Trabalho Altura NR 35 2012 Rev01
Trabalho Altura NR 35 2012 Rev01
Trabalho Altura NR 35 2012 Rev01
Atendendo a NR 35
Autoria:
Equipe de Desenvolvimento Sampling
Reviso Tcnica:
1 edio - Maio/2012
Prezado aluno,
A Sampling considera a vida como o bem mais precioso. por isso que escolhemos como nossa
misso valoriz-la!
No trabalho voc desempenha suas tarefas e tem a oportunidade de transformar a sua vida e a de
outras pessoas, para isso, conhecimento fundamental.
Este treinamento foi desenvolvido, com todo cuidado, para contribuir na construo do conhecimento,
habilidade e atitude necessrios para que voc adquira competncias essenciais para a preservao da
vida.
Esperamos que voc desfrute de todos os momentos deste treinamento: as aulas tericas, onde
importantes informaes sero apresentadas ou relembradas; as aulas prticas, que vo coloc-lo, de
forma controlada, em situaes semelhantes as que voc poder encontrar em situaes de
emergncia e os intervalos das aulas, que devem ser aproveitados para solucionar dvidas e
desenvolver os temas aprendidos.
Queremos melhorar sempre, pois assim exige a dinmica da qualidade e para isso precisamos que
voc registre na avaliao de reao, ao final do curso, qual a sua impresso sobre a nossa atuao.
Valorize a vida!
SUMRIO
1. CONCEITOS E PRTICAS GERAIS DE TRABALHO EM ALTURA............................................ 4
1.1. Conceito de Trabalho em Altura.............................................................................................. 5
1.2. O trabalho em Altura................................................................................................................ 5
1.3. Responsabilidades................................................................................................................... 7
2. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL, ACESSRIOS E SISTEMA DE ANCORAGEM ............ 9
2.1. Cinto de Segurana ................................................................................................................. 9
2.2. Trava-quedas......................................................................................................................... 10
2.3. Cordas e Cabos ..................................................................................................................... 11
2.4. Mosquetes ........................................................................................................................... 12
2.5. Talabarte................................................................................................................................ 13
2.6. Ns......................................................................................................................................... 14
3. TIPOS DE TRABALHO EM ALTURA........................................................................................... 15
3.1. Escadas Mveis..................................................................................................................... 15
3.2. Escada Marinheiro................................................................................................................. 16
3.3. Andaimes ............................................................................................................................... 17
3.4. Plataforma Suspensa............................................................................................................. 19
3.5. Plataforma Elevatria............................................................................................................. 19
3.6. Balancim................................................................................................................................ 20
3.7. Passarelas para Telhado....................................................................................................... 20
4. RISCOS ASSOCIADOS AO TRABALHO EM ALTURA.............................................................. 21
5. BENEFCIOS DA PREVENO DE ACIDENTES DO TRABALHO EM ALTURA..................... 22
6. TIPOS DE RISCOS DE ACESSO AO LOCAL DO TRABALHO EM ALTURA........................... 22
7. MEDIDAS DE CONTROLE ........................................................................................................... 23
8. EMERGNCIA E SALVAMENTO................................................................................................. 24
9. NOES DE RESGATE............................................................................................................... 24
9.1. Estudo de Caso ..................................................................................................................... 26
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................. 28
1. CONCEITOS E PRTICAS GERAIS DE TRABALHO EM
ALTURA
O homem primitivo contava com muitos fatores negativos que conspiravam contra ele. Para manter-se
vivo precisava coletar alimentos e caar e para otimizar esses processos inventou instrumentos
rudimentares que foram sendo aperfeioados e evoluindo na medida das conquistas humanas.
O pice da evoluo foi na Revoluo Industrial, que trouxe em sua esteira mquinas que dispensavam
a trao humana e animal. O progresso do maquinrio utilizado pelo homem trouxe consigo os
acidentes, causados pela inexperincia, falta de treinamento, descuido, desconhecimento e outros
fatores fsicos e psquicos.
A verticalizao da ocupao dos espaos trouxe outra modalidade de trabalho, e consequentemente
de riscos: o trabalho em altura. Nesse novo contexto, surgiu a necessidade de melhorar as condies
de segurana dos trabalhadores que realizam trabalhos em locais altos, diminuindo o risco de quedas
na rea industrial.
Estatisticamente, queda por diferena de nvel responsvel por 30% dos acidentes nas indstrias
sendo que as principais causas so: o excesso de confiana, uso incorreto de EPI, desconhecimento
dos padres de execuo, no atendimento s recomendaes de segurana, no cumprimento das
recomendaes da anlise de risco.
Vamos tocar, rapidamente, em pontos que visam chamar sua ateno para reconhecer, analisar e
prevenir riscos associados ao trabalho em altura.
A NR 35 aprovada em 23/03/2012 atravs da Portaria SIT 313 D.O.U. 27/03/2012 estabelece:
35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mnimos e as medidas de proteo para o trabalho em
altura, envolvendo o planejamento, a organizao e a execuo, de forma a garantir a segurana e a
sade dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nvel
inferior, onde haja risco de queda.
