Dactilos
Dactilos
Dactilos
Histria
H vrias evidncias que o interesse humano em impresses
digitais data da pr-histria. Em uma face de precipcio na Nova
Esccia h um desenho que mostra uma mo com uma digital em
espiral presumivelmente feito por nativos pr-histricos.
H registro de placas de cermica antiga retiradas de uma cidade
soterrada no Turquesto, com os seguintes dizeres: "Ambas as
partes concordam com estes termos que so justos e claros e
afixam as impresses dos dedos que so marcas inconfundveis".
Na China do sculo VII, nos casos de divrcio, o marido tinha que
dar um documento para a divorciada, autenticado com suas
impresses digitais.
No sculo IX na ndia, os analfabetos tinham seus documentos
legalizados com as suas impresses digitais.
Apesar da difuso do emprego da impresso digital como
ferramenta individualizadora, no havia at ento uma aplicao
cientfica do seu uso para identificao humana.
Marcello Malphighi
Em 1.686, Marcello Malphighi, professor de anatomia na Universidade de Bolonha Itlia, com o auxlio de um microscpio (recm inventado), estudou a superfcie da
pele e notou os cumes elevados na regio dos dedos e os descreveu como " da
laada a espirala " mas no fez nenhum comentrio no possvel uso das mesmas
como ferramentas de identificao.
Muito antes dos cientistas forenses se interessarem por impresses digitais para
identificao humana, a sociedade de todas as eras tinham reconhecido a
necessidade de estigmatizar os criminosos.
Mtodos antigos de identificao biomtrica consistiam em infligir cicatrizes, marcas,
ou tatuagens nos criminosos. A mutilao era (e em alguns pases, ainda ) uma
atitude extrema, mas efetivo modo de marcar um ladro.
Mas este tipo de mutilao, bem como marcar com ferro em brasa (ferrete - Frana),
desapareceu na maioria dos pases na primeira metade do sculo XVIII quando a
civilizao desenvolveu um sistema de lei criminal e uma maior importncia do
indivduo na sociedade.
No caso da reincidncia o castigo a ser aplicado ao transgressor era mais severo, o
delinqente buscava esconder suas ofensas passadas assumindo uma falsa
identidade, e como nesse perodo no havia nenhum mtodo eficaz de identificao,
esta era uma tarefa relativamente fcil para o criminoso. Com o passar dos anos
ficou bvio que muitos criminosos reincidentes estavam sendo tratados como
primrios, o que martirizava a polcia e juizes da poca. A comunidade de execuo
da lei virou sua ateno para este srio problema, e um novo mtodo de
identificao, fazia-se necessrio.
A Antropometria de Alphonse
Bertillon
O primeiro mtodo cientfico de identificao
amplamente aceito foi desenvolvido pelo francs
Alphonse Bertillon em 1879. A antropometria, tambm
chamada de Bertillonage em homenagem a seu criador,
confiava em uma combinao de medidas fsicas
coletadas por procedimentos cuidadosamente
prescritos. um sistema complexo e completo de
identificao humana, alm dos assinalamentos
antropomtrico, descritivo e dos sinais particulares,
apresenta a fotografia do identificado de frente e de
perfil, reproduzida a um stimo e as impresses digitais
que foram introduzidas por Bertillon em 1894,
obedecendo uma classificao original.
A Antropometria de Alphonse
Bertillon
A Antropometria de Alphonse
Bertillon
Sem terem notcias um do outro, por volta de 1870 Henry Faulds, Cirurgio
britnico superintendente do Hospital de Tsukiji em Tquio no Japo,
comeou seus estudos depois de notar marcas de impresses digitais em
cermicas pr-histricas. Faulds no s reconheceu a importncia das
impresses digitais como um meio de identificao, mas tambm inventou
um mtodo de classificao para as mesmas.
Em 1880, Faulds publicou um artigo no Dirio Cientfico, "Nature"
(natureza) onde discutia sobre impresses digitais como meio de
identificao pessoal, e o uso de tinta de impressora como um mtodo para
obter tais impresses. Um ms depois Herschel tambm publicou um artigo
na mesma revista falando de suas experincias.
