az-180=255027(SW)
56
2370530 Az-180=570530
Az-180=570530(SW)
60
Az+180=2171210 371210(NE)
EXERCCIOS
1 ) Em maio de 1958 foi efetuado um levantamento topogrfico de uma
propriedade pelo mtodo do caminhamento perimtrico,
horrio,
no sentido
2,3,
Azv
3,4,
31
32
33
34
35
EXEMPLO
36
37
Norte
Magntico
Azimutes
4
Sede da
Irradiao
Distncias
38
3
2
L1,2
L2,3
L3,4
4
2
39
Az2,3
y2
x
x2
x3
L2,3
L2,3 x
FRMULA NO EIXO X
L2,3X = L2,3SenAz2,3
X3 = X2 + L2,3X
FRMULA NO EIXO Y
L2,3Y = L2,3 CosAz2,3
Y3 = Y2 + L2,3Y
SenAZ 23 =
L23 x
L23
40
EXERCCIOS
Calcular as coordenadas dos vrtices da poligonal a seguir
Az1,2 = 10050
3=9835
2 = 23730
L2,3 = 42,35
L1,2 = 57,60
Lado
Comprimento
Azimute
do lado
Projeo natural
dos lados
LX
LY
Vrtice
L3,4 = 59,43
Coordenadas
X
12
57,60
10050
56,573
-10,826
500,0
500,0
23
42,35
4320
29,062
30,804
556,573
489,174
34
59,43
12445
48,830
-33,874
585,635
519,978
634,465
486,104
Comprimento do
lado vezes SenAz
Comprimento do
lado vezes CosAz
Xn = Xn 1 Lx
Yn = Yn 1 Ly
41
ead = pa n
Ec = erro de campo
Ec = I (campo) (n 2).180 0
I = ngulos Internos
Ef
Efy
5
3
4
Efx
E f = E f x2 + E f y2
42
A
C
x = 0
y = 0
D
Ento temos: quando x0 temos Efx e,
y0 temos Efy.
B.1 Clculo do erro linear relativo = Er
Er =
2p
1
, sendo M =
Ef
M
1:2000
Terreno Ondulado
1:1000
Terreno Acidentado
1:500
43
Ef x
2p
Ef x
2p
.l
.l
EXERCCIO
Calcular as coordenadas da poligonal dada a seguir:
884140
905032
1
724330
1074410
2
pa=6
X1=1.000,00m
Y1=2.000,00
45
S rea da
poligonal
0
N0
N1
1
2
N2
E0
E2
E1
46
AzA,B
AzB,A
AzA,M
AzB,M
AB
B
B
47
Calcula-se A, B e M:
A = Az a ,b Az a ,m
B = Az b, m Az b ,a
M = 180 0 (A + B)
AM Sen b
=
AB Sen m
AM = AB.
Sen b
Sen m
BM Sen a
=
AB Sen m
BM = AB.
Sen a
Sen m
48
EXERCCIOS
M = 9305
RA,B = 7230
5045(NW)
RA,M = 4220
B = 5645
B
RB,A = 7230
A = 3010
AM = AB.
Sen b
Sen m
AM = 418,40.
Sen56 0 45'
= 350,40939
Sen93 0 05'
Coordenadas do Ponto M
XM = XA + AM
YM = YA + AM
.
.
.
.
49
50
de interesse
51
P4
P3
P1
Y1
Y2
Y3
Y4
X1
X2
X3
X4
X e Y so medidos com trena ou calculado comTeodolito Taqueomtrico.