35.1.3 Esta norma se complementa com as normas tcnicas oficiais estabelecidas pelos rgos
competentes e, na ausncia ou omisso dessas, com as normas internacionais aplicveis.
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00m do nvel inferior, onde haja
risco de queda. Esta NR se complementa com as normas tcnicas oficiais estabelecidas pelos rgos
competentes e, na ausncia ou omisso dessas, com as normas internacionais aplicveis.
1.1. Conceito de Trabalho em Altura
Segundo a NR 35, considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2 m do nvel
inferior onde haja risco de queda. Na NR 34.6 considera-se trabalho em altura toda atividade executada
em nveis diferentes nas quais haja risco de queda capaz de causar leses ao trabalhador. J a NR
18.23.3 define todo trabalho realizado em local acima de 2,00 m (dois metros), no qual haja risco de
queda do trabalhador. O padro das empresas pode ser mais criterioso do qual estabelecido pelas
Normas Regulamentadoras.
Como vimos as trs normas que fazem referncia a trabalhos em altura, mantm a definio de trabalho
em altura como qualquer atividade realizada acima de 2m levando em considerao o nvel inferior onde
haja risco de queda do trabalhador.
1.2. O trabalho em Altura
preciso conhecer e aplicar a proteo contra quedas seja para acesso ou execuo das tarefas, no
uso de escadas mveis, escadas marinheiro e vertical, andaimes, plataformas suspensas, plataformas
elevatrias, balancins, passarelas para telhado, acesso a equipamentos mveis etc. Para plataformas e
escadas integrantes de estruturas aplicam-se apenas os requisitos referentes ao guarda corpo e
condies da escada.
obrigatrio o uso do cinto de segurana, modelo pra-quedista, para todo trabalho a ser realizado
a partir de 2 metros. O cinto deve estar conectado, preferencialmente, acima da cabea e nunca
abaixo da cintura.
Para o primeiro acesso e incio de montagem de ancoragem, deve sempre ser utilizado o "Kit de
ancoragem".
Todo ponto de ancoragem deve ser testado para resistncia superior a 1.500 kg (15KN).
O cinto de segurana deve possuir talabarte duplo, sem emendas e comprimento inferior a 1,6
metros. (NBR 11370 Cinturo e Talabartes)
O uso do absorvente de energia ou dispositivo retrtil deve ser utilizado onde exista a possibilidade
de queda livre igual ou superior a 6 metros. (NBR 14629 - Absorvedor de Impacto)
Todos os dispositivos de trabalho em altura devem ser inspecionados antes do seu uso para
identificar cortes, trincas, quebras, conectores soltos, desgaste excessivo.
Deve ser providenciado um sistema que elimine riscos de queda de objetos e ferramentas de
trabalhos em pontos elevados.
O cinto de segurana deve ser ajustado para que o usurio no escorregue ou escape do
equipamento e, em caso de queda, a fora do choque seja distribuda uniformemente.
O uso do trava-quedas deve sofrer avaliao da compatibilidade do sistema de travamento (trava-
queda versus cabo-corda) e teste de funcionamento.
Deve ser observada a condio de ventos fortes para liberao do trabalho.
Equipamentos e dispositivos que sofrerem tenses devido a queda do trabalhador, devem ser
submetidos a rigorosa inspeo por profissional qualificado para certificar sua integridade.
Nenhum trabalho deve ser iniciado sem emisso de (APT) Anlise Preliminar de Tarefa e da (PT)
Permisso de Trabalho.
1.2.1. Conceitos Adicionais
rea aberta
Local onde realizado o trabalho, desprovido de dispositivos
que reduzam os esforos decorrentes da ao do vento sobre o
trabalhador.
rea Abrigada
Local com limites estabelecidos, onde realizado o trabalho,
guarnecidos por dispositivos com anteparas ou elementos
estruturais que reduzam os esforos decorrentes da ao do
vento sobre o trabalhador.
Condies atmosfricas
Est relacionado s condies de chuva, vento forte que possa
interferir na segurana durante a execuo do trabalho em
altura.
1.3. Responsabilidades
35.2. Responsabilidades
35.2.1 Cabe ao empregador:
a) garantir a implementao das medidas de proteo estabelecidas nesta Norma;
b) assegurar a realizao da Anlise de Risco - AR e, quando aplicvel, a emisso da Permisso de
Trabalho - PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
f) garantir aos trabalhadores informaes atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob superviso, cuja forma ser definida pela
anlise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
g) garantir que qualquer trabalho em altura s se inicie depois de adotadas as medidas de proteo
definidas nesta Norma;
35.2.2 Cabe aos trabalhadores:
a) cumprir as disposies legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos
expedidos pelo empregador;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidncias de
riscos graves e iminentes para sua segurana e sade ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierrquico, que diligenciar as medidas cabveis.
d) zelar pela sua segurana e sade e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas aes ou
omisses no trabalho.
35.3. Capacitao e Treinamento
35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitao dos trabalhadores realizao de
trabalho em altura.