Ainda em 1880, Faulds remeteu uma explicao do seu sistema de
classificao e uma amostra das formas que tinha projetado para registrar
impresses digitais a Charles Darwin que em idade avanada e doente,
informou a Faulds que no poderia ajud-lo, mas que passaria todo o
material de estudo para seu primo, Francis Galton.
a identificao dactiloscpica no
Brasil.
a identificao dactiloscpica no
Brasil.
Em 1907 instituda em So Paulo, por fora do Decreto 1533-A,
de 30 de novembro, a identificao datiloscpica.
Em 1935 sob a direo do Dr. Ricardo Gunbleton Daunt, no
Servio de Identificao de So Paulo, criado o arquivo
dactiloscpico monodactilar e o laboratrio de locais de crime.
Em 1941, o decreto-lei 3.689, de 03 de outubro, promulga o
Cdigo de Processo Penal, que estabelece, em seu artigo 6, inciso
VIII, a obrigatoriedade de identificao criminal no Pas.
Em 1968 foi elaborado o Manual Tcnico dactiloscpico do I.N.I.Instituto Nacional de Identificao -, introduzindo inovaes na
classificao e arquivamento das individuais datiloscpicas.
Em 1988 a Constituio Brasileira determina em seu Artigo 5 Inciso
LVIII, que "O civilmente identificado no ser submetido a
Identificao Criminal, salvo nas hipteses previstas em lei".
Em 1997 a Lei 9.454 de 07 de abril instituiu o nmero nico de
Registro de Identidade Civil.
a identificao dactiloscpica no
Brasil.
Estudo da Pele
A pele o maior rgo de nosso corpo. Sua
espessura varia de 0,5 a 6 mm e funciona como
uma capa que protege os rgos internos.
composta por:
Epiderme: camada visvel formada por clulas
mortas ou prestes a morrer.
Derme: fica logo abaixo da epiderme e contm
a raiz dos plos, terminaes nervosas e vasos
sangneos, alm do colgeno, que d
elasticidade pele.
Estudo da Pele
Hipoderme: onde ficam as gorduras, as veias e
os msculos.
O local em que a derme e a epiderme se
encontram irregular pois elas se interpenetram
formando ondulaes denominadas papilas
drmicas. Onde a pele mais espessa, como a
palma das mos e a sola dos ps, elas se
tornam visveis e possuem configuraes
distintas, peculiar a cada indivduo.
Estudo da Pele
As papilas drmicas so formadas por cristas
papilares e sulcos interpapilares, e se formam
entre seis e oito semanas antes do nascimento
do indivduo permanecendo imutveis - ao olhos
do perito papiloscpico - por toda a vida, at a
putrefao.
As cristas papilares esto separadas umas das
outras pelos sulcos interpapilares, numa
distncia de dois a sete dcimos de milmetro.
Pele
Papilogramas
s impresses formadas
pelas papilas
drmicas d-se o nome
de papilogramas, onde
as linhas negras so
formadas pelas cristas
papilares e os espaos
em branco formados
pelos sulcos
interpapilares.
Papilogramas
Em uma impresso papilar h particularidades
anatmicas de carter congnito que variam na sua
apresentao, formato, dimenso, localizao e direo.
Esses caracteres so chamados pontos caractersticos,
que diferenciam e individualizam cada impresso. So a
base slida na afirmativa da identidade entre dois
papilogramas.
Todos esses detalhes anatmicos, as marcas e
cicatrizes so sinais imutveis presentes nas cristas
papilares e permitem ao perito que analisa os
papilogramas, afirmar com preciso absoluta a
identidade de um ser humano.
Papiloscopia
No comeo do sculo XX, Alphonse
Bertillon (pai da cincia forense) afirmou e
demonstrou que no s as impresses digitais,
mas tambm as impresses palmares (palma
da mo) e plantares (sola do p), so elementos
de identificao incontestveis e que mesmo
uma pequena parte destas impresses
suficiente para determinar a identidade do
indivduo, basta que ela apresente certo nmero
de particularidades coincidentes.
Ramos da papiloscopia
A Papiloscopia dividida em quatro partes:
Quiroscopia: processo de identificao por
meio das impresses palmares;
Podoscopia: processo de identificao por
meio das impresses plantares;
Poroscopia: processo de identificao por meio
dos poros das papilas drmicas; e
Datiloscopia: processo de identificao
humana por meio das impresses digitais.