52
53
E
C
D
F
A
y1
y2
d
y3
d
y4
d
Sb =
y5
d
y6
d
54
d
(E + 2 I + 4 P )
3
S p = d . 2 P +
20
Y6 = 5,4
20
20
Y7 = 3,8
20
Y5 = 5,8
Y3 = 4,7
20
Y4 = 5,5
20
Y2 = 3,5
Y = 1,8
EXERCCIO
55
Calcular a rea
Obs.: Todas as medidas esto em metro
1
d
(E + 2.M )
2
20
(5,6 + 2.24,9) = 554m 2
Sb =
2
Sb =
d
(E + 2 I + 4 P )
3
S s = 6,666(5,6 + 21 + 57,6 ) = 561,2772m 2
Ss =
E E'
S p = d 2P +
5,6 8,9
2
S p = 20 28,8 +
= 559,5m
4
EXERCCIO
1 ) As sapatas de fundao de uma edificao esto dispostas formando um
tringulo. O azimute do alinhamento formado pelas sapatas 1 ( S1 ) e 3 ( S3
) de 89o 20 37 ( AzS1-S3 ); o do alinhamento formado pelas sapatas S1 e
2 ( S2 ) de 35o 15 30 ( AzS1-S2 ) e o do alinhamento formado pelas
sapatas S2 e S3 de 130o 20 40 ( AzS2-S3 ). As coordenadas da sapata S1
so 100m Norte, 100m Este, e, da S3, 100,945m Norte, 182,494m Este.
Com base neste enunciado, responda as seguintes questes:
a ) Quais so as coordenadas da sapata S2?
56
57
3 ALTIMETRIA
A altimetria a parte da topografia que tem por objetivo a
determinao das alturas dos pontos do terreno, definidos pela planimetria,
em relao a uma superfcie de referncia e cuja finalidade a
representao do relevo atravs de curvas de nvel. Dependendo da
superfcie de referncia adotada, temos as cotas e as altitudes.
3.1 COTAS E ALTITUDES
As cotas correspondem a menor distncia entre pontos da Superfcie
Topogrfica, quando representada numa Carta ou Planta Topogrfica de
uma regio, e uma superfcie de referncia arbitrria. Por outro lado, as
altitudes correspondem a menor distncia entre pontos da Superfcie
Topogrfia e a superfcie de nvel mdio dos mares, ou do Geide, tomada
como referncia. Chamamos de Afastamento a menor distncia em relao
superfcie do Elipside de Referncia. As cotas negativas ou de
profundidade so denominadas cotas batimtricas.
Normalmente chamamos de Superfcie Topogrfica superfcie do
relevo continental, e superfcie batimtrica ao assoalho submarino.
Entretanto, a Superfcie Topogrfica compreende a superfcie slida da
Terra, incluindo o relevo continental e o assoalho submarino.
3.2 DIFERENA DE NVEL
As diferenas existentes entre as cotas ou altitudes dos pontos do
terreno so designadas de diferena de nvel ( Figuras 01 e 02 ). Podemos
58
59
60
61
62
etc.
um
nivelamento
de
boa
preciso
quando
cuidadosamente aplicado.
3.5.3.1 INSTRUMENTAL UTILIZADO
Para execuo de um nivelamento geomtrico, o instrumental a ser
empregado necessita estabelecer uma linha de visada horizontal e permitir
a medida de distncias verticais. Tais instrumentos so os nveis e as miras.
A NVEIS
So instrumentos ticos especialmente construdos e consistem de
uma luneta conjugada a nveis de boa sensibilidade, de modo a assegurar
que, estando a luneta estacionada sobre um ponto, possamos orientar com
preciso o seu eixo vertical segundo a vertical do lugar e que ela, ao girar
em torno desse eixo, descreva um plano rigorosamente normal a ele
prprio. Os nveis definem fsicamente um plano horizontal ou uma linha
horizontal.
Os nveis podem ser classificados, segundo o rgo visor que so
dotados, em: nveis de luneta, nveis de visor de pnulas e nveis sem rgo
visor. Os nivelamentos mais rigorosos so efetuados com os nveis de
63
64
DN = lA lB ( 1 )
Podemos ainda escrever que:
CB = CA + DN ( 2 ), ou
CB = C A + ( l A l B ) ( 3 )
A expresso ( 3 ) nos permite definir que o nivelamento geomtrico
a operao que tem por finalidade determinar a cota de um ponto B da
superfcie terrestre, sendo conhecida a cota de um ponto A e as leituras
feitas numa mira instalada em A e B.
Quando no se dispe de um RN, a cota do ponto A pode ser
arbitrada, j que podemos escolher livremente o plano HH.
65
66
67
AI2 = CB + VRB
AI3 = CD + VRD
CB = AI1 - VVB
CC = AI2 - VIC
CE = AI3 - VIE
CD = AI2 - VVD
CF = AI3 - VVF
68
uma vez que a partir dela o aparelho muda de estao, e a segunda para
determinao da nova altura do instrumento, sendo denominada de visada
a r.