35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, terico e prtico, com carga horria mnima de oito horas, cujo contedo
programtico deve, no mnimo, incluir:
a) Normas e regulamentos aplicveis ao trabalho em altura;
b) Anlise de Risco e condies impeditivas;
c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de preveno e controle;
d) Equipamentos de Proteo Individual para trabalho em altura: seleo, inspeo, conservao e
limitao de uso;
e) Acidentes tpicos em trabalhos em altura;
f) Condutas em situaes de emergncia, incluindo noes de tcnicas de resgate e de primeiros
socorros.
35.3.3 O empregador deve realizar treinamento peridico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das
seguintes situaes:
a) mudana nos procedimentos, condies ou operaes de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por perodo superior a noventa dias;
d) mudana de empresa.
4. Planejamento, Organizao e Execuo
35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e
autorizado.
35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de
sade foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuncia
formal
2. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL, ACESSRIOS
E SISTEMA DE ANCORAGEM
35.5. Equipamentos de Proteo Individual, Acessrios e Sistemas de Ancoragem
35.5.1 Os Equipamentos de Proteo Individual - EPI, acessrios e sistemas de ancoragem devem ser
especificados e selecionados considerando-se a sua eficincia, o conforto, a carga aplicada aos
mesmos e o respectivo fator de segurana, em caso de eventual queda.
2.1. Cinto de Segurana
Cinto de Segurana modelo pra-quedista fabricado com material sinttico, com
linhas e costura em material sinttico, com cores contrastantes ao material bsico
para facilitar a inspeo. Este equipamento deve combinar conforto, liberdade de
movimento e facilidade de uso sem sacrificar a segurana. Em caso de atividades
em locais com altas temperaturas e sondagens, o cinto de segurana deve ser
confeccionado em fibra para-aramida.
Os cintos utilizados nos trabalhos em altura so projetados para suportar quedas e grandes impactos.
Os talabartes so construdos com fitas largas, acolchoadas, com vrios pontos de ancoragem
(argolas), minimamente: um frontal, um traseiro e dois pontos de fixaes laterais e nos ombros, os
quais devem suportar uma carga mnima de 2.268 Kg (22KN).
Todo o cinto pra-quedista projetado para reter uma pessoa com segurana em caso de queda livre,
distribuindo as foras de impacto atravs das pernas, quadris, trax e ombro. importante que se
utilize o modelo indicado atividade especfica, respeitando suas limitaes de capacidade, peso e
tamanho conforme especificao do fabricante.
O cinto de segurana tipo pra-quedista deve ser utilizado para realizar servios onde haja risco de
queda acima de 2
metros de altura, fixado em trava-quedas e preso linha de vida.
O talabarte duplo deve ser usado exclusivamente como EPI.
Antes de utilizar, inspecione minuciosamente todas as costuras, cintos, fivelas, anis de sustentao,
cabos e suportes de um modo em geral. Caso apresente defeito NO use.
Alguns fabricantes sugerem inspees trimestrais mesmo que o equipamento no esteja em uso.
Aps o uso lavar com gua corrente e sabo neutro, secar a sombra, no caso de conter graxa.
Guardar o cinto em local seco e ventilado, no expor ao calor ou agentes qumicos, materiais corrosivos
e solventes.
Se usado e armazenado em boas condies a vida til pode chegar a 5 anos.
Durante o uso evite contato com material quente ou
cortante.
O ideal que haja um cinto exclusivo para cada usurio, o que possibilita maior controle e melhor
histrico do mesmo. Alguns fabricantes disponibilizam cintos com etiquetas para inspeo e registro,
alm de conter informaes rpidas sobre caractersticas do equipamento.
Classificao do Cinto segundo a NFPA 1983
Classe I
Cintos que se ajustam em torno da cintura, em toro das coxas ou
abaixo das ndegas. So desenhados para fuga de emergncia e
tem carga para apenas uma pessoa.
Classe II
Cintos que se ajustam em torno da cintura, em toro das coxas ou
abaixo das ndegas. Podem atender cargas de resgate.
Classe III
Cintos que se ajustam em torno da cintura, em toro das coxas ou
abaixo das ndegas e sobre os ombros. Podem atender cargas de
resgate e inverso (ponta cabea), caso venha a ocorrer.
Constituem uma nica pea ou ter mais partes.
2.2. Trava-quedas
Este equipamento que oferece segurana adicional ao usurio do cinto de segurana durante a
execuo do servio. Ele deve ser utilizado sempre a uma altura superior a do trax, nunca abaixo, j
que a sua finalidade reduzir as foras de impacto no caso de queda-livre causada pelo rompimento do
cabo principal de sustentao.
fabricado em material resistente corroso e apresenta facilidade de movimentao ao usurio.
Existem vrios modelos de trava-quedas, desde os mais simples ao retrtil com guincho, que
composto por um dispositivo de proteo contra quedas e resgate.
Segundo padres, o trava-quedas deve atender aos seguintes requisitos:
Fora de frenagem inferior a 600 kg (6 KN);
Indicador de fim de vida til;
Mosqueto giratrio 360 para que no haja toro do cabo;
Mola de proteo antitravamento.
O trava-quedas ancorado em ponto fixo deve ser instalado sempre a uma distncia, de no mnimo, 70
cm acima da cabea do trabalhador e ter seu ponto de ancoragem com capacidade de carga superior a
1.500 kg.
