Relatório V - Painel Hidrostático
Relatório V - Painel Hidrostático
Relatório V - Painel Hidrostático
RELATRIO EXPERIMENTAL
DISCIPLINA: Fsica Experimental II
TURMA: 010100
DATA: 08/11/ 2014
EQUIPE:
1. Letcia Santos
2. Paulo Vincius Martins
3. Uendel Vieira
PROFESSOR Jonatan Joo da Silva
1. Ttulo do Experimento: O fluido em equilbrio o objeto da hidrosttica.
2. Objetivos:
3. Introduo:
O experimento 5: O fluido em equilbrio nos remete ao conceito de hidrosttica, a qual
corresponde ao ramo da Fsica que estuda a fora exercida por e sobre lquidos em repouso. O
estudo da mesma est intimamente ligado ao conhecimento de outros conceitos fundamentais
da fsica, que atribuem, aos teoremas usados na aplicao do experimento, uma base slida na
anlise destes.
Tais conhecimentos prvios podem ser abordados em:
3.1 Fluidos
Os fluidos so substancias que escoam com facilidade adquirindo a forma do
recipiente que os contem e modificando-se de acordo com a ao de determinadas foras
aplicadas sobre eles. Por fluidos, compreende-se tanto lquidos quanto gases. Os lquidos, de
volume definido, tendem a ocupar as regies mais baixas dos recipientes em que esto
inseridos, devido ao da gravidade, enquanto os gases expandem-se at ocupar o volume
total destes.
3.2 Presso
Ao observarmos uma tesoura, vemos que o lado onde ela corta, a lmina, mais fina que o
restante da tesoura. Tambm sabemos que quanto mais fino for o que chamamos de "fio da
navalha", melhor esta ir cortar.
Isso acontece, pois ao aplicarmos uma fora, provocamos uma presso diretamente
proporcional a esta fora e inversamente proporcional a rea da aplicao.
No caso da tesoura, quanto menor for o "fio da navalha" mais intensa ser a presso da fora
nela aplicada.
A unidade de presso no SI o Pascal (Pa), nome o qual, adotado para N/m.
Matematicamente, a presso
o mdia igual ao quociente resultante das foras perpendiculares
superfcie de aplicao e a rea desta superfcie.
Sendo:
p= Presso (Pa)
F=Fora (N)
A=rea (m)
3.3 Presso Hidrosttica
Da mesma forma como os corpos slidos, os fluidos tambm exercem presso sobre outros
corpos, devido ao seu peso.
Para obtermos esta presso, consideremos um recipiente contendo um lquido de
densidade d que ocupa o recipiente at uma altura h, em um local do planeta onde a acelerao
da gravidade g.
A Fora exercida sobre a rea de contato o peso do lquido.
como:
a massa do lquido :
mas
, logo:
Onde:
d=Densidade (kg/m)
m=Massa (kg)
V=Volume (m)
Na anlise dos fluidos, alguns princpios e teoremas so amplamente utilizados para facilitar o
entendimento do contedo. Para a descrio da hidrosttica, destacam-se trs de extrema
importncia:
3.5 Lei de Stevin
Segundo o teorema, a diferena de presso entre dois pontos de uma mesma massa lquida
igual diferena de profundidade entre eles multiplicada pelo peso especfico do fludo e pela
acelerao da gravidade do local em que se encontram. O
Teorema representado pela equao:
4. Procedimento experimental
4.1 Material Utilizado
Painel hidrosttico FR2 EQ033 Cidepe contendo: um painel manomtrico, uma escala
submersvel, uma escala milimetrada acoplada ao painel, um trip com sapatas
niveladoras amortecedoras antiderrapantes, uma haste de sustentao;
Papel toalha.
(1) Manmetro
(2) Artria em T.
(3) Manmetro
(4) Escala submersvel.
(5) Manmetro
(6) Manmetro.
(9) Artria viso
Figura 1
Aps uma montagem, o experimento iniciou-se aplicando uma fora no mbolo de
uma seringa, com a inteno de realizar a suco da gua contida no bquer, para verificar o
comportamento do sistema. Em seguida, ampliou-se a intensidade da fora, para novamente
analisar o comportamento do sistema.
4.2 Procedimento I
Tal procedimento foi realizado utilizando o lado esquerdo do painel hidrosttico
(figuras 2 e 3), e seguindo os passos descritos abaixo.
'
Figura 2
Figura 3
4.3 Procedimento II
Esse procedimento foi desenvolvido usando o lado direito do painel hidrosttico
(figuras 4 e 5), e seguindo os passos descritos abaixo.