Quiroscopia
Quiroscopia (quiros = mo +
Skopn = examinar): cincia
que trata da identificao
humana atravs das papilas
drmicas palmares
(impresses palmares).
O desenho quiroscpico
formado por cristas papilares e
sulcos interpapilares,
apresentando deltas, pontos
caractersticos e poros,
possuindo os requisitos
unicidade, perenidade,
imutabilidade e variabilidade.
Quiroscopia
Podemos classificar a palma da mo em trs
regies:
Tenar : a regio situada na base do dedo
polegar.
Hipotenar: a regio que se encontra do lado
externo da palma da mo, ou seja, do
prolongamento do dedo mnimo, ocupando uma
posio oposta regio tenar.
Superior ou Infra-Digital : a regio situada
imediatamente abaixo dos dedos indicadores,
mdio, anular e mnimo.
Podoscopia
Podoscopia (podo =p + Skopn =examinar): cincia
que trata da identificao humana atravs das papilas
drmicas plantares (impresses plantares).
O desenho podoscpico formado por cristas e sulcos
interpapilares, apresentando deltas, pontos
caractersticos e poros, possuindo os requisitos
unicidade, perenidade, imutabilidade e variabilidade.
A podoscopia utilizada com maior freqncia pelas
maternidades, na identificao dos recm-nascidos, e
ainda no confronto de impresses podoscpicas
encontradas em locais de crime.
Podoscopia
Com a finalidade de identificao a
coleta de impresses plantares,
podemos dividir a planta dos ps em
cinco regies, a saber:
1- regio do grande artelho (dedo);
2- regio do segundo ao quinto artelho;
3- regio fibular (fbula), lado externo do
p;
4- regio tibial, lado interno (arco do p);
5- regio do calcanhar.
Poroscoia
Poroscopia (poro + Skopn =examinar): cincia que trata da
identificao humana atravs dos poros encontrados nas cristas
papilares.
Em papiloscopia, os desenhos formados pelos poros nos
papilogramas, servem como meio complementar e seguro para
estabelecer a identidade, quando o nmero de pontos
caractersticos encontrados em uma impresso ou fragmento de
impresso papilar for insuficiente, pois tambm possuem as
mesmas propriedades que as papilas drmicas perenidade,
imutabilidade e variabilidade.
Na poroscopia, estuda-se:
O nmero varia segundo a distncia de um para outro orifcio
(poro), de 9 a 18 por mm2.
Posio localiza-se na parte central e perifrica das cristas
papilares.
Dimenses variam em regra de 80 a 250 micromilmetros.
Poroscopia
Forma os poros apresentam as seguintes
configuraes: circular, oval, estrelrio e triangular.
O exame de confronto consiste na tomada das
mensuraes com a ajuda de um compasso, a fim de
obter-se todas as medidas necessrias alm do
levantamento da forma e localizao do poro nas peas
negativas das fotografias ampliadas 45 vezes. As cristas
aumentam 10 a 15 mm de largura e os orifcios
sudorparos surgem ntidos, discernveis nas suas
minudncias, no dimetro de seis a oito milmetros.
Dactiloscopia
Dactiloscopia : cincia que trata da identificao humana atravs
das papilas drmicas digitais (impresses digitais).
Um ser humano normal possui cinco dedos em cada mo, dispostos
em fileira, na ordem convencional de polegar, indicador, mdio,
anular e mnimo, formados pelos ossos da falange, falanginha,
falangeta, a contar da base onde se articulam com os ossos
metacarpianos correspondentes, que os sustentam e do
articulao. O polegar possui apenas falange e falangeta e se
destaca dos demais por ser o mais grosso e curto da mo.
Os dedos apresentam duas faces; palmar e dorsal alm dos
bordos externo, interno e distal.
A dactiloscopia estuda as papilas localizadas
na falangeta ou falange distal, as quais formam desenhos distintos
que permite sua classificao e arquivamento.
Dactiloscopia
Os dedos apresentam
duas
faces; palmar e dorsal al
m dos bordos externo,
interno e distal.
A dactiloscopia estuda as
papilas localizadas
na falangeta ou falange
distal, as quais formam
desenhos distintos que
permite sua classificao
e arquivamento.