O trava-quedas mvel deve possuir dupla trava de segurana e travamento simultneo em dois pontos
da linha de vida.
O modelo retrtil possui dispositivo de parada de emergncia e tencionado por molas para os
movimentos normais de trabalho. Contudo, ao escorregar ou cair, o impulso da queda ativa os
mecanismos do freio impedindo a queda.
Antes de us-lo faa uma inspeo minuciosa de todo o conjunto inclusive do cabo de sustentao e
posicionamento correto de travamento.
Evite pancadas fortes, contato com produtos qumicos e com areia. As cordas e cabos so elementos
bsicos utilizados para apoio e sustentao do trabalhador em servio em altura.
2.3. Cordas e Cabos
Existem diversas formas de construo de cordas, no entanto o nico tipo de
corda recomendvel ao uso para sustentao de pessoas e resgate a
construo conhecida como capa e alma (KERNMANT o nome de origem
germnica).
Esta construo consiste de uma alma de fibra contnua que absorve em torno
de 80% da carga. Esta alma recoberta por uma capa tranada que a protege
da abraso e outros agentes agressivos. A capa responde em torne de 20% de
resistncia.
H no mercado, basicamente duas categorias (dinmica e esttica) em diversas cores, o que no
influencia na resistncia, mas tem relevncia com relao inspeo visual.
Estas cordas devem ser confeccionadas em fibras sintticas de nylon ou polister com carga de ruptura
acima de 3000 kg.
Se mantida em boas condies de uso e estocagem a vida til chega a 5 anos. Se a freqncia de uso
for muito grande, dependendo das condies, a vida til passa a ser de 2 a 3 anos.
Nunca use cordas e cabos sem antes inspecion-los,
mesmo que sejam novos!
A inspeo visual, identificando desgaste do material, a validade, se no apresenta dano, em caso
positivo, no usar.
Observe a seguir os principais cuidados que devem ser seguidos em relao s cordas.
Nunca utilize peso superior a capacidade da corda.
Evite contato da corda com produtos qumicos.
Evite guardar as cordas com n.
Evite atrito com cantos cortantes.
Utilize protetor para corda evitando danos a ela.
Evite rapel ou descida muito rpida, o atrito danifica a corda podendo romp-la.
Realize inspeo peridica e sempre antes da utilizao.
Substitua a corda quando apresentar desgaste na capa, quando tiver sido danificada superficialmente,
quando a alma apresentar danos ou quando estiver fora da validade.
2.4. Mosquetes
Os mosquetes so fabricados em ao ou duralumnio e possuem fechamento
simples ou com travas.
Os mosquetes utilizados no trabalho em altura devem ter fechamento e
travamento duplo automtico e com a possibilidade de serem aberto por, no
mnimo, duas aes deliberadas consecutivas. J existem mosquetes com
fechamento triplo.
A resistncia mnima tem que ser de 2.200 Kgf/cm2. Em atividades mais agressivas aconselhvel
utilizar mosquetes em ao carbono por serem mais resistentes aos impactos durante as atividades.
A capacidade de trabalho deve estar gravada no corpo. Quando abertos ou destravados a capacidade
de trabalho reduzida em aproximadamente 1/3 da carga nominal.
Resistncia fechado: no mnimo 22 KN sentido
longitudinal
Resistncia aberto: 1/3 do equipamento 7 KN
Resistncia fechado e tracionado na vertical:
resistncia sensivelmente reduzida, alm de ser
perigoso, a capacidade reduzida a
aproximadamente 1/3 do valor nominal 7 a 8 KN
A inspeo visual, procurando por danos aparentes. Caso apresente, substituir.
Evite contato com areia no sistema de travamento, pois
poder ocasionar dano. Inspecione seu equipamento, caso
verifique alguma deformao por amassamento profundo,
trincas, rachaduras ou sistema de travamento no esteja
funcionando NO USE.
2.5. Talabarte
O Talabarte um dispositivo que tem a finalidade de absorver o
impacto sofrido pelo usurio durante uma queda, anulando as foras
de impacto sobre o corpo.
Disponvel em diversos modelos de forma a atender as
necessidades da natureza do trabalho.
O talabarte duplo deve atender aos seguintes requisitos:
Construdo em fibra sinttica, normalmente polister, (exceto nilon), com mosqueto e trava dupla de
segurana. Em caso de atividades em altas temperaturas e soldagem, deve ser usado o talabarte em
fibra de para-aramida;
Ter capacidade para suportar, minimamente, carga de 2.268 kg;
Possuir absorvedor de energia atendendo os diversos tipos de trabalhos;
Comprimento mximo de 1,60 m;
Ser fixado acima do nvel do ombro;
Mosquetes com abertura mnima de 53 mm
Atuar como um dos componentes vitais de um sistema completo de proteo contra quedas, j que
limita as focas de impacto;
Possuir de 5 a 7 pontos por polegada, costurado com cora para resistir a trabalhos pesados;
Em caso de plataforma elevatria, o talabarte do cinto de segurana deve ser ancorado no local
estabelecido pelo fabricante.