Figura 4
Figura 6
Figura 5
5. Dados experimentais
Tabela 1: Procedimento I
C1
C2
Artria
B1 (m)
A1 (m)
A2 (m)
B2 (m)
0,223 0,0005
0,011 0,0005
0,0215 0,0005
0,030 0,0005
0,020 0,0005
0,250 0,0005
0,012 0,0005
0,0195 0,0005
0,029 0,0005
0,022 0,0005
0,303 0,0005
0,016 0,0005
0,016 0,0005
0,025 0,0005
0,025 0,0005
0,310 0,0005
0,020 0,0005
0,013 0,0005
0,022 0,0005
0,029 0,0005
0,340 0,0005
0,023 0,0005
0,010 0,0005
0,019 0,0005
0,032 0,0005
0,350 0,0005
0,021 0,0005
0,012 0,0005
0,020 0,0005
0,030 0,0005
0,360 0,0005
0,025 0,0005
0,008 0,0005
0,016 0,0005
0,034 0,0005
0,370 0,0005
0,023 0,0005
0,010 0,0005
0,018 0,0005
0,052 0,0005
0,380 0,0005
0,023 0,0005
0,005 0,0005
0,0145 0,0005
0,0555 0,0005
0,400 0,0005
0,026 0,0005
0,006 0,0005
0,015 0,0005
0,035 0,0005
0,420 0,0005
0,031 0,0005
0,002 0,0005
0,011 0,0005
0,039 0,0005
0,450 0,0005
0,029 0,0005
0 0,0005
0,008 0,0005
0,0425 0,0005
Tabela 2: Procedimento II
gua
Artria Livre
lcool
Ha
Hb
Hc
Hd
B3
A3
0,010 0,0005
0,005 0,0005
0,026 0,0005
0,018 0,0005
0,022 0,0005
0,022 0,0005
0,020 0,0005
0,010 0,0005
0,029 0,0005
0,014 0,0005
0,030 0,0005
0,013 0,0005
0,033 0,0005
0,011 0,0005
Artria Tampada
B3
A3
0,040 0,0005
0,016 0,0005
0,037 0,0005
0,008 0,0005
0,022 0,0005
0,022 0,0005
0,050 0,0005
0,020 0,0005
0,041 0,0005
0,004 0,0005
A1 (m)
B1 (m)
h=B1-A1 (m)
A2 (m)
B2 (m)
h=B2-A2 (m)
0,303 0,0005
0,016 0,0005
0,016 0,0005
0 0,0005
0,025 0,0005
0,025 0,0005
0 0,0005
0,310 0,0005
0,013 0,0005
0,020 0,0005
0,007 0,0005
0,022 0,0005
0,029 0,0005
0,007 0,0005
0,340 0,0005
0,010 0,0005
0,023 0,0005
0,013 0,0005
0,019 0,0005
0,032 0,0005
0,013 0,0005
0,350 0,0005
0,012 0,0005
0,021 0,0005
0,009 0,0005
0,020 0,0005
0,030 0,0005
0,010 0,0005
0,360 0,0005
0,008 0,0005
0,025 0,0005
0,017 0,0005
0,016 0,0005
0,034 0,0005
0,018 0,0005
0,370 0,0005
0,010 0,0005
0,023 0,0005
0,013 0,0005
0,018 0,0005
0,052 0,0005
0,034 0,0005
0,380 0,0005
0,005 0,0005
0,023 0,0005
0,018 0,0005
0,0145 0,0005
0,0555 0,0005
0,041 0,0005
0,400 0,0005
0,006 0,0005
0,026 0,0005
0,020 0,0005
0,015 0,0005
0,035 0,0005
0,020 0,0005
0,420 0,0005
0,002 0,0005
0,031 0,0005
0,029 0,0005
0,011 0,0005
0,039 0,0005
0,028 0,0005
0,450 0,0005
0 0,0005
0,029 0,0005
0,029 0,0005
0,008 0,0005
0,0425 0,0005
0,0345 0,0005
artria
= gh ,
sendo h a diferena das posies final e inicial da artria. Essa presso transmitida aos
manmetros 1 e 2, que tero presso igual a
artria
+ gh , sendo h a diferena
entre a posio inicial de gua em cada manmetro e sua respectiva posio final, depois do
equilbrio. Obtemos ento os seguintes valores:
artria
= gh
h =0,450 - 0,303=0,147 m
artria
p=p
1
artria
+ gh
= 1,441*10 Pa
= 1,568*10 Pa
artria
+ gh
= 1,613*10 Pa
man
lcool
= gh( I )
* g * ( B3 A3) =
H 2O
* g * (ha hb )( II )
Hb (m)
Hc (m)
Hd (m)
Hc -Hd (m)
(N/m)
0,010 0,0005
0,005 0,0005
Ha - Hb (m)
0,005 0,0005
0,026 0,0005
0,018 0,0005
0,008 0,0005
0,5*10
0,020 0,0005
0,010 0,0005
0,010 0,0005
0,029 0,0005
0,014 0,0005
0,015 0,0005
1,0*10
0,030 0,0005
0,013 0,0005
0,017 0,0005
0,033 0,0005
0,011 0,0005
0,022 0,0005
1,7*10
0,040 0,0005
0,016 0,0005
0,024 0,0005
0,037 0,0005
0,008 0,0005
0,029 0,0005
2,4*10
0,050 0,0005
0,020 0,0005
0,030 0,0005
0,041 0,0005
0,004 0,0005
0,037 0,0005
3,0*10
(kg/m)
Ha - Hb (m)
Hc - Hd (m)
0,005 0,0005
0,008 0,0005
0,625*10
0,010 0,0005
0,015 0,0005
0,667*10
0,017 0,0005
0,022 0,0005
0,773*10
0,024 0,0005
0,029 0,0005
0,828*10
0,030 0,0005
0,037 0,0005
0,811*10
lcool
0,741*10
AlcoolMdio
0,090*10
Alcool
A densidade tambm foi obtida pelo Grfico Presso x (B3-A3), atravs do quociente da
tangente pela gravidade. Obtendo-se o valor de 0,741*10 kg/m. Comparando esse valor com
o obtido pela equao (II) observa-se que os mesmo so prximos entre si e tambm da
densidade especfica do lcool (
Alcool
7. Discusso e Concluso
Conclui-se que, com base nos estudos realizados, possvel reproduzir de forma experimental
leis, conceitos e princpios que explicam os efeitos da presso sobre um lquido incompressvel.