Vantagens da dactiloscopia
sobre a papiloscopia
A dactiloscopia, alm dos requisitos
fundamentais da identificao humana perenidade, imutabilidade e variabilidade possui tambm:
Classificabilidade: permite que os
desenhos digitais sejam facilmente
classificados para o arquivamento.
Praticidade: a obteno das impresses
digitais simples, rpida e de baixo custo.
Sistema de classificao de
Vucetich
Sistema de classificao de
Vucetich
Arco: o datilograma,
geralmente adltico,
formado por linhas que
atravessam o campo
digital, apresentando em
sua trajetria formas mais
ou menos paralelas e
abauladas ou alteraes
caractersticas.
representado pela
letra A para os polegares
e nmero 1 para os
demais dedos.
Presilha interna: o
datilograma com um delta
direita do observador,
apresentando linhas que,
partindo da esquerda,
curvam-se e voltam ou
tendem a voltar ao lado
de origem, formando
laadas. representado
pela letra I para os
polegares e o
nmero 2 para os demais
dedos.
Presilha externa: o
datilograma com um delta
esquerda do
observador,
apresentando linhas que,
partido da direita,
curvam-se e voltam ou
tendem a voltar ao lado
de origem, formando
laadas. representado
pela letra E para os
polegares e o
nmero 3 para os demais
dedos.
Verticilo: o datilograma
com um delta direita e
outro esquerda do
observador, tendo pelo
menos uma linha livre e
curva frente de cada
delta. representado
pela letra V para os
polegares e o
nmero 4 para os demais
dedos.
Arquivamento
No sistema de Vucetich, o arquivamento do tipo decadactilar, ou
seja, so utilizadas as impresses dos dez dedos das mos do
indivduo para a classificao e arquivamento.
Essas impresses so coletadas e dispostas em uma ficha
especfica que contm em um dos lados dez campos na seqncia
polegar, indicador, mdio, anular e mnimo, sendo os cinco da mo
direita em cima e os cinco da mo esquerda em baixo tendo para
cada um dos dedos trs campos na parte superior onde registrado
o tipo fundamental, o sub-tipo e a contagem das linhas de cada
dedo respectivamente.
No verso da ficha, colocado a qualificao do identificado, ou
seja, nome, filiao, data de nascimento etc., e a seqncia dos
dedos indicador, mdio, anular e mnimo de cada uma das mos,
unidos em uma nica impresso, bem como a impresso de cada
um dos polegares nos locais determinados. Esse procedimento
serve para conferir a seqncia das impresses dos dedos coletada
no anverso da ficha.
Arquivamento
Arquivamento
A disposio das impresses digitais na ficha forma
a ID, (individual dactiloscpica) que baseada nos tipos
forma uma frao alfanumrica sendo letras para os
polegares e nmeros para os demais dedos.
Exemplo: V1343 / V2122.
O arquivamento das fichas baseado na frmula
dactiloscpica da ID (individual dactiloscpica) sendo
sua distribuio feita da seguinte forma:
Primeira diviso: forma-se 4 grupos independentes de
fichas com base no tipo fundamental encontrado no
polegar direito. Exemplo: grupo A, grupo I, grupo E ,
grupo V.
Arquivamento
Segunda diviso: dentro de cada grupo, forma-se sub-grupos com
base no tipo fundamental do polegar esquerdo. Exemplo:
1 Grupo A - A/A, A/I, A/E, A/V;
2 Grupo I - I/A, I/I, I/E, I/V;
3 Grupo E - E/A, E/I, E/E, E/V e
4 Grupo V - V/A, V/I, V/E, V/V.
Terceira diviso: dentro de cada subgrupo segue-se a ordem
crescente da frao numrica formada pelos tipos dos dedos,
indicador, mdio, anular e mnimo. Exemplo:
1- 1111/1111, 2-1111/1112 , 3-1111/1113, 4-1111/1114, 51111/1121, 6-1111/1122, ... .....256- 1111 / 4444, 257- 1112 /
1111, 258- 1112 / 1112, ..............65.536- 4444 / 4444.