Lembre-se: um n na corda, de certa forma
diminui a sua resistncia, por esta razo utilize o
n de acordo com a sua finalidade para evitar
possveis acidentes.
2.6. Ns
A tcnica de fazer e utilizar um n so recursos amplamente utilizados tanto para prender equipamentos
ou ferramentas como para auxiliar resgate.
Quando feitos corretamente so seguros com baixssima tendncia de se soltar mesmo sob tenso ou
flexo. So facilmente inspecionados possveis de observar se esto corretamente executados. fcil
lembrar como confeccion-los. Os ns podem ser: de ponta de corda, de meio de corda, e unio entre
cordas, de voltas. Cada n tem uma finalidade:
Oito Duplo: Serve para ancoragem. Ele reduz
menos a resistncia da corda utilizando com
mosquetes para colocao da corda. Sua vantagem
a fcil inspeo.
Oito Guiado: tem a mesma finalidade do oito duplo,
porm aplicado quando o trabalhador usa a prpria
estrutura para fazer a ancoragem.
N de porco: utilizado para prender o equipamento.
Quanto mais tracionado for, mais adere ao
equipamento.
3. TIPOS DE TRABALHO EM ALTURA
Na realizao das atividades de trabalho em altura, so utilizados alguns
recursos como, por exemplo: ferramentas, escadas mveis, andaimes,
cordas, cabos, plataformas mveis, passarelas, guindastes etc.
Em se tratando de trabalho em altura, todo equipamento oferece risco,
da a necessidade premente de, antes de usar os recursos, avaliar suas
limitaes e riscos e tomar todas as medidas necessrias para evitar
possveis acidentes.
3.1. Escadas Mveis
Segundo padres, a escada mvel (simples, extensvel e tesoura) fabricada em madeira, resina ou
fibras no condutoras.
para ser usada para acessos provisrios e servios de pequeno porte, desde que atenda aos
seguintes requisitos:
3.1.1. Caractersticas da Escada Simples/Extensvel
Comprimento mximo: 7 m.
Espaamento: uniforme entre os degraus, no excedendo 30 cm.
No deve ser pintada.
Sapatas: anti derrapantes.
Sinalizao: limite de carga mxima.
Para escadas utilizadas em servios em postes, estas devem dispor de
pea metlica, em forma de M ou similar, fixada na parte superior, para
apoio no poste.
3.1.2. Caractersticas da Escada tipo Tesoura
Comprimento mximo: 6 m.
Espaamento: uniforme entre os degraus, no excedendo 30 cm.
Deve possuir limitador de espao.
No deve ser pintada.
Sapatas: anti derrapantes.
Sinalizao: limite de carga mxima.
Escada confeccionada com montante em cabo de ao somente poder ser
utilizada para trabalho em espao confinado.
As escadas de mo devem ter, no mximo, 7,0 metros de extenso.
A abertura da base da escada porttil dever ser de do tamanho do seu comprimento.
Utilize somente escadas em boas condies.
A escada em uso deve estar bem apoiada, sendo segura na base ou amarrada no ponto de apoio. No
a posicione sobre qualquer equipamento ou mquina.
Proibies
Colocar escada de mo nas proximidades de portas e reas de circulao sem sinalizao e medidas
de segurana adequadas.
Utilizar os degraus no ltimo metro do final da escada quando no for possvel a ancoragem acima ou
igual linha da cintura do trabalhador.
Colocar uma escada em frente abertura de uma porta, a menos que esteja bem sinalizada ou tenha
algum vigiando.
3.2. Escada Marinheiro
A escada de marinheiro e a escada vertical devem atender aos seguintes
requisitos:
Possuir linha vertical em toda a sua extenso, fixada em estrutura
independente da escada;
Distncia de, no mnimo, 12 cm entre os degraus e a estrutura de fixao;
Para cada lance de 9 m (no mximo), deve ter uma patamar intermedirio
de descanso protegido por guarda corpo e rodap.
Possuir gaiola protetora a partir de 2 m acima da base, at 1 m acima da ltima superfcie de trabalho,
quando alcanar 6 m de altura.
3.2.1. Recomendaes de Segurana
Trabalhos em escadas de marinheiro devem ser feitos utilizando talabarte duplo com dois conectores,
pois no momento da progresso o trabalhador deve estar preso estrutura ou outro recurso como, por
exemplo, cabo de segurana ancorado a um ponto seguro e o trabalhador deve estar portando um
trava-quedas conectado a este cabo.
3.3. Andaimes
O andaime deve ser tubular (no de encaixe) e apresentar os
seguintes requisitos:
Guarda corpo;
Rodap;
Piso (plataforma de trabalho toda preenchida e livre);
Escada de acesso com linha de vida;
Sem rodzio (rodas);
Dispositivo de fechamento do acesso plataforma de trabalho recompondo o guarda-corpo ao redor de
toda a plataforma;
Fabricado em tubo de ao galvanizado, com braadeiras fixas e giratrias, com capacidade mnima de
carga de 750 kg e de 900 kg respectivamente, luva, base fixa e ajustvel com capacidade mnima de
carga de 2.000 kg e dimensionado de modo a suportar as cargas de trabalho.