3.5.4 ERRO DE NIVELAMENTO
O nivelamento pode ser aberto ou fechado. dito aberto quando no
h retorno ao ponto inicial, ou quando no termina em um ponto de cota ou
altitude conhecida. fechado quando retorna ao ponto de partida, ou
quando termina em um ponto de cota ou altitude conhecida.
Nos nivelamentos abertos a verificao do erro cometido feita retornando
ao ponto de partida aps a determinao da cota ou altitude do ltimo
ponto, fazendo-se o nivelamento em sentido contrrio. Esta operao
denominada de Contranivelamento.
3.5.5 PLANILHA DE NIVELAMENTO GEOMTRICO
As grandezas medidas no nivelamento geomtrico so registradas em
uma planilha denominada planilha de nivelamento geomtrico,
constituda das seguintes colunas: pontos nivelados ( estacas ), visadas a r,
altura do instrumento, visadas a vante ( intermediria e de mudana ),
distncias, cotas ou altitudes e observaes, conforme planilha a seguir:
69
Visada
a r
Altura do
VisadaVante
Instrumento intermediria
VisadaVante
Distncia
Cotas ou
01
82,402m
1,230m
83,632m
02
03
25,00m
2,542m
83,070m
82,830m
81,090m
30,00m
04
3,540m
35,00m
79,530m
05
2,150m
20,00m
80,920m
06
RN
35,50m
0,802m
1,980m
Observaes
0,750m
82,320m
70
VVB = VMB
CB = AI1 - VVB
VVD = VMD
AI2 = CB + VRB
VVF = VMF
CD = AI2 - VVD
AI3 = CD + VRD
CF = AI3 - VVF
Somando membro a membro, temos:
CF = CA + VRA VMB + VRB - VMD + VRD - VMF
CF = CA + VR - VVM, ou, CF CA = VR - VVM, onde:
CF = cota final
CA = cota inicial
VR = soma das visadas a r
VVM = soma das visadas vante de mudana, ou seja:
A diferena entre as cotas extremas de um nivelamento igual a soma das
visadas a r menos a soma das visadas vante de mudana.
Para os nivelamentos fechados, temos:
CF = CA CF CA = VR - VVM VR - VVM = 0
Entretanto, na prtica isto no ocorre e quando fechamos o
nivelamento verifica-se que:
71
1
onde 2p o permetro da poligonal ou a extenso do trecho
2p
a
72
n =
ad
n. AI
, onde:
Visada
Alturado
Visada Vante
Visada Vante de
Distncia
Cotas ou
instrumento
intermediria
mudana
entre estacas
altitudes
01
50,000m
1,650m
51,650m
02
03
10,00m
1,400m
51,450m
04
49,150m
50,250m
15,00m
1,500m
05
20,00m
1,650m
0,780m
50,580m
49,950m
49,800m
25,00m
06
1,200m
30,00m
49,380m
07
1,350m
15,00m
49,230m
01
RN
10,00m
2,500m
1,200m
Observaes
0,568m
50,012m
73
n =
ad
n. AI
12mm
= 4mm
3
Visada
Alturado
Visada Vante
Visada Vante de
Distncia
Cotas ou
instrumento
intermediria
mudana
entre estacas
altitudes
01
50,000m
1,646m
51,646m
02
03
10,00m
1,400m
51,442m
04
49,146m
50,246m
15,00m
1,500m
05
20,00m
1,650m
0,776m
RN
10,00m
2,500m
1,196m
Observaes
50,568m
49,942m
49,792m
25,00m
06
1,200m
30,00m
49,368m
07
1,350m
15,00m
49,218m
01
0,568m
50,000m
74
Cruquius no traado das curvas dos leitos dos rios ( Espartel, 1978 ). So as
linhas que ligam os pontos, na superfcie topogrfica, que possuem a
mesma cota ou altitude. A sua construo feita segundo intervalos que
definem a diferena de cota ou altitude entre duas curvas consecutivas.
Estes intervalos dependem da escala da planta e da declividade do terreno.