Arquivamento
Por exemplo, uma ficha dactiloscpica com a
seguinte frmula V3321 / I4233:
Coloca-se a ficha no grupo V (arquivo destinado
s fichas que possuem impresso digital do tipo
verticilo no polegar direito);
Dentro deste grupo V, coloca-se a ficha no subgrupo I (posio destinada s fichas que
possuem impresso digital do tipo presilha
interna no polegar esquerdo) e;
Arquivamento
Subtipos
Como vimos, os quatro tipos fundamentais idealizados por Vucetich possibilita-nos um grande
nmero de combinaes "imaginrias" para o arquivamento, mas a natureza no foi avisada
disso pois ela no segue a mesma distribuio prevista pela matemtica. Enquanto algumas
combinaes se repetem muito, outras se quer existem. Admite-se que nos grandes arquivos, o
nmero de combinaes catalogadas chega a pouco mais de 0,1% das 1.048.576 combinaes
possveis. Isto ocorre porque alguns tipos fundamentais so mais freqentes que outros, alm
dos desenhos digitais sofrerem uma simetria bilateral, ou seja, o tipo encontrado em um dos
dedos de uma das mos tende a se repetir no dedo correspondente da outra mo, s que
invertendo a imagem como o efeito de um espelho.
Essa simetria entretanto no uniforme entre os dedos. Alguns tipos so mais sensveis que
outros seu efeito, seguindo a ordem: presilha, verticilo e arco.
Estudos indicam que a freqncia dos tipos nos dedos ocorrem da seguinte forma:
Presilhas: incidem em 60% dos casos, sendo que as externas tendem a ocorrer somente nos
dedos da mo direita e as internas nos dedos da mo esquerda, com exceo dos indicadores
que tendem a sofrer uma maior alternncia desses tipos. As presilhas tm preferncia de
ocorrerem nos dedos mnimo e mdio.
Verticilos: incidem em 35% dos casos, distribuindo-se igualmente nas mos direita e esquerda,
sendo o responsvel pela maior variedade das frmulas. Sua apario ocorre com maior
freqncia nos dedos polegar, indicador e anular, sendo o efeito da simetria bilateral maior no
dedo polegar.
Arcos: incidem em 5% dos casos, sendo sua ocorrncia maior nos dedos indicadores, e seu
efeito bilateral fraco combinando mais freqentemente com as presilhas do que com os
verticilos(Clemil Jos de Arajo, Associao Brasiliense de Peritos Papiloscopistas 2001).
Este fenmeno imps a necessidade do desdobramento das frmulas sendo necessrio a criao
de subtipos para os tipos fundamentais, elevando a capacidade do arquivo, dando maior
desenvoltura e segurana ao arquivamento.
Subtipos
Arco
Plano: smbolo PL,
as linhas atravessam
o campo da
impresso digital,
assumindo
configurao mais ou
menos abalada,
confundindo-se com
as linhas basilares e
marginais.
Subtipos
Arco
Angular: smbolo AG
, as linhas se elevam
mais ou menos na
parte central da
impresso,
assumindo a forma
de um ngulo agudo
ou forma de uma
tenda.
Subtipos
Arco Bifurcado
direita: smbolo BD, no
mbito do arco plano,
algumas linhas se
desviam direita,
afastando-se da
configurao geral
daquelas que formam o
arco plano, formando
uma espcie de pente ou
garfo apontado para a
direita.
Subtipos
Arco Bifurcado
esquerda: smbolo BE, n
o mbito do arco plano,
algumas linhas se
desviam esquerda,
afastando-se da
configurao geral
daquelas que formam o
arco plano, formando
uma espcie de pente ou
garfo apontado para a
esquerda.
Subtipos
Arco Destro
apresilhado: smbolo DA
, a caracterstica uma
nica laada que ocorre a
direita do observador,
assumindo certa
semelhana com a
presilha externa,
apresentando um delta a
esquerda do observador,
no existindo porm
nenhuma linha
entreposta entre este
delta e a laada.
Subtipos
Arco sinistro
apresilhado: smbolo SA
, a caracterstica uma
nica laada que ocorre a
esquerda do observador,
assumindo certa
semelhana com a
presilha interna,
apresentando um delta a
direita do observador,
no existindo porm
nenhuma linha
entreposta entre este
delta e a laada.
