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01
INGLS
Ingls Instrumental
Governo Federal
Ministrio da Educao
Projeto Grfico
Secretaria de Educao a Distncia SEDIS
equipe sedis
Arte e ilustrao
Adauto Harley
Carolina Costa
Heinkel Huguenin
Reviso Tipogrfica
Adriana Rodrigues Gomes
Design Instrucional
Janio Gustavo Barbosa
Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade
Jeremias Alves A. Silva
Margareth Pereira Dias
Reviso de Linguagem
Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade
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por
Objetivo
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Para comeo
de conversa...
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tambm muito relativo, pois essa forma de aprender uma lngua pode no ajudar voc
como falante, por exemplo, mas ser muito til para o seu perfil de leitor. Da mesma
forma, se a nfase de seu curso for a comunicao bsica, voc pode desenvolver sua
capacidade de comunicar-se em diversas situaes de carter mais informal, mas ter
dificuldade de elaborar textos escritos mais densos.
Aprender uma lngua estrangeira, portanto, varia de acordo com aquilo que voc quer
desenvolver, ou seja, com os objetivos a que voc almeja. A isso se nomeia, em ingls,
English for Specific Purposes (ESP) que difere desta modalidade de ensino-aprendizagem
da English for General Purposes (EGP), que o ensino de lngua com propsitos gerais,
de conhecimento da prpria lngua.
No que tange leitura, por exemplo, j vem de bem longe a elaborao de abordagens
direcionadas para o ensino de lngua inglesa, chama-se a esse processo de ensino
aprendizagem de Ingls Instrumental. O ingls instrumental uma abordagem que se
concentra no aprendizado da leitura em uma lngua estrangeira, levando o aprendiz a
interagir com o texto e despertando sua ateno para as pistas contextuais apresentadas
pelos textos, assim como procurando dar noes da estrutura da lngua alvo e noes
de traduo. o que vamos explorar ao longo de nossas aulas.
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ingls instrumental
mbora datem do sculo XVI alguns manuais para turistas, com frases feitas
visando comunicao oral mais simples, os primeiros mtodos de ensino de
lngua estrangeira concentravam-se principalmente na gramtica e na traduo
da lngua alvo. Os primeiros livros de ensino de ingls instrumental surgem aps o
final da Segunda Guerra Mundial, o que afirma Swales (apud HUTCHINSON; WATERS,
1996, p. 7). Esse interesse pelo aprendizado de uma lngua para fins especficos se
deu pelos seguintes motivos, de acordo com os mesmos autores:
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Fases de desenvolvimento do
ensino de ingls instrumental
O crescimento da demanda de aprendizagem de lngua estrangeira, obviamente, leva a
um crescimento, tambm, da pesquisa por novas metodologias de ensino-aprendizagem,
assim como novos materiais didticos e novas pesquisas lingsticas, psicolgicas,
educacionais sobre o assunto. A partir da que comeam, inclusive, as mudanas
de foco acerca do ensino de lnguas para a comunicao e a nfase sai da gramtica
e da traduo, tpicas do ensino de lnguas clssicas, como o latim e passa para as
estruturas mais simples e de situaes comunicativas.
Passa-se, assim, a considerar os interesses dos alunos como foco central do processo
de ensino e aprendizagem de uma lngua estrangeira. Por estar focado, exatamente, no
aluno, que o ensino de ingls para fins especficos um pouco difcil de conceituar.
Robinson (1999, p. 1 - 3) afirma, por exemplo, que impossvel elaborar uma definio
universalmente aceita de ESP, porque o que especfico para uma comunidade no o
para outra.
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O ensino de ESP, alis, varia, ao longo do tempo, de acordo com a variao das formas
de perceber as diferentes necessidades dos aprendizes. Nas dcadas de 1960 e 1970,
por exemplo, ainda se acreditava na idia de que aprender uma lngua era dominar a sua
estrutura, por isso, a nfase recaa sempre na gramtica da lngua, embora voltadas,
no caso do ESP, para o levantamento das estruturas lingsticas mais relevantes de
acordo com o tipo de conhecimento especfico demandado pelos estudantes. Assim
se caracteriza a primeira fase de desenvolvimento do ESP, denominada de anlise de
registro.
Mas, aos poucos, se foi percebendo que a elaborao e compreenso de frases
simples no atendia totalmente a necessidade dos alunos, mesmo que fossem frases
necessrias ao domnio especfico de conhecimento que eles demandavam. Surge,
ento, a segunda fase do desenvolvimento do ingls instrumental, a fase discursiva.
Nessa fase, percebeu-se que, alm de saber elaborar as estruturas lingsticas, era
preciso que os alunos fossem treinados a identific-las dentro de um processo discursivo
em que elas costumeiramente poderiam estar inseridas. De acordo com Hutchinson e
Waters (1996, p. 11), seria a identificao de padres organizacionais de textos e a
especificao dos meios lingsticos pelos quais esses padres so sinalizados.