Para as escadas de acesso, os degraus devem ser montados com tubos cujo dimetro permita a
empunhadura com firmeza, sem comprometer a capacidade de carga.
3.3.1. Recomendaes de Segurana
O trabalhador deve utilizar cinto de segurana tipo pra-quedista ligado
ao trava-quedas de segurana que deve estar ligado a um cabo-guia
fixado em estrutura independente da estrutura de fixao e sustentao
do andaime suspenso.
Os dispositivos de suspenso devem ser verificados diariamente pelos
usurios e pelo responsvel pela obra, antes do incio dos trabalhos.
Os cabos de ao utilizados nos guinchos tipo catraca dos andaimes
suspensos devem: ter comprimento tal que, para a posio mais baixa
do estrado restem pelo menos seis voltas sobre cada tambor, passar
livremente na roldana, devendo o respectivo sulco ser mantido em bom estado de limpeza e
conservao.
Utilize trava-queda ou talabarte conectado a um cabo de segurana independente da estrutura do
andaime.
Faa uso de guarda-corpo no alto do andaime.
Mantenha as ferramentas presas ao corpo.
proibido:
Usar cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentao dos andaimes suspensos;
Acrescentar trechos em balano ao estrado de andaimes suspensos
A interligao de andaimes suspensos para a circulao de pessoas ou execuo de tarefas.
Utilizar escadas em cima do andaime;
Montar outros recursos em cima do andaime para acessar pontos mais altos.
Depositar material que no seja para uso imediato.
3.3.2. Guarda Corpo
O guarda corpo deve ser utilizado como proteo contra queda de altura e atender os seguintes
requisitos:
Instalaes Provisrias:
Parte superior do parapeito a 1,20 m acima da rea de trabalho ou circulao
Parapeito intermedirio de 70 cm
Rodap de altura mnima de 20 cm
Possuir resistncia mnima a esforos concentrados de 150 Kgf/m2 no centro da estrutura
Instalaes Permanentes:
Parte superior com no mnimo 90 cm
Rodap de altura mnima de 20 cm
Possuir resistncia do esforo horizontal de 80 Kgf/m2 aplicado no seu ponto mais desfavorvel.
3.3.3. Trabalhos com Andaimes em Subestao
Para trabalhos em subestaes eltricas em que seja indispensvel realizao de atividades com
circuitos parcial ou totalmente energizados, podem ser utilizados andaimes de material no metlico
com caractersticas de resistncia mecnica distintas das estabelecidas acima, desde que sejam
atendidos os seguintes requisitos:
Projeto elaborado por profissional habilitado que comprove a estabilidade e resistncia do conjunto;
Rigidez dieltrica em conformidade com a classe de tenso dos equipamentos eltricos;
Fabricados em conformidade com as normas tcnicas.
3.4. Plataforma Suspensa
A plataforma suspensa (andaime suspenso) pode ser utilizada para
trabalhos em fachadas (limpeza, pintura, obras) desde que possua:
Guarda-corpo, rodap e piso;
Fixao em elemento estrutural da edificao;
Dispositivo de bloqueio mecnico automtico, atendendo mxima
capacidade de carga do equipamento;
Placa de identificao com a carga mxima de trabalho permitida em
local visvel;
Cabo de ao com carga de ruptura igual a, no mnimo, cinco vezes a
carga mxima utilizada.
Recomendaes de Segurana:
Mantenha visvel a placa de carga mxima de resistncia da plataforma;
Use cintos de segurana;
No deixe materiais soltos;
Observe a integridade do cabo de sustentao da plataforma suspensa;
Providencie cabo de segurana independente da plataforma suspensa e mantenha-se preso a este por
um talabarte ou trava-queda.
3.5. Plataforma Elevatria
A plataforma elevatria (tesoura standard, tesoura todo-terreno, telescpica, mastro vertical, articulada,
unipessoal e rebocvel) deve atender os seguintes requisitos:
Indicao da capacidade de carga e alcance mximo visvel distncia;
Cones refletivos para sinalizao horizontal da localizao da
mquina;
Sistema de controle de descida de emergncia;
Aviso sonoro e visual de translao;
Dispositivo anti basculante e limitador de carga;
Fixao para cinto de segurana na plataforma;
Sistema de travamento/frenagem das rodas quando em operao;
Sistema de estabilizao automtica a ser utilizado precedentemente
a subida da plataforma;
Plataforma operacional com piso em material antiderrapante.
Recomendaes de Segurana:
Utilize cinto de segurana e demais EPIs necessrios;
O trabalhador deve estar preso a um ponto de segurana;
A comunicao entre o trabalhador e o operador da plataforma deve ser feita continuamente durante a
operao de elevao at o local necessrio.
3.6. Balancim
O balancim individual deve atender os seguintes requisitos:
Ligao frontal (peito);
Ponto de ancoragem do cabo de sustentao da cadeira independente do
ponto de ancoragem do trava-queda com resistncia mnima de 1.500 Kg;
Dispositivo de descida e subida, com dupla trava de segurana.
