Apostilha Necropapilos
Apostilha Necropapilos
Apostilha Necropapilos
CURSO DE
NECROPAPILOSCOPIA
Confrontos e Relatrios
Tcnicos (CERT)
Extrado do Caderno Didticos da DISCIPLINA: PAPILOSCOPIA FORENSE
MODULO III PERCIA PAPILOSCPICA - 4 Edio, da Academia Nacional de Policia: Para
formao de Papiloscopista Policial Civil, em Goinia (GO), em 2014.
Impresses padro sem qualidade suficiente ou estas so incompatveis com o material questionado
o Papiloscopista solicitar a coleta de novos padres; Quando se tratar de impresses questionadas, ser
informada a impossibilidade da realizao do exame.
UNIDADE II -
EXAME DE CONFRONTO DE
IMPRESSES PAPILARES
Ampliadores pticos, transparncias, rguas, escalas e compassos s o recursos que podem auxiliar no
exame de confronto.
4. DEMONSTRAO DE ASSINALAMENTOS
E ENUMERAES
Os assinalamentos de pontos caractersticos em fotografias e imagens digitalizadas das impresses
analisadas tm por finalidade a demonstrao das afirmaes contidas no laudo a respeito da
individualizao ali estabelecida.
Todas as fotografias ou imagens devero ser carimbadas e rubricas, abrangendo parte da foto e
parte da folha do Laudo
Quanto funo do assinalamento dos pontos caractersticos citamos o eminente Professor Carlos
Khedy, que no Livro Manual de Locais de Crime, 2 Edio, 1959, assim descreve:
O assinalamento tem apenas a funo de ilustrar o laudo pericial, o que ir provar justia a
identidade dessas impresses. A convico a que ele chegou pelo simples cotejo ocular,
deve ser, agora apresentada graficamente, de modo a convencer a justia da verdade.. (ttulo 147, pag. 110)
Diga-se de passagem que o assinalamento dos pontos caractersticos nas impresses papilares no
tem finalidade de convencer o tcnico; quando o tcnico requisita a ampliao das fotografias, j est
convencido da identidade das impresses, o assinalamento tem portanto a
finalidade de ilustrar o laudo e fornecer uma prova material Justia. (ttulo 147, pag. 112).
Existem diversos mtodos de assinalamento de pontos caractersticos em fotografias ou imagens
digitalizadas. O INI adota o que descrevemos a seguir:
Ampliao das impresses papilares entre 5 e 10 vezes, utilizando rgua em escala milimtrica, a
fim de que se possa aferir a ampliao realizada;
As ampliaes das impresses confrontadas guardaro as mesmas propores;
As fotografias ou imagens das impresses confrontadas podem ser apresentadas na mesma
pgina ou em pginas separadas;
O assinalamento de pontos caractersticos coincidentes dever ser demonstrado por meio de
linhas retas, em formato de raios;
Deve-se assinalar um ponto caracterstico de cada vez em ambas as peas, primeiro na
impresso questionada e, em seguida, a correspondente na impresso padro;
A enumerao feita no sentido horrio, contornando toda a fotografia;
No permitido o cruzamento de linhas indicadoras dos pontos caractersticos;
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convico da identidade do mesmo, porm alega falta de condies tcnicas de exame, em razo da quantidade
mnima dos doze pontos no terem sido atingidos. O que um erro.
No mbito da Polcia Federal, o Instituto Nacional de Identificao recomenda o
assinalamento de pelo menos 12 (doze) pontos caractersticos.
Quando for necessrio comunicar resultado parcial de uma percia ainda em andamento, que
quando concluda ser objeto de laudo definitivo.
uma
lista
de
candidatos
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6.3. PREMBULO (informaes acerca do laudo - ttulo, data de elaborao, unidade, nome dos
papiloscopistas designados e/ou da equipe pericial, nome da autoridade que designou, informaes
sobre a requisio, quesitos, etc.);
6.4. HISTRICO (relato breve do fato que originou a requisio quando, como, quem, onde, o
qu, etc.);
6.5. OBJETIVO (so descritos os objetivos a serem buscados nos exames que devem estar
alinhados com a requisio da percia. Normalmente referem-se a obteno e identificao de
impresses);
6.6. DOS EXAMES (Descrio das tcnicas empregadas, a relao de impresses aproveitadas.
Mencionar se fase houve pesquisas no AFIS, sobre a identificao realizada, as ampliaes e
assinalamentos, etc.)