Assim, por exemplo, um terreno com declividade de 40%, apresenta uma
queda de nvel de 1 metro em cada 2,50 metros de distncia horizontal. Se
formos representar esta declividade em curvas de nvel equidistantes de 1
metro em uma escala de 1:8.000, o afastamento entre elas ser:
E=
1
d
2,50
= d =
= 0,0003125m
8.000 D
8.000
seja,
afastamento
ser
de
75
76
77
3.6.2 INTERPOLAO
A interpolao pode ser feita graficamente ou analiticamente. No
mtodo grfico, a rotina do processo a seguinte:
a ) Os pontos do terreno locados panimetricamente e cujas cotas foram
determinadas pelos mtodos j descritos, so lanados no desenho. Na
parte a da Figura 09 vemos os quatros pontos de cotas 101,5, 102,8,
108,4 e 103,5. Estas cotas em geral resultam fracionrias;
b ) No passo seguinte ligam-se os pontos de cotas mais baixas ao ponto
mais prximo de cota mais elevada, 108,4, conforme mostrado na parte b
da Figura 09 e, em seguida, determina-se em cada um dos segmentos de
reta os pontos de cota inteira por interpolao entre as cotas extremas;
c ) Por fim, ligam-se por linhas traadas manualmente os pontos de cotas
inteiras iguais, as quais constituem as curvas de nvel conforme mostrado
na parte cda Figura 09.
78
79
80
=
0,7 x = 8 0,4 x 0,7 x + 0,4 x = 8 x =
= 7,27 m
FA
x
0,4
x
1,1
81
EXERCCIOS
1 ) Completar a planilha de nivelamento geomtrico abaixo com os valores que faltam,
fazer a prova de clculo e o esquema do procedimento de campo adotado.
Estaca
Visada a r
Altura do
instrumento
Visada Vante
Intermediria
Visada Vante
de Mudana
RN-20
Cota
52,423
52,562
2
3
50,140
3,520
0,402
4
5
47,919
1,100
6
7
1,960
44,768
2,713
44,535
8
9
10
41,313
40,715
2,350
11
12
3,720
42,113
3,583
82
83
84
a-a= 1cm;
a-d = 0,4cm;
a- a= 1 metro que a equidistncia entre as curvas de nvel;
85
86
com a planilha tomada como exemplo, temos as estacas 01, 02, 03, 04, 05 e
06. Para simplificar, alteramos as distncias entre estacas para 10 metros.
Esta distncia dever ser lanada de acordo com a escala horizontal
escolhida. No nosso exemplo da Figura 14 a escala adotada foi 1:500, onde
cada centmetro no desenho representa cinco metros de distncia real entre
estacas;
b ) No eixo y, conhecido como eixo das ordenadas, lanamos as cotas ou
altitudes das estacas constantes da planilha tomada como exemplo. Estas
cotas ou altitudes tambm devero ser lanadas de acordo com a escala
vertical adotada. No exemplo a escala adotada foi 1:50, onde cada
centmetro no desenho representa 0,50 metros de desnvel;
c ) No passo seguinte traamos paralelas ao eixo das cotas passando pelas
diversas estacas (linhas verticais). Em seguida traamos paralelas ao eixo
das estacas (linhas horizontais) cruzando o eixo das cotas nos pontos onde
elas foram assinaladas. O cruzamento das linhas verticais das estacas com
as linhas horizontais correspondestes s suas cotas, determinam a sua
posio na superfcie topogrfica. A unio destes pontos fornece o perfil
topogrfico desejado.