Recomendaes de Segurana:
Utilize cinto de segurana com trava-queda ou talabarte a um cabo de segurana independente do cabo
de sustentao do balancim;
No faa uso de balancim improvisado;
Verifique se a trava de segurana est em perfeito funcionamento;
Inspecione o equipamento antes do uso.
3.7. Passarelas para Telhado
A passarela para trabalho em telhados deve atender aos
seguintes requisitos:
Fabricao em duralumnio antiderrapante, com comprimento e
largura que permitam a movimentao com segurana;
Dispositivo de interligao e de travamento entre os elementos
pranches;
Pontos de ancoragem e linha de vida acompanhando a extenso da passarela para uso do cinto de
segurana durante a permanncia sobre a mesma.
Recomendaes de Segurana:
Utilize cinto e cabo de segurana e se manter preso a ele atravs de um trava-queda ou talabarte;
No execute trabalhos em dias de chuva;
Evite concentrao de carga em um nico lugar;
Mantenha o local sinalizado e isolado para evitar que trabalhadores em piso inferior sejam atingidos por
possvel queda de materiais ou equipamentos.
4. RISCOS ASSOCIADOS AO TRABALHO EM ALTURA
Para realizao de servios em altura, os padres requerem a realizao de exames ocupacionais para
comprovar a aptido para a atividade em altura.
Caso o trabalhador examinado apresente restries temporrias, a liberao para retorno s poder
ocorrer aps reavaliao a qual apontar liberao ou restrio. Tambm mandatrio que, antes da
execuo das atividades em altura, deve-se efetuar avaliao de sade pr-tarefa.
Os principais acessos so: escadas fixas ou mveis, andaimes, plataformas suspensas ou elevatrias,
passarelas, lana de guindaste, entre outros.
Cada um oferece riscos diferenciados, por isso, cabe ao trabalhador adotar medidas de segurana
eficazes durante a utilizao evitando:
Riscos associados sade do trabalhador (presso arterial, medo de altura, epilepsia, cardiopatias).
Desequilbrio no momento da subida ou descida;
Choque eltrico direto ou indireto;
Coliso na subida ou descida;
Quedas em diferente nvel;
Quedas no mesmo nvel;
Queda de ferramentas e equipamentos;
Desmoronamento da estrutura de acesso.
Acidentes sofridos em decorrncia de queda por diferena de nvel, normalmente so graves, podendo
levar morte.
5. BENEFCIOS DA PREVENO DE ACIDENTES DO
TRABALHO EM ALTURA
Os benefcios que a preveno traz so inmeros:
Antecipao dos riscos envolvidos na atividade;
Garantia de utilizao de equipamentos seguros;
Observao dos pontos seguros para ancoragem e acesso;
Meios para reduo de esforo fsico para subida;
Utilizao de equipamentos seguros e que dem conforto aos trabalhadores.
6. TIPOS DE RISCOS DE ACESSO AO LOCAL DO TRABALHO
EM ALTURA
Antes da execuo dos servios necessrio verificar as condies de acesso aos locais, ou seja,
identificar se existe algum risco associado que precise de medidas para reduzir estes riscos.
Os acessos aos locais de trabalho em altura, expem o trabalhador a vrios riscos. Os eventos que
podem ocasionar acidentes devido a riscos associados a entrada ou sada destes locais so:
Escorrego;
Corpo estranho;
Contuses;
Entorses;
Ferimentos;
Queda, etc.
Por essa razo necessrio manter estado de alerta constante para minimizar os riscos a que esto
expostos.
7. MEDIDAS DE CONTROLE
O local deve ser sinalizado, por meio de placas indicativas, e isolado para prevenir acidentes com
pessoas que estejam trabalhando ou passando em baixo;
Uso obrigatrio do cinto de segurana modelo pra-quedista;
O transporte do material para cima ou para baixo deve ser feito preferencialmente com cordas em
cestos especiais ou outro recurso que oferea segurana;
Materiais e ferramentas no podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho sobre
andaimes e plataformas elevadas para evitar acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou
transitando sob as mesmas;
Sob forte ameaa de chuva ou vento suspender imediatamente os servios;
Nunca andar diretamente sobre materiais frgeis como telhas, ripas, etc.;
Desa e suba escadas com calma e devagar;
No improvise;
As instalaes eltricas provisrias devem ser realizadas por profissional habilitado;
Todos os equipamentos e sistemas de proteo devem ser inspecionados antes do incio das atividades
e substitudos em caso de deteco de anormalidades como: deformao, trinca, oxidao acentuada,
rachadura, corte, enfraquecimento das molas e costuras rompidas;
Os andaimes devem possuir sinalizao atravs de placas indicando sua condio: em montagem,
liberado ou interditado, com registro dos responsveis pela montagem e liberao, o que s pode
ocorrer depois da condio de estabilidade verificada.
A ancoragem da linha de vida deve ser feita em ponto externo da estrutura de trabalho, salvo em
situaes especiais tecnicamente comprovadas por profissional habilitado. Nestas situaes especiais,
esse profissional deve elaborar projeto que comprove estabilidade e resistncia do conjunto.
