O PARÁGRAFO DO Texto-Dissertativo-Argumentativo

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COLOCAR CABEALHO PADRO

O Texto dissertativo-argumentativo: o pargrafo Leia este pargrafo: A linguagem um instrumento eficaz para atingir objetivos em um mundo marcado pela complexidade de relaes humanas. Ela nos permite entrar em relao com outras pessoas, trocar informaes, expressar afetos e emoes, solicitar o auxlio do outro, levar o outro a agir, influenci-lo em suas decises e aes. atravs da linguagem que materializamos nossas intenes em relao ao outro. Segundo Peter Drucker, um dos pensadores modernos da administrao, 60% de todos os problemas administrativos resultam de ineficincia e falhas na comunicao. No s na rea empresarial, mas tambm em todos os outros domnios que demandam relaes entre pessoas, a comunicao importante e sua ineficincia pode causar prejuzos materiais, afetivos e pessoais. (Wander Emediato. A frmula do texto Redao, argumentao e leitura. So Paulo: Gerao Editorial, 2004. p. 17.) 1. Um texto normalmente organizado em unidades menores, chamadas pargrafos. Um pargrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho varivel. Quantas frases h no pargrafo em estudo? 2. O pargrafo costuma estruturar-se em torno de uma ideia-ncleo, que desenvolvida por ideias secundrias. No pargrafo em estudo: a) A ideia-ncleo apresentada por meio de uma afirmao. Qual ela? b) Em que parte do pargrafo se localiza essa afirmao? c) Em quais frases do pargrafo esto as ideias secundrias? d) Qual das ideias secundrias apresenta um detalhamento a respeito da linguagem? e) Na 4 frase, h uma citao e um dado estatstico. Qual a funo dessa frase no pargrafo? 3. Alm da ideia-ncleo e das ideias secundrias, a estrutura padro de um pargrafo apresenta tambm uma concluso. Em pargrafos curtos, raro haver concluso. No pargrafo em estudo, que frase constitui a concluso? 4. D continuidade aos textos a seguir, desenvolvendo pargrafos de acordo com a tcnica indicada entre parnteses: a) H dois aspectos que devem ser considerados quando se discute preveno contra Aids: a veiculao de informaes sobre medidas preventivas e a mudana da mentalidade e dos valores das pessoas,... (diviso) b) Uma cadeira que passa flutuando na enxurrada, um cachorro morto levado pela fora das guas, animais e pessoas ilhados, lixo vedando a sada da gua das chuvas pelos bueiros,... (ilustrao) c) A tarefa dos pais no apenas a de alimentar os filhos,... (declarao inicial) d) Que futuro tero os 16 milhes de brasileiros que so analfabetos? (interrogao) e) Democracia no apenas a expresso da vontade da maioria, mas tambm o respeito, ao diferente, o respeito minoria,... (definio) O texto a seguir foi escrito por um candidato no exame vestibular da Unicamp. Leia-o. Mudana constante, progresso apenas relutante Algumas correntes da filosofia grega pregavam que a realidade podia ser encarada como um rio em movimento o constante fluxo da gua o tornava sempre um lugar em incessante mudana, jamais havendo dois rios iguais em diferentes intervalos de tempo. Tal ideia ainda adequada para explicar o nosso mundo atual, em que os crescentes avanos do conhecimento cientfico contribuem para acentuar exponencialmente o fluxo das mudanas, ampliando o rio da realidade para uma enorme cachoeira em plena queda. Dentro desse novo contexto, cabe discutirmos, ante a velocidade e inevitabilidade das mudanas, se elas so positivas para a sociedade em sua atual forma e de que modo se desenvolver o contnuo progresso cientfico. Primeiramente, associando os dois objetivos citados, vale compararmos as ideias de progresso cientfico com a de evoluo social. A teoria da evoluo, como se sabe, foi desenvolvida por Charles Darwin e sua aplicao na compreenso da sociedade humana encontra duas interpretaes distintas. A primeira oriunda da corrente racionalista, do sculo XIX, e encara toda a evoluo como um processo linear que resultaria, ao seu trmino, em uma sociedade plena por meio de "fases evolutivas". As mudanas efetuadas pelo homem, nesse caso, seriam necessariamente positivas, pois, por serem frutos da acumulao de conhecimentos tcnicos e cientficos, levariam plenitude social. Mas baseada justamente na ineficincia de tais avanos tcnicos em solucionar as tenses sociais que surge uma segunda interpretao evolucionista: a de que o sucesso das mudanas no se relaciona com sua capacidade em trazer progresso