6.7. RESPOSTA AOS QUESITOS E CONCLUSO (Deve ser uma consequncia natural do que foi
argumentado, interpretado e discutido. Portanto contm o resultado das identificaes com o nome
das pessoas identificadas por meio dos confrontos realizados; A resposta aos quesitos deve ser
realizada na sequncia formulada, transcrevendo os quesitos artigo 160 do CPP );
6.8. ENCERRAMENTO DO LAUDO: fechamento do Laudo constando o nmero
de pginas do documento, nome dos peritos, nmero de fotografias, anexos, etc.);
6.9. ANEXOS (FOTOGRAFIAS, ASSINALAMENTOS, CROQUIS, DESENHOS ESQUEMTICOS,
DIAGRAMAS, etc.): Relacione os anexos que fazem parte do laudo. Tamanho recomendado das
fotos: 1) De ambiente e objetos 10 cm x 15 cm;
2) Impresses papilares para assinalamentos, com ampliao de 5 vezes para assinalamento
tamanho 8cm x 8 cm;
6.10. ENCERRAMENTO DO LAUDO (fechamento do laudo constando o nmero de pginas do
documento, nome dos peritos, nmero de fotografias, anexos, etc.).
GLOSSRIO NECROPAPILOSCPICO
A seguir foram extradas do Manual de Procedimento Operacional Padro Pericia Criminal (SENASP-2013) ,
cujo objetivo padronizar conceitos e terminologias a serem utilizados nos Laudos de Exames
Necropapiloscpicos.
AUTLISE Fenmeno transformativo que se caracteriza pela ausncia inicial de ao bacteriana.
Com a morte, a falta de oxigenao (anxia) celular promove a acidificao do pH e a consequente
ruptura de membranas lisossmicas. O derrame enzimtico ir provocar a digesto da parte orgnica
das clulas e consequentemente a sua destruio. Nesse estgio a menor quantidade de enzimas
nos tecidos epiteliais podem possibilitar a coleta de impresses papilares com qualidade sem
necessidade de recursos especiais;
BASE DE DADOS TP (Ten Print) uma base de dados que contm individuais decadactilares
pesquisadas e identificadas pelo AFIS. So consideradas tambm TP todas as individuais
decadactilares que so pesquisadas no AFIS;
BASE DE DADOS UL (Unsolved Latent). Base de dados do AFIS que contm fragmentos de
impresses com pendncia de identificao;
COLETA DE IMPRESSES DIGITAIS Tambm chamada de tomada de impresses digitais
(Kehdy). a reproduo dos desenhos digitais sobre uma superfcie de papel, de maneira intencional,
objetivando a posterior identificao por meio de confrontos;
CONFRONTO Exame comparativo de duas ou mais impresses papilares com objetivo de
identificao. O resultado positivo resultar na identificao, enquanto o resultado negativo
resultar em uma no identificao ou excluso de identidade;
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MOLDAGEM Reproduo dos desenhos papilares de forma tridimensional por meio de substncia
lquida. Recurso utilizado quando as tcnicas de coleta bidimensionais no surtem efeito. Tambm
recurso utilizado para evitar a disseco de falanges;
MUMIFICAO Fenmeno transformativo, do tipo conservativo, caracterizado pela evaporao
rpida da gua a ponto de inibir o processo bacteriano responsvel pela putrefao. So comuns em
corpos encontrados em locais arenosos e bem ventilados, com ambientes secos e com temperatura
elevada;
NECROPAPILOSCOPIA a identificao de cadveres por meio das impresses
papilares. Trata-se de uma das modalidades da percia papiloscpica, cujo objeto de identificao so
os corpos humanos sem vida;
NO HIT Excluso de identidade, realizada por Papiloscopista, aps anlise de uma relao de
impresses papilares de candidatos apresentada pelo AFIS;
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BIBLIOGRAFIA:
AMARAL, Marcelo Ortega - Apostila de Assinalamento de Pontos Caractersticos utilizando o
Software Adobe Photoshop 7.0 em Ingls - Braslia, Instituto Nacional de Identificao, 2003.
ASBHBAUGH, David R. - Rigeology, A modern evaluative of Rigde Identification - Polcia Real
Montada Canadense, reimpresso do FBI - 1996;
FBI - The Science of Fingerprints, Classification and Uses - Washington -DC, Ed. 12/84;
IDENTIFICAO, INSTITUTO NACIONAL DE - Identificao Papiloscpica. Servio Grfico do
DPF, Braslia-DF, 1987;
KEHDY, Carlos - Manual de Locais de Crime - Coletnea Accio Nogueira, vol VIII. So Paulo, Servio
Grfico da SSP/SP, 1959;
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