87
2,79
x 100% = 13,95%
20
88
89
4 NOES DE TERRAPLANAGEM
Terraplanagem ou terraplenagem compreende o conjunto de
operaes de escavao, transporte, deposio e compactao de terras
necessrias para realizao de uma obra. Dependendo dos volumes de corte
e aterro envolvidos, e do tipo de equipamento utilizado temos:
terraplanagem manual, terraplanagem mecanizada e terraplanagem
compensada:
a) Terraplanagem manual: quando utiliza equipamentos manuais e
rudimentares como p, picareta, enxada e veculos de trao animal
para o transporte do material envolvido;
b) Terraplanagem mecanizada: quando emprega mquinas e veculos
especializados
como
bowldozers,
scrapers,
motoniveladora,
90
2
= 63o 2605
1
91
92
93
A1 + A2
= Am1,2
2
A2 + A3
= Am2,3
2
94
95
V1, 2 =
A1 + A2
xE ;
2
V2,3 =
A2 + A3
xE ;
2
V3, 4 =
A3 + A4
xE
2
Vt = V1, 2 + V2,3 + V3, 4 , onde A1, A2, A3, A4 so as reas planimetradas inscritas
nas curvas de nvel de cotas 20, 30 e 40, sendo a rea A4 igual a zero, uma
vez que corresponde ao topo do morro, onde a interseo do plano de cota
45 com a superfcie do relevo fica reduzida a um ponto.
Nas expresses que do os volumes parciais entre curvas de nvel, o
valor E que multiplica as reas mdias corresponde equidistncia entre
as curvas de nvel, que no nosso exemplo corresponde 10m. No clculo do
volume cima da curva de nvel 40, o valor E passa a ser 5m.
96
97
98
EXERCCIOS
Estaca
1
2
3
4
Estaca
2
3
4
1
Azimute
o
26 4230
o
93 1320
A.Vertical
o
86 4150
o
89 5320
A.Vertical
L.Estdia
L.Estdia
700mm
1000mm
86 1320
1400mm
1700mm
89 3230
o
2400mm
2700mm
2200mm
2500mm
90 1030
99
100
5 NOES DE GEODSIA
O estudo da forma e dimenses da Terra feito pela Geografia
Matemtica que compreende a Topografia, Geodsia e a Astronomia de
Posio. A Geografia Matemtica uma generalizao da Geodsia e da
Cartografia, ocupando-se a Geodsia com o estudo da forma e dimenses
da Terra, e a Cartografia da representao da Terra em um plano, que o
plano geodsico onde se configuram suas formas e dimenses. A
Topografia nada mais que uma forma didtica de se iniciar o estudo da
Geografia Matemtica, portanto da Geodsia e Cartografia, onde as formas
e dimenses da Terra so representadas no plano topogrfico, que um
caso particular do plano Geodsico.
Assim, em topografia so estudados os processos de medio e
normas para a representao de uma regio de extenso limitada da
superfcie da Terra sobre um plano convencional, o plano topogrfico de
projeo. Os processos de medio so estudados sob o ttulo de
Topometria que compreende a Planimetria, onde so efetuadas medidas
lineares e angulares num plano horizontal, e a Altimetria onde so
efetuadas medidas lineares e angulares num plano que contm a vertical do
lugar definida pelo fio de prumo.
Na topografia as normas para representao da superfcie da Terra
compreendem: a projeo dos pontos da superfcie da Terra, segundo a
vertical do lugar, sobre o plano Topogrfico de projeo e a sua
representao convencional; reduo das dimenses do plano Topogrfico
para as dimenses limitadas de uma folha de papel, segundo a escala
adotada, resultando na planta Topogrfica da regio.
Na Geografia Matemtica estudam-se os processos de medio e
normas para representao at de toda a superfcie terrestre, sobre uma
101
102
103
104
105
a = longitude astronmica
g = longitude geodsica
g = latitude geodsica
5.1.2 TRIANGULAO GEODSICA
Na operao de transporte de coordenadas no elipside ou no plano,
efetua-se em primeiro lugar o clculo dos tringulos que constituem a
estrutura bsica da triangulao, determinando-se os valores dos seus
ngulos e o comprimento dos lados.
Nas triangulaes sobre o elipside, a superfcie elipsidica pode ser
substituda pela de uma esfera de curvatura mdia, o que permite o clculo
dos tringulos como se fossem tringulos esfricos, uma vez que os
tringulos geodsicos medidos podem ser tratados como tringulos
desenvolvidos sobre a superfcie de uma esfera. comprovado que o erro
mximo resultante desta converso de tringulos geodsicos em tringulos
esfricos, de 1 centmetro na medida dos lados, e nas condies mais
desfavorveis. Para resoluo destes tringulos, aplica-se o teorema de
LEGENDRE. Segundo este teorema, os tringulos esfricos de lados muito
pequenos em relao ao raio da Terra, podem ser substitudos por
tringulos planos de lados equivalentes, devendo-se efetuar a subtrao de
1
do excesso esfrico de cada um de seus ngulos.