social, mas depende de fatores como as relaes de poder e de explorao, verdadeiros mecanismos de seleo natural das mudanas. O segundo ponto de vista leva ampla vantagem em relao ao primeiro quando comparamos os aspectos tericos diante da dura realidade prtica. Para isso, basta tomarmos como exemplo a Revoluo Industrial. De acordo com os seguidores da evoluo linear, tal revoluo seria extremamente benfica, pois permitia, afinal, que o conhecimento obtido pelo homem o levasse a melhor controlar seu futuro, ha,entanto, ela produziu um enorme abismo social n a Inglaterra, onde fora concebida, e ainda trouxe gravssimos danos ao meio ambiente e sade humana. De forma semelhante, podemos observar que enquanto o crescimento da tecnologia no ltimo sculo trouxe invenes como os computadores, ela tambm acarretou desemprego em massa e aumento agravante das diferenas sociais entre pases pobres e ricos. O que ocorre, na verdade, que a tecnologia se desenvolveu, ou evoluiu, em direo obteno de lucro, e no na melhoria da qualidade de vida de grande parcela do globo. Ao contrrio da obteno da utpica sociedade plena, a evoluo do conhecimento prejudicou a espcie como um todo. Assim, fica clara a diferena entre os progressos tcnicos e sociais. Infelizmente, enquanto o primeiro uma constante no nosso mundo em mudana, o segundo continua como um mero sonho. Com base nos argumentos levantados, podemos concluir que o atual fluxo de mudanas no positivo para a nossa sociedade. Devemos selecionar o progresso que nos leve ao surgimento de uma melhor espcie, da mesma forma que a natureza seleciona seus habitantes mais adaptados. O desenvolvimento do conhecimento torna as mudanas inevitveis, mas ainda cabe a ns us-las como forma de melhorar nossa sociedade. Lucas Esper Berthoud (Vestibular Unicamp Redaes 2003. Campinas: Editora da Unicamp, 2003. p. 65-9.) 1.O texto dissertativo apresenta trs partes essenciais: uma introduo, na qual exposta a tese ou a ideia principal que resume o ponto de vista do autor acerca do tema; o desenvolvimento, constitudo pelos pargrafos que explicam e fundamentam a tese; e a concluso. Numere os pargrafos do texto em estudo e identifique: a) o pargrafo em que feita a introduo do texto; b) os pargrafos que constituem o desenvolvimento do texto; c) o(s) pargrafo(s) de concluso. 2. Releia o pargrafo em que feita a introduo do texto. Qual a tese defendida pelo autor? 3. O desenvolvimento formado pelos pargrafos que fundamentam a tese. Normalmente em cada pargrafo apresentado e desenvolvido um argumento. Cada argumento pode ser desenvolvido por meio de procedimentos como: Comparao, aluso histrica, citao, exemplificao, oposio ou contraste, definio, apresentao de dados estatsticos, relao de causa e efeito. Reconhea no desenvolvimento do texto o pargrafo em que feito o uso de: a) aluso histrica; b) exemplificao, comparao e relao de causa e efeito; c) oposio ou contraste. 4. O texto dissertativo-argumentativo faz uso de dois tipos bsicos de concluso: a concluso-resumo, que retoma as ideias do texto, e a concluso-sugesto, em que so feitas propostas para a soluo de problemas. Que tipo de concluso o texto em estudo apresenta? 5. Observe a linguagem do texto. a) Que tempo e que modo verbais so predominantes? b) Qual a variedade lingustica empregada? c) A linguagem predominantemente pessoal ou impessoal? Justifique sua resposta com base na pessoa do discurso, nas formas verbais e nos pronomes empregados. d) O texto revela maior preocupao com a expressividade, com a emotividade ou com a preciso das informaes? 6. Conclua: Quais so as principais caractersticas de um texto dissertativo-argumentativo?

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