Verificou-se a Lei de Stevin, com a qual foi possvel calcular a densidade do lcool atravs das
variaes das alturas, entre o bquer e o tubo vertical, e entre os dois lados do manmetro,
devido a presso manomtrica do sistema.
Por fim, comprovou-se o princpio de Pascal no qual a presso aplicada a um lquido
confinado transmitida a todos os pontos do lquido e as paredes do recipiente, sem qualquer
diminuio. Neste caso, a presso foi dada pelo fludo na artria, diretamente proporcional
variao de sua altura.
ANEXO I
Questes do Experimento
5.1) Como voc explicaria o comportamento do ludio? Qual o conceito fsico associado a
este comportamento?
R: Ao comprimir o ludio, a gua pressionada para o interior do mbolo, aumentando o
volume de gua dentro deste e, portanto, seu peso, que se torna maior do que o peso do fludo
deslocado por ele, fazendo-o afundar. O conceito fsico associado a este comportamento o
princpio de Arquimedes, que enuncia: um corpo inteiro ou parcialmente submerso em um
fludo sofre um empuxo que igual ao peso do fludo deslocado.
5.2) Como a fora se comporta em um fludo, observando os resultados do segundo
experimento?
R: Quando uma fora de grande magnitude aplicada no mbolo, gera uma presso tambm
de grande magnitude, ocasionando a entrada de pouca quantidade de fludo na seringa, devido
a menor velocidade. Por outro lado, se for aplicada uma fora menor, a presso gerada por ela
tambm menor, possibilitando assim uma maior entrada de fludo, em funo de uma maior
velocidade, j que a presso e a velocidade so grandezas inversamente proporcionais.
5.3) Podemos entender que uma grandeza vetorial (como a fora) um bom parmetro para
descrever um fludo? Qual seria uma outra grandeza interessante para descrever o
comportamento de um fludo sob a ao de uma fora?
R: No, pois quando um fludo exerce uma fora sobre uma superfcie, essa fora distribuda
igualmente por toda a superfcie (se a altura da coluna de fludo sobre ela for uniforme), como
um vetor indica uma nica direo, sentido e intensidade, ele no seria adequado, pois agiria
como uma carga concentrada em um ponto. interessante fazer uso da altura, que uma
grandeza escalar, para descrever o comportamento de um fludo, j que, de acordo com o
paradoxo hidrosttico, a presso s depende da profundidade do fludo.
5.4) O que acontece com a altura de uma coluna de um fludo manomtrico se no colocarmos
o tampo (item 4.4.3) antes de iniciarmos o procedimento do bquer? Porque isto ocorre?
R: A altura da coluna de fludo manomtrico no se altera, pois ao preencher o bquer com
gua, ela entra gradativamente no tubo vertical, empurrando a coluna de ar para fora do
sistema. Caso o tampo estivesse presente, a coluna de ar no seria expulsa e empurraria o
fludo manomtrico, alterando o nvel deste.
8. Bibliografia
1. H. M. Nussenzveig, Um Curso de Fsica Bsica: Volume 2 Edgard Blucher, So Paulo
(2003).
2. Paul A. Tipler, Gene Mosca, Fsica para cientistas e engenheiros, Mecnica, Oscilaes e
Ondas, Termodinmica, Vol. 1, 6 edio, LTC, Rio de Janeiro, 2009.
3. JUNIOR, Fretz Sievers et al. EXPERIMENTOS DE HIDROSTTICA DO PROJETO
WEBLAB.