3
106
107
nossa
esfera
seccionada
pelos
trs
planos
.720
108
1
de segundo ),
10
109
110
= Convergncia meridiana
La
, onde:
2
111
X .180.3600
R
La=
Y .180.3600
, onde X e Y so as diferenas de abcissas e
R
.R. arccos S
180
112
EXERCCIOS
Em todos os exerccios a seguir, adotar o valor de 6.371km para o
raio da Terra.
1) Qual o excesso esfrico de um tringulo geodsico, equiltero, cujo lado
tem o comprimento de 30km?
2) Qual a rea que pode ser levantada por um teodolito com preciso de 1
( um minuto ) na leitura dos ngulos azimutais, sem que se faa
perceber a curvatura da Terra?
3) Qual a convergncia meridiana entre dois pontos sobre a superfcie da
Terra que possuem as longitudes de 23o 3030, 22o 2540 e as
latitudes de 20o 1020, 20o 1518?
4) Qual a convergncia meridiana entre dois pontos sobre a superfcie da
Terra que possuem as ordenadas de 8.240m, 16.400m e as abcissas de
5.500m e 12.700m? Adotar o valor de 6.371km para o raio da Terra.
5) Qual a distncia e a convergncia dos meridianos entre dois pontos
situados sobre a superfcie da Terra cujas latitudes e longitudes so as
seguintes:
Ponto 1: Latitude = 23o 4210; Longitude = 46o 3530
Ponto 2: Latitude = 21o 3205; Longitude = 42o 2035
113
114
7 MEMORIAL DESCRITIVO
O memorial descritivo a pea que encerra a descrio do permetro
da
propriedade.
Basicamente
contm
indicaes
dos
azimutes,
115
116
117
B ) AZIMUTE
o
C ) DISTNCIA
M1 M2
174 2824
70,71 metros
M2 - M3
144o 4400
547,04 metros
M3 M4
135 0656
221,01metros
M4 M5
126o 0626
268,67 metros
M5 M16
M16 M17
M17 M01
229 1232
316o 5726
50o 1259
978,20 metros
1.101,95 metros
1.000,00 metros
118
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BARROS, E. G. Curso de GPS: fundamentos de GPS. Manaus: 4a
Diviso de Levantamento, 1995.25p.
BORGES, A. C. Exerccios de Topografia. 3.ed.. So Paulo. Edgard
Blcher, 1975. 192p.
BORGES, A. C. Topografia. So Paulo: Edgard Blcher, 1978. v.1. 187p.
BORGES, A. C. Topografia Aplicada Engenharia Civil. So Paulo:
Edgard Blcher, 1992. v. 1. 232p.
BREED, C. B. Topografia. Bilbao: Urmo, 1974. 587p. Traduzido por:
Farjas, C. E., Pareja, E. S., Snchez, L. M., Martin, J. M. M.
CARDO, C. Topografia. 4. ed. Belo Horizonte: Engenharia e
Arquitetura, 1970. 509p.
CATERPILLAR TRACTOR Co. Manual de Produo Caterpillar.4a
ed.s.l., 1984.
COMASTRI, J. A. Topografia: Planimetria. 2a ed. Viosa: UFV, 1992.
336p.
COMASTRI, J. A., GRIPP JNIOR, J. Topografia aplicada. Viosa:
UFV, 1990.
CORREIA, M. S. O Manual do Topgrafo. 2a ed. Porto: Lopes da Silva,
1981. 503p.
DAVIS, R. E., FOOTE, F. S., KELLY, J. W. Tratado de Topografia. 3.
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Traduzido de: Surveying Theory and Practice.
DAVIS, R. E., KELLY, J. W. Topografia Elemental. 3. ed. Mxico:
CECSA ( Cia. Ed. Continental S.A ), 1976. 648p. Traduzido por:
Saucedo, J. L. L. Traduo de: Elementary Plane Surveying.
119
Manual
Tcnico
T34-400.
Manual
Tcnico
34-401.
Manual
Tcnico
34-304.
120