Na mudana de turno/equipe de trabalho, deve-se dar baixa nas PTs relativas s atividades de todas as
equipes envolvidas que esto encerrando sua participao e emitir novas PTs para a continuidade dos
servios ou ento revalidar as PTs iniciais.
8. EMERGNCIA E SALVAMENTO
35.6. Emergncia e Salvamento
35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergncias para trabalho
em altura.
35.6.1.1 A equipe pode ser prpria, externa ou composta pelos prprios trabalhadores que executam o
trabalho em altura, em funo das caractersticas das atividades.
35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessrios para as respostas a
emergncias.
35.6.4 As pessoas responsveis pela execuo das medidas de salvamento devem estar capacitadas a
executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptido fsica e mental compatvel com a
atividade a desempenhar.
9. NOES DE RESGATE
Dada peculiaridade do servio, de fundamental importncia que os elementos integrantes de uma
equipe de salvamento, estejam plenamente conscientizados da importncia da segurana.
O sucesso da operao apia-se na total segurana que resultado do perfeito conhecimento tcnico
profissional do integrante da equipe de salvamento em altura, somada a sua disciplina, sua prpria
segurana e a de seus companheiros.
Maneiras de ser garantida a segurana nas operaes de salvamento:
Nunca permitir que apenas um elemento execute a operao;
Os equipamentos devem ser checados e avaliados antes de qualquer tipo de trabalho;
Checar os equipamentos aps colocao (equipagem);
No alterar procedimentos operacionais, sem prvio conhecimento dos integrantes da equipe;
Checar e vigiar todas as amarraes e fixaes de equipamentos;
Sempre estar preso a um ponto fixo, caso esteja trabalhando em locais elevados;
Os elementos da equipe, empenhados no controle das descidas, devero sempre estar usando
luvas e posicionados de maneira a dar sustentao s mesmas;
No permitir ajuda ou interferncia da vtima no processo de salvamento, a no ser em situaes
extraordinrias.
As tcnicas e tticas de salvamento em altura constituem-se em um correto dimensionamento de
nmero, das formas e do perfeito manuseio dos equipamentos a serem empregados com a finalidade
de ser alcanado o xito total neste tipo de operao.
9.1. Estudo de Caso
Reportagens da Rede Globo no Distrito Federal chamaram a ateno para o aumento de acidentes na
construo civil. Nestas reportagens foram exibidas imagens da imprudncia dos operrios que realizavam
trabalhos em altura.
Veja a seguir a transcrio de partes destas reportagens e as imagens que denunciam a desobedincia s
normas de segurana para trabalhos em altura.
Depois de assistir os vdeos durante o treinamento, discuta o assunto com o instrutor e com os seus
companheiros de sala de aula. Participe desta discusso com ateno, pois a avaliao de aprendizagem
abordar as boas prticas que deveriam ser adotadas em casos semelhantes aos mostrados nestas duas
reportagens.
Falta Fiscalizao em Obras do Distrito Federal - (Programa Bom Dia DF: 23/062009)
Um acidente na sexta (19), outro na segunda (22). Praticamente toda semana um operrio da construo
civil se machuca em obras do DF.
A imprudncia e a falta de equipamentos de segurana esto na lista de irregularidades. Segundo o
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), nos cinco primeiros meses deste ano,
trs mil obras foram fiscalizadas no DF. Dois teros apresentaram problemas. (...)
Quem observa uma obra percebe logo os riscos de acidente. No vdeo, o flagrante de um operrio que se
equilibra no andaime, no 16 andar de um prdio.
Ele carrega o equipamento de segurana nas costas, mas a corda est solta. Um pequeno deslize poderia
ser fatal. Quando percebe que est sendo filmado, o trabalhador prende o cinto no ferro.
O flagrante em outro edifcio mostra um funcionrio que desce a estrutura metlica sem o equipamento de
proteo. (...)
DF Tem Alto ndice de Acidente de Trabalho (Programa DFTV 2 Edio - 23/062009).
Nmeros da Secretaria de Sade e do governo federal apontam: cresceu o nmero de acidentes graves de
trabalho no Distrito Federal.
(...) Maio teve o maior nmero de acidentes: 131. A construo civil lidera. Em guas Claras, no difcil
encontrar situaes de risco. No 16 de um prdio, a equipe do DFTV 1 Edio flagrou um trabalhador se
equilibrando no andaime. Ele carregava o equipamento de segurana, mas a corda estava solta. S quando
percebe que est sendo filmado que prende o cinto.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n1 Disposies Gerais.
BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n 6 Equipamento de
Proteo Individual EPI.
BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n 7 - Programas de Controle
Mdico de Sade Ocupacional.
BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n 11 - Transporte,
Movimentao, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n 18 - Condies e Meio
Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo.
BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n 35 Trabalho em
Altura - Publicao D.O.U. - Portaria SIT n. 313, de 23 de maro de 2012 27/03/12
Brasil NR n 34 Condies e meio ambiente de trabalho na indstria da construo e reparo
Naval . 2011
PROJETANDO o Imprevisto. Revista Emergncia, So Paulo, ago. 2008, p. 20-22.
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