Subtipos
Presilha
interna normal: smbolo
NR, apresenta um delta a
direita do observador, e
suas linhas nucleares
formam laadas que
nascem na extremidade
esquerda retornando ao
lado de origem sendo
mais ou menos regulares
em todo o seu trajeto.
Subtipos
Presilha
interna invadida: smbolo VD,
apresenta um delta a direita do
observador, e suas linhas
nucleares formam laadas que
nascem na extremidade esquerda
formando o pice das laadas, e
ao retornarem para o lado de
origem desviam de sua trajetria
normal, " invadindo " seu ramo
ascendente.
Os subtipos da presilha externa
so os mesmos :
1 Presilha externa normal:
smbolo NR;
2 Presilha externa invadida:
smbolo VD;
porm o delta encontra-se a
esquerda do observador.
Subtipos
Verticilo
circular: smbolo CR,
alm de possuir um
delta a esquerda e
outro a direita do
observador apresenta
no centro do ncleo
um ou mais crculos
completamente
fechados.
Subtipos
Verticilo
espiral: smbolo SP,
alm de possuir um delta
a esquerda e outro a
direita do observador
apresenta no centro do
ncleo uma nica linha
espiral, desenvolvendose do centro para a
periferia.
Subtipos
Verticilo
ovoidal: smbolo OV,
alm de possuir um delta
a esquerda e outro a
direita do observador
apresenta no centro do
ncleo uma ou mais
linhas ovais fechadas, ou
por uma linha que se
desenvolve do centro
para a periferia
descrevendo uma
curvatura oval tambm
fechada.
Subtipos
Verticilo
sinuoso: smbolo SN, alm de
possuir um delta a esquerda e
outro a direita do observador
apresenta no centro da
impresso um ncleo duplo
com prolongamento das linhas
entre si, assumindo a forma de
"S" , "N" ou "Z", considerandose como centro do ncleo para
efeito de contagem de linhas,
o pice da laada central mais
prxima do delta da esquerda.
Subtipos
Verticilo
duvidoso: smbolo DV,
alm de possuir um delta
a esquerda e outro a
direita do observador
apresenta um ncleo que
no pode ser definido
como os demais,
tomando-se para
contagem de linha o
ponto mais central dentro
do ncleo.
Tipos especiais
Tipos especiais
Presilha interna dupla:
apresenta um delta a
direita do observador,
com dois ncleos
dominados pelo mesmo
delta, e o ncleo superior
geralmente assume a
configurao de uma
presilha interna
ganchosa.
Presilha externa dupla:
reflexo da interna dupla.
Tipos especiais
Presilha interna
ganchosa: apresenta um
delta a direita do
observador e o ncleo
forma uma curvatura
acentuada, voltada para
o lado do delta, ou seja
as linhas nucleares
processam uma espcie
de invaso pela parte
inferior do ncleo.
Presilha externa
ganchosa: reflexo da
interna ganchosa.
Tipos especiais
Verticilo ganchoso:
apresenta dois deltas, a direita
e a esquerda do observador e
as linhas nas proximidades do
centro do ncleo, formam uma
entrada, dando ao centro
deste ncleo a configurao
de um gro de feijo. Outras
vezes, encontra-se um delta
ou pseudo delta onde ocorre a
entrada das linhas nucleares
nas imediaes do centro do
ncleo.
Anomalias
Desenhos
Anmalos: tipos que no
podem ser determinado
devido a deformidade de
seu desenho e sua
freqncia muito rara
no sendo necessrio
seu desdobramento
classificados para efeito
de arquivamento como 6
tipo.
Anomalias
Anomalias congnitas: so classificadas como 7 tipo sendo
divididas em:
1 Polidactilia: caracteriza-se pela incidncia de mais de 5 dedos
na mo.
2 Ectrodactilia: caracteriza-se pela falta congnita de um ou mais
dedos na mo.
3 Sindactilia: caracteriza-se pela unio de dois ou mais dedos na
mo.
Cicatriz: smbolo X, classifica-se como 8 tipo quando no for
possvel determinar o tipo fundamental da impresso devido a
deformidade causada.
Amputao: smbolo 0, classifica-se como zero ou 10 tipo na
classificao, caracterizada pela falta da falange distal, salvo nos
casos de anomalias congnitas.