Essa busca por uma melhora do atendimento das necessidades dos aprendizes, implica
em no s analisar as caractersticas da situao em que o aluno usar a lngua alvo,
mas analisar aquela situao especfica visando, a partir dela, a elaborar o programa
de curso voltado para aqueles aprendizes em particular. A essa fase se denomina de
fase de anlises das necessidades.
A fase seguinte se volta no mais para aspectos textuais ou comunicativos, mas para
o prprio processo cognitivo de aprendizado da lngua alvo. Observa os processos de
raciocnio e de interpretao que subjaz esse uso da lngua. Verifica-se, por exemplo,
o processo necessrio para a compreenso de textos e a identificao de chaves de
leitura. Essa fase se denomina de fase de estratgias e habilidades.
A ltima fase amplifica a preocupao com os processos de aprendizagem, tanto que
se denomina fase de abordagem centrada na aprendizagem. Essa fase atenta para
o fato de que as pessoas no so iguais e, portanto, apresentam diferentes formas
de aprendizado e, assim, busca elaborar atividades que treinem os aprendizes para a
resoluo de problemas, de forma que cada um chegue a um resultado de acordo com
as especificidades de seu processo de aprendizagem especfica.
As cinco fases de evoluo do ESP so complementares, pois partem das necessidades
mais superficiais e simples do uso da lngua (fases 1, 2 e 3), aprofundam-se nas
caractersticas contextuais do aprendizado da lngua, observando os aspectos
cognitivos ligados interpretao dos textos (fase 4) e terminam (fase 5) por focalizar
as necessidades de aprendizagem especficas.
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Lendo o texto,
lendo o mundo
Voc j sabe, atravs de disciplinas anteriores, que ler no meramente decodificar
a escrita, mas diz respeito a uma srie de atividades que se interrelacionam para dar
origem nossa compreenso da mensagem.
Alm da decodificao da linguagem, ajudam no nosso processo de leitura e de
compreenso dos textos uma srie de outros elementos que poderamos chamar
de contextuais. Esses elementos muitas vezes esto dentro do prprio texto, como
ilustraes e tabelas. s vezes, complementam o texto, como fotografias e manchetes.
Ou dizem respeito a conhecimentos de mundo que trazemos conosco e que contribuem
para nossa leitura.
Voc tambm j sabe que lemos por diferentes motivos e cada tipo de leitura nos leva a
produzir diferentes resultados, diferentes tipos de compreenso. Ler por entretenimento
bem diferente de ler para estudar, no mesmo? Quando s queremos nos divertir
no temos uma obrigatoriedade com os detalhes do texto, j quando queremos estudar
so os detalhes que nos faro compreender melhor aquele determinado assunto que
pesquisamos.
Assim, como afirmam Ingedore Koch e Vanda Elias (2001, p. 7), essa disciplina baseiase na idia de que
que nos leva a afirmar que o domnio do idioma em que o texto foi produzido no
necessariamente nos impede de compreender o texto, principalmente se soubermos
usar de estratgias apropriadas de leitura e de compreenso.
No processo de leitura, ainda de acordo com Koch e Elias (2001, p. 8):
[...] o leitor , necessariamente, levado a mobilizar uma srie de estratgias tanto
de ordem lingstica como de ordem cognitivo discursiva, com o fim de levantar
hipteses, validar ou no as hipteses formuladas, preencher as lacunas que o
texto apresenta, enfim, participar, de forma ativa, da construo do sentido. Nesse
processo, autor e leitor devem ser vistos como estrategistas na interao pela
linguagem.
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H textos, inclusive, que o leitor necessitaria apenas visualizar bem e concentrarse nos elementos do prprio texto para conseguir compreend-lo razoavelmente.
Veja o exemplo 1, a seguir:
Exemplo 1
Optimun
Stress
High
Performance
Low
Low Pressure
Boredom
Low
High Stress
Anxiety
Unhappiness
Pressure
High
Figura 1 Grfico
Fonte: <http://www.productdose.com/images/custom/mindtools.gif >. Acesso em: 8 set. 2008.
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Talvez voc tenha olhado o exemplo e tenha dito ou pensado: Nossa, no entendi
nada. Mas, vamos olhar novamente? Siga minhas indicaes e reflita: voc j viu um
texto assim antes? De que se trata? Se voc respondeu: um grfico, est indo
muito bem, isso indica que seu conhecimento de mundo j auxiliou voc a identificar
esse gnero textual.
Vejamos algo mais. H duas setas que constituem os vetores desse grfico, no
mesmo? Uma vertical, intitulada Performance e outra horizontal intitulada Pressure. O
que j nos leva a compreender que h o estabelecimento de relaes entre esses dois
elementos. Essas setas tambm demonstram estar apontando para um movimento
que vai de Low para High, no mesmo? Antes de procurarmos o significado dessas
palavras, vamos ver o que mais conseguimos compreender s observando o grfico.
