Psicometria
Psicometria
Psicometria
Histrico
Existem relatos do uso de testes para seleo de funcionrios na China em 3000 a.c. Teve origem em duas tendncias: Orientao empirista - uso de processos comportamentais, sensoriais. Galton (1883) e Spearman (1904) Orientao mentalista processos mentais. Binet e Simon (1905)-Teste de inteligncia
Preocupao experimentalista. Galton (1883) acreditava que operaes intelectuais poderiam ser avaliadas por medidas sensoriais, pois toda informao nos chega pelos rgos dos sentidos. Contribuiu em trs reas: medidas de discriminao sensorial, onde props testes com barras (comprimentos) e apitos (som), escalas de pontos, questionrios e associao livre, que utilizava aps s medidas sensoriais e uso de mtodos estatsticos para analisar quantitativamente os dados, tarefa desenvolvida pelo seu discpulo Pearson.
Binet & Henry (1896) propuseram medir funes como memria, imaginao, ateno, compreenso, etc, desenvolveram o teste de 30 itens que tinha uma gama variada de funes como julgamento, compreenso e raciocnio. O objetivo era avaliar o nvel de inteligncia de crianas e adultos. QI= 100(IM/IC) IM=Inteligncia mental IC= inteligncia cronolgica QI= quociente intelectual
Dcada de Binet (1900): Avaliao das aptides humanas, visou predio na rea acadmica. Era dos testes de inteligncia (1910-1930):Teste de inteligncia de Binet-Simon(1905); artigo de Spearman (1904) sobre o fator g, reviso do teste de Binet-Simon para os EUA (1916) e a ecloso da I grande guerra mundial que exigia seleo rpida, eficiente e universal de soldados.
Dcada da anlise fatorial (1930): Queda dos testes de inteligncia (1920) por dependerem de fatores culturais, no havia fatores universais. Havia a procura de causas comuns, fidedignidade. Em 1936 foi lanado a revista Psychometryka e a fundao da APA nos EUA. Era da sistematizao (1940-1980): nesta fase os trabalhos de sntese e crtica predominavam.
Nos trabalhos de sntese tentavam sistematizar os avanos surgindo a teoria clssica dos testes psicolgicos e a teoria da media escalar. Utilizando anlise fatorial, procurou sintetizar as teorias da personalidade e de inteligncia. Sternberg & Weil(1980) para superar as dificuldades da psicometria clssica propuseram o modelo da psicologia cognitiva, na rea da inteligncia.
Era da psicometria moderna (TRI - teoria de resposta ao item) (1980- ): O termo pode ser inadequado pois, ainda no resolveu todos os problemas fundamentais e no pode substituir toda psicometria clssica
Avaliao psicolgica
Esta visa, atravs dos mais variados mtodo e tcnicas, descrever e classificar o comportamento com o objetivo de enquadrlo dentro de uma tipologia, que permite tirar concluses sobre o outro e assim saber este deve agir e se comportar em relao e esses outros.
Avaliao no-profissional
o que todos ns fazemos. uma habilidade para garantir nossa sobrevivncia. Interpretamos os comportamentos dos outros, realizamos as adaptaes necessrias no nosso comportamento para que possamos nos inserir na comunidade. Utilizamos a interpretao de comportamentos verbal e no verbal dos outros e relacionamos estes dentro de categorias de comportamentos que aprendemos.
Nem sempre isso funciona, pois as interpretaes nem sempre so adequadas. Com isso criamos uma organizao de expectativas, o que torna a vida em sociedade possvel. Desenvolvemos um arsenal de regras, segundo as quais, julgamos nossos comportamentos e tambm os dos outros. Concluso: avaliamos continuamente o comportamento do mundo dentro de um sistema de expectativas.
Avaliao profissional
Atualmente necessitamos de avaliaes mais precisas e acuradas, pois tais avaliaes so bases de decises que afetam nossa vida e das outras pessoas. Assim precisamos de avaliaes confiveis no processo educacional, orientao profissional, na sade, na seleo de pessoal.
Classificao (psicotcnico) Promoo do autodesenvolvimento Interveno psicoterpica Avaliao de programas Pesquisa cientfica.
Classificao
Significa colocar a pessoa dentro de uma categoria de preferncia. uma seleo ou triagem. Triagem: investigao mais rpida para colocar a pessoa numa dada categoria. Ex.: pacientes de UBS Seleo: atividade corriqueira em qualquer profisso Ex.: concursos, exames psicotcnicos.
Promoo do autodesenvolvimento
Os testes podem auxiliar no autoconhecimento da pessoa, visando clarificar suas foras e fraquezas. Um bom exemplo a orientao vocacional, onde a pessoa poder conhecer onde suas motivaes podero ser til na sua vida profissional.
Avaliao de programas
Rice (1980) pesquisou escolas nas quais o ensino da soletrao era dado. Os resultados mostraram que alunos que fizeram exerccios de soletrao e os que no fizeram tiveram praticamente os mesmos resultados. Assim surgiu a idia de que os programas deveriam ser avaliados. Um programa consiste num planejamento de aes visando a prestao de servios de modo satisfatrio. A avaliao consiste verificar se o modo satisfatrio foi ou no atingido.
Pesquisa cientfica
Os testes psicolgicos so muito utilizados na investigao em psicologia. Para se dispor de dados confiveis, os testes permitem coletar os dados de forma precisa para confirmao ou no de hipteses, para serem analisados. Os testes psicomtricos tem grande vantagem sobre os projetivos, pois seus dados so em termos objetivos (quantitativos), podendo ser analisadas de forma objetiva e com maior preciso, o que resulta uma maior acurcia cientfica.
exemplos
Educao: vestibular, orientao vocacional Profisso: perfil, seleo Sade: diagnstico psicolgico Justia: percia Cincia: medida Detrans: psicotcnico
Padronizao
Procedimentos de aplicao Direitos dos testandos Controle dos vises do aplicador Normas de divulgao dos resultados
Condies psicolgicas
Baixa ansiedade do testando. Utilizao do rapport. O testando compreenda a tarefa a ser executada. Possveis problemas: Provas, concursos, testando doentes.
Vises do examinador
Pesquisas no so conclusivas quanto a essa varivel. Perguntas que devem ser feitas: O examinador deve ser familiar ao testando? Encorajar frequentemente o examinando ajuda ou atrapalha? O sexo do examinador e relevante? A idade relevante? O estado emocional relevante? As atitudes e opinies pessoais so relevantes?
O direito do testando
A lei brasileira considera o psiclogo como perito, legalmente responsvel em sua atuao profissional. O comit de tica em psicologia resumiu, baseado na APA, as normas de testagem: 1. obteno do consentimento dos testandos ou dos seus representantes legais. Excees: testagem pericial, nacional (censo IBGE); testagem como parte de atividades escolares, concurso pblico.
2.Direito a explicaes em linguagem que estes compreendam sobre os resultados e as recomendaes que deles decorram. 3. quando os escores ou valores so utilizados para tomar decises que afetam os testandos, estes tem direito a conhecer esses valores e suas interpretaes.
Os resultados dos testes podem ser vistos pelo prprio testando e a quem solicitou essas informaes. Quanto ao sigilo e segurana dos resultados esses devem ser guardados em locais seguros; as identidades dos indivduos devem ser codificadas; em processos judiciais, o juiz pode pedir a abertura de processos sigilosos.