Contagem de linhas
Caso os subtipos das impresses de uma ficha no
forneam sub-classificaes suficientes para distino
das fichas, poder-se- usar a contagem de linhas como
uma sub-subclassificao, em Deltas....contagem das
linhas, onde uma linha imaginria (linha de Galton)
apoiada no primeiro ponto caracterstico logo a frente
do delta, caso no o tenha ser apoiada no
prprio delta, e estendida at o pice da laada mais
central no ncleo, contando-se as linhas por ela cortada.
No caso dos verticilos, a linha de Galton ser apoiada
no Delta a esquerda do observador, e no pice mais
prximo deste delta, da laada mais central.
Contagem de linhas
Aps a contagem, o nmero de linhas deve ser aposto
no terceiro campo localizado acima de cada um dos
campos de cada dedo da ficha dactiloscpica, sendo
que para os polegares deve-se colocar o nmero exato
de linhas e para os demais dedos apenas a letra
correspondentes ao nmero de linhas contadas : 1 a 5
letra A, de 6 10 letra B, de 11 15 letra C, de 16 20
letra D de 21 25 letra E e de 26 em diante letra F.
Este tipo de classificao da contagem de linhas o
adotado pelo Instituto de Identificao de So Paulo,
podendo no entanto, ser encontrada de forma diferente
nos outros Estados da Federao
Albotadiloscopia
um termo criado por Luiz Reyna Almandos, palavra hbrida, composta de:
ALBUS - ALVO, BRANCO
DAKTYLOS - DEDOS
SKOPEIN - EXAMINAR.
O estudo publicado por Reyna Almandos, na Revista de Identificao Y Cincias
Penales, descreve as linhas brancas como sendo falhas do sistema de linhas
papilares.
Elas formam traos alheios ao sistema de linhas papilares que aparecem nas
impresses com relativa freqncia.
Elas tem origem em rugosidades existentes nos tecidos da ponta dos dedos, na
palma das mos e na planta dos ps. bem diferente do sulco provocado por
cicatriz de corte; esse apresenta uma reentrncia ou um vertente na crista papilar
motivada pela ao cortante.
Essas linhas brancas no so perenes e nem imutveis. Aparecem em um ou mais
dedos, muitas vezes, em todos os dedos no formato de retas, levemente curvas,
quebradas, mistas, ligeiramente sinuosas; mas distantes umas das outras. Longas,
curtas, medianas, largas, estreitas. Em relao prega interfalangeana so
transversais, verticais e oblquas e em vrios sentidos.
Albotadiloscopia
Albotadiloscopia
No est bem definida a origem das linhas brancas. Alguns autores atribuem como
um sinal de senilidade; h aqueles que acreditam na interferncia da temperatura
mida ambiental e o seu relacionamento com determinadas profisses no manuseio
constante de produtos qumicos.
Sob o ponto de vista tcnico papiloscpico bastante relativa a presena de linhas
brancas no papilograma; no podemos lhes atribuir um valor absoluto; eis que lhe
faltam dois elementos essenciais da crista papilar que so perenidade e a
imutabilidade. Sem esses atributos, no se pode confiar na sua imagem. Entretanto,
pelo seu formato, pela sua dimenso e espessura, pela sua posio no papilograma,
podemos atribuir um valor puramente indicativo, meramente subsidirio e relativo,
condicionando a outros elementos imutveis e congnitos de uma pea e outra
quando do assinalamento e confronto dos pontos caractersticos, pois, as linhas
brancas, no so generalidades das pessoas e nem de todos os dedos do mesmo
indivduo.
Tambm verificou-se que as linhas brancas aparecem em crianas, jovens, adultos e
velhos e comum nos portadores de doenas alrgicas, radiodermite, hansenase
bem como nas mos de lavadeiras, professoras, feirantes de legumes, pedreiro,
copeiro ou em conseqncia das doenas renais. Porm, essas linhas no coam,
no infeccionam, no doem e aparecem como um sulco largo e isolado, formam
imagens quadriculadas, cruzadas ou reticuladas combinadas entre si, constituindo
uma figura estranha e superposta ao desenho existente. As linhas brancas no se
originam da soluo de continuidade das salincias papilares e algumas
desaparecem com os anos, sem deixar nenhum vestgio, e em outras a persistncia
duradoura.