O grfico apresenta uma curva para baixo, que sai de Low e caminha para High. Essa
curva estabelece a relao entre Performance e Pressure, como se houvesse um aumento
de performance medida em que houvesse mais Pressure, no mesmo? No centro
dessa curva, h um retngulo em que se l: rea of Best Performance. E no topo da
curva, em seu cume, est escrito: Optimum Stress.
Sem saber bem o que o texto diz, j podemos afirmar que o grfico estabelece uma
relao entre performance e pressure. Que quanto mais pressure, maior a performance,
o que indica que a area of best performance corresponde ao cume de pressure. Nesse
ponto, alis, h um optimum stress. Agora, o que mais podemos fazer para compreender
melhor esse grfico?
H alguma palavra que voc j conhece da lngua portuguesa? Com certeza, voc j
ouviu falar em performance, no mesmo? Se voc procurar no dicionrio, perceber
que ela significa algo como atuao, ou seja, capacidade de ao. Assim dizemos que
o atleta teve uma excelente performance no jogo, por exemplo.
Agora vamos a pressure. Ela pode ser considerada a fora de uma ao sobre um
determinado objeto, ou seja, a presso. Bem parecida com a palavra em portugus
tambm, no ?
Outras palavrinhas que nos faltam. O que seriam Low e High? Vamos ver? Low significa
baixa e High alta. So palavras bastante comuns, inclusive entre os no falantes de
lngua inglesa.
Ser que agora j d para compreender melhor o grfico? Que tal voc tentar? Vamos
a uma atividade.
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texto. No preciso que voc seja um expert em gramtica, mas conhec-la um pouco
importante, por isso, mos obra, busque uma boa gramtica de lngua inglesa que
o auxilie no aprendizado dessa disciplina.
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TEXTO 1
How To Train A Puppy - Its Not All Fun And Games!
It shocks some new puppy owners when their
puppy acts like, well a puppy. The little critter
is a pooping machine who chews, barks,
digs, cries and much more! But we still
love them anyway - we just need to provide
them with some direction and boundaries to
follow. If youre anything like me you probably
just want to get your puppy off to the best
possible start in life, and also set them up
to thrive as adult dogs.
Bringing a young pup into our lives is a big responsibility and commitment
to fulfill. Our puppies have a long list of requirements and deadlines that
must be met for their wellbeing. Tasks like puppy house training, crate
training, puppy socialization, leash training and basic obedience need to
be addressed right from the very start.
(HOW..., 2008, extrado da Internet, grifos do autor).
TEXTO 2
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In...Out
The air has oxygen
and other chemicals.
But it also carries
dust, tiny animals,
and other stuff.
Some of
this stuff is
clinging to
the hairs of
your nose.
Leituras Complementares
KOCH, Ingedore; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. So
Paulo: Contexto, 2006.
Se voc quiser saber um pouco mais sobre estratgias de leitura, leia o livro de
Ingedore Koch e Vanda Maria Elias, intitulado Ler e compreender: os sentidos do texto.
Ele trata da leitura em lngua materna, mas traz excelentes orientaes sobre a leitura
de detalhes do texto e sobre a importncia do contexto na construo dos sentidos
do texto. Vale a pena!
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Auto-avaliao
1. Leia o texto seguindo os passos elencados abaixo.
PRECIOUS PRIMATE
A new species of primate, the ka`apor capuchin ( Cebus Kaapori ) has
discovered in maranho state, in the east of the Brazilian Amazon basin.
The animal is similar to the weeping capuchin, which lives in the same region,
says Helder Queiroz, the biologist who discovered the monkey. But differences
in the cranial bones persuaded him that they are separate species. The
kaapor capuchin is a silvery colour, while the weeping capuchin is brown.
The kaapor is about 50 centimetre tail, and weighs around 3 kilograms.
Much of the region where the capuchin lives is protected land, but Queiroz
says the government Indian agency, FUNAI, and the environment agency,
IBAMA, do not have enough cash to protect the reserves properly, and the
number of capuchins seems to be declining.
(MACIEL, 2008, p. 7, extrado da Internet).
a) D
uma olhada rpida nos textos e observe se voc pode predizer algo
sobre o seu contedo.
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c) A
tive seus conhecimentos prvios, o que voc sabe que pode ajudar a
compreender os textos?
e) A
ps seguir todas as etapas anteriores, reflita sobre o texto, observando-o.
Voc capaz de afirmar o assunto de cada texto?
Referncias
HUTCHINSON, T.; WATERS, A. English for specific purposes. Cambridge: C.U.P., 1996.
MACIEL, Ruberval Franco. O desenvolvimento da habilidade de leitura em lngua
inglesa. Disponvel em: <www.ruber valmaciel.com/arquivo/materias_aula/
conteudo/1203085124.doc>. Acesso em: 12 set. 2008.
TOTTIS, Vernica. Lngua inglesa: leitura. So Paulo: tica, 1986.
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