Albotadiloscopia
Albotadiloscopia
Impresses
digitais de um
mesmo dedo, com
25 anos de
intervalo entre as
coletas,
apresentando
seus pontos
caractersticos na
mesma ordem e
posies,
indicados por
setas e
numerados para
identifica-los.
Albotadiloscopia
Alguns pontos caractersticos ocorrem com
maior freqncia e outros so mais raros. No
Brasil para estabelecer a identidade,
necessrio a marcao de no mnimo 12 pontos
idnticos e coincidentes no confronto de dois
datilogramas. Este nmero de pontos foi
sugerido por Alphonse Bertillon. Para Edmond
Locard, trs pontos raros e agrupados, tm mais
valor que 15 ou 20 extremidades de linhas que
so mais freqentes.
Impresses em locais de
crime
Agentes reveladores
Agentes reveladores
Para revelar impresses latentes, necessrio o emprego de
agentes qumicos e tcnicas especiais para manuse-los.
Negro de Fumo : um termo genrico usado para identificar uma
ampla variedade de materiais carbonceos finamente divididos.
um dos materiais mais utilizados na revelao de impresses
latentes encontradas em suportes de fundo claro, sendo aplicado
por pulverizao ou por meio de um pincel. Suas micro partculas
aderem na mancha deixada pelas cristas papilares banhadas de
suor e ou leo revelando o desenho das papilas drmicas.
Carbonato de chumbo: um p branco extremamente fino. um
dos materiais mais utilizados na revelao de impresses latentes
encontradas em suportes de fundo escuro e transparentes, sendo
aplicado por pulverizao ou por meio de um pincel. Suas micro
partculas aderem na mancha deixada pelas cristas papilares
banhadas de suor e ou leo revelando o desenho das papilas
drmicas.
Agentes reveladores
Arquivo monodactilar
Arquivo monodactilar
Arquivo monodactilar
Arquivo monodactilar
Pontos Caractersticos
So "acidentes" presentes entre as
cristas papilares utilizados para
identificar as impresses papilares
atravs de suas coincidncias.
Pontos Caractersticos
A legislao brasileira , pelo uso e costume, exige a
coincidncia de, no mnimo, 12 (doze) pontos idnticos,
na mesma localizao, com a mesma "nomenclatura" e
sem nenhum ponto discrepante, para atestar uma
identidade.
Pontos Caractersticos
1- Ponto - Como o
prprio nome sugere,
como um ponto final
de uma frase escrita
que se encontra entre
duas linhas.
Pontos Caractersticos
2- Ilha ou Ilhota -
pouco maior que um
ponto e se caracteriza
por ser o menor
pedao de linha da
impresso digital,
medindo
aproximadamente de
dois quatro pontos
de comprimento.
Pontos Caractersticos
3- Cortada - um
pedao pequeno de
linha de duas
quatro vezes maior
que uma "ilha"
Pontos Caractersticos
4- Extremidade de linha -
todo final de linha seguida pelo
estreitamento das duas linhas
paralelas que a ladeiam. Esse
estreitamento deve ser
considerado para que no seja
confundido com uma
interrupo do desenho da
linha, causado por agentes
externos formao natural da
mesma. o ponto
caracterstico mais comum em
uma impresso digital.
Pontos Caractersticos
5- Bifurcao - Quando
se analisa uma
impresso, faz-se
observando-a
circularmente no sentido
horrio tomando-se como
base do raio (ou ponteiro)
a parte mais central do
desenho. Feito isso,
conclui-se que, as linhas
que se seguem nesse
sentido e abrem-se em
duas outras formam uma
Bifurcao.
Pontos Caractersticos
6- Confluncia - Da
mesma forma que a
bifurcao porm, em
sentido contrrio, ou seja,
quando duas linhas
seguem no sentido
horrio e, em dado
momento, juntam-se em
uma nica linha,
formando assim uma
confluncia.
Pontos Caractersticos
Pontos Caractersticos
8- Ponte ou
Anastomose - Ocorre
quando duas linhas
so ligadas por um
seguimento curto
formando entre elas
uma ponte de ligao,
semelhante a
anastomose das
folhas das plantas.
Pontos Caractersticos
Pontos Caractersticos